Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 24 de outubro de 2023
VIOLENTA EMOÇÃO
ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES
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FICHA TÉCNICA DO FILME ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES
Direção: Martin Scorsese
Elenco: Leonardo DiCaprio, Robert De Niro , Lily Gladstone, Jesse Plemons, John Lithgow, Brendan Fraser, Tantoo Cardinal, Cara Jade Myers
Duração: 206 min
País: Estados Unidos
Sinopse: Na virada do século XX, o petróleo tornou a nação Osage a mais rica do mundo do dia para a noite. Tanta riqueza atraiu intrusos brancos, que manipularam, extorquiram e roubaram ao máximo o dinheiro do povo nativo Osage antes de assassinar a população. Baseado em uma história verídica e contado no romance improvável entre Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio) e Mollie Kyle (Lily Gladstone), “Killers of the Flower Moon” é uma saga épica do crime ocidental, em que amor verdadeiro e traição indescritível se cruzam. Estrelado também por Robert De Niro e Jesse Plemons, “Killers of the Flower Moon” é dirigido pelo vencedor do Oscar, Martin Scorsese, a partir do roteiro escrito por Eric Roth e Martin Scorsese com base no livro best-seller de David Grann.
CINEMAS E HORÁRIOS DAS SESSÕES EM JUIZ DE FORA DO FILME ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES
https://www.hojenocinema.com/juiz-de-fora/filmes/assassinos-da-lua-das-flores
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Samba de Cadeia
"Um dia, perguntei ao Wilson Moreira se conhecia algum desses sambas. Diante da resposta afirmativa e da admiração dele por esse tipo de samba, propus fazermos um. E assim criamos 'Senhora Liberdade'. Wilson dizia que quem já entrou na cadeia sabe que há duas coisas que são universais: todo preso se diz inocente, e todo preso tem como pensamento único alcançar a liberdade." - Nei Lopes
Originalmente, essa música chamava-se 'Violenta Emoção'. Ao mostrá-la numa roda de samba na casa do jornalista Sérgio Cabral, o pai, o samba foi ouvido por Zezé Mota, que estava escolhendo repertório para o disco. Ela gostou muito e acabou gravando. No entanto, pediu para mudar o título e o nome 'Senhora Liberdade' foi adotado. O resultado: a música se transformou no hino das 'Diretas Já', cantado nas ruas e praças do Brasil.
Senhora Liberdade
Wilson Moreira e Nei Lopes
1979
Episódio 206
Fone de Ouvido
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Zezé Motta - "Senhora Liberdade" (1979)
calulinho
134.052 visualizações 20 de mai. de 2009
Zezé Motta canta "Senhora Liberdade" (Wilson Moreira-Nei Lopes) no Fantástico (Globo) de 1979.
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Calle Corrientes | Buenos Aires muitas paixões
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“Nós, peronistas, somos como os gatos: quando as pessoas ouvem eles gritando, não é que estão brigando… é que estão se reproduzindo!” — Juan Domingo Perón
Fonte: O Peronismo… por si próprio, 15 de abril de 2009 - Ariel Palacios
Fonte: https://citacoes.in/citacoes/103178-juan-domingo-peron-nos-peronistas-somos-como-os-gatos-quando-as-pe/
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Sylvia Colombo - Eleição argentina é a mais tensa e histórica das últimas duas décadas
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Folha de S. Paulo
Massa e Milei vão ao 2º turno e começam jogo completamente diferente
"Os peronistas somos como os gatos. Parece que estamos brigando, mas, na verdade, estamos nos reproduzindo". A frase atribuída ao próprio general Juan Domingo Perón (1895-1974) volta a ganhar atualidade.
O candidato peronista, Sergio Massa, obteve uma votação surpreendente neste domingo (22) e passa para o segundo turno à frente de Javier Milei.
Assim, mostra que, mesmo com tantas diferenças internas dentro da aliança União pela Pátria, foi possível que seu representante superasse a média da base de votos da qual o peronismo sempre parte na maioria das eleições, a de 30%.
Horas antes, a vice-presidente Cristina Kirchner havia dito que não tinha "nada a ver com essa eleição", ou seja, que acreditava que Massa estava derrotado. E mais, se desligou de Alberto Fernández, "eu sou apenas a presidente do Senado, o presidente é ele".
Pois, não muito tempo depois, a esquina de Corrientes e Dorrego, usual ponto de encontro dos peronistas nos últimos anos, estava lotada de apoiadores de Massa, batendo bumbo, cantando e festejando a boa votação dos peronistas.
A grande novidade da eleição é a diferença de 6 pontos percentuais entre Massa e Milei, enquanto as pesquisas apontavam um cenário muito mais embolado.
Terá tido influência aí a equipe de marqueteiros brasileiros que vieram à Argentina para ajudar o peronista? Notou-se claramente uma mudança nos discursos de Massa, que se centraram mais em chamar a atenção para o medo do avanço da extrema direita.
Massa também resgatou a narrativa peronista mais nacionalista, chamando a atenção para a ameaça que Milei representava para a soberania argentina, desde a iniciativa de acabar com o peso à de esquecer o pedido argentino pela soberania sobre as ilhas Malvinas. Trata-se dos marqueteiros Sidonio Palmeira, Raul Rabelo e a consultora Macaco Gordo, da Bahia.
Milei provavelmente seguirá com o mesmo discurso, pois não pode perder o capital político que arregimentou, especialmente entre os jovens da capital e do conurbano.
Mas terá de fazer algo mais. Um sinal aos empresários, aos eleitores de Patricia Bullrich? É de imaginar que um núcleo duro de eleitores de direita de Bullrich migre para Milei. Mas não todos.
Muitos fizeram o voto útil nela pensando que Milei, apesar de ter as mesmas bandeiras, era muito mais radical e pouco apresentável. Esses podem migrar para Massa, que é um camaleão político e pode fazer alianças à direita improváveis para a esquerda de sua agrupação.
Difícil não classificar essas eleições como as mais tensas e históricas das últimas duas décadas. Em 2003, vivia-se uma apreensão parecida. Afinal, o país estava afundado numa crise econômica, acreditem, bem pior que a atual.
A pobreza ultrapassava os 50%, o peso havia sofrido uma imensa desvalorização, após o "corralito" ter impedido que as pessoas retirassem dos bancos seus dólares, como se podia fazer até 2001, na famosa política do 1 para 1. Para sobreviver, criou-se até uma moeda nova, os "patacones".
Os piqueteiros seguiam nas ruas, com protestos e bloqueios no centro de Buenos Aires. A fome era uma constante no conurbano bonaerense, e armavam-se bandejões para ajudar os que nada tinham para comer.
Nesse contexto, o populista peronista e liberal Carlos Menem, mesmo depois de ter governado por dois mandatos, quis voltar. A insatisfação com ele e suas políticas eram tão grandes que despontou na Patagônia uma figura até então desconhecida.
Sabendo que ia perder o segundo turno para o apelidado "El Pinguino", Menem desistiu, e de repente Néstor Kirchner, outro peronista, mais à esquerda, transformou-se no presidente improvável que levantaria a Argentina e fundaria a corrente política predominante no país nos 20 anos seguintes, o kirchnerismo.
Mas, 20 anos depois, o desgaste do kirchnerismo é evidente. Com uma administração desastrosa do governo, a corrupção grassou, e se tornou comum emitir moeda e distribuir subsídios de modo a criar a segunda maior inflação da América Latina, atrás apenas da Venezuela.
O interregno do governo de direita de Mauricio Macri também fracassou, terminando com um país endividado até o pescoço.
Agora, estamos num jogo completamente diferente, o segundo turno será a nova fase desta eleição tão diferente, surpreendente e histórica como foi a de 2003. O peronismo tem uma chance de se reinventar, pois ainda possui sua conexão intensa com o estrato mais humilde.
A nova estratégia de Milei se está por ver: o que mais poderá inventar além do leão em chamas com o qual se identifica?
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Cambalache
Carlos Gardel
Cambalache
El mundo fue y será una porquería, ya lo sé
En el quinientos seis y en el dos mil también
Que siempre ha habido chorros
Maquiávelos y estafáos'
Contentos y amargaos, valores y dublé
Pero que el siglo veinte es un despliegue
De maldá' insolente ya no hay quien lo niegue
Vivimos revolcaos en un merengue
Y en el mismo lodo todos manoseaos
Hoy resulta que es lo mismo ser derecho que traidor
Ignorante, sabio, chorro, generoso, estafador
Todo es igual, nada es mejor
Lo mismo un burro que un gran profesor!
No hay aplazaos ni escalafón
Los inmorales nos han iguala'o
Si uno vive en la impostura
Y otro roba en su ambición
Da lo mismo que sea cura
Colchonero, rey de bastos
Caradura o polizón
¡Qué falta de respeto, qué atropello a la razón!
¡Cualquiera es un señor, cualquiera es un ladrón!
Mezclao' con Stavisky van Don Bosco y La Mignon
Don Chicho y Napoleón, Carnera y San Martín
Igual que en la vidriera irrespetuosa
De los cambalaches se ha mezclao' la vida
Y herida por un sable sin remache
Ve llorar la Biblia contra un bandoneón
Siglo veinte, cambalache, problemático y febril
El que no llora no mama y el que no afana es un gil
Dale nomás, dale que va
Que allá en el horno nos vamo' a encontrar
No pienses más, sentate a un lao'
Que a nadie importa si naciste honrao'
Es lo mismo el que labura
Noche y día como un buey
Que el que vive de los otros
Que el que mata o el que cura
O está fuera de la ley
Cambalacho
Que o mundo foi e será uma porcaria, eu já sei
Em 506 e no ano 2000 também
Que sempre houve ladrões
Astutos e enganados
Felizes e amargurados, originais e imitações
Mas que o século XX é uma exposição
De maldade insolente, já não há quem negue
Vivemos misturados em um merengue
E na mesma lama todos manuseados
Hoje acontece que é o mesmo ser correto ou traidor
Ignorante, sábio, mão-leve, generoso, vigarista
Tudo é igual, nada é melhor
O mesmo burro e um grande professor!
Sem repetentes, nem hierarquia
Os imorais nos igualaram
Se alguém vive na impostura
E outro rouba em sua ambição
Dá na mesma que seja padre
Preguiçoso, capanga
Cara de pau ou vagabundo
Que falta de respeito, que afronta a razão!
Qualquer um é um cavalheiro, qualquer um é ladrão!
Misturados com Stavisky, vão Dom Bosco e La Mignon
Don Chicho e Napoleão, Carnera e San Martín
Assim como na vitrine desrespeitosa
Dos cambalachos, se misturou a vida
E ferido por uma espada sem rebites
Se vê chorar a Bíblia contra um aquecedor
Século XX, cambalacho, problemático e febril
Quem não chora, não mama e quem não rouba é um tolo
Da-lhe apenas, da-lhe que vai
Que lá no forno, vamos nos encontrar!
Não penses mais, sente-se ao lado
Que ninguém se importa se você nasceu honrado!
Se é o mesmo quem trabalha
Dia e noite como um boi
Que quem vive dos outros
Que mata ou cura
Ou está fora da lei
Composição: Enrique Santos Discépolo.
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Cambalache
Raul Seixas
A canção "Cambalache," interpretada por Francisco Canaro, é uma composição icônica que descreve a sociedade argentina do século XX, particularmente em um contexto de mudanças sociais e políticas. A canção reflete a visão do compositor sobre a Argentina da época, onde valores tradicionais estavam em conflito com as mudanças e incertezas que a sociedade enfrentava.
A letra da música retrata a ideia de que o mundo é caótico e imprevisível, com a afirmação de que "todo é igual, nada é melhor," destacando a falta de distinção entre o que é correto e errado, o que é honesto e desonesto. Os versos enfatizam a ideia de que a sociedade está em desordem, onde não importa se você é virtuoso ou um enganador, todos estão nivelados em um mesmo patamar.
A referência a figuras históricas e personagens fictícios, como Napoleão, Dom Bosco, e Stavisky, sugere a ideia de que essas figuras notáveis compartilham o mesmo espaço na sociedade, sem distinção entre o bem e o mal.
A canção também menciona o "século vinte" como um período de decadência e desrespeito à moral e à razão, destacando o ambiente tenso e caótico da época em que foi escrita. A referência à "impostura" e à busca da ambição destaca o cinismo e a desconfiança que permeavam a sociedade argentina.
Em resumo, "Cambalache" é uma crítica mordaz à sociedade argentina do século XX, denunciando a corrupção, a falta de valores morais e a incerteza que caracterizavam a época. A canção reflete a visão do compositor de que a Argentina estava passando por mudanças profundas e desafiadoras, e que essas mudanças estavam causando uma desordem moral e social. É uma obra que captura a complexidade da sociedade argentina da época e permanece como um reflexo de seu tempo.
https://www.letras.mus.br/raul-seixas/221824/
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Nas Entrelinhas: Entre o peronismo e o anarco-capitalismo
Publicado em 24/10/2023 - 07:37 Luiz Carlos Azedo
Argentina, Brasília, Comunicação, Eleições, Governo, Memória, Militares, Música, Partidos, Política, Política, Trabalho
A redemocratização da América Latina, após a derrocada dos regimes militares, produziu uma espécie de “revanche do populismo“
O que não falta são tangos para embalar os corações argentinos na sucessão do presidente Alberto Fernández. No segundo turno, terão que escolher entre
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Volver
Carlos Gardel
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Volver — Volver con la frente marchita/ Las nieves del tiempo platearon mi sien/ Sentir que es un soplo la vida/ Que veinte años no es nada (Voltar com a testa franzida/ As neves do tempo pratearam minhas têmporas/ Sentir que se é um sopro de vida/ Que vinte anos não são nada) —, clássico de Carlos Gardel e seu parceiro paulista Alfredo Le Pera, e
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Balada Para un Loco
Astor Piazzolla
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Balada para un loco — Loco! ¡Loco! ¡Loco!/ Como un acróbata demente saltaré/ sobre el abismo de tu escote/ hasta sentir que enloquecí/ tu corazón de libertad… (Louco! Louco! Louco! Como um acrobata demente saltarei/ sobre o abismo do teu decote/ até sentir que enlouqueci/ o teu coração de liberdade…), de Astor Piazzolla e o poeta uruguaio Horácio Ferrer.
Depois de ir às urnas no domingo, a Argentina está entre o passado peronista do atual ministro da Fazenda, Sergio Massa, que protagonizou uma espetacular virada eleitoral após as primárias (quando ficou em terceiro), ao obter 36% dos votos, e o inusitado anarco-capitalismo de Javier Milei, que era favorito na maioria das pesquisas e obteve 30%. A ex-ministra Patricia Bullrich, terceira força eleitoral e candidata de centro-direita, obteve 26% dos votos.
O número de eleitores que compareceram ao pleito foi o menor desde o retorno da democracia: 74%. Apesar da vantagem de Massa, a eleição continua indefinida, devido principalmente à instabilidade econômica, que deve aumentar nesses 30 dias até o segundo turno, em 19 de novembro.
A crise cambial e a inflação atormentam os argentinos há décadas. Em setembro, a inflação anual chegou a 138% e o dólar no câmbio negro ultrapassou mil pesos. O presidente Alberto Fernández, com baixíssima aprovação, sumiu da campanha eleitoral para não queimar o filme de Massa.
Entretanto, o resultado mostrou a força política do peronismo, em especial na região da Grande Buenos Aires, que reúne o maior número de eleitores do país. Na disputa para governador da província de Buenos Aires, o peronista Axel Kicillof garantiu a reeleição em primeiro turno, com 45% dos votos, e uma larga vantagem sobre os adversários.
Milei se projetou como alternativa de poder com a bandeira da dolarização da economia, mas a criação da expectativa de que venceria no primeiro turno, que foi sua tática eleitoral, acabou desconstruída pelo medo do eleitorado conservador em relação às suas propostas, entre as quais a de liberar o uso de armas. Resultado: comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro por seus próprios aliados e, por isso, confrontado pelos peronistas, Milei foi estigmatizado e obteve o mesmo índice de votos das primárias.
Populismo e “iliberalismo”
Entretanto, as primeiras pesquisas após o primeiro turno estão mostrando que Milei permanece no páreo. Pela primeira vez, desde o fim da ditadura militar (1976-1983), a polarização entre peronistas e liberais foi rompida. Complicado avaliar que ambos são populistas, um de esquerda e outro de direita. Como diria o filósofo Isaiah Berlin, citado pelo historiador brasileiro Alberto Aggio (Um lugar no mundo, estudos de história política latino-americana, Fundação Astrojildo Pereira/Fondazione Istituto Gramsci), “o populismo é um sapato para o qual existe um pé em algum lugar”, tamanha a vulgarização do conceito.
Massa representa o centro do Partido Justicialista, mas tem o apoio de Cristina Kirchner, de centro-esquerda. O peronismo possui espectros que vão da direita à esquerda, dependendo de suas lideranças. De certa forma, sua candidatura encerra um ciclo de disputa interna no Partido Justicialista.
Qualquer que seja o resultado da eleição, o vencedor terá que negociar com o Congresso. Nesse aspecto, Milei melhorou de condição, pois conseguiu eleger 35 deputados e oito senadores. Massa, porém, acena ao centro e promete encerrar os 20 anos do modelo kirchnerista, que vivia às turras com o mercado.
Mas o que é o populismo? Segundo Aggio, o populismo emergiu num cenário de crise de liberalismo e de ascensão de massas na América Latina. Buscava a construção de uma sociedade industrial e moderna, politicamente orientada pelo Estado, incorporando os trabalhadores assalariados por meio dos direitos sociais, porém, sem rupturas violentas. Com isso, interditou a passagem clássica à modernidade pela integração plena da sociedade às estruturas políticas da democracia liberal.
A redemocratização da América Latina, após a derrocada das ditaduras militares da região, produziu uma espécie de “revanche do populismo”, cuja tradução mais tosca seria o bolivarianismo de Hugo Chávez na Venezuela. A intolerância, o antipluralismo e o autoritarismo colocaram a recidiva populista no campo do regresso político, o que, de certa forma, abriu espaço para algo muito pior: o “iliberalismo”, encarnado por Bolsonaro, no Brasil, e outros líderes de extrema direita, no mundo. O anarco-capitalismo de Milei está mais para esse lado do que para o populismo.
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Wilson Moreira e Nei Lopes - Raio de Luar
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Lula e El Loco Intervenção do Brasil na guerra eleitoral argentina tem custo
Por José Casado
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"— Deixa de procurar dólares e vá atrás de votos — insistiu Lula, como relatou Massa aos jornalistas na viagem de volta a Buenos Aires naquela quente e seca segunda-feira, 28 de agosto. — Todos estão trabalhando? Eles sabem da importância do que têm pela frente? Se a direita ganhar, será um retrocesso de quarenta anos na América Latina... — Sim, presidente. Estão todos trabalhando — respondeu Massa, anotou a repórter Melisa Molina. — Faça o que tiver que fazer, mas ganhe — retrucou incisivo, com a experiência de três vitórias em 34 anos de disputas presidenciais.
Fonte: https://mundovelhomundonovo.blogspot.com/2023/10/ela-desatinou.html
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Cambalache
Francisco Canaro
Que el mundo fue y sera una porqueria, ya lo sé,
En el quinientos seis y en el dos mil también;
Que siempre ha habido chorros,maquiavelos y estafaos,
Contentos y amargaos, valores y dublé
Pero que el siglo veinte es un despliegue
De malda insolente ya no hay quien lo niegue,
Vivimos revolcaos en un merengue
Y en el mismo lodo todos manoseaos
Hoy resulta que es lo mismo ser derecho que traidor,
Ignorante, sabio, chorro, generoso, estafador
¡Todo es igual, nada es mejor,
Lo mismo un burro que un gran profesor!
No hay aplazaos ni escalafón,
Los inmorales nos han igualao...
Si uno vive en la impostura
Y otro afana en su ambición,
Da lo mismo que sea cura,
Colchonero, rey de bastos,caradura o polizón.
¡Qué falta de respeto, qué atropello a la razón!
¡Cualquiera es un señor, cualquiera es un ladrón!
Mezclaos con stavisky van don bosco y la mignon,
Don chicho y napoleón, carnera y san martin.
Igual que en la vidriera irrespetuosa
De los cambalaches se ha mezclao la vida,
Y herida por un sable sin remache
Ves llorar la biblia contra un calefón.
Siglo veinte, cambalache, problematico y febril,
El que no llora no mama y el que no afana es un gil.
¡Dale nomas, dale que va,
Que alla en el horno te vamo a encontrar!
¡No pienses mas, tirate a un lao,
Que a nadie importa si naciste honrao!
Si es lo mismo el que labura
Noche y dia como un buey
Que el que vive de las minas,
Que el que mata o el que cura
O esta fuera de la ley.
https://www.letras.mus.br/francisco-canaro/cambalache/#radio:astor-piazzolla
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Sergio Massa está no segundo turno da eleição presidencial da Argentina
23/10/2023REUTERS/Cristina Sille
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Waack: Peronista ter terminado em primeiro lugar é soma de todos os medos
Dos 45 milhões de habitantes da Argentina, quase 19 milhões vivem de planos sociais, benefícios diversos ou dependem de algum dinheiro dispensado pelo governo
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"Nas quatro semanas que nos separam do segundo turno, veremos o Plano Platita 2, que tende a tornar a situação fiscal e a economia de nosso principal vizinho quase impossíveis.
— E depois? — perguntaram ao candidato do peronismo.
— Depois é depois — respondeu.
Tópicos
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Eleições argentinas
Javier Milei
Sergio Massa
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/waack-peronista-ter-terminado-em-primeiro-lugar-e-soma-de-todos-os-medos/
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William Waackda CNN
São Paulo
23/10/2023 às 22:03
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Foi a soma de todos os medos. É assim que o “La Nación”, um dos mais importantes jornais da Argentina, descreve o fato de o candidato do populismo peronista ter terminado o primeiro turno em primeiro lugar.
Dos 45 milhões de habitantes da Argentina, quase 19 milhões vivem de planos sociais, benefícios diversos ou dependem de algum dinheiro dispensado pelo governo, que pôs na rua 1,5% do PIB em bondades diversas para ganhar as eleições.
Foi o tal Plano Platita, o plano do dinheirinho, que incluiu compras governamentais, congelamento de tarifas de transporte e bonificações para desempregados e informais.
O Plano Platita serve, no curtíssimo prazo, para atenuar a inflação monstruosa de mais de 100% ao ano, o principal legado do ministro da Economia argentino para ele mesmo, caso vença o segundo turno das eleições dia 19 de novembro.
Dá para imaginar que milhões de argentinos tivessem medo do outro populismo libertário, de direita, de extrema direita, como se quiser chamar, do candidato que ficou em segundo.
O fato é que a Argentina ficou agora entre esses dois fenômenos da política, em relação aos quais, por razões divergentes, há sérias dúvidas se conseguem tirar o país da sua crise profunda e duradoura.
Nas quatro semanas daqui até o segundo turno, virá o Plano Platita 2, que deve deixar próximo do impossível a questão fiscal e a economia do nosso principal vizinho.
“E depois?”, perguntaram para o candidato do peronismo.
“Después es después”, respondeu.
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No Jardim da Língua Portuguesa
No vasto jardim da língua portuguesa, às vezes, encontramos umas plantas um tanto esquisitas. Hoje, vamos dar uma volta por esse jardim e observar duas flores bem peculiares que desabrocharam recentemente.
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Zambelli é filmada apontando arma para pessoas em área nobre de SP
Deputada disse ter sido agredida e que perseguiu militantes de Lula para prisão em flagrante
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A primeira flor, chamada "Texto Original," é uma espécie que parece ter sido regada com confusão e sem um pingo de preocupação com a gramática. Um verdadeiro espetáculo para quem aprecia o caos linguístico. Aqui, vemos "jardins paulista," que deve ser o jardim secreto de algum paulista solitário, já que o plural desapareceu. E que tal "calles de Buenos Aires" em pleno território brasileiro? Uma viagem e tanto! Por fim, a palavra "espias" nos faz imaginar um mundo de espiões "top secret" que conseguem se infiltrar no dicionário sem serem notados.
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Josias: Eduardo Bolsonaro achou que estava discursando para CACs ao falar de armas em TV argentina
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A segunda flor, "Texto Corrigido," é uma versão mais civilizada da primeira. Parece que alguém pegou o regador e resolveu dar um jeito na bagunça. Os jardins agora são "paulistas," com o plural devidamente restabelecido, e "calles de Buenos Aires" virou simplesmente "ruas." Além disso, os "espias" transformaram-se em "espiões." Parece que essa flor foi submetida a um processo de domesticacão ortográfica.
Numa reviravolta surpreendente, o jardim da língua portuguesa transforma-se em um cenário de comédia e drama, onde palavras rebeldes e gramática perdida se enfrentam em uma luta pela sobrevivência. A moral da história? É sempre melhor ter um gramático à mão quando você decide escrever, ou corre o risco de criar um jardim linguístico muito peculiar.
https://www.poder360.com.br/eleicoes/zambelli-e-filmada-apontando-arma-para-pessoas-em-area-nobre-de-sp/
https://www.youtube.com/watch?v=oPaDiiSw8wQ
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Poema
Francisco Canaro
Cuando las flores de tu rosal
Vuelvan mas bellas a florecer
Recordarás mi querer
Y has de saber
Todo mi intenso mal
De aquel poema embriagador
Ya nada queda entre los dos
Doy mi triste adiós
Sentiras la emoción
De mi dolor
Composição: Mario Melfi / Eduardo Bianco.
https://www.letras.mus.br/francisco-canaro/poema/#radio:astor-piazzolla
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Nei Lopes e Wilson Moreira Completo - o partido muito alto {1985} - Jamiel Silva
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