Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023
da Val a do Val
NÃO VOS ESQUEÇAIS
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Hospedaram Anjos | Hebreus 13:2
Versos Para Cantar
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Papo Antagonista - 02/12
O Antagonista
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Marcos do Val confirma golpe militar de Bolsonaro.
Marco Antonio Villa
Transmitido há 12 horas
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Bolsonaro tentou me coagir para dar golpe de Estado, diz senador Marcos do Val | NOVO DIA
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CNN Brasil
@CNNBrasil
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20 h
O comentarista da CNN Marco Antonio Villa, que estará de segunda a sexta-feira no CNN Novo Dia, disse que "não causaria estranheza" se o senador Marcos do Val (Podemos - ES) "voltasse atrás" em relação às falas de que Jair Bolsonaro o havia coagido a dar um golpe #CNNNovoDia
https://twitter.com/i/status/1621127246328090624
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Nas entrelinhas: Entre o mito do super-herói e a fama de traidor
Publicado em 03/02/2023 - 06:21 Luiz Carlos Azedo
Brasília, Comunicação, Congresso, Cultura, Eleições, Ética, Governo, Justiça, Literatura, Memória, Militares, Partidos, Política, Política, Segurança, Violência
Do Val pode ser o elo perdido da conspiração para impedir a posse do Lula e, depois, para destituí-lo. A sua reunião com o presidente Bolsonaro e Daniel Silveira se encaixa perfeitamente na trama golpista
Autor do best-seller O Nome da Rosa, o escritor italiano Umberto Eco nasceu em 1932, em Alessandria, no noroeste da Itália, e cresceu à sombra do fascismo. Aos 10 anos, venceu um concurso de redação sobre o tema “Devemos morrer pela glória de Mussolini e pelo destino imortal da Itália?”. Muitos anos mais tarde, num ensaio publicado no The New York Review of Books, relembrou o episódio para explicar as muitas faces do fascismo: “Minha resposta foi positiva. Eu era um garoto esperto”, escreveu, ironicamente.
Para ele, uma das características do fascismo é a obsessão pela trama, segundo a qual todos os eventos da história são resultados de conluios secretos. Obviamente, essa é uma das características de seus livros, entre os quais O pêndulo de Foucault, Cemitério de Praga e Seis passeios pelos bosques da ficção. Número Zero, o último romance de Eco, põe em cena um jornalista italiano que tenta provar a tese de que Mussolini não foi morto em 1945. Umberto Eco era um estudioso da cultura de massas, em particular dos heróis das histórias em quadrinhos.
É o caso, por exemplo, do Superman. Eco define a mitificação como um simbolismo inconsciente, a identificação nem sempre racional, que projeta desejos, comportamentos e medos emergente nos indivíduos, nas comunidades ou em toda uma época histórica. O Superman é um mito moderno. O herói dotado de poderes superiores aos do homem comum é uma constante da imaginação popular.
Entretanto, os super-heróis das histórias em quadrinhos se humanizam na medida em que alguns de seus atributos são os mesmos de um homem comum, como é o caso do personagem Clark Kent, o herói que possui uma identidade secreta. Com óculos e penteado diferenciado, Clark consegue confundir seus colegas de trabalho e fazer com que ninguém desconfie que, na verdade, é o Superman. A aproximação entre o herói e o leitor se dá no campo dessa possibilidade.
O homem comum pode exercer a mesma virtude, aquela que dará o desfecho mais importante da história, mas não é baseada na força física ou em características supra-humanas. No trabalho, Kent é um tanto atrapalhado, não tem projeção social relevante e é míope, apesar de ter uma visão de raio-x. Constrói-se um mito, também, pela identificação e aproximação. O indivíduo comum, funcionário, sem recursos, dotes e força, se identifica imediatamente.
Eco era professor da Universidade de Bolonha, nos campos da crítica cultural, da semiologia e do medievalismo, além de romancista. Como ensaísta e crítico, navegou entre James Joyce e o Super-Homem. Morreu em decorrência de câncer, em 19 de fevereiro de 2016, aos 84 anos, em Milão, na companhia da mulher e de 30.000 livros. Em 2015, ao ser homenageado na Universidade de Torino, criou grande polêmica ao dizer que a internet deu voz a multidões de imbecis.
Teorias conspiratórias
O senador Marcos Do Val (Podemos-ES) é um personagem das redes sociais que nos remete às histórias em quadrinhos. Criado por um velho mestre japonês de Aikido, arte marcial na qual é faixa-preta 2º dan, depois de prestar serviço militar no Exército, no início dos anos 1990, fundou a CATI, empresa de segurança voltada ao treinamento avançado de policiais, focado no uso não violento da força. Por meio dessa empresa, ministrou cursos e palestras que visam a difusão de diversas técnicas e doutrinas inerentes a abordagens e imobilizações táticas não letais.
Ganhou fama após se tornar instrutor da polícia de Dallas, Texas, nos EUA, nas unidades da SWAT, no final dos anos 1990. Isso lhe abriu as portas para o treinamento de agentes do FBI, DEA, U.S. Marshalls, o grupo antiterrorismo da equipe de Operações Especiais da Nasa (a Marshall Space Flight Center), a segurança do Vaticano, a Carabineri da Polícia de Roma e para militares das Forças Armadas Americanas. Tornou-se, assim, uma espécie de mito entre os capixabas e ganhou muita projeção nas redes sociais entre os bolsonaristas, que lhe garantiu a eleição ao Senado.
Do Val pode ser o elo perdido da conspiração para impedir a posse do Lula e, depois, para destituí-lo, em 8 de janeiro. A sua reunião com o presidente Jair Bolsonaro e Daniel Silveira, na qual teria sido proposto que gravasse uma conversa comprometedora com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, se encaixa perfeitamente na trama golpista. Os dois supostos encontros com o ministro, no qual relatou o convite e as conversas ocorridas no encontro, também. A troca de mensagens com Silveira, idem.
Isso explicaria o teor da minuta de decreto encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, outros fatos protagonizados por Bolsonaro e seus aliados de extrema direita, bem como as decisões tomadas por Moraes na sequência desses episódios. Mas acontece que, a cada entrevista, Do Val muda a versão dos fatos, a ponto de não lembrar se a reunião clandestina com Bolsonaro foi no Palácio do Alvorada ou na Granja do Torto.
É aí que surgem as teorias conspiratórias de que estaria fazendo a denúncia para provocar uma CPI no Senado ou, mesmo, provocar o afastamento de Moraes nas investigações. Num de seus depoimentos, queixou-se de ser chamado de traidor nas redes sociais pelos bolsonaristas, o que teria motivado a sua decisão de contar tudo o que sabe. Tanta contradição, agora, também alimenta a tese de que Do Val se tornou um mitômano. A persona do super-herói nas redes sociais está sendo desconstruída por seus adversários de esquerda e antigos aliados de direita.
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Nas entrelinhas: Com Pacheco e Lira, haverá mais diálogo entre os Poderes
Publicado em 02/02/2023 - 06:57 Luiz Carlos AzedoBrasília, Comunicação, Congresso, Eleições, Ética, Governo, Justiça, Lava-Jato, Memória, Partidos, Política, Política
No mesmo dia em que foram reconduzidos, o Supremo reiniciou seus trabalhos, sob a presidência da ministra Rosa Weber, que reiterou seu empenho na defesa da Constituição e da democracia
A reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD) à presidência do Senado, por 49 votos a 32, ontem, foi uma grande derrota imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo candidato era Rogério Marinho, senador potiguar eleito pelo PL. O resultado da eleição mostrou que forças políticas que deram sustentação ao ex-chefe do Executivo permanecem ativas e organizadas, com grande poder de influência e contam com apoio dos grupos bolsonaristas de extrema direita, organizados em redes sociais, que protagonizaram a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro.
O principal significado da eleição de Pacheco, que presidirá o Congresso, é a garantia de um clima de mais harmonia entre os Poderes, sinalizada também pela postura de diálogo e negociação do presidente da Câmara, o deputado alagoano Arthur Lira (PP), que foi reeleito com 464 votos, recorde para uma votação na Câmara. Lira superou os 434 votos dos ex-presidentes da Câmara João Paulo Cunha (PT), em 2003, e Ibsen Pinheiro (PMDB), em 1991, que foram candidatos únicos. Votaram 509 dos 513 deputados. Chico Alencar (PSol-RJ) obteve 21 votos e Marcel Van Hattem (Novo-RS), 19. Houve cinco votos em branco.
Ao discursar após a eleição, Lira exibiu músculos de primeiro-ministro. Fez uma defesa enfática da democracia, atacou a extrema direita, advertiu os deputados bolsonaristas que não toleraria ameaças aos demais Poderes, mandou recado para o Supremo Tribunal Federal (STF) de que não aceitará interferências monocráticas de seus ministros na vida parlamentar e apresentou uma agenda própria para os trabalhos legislativos, que contingenciará fortemente a atuação do governo.
O projeto de Marinho era claramente transformar o Senado num bastião bolsonarista contra o Supremo, em confronto com a clara aliança proposta por Pacheco com o Supremo e o Palácio do Planalto, cujo apoio foi decisivo para sua vitória. Ao contrário, a recondução de Lira foi uma grande demonstração de força e independência política, pois não dependeu do governo para ser eleito. Ao mesmo tempo, o apoio de 20 partidos, do PL ao PT, também revela capacidade de diálogo e de negociação.
Entretanto, ninguém se iluda: serão duras as negociações entre o governo federal e o presidente da Câmara, principalmente na elaboração do Orçamento e na aprovação de medidas provisórias. De igual maneira, ao anunciar que “poder moderador” da República é o Legislativo, Lira sinalizou a disposição de confrontar o Supremo quando julgar necessário. Mesmo assim, pode ser um ator importante para restabelecer o primado da política e pacificar o país.
Freios e contrapesos
No mesmo dia em que Pacheco e Lira foram reconduzidos, o Supremo Tribunal Federal (STF) reiniciou seus trabalhos, sob a presidência da ministra Rosa Weber, que reiterou seu empenho na defesa “diuturna e intransigente” da Constituição e do Estado Democrático de Direito. A presidente da Corte afirmou que “aqueles que conceberam, praticaram, insuflaram e financiaram os atos antidemocráticos serão punidos”.
A presença do presidente Lula na sessão de abertura do Judiciário pôs um ponto final no contencioso do Executivo com o Supremo, que fora protagonizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, com objetivo de subjugar a Corte. Na sua saudação ao Supremo, Lula foi muito assertivo ao destacar “o papel decisivo do STF e do TSE na defesa da sociedade brasileira contra o arbítrio”.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, que alimentava as críticas de Bolsonaro ao Supremo, resta quase isolado como um polo de poder que ainda tem alguma conexão com o ex-presidente, mas está sob forte pressão interna do próprio Ministério Público. Seus pares cobram uma atuação mais firme contra a extrema direita bolsonarista. Aras é aliado de Lira. Seu discurso na reabertura dos trabalhos do Supremo foi protocolar. O vice-presidente Geraldo Alckmin também acompanhou a sessão da Corte.
As origens da separação de Poderes remontam a Aristóteles, Locke e, principalmente, Montesquieu, em sua célebre obra O espírito das leis. Essa separação não é engessada. Enquanto o poder político do Estado brasileiro é uno e indivisível à luz da Constituição, a separação se dá nas funções estatais. Ao falar em Três Poderes, a Constituição de 1988 se refere a funções distintas de seu próprio Poder: a legislativa, a executiva e a judiciária.
Essa separação flexível adotada pelos constituintes de 1988 é um fator de fortes tensões entre os Poderes, principalmente depois da Operação Lava-Jato. Harmonia significa colaboração, cooperação; visa garantir que os Poderes expressem uniformemente a vontade da União. A independência entre os Poderes não é absoluta, é limitada pelo sistema de freios e contrapesos, de origem norte-americana.
Esse sistema prevê a interferência legítima de um Poder sobre o outro, nos limites estabelecidos constitucionalmente. É o que acontece, por exemplo, quando o Congresso Nacional fiscaliza os atos do Executivo. Ou, então, quando o Supremo controla a constitucionalidade de leis elaboradas pelo Congresso. Na teoria, o sistema é quase perfeito. Na prática, porém, quando o sistema de freios e contrapesos é acionado, as relações entre os Poderes passam por um grande estresse.
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Tanque M41 e dois jipes do Exército Brasileiro na Esplanada dos Ministérios, próximo ao Congresso Nacional (fundo) em Brasília, 1964
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464, MEUS SENHORES
64 DO CENTRO PARA A EXTREMA ESQUERDA
64 DO CENTRO PARA A EXTREMA DIREITA
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Arthur Lira se reelege com recorde de 464 votos
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Discurso de posse de Arthur Lira na Câmara
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Lula vai continuar falando esquerdês para a esquerda?
www1.folha.uol.com.br/colunas/wilson-gomes/2023/01/lula-vai-continuar-falando-esquerdes-para-aesquerda.shtml
Wilson Gomes
31 de janeiro de 2023
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Em retórica, a disciplina que trata dos meios e modos da argumentação, há uma máxima
que diz não haver auditório universal. Significa que quem deseja convencer os outros
tem que decidir de antemão para quem quer falar e com que fim. Para tanto, o orador
precisa conhecer não apenas o público a que se dirige mas que argumentos serão capaz
de movê-lo na direção desejada. Em início de governo, isso vale para a comunicação
governamental e, sobretudo, para a comunicação política da Presidência.
Aparentemente, a máxima enunciada sofre um pouco nesses novos tempos de
comunicação alargada em que paredes e limites não fazem sentido. Tanto faz se o
presidente fez uma declaração numa coletiva, em um post no Twitter, em um podcast de
nicho, na reunião ministerial, numa assembleia de estudantes, na ONU ou no cercadinho
do Alvorada. Se alguém filmou, gravou, relatou e publicou em qualquer meio, chegará a
um público universal; independentemente de o orador ter modulado os temas e os
apelos apenas para aquele público, hostil ou amistoso, formal ou informal, que lhe
estava diante.
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Por outro lado, não há como negar que se possa segmentar o público a quem preferencialmente se dirige, desde que este seja capaz de entregar o que o orador deseja. Bolsonaro dirigiu-se o tempo todo aos bolsonaristas, a sua minoria de fiéis, e ignorou praticamente todos os outros públicos que compõem a sociedade brasileira. É discutível se isso foi estúpido —por ter promovido radicalização e, por fim, a mobilização contra ele de todos os "de fora"— ou se foi genial –por ter sido capaz de compactar, e até de ampliar, um grupo de crentes que nunca o abandonou e quase lhe deu a vitória.
Lula é um mestre da argumentação pública. Deixem-no falar e ele vende qualquer ideia ao seu interlocutor. Por outro lado, e como todo os que espontaneamente se expressam muito bem, frequentemente é conduzido por seu auditório imediato, as pessoas que lhes estão diante e que recompensam com aplausos uma determinada abordagem de certos temas e incentivam com sorrisos cúmplices certas hipérboles. É uma tentação a que Lula cede prazerosamente. Acabou a era dos marqueteiros que sopravam no ouvido o que o presidente deve fazer e dizer, mas nada parecido com uma comunicação estratégica foi posto em seu lugar. É tudo no "feeling", e uma pregação para convertidos: o presidente fala o que os petistas tatuados e os identitários de esquerda desejam ouvir.
Veja a posse de Lula pelas lentes da Folha
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Veja a posse de Lula pelas lentes da Folha
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O problema é que Lula venceu a eleição, mas está longe de consolidar a sua vitória. E não apenas porque o espectro de um golpe continuará rondando enquanto Bolsonaro for um líder de seita, mas antes de tudo porque os brasileiros criaram um paradoxo, elegendo ao mesmo tempo Lula presidente e um Congresso que lhe é adversário, e em grande parte bolsonarista. Ainda esta semana a parte ativa do "bolsolirismo", o consórcio político que devastou o país nos últimos anos, será confirmada na Presidência da Câmara.
Além disso, convém lembrar que Lula venceu por muito pouco, o país está dividido, a base petista não representou nem ¼ das forças democráticas que correram para evitar a vitória de Bolsonaro, no ano que vem tem eleições municipais e o bolsonarismo vai tentar o seu retorno ao Executivo, novos grupos políticos antipetistas (o agro, policiais & militares e evangélicos conservadores) continuam ativos, poderosos e influentes.
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Por fim, a lua de mel com o jornalismo, que cerrou fileiras em defesa da democracia e está dando uma folga não usual ao PT, será testada quando a primeira reforma for apresentada. Nada disso é boa notícia para quem resolveu falar prioritariamente para o aplauso do seu próprio público.
Bolsonaristas invadem Esplanada dos Ministérios
Bolsonaristas invadem Esplanada dos Ministérios
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Se Lula não começar a se dirigir aos seus eleitores relutantes, aos que o apoiaram em outubro e janeiro (mas apenas porque o seu arquirrival é desprezível) e até aos bolsonaristas light, em vez de Lula 3° teremos, de algum modo, um Bozo 2°; do ponto de vista da estratégia de comunicação política, entenda-se.
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Marcos do Val diz que recebeu proposta golpista de Daniel Silveira, ao lado de Bolsonaro
Político diz que, após as eleições, Silveira pediu que ele se reunisse com Moraes para forçar conversa comprometedora e gravasse áudio. Nesta quarta, Do Val foi acusado de 'traição' por bolsonaristas por, supostamente, ter votado para reeleger Pacheco no comando do Senado.
Por Camila Bomfim e Mateus Rodrigues, GloboNews e g1 — Brasília
02/02/2023 07h23 Atualizado há 7 horas
Resumo
Do Val acusou Jair Bolsonaro e Daniel Silveira de organizarem uma reunião para propor o envolvimento do senador em um plano golpista.
Segundo o senador, Silveira propôs que ele gravasse sem autorização alguma conversa que comprometesse Alexandre de Moraes.
Marcos do Val diz que pediu para analisar a proposta e acabou relatando o plano para Alexandre de Moraes.
O senador chegou a postar em uma rede social que pediria afastamento do cargo, mas voltou atrás e disse que "estuda" o pedido.
Marcos do Val diz que Bolsonaro o coagiu a dar golpe
Marcos do Val diz que Bolsonaro o coagiu a dar golpe
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) acusou nesta quinta-feira (2) o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) de organizarem uma reunião, em dezembro, para propor o envolvimento do senador em um plano golpista.
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Marcos do Val chegou a dizer nesta quinta, em rede social, que pediria afastamento do mandato. Ele foi eleito em 2018 e, com isso, tem mandato vigente até 2026. No fim da manhã, do Val voltou atrás e afirmou que "estuda" pedir afastamento do cargo de senador.
Em conversa com a GloboNews, Marcos do Val relatou um diálogo presenciado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), logo após as eleições de outubro, em que o então deputado Daniel Silveira teria proposto uma ação golpista ao parlamentar (saiba mais abaixo o que Silveira propôs).
A Polícia Federal solicitou, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou que seja tomado depoimento de Marcos do Val na investigação que apura atos golpistas. Silveira foi preso nesta quinta-feira por decisão de Moraes, devido ao descumprimento de medidas cautelares (entenda aqui).
Do Val afirma que a proposta de Silveira envolvia não desmobilizar os acampamentos golpistas e, enquanto isso, gravar sem autorização alguma conversa que comprometesse Alexandre de Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Eles me disseram: 'Nós colocaríamos uma escuta em você e teria uma equipe para dar suporte, e você vai ter uma audiência com Alexandre de Moraes, e você conduz a conversa pra dizer que ele está ultrapassando as linhas da Constituição. E a gente impede o Lula de assumir, e Alexandre será preso'", relatou Do Val ao g1.
O senador diz que a proposta foi verbalizada pelo então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) – Bolsonaro estava na mesma reunião e indicou concordar com a ideia.
Marcos do Val diz que pediu para analisar a proposta e responder em um segundo momento. E que, em seguida, relatou o caso ao próprio ministro Alexandre de Moraes. Ainda de acordo com o senador, Moraes ficou surpreso e considerou a proposta "um absurdo".
Mensagens de WhatsApp
Marcos do Val divulgou, ainda, dois prints de conversas por WhatsApp com Daniel Silveira. Nas mensagens, Silveira diz que tem "escutas usadas pelas operações especiais".
"Se aceitar a missão, parafraseando o 01 [Jair Bolsonaro], salvamos o Brasil", diz Silveira.
Print divulgado pelo senador Marcos do Val de conversa com então deputado Daniel Silveira sobre plano de golpe — Foto: Marcos do Val/Reprodução
Print divulgado pelo senador Marcos do Val de conversa com então deputado Daniel Silveira sobre plano de golpe — Foto: Marcos do Val/Reprodução
Print divulgado pelo senador Marcos do Val de conversa com então deputado Daniel Silveira sobre plano de golpe — Foto: Marcos do Val/Arquivo pessoal
Print divulgado pelo senador Marcos do Val de conversa com então deputado Daniel Silveira sobre plano de golpe — Foto: Marcos do Val/Arquivo pessoal
O post em rede social
Na publicação, feita ainda na madrugada, Do Val cita problemas recentes de saúde e diz que vem sendo alvo de ofensas – o que tem sido "muito pesado para a minha família", diz o parlamentar.
"Após quatro anos de dedicação exclusiva como senador pelo Espírito Santo, chegando a sofrer um princípio de infarto, venho através desta, comunicar a todos os capixabas a minha saída definitivamente da política", afirma o post.
"Nos próximos dias, darei entrada no pedido de afastamento do Senado e voltarei para a minha carreira nos EUA. Nada existe de grandioso sem paixão. Essa paixão não estou tendo mais em mim", afirma em outro trecho.
A suplente de Marcos do Val no Senado é Rosana Foerst. Até 2021, o nome de Rosana constava como gerente de Benefícios e Transferência de Renda da Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social do Espírito Santo.
Discussão com MBL
Na quarta, após a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para comandar o Senado pelos próximos dois anos, Marcos do Val discutiu em uma live com representantes do Movimento Brasil Livre.
O MBL, grupo político de direita, "acusava" Do Val de ter votado em Pacheco na disputa contra o senador Rogério Marinho (PL-RN) – ex-ministro de Jair Bolsonaro e considerado o "candidato do bolsonarismo" ao comando do Senado.
Marcos do Val abriu uma live no Instagram para refutar essas falas e incluiu, na transmissão, dois membros do MBL. Como resultado, o senador e os ativistas protagonizaram um bate-boca.
Rodrigo Pacheco, do PSD, é reeleito e comandará o Senado até 2025
Rodrigo Pacheco, do PSD, é reeleito e comandará o Senado até 2025
VÍDEOS: tudo sobre política
50 vídeos
Em mensagem ao Congresso, presidente Lula diz que equilíbrio fiscal terá prioridade
PF ouve depoimento de ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres
Senador Marcos do Val denuncia proposta de golpe contra resultado das eleições presidenciais
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A reeleição de Pacheco e Lira no CongressoA reeleição de Pacheco e Lira no Congresso
O Assunto
ALEXANDRE DE MORAES
DANIEL SILVEIRA
MARCOS RIBEIRO DO VAL
SENADO
https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/02/02/senador-marcos-do-val-diz-em-post-que-pedira-afastamento-do-mandato-e-voltara-para-os-eua.ghtml
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Mensagens de senador revelam operação golpista de Bolsonaro contra Moraes
O ex-presidente fez um pedido a Marcos do Val: gravar o ministro do STF. O objetivo era anular as eleições, impedir a posse de Lula e se manter no Planalto
Por Leonardo Caldas Atualizado em 2 fev 2023, 13h07 - Publicado em 2 fev 2023, 08h41
Em 9 de dezembro do ano passado, Lula ainda não havia sido diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), manifestantes continuavam acampados em frente aos quartéis pedindo intervenção militar e Ja...
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/politica/mensagens-de-senador-revelam-operacao-golpista-de-bolsonaro-contra-moraes/
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Pazuello repete 'gravata da sorte' de Lula ao tomar posse na Câmara
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O general Eduardo Pazuello chegou à Câmara para tomar posse como deputado federal, nesta quarta-feira, utilizando uma gravata nas cores da bandeira brasileira, como registrou uma foto publicada pelo jornalista Ricardo Noblat no Twitter. O adereço é o mesmo que o ex-ministro da Saúde vestiu ao depor à CPI da Covid, no Senado, em maio de 2021.
Na ocasião, o item rendeu gracejos por parte do então ex-presidente Lula, reconduzido ao cargo após vencer Jair Bolsonaro, aliado de Pazuello, nas eleições do ano passado. Isso porque o chefe do Executivo costuma ostentar uma peça idêntica em diversas ocasiões que ele considera importantes.
"O que me deixou chateado com essa CPI foi o Pazuello copiando minha gravata. Era meu padrão desde 2009 para dar entrevista internacional, pô", escreveu Lula no Twitter, já em meio a piadas na internet sobre a coincidência.
A última vez em que Lula apareceu com a "gravata da sorte" foi no debate presidencial da Globo no ano passado. Antes, ele a utilizou em ocasiões como a abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e no lançamento do Pré-Sal, no ano seguinte, enquanto ainda ocupava a Presidência da República. O petista também surgiu com a peça ao depor para o ex-juiz Sérgio Moro, em 2016, no âmbito da Operação Lava-Jato.
Vários exemplares da gravata nas cores da bandeira foram adquiridos, na verdade, pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), no período em que o Rio de Janeiro era candidato a sediar os Jogos em 2016. Em 2009, quando o recebimento da Olimpíada foi confirmado, toda a comitiva presente ao evento na Dinamarca — Lula inclusive — ostentava uma versão do apetrecho.
Pazuello atuou na Rio-2016 como coordenador logístico do Exército. Não se sabe, porém, quando e em que circunstâncias ele recebeu a própria versão da gravata.
EXTRA
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Benfiquismo (CMXXXVIII)
Funchal, 1936
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indefectível
in·de·fec·tí·vel
adj m+f
1 Que não falha; infalível: “[…] se fosse comigo, recorria aos tribunais, onde há justiça. Se eles me a negassem, pedia o júri, onde ela é indefectível […]” (JAl2).
2 Que não se pode destruir; imperecível, indestrutível: “[…] o amor de pai é bem contrário ao amor de filho […] o primeiro existirá fatalmente, por uma lei indefectível da natureza” (AA2).
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
ANTÔN: defectível.
ETIMOLOGIA
voc comp do lat in2-+defectível, como fr indéfectible.
Hebreus 13:2 - NVI - Nova Versão Internacional - Bíblia Onlinehttps://www.bibliaonline.com.br › nvi › hb
Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber alguns acolheram anjos. Hebreus 13:2 NVI.
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