A 5ª estrela
1No princípio, Deus criou o céu e a
terra. 2Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo,
e um vento de Deus pairava sobre as águas. 3Deus disse: "Haja
luz" e houve luz. 4Deus viu que a luz era boa, e Deus separou a
luz e as trevas. 5Deus chamou à luz "dia" e às trevas
"noite".
Silas
Rondeau e Anibal Gomes devem se apresentar à PF nas próximas horas
Ambos são
procurados por suspeita de envolvimento em esquema de corrupção montado na
Eletronuclear, investigado pela Lava-Jato
RS Renato
Souza
postado em
25/06/2020 11:02
Silas Rondeau
(foto: Jose
Varella/CB/D.A Press)
Alvos de
mandados de prisão no âmbito da operação Fiat Luz, desdobramento da Lava-Jato,
o ex-ministro de Minas e Energia do governo Lula Silas Rondeau e o ex-deputado
Anibal Gomes devem se entregar à Polícia Federal nas próximas horas.
De acordo com uma fonte na corporação, as defesas dos investigados negociam a apresentação de ambos em Brasília. Ao todo, a operação cumpre 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal, por ordem do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.
As investigações apontam fraudes em contratos e pagamentos de propina envolvendo a Eletronuclear. As diligências tem como base as delações de dois lobistas ligados ao MDB, Jorge Luz e Bruno Luz, que foram presos em 2017. Ao todo, 11,7 milhões teriam sido repassados a agentes públicos em forma de propina.
De acordo com uma fonte na corporação, as defesas dos investigados negociam a apresentação de ambos em Brasília. Ao todo, a operação cumpre 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal, por ordem do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.
As investigações apontam fraudes em contratos e pagamentos de propina envolvendo a Eletronuclear. As diligências tem como base as delações de dois lobistas ligados ao MDB, Jorge Luz e Bruno Luz, que foram presos em 2017. Ao todo, 11,7 milhões teriam sido repassados a agentes públicos em forma de propina.
ADÃO MEU
QUERIDO ADÃO...
Carmen
Miranda
Ex-ministro
Silas Rondeau é alvo da Lava Jato em operação contra fraudes na Eletronuclear
Força-tarefa
pediu também o sequestro de R$ 207 milhões em bens dos envolvidos e de suas
empresas, por danos materiais e morais.
Por
Arthur Guimarães, Marco Antônio Martins e Nathália Castro, Bom Dia Rio
25/06/2020
06h28 Atualizado há 2 horas
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Ex-ministro
é alvo de operação que investiga fraudes na Eletronuclear
A
força-tarefa da Lava Jato iniciou nesta quinta-feira (25) a Operação Fiat Lux,
contra fraudes na Eletronuclear, com pagamentos no exterior.
Silas
Rondeau, ministro das Minas e Energia entre 2005 e 2007 (no segundo governo
Lula), é um dos procurados. Equipes estiveram em endereços em Ipanema, na Zona
Sul do Rio, e em Brasília, mas não o encontraram até a última atualização desta
reportagem.
O
ex-deputado federal Anibal Ferreira Gomes (DEM-CE) também tem um mandado de
prisão contra si. No início do mês, a 2ª Turma do STF condenou Aníbal por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O
parlamentar foi acusado de receber R$ 3 milhões em propina junto com o
engenheiro Luiz Carlos Batista Sá, que é outro alvo da operação desta
quinta-feira.
Até a última
atualização desta reportagem, dois homens haviam sido levados para a
Superintendência da Polícia Federal (PF), na Praça Mauá.
O juiz
federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ, expediu, ao todo, 17 mandados
de busca e apreensão e 12 de prisão temporária nos estados do Rio de Janeiro
(capital, Niterói e Petrópolis), São Paulo e no Distrito Federal.
A Lava Jato pediu
também o sequestro dos bens dos envolvidos e de suas empresas pelos danos
materiais e morais causados no valor de R$ 207 milhões.
Ex-ministro
Silas Rondeau em foto de 2007 em Brasília — Foto: Rafael Carvalho/Governo do
Tocantins
Delação
de lobistas
O esquema
investigado é mais uma etapa contra responsáveis por contratos fraudulentos e
pagamento de propina na Eletronuclear, que não foram abrangidos pelas operações
Radioatividade, Irmandade, Prypiat e Descontaminação.
A
investigação teve como base a colaboração premiada dos lobistas Jorge Luz e o
filho, Bruno, ligados ao PMDB. Os Luz foram presos em Miami em 2017, por ordem
da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.
A delação de
Jorge e Bruno -- homologada pelo pelo ministro Edson Fachin, do STF -- apontou
o pagamento de vantagens indevidas em pelo menos seis contratos firmados pela
Eletronuclear.
Os recursos
eram desviados por meio de subcontratação fictícia de empresas de serviços e
offshores, que por sua vez distribuíam os valores entre os investigados.
Othon Luiz
participou, em 2011, de audiência no Senado para discutir o sistema de energia
nuclear do país — Foto: Antonio Cruz/ABr
Segundo o
MPF, a exigência de propina teve início logo após Othon Pinheiro chegar à
presidência da estatal.
A vantagem
indevida seria uma contrapartida à celebração de novos contratos e ao pagamento
de valores em aberto de contratos que se encontravam em vigor.
Parte do
esquema operou com empresas sediadas no Canadá, França e Dinamarca -- por isso,
o MPF solicitou a cooperação internacional e vai compartilhar o material da
investigação com o Ministério Público destes países.
Temer é réu
Em abril de
2019, Bretas aceitou duas denúncias feitas pelo Ministério
Público Federal e tornou réus o ex-presidente Michel Temer, o
ex-ministro e ex-governador do Rio Moreira Franco e outros 12 investigados.
Temer e
Moreira chegaram a ser presos em março do ano passado, mas foram soltos dias
depois.
Foto tirada
em 2010, pouco antes do início da retomada das obras de Angra 3 — Foto:
Divulgação
O
desmembramento da denúncia oferecida a partir da Operação Radioatividade trouxe
parte das investigações da Lava Jato para o Rio de Janeiro.
Nesta etapa,
segundo o MPF, foi constatado o envolvimento de, pelo menos, duas grandes
empreiteiras, a Andrade Gutierrez e a Engevix, em prática ilícitas, em virtude
da execução de contratos e aditivos celebrados com a Eletronuclear para a
construção da usina de Angra 3.
A Operação
Prypiat, já deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro,
aprofundou as investigações, debruçando-se sobre os contratos com a Flexsystem
Engenharia, Flexsystem Sistemas e VW Refrigeração.
Já a
Operação Irmandade dedicou-se ao núcleo financeiro-operacional do esquema. A
partir da colaboração de executivos da Andrade Gutierrez, foi demonstrada a
forma de geração do caixa 2 da empresa para realização dos pagamentos de
propina em espécie para funcionários da Eletronuclear.
Este esquema
de lavagem de dinheiro era similar ao investigado pela Operação Fiat Lux e
sustentava-se na celebração de contratos fictícios e expedição de notas fiscais
falsas com várias empresas.
ELETRONUCLEAR
RIO DE JANEIRO
Opinião: A 5ª
estrela
30 de julho de 2015
POR MERVAL
PEREIRA
A história do Vice-Almirante
(Engenheiro Naval) Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente da Eletronuclear,
preso na Operação Lava-Jato acusado de corrupção, é a história de um projeto
grandioso de tentativa de domínio por parte da Marinha brasileira do ciclo
nuclear que acabou se transformando em um projeto de poder político e econômico
de um governo megalomaníaco, que mistura o público com o privado com a
facilidade populista com que manipula os símbolos do país, seja a Petrobras ou
o programa nuclear.
O vice-almirante Othon, muito
justamente considerado “o pai do programa nuclear brasileiro”, acabou ganhando
um poder político que o fez poder escolher o comandante da Marinha e os
dirigentes do programa nuclear e, segundo as acusações do Ministério Público,
ganhar muito dinheiro através de uma empresa de consultoria que funcionava ao
mesmo tempo em que ele comandava a Eletronuclear, que coordena as centrais
nucleares brasileiras.
No comando da empresa desde 2005, teve
que se licenciar em abril deste ano devido a denúncias de irregularidades em
contratos firmados na construção da usina de Angra 3. Agora a empresa de consultoria
está sendo investigada por ter recebido “pagamentos vultusos” de outras
companhias que compõem o consórcio que atua nas obras de Angra 3.
Mesmo os companheiros de farda que se
recusam a acreditar que o almirante Othon tenha cometido crimes se sentem
incomodados, não apenas com o conflito de interesses claro, como também com o
fato de sua empresa se chamar Aratec Engenharia, uma clara alusão ao complexo
de Aramar, onde o país desenvolve o altamente secreto projeto de centrífugas
nucleares implementado pelo próprio Almirante.
Ele já havia tido problemas na
administração de verbas públicas durante o governo Itamar Franco, quando o
ministro da Marinha Ivan de Silveira Serpa considerou que tinha muita liberdade
de gastos no projeto nuclear e exigiu uma prestação de contas, que acabou não
sendo aprovada.
Não chegou a haver acusações contra o
almirante Othon, mas a seus métodos de trabalho, que não mediam gastos para
seus homens, e em 1994, aproveitando que completava seu tempo de serviço
militar ativo, deixou o programa, sendo reconhecido por todos como o grande
responsável pelo projeto das centrífugas nucleares que deram ao Brasil a
capacidade de enriquecer o urânio.
O seu retorno deu-se em grande estilo,
quando foi convidado pelo presidente Lula em 2005 para presidir a
Eletronuclear. A partir daí, seu poder foi sempre crescente, e é atribuído a
ele a ideia da criação do Prosub, uma organização da sociedade civil de
interesse público (Oscip) formada pela empresa francesa DCNS e a Odebrecht, com
a Marinha brasileira tendo uma “golden share”. A escolha da empreiteira
Odebrecht, foi dito na ocasião, obedeceu a um pedido formal da empresa
francesa, o que provocou muita polêmica, pois não houve licitação. A Odebrecht
acabou criando uma subsidiária, a Odebrecht Defesa, que abriga em seus quadros
diversos almirantes e oficiais da Marinha da reserva e reformados. Uma “5ª
estrela” no linguajar coloquial da Marinha, comparável a postos no exterior
onde os oficiais podem guardar dinheiro para a aposentadoria.
O projeto faz parte de um convênio
Brasil-França assinado em 2009, e se compõe de projeto e a construção do
Submarino com Propulsão Nuclear (SN-BR), a construção de quatro submarinos
convencionais; uma Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), e um
complexo de Estaleiro e Base Naval (EBN) que se encontra em construção às
margens da Baía de Sepetiba, no Município de Itaguaí.
O homem forte do programa nuclear
brasileiro é também considerado o responsável pela nomeação do Comandante da
Marinha Moura Neto, que ficou no comando durante sete anos, de 2007 a 2014, nos
governos Lula e Dilma, e do almirante José Alberto Accioly Fragelli, que
exerceu o cargo de coordenador do Programa de Desenvolvimento de Submarino com
Propulsão Nuclear. Moura Neto teria sido escolhido por defender o programa de
construção do submarino nuclear, ao contrário de outro também cogitado.
Tudo indica que tamanho poder político
e acesso a verbas praticamente sem controle, com força até mesmo para conseguir
reverter decisões do Tribunal de Contas da União (TCU), e tantas injunções
empresariais, desvirtuaram o sonho do vice-almirante Othon. Nunca a frase
famosa do escritor e pensador inglês do século XVIII Samuel Johnson “o
patriotismo é o último refúgio dos canalhas” teve tanto sentido quanto hoje,
quando se tenta melar a Operação Lava-Jato acusando seus membros, a começar
pelo juiz Sérgio Moro, de estar prejudicando a Pátria quando investigam a
roubalheira na Petrobras, ou o pai do programa nuclear brasileiro.
FONTE: O Globo
ADÃO MEU
QUERIDO ADÃO...
Querido
Adão
Carmen
Miranda
Adão
Meu querido
Ãdão
Todo mundo
sabe
Que perdeste
o juízo
Por causa da
serpente tentadora
O nosso
mestre
Te expulsou
do paraíso.
Mas em
compensação
O teu pobre
coração
Que era
pobre,pobre
Muito pobre
de amor
Cresceu e
eternizou meu Adão,
O teu pecado
encantador.
Compositor: Benedito Lacerda/oswaldo
Santiago
Referências
https://i.correiobraziliense.com.br/7cAZD6RFbGpICNrwfcXLjjVDZvY=/675x0/smart/imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2020/06/25/866788/20200625110242602284o.jpg
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/06/25/interna_politica,866788/silas-rondeau-e-anibal-gomes-devem-apresentar-a-pf-nas-proximas-horas.shtml
https://mundovelhomundonovo.blogspot.com/2019/06/querido-adao.html
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https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/06/25/lava-jato-cumpre-mandados-no-rio.ghtml
https://youtu.be/VhAD3El8hJY
https://youtu.be/VhAD3El8hJY
https://mundovelhomundonovo.blogspot.com/2019/06/querido-adao.html
https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2015/07/alteothon-1-580x386.jpg
https://www.naval.com.br/blog/2015/07/30/opiniao-a-5a-estrela/
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