Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 8 de dezembro de 2022
GOTA DE GASTO
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Adriana Fernandes - O que o orçamento secreto tem a ver com a vida das pessoas?
O Estado de S. Paulo
Prática atropela a ética e a transparência na gestão da coisa pública
O julgamento iniciado ontem no STF sobre o orçamento secreto mexe com os nervos em Brasília. A ansiedade está a mil nos gabinetes das lideranças do Centrão na expectativa da decisão dos ministros da Corte, que podem declarar o mecanismo inconstitucional e deflagrar uma ofensiva de retaliação na pauta de votação do Congresso deste ano e dos primeiros 100 dias do governo Lula 3.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), debita ao presidente eleito a mobilização nessa reta final do ano contra o orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão. O grau de tensão entre Lira e Lula e o Judiciário será medido a partir do alcance da decisão.
Mas, afinal de contas, o que o orçamento secreto tem a ver com a vida das pessoas e a boa gestão das políticas públicas?
A resposta:
O mecanismo transfere o poder da execução de parte do Orçamento, que sempre foi do Executivo, à luz da boa gestão orçamentária, para o Legislativo, subvertendo o equilíbrio dos Poderes: um legisla, outro executa e um terceiro julga.
Atropela um princípio constitucional básico, da transparência e da ética na gestão da coisa pública. É perverso porque tira recursos de quem mais precisa.
Aos amigos do rei, tudo. Sem a devida transparência, essa prática comum em Brasília fica muito mais fácil de ser executada.
O que se viu foram cidades dos aliados gastando o dinheiro das emendas em bens e serviços não prioritários. E em outros municípios, ao lado, faltando tudo.
A evidência mais contundente do quanto o orçamento secreto é nefasto ficou marcada no Orçamento de 2023.
Como o Congresso tinha aprovado uma lei que determinava que o projeto precisava ser enviado já contando com R$ 19,4 bilhões do orçamento secreto, a solução da equipe econômica foi passar a tesourada. O projeto foi para o Congresso com R$ 10 bilhões das emendas consumindo o piso da saúde em 2023, cortando o acesso da população a medicamentos... Foi o caso dos cortes do programa da Farmácia Popular, que acabaram tirando votos de Bolsonaro nas eleições.
A falta de transparência eleva o risco de desvio de recursos e torna mais difícil a fiscalização.
Por último, o orçamento secreto pode se transformar em fonte de desequilíbrio da democracia: é possível identificar como a execução sobe em ritmo alinhado a votações importantes para o governo. Chegou-se a ter R$ 1 bilhão num único dia! Enquanto órgãos do governo e políticas públicas penam com a falta de dinheiro. É só ver o que está acontecendo com o apagão da Esplanada.
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022
Luiz Carlos Azedo - MDB pleiteia três ministérios, um para Simone Tebet
Correio Braziliense
A participação do MDB no governo Lula é assunto resolvido. O presidente da legenda, deputado Baleia Rossi (SP), pacificou o partido internamente para que integre a coalizão que está sendo formada com o PT e mais 14 partidos. A ex-candidata à Presidência Simone Tebet será a estrela da legenda no novo governo, com apoio integral das bancadas da Câmara e do Senado, que também estarão representadas na ampla coalizão democrática em formação. O martelo deve ser batido no encontro de Rossi com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Baleia considera Simone Tebet a grande liderança democrática de centro que emergiu da disputa eleitoral, não apenas pela votação que teve no primeiro turno, no qual a chamada “terceira via” foi esvaziada pela polarização entre Lula e Bolsonaro. Sua atuação no segundo turno, quando se engajou de corpo e alma na campanha do petista, contribuiu decisivamente para levá-lo à vitória. Lula sabe disso.
O excelente desempenho durante os debates entre os candidatos à Presidência e a clareza de suas propostas fizeram de Simone a candidata do MDB com melhor desempenho em disputas presidenciais da História, com 4.915.423 votos — o equivalente a 4,2%. O apoio a Lula no segundo turno não foi por gravidade, mas condicionado à adoção de propostas de seu programa de governo, como o pagamento de uma bolsa de R$ 5 mil para alunos que terminarem o ensino médio. Durante a campanha, Simone se empenhou para transferir o maior número de votos possível para Lula, que obteve apoio de 3,5 milhões de eleitores a mais na segunda votação.
A presença de Simone Tebet no governo Lula, por isso mesmo, muda a natureza da ampla coalizão em formação, que passa a ser claramente de centro-esquerda, independentemente da participação de outras legendas. Mesmo sem a presença do PSDB, que pôs a carroça à frente dos bois ao projetar o governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, novo presidente da legenda, como virtual pré-candidato à Presidência da República. É um certo açodamento, porque há um longo caminho a ser percorrido até 2026.
Eleições municipais
A aposta do MDB é construir um forte campo eleitoral de centro democrático nas eleições municipais de 2024, a partir de uma federação formada com Podemos, PSDB, Cidadania e outras legendas. Segundo ele, esse é o caminho para viabilizar candidaturas competitivas no campo de forças que se opõem ao bolsonarismo e apoiam o governo Lula. Não é uma construção fácil. O PSDB derivou para a oposição em razão da aliança entre Eduardo Leite e o deputado Aécio Neves, ex-governador de Minas, que ganhou a queda de braço com o ex-governador paulista João Doria e recuperou sua influência na bancada federal da Câmara.
Além disso, a situação do PSDB é muito delicada em São Paulo, porque o apoio do ex-governador Rodrigo Garcia ao novo governador eleito Tarcísio de Freitas não foi robusto o suficiente para conter a debandada de prefeitos tucanos para o PSD de Gilberto Kassab, que será o braço direito do novo governador paulista. Até os garçons do Palácio dos Bandeirantes sabiam que o esvaziamento do PSDB paulista seria inevitável, com a ida do ex-governador Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República eleito, para o PSB, e a derrota acachapante de Garcia, que ficou fora do segundo turno. Nesse rastro, deputados do PSDB e outras legendas só não fazem a baldeação por medo de perderem os mandatos.
Orçamento secreto
Independentemente da PEC da Transição, votada ontem no Senado e que ainda precisa ser aprovada pela Câmara, os dias do chamado orçamento secreto estão contados. E não apenas porque a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, que cobra o fim do sigilo sobre as emendas, pôs em votação a ação de PSB, PSol, Cidadania e PV que arguia inconstitucionalidade das chamadas emendas do relator.
Começa a se formar entre as lideranças do Congresso uma opinião majoritária de que as emendas ainda podem gerar muita dor de cabeça para seus autores, devido à farra de distribuição de verbas federais durante a campanha eleitoral e as denúncias de corrupção nos municípios. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já vem conversando com outras lideranças sobre a necessidade de uma alternativa que garanta mais transparência às emendas. A campanha mostrou que o sigilo sobre seus autores criou uma situação de desequilíbrio na distribuição dos recursos não apenas entre governistas e oposicionistas. Houve concentração de recursos, também, entre integrantes da mesma bancada, o que gerou muita insatisfação.
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022
Ruy Castro Os donos da última palavra
Folha de S. Paulo
Os militares se acham melhores do que nós, os paisanos; um livro explica por quê
Militares costumam ser filhos de militares, netos de militares e pais de militares. Estudam em colégios militares, moram em vilas militares, frequentam clubes militares, casam-se com filhas de militares e comparecem às mesmas cerimônias militares. Ouvem a mesma música militar, assistem aos mesmos desfiles militares e absorvem os mesmos discursos militares. A Vila Militar, bairro da zona oeste onde moram 6.000 militares aqui no Rio, fortemente guardado, é um oásis. Há anos não tem um tiroteio. Anda-se por suas ruas a qualquer hora. Que bom.
Os militares se acham melhores do que nós, os paisanos. E devem ser mesmo. Têm crédito imobiliário próprio, direito à aposentadoria mais cedo e sistemas especiais de educação e saúde. Têm também uma Justiça exclusiva para se julgarem uns aos outros, o que lhes faculta infringir suas próprias regras, uma delas a proibição de militares da ativa de fazerem declarações políticas. É proibido, mas fazem. Militares jamais reconhecem que erraram. Qualquer crítica a eles é vista como revanchismo.
Como disse um general: "Todos os militares têm a mesma estrutura mental, o que os leva a, diante de um impulso, reagirem de forma padronizada. Os civis não. Cada um vê o problema por um ângulo diverso." Está vendo? Somos um caos, vemos os problemas por ângulos diversos.
Os militares acreditam que o artigo 142 da Constituição faz deles o poder moderador da República, donos da última palavra. Daí que, na composição de um ministério por um novo presidente, todo cuidado é pouco. A escolha de um ministro da Defesa tem de ser feita na ponta dos pés para não desagradá-los. E só deve ser nomeado depois de aprovado por eles. Enfim, nada de atiçar as fardas.
Aprendi tudo isso sobre os militares no excepcional livro "Poder Camuflado", de Fabio Victor, recém-lançado. Os militares também deviam lê-lo, para aprender sobre os militares.
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“Flor Da Idade” Filipe Catto (legendado) HD
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um mapa conceitual para ilustrar o que ocorre na coda de “Flor Da Pele”
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Flor da idade
Canção de Chico Buarque
Visão geral
Letras
Vídeos
Ouvir
Letras
A gente faz hora, faz fila na vila do meio dia
Pra ver Maria
A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia
A porta dela não tem tramela
A janela é sem gelosia
Nem desconfia
Ai, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor
Na hora certa, a casa aberta, o pijama aberto, a família
A armadilha
A mesa posta de peixe, deixe um cheirinho da sua filha
Ela vive parada no sucesso do rádio de pilha
Que maravilha
Ai, o primeiro copo, o primeiro corpo, o primeiro amor
Vê passar ela, como dança, balança, avança e recua
A gente sua
A roupa suja da cuja se lava no meio da rua
Despudorada, dada, à danada agrada andar seminua
E continua
Ai, a primeira dama, o primeiro drama, o primeiro amor
Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo
Que amava Juca que amava Dora que amava
Carlos amava Dora que amava Rita que amava Dito
Que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava
Carlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto que amava
A filha que amava Carlos que amava Dora
Que amava toda a quadrilha
Fonte: LyricFind
Compositores: Francisco Buarque
Letra de Flor da idade
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Flor da Idade - Chico Buarque de Hollanda - Vai Trabalhar Vagabundo - 1973.wmv
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paulo sergio mariani
há 12 anos
Flor da Idade: Do Filme "Vai Trabalhar Vagabundo" de Hugo Carvana em1973
365 Canções Brasileiras
https://www.youtube.com/watch?v=hs5QNEGsh00
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"PEC DA LAJE"
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Análise: Lula negocia com Congresso e trabalha com prazo de 2 anos para extrateto | LIVE CNN
CNN Brasil
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1 de dez. de 2022
Os analistas de política da CNN Basília Rodrigues e Gustavo Uribe analisaram as negociações entre o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o Congresso sobre a PEC do Estouro. O PT trabalha com um prazo de dois anos para os gastos extrateto #CNNBrasil
“…muitos nomes lhe chamaram…”
https://www.facebook.com/ObserveRio/photos/a.1007838589368946/1441170879369046/?type=3
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Observe Rio
29 de novembro de 2019 · Instagram ·
Rossio Grande, Campo da Lapadosa, Campo do Polé, Praça da Constituição, de muitos nomes lhe chamaram, mas morreu com o nome de seu homenageado, Praça Tiradentes.
Monumento de Dom Pedro, divide espaço com outras 4 estátuas que representam:
"Justiça, Liberdade, União e a Fidelidade”
#NoiteRio #Rio #FotoMobile #Mobilegrafia
https://www.facebook.com/ObserveRio/photos/a.1007838589368946/1441170879369046/?type=3
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O reencontro de Rafael Colombo e Elisa Veeck no Live CNN Novo Dia (07/12/22) | CNN Brasil
Juninho Bento
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https://www.youtube.com/watch?v=fOupZK9KtdM
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Chico Buarque e Paulo Fontes - Gota D´Agua (pdf)(rev)
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Gota d'Água - Completo
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Jaffer Soares
Clipe
24 de mai. de 2020
Dividida em dois atos, A Gota d'Água espelha uma tragédia urbana, banal nos grandes centros, nas favelas do Rio de Janeiro, onde está ambientada; os sets retratam um botequim, local de encontro dos homens e, ao lado, o set das lavadeiras, onde as personagens femininas conversam. No set da oficina, está o velho Egeu, e onde passam alguns amigos.
Retrata as dificuldades vividas por moradores de um conjunto habitacional, a Vila do Meio-Dia, que na verdade são o pano-de-fundo para o drama vivido por Joana e Jasão que, tal como na peça original, larga a mulher para casar-se com Alma, filha do rico Creonte.
Sem suportar o abandono, e para vingar-se, Joana mata os dois filhos e suicida-se. Na cena final, os corpos são depositados aos pés de Jasão, durante a festa do seu casamento.
Elenco: Izabella Bicalho, Thelmo Fernandes, Lucci
Ferreira, Kelzi Eckard, Karen Coelho, Pedro Lima, Lilian
Valeska, Sheila Mattos, Luca de Castro e André Araújo
https://www.youtube.com/watch?v=TErKCOvpvM0
http://joinville.ifsc.edu.br/~luciana.cesconetto/Textos%20teatrais/CHICO%20BUARQUE%20-%20Gota%20D%C3%A1gua.pdf
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