quinta-feira, 25 de junho de 2020

OPERAÇÃO FIAT LUX


A 5ª estrela





1No princípio, Deus criou o céu e a terra. 2Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo, e um vento de Deus pairava sobre as águas. 3Deus disse: "Haja luz" e houve luz. 4Deus viu que a luz era boa, e Deus separou a luz e as trevas. 5Deus chamou à luz "dia" e às trevas "noite".





Silas Rondeau e Anibal Gomes devem se apresentar à PF nas próximas horas
Ambos são procurados por suspeita de envolvimento em esquema de corrupção montado na Eletronuclear, investigado pela Lava-Jato

RS Renato Souza
postado em 25/06/2020 11:02






Silas Rondeau
(foto: Jose Varella/CB/D.A Press)

Alvos de mandados de prisão no âmbito da operação Fiat Luz, desdobramento da Lava-Jato, o ex-ministro de Minas e Energia do governo Lula Silas Rondeau e o ex-deputado Anibal Gomes devem se entregar à Polícia Federal nas próximas horas.

De acordo com uma fonte na corporação, as defesas dos investigados negociam a apresentação de ambos em Brasília. Ao todo, a operação cumpre 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal, por ordem do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.

As investigações apontam fraudes em contratos e pagamentos de propina envolvendo a Eletronuclear. As diligências tem como base as delações de dois lobistas ligados ao MDB, Jorge Luz e Bruno Luz, que foram presos em 2017. Ao todo, 11,7 milhões teriam sido repassados a agentes públicos em forma de propina.











ADÃO MEU QUERIDO ADÃO...











 Querido Adão

Carmen Miranda







Ex-ministro Silas Rondeau é alvo da Lava Jato em operação contra fraudes na Eletronuclear

Força-tarefa pediu também o sequestro de R$ 207 milhões em bens dos envolvidos e de suas empresas, por danos materiais e morais.
Por Arthur Guimarães, Marco Antônio Martins e Nathália Castro, Bom Dia Rio
25/06/2020 06h28  Atualizado há 2 horas

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Ex-ministro é alvo de operação que investiga fraudes na Eletronuclear

A força-tarefa da Lava Jato iniciou nesta quinta-feira (25) a Operação Fiat Lux, contra fraudes na Eletronuclear, com pagamentos no exterior.
Silas Rondeau, ministro das Minas e Energia entre 2005 e 2007 (no segundo governo Lula), é um dos procurados. Equipes estiveram em endereços em Ipanema, na Zona Sul do Rio, e em Brasília, mas não o encontraram até a última atualização desta reportagem.
O ex-deputado federal Anibal Ferreira Gomes (DEM-CE) também tem um mandado de prisão contra si. No início do mês, a 2ª Turma do STF condenou Aníbal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O parlamentar foi acusado de receber R$ 3 milhões em propina junto com o engenheiro Luiz Carlos Batista Sá, que é outro alvo da operação desta quinta-feira.
Até a última atualização desta reportagem, dois homens haviam sido levados para a Superintendência da Polícia Federal (PF), na Praça Mauá.
O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ, expediu, ao todo, 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária nos estados do Rio de Janeiro (capital, Niterói e Petrópolis), São Paulo e no Distrito Federal.
A Lava Jato pediu também o sequestro dos bens dos envolvidos e de suas empresas pelos danos materiais e morais causados no valor de R$ 207 milhões.





Ex-ministro Silas Rondeau em foto de 2007 em Brasília — Foto: Rafael Carvalho/Governo do Tocantins

Delação de lobistas
O esquema investigado é mais uma etapa contra responsáveis por contratos fraudulentos e pagamento de propina na Eletronuclear, que não foram abrangidos pelas operações Radioatividade, Irmandade, Prypiat e Descontaminação.
A investigação teve como base a colaboração premiada dos lobistas Jorge Luz e o filho, Bruno, ligados ao PMDB. Os Luz foram presos em Miami em 2017, por ordem da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.
A delação de Jorge e Bruno -- homologada pelo pelo ministro Edson Fachin, do STF -- apontou o pagamento de vantagens indevidas em pelo menos seis contratos firmados pela Eletronuclear.
Os recursos eram desviados por meio de subcontratação fictícia de empresas de serviços e offshores, que por sua vez distribuíam os valores entre os investigados.






Othon Luiz participou, em 2011, de audiência no Senado para discutir o sistema de energia nuclear do país — Foto: Antonio Cruz/ABr

Segundo o MPF, a exigência de propina teve início logo após Othon Pinheiro chegar à presidência da estatal.
A vantagem indevida seria uma contrapartida à celebração de novos contratos e ao pagamento de valores em aberto de contratos que se encontravam em vigor.
Parte do esquema operou com empresas sediadas no Canadá, França e Dinamarca -- por isso, o MPF solicitou a cooperação internacional e vai compartilhar o material da investigação com o Ministério Público destes países.
Temer é réu
Em abril de 2019, Bretas aceitou duas denúncias feitas pelo Ministério Público Federal e tornou réus o ex-presidente Michel Temer, o ex-ministro e ex-governador do Rio Moreira Franco e outros 12 investigados.
Temer e Moreira chegaram a ser presos em março do ano passado, mas foram soltos dias depois.






Foto tirada em 2010, pouco antes do início da retomada das obras de Angra 3 — Foto: Divulgação

O desmembramento da denúncia oferecida a partir da Operação Radioatividade trouxe parte das investigações da Lava Jato para o Rio de Janeiro.
Nesta etapa, segundo o MPF, foi constatado o envolvimento de, pelo menos, duas grandes empreiteiras, a Andrade Gutierrez e a Engevix, em prática ilícitas, em virtude da execução de contratos e aditivos celebrados com a Eletronuclear para a construção da usina de Angra 3.
A Operação Prypiat, já deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, aprofundou as investigações, debruçando-se sobre os contratos com a Flexsystem Engenharia, Flexsystem Sistemas e VW Refrigeração.
Já a Operação Irmandade dedicou-se ao núcleo financeiro-operacional do esquema. A partir da colaboração de executivos da Andrade Gutierrez, foi demonstrada a forma de geração do caixa 2 da empresa para realização dos pagamentos de propina em espécie para funcionários da Eletronuclear.
Este esquema de lavagem de dinheiro era similar ao investigado pela Operação Fiat Lux e sustentava-se na celebração de contratos fictícios e expedição de notas fiscais falsas com várias empresas.

ELETRONUCLEAR

RIO DE JANEIRO










Opinião: A 5ª estrela
30 de julho de 2015 






POR MERVAL PEREIRA

A história do Vice-Almirante (Engenheiro Naval) Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente da Eletronuclear, preso na Operação Lava-Jato acusado de corrupção, é a história de um projeto grandioso de tentativa de domínio por parte da Marinha brasileira do ciclo nuclear que acabou se transformando em um projeto de poder político e econômico de um governo megalomaníaco, que mistura o público com o privado com a facilidade populista com que manipula os símbolos do país, seja a Petrobras ou o programa nuclear.
O vice-almirante Othon, muito justamente considerado “o pai do programa nuclear brasileiro”, acabou ganhando um poder político que o fez poder escolher o comandante da Marinha e os dirigentes do programa nuclear e, segundo as acusações do Ministério Público, ganhar muito dinheiro através de uma empresa de consultoria que funcionava ao mesmo tempo em que ele comandava a Eletronuclear, que coordena as centrais nucleares brasileiras.
No comando da empresa desde 2005, teve que se licenciar em abril deste ano devido a denúncias de irregularidades em contratos firmados na construção da usina de Angra 3. Agora a empresa de consultoria está sendo investigada por ter recebido “pagamentos vultusos” de outras companhias que compõem o consórcio que atua nas obras de Angra 3.
Mesmo os companheiros de farda que se recusam a acreditar que o almirante Othon tenha cometido crimes se sentem incomodados, não apenas com o conflito de interesses claro, como também com o fato de sua empresa se chamar Aratec Engenharia, uma clara alusão ao complexo de Aramar, onde o país desenvolve o altamente secreto projeto de centrífugas nucleares implementado pelo próprio Almirante.
Ele já havia tido problemas na administração de verbas públicas durante o governo Itamar Franco, quando o ministro da Marinha Ivan de Silveira Serpa considerou que tinha muita liberdade de gastos no projeto nuclear e exigiu uma prestação de contas, que acabou não sendo aprovada.
Não chegou a haver acusações contra o almirante Othon, mas a seus métodos de trabalho, que não mediam gastos para seus homens, e em 1994, aproveitando que completava seu tempo de serviço militar ativo, deixou o programa, sendo reconhecido por todos como o grande responsável pelo projeto das centrífugas nucleares que deram ao Brasil a capacidade de enriquecer o urânio.
O seu retorno deu-se em grande estilo, quando foi convidado pelo presidente Lula em 2005 para presidir a Eletronuclear. A partir daí, seu poder foi sempre crescente, e é atribuído a ele a ideia da criação do Prosub, uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) formada pela empresa francesa DCNS e a Odebrecht, com a Marinha brasileira tendo uma “golden share”. A escolha da empreiteira Odebrecht, foi dito na ocasião, obedeceu a um pedido formal da empresa francesa, o que provocou muita polêmica, pois não houve licitação. A Odebrecht acabou criando uma subsidiária, a Odebrecht Defesa, que abriga em seus quadros diversos almirantes e oficiais da Marinha da reserva e reformados. Uma “5ª estrela” no linguajar coloquial da Marinha, comparável a postos no exterior onde os oficiais podem guardar dinheiro para a aposentadoria.
O projeto faz parte de um convênio Brasil-França assinado em 2009, e se compõe de projeto e a construção do Submarino com Propulsão Nuclear (SN-BR), a construção de quatro submarinos convencionais; uma Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), e um complexo de Estaleiro e Base Naval (EBN) que se encontra em construção às margens da Baía de Sepetiba, no Município de Itaguaí.
O homem forte do programa nuclear brasileiro é também considerado o responsável pela nomeação do Comandante da Marinha Moura Neto, que ficou no comando durante sete anos, de 2007 a 2014, nos governos Lula e Dilma, e do almirante José Alberto Accioly Fragelli, que exerceu o cargo de coordenador do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear. Moura Neto teria sido escolhido por defender o programa de construção do submarino nuclear, ao contrário de outro também cogitado.
Tudo indica que tamanho poder político e acesso a verbas praticamente sem controle, com força até mesmo para conseguir reverter decisões do Tribunal de Contas da União (TCU), e tantas injunções empresariais, desvirtuaram o sonho do vice-almirante Othon. Nunca a frase famosa do escritor e pensador inglês do século XVIII Samuel Johnson “o patriotismo é o último refúgio dos canalhas” teve tanto sentido quanto hoje, quando se tenta melar a Operação Lava-Jato acusando seus membros, a começar pelo juiz Sérgio Moro, de estar prejudicando a Pátria quando investigam a roubalheira na Petrobras, ou o pai do programa nuclear brasileiro.
FONTE: O Globo





ADÃO MEU QUERIDO ADÃO...




Querido Adão
Carmen Miranda









Adão
Meu querido Ãdão
Todo mundo sabe
Que perdeste o juízo
Por causa da serpente tentadora
O nosso mestre
Te expulsou do paraíso.
Mas em compensação
O teu pobre coração
Que era pobre,pobre
Muito pobre de amor
Cresceu e eternizou meu Adão,
O teu pecado encantador.

Compositor: Benedito Lacerda/oswaldo Santiago
















Referências




https://i.correiobraziliense.com.br/7cAZD6RFbGpICNrwfcXLjjVDZvY=/675x0/smart/imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2020/06/25/866788/20200625110242602284o.jpg
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/06/25/interna_politica,866788/silas-rondeau-e-anibal-gomes-devem-apresentar-a-pf-nas-proximas-horas.shtml
https://mundovelhomundonovo.blogspot.com/2019/06/querido-adao.html
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https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/06/25/lava-jato-cumpre-mandados-no-rio.ghtml
https://youtu.be/VhAD3El8hJY
https://youtu.be/VhAD3El8hJY
https://mundovelhomundonovo.blogspot.com/2019/06/querido-adao.html
https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2015/07/alteothon-1-580x386.jpg
https://www.naval.com.br/blog/2015/07/30/opiniao-a-5a-estrela/


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