segunda-feira, 9 de outubro de 2023

PAZ E SEGURANÇA

Foi apenas um óculos Que depois ficou no chão ----------- ------------ Coisas do Mundo Minha Nega Paulinho da Viola --------------- ------------ Tantas palavras Dominguinhos ------------ Tantas palavras que eu conhecia Só por ouvir falar, falar Tantas pala.....vras que ela gostava E repetia só por gostar Não tinham tradução, mas combinavam bem Toda sessão ela virava uma atriz "Give me a kiss, darling", "Play it again" Trocamos confissões, sons No cinema, dublando as paixões Movendo as bocas com palavras ocas ou fora de si Minha boca sem que eu compreendesse Falou c'est fini, c'est fini Tantas palavras que eu conhecia E já não falo mais, jamais Quantas pala.....vras que ela adorava Saíram de cartaz Nós aprendemos palavras duras Como dizer perdi, perdi Palavras tontas, nossas palavras Quem falou não está mais aqui Composição: Chico Buarque. ____________________________________________________________________________________________ ----------- ------------- Moraes se diz eleito da extrema direita para ser o vilão | Atualizações do conflito no Oriente Médio ----------- MyNews Transmissão ao vivo realizada há 103 minutos #cafédomynews #MyNews #cafédomynews https://www.youtube.com/watch?v=GfbVOKmmj8I ___________________________________________________________________________________________ -----------
------------ Fernando Exman - Ataque do Hamas a Israel coloca novo desafio ao Brasil na ONU Valor Econômico O Brasil assumiu por um mês, no dia 1o de outubro, a presidência rotativa do Conselho de Segurança e já informou que convocará uma reunião de emergência do colegiado para tratar da crise O inédito ataque do Hamas contra Israel eleva o desafio do Brasil na presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O Brasil assumiu por um mês, no dia 1o de outubro, a presidência rotativa do órgão. E neste sábado (7) já informou, por meio de nota, que convocará uma reunião de emergência do colegiado para tratar da crise. É claro que a escalada de violência no Oriente Médio já estava no rol de prioridades da representação brasileira na ONU, junto, por exemplo, com a guerra na Ucrânia e o agravamento da situação no Haiti. No dia 2 de outubro, inclusive, logo no início do mandato brasileiro, o Conselho de Segurança adotou uma resolução autorizando o envio de força multinacional não pertencente à ONU para o Haiti. O texto aprovado propõe que a missão multinacional, liderada pelo Quênia, dê apoio às autoridades locais em treinamento, combate a gangues e proteção da infraestrutura haitiana. Neste momento, no entanto, é possível dizer que o cenário no Oriente Médio se tornou imprevisível e tende a estar no topo da agenda da comunidade internacional. De maneira geral, o governo Lula tem enfatizado que colocará ênfase na necessidade de retomar o diálogo sobre a paz durante o período em que presidir o conselho. E essa é uma meta ambiciosa, sobretudo devido à polarização do colegiado. Em seu discurso na abertura da última Assembleia-Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou da crescente perda de credibilidade do Conselho de Segurança. “Essa fragilidade decorre em particular da ação de seus membros permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime”, declarou. “Sua paralisia é a prova mais eloquente da necessidade e urgência de reformá-lo, conferindo-lhe maior representatividade e eficácia.” Porém, a reforma do conselho ainda é um processo lento e algo distante no horizonte - o país ocupa uma das dez vagas para membros não-permanentes, em um mandato que irá até o fim deste ano. Agora, o Brasil tem nova oportunidade de demonstrar à comunidade internacional o motivo de pleitear uma cadeira permanente. ____________________________________________________________________________________________ -----------
------------ Felipe Moura Brasil - ‘Meias palavras’ sobre o terror O Estado de S. Paulo Lula conta com a complacência da esquerda lulista para reescrever a história do mundo A esquerda lulista, em suas manifestações públicas sobre os ataques terroristas do fim de semana que mataram centenas de civis israelenses e feriram outros milhares, variou entre sumir com o nome do Hamas (como fizeram o governo Lula, o PT e Guilherme Boulos) e tentar legitimar moralmente suas barbaridades como “resultado” de “anos e anos de tratamento discriminatório”, “violências” e “aumento dos assentamentos israelenses” (como fez, mais diretamente, Celso Amorim). Mesmo com a Rússia violando a soberania da Ucrânia, Lula já havia reinserido o Brasil no bloco dos regimes autocráticos e, agora, sua tribo avança no grau de complacência com o terror, aliviando a barra de assassinos que deixaram um rastro de sangue e cadáveres até em festival de música eletrônica em Israel, onde ainda morreram amigos dos filhos de Jean Gorinchteyn, ex-secretário de Saúde de São Paulo. Como Boulos afirmou condenar “sem meias palavras” os “ataques violentos a civis”, mas não citou o Hamas, Gorinchteyn decidiu deixar a précampanha do candidato do PSOL à Prefeitura da capital paulista em razão de suas meias palavras. “Não estamos contra a Palestina. Mas é fundamental que grupos terroristas sejam nominados nas nossas falas e contestados em qualquer lugar do mundo”, alegou o médico, colocando a decência acima do projeto de poder, como raramente se vê na política brasileira. Um mês antes dos ataques, o Irã foi convidado a participar dos Brics, com apoio do governo Lula, que deixou a ditadura chinesa trazer seus aliados para o grupo, sob a promessa de eventual apoio ao Brasil em ocupar uma cadeira incerta no Conselho de Segurança da ONU. Em poucos dias, tivemos duas notícias ilustrativas da natureza do regime: o prêmio Nobel concedido à ativista Narges Mohammadi “pela sua luta contra a opressão das mulheres no Irã”; e a participação iraniana no planejamento da ofensiva do Hamas contra Israel, noticiada no domingo pelo Wall Street Journal. Lula conta com o STF, além de seus porta-vozes, para reescrever a história brasileira, apagando o petrolão. Para reescrever a história do mundo, apagando a complacência da esquerda lulista com Estados e grupos terroristas, vai ser um pouco mais complicado. * Obrigado aos leitores que acompanharam esta coluna, encerrada hoje. Deixo o Estadão, onde sempre tive liberdade, para assumir outros desafios no jornalismo independente. ___________________________________________________________________________________________ ------------
------------- Fernando Gabeira - Brasil e México em tempo de violência O Globo É preciso admitir que, sozinha, uma política social generosa não resolve o problema da violência urbana Quando visitei o México ainda no século passado, minha tarefa era entrevistar o presidente Salinas e, nas horas vagas, visitar o Museu de Antropologia e a casa de Diego Rivera e Frida Kahlo, onde Trotsky se refugiou. Não tinha na época o interesse que tenho agora por estudar a violência no México, algo que, não sei exatamente por que, pode iluminar algumas saídas para o Brasil. Nas viagens virtuais de agora, não me interessa comparar os índices dos dois países. Tenho a sensação de que a situação lá é um pouco pior, com tantos sequestros e crimes sexuais, além do poderio dos cartéis de droga, voltados para o maior consumidor mundial, os Estados Unidos. Ao examinar os dois países, sinto que a fronteira, ou melhor, as fronteiras têm grande peso. O México não consegue controlar a fronteira com o grande vizinho; o Brasil, por seu lado, não tem meios para evitar que grandes carregamentos de droga escoem por seu território em direção à África e à Europa. Sem controlar as fronteiras, não vejo condições de pelo menos reduzir o fluxo da drogas. O México eventualmente tem ajuda dos Estados Unidos. Tanto ele quanto o Brasil podem se beneficiar da queda da produção de cocaína na Colômbia, mas isso é muito pouco. Os cartéis mexicanos são versáteis e competitivos. Quando a competição se acirra, além de trocar tiros, migram para novos produtos. O cartel de Jalisco adotou a metanfetamina no seu cardápio. Outro aspecto que nivela Brasil e México na questão do combate à violência: não há esforço orçamentário à altura, esforço permanente. Quando a coisa aperta, surgem campanhas para encher os olhos. A impunidade é considerada um importante fator de estímulo à violência nos relatórios que li. O mesmo problema existe no Brasil. Acontece que, lá, há métodos que podem confundir o espectador. Alguns grupos amigos são protegidos, enquanto seus rivais são perseguidos com rigor, o que dá uma falsa impressão de eficácia. Outro fator que parece comum é a impunidade. No México, as pessoas desaparecem, e as famílias passam anos buscando pistas de seu paradeiro. Aqui no Brasil, os índices de solução de homicídios são muito baixos. O miliciano que se parecia com o médico assassinado foi condenado a oito anos, em 2022, e já está solto. É difícil pensar numa política de segurança que atravesse governos e se dedique a tratar desses macroproblemas. Vejo os carros blindados desfilando nas imagens de TV e me pergunto se têm alguma utilidade. O governo enfatiza a necessidade de inteligência e investigação. Mas essas especialidades, no meu entender, combinam melhor com pequenos grupos de ação destemidos e bem treinados que possam realizar ações pontuais. Creio ter visto uma série televisiva de Israel dedicada a esse modelo. É algo que não está condicionado a uma visão de mundo, mas pede, entre outros, bons equipamentos de localização e comunicação. Além das questões mencionadas, apenas um esboço, é importante estudar os princípios da guerra assimétrica. Tive a oportunidade de entrevistar o coronel Alessandro Visacro, que escreveu um livro sobre o tema. É um estudo das táticas de grupos numericamente inferiores que usam a população como escudo. Entrar atirando numa comunidade é fazer o jogo deles. Ao enfatizar o controle de fronteiras, o orçamento adequado, o combate à corrupção policial e as táticas adequadas para a tarefa, não quero dizer que isso soluciona tudo. Antes que me critiquem, sou favorável a uma política social generosa e acho que, sem ela, não se caminha. No entanto é preciso admitir que, sozinha, ela não resolve o problema da violência urbana. É preciso uma política de segurança Na verdade, é preciso também haver novas políticas de droga. No México, os dois governos que fizeram a guerra fracassaram. López Obrador, o atual presidente, lançou o slogan “Abraços, e não disparos”. Também não funcionou. É difícil encontrar o tom e o caminho. Mas é preciso continuar tentando. ___________________________________________________________________________________________ -----------
------------- Terrorismo e a mídia: um manual para jornalistas Corporate author : UNESCO [6478] Person as author : Marthoz, Jean Paul [17] ISBN : 978-85-7652-219-5 Collation : 118 p., illus. Language : Portuguese Also available in : العربية, English, Français, hbs, Español, geo, tgk Year of publication : 2018 Licence type : CC BY-SA 3.0 IGO [12126] Type of document : book https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000265479 ______________________________________________________________________________________________ ----------
----------- Terrorismo se intensifica em toda a África, aumentando a instabilidade e o conflito ----------- 10 Novembro 2022Paz e segurança Debate no Conselho de Segurança com participação da vice-secretária-geral da ONU abordou o aumento ameaça à paz e segurança no continente; Amina Mohammed explicou cinco sugestões para avançar nos esforços de combate ao terrorismo na região A vice-chefe da ONU falou ao Conselho de Segurança, nesta quinta-feira, sobre o crescimento do terrorismo na África e a grande ameaça à paz e segurança internacionais. Amina Mohammed disse que extremistas violentos, incluindo Da’esh, Al-Qaeda e seus afiliados, “exploraram a instabilidade e o conflito para aumentar suas atividades e intensificar os ataques em todo o continente” Piora do terrorismo agravou violência, alimenta a instabilidade e mina os esforços de paz Unesco Piora do terrorismo agravou violência, alimenta a instabilidade e mina os esforços de paz Espalhando terror Segundo ela, a “violência sem sentido, e alimentada pelo terror, matou e feriu milhares, deixando muitos mais sofrendo com o impacto mais amplo do terrorismo em suas vidas e meios de subsistência”. Amina Mohammed citou a misoginia no centro da ideologia de muitos grupos terroristas, e afirmou que mulheres e meninas, particularmente, estão sofrendo o peso da insegurança e da desigualdade. Nos últimos dois anos, alguns dos afiliados mais violentos do Da'esh se expandiram, aumentando sua presença no Mali, Burkina Faso e Níger, assim como no sul do Golfo da Guiné. A vice-chefe da ONU lembrou que “grupos terroristas e extremistas violentos agravam a instabilidade e o sofrimento humano, podendo mergulhar um país emergente da guerra de volta às profundezas do conflito”. Estratégias variadas e a globalização do terrorismo Terroristas, grupos armados não estatais e redes criminosas muitas vezes seguem agendas e estratégias diferentes, alimentadas pelo contrabando, tráfico de pessoas e outros métodos de financiamento ilícito, às vezes se passando por forças armadas legítimas. Com ferramentas digitais espalhando ódio e desinformação, terroristas e outros grupos criminosos estão explorando as tensões intercomunitárias e a insegurança alimentar desencadeada pelas mudanças climáticas. Para ela, no mundo hiper conectado de hoje, a propagação do terrorismo na África não é uma preocupação apenas dos Estados-membros africanos, e sim de todos. Amina Mohammed afirmou que o combate ao terrorismo internacional requer respostas multilaterais eficazes. Segundo a ONU, os atos de terrorismo seguem propagando uma série de ideologias de ódio que continuam ferindo, prejudicando e matando milhares de pessoas inocentes todos os anos Minusma/ Gema Cortes Segundo a ONU, os atos de terrorismo seguem propagando uma série de ideologias de ódio que continuam ferindo, prejudicando e matando milhares de pessoas inocentes todos os anos O terrorismo se juntando com outras crises A representante do secretário-geral alertou que “da emergência climática ao conflito armado e à pobreza e desigualdade ao ciberespaço sem lei e à recuperação desigual do Covid-19, o terrorismo está convergindo com outras ameaças”. Ela citou ainda a Nova Agenda para a Paz, parte do relatório Nossa Agenda Comum, para uma abordagem holística e abrangente, propondo maneiras de abordar os riscos e revitalizar o sistema coletivo de paz e segurança, em meio à crescente polarização. A vice-chefe da ONU explicou cinco sugestões para avançar nos esforços de combate ao terrorismo na África, lembrando que a prevenção continua sendo a melhor resposta”. Cinco sugestões para combater o problema A prioridade é abordar a instabilidade e o conflito que podem levar ao terrorismo. Em segundo lugar, abordagens baseadas na comunidade e sensíveis ao gênero de toda a sociedade. Ela destacou ainda as “ligações complexas entre terrorismo, patriarcado e violência de gênero”, afirmando que as políticas de combate ao terrorismo precisam ser “fortalecidas pela participação e liderança significativas de mulheres e meninas”. Em seu terceiro ponto, Amina Mohammed ressaltou que “o combate ao terrorismo nunca pode ser uma desculpa para violar os direitos humanos ou o direito internacional”, pois “só nos faria retroceder”. Em quarto lugar, ela enfatizou a importância de organizações regionais que possam enfrentar os desafios colocados por grupos terroristas e extremistas violentos no contexto local. Por fim, a vice-secretária-geral pediu “financiamento sustentável e previsível” para prevenir e combater o terrorismo. Para ela, “a magnitude do problema exige investimentos ousados”. A vice-secretária-geral Amina Mohammed discursa na reunião do Conselho de Segurança sobre ameaças à paz e segurança internacionais com foco no combate ao terrorismo na África. ONU/Loey Felipe A vice-secretária-geral Amina Mohammed discursa na reunião do Conselho de Segurança sobre ameaças à paz e segurança internacionais com foco no combate ao terrorismo na África. Amina Mohammed concluiu sua participação no debate do Conselho de Segurança, saudando a Cúpula planejada para outubro de 2023 sobre contraterrorismo na África como uma oportunidade para considerar maneiras de fortalecer os esforços da ONU em todo o continente. Ela disse ter confiança de que o debate desta quinta-feira ofereceria visões para o encontro e “ajudaria a construir comunidades e sociedades pacíficas e estáveis ​​em todo o continente”. https://news.un.org/pt/story/2022/11/1805162 __________________________________________________________________________________________ ----------
----------- Tantas palavras - Dominguinhos - LETRAS.MUS.BR ------------ ___________________________________________________________________________________________ TANTAS PALAVRAS ________________________________________________________________________________________ Texto Revisado: "Não importa as causas e direitos das partes em contenda. O recurso ao terrorismo como forma não é justificável pela justeza ou nobreza das causas. A confusão entre causas e efeitos realimenta o conflito com possível resultado de soma zero para os oponentes dos polos antagônicos. Por outro lado, ação e reação com resultado esperado com soma ou múltiplos de muitos cifrões bem distantes de zerar." Título do Artigo: "O Uso do Terrorismo como Forma de Conflito: Uma Análise das Causas, Efeitos e Perspectivas" Introdução: Este artigo discute o uso do terrorismo como uma forma de conflito, explorando as causas subjacentes, os efeitos resultantes e as perspectivas para o futuro. Ao longo do texto, serão identificadas e analisadas as razões por trás da adoção do terrorismo, bem como as implicações dessa escolha. Além disso, o artigo examina a confusão entre causas e efeitos desse tipo de conflito e seu possível resultado de soma zero para os envolvidos. Sinopse: O artigo aborda o tema do terrorismo como meio de conflito, destacando a importância de compreender as causas e efeitos dessa prática. Ele também explora como a confusão entre causas e efeitos pode perpetuar o conflito, levando a resultados potencialmente negativos. Desenvolvimento: Causas do Recurso ao Terrorismo Efeitos do Terrorismo como Forma de Conflito A Confusão Entre Causas e Efeitos Resultados de Soma Zero e Perspectivas Futuras Fechamento com Conclusões: Este artigo ressaltou a complexidade do uso do terrorismo como forma de conflito, enfatizando a importância de entender as causas subjacentes. Além disso, destacou os efeitos negativos que podem surgir dessa prática e como a confusão entre causas e efeitos pode agravar o conflito. Conclui-se que uma abordagem mais abrangente e eficaz para lidar com o terrorismo requer um entendimento claro das causas, uma estratégia cuidadosa para mitigar seus efeitos e uma abordagem que promova resultados positivos. Considerações Finais e Sugestões de Leituras Adicionais: Para aprofundamento do tema tratado neste artigo, recomenda-se a leitura de obras como "Terrorismo Global: Causas, Consequências e Respostas" de Autor A e "Conflitos Internacionais e Terrorismo: Perspectivas Contemporâneas" de Autor B. Essas leituras adicionais podem fornecer insights valiosos sobre as complexidades do terrorismo como forma de conflito e as estratégias para abordá-lo de maneira eficaz. _____________________________________________________________________________________________ ------------ ___________________________________________________________________________________ Coisas do Mundo Minha Nega ____________________________________________________________________________________________ ------------ ------------ Coisas do Mundo Minha Nega Paulinho da Viola Hoje eu vim minha nega Como venho quando posso Na boca as mesmas palavras No peito o mesmo remorso Nas mãos a mesma viola onde eu gravei o teu nome (bis) Venho do samba há tempo, nega Venho parando por ai Primeiro achei zé fuleiro que me falou de doença Que a sorte nunca lhe chega Que está sem amor e sem dinheiro Perguntou se não dispunha de algum que pudesse dar Puxei então da viola Cantei um samba pra ele Foi um samba sincopado Que zombou de seu azar Hoje eu vim, minha nega Andar contigo no espaço Tentar fazer em teus braços um samba puro de amor Sem melodia ou palavra pra não perder o valor (bis) Depois encontrei seu bento, nega Que bebeu a noite inteira Estirou-se na calçada Sem ter vontade qualquer Esqueceu do compromisso que assumiu com a mulher Não chegar de madrugada E não beber mais cachaça Ela fez até promessa Pagou e se arrependeu Cantei um samba pra ele que sorriu e adormeceu Hoje eu vim, minha nega Querendo aquele sorriso Que tu entregas pro céu Quando eu te aperto em meus braços Guarda bem minha viola, meu amor e meu cansaço (bis) Por fim achei um corpo, nega Iluminado ao redor Disseram que foi bobagem Um queria ser melhor Não foi amor nem dinheiro a causa da discussão Foi apenas um pandeiro Que depois ficou no chão Não tirei minha viola Parei, olhei, fui-me embora Ninguem compreenderia um samba naquela hora Hoje eu vim, minha nega Sem saber nada da vida Querendo aprender contigo a forma de se viver As coisas estão no mundo só que eu preciso aprender (bis) Composição: Paulinho da Viola. ____________________________________________________________________________________________ ------------ ------------ Chico Buarque - Tantas Palavras _______________________________________________________________________________________

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