Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023
De Volta Pro Aconchego
"Quando retornei a meu Instituto Leipzig, no início do trimestre letivo do verão de 1933, a destruição começara a se espalhar."
***
"Lançada em janeiro de 1934, a marcha “História do Brasil” é composta por Lamartine Babo (1904-1963) e gravada por Almirante (1908-1980) em 15 de dezembro de 1933, com o coro da gravadora Victor e acompanhamento do conjunto Diabos do Céu. Ocupa o lado B do disco de 78 rpm de Almirante, cujo lado A traz outra marcha de Babo, “Menina Oxigené”, em p..."
***
ABERTURA DE CARNAVAL
***
***
Antonín Dvořák / Carnival Overture / Young Israel Philharmonic / Conductor: Yi-An Xu
***
Jerusalem Music Centre
23 de dez. de 2021
Jerusalem Music Centre
The Young Israel Philharmonic Orchestra
Yi-An Xu: conductor.
Gala Concert of the Young Israel Philharmonic Winter Academy, 12.12.21, Lowy concert hall, Charles Bronfman Auditorium Tel Aviv.
**********************************************************
***
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023
Hélio Schwartsman - A pulverização do poder
Folha de S. Paulo
Até que ponto autoridades não eleitas podem se contrapor a planos de eleitos?
Guardadas as proporções, há semelhança entre o que acontece no Brasil e em Israel. Nos dois países, os governantes entraram em rota de choque com outras esferas de poder do Estado, provocando uma discussão sobre o sistema de freios e contrapesos que caracteriza as democracias.
O caso israelense é muito mais grave que o brasileiro. Ali, o premiê Binyamin Netanyahu, que lidera uma coalizão de extrema direita, propôs uma reforma do Judiciário que, se aprovada, reduzirá drasticamente o poder da Suprema Corte. O projeto não só dá ao Parlamento poderes para anular decisões da corte como ainda altera as regras para a nomeação de seus magistrados, ampliando as indicações de políticos. Não à toa, a proposta está sendo vista como um ataque à repartição dos Poderes e, portanto, à democracia.
No Brasil, Lula, que foi eleito com a promessa de restaurar a institucionalidade vandalizada por Bolsonaro, vem se indispondo com o presidente do Banco Central e atacando a autonomia legal da autarquia. Ao que tudo indica, é um jogo de pressão política, pois não há plano sério para rever a autonomia.
Tanto os partidários de Netanyahu como os de Lula alegam que autoridades não eleitas não podem tornar-se empecilhos aos projetos de dirigentes legitimamente eleitos. Será?
Como se sabe desde a Antiguidade, o caminho para evitar a tirania é justamente espalhar obstáculos institucionais que impeçam a concentração excessiva do poder. Aristóteles já falava na necessidade de uma constituição híbrida. Outros teóricos como Locke e, principalmente, Montesquieu desenvolveram mais essa ideia, que ganhou lugar central na Constituição americana. Mais recentemente, agências reguladoras e outras autarquias ampliaram ainda mais essa pulverização do poder.
Obstáculos institucionais são frustrantes quando você simpatiza com o governante de turno, mas são a boia de salvação quando o dirigente exibe apetites totalitários.
**********************************************************************************
***
História do Brasil (marcha/carnaval)
Lamartine Babo
**************************************
Aliás, ninguém exprimiu melhor a intimidade entre Brasil e carnaval que Lamartine Babo, na marchinha composta em 1934, significativamente intitulada “História do Brasil”. Nela, ele faz a pergunta crucial: Quem foi que inventou o Brasil?/Foi Seu Cabral… Foi Seu Cabral/No dia 21 de abril…/Dois meses, depois do carnaval!
***
***
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023
Roberto DaMatta - Que tal falar do carnaval?
O Globo
O óbvio ululante é procurar vê-lo como um dos fios com os quais construímos o lado mais denso da nossa identidade
Falamos infindavelmente de “política”, deixando de lado a festa maior que chega neste fim de semana e continua sendo assunto de difícil entendimento. Sobretudo para nós, brasileiros, para quem a festa de Momo tem uma presença sistemática (lida como positiva ou alienada) nas nossas vidas.
Falar do carnaval é ser obrigado a discorrer sobre uma realidade ainda mais complicada: nosso sempre fugaz e indomesticável Brasil.
O elo entre o carnaval e o Brasil tem muitas máscaras. Tanto o carnaval pertence ao Brasil — não há como negar um “carnaval brasileiro” com história, gestos, música e outros tantos elementos particulares — quanto o Brasil pertence ao carnaval!
Esse carnaval que — com seu maravilhoso espírito antiburguês, com sua atitude contrária à razão utilitária e com seu afeto pelas ambiguidades, pelas transformações míticas e, sobretudo, pela possibilidade de trocar radical e democraticamente de lugar — não tem rival como modelo de um “contrato social” brasileiro.
O carnaval é constituído e constitutivo daquilo que chamamos de “Brasil” ou “realidade brasileira”. Pois o que seria o Brasil sem carnaval, sem cachaça, sem futebol, sem macumba, sem jogo do bicho, sem sua ladra politicagem, sem jeitinho, sem “não fazer nada” e sem salvacionismos? Sem esse punhado de instituições órfãs de pedigree político-acadêmico que nossos “caga-regras” conhecem como a palma de suas mãos?
Quantos de nós seríamos capazes de caracterizar o Brasil sem falar em carnaval? E, no entanto, quantos pensaram no carnaval — amnesiando a economia política — para tentar desenhar o Brasil?
Embora o carnaval seja um hóspede não convidado de nossas historiografia e sociologia oficiais, pois — se a memória não me falha — fui dos poucos a levá-lo a sério, estudando-o de uma perspectiva simbólica e comparativa, sua presença em outros setores da nossa vida social sempre foi flagrante. Aliás, ninguém exprimiu melhor a intimidade entre Brasil e carnaval que Lamartine Babo, na marchinha composta em 1934, significativamente intitulada “História do Brasil”. Nela, ele faz a pergunta crucial: Quem foi que inventou o Brasil?/Foi Seu Cabral… Foi Seu Cabral/No dia 21 de abril…/Dois meses, depois do carnaval!
Seria Lamartine Babo uma antecipação do pensamento pós-moderno? Nem tanto, mas sua obra é uma mostra do “óbvio ululante”, em que os intelectuais politicamente corretos e donos da verdade odeiam tocar. Seja porque não sabem como engavetá-lo, seja porque o riso satírico de Momo os embaraça. Afinal, o carnaval não cabe nas categorias que definem weberianamente o racional como elo entre meios e fins. Como explicar essa explosiva alegria quando deveria haver somente tristeza?
E, no entanto, o carnaval é o rito de passagem temporal que nos ajuda a transitar do Advento e, largando a carne, aceitamos as penitências de Dona Quaresma. Ele é também o que Alexis de Tocqueville chamava, com Rousseau, de “hábito do coração”, e Nélson Rodrigues denominava “óbvio ululante” — essa coisa tão próxima que não é — ou não pode — ser vista.
Quem sabe você que olha sem ler estas linhas não gostaria de ouvir esse óbvio ululante do carnaval, simplesmente um grito para compreender o Brasil? Pois, para parafrasear Jorge Luis Borges, a despeito do sentimento derrotista, algumas pessoas descobriam verdades eternas no Rio de Janeiro e no Brasil...
No caso do carnaval, o óbvio ululante não é seu estudo como festa popular de feitio “alienado” e “pré-político”, prestes a ser comido pela indústria de comunicação e pelo discurso ainda mais fantasioso e cretino dos salvadores da pátria. Muito pelo contrário. É procurar vê-lo como um dos fios com que construímos o lado mais denso da nossa identidade.
Mas sobre isso eu só falo depois do carnaval...
*****************************************************
***
Sidney Miller - Brasil, do Guarani ao Guaraná - 1968 - Elenco
***
MPBorghí
Para conhecer melhor Sídney Miller 07.
Apesar de não ser obra minha, posto esse material para apresentar um pouco mais do grande compositor Sídney Miller, inspirador do espetáculo "Esse Circo Maravilhoso".
No vídeo o segundo LP do compositor lançado em 1968 pela Elenco.
Faixas:
00:00 - História do Brasil? - Sídney Miller
01:23 - Coqueiro Alto - Sídney Miller
03:52 - Quem Dera - MPB4
06:20 - Maria - Nara Leão
08:07 - Seresta - Jards Macalé
11:04 - Sem Assunto - Sídney Miller
14:57 - Choroso - Paulo Moura e Oberdan Magalhães
17:46 - Maravilhoso - MPB4
20:51 - Filosofia - Paulinho da Viola
23:27 - Ora, Acho Que Vou-me Embora - Gal Costa
25:34 - Valsa - Gracinha Leporace
28:09 - Pois É, Pra Quê? - Sídney Miller
32:31 - bônus: Nós, os Foliões - Sídney Miller
34:21 - Cidade Maravilhosa - Banda do Canecão
https://www.blogger.com/blog/post/edit/8761611736633123803/1421260414219795345
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra67622/historia-do-brasil
***
História do Brasil (marcha/carnaval)
Lamartine Babo
Quem foi que inventou o Brasil?
Foi seu Cabral!
Foi seu Cabral!
No dia vinte e um de abril
Dois meses depois do carnaval
Depois
Ceci amou Peri
Peri beijou Ceci
Ao som...
Ao som do Guarani!
Do Guarani ao guaraná
Surgiu a feijoada
E mais tarde o Paraty
Depois
Ceci virou Iaiá
Peri virou Ioiô
De lá...
Pra cá tudo mudou!
Passou-se o tempo da vovó
Quem manda é a Severa
E o cavalo Mossoró
Composição: Lamartine Babo.
***
Dvořák: Carnival Overture, Op. 92
***
London Symphony Orchestra
Provided to YouTube by Universal Music Group
Dvořák: Carnival Overture, Op. 92 · London Symphony Orchestra · Witold Rowicki
Dvorak: The Symphonies
Released on: 2010-01-01
Producer, Studio Personnel, Balance Engineer: Vittorio Negri
Composer: Antonín Dvořák
https://www.youtube.com/watch?v=6385x1R6WUg
***********************************************
***
Elba Ramalho and Dominguinhos
***
Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade
Que bom, poder tá contigo de novo,
Roçando o teu corpo e beijando você,
Pra mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam,
A paz que eu gosto de ter.
É duro, ficar sem você
Vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que eu vou mergulhar
Na felicidade sem fim
compositores: JOSE DOMINGOS DE MORAIS, FERNANDO MANOEL CORREIA
*************************
***
"Quando o trem parou em Leipzig, eu tomara a minha decisão: permaneceria na Alemanha, ao menos por algum tempo; continuaria a trabalhar na universidade e, quanto ao mais, faria a minha parte da melhor maneira possível, vendo até onde me levaria esse caminho."
12
REVOLUÇÃO E VIDA UNIVERSITÁRIA
1933
CONTRAPONTO
A PARTE E O TODO
HEISENBERG
**********************************
***
"Embora alguns elementos se percam na memória coletiva ao longo dos anos, a marcha continua a ser gravada e reconhecida por outras gerações. Isso se deve ao seu arranjo marcante, sobretudo, pelos metais na introdução."
*****************************************************************************
***
Resolução da prova de FÍSICA - PISM– UFJF 2022 - 2° Dia Módulo I- OBJETIVAS – Questão 15.
***
Marcelo bolinhaphysics
***
818 visualizações 7 de fev. de 2022 PISM - 2° Dia Módulo I – UFJF 2022.
Um termo relacionado a centro de massa é centro de gravidade. A diferença entre eles é que o centro de massa não depende da ação gravitacional - é uma propriedade inerente do corpo. Se este corpo estiver sujeito a um campo gravitacional homogêneo, o centro de massa coincidirá com o centro de gravidade.
Em um futuro distante, um astronauta a caminho de Marte é ligado por um cabo a sua nave espacial, em uma região em que a atração gravitacional de qualquer outro corpo celeste pode ser desprezada. A nave espacial
possui massa 30 vezes maior que a massa do astronauta e o cabo possui massa desprezível. Para retornar para dentro da nave, o astronauta começa a puxar o cabo com uma força constante. Sobre o sistema nave/astronauta, durante o tempo em que ele puxa o cabo, é CORRETO afirmar que:
a) ao puxar o cabo, o astronauta se move com aceleração 30 vezes menor do que a aceleração da nave espacial, em módulo.
b) a força que atua sobre o astronauta é 30 vezes menor que a força que atua sobre a nave espacial, em módulo.
c) o centro de massa do sistema se aproxima mais rapidamente do centro de massa da nave espacial, pois este é o corpo mais massivo.
d) a nave espacial se move por uma distância 30 vezes menor que a distância percorrida pelo astronauta, em relação ao centro de massa do sistema.
e) como a força aplicada é constante, o módulo da velocidade do centro de massa do sistema varia linearmente com o tempo, em relação a Marte.
https://www.youtube.com/watch?v=EM0qo6wQSPo
Programa de Pós-Graduação em Física - Site Institucional da Universidade Federal de Juiz de Fora
***********************************************
***
Dialogos Sobre La Fisica Atomica Werner Heisenberg Bac
***
Capítulo 12
Revolución y vida universitaria
(1933)
A principios del semestre de verano de 1933, cuando volví a mi
Instituto de Leipzig, ya estaba en plena marcha el proceso de
destrucción. Varios de los más aplicados alumnos de mi seminario
habían abandonado Alemania y otros se disponían a huir. Mi ilustre
agregado de cátedra, Félix Bloch, se decidió por la emigración, y
entonces tuve yo que preguntarme si mi permanencia en Alemania
podía tener todavía algún sentido. De esta época de torturante
cavilar sobre lo que era o no era oportuno hacer, se me han
quedado grabadas dos conversaciones que después me han servido
de mucho; la primera, con un joven estudiante nacionalsocialista
que asistía a mis clases; la segunda, con Max Planck.
Vivía yo entonces en un pequeño apartamento en el ático de paredes
inclinadas que había en el piso superior de mi Instituto. Al
amueblarlo me había comprado como objeto principal de la
habitación, en la casa comercial Blüthner, de Leipzig, un piano de
cola, en el que con frecuencia tocaba por la noche, bien solo, bien
en plan de música de cámara con mis amigos. Como
accesoriamente tomaba lecciones en la Escuela Superior de Música
con el pianista Hans Beltz, tenía que aprovechar muchas veces la
pausa del mediodía para ejercitarme. En aquellas semanas me
había puesto a estudiar el concierto en la menor de Schumann.
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 247 Preparado por Patricio Barros
Un día, después de comer, salía de casa tras una de esas horas de
ejercicio para bajar a mi Instituto. Entonces me encontré que en
uno de los bancos junto a la ventana de la planta baja estaba
sentado un joven estudiante a quien en mis clases, ocasionalmente,
había visto con uniforme caqui. Se incorporó algo aturdido, saludó,
y le pregunté si deseaba hablarme.
Me respondió, un tanto azorado, que no, que solamente escuchaba
la música. Pero que, puesto que le hacía yo esa pregunta, me
agradecería le permitiera hablar conmigo. Le cité en mi
apartamento, y allí me expuso sus preocupaciones.
«Voy a sus lecciones, y sé que en ellas puedo aprender mucho. Pero
por lo demás no tengo ningún otro contacto con usted. De vez en
cuando me he puesto a escucharle cuando estudia música, pues de
otra manera sólo raras veces puedo escucharla. Sé también que ha
estado usted en el Movimiento de la Juventud, al que yo también he
pertenecido. Usted, en cambio, no viene jamás a nuestras reuniones
juveniles, ni a las asambleas de los estudiantes nacionalsocialistas
de la juventud hitleriana, ni a círculos más amplios. Yo soy jefe en
la juventud hitleriana, y sería un placer para mí tenerle algún día en
nuestro grupo. Pero usted hace como si perteneciera por completo al
círculo cerrado de los profesores antiguos y conservadores, que
solamente pueden vivir en el mundo de ayer, y a quienes la nueva
Alemania que ahora surge les es totalmente ajena, por no decir
odiosa. No puedo, sin embargo, imaginar, sin más, que haya todavía
alguien tan joven y que cultiva tan vivamente la música como usted
que pase ante esta nuestra juventud, que hoy construye o quiere
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 248 Preparado por Patricio Barros
construir una Alemania nueva, con talante de extraño y con
incomprensión. Necesitamos hombres que tengan más experiencia
que nosotros y que estén dispuestos a colaborar en esta
construcción. Tal vez le choque a usted el que ahora sucedan cosas
odiosas, el que hombres inocentes sean perseguidos o arrojados
fuera de Alemania. Pero créame, yo encuentro esto tan absurdo y
tan horrible como usted, y estoy seguro de que ninguno de mis
amigos tomaría parte en algo semejante. Creo que en una gran
revolución no se puede evitar que durante los primeros momentos
de excitación se vaya demasiado lejos y que después de los primeros
éxitos se incorporen también hombres de menor valía. Pero cabe
pensar que éstos sean eliminados después de un breve periodo de
transición. Para esto precisamos nosotros de la debida colaboración
de todos aquellos que quieren una recta estructuración, pues
inyectarían en el Movimiento mucha más savia de aquellas ideas
que ya estaban vivas en el Movimiento de la Juventud. Así, pues,
dígame usted por qué no quiere tener nada que ver con nosotros.»
«Si se tratase solamente de jóvenes estudiantes, me atrevería, a lo
mejor, a contribuir a la causa con mis discursos y mi cooperación
para que se impusiese la opinión de aquellos a quienes tengo por los
mejores. Pero ahora se han puesto en movimiento grandes masas
populares, y apenas importará el parecer de unos cuantos
profesores y estudiantes. Por otra parte, los jefes de la revolución se
han sabido garantizar el futuro mediante el desprecio hacia los
llamados intelectuales, frente al peligro de que el pueblo pueda
tomar en serio la exhortación a la razón que tal vez le hagan los
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 249 Preparado por Patricio Barros
hombres espiritualmente más destacados. Por eso soy yo ahora el
que tengo que hacerle esta pregunta: ¿Cómo sabe usted que se está
construyendo una Alemania nueva? Que usted tiene la mejor
voluntad, no se lo puedo negar. Pero hasta ahora únicamente
estamos seguros de que se está destruyendo la vieja Alemania y de
que se cometen muchas injusticias; en cuanto a todo lo demás, eso
es hasta ahora puro sueño. Si usted intentara cambiar y mejorar
solamente aquellas instituciones dentro de las cuales se han
producido irregularidades, estaría de acuerdo. Pero lo que sucede es
realmente una cosa completamente distinta. Usted tiene que
comprender que yo no puedo cooperar a que Alemania se vea
aniquilada; que quede esto claro».
«No. Usted es realmente injusto con nosotros. No debe afirmar que
todavía se podría lograr algo con pequeñas reformas. Desde la
última guerra ha ido empeorando la situación de año en año. Que
perdimos la guerra y que los demás han sido más fuertes que
nosotros, esto es verdad, y significa que de esto tenemos algo que
aprender. Pero ¿qué es lo que ha sucedido desde entonces? Se han
multiplicado los clubs nocturnos y los cabarets, y el sarcasmo ha
caído sobre todos aquellos que sufrieron, que se esforzaron y
sacrificaron. ¿Por qué todo este absurdo? [Divertios, la guerra se
perdió, pero existe el alcohol y aquí hay mujeres hermosas! En la
economía, la corrupción ha sobrepasado todo los límites
imaginables. Cuando el Gobierno ya no tenía un céntimo, porque
había que pagar las reparaciones de guerra o porque el pueblo
había empobrecido demasiado como para poder pagar grandes
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 250 Preparado por Patricio Barros
impuestos, entonces simplemente se dedicaba a hacer funcionar la
máquina de hacer billetes. ¿Por qué no? Que con este proceder los
viejos y los débiles fueran engañados y perdieran sus últimos
ahorros y hubieran de morir de hambre, era cosa que a nadie
preocupaba. El Gobierno tenía suficiente dinero, los ricos se
hicieron más ricos, y los pobres más pobres. Y usted debe reconocer
que, en los peores escándalos de corrupción de los últimos tiempos,
siempre estaban metidos los judíos».
«¿Y de eso deduce usted el derecho a considerar a los judíos como
una clase especial de hombres, a maltratarlos descaradamente y a
expulsar de Alemania a una serie de hombres excelentes? ¿Por qué
no deja que sean los tribunales los que castiguen a quienes
cometieron injusticias, con independencia de su condición religiosa
o de su raza?»
«Porque eso es justamente lo que no ocurre. La justicia desde hace
mucho tiempo se ha convertido en una justicia politizada, que
quiere perpetuar los monstruosos estados de cosas de ayer, que
protege solamente a la clase hasta ahora dirigente, sin preocuparse
por el bienestar de todo el pueblo. Vea usted cuán suaves han sido
las sentencias en los peores escándalos públicos. Pero es que,
además, el clima de decadencia se palpa en muchos otros sectores.
En las modernas exposiciones artísticas se ensalza como arte
elevado la creación más absurda y la más completa confusión
espiritual, y, si a la gente sencilla no le gusta, se le dice: ‘Esto tú no
lo entiendes, porque eres demasiado tonto para ello’. ¿Se ha
preocupado el Estado de las gentes pobres? A este propósito se
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 251 Preparado por Patricio Barros
afirma que existen excelentes instituciones sociales y que se tiene la
preocupación de que nadie pase hambre. Pero ¿basta, acaso, con
dar al pobre lo justo para que no pase hambre y no preocuparnos ya
más de él? Usted debe admitir que nosotros practicamos esto
mucho mejor. Nos sentamos al lado de los obreros, nos ejercitamos
con ellos en la milicia política de la SA-Sturm, recogemos medios de
subsistencia y vestidos para los pobres, marchamos al lado de los
trabajadores en las manifestaciones, y tenemos la sensación de que
son felices cuando tomamos parte en su vida. Esto es, sin duda,
una mejora. Cada cual ha trabajado para su propio bolsillo en los
catorce años anteriores. Lo que importaba, ante todo, era llevar
mejores vestidos que el vecino, tener mejor arreglada la casa para
aparentar más. Los mismos diputados en el Parlamento federal no
han tenido otro pensamiento que el de sacar el mayor provecho para
su partido. Cada uno reprochaba a los demás el ansia de ganar,
para enriquecerse él, a su vez, sin escrúpulos ni límites. No pensaba
ya nadie en el bien común. Y, cuando no era posible llegar a un
acuerdo, se peleaban o se tiraban los tinteros a la cabeza. A esto se
ha puesto fin definitivamente, cosa que no es, ciertamente, una
desgracia».
«¿No ha pensado usted nunca en lo que significa el que el pueblo
alemán desde 1919 haya tenido que aprender a gobernarse a sí
mismo y que no era tan fácil el inculcar que se deben respetar
voluntariamente los derechos de los demás si, a su vez, el Gobierno
no cuida con su autoridad de la justicia conmutativa?»
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 252 Preparado por Patricio Barros
«Puede ser. Pero los partidos han tenido tiempo en catorce años de
aprenderlo. La realidad es que cada año ha ido empeorando la
situación y ésta no ha mejorado en nada. Si dentro de Alemania nos
combatimos y engañamos mutuamente, no debe extrañarnos el que
en el extranjero el prestigio de Alemania decaiga cada vez más y se
burlen de nosotros. En la Sociedad de Naciones se habla del
derecho de los pueblos a la autodeterminación; pero, naturalmente,
a los tiroleses del Sur no se les pregunta a quién quieren ser
anexionados —el Tirol del Sur pertenece a Italia—. Se habla también
largamente de seguridad y de desarme, pero esto significa siempre
el desarme de los alemanes y la seguridad de los demás. No puede
reprocharnos el que nosotros los jóvenes no queramos compartir
más este engaño total ni dentro ni fuera. En el fondo, tampoco
usted puede desearlo».
«¿Y usted cree que su Führer, Adolfo Hitler, es un hombre de bien?»
«Comprendo que Hitler le resulte antipático, porque le parece
demasiado primitivo. Pero como se dirige al pueblo sencillo, tiene
que echar mano del lenguaje de éste. No le puedo demostrar a usted
que sea hombre honrado, pero pronto comprobará usted cómo tiene
más éxito que nuestros políticos de ahora. Usted va a ser testigo de
cómo los enemigos de Alemania en la última guerra van a hacer
más concesiones a Hitler que a sus antecesores sencillamente
porque desde ahora ellos tendrían que imponerse a sí mismos
sacrificios si quisieran mantener en pie la injusticia practicada
hasta ahora. En los últimos años esto era mucho más fácil, porque
el Gobierno alemán toleraba todas las coacciones de fuera».
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 253 Preparado por Patricio Barros
«Aunque usted tuviera razón en esto, yo no sé si una concesión
obligada de los demás debería usted considerarla como un éxito
auténtico de su movimiento o de Hitler, ya que, en cuanto se
produzca cualquier cambio brusco conseguido a contrapelo,
Alemania se creará de nuevo más enemigos; y adonde lleva el
principio ‘muchos enemigos, mucha honra’, lo podríamos haber
aprendido bien desde la última guerra».
«¿Usted piensa entonces que Alemania debe seguir tranquilamente
siendo la nación despreciada y escarnecida por todos, que tiene que
soportarlo todo, que tiene que admitir el ser la única culpable de la
última guerra, porque así lo cuentan mentirosamente y sólo porque
en realidad perdió la guerra? ¿Encuentra usted todo esto tolerable?»
«En este punto nos entendemos mal—traté yo de objetarle—. Debo
explicarle con mayor detalle lo que pienso. Ante todo, comprendo el
que países como Dinamarca, Suecia o Suiza vivan muy bien,
aunque los últimos cien años no hayan ganado ninguna guerra y
sean, en el aspecto militar, relativamente débiles. Además, en esta
situación de cierta dependencia de las grandes potencias logran
mantener perfectamente su carácter propio. ¿Por qué no podemos
nosotros aspirar a algo parecido? Puede objetarse que somos un
pueblo mucho más grande y económicamente más fuerte que los
suecos y los suizos, y que, por lo tanto, nos corresponde un mayor
influjo en el acontecer del mundo. Pero yo extiendo mi mirada hacia
un futuro más lejano. Los cambios en la estructura del mundo de
los que ahora somos testigos tienen cierto parecido con las
transformaciones operadas en Europa en el tránsito de la Edad
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 254 Preparado por Patricio Barros
Media a la Edad Moderna. Se produjo entonces la ampliación de la
técnica, especialmente la del armamento-, lo cual trajo consigo
como consecuencia la desaparición de los pequeños núcleos, antes
políticamente independientes, como el castillo feudal y la ciudad—
desaparecidos, en todo caso, como formas políticamente
independientes—, y la sustitución de los mismos por unidades
mayores, es decir, por Estados territoriales más o menos grandes.
Una vez realizado este paso, no ofreció ventaja alguna considerable
para la ciudad el rodearse de costosas murallas y fosos de defensa.
Por el contrario, la ciudad pequeña, que había renunciado a las
murallas, podía muchas veces expansionarse más fácil y
rápidamente que otra más grande, cuyo crecimiento quedaba
delimitado por una muralla defensora. En nuestra época, la técnica
realiza también enormes progresos; la técnica de los armamentos se
ha visto modificada radicalmente con el invento del avión. Hoy
existe también la tendencia a formar unidades políticas más
grandes, que rebasen las fronteras de la nación. Esto no se puede
desconocer. Por ello, podríamos atender mejor a la seguridad de
nuestro país renunciando abiertamente al rearme, para en su lugar
procurar, mediante esfuerzos económicos, entablar relaciones de
buena vecindad con las naciones que nos rodean. El incremento del
rearme tal vez sólo intensificaría las fuerzas de represalia en las
demás potencias, y provocaría, como último efecto, por
consiguiente, una sensible merma de la seguridad. Pertenecer a una
comunidad política mayor podría ser una defensa mucho mayor.
Con todo esto sólo pretendo decir que es siempre muy difícil emitir
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 255 Preparado por Patricio Barros
juicios acerca del valor de los objetivos políticos cuya consecución
queda muy lejos todavía. Creo, por tanto, que no es correcto valorar
un movimiento político sobre la base de las metas que proclama
públicamente, y que acaso también anhela realmente, sino sólo por
los medios que emplea para su realización. Estos medios, por
desgracia, son igualmente malos en el partido nacionalsocialista y
en el partido comunista, y vienen a demostrar que tampoco sus
defensores creen en la fuerza de convicción de sus ideas. Por
consiguiente, no me sirve ninguno de los dos movimientos, y estoy
convencido, bien a pesar mío, de que uno y otro sólo podrán traer la
desdicha a Alemania».
«Pero usted debe admitir al menos que con medios buenos no se ha
conseguido nada. El Movimiento de la Juventud no ha organizado
mítines, ni ha roto cristales, ni ha aporreado a los contrincantes.
Con su ejemplo, ha intentado únicamente implantar nuevos y más
correctos módulos de valores. ¿Pero ha mejorado algo con ello?»
«En la vida puramente política, tal vez no. Pero, en el sector de. la
actividad cultural de la juventud, los resultados han sido muy
fecundos. Piense usted en la enseñanza primaria, en la artesanía,
en la nueva arquitectura del Bauhaus, en Dessau; en el cultivo de la
música antigua, en los grupos corales y en los teatros de
aficionados. ¿No es esto un logro?»
«Quizá, sí. No trato de negarlo e incluso me alegro de ello. Pero
Alemania debe liberarse, también en el aspecto político, del estado
de descomposición interior y tutela exterior, y está claro que esto no
ha sido posible sólo con medios buenos. La consecuencia no puede
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 256 Preparado por Patricio Barros
ser que ahora siga todo como antes. Usted nos critica porque
seguimos a un hombre que se le hace demasiado primitivo y cuyos
medios usted desaprueba. Su antisemitismo también a mí me
parece el lado mas desfavorable de nuestro Movimiento, pero tengo
la esperanza de que pronto cesará. Ahora bien, alguno de los
representantes de la época anterior, alguno de los viejos profesores
que ahora se lamentan de la revolución, ¿intento en su día
mostrarnos a nosotros los jóvenes un camino que fuera mejor, que
nos hubiera llevado a la meta con medios mejores? No hubo nadie
que nos dijera cómo podíamos salir de la miseria de otra manera.
Usted tampoco. ¿Qué podíamos hacer entonces?»
«Y por eso ha participado usted en la aplicación de la violencia y en
la revolución, con la absurda ilusión de que de la destrucción podría
surgir alguna cosa buena. Ya conoce usted lo que ha escrito Jacob
Burckhardt sobre el resultado último de las revoluciones en la
política exterior: ‘Ya es una dicha grande el que una revolución no
convierta en señor al enemigo ancestral’. ¿Por qué nosotros los
alemanes habíamos de tener tan extraña dicha? Si nosotros los
viejos—tengo ya que contarme entre ellos—no hemos dado ningún
consejo, es por la sencilla razón de que no sabíamos dar otro que
ese tan trivial de que se debe hacer el trabajo concienzuda y
ordenadamente, y esperar así a que cunda el buen ejemplo».
«Usted quiere, por tanto, volver otra vez a lo viejo, a lo pasado, a lo
de ayer. En su opinión, todo intento de cambio es malo. Pues bien,
con estas ideas es justamente con las que no se puede ya convencer
a la juventud. Así nunca habría nada nuevo en el mundo. ¿Con qué
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 257 Preparado por Patricio Barros
derecho entonces defiende usted en su ciencia ideas nuevas
revolucionarias? Lo cierto es que también se ha roto radicalmente
con todo lo anterior en la teoría de la relatividad y en la teoría
cuántica».
«Cuando hablamos de revoluciones en la ciencia es importante que
se tenga una idea muy clara de estas revoluciones. Pensemos, por
ejemplo, en la teoría cuántica de Planck. Usted seguramente sabe
que Planck fue desde un principio un espíritu abiertamente
conservador, que nunca tuvo el deseo de cambiar seriamente la
física antigua. Pero se había propuesto solucionar un problema
rigurosamente delimitado, quería entender el espectro de la
radiación del calor. Naturalmente, lo intentó manteniendo todas las
leyes físicas anteriores, y necesitó muchos años para convencerse
de que esto no era posible. Sólo entonces propuso una hipótesis que
no encajaba dentro de la física anterior. Aun después de esto,
pretendió llenar de nuevo con hipótesis adicionales la brecha que
había abierto en los muros de la física antigua. Esta pretensión se
demostró como algo decididamente imposible, y el desarrollo ulterior
de la hipótesis planckiana hizo necesaria una reestructuración de la
física entera. Pues bien, incluso después de la reestructuración, no
se ha cambiado absolutamente nada en aquellos sectores de la
física que pueden ser entendidos totalmente con los conceptos de la
física clásica.
»Dicho de otra manera: en el seno de la ciencia solamente puede
operarse una correcta y fructífera revolución cuando se hacen
esfuerzos por cambiar lo menos posible, cuando uno se limita, ante
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 258 Preparado por Patricio Barros
todo, a la solución de un problema muy concreto y rigurosamente
definido. El intento de dar de lado a todo lo anterior y de cambiar a
capricho lleva a resultados absurdos. Este tipo de destrucción de
todo lo existente sólo lo intentan, en el campo de las ciencias
naturales, los fanáticos sin sentido crítico, los seres que están
medio locos, como, por ejemplo, esas gentes que afirman poder dar
con un perpetuum mobile. Naturalmente, de tales ensayos no se
saca nada. Confieso que no sé si las revoluciones en la ciencia
pueden parangonarse con las que tienen lugar en la convivencia
humana. Pero, ello no obstante, podría afirmar—aunque se tratara
de una pura ilusión—que también en la historia las revoluciones de
mayor alcance son aquellas en las que se intenta solucionar
solamente problemas rigurosamente delimitados cambiando lo
menos posible. Piense usted en aquella gran revolución de hace dos
mil años, cuyo autor—Cristo—dijo: ‘No he venido a suprimir la ley,
sino a cumplirla’. Una vez más: lo que interesa es circunscribirse al
objetivo principal y cambiar lo menos posible. Lo poco que entonces
deba modificarse puede en adelante gozar de tal fuerza
transformadora, que sea capaz de cambiar por sí mismo casi todas
las restantes formas de la vida».
«Pero ¿por qué se aferra usted tanto a las viejas formas? Con
frecuencia ocurrirá que esas viejas formas no se ajustarán a los
nuevos tiempos, y el mantenerlas en pie obedecería sólo a una
especie de pereza. ¿Por qué no eliminarlas en el acto? Encuentro
absurdo, por ejemplo, que los profesores se presenten todavía en las
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 259 Preparado por Patricio Barros
ceremonias de la Universidad con sus trajes talares medievales.
Son, indudablemente, antiguallas de las que hay que prescindir».
«Naturalmente que me tienen sin cuidado las formas antiguas; pero,
en cambio, me interesan los contenidos que pueden estar
representados por ellas. Quisiera esclarecer este punto con una
comparación tomada de la física. Las fórmulas de la física clásica
representan un saber derivado de antiguas experiencias, que no fue
sólo correcto entonces, sino que será válido también en el futuro y
en todos los tiempos. La teoría cuántica da sólo formalmente a este
tesoro de la experiencia una configuración distinta. Pero por lo que
se refiere al contenido no puede cambiarse nada de la física en lo
referente al movimiento del péndulo, a las leyes de la palanca, a los
movimientos de los planetas, ya que tampoco en estos procesos
varía el mundo. Volviendo a los trajes talares: este viejo formulismo
se remonta a la época de la división del pueblo en estamentos
sociales, y le corresponde como contenido la experiencia mucho más
antigua de que el grupo de hombres que han estudiado mucho y
cuyo pensamiento se ha formado en la escuela y con el contacto de
muchos otros grandes y profundos pensadores es algo
singularmente importante para la comunidad humana, ya que sus
consejos están mejor fundamentados que los de los demás. El traje
talar debe expresar esta posición especial y proteger a su portador
de los rudos ataques de la masa, aun cuando él en su vida
particular no haga suficientemente honor a su estado.
Seguramente, esta experiencia tiene en nuestro mundo tanta o
mayor vigencia que hace cientos de años; pero de hecho carece en
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 260 Preparado por Patricio Barros
absoluto de importancia el que exteriormente se exprese por medio
del traje talar o, tal vez mejor, en formas modernas. En todo caso,
tengo la sospecha de que muchos críticos de los trajes talares
quieren suprimir también el propio contenido por ellos expresado.
Pero esto es una pura tontería, ya que, ciertamente, no podemos
cambiar los hechos reales».
«Sí, usted pone ahora de nuevo en juego los datos de la experiencia
contra el dinamismo de la juventud, como hacen y han hecho
siempre los viejos. Contra esto no podemos decir nada más, y de
nuevo nos encontramos solos».
Mi visitante dio media vuelta para irse, pero yo le pregunté si no
quería que ejecutase otra vez para él la última frase del concierto de
Schumann todo lo bien que se puede hacer sin orquesta. Se alegró,
y luego, al despedirse, tuve la impresión de que me seguía
considerando como amigo.
En las semanas siguientes, los ataques a la Universidad fueron cada
vez más terribles. Uno de nuestros colegas de la Facultad, el
matemático Levy, que, según la ley, no debía temer nada, dado que
en la primera guerra mundial había alcanzado muchas altas
condecoraciones, fue súbitamente destituido de su cátedra. La
indignación entre los miembros jóvenes de la Facultad—pienso aquí
especialmente en Friedrich Hund, Carl Friedrich Bonhoeffer y el
matemático Van der Waerden— fue tan grande, que estuvimos
pensando si debíamos dimitir de nuestro puesto en la Universidad e
inducir, en lo posible, a muchos otros colegas a dar el mismo paso.
Pero antes quise cambiar impresiones otra vez con una persona
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 261 Preparado por Patricio Barros
mayor de toda nuestra confianza. Por eso pedí una entrevista con
Max Planck, y le visité en su casa de la Wangenheimstrasse, en
Berlín-Grünewald.
Planck me recibió en su salón, no muy iluminado, pero instalado
acogedoramente a la antigua, en cuyo centro colgaba todavía sobre
la mesa, no en función real de servicio, sino como elemento
decorativo, la antigua lámpara de petróleo. Me pareció que Planck
había envejecido mucho desde nuestro último encuentro. Su fino y
delgado rostro tenía profundas arrugas; al saludar mostraba una
sonrisa dolorida y daba la impresión de estar infinitamente cansado.
«Viene usted en busca de asesoramiento en cuestiones políticas—
comenzó él—, pero me temo no poderle ya dar ningún consejo. No
tengo ya esperanza alguna de que pueda detenerse la catástrofe de
Alemania, y con ella la de las universidades alemanas. Antes de que
usted me refiera las ruinas de Leipzig, que seguramente son iguales
a las de Berlín, deseo informarle primero sobre una conversación
que he mantenido hace unos días con Hitler. Había confiado yo en
que podría ponerle en claro los enormes daños que a las
universidades alemanas, y en particular a la investigación física en
nuestro país, podría causar la expulsión de los colegas judíos; que
tal manera de proceder no tendría sentido y sería profundamente
inmoral, ya que la mayor parte de ellos son ciertamente hombres
que se sienten totalmente alemanes y que en la última guerra
expusieron, como todos, su vida por Alemania. Pero no he
encontrado comprensión alguna por parte de Hitler, o, lo que es
peor, no hay lenguaje con el que pueda uno entenderse con
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 262 Preparado por Patricio Barros
semejante hombre. Hitler ha perdido, a mi parecer, todo contacto
real con el mundo exterior. Lo que otro le dice, lo recibe, en el mejor
de los casos, como un estorbo molesto, que inmediatamente domina
con su voz, declamando machaconamente las mismas frases sobre
la decadencia espiritual de los últimos catorce años, sobre la
necesidad de poner dique a este desmoronamiento en el último
minuto, etc. Con esto se tiene la impresión fatal de que está
convencido personalmente de semejante locura, y se le procura a su
alrededor la posibilidad de esta fe mediante la exclusión violenta de
todas las influencias externas; al estar poseído por un cuadro de
ideas fijas, se hace inasequible a toda propuesta razonable y llevará
a Alemania a una espantosa catástrofe».
Le relaté entonces los sucesos de Leipzig y le informé sobre nuestro
plan, discutido entre los profesores jóvenes de nuestra Facultad, de
dimitir colectivamente de nuestras cátedras, y expresar con esto de
modo claro y decidido el «Hasta aquí sí, pero ni un paso más». Max
Planck estaba de antemano convencido de la inutilidad de tal plan.
«Me alegra el que usted, como joven, sea todavía optimista y crea
poder atajar el mal con tales pasos. Pero, por desgracia, sobreestima
usted demasiado el influjo de las universidades y de los hombres
espiritualmente cultivados. Prácticamente, no tendría publicidad
alguna el paso que usted diera. La prensa o callaría por completo o
hablaría de la dimisión de usted en un tono tal de escarnio, que
nadie llegaría a sacar de ello consecuencias serias. Usted sabe que
no es posible influir en el curso de un alud cuando éste se ha
puesto en movimiento. Los destrozos que causará, las vidas
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 263 Preparado por Patricio Barros
humanas que aniquilará, son hechos que están determinados y
decididos por las leyes de la naturaleza, aunque no los conozcamos
de antemano. En realidad, tampoco Hitler puede decidir el curso de
los acontecimientos, porque él es, en gran medida, más un ser
arrastrado por su locura que un impulsor. No puede saber si las
fuerzas que ha desencadenado le engrandecerán definitivamente o
le aniquilarán miserablemente.
»Por tanto, el gesto de usted tendría, hasta que termine la
catástrofe, repercusiones solamente para usted mismo—tal vez esté
usted dispuesto a aguantar mucho en este aspecto—; pero para la
vida en nuestro país, todo lo que usted haga será efectivo, en el
mejor de los casos, sólo después del final. Hacia éste hemos, pues,
de dirigir nuestra atención. Si usted se retira, lo único que le
quedará por hacer, en el caso más favorable, será buscar una
colocación en el extranjero. Lo que le ocurriría, en casos menos
afortunados, prefiero no describirlo. Tendría usted que sumarse en
el extranjero a la gran masa de los que emigran y tienen que buscar
un puesto, y, lo que es probable, quitándoselo indirectamente a otro
más necesitado que usted. Podría, probablemente, trabajar con
tranquilidad en el extranjero, viviría sin peligro, y después del final
de la catástrofe podría, si lo desea, volver a Alemania con la buena
conciencia de no haber contraído compromisos con los destructores
de Alemania. Pero hasta entonces, probablemente, transcurrirán
muchos años, usted será otro y los hombres en Alemania habrán
cambiado, y es muy dudoso lo que usted podría hacer en ese mundo
transformado.
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 264 Preparado por Patricio Barros
»Si no presenta la dimisión y permanece aquí, tiene usted ante sí un
quehacer muy distinto. No podrá detener la catástrofe y para poder
sobrevivir tendrá que contraer una y otra vez compromisos. Pero
puede usted intentar formar, junto con otros, islotes de resistencia.
Puede reunir jóvenes en torno a usted, puede mostrarles cómo se
realiza una buena ciencia y enseñarles a mantener una conciencia
fiel a la antigua y correcta escala de valores. Claro que nadie sabe
cuántos de esos islotes de resistencia podrán sobrevivir al final de la
catástrofe. Yo, sin embargo, estoy convencido de que incluso
pequeños grupos de jóvenes bien dotados a quienes ayudemos a
atravesar con tal espíritu estos tiempos de horror, significarán
mucho en la restauración al terminar esta etapa, ya que tales
grupos pueden representar gérmenes de cristalización de los que
brote la nueva sociedad. Lo que digo valdrá primeramente sólo para
reestructurar la investigación científica en Alemania. Pero nadie
sabe qué papel desempeñarán la ciencia y la técnica en el futuro;
puede ser que tal papel resulte trascendental incluso para ámbitos
mayores. Mi opinión es que todos aquellos que pueden significar
algo y que no se vean obligados—por ejemplo, a causa de su raza—a
emigrar, deberían esforzarse por quedarse aquí para preparar un
futuro más lejano. Esto será ciertamente muy difícil y no carecerá
de riesgos, ya que los compromisos que habrá que aceptar podrán
acarrear más tarde responsabilidades e incluso sufrimientos. Pero
quizá haya que hacerlo a pesar de todo. Naturalmente, yo no puedo
criticar a nadie porque tome una decisión diferente; como la de
emigrar, porque la vida en Alemania se le hace insoportable o
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 265 Preparado por Patricio Barros
porque no puede ver ni tampoco impedir las injusticias que están
ocurriendo. Pero, en una situación tan horrenda como la que
atravesamos ahora en Alemania, no se puede ya actuar
correctamente. En toda decisión personal presente, aparece un
cierto margen de complicidad con la injusticia. Por eso, en
definitiva, cada cual está emplazado a solas con su propia
conciencia. No tiene sentido alguno el dar o recibir consejos. Por
eso, sólo puedo decirle que no se forje ilusión alguna de poder
impedir el mal con lo que usted haga hasta el final de la catástrofe.
Pero, en orden a la decisión que haya de tomar, piense usted en la
época que vendrá después».
Nuestra conversación se limitó a estas advertencias. De vuelta a
casa y ya en el tren camino de Leipzig, daban vueltas sin cesar en
mi cabeza estos pensamientos, mientras yo me torturaba con la
pregunta de si debía emigrar o debía quedarme. Casi envidiaba a los
amigos a quienes les había sido arrebatada por la fuerza su base de
vida en Alemania, y sabían, por tanto, que tenían que abandonar
nuestro país. Se les había hecho una amarga injusticia y tenían que
enfrentarse con grandes dificultades materiales, pero, al menos, se
les había ahorrado la elección. Probé a plantearme el problema, una
y otra vez, de nuevas maneras, a fin de ver mejor la solución
acertada. Cuando en nuestra casa alguien de la familia enferma de
muerte a causa de una infección, ¿qué es lo más procedente?
¿Abandonar la casa para que no se extienda la infección? ¿O cuidar
al enfermo, aun cuando no exista ninguna esperanza? ¿Pero tenía
sentido el comparar una revolución con una enfermedad? ¿No era
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 266 Preparado por Patricio Barros
éste un método barato de zafarse de las normas morales? Y
entonces, ¿cuáles eran los compromisos de los que había hablado
Planck? Al empezar las clases se debía alzar la mano para cumplir
con las normas exigidas por el partido nacionalsocialista. ¡Cuántas
veces había yo saludado antes mientras levantaba la mano y hacía
señas a los alumnos! ¿Era ésta, por tanto, una confesión
deshonrosa? Se debían firmar los oficios con un « ¡Viva Hitler! » Esto
era, sin duda, mucho más desagradable, pero afortunadamente sólo
raras veces tendría yo que firmar tales documentos, y, por tanto,
este saludo tenía aproximadamente el retintín del «nada tengo que
ver contigo». Había que tomar parte en ceremonias y desfiles. Pero
con frecuencia podría esquivarse el cumplimiento de tales
obligaciones. Cada uno de estos pasos, aisladamente, era quizá
defendible, pero habría que dar todavía muchos pasos más. ¿Y
serían éstos, asimismo, justificables? ¿Había actuado bien
Guillermo Tell cuando negó el saludo al sombrero de Gessler, y con
ello puso en máximo peligro la vida de su hijo? ¿No debía haber
transigido entonces? Y si la respuesta aquí era «no», ¿cómo era
posible que se transigiera ahora en Alemania?
Si, por el contrario, la decisión era emigrar, ¿cómo se compaginaba
esta decisión con el imperativo categórico kantiano de que se debe
obrar de tal manera que el propio obrar pueda valer también como
máxima universal? Ciertamente, no todos podían emigrar. En este
globo, ¿se podía ir rodando incansablemente de un país a otro para
escapar de las catástrofes sociales que fueran a surgir a cada paso?
Los demás países no iban a quedar indemnes a largo plazo de tales
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 267 Preparado por Patricio Barros
o parecidas catástrofes. En última instancia, se pertenecía, además,
a un determinado país por nacimiento, lengua y educación. Y
emigrar, ¿no significaba entregar nuestro país sin luchar a un grupo
de posesos psicológicamente desequilibrados, que en su locura
llevarían a Alemania a una desgracia imprevisible?
Planck había hablado de que existen decisiones en las que no es
posible esquivar del todo la injusticia. ¿Eran tales situaciones
absolutamente posibles? Como físico intenté plantearme
experimentos teóricos, es decir, idear, dentro del presente caso,
situaciones de necesidad que, aunque no se den en la realidad,
sean, sin embargo, suficientemente parecidas a las situaciones
reales y al mismo tiempo tan extremas, que se pueda entrever
inmediatamente la imposibilidad de una solución humanamente
justificable. Al final llegue al siguiente y pavoroso ejemplo: un
Gobierno dictatorial ha encarcelado a diez de sus enemigos y está
decidido a matar al más importante de ellos, y quizá también a los
diez. Pero al Gobierno le interesa mucho hacer aparecer este
asesinato como medida justa ante el extranjero. Entonces coge a
otro de sus enemigos que, gracias a su gran renombre
internacional, aún estaba en libertad—podría ser, v. gr., un
reconocido jurista—, y le brinda el acuerdo siguiente: Si usted como
jurista está dispuesto a cubrir la rectitud del asesinato del más
importante de los enemigos bajo su firma y con el correspondiente
informe, entonces serán puestos en libertad los otros nueve
encarcelados y se les ofrecen garantías para que salgan del país. Si
se niega usted a la firma, los diez prisioneros serán ejecutados. El
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 268 Preparado por Patricio Barros
jurista sabe con certeza que el dictador cumplirá la amenaza. ¿Qué
debe hacer? ¿Es su «chaleco blanco», como se decía entonces
cínicamente, de más valor que la vida de los nueve amigos? Ni
siquiera la muerte voluntaria del jurista sería solución, ya que
impediría, sin duda, la salvación de los presos inocentes.
Me vino entonces al pensamiento una conversación con Niels que
había versado sobre la complementariedad de los conceptos justicia
y amor. En realidad, ambos, justicia y amor, son componentes
esenciales de nuestro comportamiento en la convivencia con los
demás hombres; pero, en último término, se excluyen mutuamente.
La justicia manda al jurista denegar su firma. Además, las
consecuencias políticas de la firma precipitarían en la desgracia, tal
vez, a más hombres que a aquellos nueve amigos. Pero ¿debe el
amor cerrarse al grito de auxilio que los familiares de los amigos,
desesperados, dirigen al jurista? Me pareció entonces algo infantil
entretenerme con tales juegos absurdos del pensamiento. Se
trataba, sin embargo, de decidir aquí y ahora si quería emigrar o si
quería quedarme en Alemania. Había que pensar en la época
posterior a la catástrofe. Esto es lo que había dicho Planck, y me
convenció.
Por consiguiente, ésta fue la conclusión: formar islotes de
resistencia, reunir a jóvenes y hacer lo posible por qué cruzaran
indemnes a través de la catástrofe, y después que aquello acabara
reconstruir de nuevo. Esta era la tarea a la que Planck se había
referido. Esto implicaba, inevitablemente, el aceptar compromisos y,
más adelante, el sufrir castigo por ellos y tal vez algo peor. Pero era,
Diálogos sobre la física atómica www.librosmaravillosos.com Werner Heisenberg
Gentileza Alfredo Pombo 269 Preparado por Patricio Barros
al menos, un deber claramente planteado. En el extranjero estaría
uno de sobra. Allí sólo había tareas que podían ser realizadas mejor
por otros muchos. Al llegar a Leipzig, mi decisión estaba tomada:
permanecer, al menos provisionalmente, en Alemania y en la
Universidad de Leipzig y ver hacia dónde me iba a llevar más tarde
este camino.
http://www.librosmaravillosos.com/dialogossobrelafisicaatomica/pdf/Dialogos_sobre_la_f%C3%ADsica%20atomica_-_Werner_Heisenberg.pdf
*******************************************************
***
Carnaval (Brasil)
Fantasma da Ópera
TODOS
Carnaval, mascarado festival
Carnaval, sob o véu cada qual é sempre o outro
Carnaval, quantas faces no plural
Carnaval, todo certo é igual a todo torto
Cada um, cada qual
Outro mais, outro igual
Verde aqui, lá marrom
Coração, eis um clown
Rostos, um por um
Vão entrar num alegre vagão
No insano carrossel
Rato e rei, cobra e cão
Frade e frei, todos vão
Colibri, jacaré, rouxinol, chimpanzé
Rostos, bebe um, bebem dois
Cai no chão, cai do trem, perde a mão
CHRISTINE/RAOUL
Mas tu atrás do véu
TODOS
Carnaval, quanta carne em procissão
Carnaval, bebe mais, deixa entrar o show é lindo
Carnaval, e os olhares quantos são
Carnaval, olha bem tem alguém ali sorrindo
Carnaval, entre as sombras quem será?
Carnaval, cada um sabe bem a quem engana
Carnaval, Toda farsa valerá
Carnaval, mas no fim tem alguém que te atazana
GIRY:
Noite assim
MEG:
Multidão
ANDRE:
Bem feliz
FIRMIN:
Que emoção! Todo o creme de lá creme
CARLOTTA:
Vem pra ver, todos vêm
MEG/GIRY:
E o nosso medo já passou
ANDRE:
Seis meses
PIANGI:
Mês de paz
CARLOTTA:
De prazer
ANDRE:
A mais calma estação
MEG/GIRY:
E o peito se acalmou!
CARLOTTA:
Sem bilhetes
PIANGI:
Sem fantasma
GIRY:
Tudo bem
ANDRE:
Só brindar, ano bom que já vem
FIRMIN:
Novo lustre também
CARLOTTA/PIANGI:
E que esse brilho não se vá
FIRMIN:
6 meses
GIRY:
Que emoção
MEG:
Já passou
ANDRE/FIRMIN:
Mas que noite feliz
ANDRE:
Que grande carnaval
CHRISTINE:
Pensa em nós
Noivado secreto, olha bem pra mim! E pensa em nós
RAOUL:
Por que o segredo? Por que fazer assim?
CHRISTINE:
Você jurou
RAOUL:
Você jurou
CHRISTINE:
Vão todos perceber
RAOUL:
Pois que percebam, não é crime o nosso amor
Diz pra mim do que tens medo
CHRISTINE:
Não briguemos
RAOUL:
Não briguemos
CHRISTINE:
Eu prometo, hás de compreender, amor
RAOUL:
Eu espero poder compreender, amor
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário