Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 31 de outubro de 2023
ENERGIA, SEGURANÇA E CONFIABILIDADE
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OS PROBLEMAS DO MUNDO COMEÇARAM QUANDO AS ZEBRAS DE LISTAS BRANCAS COMEÇARAM A ODIAR AS ZEBRAS DE LISTAS PRETAS.
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Portanto, a mensagem subjacente é que é fundamental valorizar a diversidade e promover a harmonia entre pessoas de origens e características diversas.
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O PLANEJAMENTO DA OPERAÇÃO
ENERGÉTICA NO SISTEMA
INTERLIGADO NACIONAL
CONCEITOS, MODELAGEM MATEMÁTICA,
PREVISÃO DE GERAÇÃO E CARGA
https://www.ons.org.br/AcervoDigitalDocumentosEPublicacoes/Livros-da-Diretoria-de-Planejamento-na-biblioteca-digital-ONS/LIVRO-O-PLANEJAMENTO-DA-OPERA%C3%87%C3%83O-ENERG%C3%89TICA-NO-SISTEMA%20INTERLIGADO-NACIONAL.pdf
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Estratégias conceituais da operação do Sistema Interligado Nacional
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A confiabilidade e a segurança são conceitos essenciais quando se trata do planejamento energético e da operação de sistemas integrados de energia complexos, como os existentes no Brasil e no Canadá, que têm uma forte predominância de energia hidráulica. Vou discutir a distinção entre esses dois termos, seus desafios específicos em sistemas complexos de energia e fornecer referências do estado da arte.
Confiabilidade no Planejamento Energético e na Operação de Sistemas Integrados de Energia:
A confiabilidade refere-se à capacidade de um sistema de energia de fornecer eletricidade de forma consistente, garantindo que a demanda seja atendida em todas as circunstâncias. Isso envolve planejar e operar o sistema de forma que as interrupções sejam minimizadas, garantindo um fornecimento contínuo de energia. Alguns dos principais aspectos da confiabilidade incluem:
Resiliência: A capacidade do sistema de se recuperar de eventos imprevistos, como falhas na geração, interrupções na transmissão ou desastres naturais.
Capacidade Adequada: Garantir que a capacidade de geração seja suficiente para atender à demanda, mesmo em situações de pico.
Manutenção e Investimento: Manter o sistema com investimentos em manutenção e expansão para evitar degradação e insuficiência a longo prazo.
Segurança no Planejamento Energético e na Operação de Sistemas Integrados de Energia:
A segurança refere-se à proteção do sistema contra ameaças deliberadas ou acidentais que possam prejudicar a operação ou a infraestrutura. Isso inclui:
Segurança Cibernética: Proteção contra ataques cibernéticos que possam prejudicar o funcionamento do sistema.
Segurança Física: Proteção contra ameaças físicas, como ataques terroristas, sabotagem ou desastres naturais.
Desafios em Sistemas Integrados de Energia Complexos (Brasil e Canadá):
Brasil e Canadá são exemplos de países com sistemas de energia complexos devido à predominância da geração hidrelétrica e à diversidade geográfica. Alguns desafios específicos nesses contextos incluem:
Variação Climática: A variabilidade do clima afeta a disponibilidade de água para geração hidrelétrica, o que pode levar a flutuações na produção de energia.
Distância e Transmissão: Em países extensos como o Brasil e o Canadá, a geração de energia muitas vezes está distante dos centros de consumo, exigindo uma infraestrutura de transmissão robusta para levar a energia aos consumidores.
Integração de Mercados: A integração de sistemas de energia em diferentes regiões e mercados consumidores requer coordenação e planejamento cuidadosos para garantir a confiabilidade e a segurança do sistema em toda a rede.
Referências do Estado da Arte:
"Electric Power Systems: A Conceptual Introduction" por Alexandra von Meier - Este livro oferece uma introdução completa aos sistemas de energia, incluindo tópicos de confiabilidade e segurança.
"Reliability and Risk Evaluation of Wind Integrated Power Systems" por Roy Billinton e Ronald N. Allan - Este livro aborda a confiabilidade de sistemas de energia com foco na integração de fontes renováveis, que podem ser aplicáveis aos sistemas complexos discutidos.
"Electricity Economics: Regulation and Deregulation" por Agustín J. Ros, Salvador Peiró - Este livro aborda questões econômicas, regulatórias e de segurança relacionadas ao setor elétrico.
"Energy Systems Engineering: Evaluation and Implementation" por Francis Vanek, Louis D. Albright - Oferece uma visão abrangente dos aspectos técnicos, econômicos e de confiabilidade no planejamento e operação de sistemas de energia.
Relatórios de órgãos reguladores e instituições de pesquisa, como a Agência Internacional de Energia (AIE), a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) no Brasil e a Agência de Energia do Canadá, fornecem informações atualizadas sobre o planejamento e operação de sistemas de energia em seus respectivos países.
Certifique-se de consultar a literatura acadêmica e os documentos técnicos dessas fontes para obter informações atualizadas e detalhadas sobre confiabilidade e segurança em sistemas de energia complexos.
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O QUE SERA (HQ) Jobim, Vinicius, Toquino, Miucha
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DREAMER100PRE
O QUE SERA + Others songs, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Toquino, Miucha Chico Buarque's sister.
https://www.youtube.com/watch?v=uSiG6JXGQyo
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Estado da Arte: Há 15 anos
O que será que será?
A 15 curtíssimos dias!
No princípio era o determinismo
Depois entrou a probabilidade
Monte Carlo veio de permeio
A UFRJ está na Maré
Joga joga jogador ⛹️♂️
https://gilvanmelo.blogspot.com/2023/10/fernando-gabeira-mensagem-das-chamas.html
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Umbabarauma - Clipe Oficial
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Racionais TV
3,94 mi de inscritos
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1.130.592 visualizações 4 de out. de 2013
Racionais no Spotify!
http://smarturl.it/RacionaisNoSpotify
O projeto Umbabarauma consiste em um encontro histórico de Jorge Ben Jor e Mano Brown para a regravação de um reconhecido hino do futebol. Lançada em 1976, no disco África Brasil, a música Umbabarauma abre o disco e é um dos principais hits da carreira de Jorge.
A gravação do Clipe oficial de "Umbabarauma", regravação do clássico "Ponta de Lança Africano (Umbabarauma)" foi realizada em março de 2010 no estúdio YB, em São Paulo.
Música produzida por Daniel Ganjaman e Zegon. Co-produção Gabriel Ben Menezes. Vocais de apoio por Negresko Sis (Anelis Assumpção, Céu e Thalma de Freitas). Instrumental por Duani Martins, Gustavo Da Lua e Pupillo. Vídeo por Big Bonsai. Realização Nike
Música
1 músicas
Umbabarauma
Racionais MC
https://www.youtube.com/watch?v=GEo27HLd79Q
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Malu Gaspar
@malugaspar
😳
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Metrópoles
@Metropoles
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23 h
Haddad se irrita com repórteres por perguntas sobre a meta fiscal após fala de Lula.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (30) Ministro da Fazenda afirmou que vai sugerir medidas ao governo para contornar “erosão” na arrecadação.
0:03 / 1:48
2:41 PM · 30 de out de 2023
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“….Mutt and Jeff technique…” ‘Bad cop and good cop.’ Desde tempos imemoriais dos portões de fábricas do ABC e da Cela de Curitiba. “Enquanto eu for presidente não tem GLO”
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Telmário Mota preso em Goiás | Haddad na mira | Israel bombardeia alvos do Hezbollah no Líbano
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MyNews
885 mil inscritos
Transmissão ao vivo realizada há 3 horas #cafédomynews #MyNews
#cafédomynews
No Café desta terça-feira, 31 de outubro de 2023, os jornalistas Afonso Marangoni e João Bosco Rabello conversam sobre a prisão do ex-senador Telmário Mota, acusado de matar a ex-mulher e estuprar a filha. As falas do presidente Lula e do ministro Fernando Haddad sobre meta fiscal e o avanço da guerra no Oriente Médio também estão na pauta do programa.
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"Baixo Profundo - para contrastar com Nana Caymmi, Doris Monteiro, Nara Leão e o próprio autor, cujas interpretações sempre foram superadas pelas das vozes femininas. Verificar nos Spotifys da vida."
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___________________________________________________________________________________Até um dia. Até talvez. Até tal sabe.
Até um dia. Até talvez. Até sabe lá quando.
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Até Quem Sabe
Arnaldo Antunes
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Até um dia, até talvez
Até quem sabe
Até você sem fantasia
Sem mais saudade
Agora a gente
Tão de repente
Nem mais se entende
Nem mais pretende
Seguir fingindo
Seguir seguindo
Agora vou pra onde for
Sem mais você
Sem me querer
Sem mesmo ser
Sem me entender
Vou me esquecer
Vou me perder
Pela cidade
Até um dia, até talvez
Até quem sabe
Composição: João Donato / Lysias Enio.
https://www.letras.mus.br/arnaldo-antunes/ate-quem-sabe/
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Luiz Carlos Azedo - Um tiro abaixo da linha d’água no deficit zero
Correio Braziliense
A ambiguidade criada por Lula não contribui para o sucesso da política econômica. O pior dos mundos será uma coalizão do Centrão com o PT para anabolizar as emendas parlamentares
Se a vida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já era dura com a meta de deficit zero, ficou mais difícil depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu mão desse objetivo, jogando a toalha antes mesmo de começar o segundo tempo, porque essa meta era para 2024. Foi um tiro abaixo da linha d’água na blindagem da política econômica, cujo rombo Haddad tentou tapar, ontem, em entrevista coletiva, sem sucesso, porque não pode desdizer o presidente da República nem prometer o que ainda depende de o Congresso aprovar.
Haddad evitou responder sobre uma nova projeção da meta fiscal para 2024. Nos bastidores, a equipe econômica agora trabalha para conter o deficit entre 0,5% e 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Haddad minimizou o desgaste da equipe econômica, tentou responder, mas o maior problema são as interrogações que continuam abertas ao mercado. “A minha meta está mantida”, disse Haddad. Esqueceu ou não quis falar sobre deficit zero, disse apenas que pretende antecipar medidas previstas para 2024 para buscar o equilíbrio fiscal.
Sustentar a meta de deficit zero era uma narrativa estratégica para conter a pressão por gastos do Congresso em ano eleitoral. E, também, sinalizar para o mercado a direção que se pretende seguir. Mesmo que a meta possa ser inatingível, abrir mão desse objetivo sinaliza frouxidão fiscal, o que já repercutiu no mercado, com alta dos juros futuros e do dólar. Também abre a porteira para a boiada das emendas parlamentares impositivas.
Deputados e senadores querem abocanhar uma fatia ainda maior do Orçamento da União do próximo ano, com a introdução da chamada “emenda Pix”, proposta do relator da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Fortes (PP-CE). Significa a liberação automática das verbas das emendas impositivas, sem intermediação do governo federal. No Congresso, a lei da gravidade é reduzir impostos e aumentar os gastos, mesmo que a conta não feche. Se ninguém puxar para cima, o equilíbrio fiscal despenca.
De certa forma, o presidente Lula jogou a equipe econômica aos leões. Haddad esteve com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para debater a aprovação do PLP 136/23, de autoria do governo federal, que aborda a reposição de perdas dos estados e municípios decorrentes das mudanças do ICMS dos combustíveis (LCPs 192/22 e 194/22) feitas no ano passado, durante o governo de Jair Bolsonaro.
O PLP 136/23 consolidará a reforma do imposto interestadual, que passou a ser uniforme em todo o território nacional e a ter alíquota fixa (ad rem) para a gasolina e o etanol anidro (desde junho de 2023), e o diesel e o GLP (desde maio). O projeto tramita em regime de urgência, mas há divergências entre Fazenda, governadores, prefeitos e distribuidoras de combustíveis.
Haddad pretende incorporar as cláusulas do acordo firmado no Supremo Tribunal Federal (STF) entre União, estados e municípios, com mediação do ministro Gilmar Mendes, na ADPF 984, para repor o caixa das unidades federativas que perderam receitas em decorrência das LCPs 192/22 e 194/22. O montante a ser pago chega a R$ 27 bilhões até 2025. Os repasses mensais aos municípios, nos próximos três anos, somam 25% (R$ 6,75 bilhões) desse total.
Emendas anabolizadas
Outras medidas que dependem de aprovação do Congresso são a reforma tributária, que voltou para a Câmara, e a taxação das aplicações em offshores, que seguiu agora para apreciação do Senado. Havia uma expectativa de que a mudança na direção da Caixa Econômica Federal (CEF) reduzisse as dificuldades do governo com a Câmara, mas as declarações de Lula fragilizaram Haddad, que agora terá que negociar com os líderes em mais desvantagem.
Uma das razões do sucesso do Plano Real foi a blindagem da equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, no processo de reformas administrativa, previdenciária e patrimonial, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e o então presidente da Câmara, Luiz Eduardo Magalhães (antigo PFL-BA). Blindagem política é vital para o sucesso de qualquer política econômica.
A grande incógnita são as reais motivações de Lula. Se foi um “sincericídio”, diante das dificuldades reais para alcançar a meta, suas declarações têm uma dimensão negativa que pode ser corrigida por ele próprio e/ou pelas ações da Fazenda. Se é uma mudança de rumo na política fiscal, em atenção à cúpula do PT e ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, porta-voz de seus colegas na Esplanada, pode ser o começo de um grande desastre. Porque exacerbará as demandas de gastos e uma espécie de “meu pirão primeiro” generalizado.
Sabe-se que há no governo atores que divergem da política econômica e que gostariam que o ministro da Fazenda fosse um economista do PT, como o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, ou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Naturalmente, a ambiguidade criada por Lula não contribui para o sucesso de sua própria política econômica. O pior dos mundos será uma coalizão do Centrão com a bancada do PT para anabolizar as emendas parlamentares ao Orçamento da União de 2024."
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"O texto parece estar bem escrito e não contém erros óbvios de gramática ou ortografia. É uma análise crítica sobre a política econômica, com clareza de expressão."
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Sinopse do Texto:
O artigo de Luiz Carlos Azedo discute a mudança na política fiscal brasileira e a ambiguidade criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula abandonou a meta de déficit zero em 2024, o que cria desafios para o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A manutenção da meta de déficit zero era uma narrativa estratégica para conter gastos do Congresso em um ano eleitoral e sinalizar ao mercado a direção econômica. No entanto, abrir mão dessa meta sinaliza frouxidão fiscal e já teve impacto nos mercados financeiros.
Principais Pontos Abordados:
Mudança na política fiscal: Luiz Inácio Lula da Silva abandonou a meta de déficit zero em 2024, criando incertezas na política econômica.
Desafios para o Ministro da Fazenda: O Ministro Fernando Haddad enfrenta dificuldades para lidar com a mudança na política fiscal, pois não pode desdizer o presidente nem prometer medidas que dependem da aprovação do Congresso.
Pressão do Congresso: Deputados e senadores buscam aumentar os gastos por meio da introdução da "emenda Pix", o que pode comprometer ainda mais o equilíbrio fiscal.
Outras medidas pendentes: Reforma tributária e taxação das aplicações em offshores estão pendentes no Congresso, e a mudança na direção da Caixa Econômica Federal não parece ter facilitado as negociações.
Necessidade de blindagem política: A história mostra que a blindagem da equipe econômica é fundamental para o sucesso de qualquer política econômica.
Incertezas sobre as motivações de Lula: Não está claro se as declarações de Lula representam uma mudança de rumo na política fiscal ou uma estratégia para agradar determinados setores do governo.
Possibilidade de coalizão indesejada: O pior cenário seria uma coalizão entre o Centrão e a bancada do PT para ampliar as emendas parlamentares ao Orçamento da União de 2024.
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domingo, 29 de outubro de 2023
ALIENISTAS DO CAOS
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HISTÓRIA DA LOUCURA NA OBRA “O ALIENISTA” DE MACHADO DE ASSIS: discurso, identidades e exclusão no século XIX
Autores
Márcio José Silva Lima
UFPB
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Sivuca e Glorinha Gadelha - JOÃO E MARIA - Sivuca e Chico Buarque
luciano hortencio
Sivuca e Glorinha Gadelha, interpretando JOÃO e MARIA, de Sivuca e Chico Buarque de Hollanda.
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Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei a gente era obrigada a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião, o seu bicho preferido
Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que que a vida vai fazer de mim?
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Nas entrelinhas: Entre a sede de vingança e os horrores da guerra
Publicado em 29/10/2023 - 07:10 Luiz Carlos Azedo
Cinema, Cultura, EUA, Guerra, Israel, Memória, Palestina, Partidos, Política, Política, Segurança, Terrorismo, Violência
A retaliação de Israel ao Hamas ganha contornos de limpeza étnica, com a expulsão dos palestinos da Faixa de Gaza, que só não ocorreu ainda porque as fronteiras estão fechadas
Circula nas redes sociais a foto de dois meninos de mãos dadas, um com a camisa azul de Israel e seu quipá, e outro com a bandeira palestina e seu lenço quadriculado. É uma mensagem utópica: a convivência fraterna entre palestinos e israelenses. O presente na Palestina é absurdamente distópico. Na guerra da Faixa de Gaza, ambos os lados têm lugar de fala, com um rosário de argumentos para ir à guerra. Entretanto, nada justifica o ataque terrorista do Hamas ao território de Israel, nem legitima o massacre de civis palestinos, principalmente crianças, mulheres e idosos pelo Exército israelense. É uma espécie de Lei de Talião ao quadrado: olho por olhos, dente por dentes.
Havia um “tit for tat” na relação de Israel com seus inimigos na região. A expressão vem do holandês dit vor dat, “este por esse”, que corresponde à expressão latina quid pro quo — “uma coisa pela outra”. Consistia numa política que alternava retaliação ao Hamas, sempre que havia uma agressão, e cooperação tácita, após o cessar-fogo. Essa estratégia enfraquecia a Autoridade Palestina, inviabilizava a criação de um Estado palestino independente e possibilitava a colonização nos territórios ocupados por Israel na Cisjordânia. Entretanto, saiu do controle. O Hamas se fortaleceu e promoveu um violento ataque terrorista, que pegou de surpresa o governo de Benjamin Netanyahu.
Não há dúvida de que Israel será vitorioso contra o Hamas, graças ao seu poderio bélico, que inclui armamento nuclear, e o apoio militar e diplomático dos Estados Unidos, que inibe ação dos demais inimigos de Israel, principalmente o Irã. O pronunciamento de Netanyahu, ontem, mostra a disposição de levar a guerra às últimas consequências, ou seja, reduzir a Faixa de Gaza a escombros. A ofensiva em Gaza é tratada pelo governo de Israel como uma segunda guerra da independência.
É uma remissão à Guerra do Yom Kippur, em 1973, quando a Síria e o Egito invadiram Israel, cujo bastidor é retratado no filme Golda — A mulher de uma Nação, com a atriz Helen Mirren. O diretor Guy Nattiv conduz a narrativa para mostrar um modo de fazer política no qual o objetivo de salvar o país e resgatar seus soldados presos, porém, nunca esteve descolado da ambição de conquistar o reconhecimento diplomático e um acordo de fronteira com o principal agressor, o Egito.
Golda Meyerson, Mabovitch quando solteira, nasceu em Kiev, na Ucrânia, em 3 de maio de 1898. Ainda criança, emigrou com os pais para os Estados Unidos (1906) e, em 1921, estabeleceu-se na Palestina. Ali, começou a trabalhar para a criação do Estado de Israel, aliando-se ao movimento sindical Histadrut e ao Partido Trabalhista (Mapai). Foi embaixadora na União Soviética, ministra do Trabalho, chanceler e secretária-geral do Mapai. Tornou-se primeira-ministra em 1969, após a morte de Levi Eschkols. De centro esquerda, o Mapai é sionista e social democrata.
Naufrágios
Benjamin “Bibi” Netanyahu ocupa o cargo de primeiro-ministro de Israel pela terceira vez. Chefe do partido Likud, já havia liderado o país de 1996 a 1999 e de 2009 a 2021. Natural de Tel Aviv, é o primeiro-chefe de Estado que nasceu em Israel, em 21 de outubro de 1949. O Likud congrega a centro-direita e a direita conservadora. Foi criado em 1973, como uma coalizão liderada pelo partido Herut, que representa os sionistas revisionistas. Acusado de corrupção, Netanyahu enfrenta forte oposição popular, por causa de sua proposta de reforma do Judiciário, cujo objetivo é transformar a democracia de Israel num regime iliberal.
A retaliação de Israel ao Hamas ganha contornos de limpeza étnica, com a expulsão dos palestinos da Faixa de Gaza, que só não ocorreu ainda porque as fronteiras com o Egito estão fechadas. Em tese, só haverá paz quando a sede de vingança for ultrapassada pela consciência dos horrores da guerra. E as crianças que aparecem na foto, qual o destino delas? Sem um acordo de paz que possibilite a erradicação do terrorismo e a criação do Estado palestino, serão inimigas pelo resto das suas vidas?
Em setembro de 2015, a imagem de outra criança viralizou nas redes sociais: o corpo de Alan Kurdi, de 3 anos, amanheceu numa praia da costa da Turquia. A foto de Nilüfer Demi chocou a opinião pública mundial e desnudou a tragédia humanitária que ocorre no Mediterrâneo, com milhões de refugiados. Abdullah Kurdi, com a mulher e dois filhos, naufragou num bote de borracha no qual embarcara em Bodrum, na Turquia, para chegar a Cós, ilha grega no Mar Egeu. O objetivo da família era migrar para o Canadá e começar uma nova vida, com ajuda de Teema, tia do menino, que lá trabalhava como cabeleireira em Vancouver. Somente Abdullah sobreviveu. Poderiam ter feito esse trajeto de avião, mas não tinham passaportes. Como os curdos da Turquia, os palestinos da Faixa de Gaza serão tratados como párias.
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Lourival Sant’Anna - A impotência dos EUA
O Estado de S. Paulo
Biden pediu que Israel levasse em conta a lei internacional, mas foi ignorado
O ataque do Hamas e a resposta de Israel reforçam a projeção de poder da China. A crise expõe as contradições e a fragilidade da Rússia. E impõe grandes riscos políticos ao presidente dos EUA, Joe Biden, não só na competição com a China, mas sobretudo com seus rivais republicanos.
Ao assumir, em 2021, Biden suspendeu a venda de armas para Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (EAU), selada por Donald Trump. E retomou negociações para o acordo nuclear – rompido por Trump – com o Irã, adversário regional da Arábia Saudita. O reino saudita se aproximou da China, que passou a lhe fornecer armas.
Biden visitou o príncipe herdeiro e homem forte saudita, Mohamed bin Salman (MBS), que lidera a Opep, para pedir aumento na produção de petróleo e reduzir o preço do barril, com a escassez gerada pelas sanções contra a Rússia. MBS ignorou o pedido e manteve a aliança da Opep com o governo russo.
A China promoveu uma aproximação entre Arábia Saudita e Irã. Biden contrapôs esse movimento com os Acordos de Abraão, pelos quais EAU, Bahrein, Marrocos e Sudão normalizaram relações com Israel. A joia da coroa era o reino saudita, o país mais rico do mundo árabe e berço do Islã.
Em contrapartida, Israel adotaria medidas para melhorar a vida dos palestinos.
Esse processo estava amadurecendo, com visitas de ministros israelenses a Riad, quando o Hamas cometeu as atrocidades do dia 7 em Israel. O Irã patrocina o Hamas. Os sauditas, assim como outros países muçulmanos, responsabilizaram Israel pelos ataques do Hamas.
DIPLOMACIA. Em contraste, a aproximação Teerã-Riad se intensificou. O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, um ultranacionalista, telefonou para MBS para discutir a crise em Gaza. A estratégia chinesa prevaleceu.
No Conselho de Segurança da ONU, a Rússia apresentou duas resoluções – rejeitadas por falta de votos favoráveis – que não mencionavam o Hamas e não contemplavam o direito de autodefesa de Israel. O mesmo princípio se aplicaria à ajuda que a Ucrânia tem recebido para enfrentar a agressão russa. A Rússia depende dos drones e foguetes do Irã, patrocinador do Hamas, para levar adiante a guerra contra a Ucrânia.
O vice-chanceler russo e enviado do Kremlin para o Oriente Médio, Mikhail Bogdanov, recebeu em Moscou o chefe de relações internacionais do Hamas, Mousa Abu Marzouk, e o
vice-ministro do Exterior do Irã, Ali Bagheri Khan. A Rússia apoia a ditadura na Síria, por onde o Irã envia ajuda para o Hamas. Os suprimentos passam também pelo Iraque, que ficou sob a influência iraniana depois que os EUA derrubaram Saddam Hussein, em 2003.
Rússia e China vetaram resolução americana que condenava o Hamas e pedia pausas humanitárias. O veto russo teria sido suficiente. Mas os chineses quiseram deixar clara sua aliança estratégica com o Irã e seu interesse na crise. A China compra petróleo barato de Irã e Rússia, aproveitando-se das sanções impostas a ambos.
A crise coloca os EUA na difícil posição de defender Israel enquanto o país viola o direito internacional, que proíbe punições coletivas contra civis. Milhares de civis, incluindo crianças, mulheres e idosos, têm sido mortos nessas três semanas de bombardeios israelenses. Dois milhões sofrem de fome e sede por causa do bloqueio e dos bombardeios.
Como organização criminosa, o Hamas não tem lugar na comunidade internacional. Já Israel e Irã são membros da ONU. Isso não implica só direitos, mas também deveres.
CHANCE. A crise é uma oportunidade para a China tentar demonstrar que as democracias não são superiores moralmente às autocracias. Israel é uma democracia que ocupa militarmente a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, enquanto os 22 países árabes são ditaduras, com exceção de Líbano e Líbia, Estados falidos.
A situação cria ainda um estresse na credibilidade das alianças dos EUA com Israel e a Ucrânia. Biden tem enfrentado dificuldades em aprovar novos orçamentos numa Câmara dos Deputados dominada por republicanos que ficou três semanas sem presidente por causa de uma rebelião na bancada majoritária.
Biden está acuado. Trump e os republicanos acusam o presidente de haver “abandonado Israel”, um tema sensível nos EUA. A acusação não procede. Em 2016, no governo de Barack Obama, com Biden como vice, foi aprovada ajuda militar para Israel de US$ 38 bilhões no decênio 2019-2028 – portanto, acima da média histórica de US$ 3 bilhões por ano.
Além disso, Biden pediu ao Congresso mais US$ 14 bilhões em ajuda militar para Israel, enviou reposições de interceptadores de foguetes do sistema Domo de Ferro e outras munições. E despachou dois portaaviões, incluindo o maior do mundo, USS Gerald Ford, com seus grupos de batalha naval.
Biden fez ainda uma rara viagem de um presidente americano a uma área sob ataque de foguetes para expressar apoio a Israel. Em troca, pediu que Israel levasse em conta em sua represália a lei internacional. Foi ignorado. O país mais poderoso do mundo está impotente.
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CABEÇA DE BAGRE II (AO VIVO + LETRA)
Arquivo Mamonas Assassinas
9,84 mil inscritos
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"Loucura, insensatez, estado inevitável"
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Lisandra Paraguassu (Agência Reuters): Boa tarde, presidente. Presidente, o senhor se envolveu na questão da Ucrânia e, agora, na questão do Hamas e de Israel. Parte da sociedade diz que o governo não estava condenando o Hamas o suficiente. Então, estava com uma posição parcial. Eu queria que o senhor desse qual é a sua posição com relação a isso e saber também o que que você acha que o Brasil pode fazer, pode influenciar, para tentar que se chegue a uma trégua naquele local. E se tem notícias dos brasileiros que ainda estão em Gaza e como é que avançou essa negociação para a retirada deles de lá.
Lula: Olha, eu acho que a posição do Brasil é a mais clara e nítida possível. O Brasil fez até uma nota para que nenhum companheiro ou companheira da imprensa brasileira tivesse dúvida sobre o comportamento do Brasil. Primeiro, o Brasil só reconhece como organização terrorista aquilo que o Conselho de Segurança da ONU reconhece. E o Hamas não é reconhecido pelo Conselho de Segurança da ONU como organização terrorista, porque ele disputou eleições na Faixa de Gaza e ganhou. O que que nós dissemos? É que o ato do Hamas foi terrorista. Nós dizemos isso em alto e bom som: que o ato do Hamas foi terrorista. Que não é possível fazer o ataque, matar inocentes, sequestrar gente, da forma que eles fizeram. Não é possível. Sem medir as consequências do que acontece depois. Porque agora o que nós temos é a insanidade também do primeiro-ministro de Israel, querendo acabar com a Faixa de Gaza, se esquecendo que lá não tem só soldado do Hamas, que lá tem mulheres, tem crianças. Que são as grandes vítimas dessa guerra.
Eu vi uma manchete aqui no jornal dizendo que a proposta do Brasil é rejeitada. Não é verdade, é mentira. Não foi rejeitada, tinha 15 votos em jogo. Ela teve 12, duas abstenções e um contra. Como é que ela pode ter sido rejeitada? Ela foi vetada por causa de uma loucura que é o direito de veto concedido aos cinco países titulares do Conselho de Segurança da ONU, que eu sou totalmente, radicalmente, contra. Isso não é democrático, não sei se vocês viram, essa semana, os Estados Unidos veta a Rússia, a Rússia veta os Estados Unidos, Estados Unidos veta a Rússia, a Rússia veta os Estados Unidos. E veja que nós tivemos dois votos de países que tinham direito de veto: da China e da França. Tivemos duas abstenções de pessoas que tinham direito de veto: Rússia e Inglaterra. E os americanos assumiram a responsabilidade pelo que fizeram. Paciência. Mas a posição nossa é clara. É muito clara: Todas as guerras não têm apenas um lado culpado ou mais culpado. Todo mundo sabe: o Brasil fez uma crítica veemente, igualzinho está na carta da ONU. Nós condenamos a Rússia de ter invadido o território ucraniano. Ponto pacífico, está explícito no comportamento do Brasil. Mas isso não significa que eu sou obrigado a me colocar do lado da Ucrânia para guerrear.
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Fernando Mitre: "Assisti ao renascimento da democracia", sobre lançamento do livro "Debate na Veia"
Rádio BandNews FM
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EMBARGOS CULTURAIS
Dr. Simão Bacamarte e a tese de que todos são loucos, menos nós mesmos
4 de março de 2018, 8h05
Por Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy
O Alienista é um conto de Machado de Assis que foi publicado em Papéis Avulsos, em 1882[1]. Um pouco extenso para conto, algo curto para novela, O Alienista foge de padrões mais comuns. A estrutura narrativa se desdobra em circunstâncias inesperadas, cativando o leitor, que é guiado para um mundo imaginário, surpreendentemente plausível, real; no entanto, absurdamente quimérico, fantasioso, inexistente. Trata-se da estória do Dr. Simão Bacamarte e do estudo da loucura que ele empreendeu em algum lugar fictício e bem machadiano: Itaguaí.
O Dr. Simão Bacamarte é o personagem principal dessa sátira. Cientista aclamado em Portugal, aplaudido nas maiores universidades do século XVIII, correspondente dos grandes sábios, protegido do rei e de toda a Corte portuguesa, Bacamarte simboliza o sábio que só presta contas para a ciência, da qual se diz devoto e fiel seguidor. Era na verdade um tirano. Dona Evarista de Moraes era sua esposa; viúva, teve um primeiro casamento, orçava 25 anos, não era bonita nem simpática. Bacamarte apostou nas qualidades fisiológicas e anatômicas da esposa, que, no entanto, não lhe deu a descendência que esperava. Na sátira há também um certo Porfírio, apelidado de Canjica, o barbeiro, que liderou uma rebelião contra o alienista. Crispim é o boticário, o farmacêutico que manipulava receitas, prescrevia unguentos, vendia remédios e prestava assistência médica em emergências.
Os recursos que seriam destinados ao sanatório exigiram muita imaginação para obtenção. Em Itaguaí tudo já era tributado. Criaram um novo tributo. Os cavalos destinados a levar as carruagens com os mortos nos enterros seriam enfeitados com dois penachos. Justificava-se que dois tostões seriam devidos à prefeitura, pelos penachos, repetindo-se tantas vezes essa quantia quantas fossem as horas decorridas entre a da morte e a da última bênção na sepultura. Não é preciso muita imaginação para intuirmos que os enterros passaram a ser rapidíssimos. Hoje chamaríamos de planejamento tributário ou de elisão fiscal...
O Dr. Simão Bacamarte deu início à obra e no frontispício da Casa de Saúde fez gravar frase atribuída ao Profeta Maomé, que teria respeitado os loucos, dado que deles, por poder divino, fora retirado o juízo, exatamente para que não pecassem. Porém, Bacamarte atribuiu a citação do profeta ao Papa Benedito VIII, na expectativa de não desagradar às autoridades da Igreja Católica. Ganhou apoio incondicional dos clérigos. Chamou-se o sanatório de Casa Verde em virtude das cores das janelas.
O Dr. Simão Bacamarte lotou o hospital, a loucura era generalizada, estava em todos os lugares. Alguns inicialmente duvidaram da própria sanidade do médico e houve quem sugerisse que Dona Evarista recomendasse que Bacamarte fizesse um passeio ao Rio de Janeiro, para tomar novos ares. Bacamarte sustentou a necessidade da construção do prédio e o fez com tal veemência que a Câmara de pronto deferiu-lhe o pedido. Bacamarte ampliou o território da loucura e continuou prendendo todas as pessoas de cuja sanidade duvidasse.
Segundo o Dr. Simão Bacamarte, havia também loucos por amor, três ou quatro. Havia escrivão que se dizia mordomo do rei; outro se fazia de boiadeiro de Minas Gerais, e que passava o tempo distribuindo boiadas imaginárias. Entre os maníacos teológicos, havia um tal de João de Deus, que o narrador nos fala que se fazia passar por Deus João... Bacamarte conviveu também com sintomas de melancolia da própria esposa, que, embora não se queixasse, mostrava-se cada dia mais triste, pouco comendo, emagrecendo com rapidez.
A cidade deu os primeiros sinais de insatisfação. Instalou-se um regime de terror. Multiplicaram-se as internações. Recolheu-se à Casa Verde um dos cidadãos mais queridos de Itaguaí, Costa. A patologia: distribuía e emprestava sem cobrar juros toda uma herança que recebera. Ficou pobre, e ainda assim não ralhava com seus devedores. Recolheu-se logo mais o Matias, que pela manhã tinha o costume de admirar, do jardim, uma casa maravilhosa que construíra na cidade. Os que não estavam no hospício começaram a inventar uma série de teorias para justificar a sanha de Bacamarte. Um médico sem clínica afirmara que a Casa Verde era um cárcere privado. Outros achavam que o alienista era vingativo e que só pensava em dinheiro. Houve quem acreditasse que era um castigo de Deus.
Dona Evarista, elevada à condição de musa da ciência, passou a ser a esperança da cidade. Reconduziria o marido ao bom juízo. Em um banquete em sua homenagem, um moço improvisou um discurso oco, elogiando a esposa do doutor. Bacamarte suspeitou que o orador inflamado sofria de um caso de lesão cerebral, que se propunha a estudar. O rapaz foi recolhido na Casa Verde. Alguns acharam que o ciúme motivara o alienista. Pensou-se em se requerer a captura e deportação do próprio Bacamarte.
Estourou uma rebelião, a Revolta dos Canjicas, liderada pelo barbeiro Porfírio. Cerca de 30 pessoas representaram à Câmara em desfavor do alienista. O legislativo recusou processar o pedido, invocando que não se poderia menosprezar a ciência por interferência administrativa e muito menos por movimentos de rua. Bacamarte não se intimidou. Recebeu Porfírio. Para assombro do alienista, ensaiou-se aproximação, insinuou-se acordo. E Bacamarte desconfiou que o Canjica precisaria ser estudado. A Força Pública acabou com os motins de rua. Destituiu-se o Canjica. Bacamarte recebeu mais apoio. Libertou todos os que até então estavam enclausurados. Para surpresa geral, Bacamarte reviu suas teses. O alienista fechou-se na Casa Verde. Passou a estudar a si mesmo. Lá teria morrido 17 meses depois.
O Alienista alcança temas de psicopatologia forense (dado que a loucura é o eixo da narrativa), de tributação (a criação do asilo de loucos exigiria recursos), da relação entre política e Direito (a casa dos alienados decorria da autoridade e do prestígio de seu diretor, o Dr. Simão Bacamarte). O Alienista é um conto que duvida da ciência, do positivismo, das verdades epistemológicas, dos paradigmas canonizados. É uma crítica atemporal contra todos os saberes dominantes, que se deslocam no tempo e no espaço. É uma crítica à fragilidade das instâncias da vida, da fragilidade dos próprios direitos e mesmo da nossa insignificância, quando submetidos a um poder incontrolável. Trata da própria condição humana: todos são loucos, menos nós mesmos, o que não deixa de ser uma forma de loucura.
[1] MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. O Alienista. São Paulo: FTD, 1994. Edição Escolar. Livro do Professor. Introdução de Aguinaldo José Gonçalves.
Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy é livre-docente em Teoria Geral do Estado pela USP e doutor e mestre em Filosofia do Direito e do Estado pela PUC-SP. Tem MBA pela FGV-ESAF e pós-doutorados pela Universidade de Boston (Direito Comparado), pela UnB (Teoria Literária) e pela PUC-RS (Direito Constitucional). Professor e pesquisador visitante na Universidade da Califórnia (Berkeley) e no Instituto Max-Planck de História do Direito Europeu (Frankfurt).
Revista Consultor Jurídico, 4 de março de 2018, 8h05
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Hänsel und Gretel
Kinderlieder
Hänsel und Gretel verirrten sich im Wald.
Es war schon finster und auch so bitter kalt.
Sie kamen an ein Häuschen von Pfefferkuchen fein:
Wer mag der Herr wohl von diesem Häuschen sein?
Hu, hu, da schaut' eine alte Hexe raus,
sie lockt die Kinder ins Pfefferkuchenhaus.
Sie stellte sich gar freundlich, oh Hänsel, welche Not!
Ihn wollt' sie braten im Ofen braun wie Brot!
Doch als die Hexe zum Ofen schaut hinein,
ward sie gestoßen von unserm Gretelein.
Die Hexe muß jetzt braten. Die Kinder gehn nach Haus.
Nun ist das Märchen von Hans und Gretel aus.
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joao e maria hansel und gretel irmaos grimm contos de fadas 12
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João e Maria | Conto de Fadas Original dos Irmãos Grimm - Completo
Autores Selecionados ⋅ 1 jun. 2023
Um clássico sobre canibalismo para toda a família.
Versão completa do original Hänsel und Gretel
(João e Maria) traduzida, dos irmãos Grimm.
Em frente a uma grande floresta morava um pobre lenhador com a mulher e dois filhinhos: João e Maria. Tinham pouco com que se alimentar e na cidade tudo estava caro, nem mesmo o pão de cada dia conseguiam mais comprar.
Numa dessas noites, o lenhador atormentado pelas preocupações não conseguia dormir e ficava se revirando inquieto na cama e, entre um suspiro e outro, perguntou à mulher, que era madrasta das crianças:
— Que será de nós? Como alimentaremos nossos filhinhos, se nada temos nem para nós?
— Escuta aqui, meu caro marido — respondeu ela —, amanhã cedo os levaremos para o meio da floresta. Lá acenderemos uma fogueira e lhes daremos um pedaço de pão para que se alimentem. Depois iremos para o nosso trabalho e os deixaremos lá sozinhos. Eles não conseguirão encontrar o caminho de casa e assim ficaremos livres deles.
— Não, mulher, não posso fazer isso. Se abandonar meus filhos sozinhos na floresta, não tardarão as feras a devorá-los, como poderei viver depois?
— És um tolo, isso sim. Teremos de morrer os quatro de fome e nada te resta se não aplainar as tábuas para os nossos caixões.
Contudo, não deu sossego ao pobre marido até ele concordar.
joao e maria hansel und gretel irmaos grimm contos de fadas 10
— Mas as pobres crianças causam-me uma pena imensa! — repetia ele.
As crianças, de tanta fome, também não conseguiam dormir. Por isso, ouviram tudo o que a madrasta dizia ao pai. Chorando copiosamente, Maria disse ao irmão:
— Estamos perdidos!
— Não se preocupe — respondeu João —, não tenha medo, eu sei o que fazer.
Assim que os velhos adormeceram, João levantou-se bem de mansinho, vestiu o paletó, abriu a porta da frente e saiu. A lua resplandecia e as pedras branquinhas cintilavam diante da casa. O menino as apanhou e meteu nos bolsos quantas pôde. Depois voltou para casa e disse a Maria:
— Fique tranquila, querida irmãzinha, e dorme sossegada. Deus não nos abandonará.
E deitou-se novamente.
Ao amanhecer, antes ainda do sol raiar, a mulher acordou as crianças, dizendo:
— Levantem-se, seus preguiçosos. Vamos catar lenha na floresta. Deu um pedaço de pão a cada um e disse:
— Isto é para o almoço, mas não deveis comê-lo antes do meio-dia, se não nada mais tereis que comer depois.
Maria guardou o pão no avental pois João estava com os bolsos cheios de pedras. Em seguida, foram todos rumo à floresta. Tendo caminhado um certo trecho, João parou e voltou-se a olhar para a casa. Fez isso repetidas vezes, até que o pai, intrigado, lhe perguntou:
— Que tanto olhas, meu filho, e por que ficas sempre para trás? Vamos, apressa-te.
joao e maria hansel und gretel irmaos grimm contos de fadas 1
— Ah, papai — disse o menino —, estou olhando para o meu gatinho branco que, de cima do telhado, está acenando para mim.
— Tolo, não é o teu gato — interveio a mulher. — Não vês que é o sol da manhã brilhando na chaminé?
Mas João não olhava para gato nenhum, era apenas um pretexto para, todas as vezes, deixar cair no caminho uma das pedrinhas brilhantes que trazia no bolso.
Quando, finalmente, chegaram ao meio da floresta, disse-lhes o pai:
— Juntemos um pouco de lenha, meninos, vou acender uma fogueira para que não fiquem com frio.
João e Maria juntaram uma boa quantidade de gravetos e ramos secos, com os quais acenderam a fogueira. Assim que as chamas se elevaram, disse-lhes a mulher:
— Deitai-vos junto ao fogo, meninos, enquanto nós vamos rachar lenha.
Quando terminarmos o nosso trabalho, viremos buscar-vos.
João e Maria sentaram-se perto do fogo e, ao meio-dia, cada qual comeu o seu pedaço de pão. Ouvindo os golpes do machado, julgaram que o pai estivesse ali por perto, mas não era o machado, era simplesmente um galho que ele havia amarrado a uma árvore seca e que batia sacudido pelo vento. Ficaram muito tempo sentados junto do fogo; depois, por conta do cansaço, adormeceram profundamente. Quando despertaram, já era noite avançada. Maria começou a chorar com medo.
— Como sairemos da floresta?
— Espera um pouco — disse-lhe João para consolá-la —, espera até surgir a lua, aí encontraremos o caminho.
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Não tardou, apareceu a lua resplandecente. João tomou a irmãzinha pela mão e juntos foram seguindo as pedrinhas, que brilhavam como moedas novas e lhes indicavam o caminho. Andaram a noite toda. Ao amanhecer, chegaram à casa do pai. Bateram à porta e, quando a mulher abriu, vendo os dois na sua frente, disse, muito zangada:
— Crianças preguiçosas, por que dormiram tanto na floresta? Até pensamos que não queriam mais voltar para casa.
O pai, ao contrário, alegrou-se ao vê-los, pois tinha remorso por tê-los abandonado lá sozinhos.
Assim passou certo tempo. Depois a miséria tornou a invadir a casa e, uma noite, quando estavam deitados, os meninos ouviram a madrasta dizer ao pai:
— Já comemos tudo o que havia em casa, só nos resta meio pão. É preciso levá-las embora. Desta vez, porém, para o fundo da floresta, para que não encontrem o caminho de volta. Não nos resta outra solução.
O homem sentiu o coração apertar e ia pensando: "Seria melhor dividir teu último pão com teus filhos", e relutava em concordar. A mulher, porém, não queria dar-lhe ouvido e censurava-o asperamente. Mas como havia cedido da primeira vez, viu-se forçado a ceder novamente.
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As crianças, que ainda estavam acordadas, ouviram toda a conversa. Assim que os velhos adormeceram, João levantou-se novamente para sair de mansinho, como da outra vez, para catar as pedrinhas lá fora, mas a madrasta havia trancado a porta. Entretanto, consolou a irmãzinha, dizendo-lhe:
— Não chores, Maria, dorme sossegada. O bom Deus vai nos ajudar.
Ao raiar do dia, na manhã seguinte, a madrasta tirou as crianças da cama. Cada um deles recebeu um pedaço de pão, ainda menor que da vez anterior. No caminho para a floresta, João esfarelou-o no bolso e, de quando em quando, parava a fim de, jeitosamente, deixar cair as migalhas.
— Que tanto olhas para trás, João, e por que te demoras? — perguntou o pai.
— Estou olhando para o meu pombinho que está a dizer-me adeus de cima do telhado.
— És um tolo — disse a mulher —, não vês então que não é o teu pombinho, mas sim o sol nascente, que brilha na chaminé?
Entretanto, o menino foi, pouco a pouco, marcando o caminho com as migalhas.
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Dessa vez a madrasta levou as crianças ainda mais para o interior da floresta, para um lugar onde jamais haviam estado. Acenderam, novamente, uma grande fogueira e ela disse-lhes:
— Ficai aqui, quietinhos, meninos. Quando estiverdes cansados, deitai-vos e dormi um pouco. Enquanto isso, nós iremos rachar lenha e, à tarde, ao terminar nosso trabalho, viremos buscar-vos.
Ao meio-dia, Maria repartiu seu pedaço de pão com o irmão. Depois adormeceram e anoiteceu, mas ninguém foi buscá-los. Acordaram quando a noite ia alta, e a menina começou a chorar. João consolou-a, dizendo:
— Espera até surgir a lua, aí então veremos as migalhas de pão que espalhei e por elas encontraremos o caminho de casa.
Quando surgiu a lua, levantaram-se, mas não encontraram mais nem uma só migalha. Os passarinhos, que andavam por toda parte, tinham comido todas. João então disse à Maria:
— Não tem importância, vamos encontrar o caminho de qualquer maneira. Não encontraram o caminho e andaram toda a noite e mais um dia inteiro sem conseguir sair da floresta. Estavam com uma fome tremenda, pois só tinham comido algumas amoras, e tão cansados que as pernas não se aguentavam mais. Então, deitaram-se debaixo de uma árvore e adormeceram.
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Na manhã do terceiro dia, retornaram a procurar o caminho, mas cada vez se embrenhavam mais pela floresta e, se ninguém os ajudasse, certamente acabariam morrendo de fome.
Ao meio-dia, avistaram um lindo passarinho, branco como a neve, pousado num galho. Cantava tão lindamente que os meninos pararam para ouvi-lo. Quando acabou de cantar, saiu voando, e as crianças foram atrás dele. Assim chegaram a uma casinha onde o passarinho pousou no telhado. Aproximaram-se e viram que a casinha era feita de pão de ló e coberta de chocolate, com janelinhas de açúcar.
— Oba! — exclamou o menino satisfeito. — Podemos fazer uma excelente refeição. Eu comerei um pedaço do telhado e tu, Maria, podes comer um pedaço da janela: é doce.
João subiu na ponta dos pés, estendeu as mãos e arrancou um pedaço de telhado para provar. Maria começou a lamber os vidros da janela. Então, de dentro da casa, saiu uma vozinha estridente:
Rapa, rapa, rapinha,
Quem rapa a minha casinha?
Os meninos responderam:
— O vento, sou eu,
O filho do céu.
E continuaram comendo, sem se perturbar. João, que achava o telhado delicioso, arrancou um belo pedaço e Maria arrancou um vidro inteiro, redondo. Sentou-se no chão e comeu-o deliciada.
Mas, de repente, abriu-se a porta e num passo trôpego saiu uma velha bem idosa, apoiada numa muleta. João e Maria assustaram-se de tal maneira que deixaram cair o que tinham nas mãos. A velhinha, porém, disse-lhes:
— Ah, meus queridos meninos, quem vos trouxe aqui? Entrai e ficai comigo, aqui nenhum mal vos acontecerá.
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Pegou-os pela mão e levou-os para dentro da casinha. Aí serviu-lhes uma deliciosa refeição, com leite e bolinhos, maçãs e nozes. Depois foram preparadas para eles duas lindas caminhas, muito limpas e alvas; João e Maria, muito cansados, deitaram-se, acreditando estar no céu.
A velha fingia ser muito boa, mas na verdade era uma bruxa muito má, que atraía as crianças, por isso construiu a casinha de pão de ló. E, quando caía alguma criança em suas mãos, ela matava-a, cozinhava-a e comia-a, e esse era um dia de festa.
As bruxas, geralmente, não enxergam bem e têm os olhos vermelhos, mas são dotadas de um olfato muito agudo, como os animais, o que lhes permite sentir o cheio de uma criança de longe. Portanto, quando João e Maria se aproximaram da casa, ela riu, dizendo com os seus botões: "Estes caíram em meu poder, não me escaparão mais."
Pela manhã, bem cedinho, antes que os meninos acordassem, levantou-se e foi espiá-los. Vendo-os bochechudos e coradinhos, a dormir como dois anjinhos, murmurou: "Que petisco delicioso vou ter!" E agarrando João, levou-o para um chiqueirinho, trancando-o dentro das grades de ferro. De nada lhe adiantou gritar e espernear.
Depois foi ter com Maria. Sacudiu a menina e gritou:
— Levanta-te, preguiçosa! Vai buscar água e prepara uma boa comidinha para teu irmão, que está preso no chiqueirinho e deve engordar. Pois, assim que estiver bem gordinho, quero comê-lo.
Maria começou a chorar copiosamente, mas seu pranto foi inútil e teve mesmo de fazer o que lhe ordenava a perversa bruxa.
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Maria, então, preparava as refeições mais requintadas para o irmão, enquanto ela ficava só com as sobras. Cada manhã a velha ia até junto da grade e dizia:
— João, mostra-me teu dedinho, quero ver se está gordinho!
João, porém, mostrava-lhe sempre um ossinho e a velha, que não enxergava nem um palmo diante do nariz, julgava que fosse o dedo do menino e ficava muito admirada por ele nunca engordar. Passadas quatro semanas, visto que João continuava sempre magro, perdeu a paciência e resolveu não esperar mais.
— Vamos, Maria — ordenou —, traz água depressa. Gordo ou magro não importa, o matarei assim mesmo e amanhã o comerei.
Como chorou a pobre irmã ao ter de trazer a água! Como lhe corriam rios de lágrimas pelo rosto!
— Ah, Deus bondoso, ajuda-nos! — implorava ela. — Antes nos tivessem devorado as feras no meio da floresta! Pelo menos teríamos morrido juntos!
— Deixa de lamentações — gritou-lhe a velha —, elas de nada adiantam.
Pela manhã, bem cedinho, Maria teve de ir buscar água, encher o caldeirão e acender o fogo.
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— Primeiro vamos assar o pão, já preparei a massa — disse a bruxa — e já acendi o forno.
Empurrou a pobre Maria para perto do forno do qual saíram grandes labaredas.
— Entra lá dentro — disse a velha — e vê se já está bem quente para poder assar o pão.
Assim, pensava a bruxa, quando Maria entrasse lá dentro, fecharia a boca do forno e a deixaria assar para comê-la também. A menina, porém, adivinhando sua intenção, disse:
— Eu não sei como se faz! Como é que se entra?
— Tonta, estúpida — disse a velha —, a abertura é bastante grande, olha, até eu poderia entrar!
Assim dizendo, abeirou-se da boca do forno, aproximando a cabeça. Maria, então, com um forte empurrão a fez entrar no forno e fechou rapidamente a porta de ferro com o cadeado. Uh! Que berros horríveis soltava a bruxa! Maria, porém, saiu correndo e a velha acabou morrendo, miseravelmente queimada.
joao e maria hansel und gretel irmaos grimm contos de fadas 6
Chegando ao galinheiro, a menina abriu a portinhola, dizendo ao irmão:
— João, corre, estamos livres. A velha bruxa morreu.
João então saiu pulando, alegre como um passarinho, ao lhe abrirem a gaiola. Com que felicidade se abraçaram e se beijaram, rindo e dançando! Como nada mais tinham a temer, percorreram a casinha da bruxa e viram espalhadas pelos cantos grandes arcas cheias de pérolas e pedras preciosas.
— Estas são bem melhores do que as pedrinhas lá de casa! — disse João, enquanto ia enchendo os bolsos até não poder mais.
— Eu também vou levar! — disse Maria, e foi enchendo o avental.
— Agora vamo-nos embora daqui — disse o irmão —, temos que sair da floresta da bruxa.
Após terem andado durante algumas horas, chegaram à margem de um rio muito largo.
— Não vamos conseguir atravessá-lo — disse João —, não vejo nem uma ponte.
— Nem mesmo um barquinho — disse a irmã —, mas olha, aí vem uma pata. Se lhe pedirmos, ela certamente nos ajudará a atravessar:
— Patinha, patinha,
Aqui estão João e Maria,
Não podemos passar,
Queres nos levar?
A pata se aproximou da margem e João sentou nas suas costas, dizendo à irmã que também sentasse, bem juntinho dele. Mas Maria respondeu:
— Vai ficar muito pesado. É melhor que ela nos leve um de cada vez. Assim fez a boa patinha. E quando felizmente chegaram ao outro lado, depois de caminharem bastante, a floresta foi-se tornando mais familiar até que finalmente viram a casa do pai. Correram em sua direção e, lá dentro, o abraçaram e o cobriram de beijos.
O pobre homem nunca mais tivera uma hora feliz desde que abandonara as crianças no meio da floresta. A mulher (para felicidade de todos) havia morrido. Então Maria sacudiu o avental, deixando rolar pelo chão as pedras preciosas. João acrescentou todo o conteúdo de seus bolsos.
Desde então, acabaram-se todos os sofrimentos e preocupações, e os três viveram felizes pelo resto da vida.
"Minha história acabou, um rato passou, quem o pegar poderá sua pele aproveitar."
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sábado, 28 de outubro de 2023
ATÉ AO FIM
“Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” — Jesus.
(MATEUS, CAPÍTULO 24, VERSÍCULO 13.)
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A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho, você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens.
E algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos.
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O MENINO QUE CARREGAVA ÁGUA NA PENEIRA - Manoel de Barros
Odilon Esteves
18,4 mil inscritos
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72.796 visualizações 14 de mar. de 2017 #espalhemospoesia
#espalhemospoesia
O MENINO QUE CARREGAVA ÁGUA NA PENEIRA
"Tenho um livro sobre águas e meninos
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
Era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele
para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do
que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito
Porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo que
carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de ser noviça,
monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o voo de um pássaro botando
ponto no final da frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho, você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens.
E algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos."
do livro "Exercícios de ser criança", de Manoel de Barros, publicado em 1999.
https://www.youtube.com/watch?v=JWRMUk4nzR0
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Música | Paulinho da Viola - Coração leviano
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Pão Nosso #36 - Até ao fim
NEPE Paulo de Tarso
81,5 mil inscritos
Transmitido ao vivo em 28 de jun. de 2022
Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier.
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Aqui não vemos Jesus referir-se a um fim que simbolize término e, sim, à
finalidade, ao alvo, ao objetivo.
O Evangelho será pregado aos povos para que as criaturas compreendam
e alcancem os fins superiores da vida.
Eis por que apenas conseguem quebrar o casulo da condição de
animalidade aqueles Espíritos encarnados que sabem perseverar.
Quando o Mestre louvou a persistência, evidenciava a tarefa árdua dos que
procuram as excelências do caminho espiritual.
É necessário apagar as falsas noções de favores gratuitos da Divindade.
Ninguém se furtará, impune, à percentagem de esforço que lhe cabe na
obra de aperfeiçoamento próprio.
As portas do Céu permanecem abertas. Nunca foram cerradas. Todavia,
para que o homem se eleve até lá, precisa asas de amor e sabedoria. Para
isto, concede o Supremo Senhor extensa cópia do material de misericórdia a
todas as criaturas, conferindo, entretanto, a cada um o dever de talhá-las.
Semelhante tarefa, porém, demanda enorme esforço. A fim de concluí-la,
recruta-se a contribuição dos dias e das existências. Muita gente se desanima
e prefere estacionar, séculos a fio, nos labirintos da inferioridade; todavia, os
bons trabalhadores sabem perseverar, até atingirem as finalidades divinas do
caminho terrestre, continuando em trajetória sublime para a perfeição.
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ATÉ AO FIM
http://limiarespirita.com.br/livros/pao_nosso.pdf
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"Aplicara-se com entusiasmo à nova atividade, em que colocava escrupulosa atenção, como era de seu feitio em tudo que fazia."
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A FARMÁCIA HOMEOPÁTICA
EURÍPEDES O HOMEM E A MISSÃO
CORINA NOVELINO
pp. 30-31
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Utilidade providencial da riqueza.
Provas da riqueza e da miséria.
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UTILIDADE PROVIDENCIAL DA RIQUEZA. PROVAS DA RIQUEZA E DA MISÉRIA - PALESTRA ESPÍRITA
Grupo Espírita Beneficente Dr. Hermann
8.875 visualizações 10 de jul. de 2016
Reunião Pública sobre O Evangelho Segundo O Espiritismo.
Tema: Utilidade Providencial Da Riqueza. Provas Da Riqueza e Da Miséria, cap. XVI, item 7 . Palestra realizada no Grupo Espírita Beneficente Dr. Hermann em Campos dos Goytacazes, no dia 08 de Julho de 2016. Expositor: Carla Palmeira.
https://www.youtube.com/watch?v=TWV4Tr6b0Es
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7. Se a riqueza houvesse de constituir obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, conforme se poderia inferir de certas palavras de Jesus, interpretadas segundo a letra e não segundo o espírito, Deus, que a concede, teria posto nas mãos de alguns um instrumento de perdição, sem apelação nenhuma, ideia que repugna à razão. Sem dúvida, pelos arrastamentos a que dá causa, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, a riqueza constitui uma prova muito arriscada, mais perigosa do que a miséria. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. É o laço mais forte que prende o homem à Terra e lhe desvia do céu os pensamentos. Produz tal vertigem que, muitas vezes, aquele que passa da miséria à riqueza esquece de pronto a sua primeira condição, os que com ele a partilharam, os que o ajudaram, e faz-se insensível, egoísta e vão. Mas, do fato de a riqueza tornar difícil a jornada, não se segue que a torne impossível e não possa vir a ser um meio de salvação para o que dela sabe servir-se, como certos venenos podem restituir a saúde, se empregados a propósito e com discernimento.
Quando Jesus disse ao moço que o inquiria sobre os meios de ganhar a vida eterna: “Desfaze-te de todos os teus bens e segue-me”, não pretendeu, decerto, estabelecer como princípio absoluto que cada um deva despojar-se do que possui e que a salvação só a esse preço se obtém; mas, apenas mostrar que o apego aos bens terrenos é um obstáculo à salvação. Aquele moço, com efeito, se julgava quite porque observara certos mandamentos e, no entanto, recusava-se à ideia de abandonar os bens de que era dono. Seu desejo de obter a vida eterna não ia até ao extremo de adquiri-la com sacrifício.
O que Jesus lhe propunha era uma prova decisiva, destinada a pôr a nu o fundo do seu pensamento. Ele podia, sem dúvida, ser um homem perfeitamente honesto na opinião do mundo, não causar dano a ninguém, não maldizer do próximo, não ser vão, nem orgulhoso, honrar a seu pai e a sua mãe. Mas, não tinha a verdadeira caridade; sua virtude não chegava até a abnegação. Isso o que Jesus quis demonstrar. Fazia uma aplicação do princípio: “Fora da caridade não há salvação”.
A consequência dessas palavras, em sua acepção rigorosa, seria a abolição da riqueza por prejudicial à felicidade futura e como causa de uma imensidade de males na Terra; seria, ao demais, a condenação do trabalho que a pode granjear; consequência absurda, que reconduziria o homem à vida selvagem e que, por isso mesmo, estaria em contradição com a lei do progresso, que é lei de Deus.
Se a riqueza é causa de muitos males, se exacerba tanto as más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos inculpar, mas ao homem, que dela abusa, como de todos os dons de Deus. Pelo abuso, ele torna pernicioso o que lhe poderia ser de maior utilidade. É a consequência do estado de inferioridade do mundo terrestre. Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria posto na Terra. Compete ao homem fazê-la produzir o bem. Se não é um elemento direto de progresso moral, é, sem contestação, poderoso elemento de progresso intelectual.
Com efeito, o homem tem por missão trabalhar pela melhoria material do planeta. Cabe-lhe desobstruí-lo, saneá-lo, dispô-lo para receber um dia toda a população que a sua extensão comporta. Para alimentar essa população que cresce incessantemente, preciso se faz aumentar a produção. Se a produção de um país é insuficiente, será necessário buscá-la fora. Por isso mesmo, as relações entre os povos constituem uma necessidade. A fim de mais as facilitar, cumpre sejam destruídos os obstáculos materiais que os separam e tornadas mais rápidas as comunicações. Para trabalhos que são obra dos séculos, teve o homem de extrair os materiais até das entranhas da terra; procurou na Ciência os meios de os executar com maior segurança e rapidez. Mas, para os levar a efeito, precisa de recursos: a necessidade fê-lo criar a riqueza, como o fez descobrir a ciência. A atividade que esses mesmos trabalhos impõem lhe amplia e desenvolve a inteligência, e essa inteligência que ele concentra, primeiro, na satisfação das necessidades materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais. Sendo a riqueza o meio primordial de execução, sem ela não mais grandes trabalhos, nem atividade, nem estimulante, nem pesquisas. Com razão, pois, é a riqueza considerada elemento de progresso.
https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/887/o-evangelho-segundooespiritismo/2069/capitulo-xvi-nao-se-pode-servir-a-deus-e-a-mamon
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Queira o bem dos outros.
O que você faz aos outros
a si mesmo faz.
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Poesia | "O menino que carregava água na peneira" - Manoel de Barros
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Até Quem Sabe
Dóris Monteiro
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Até um dia, até talvez
Até quem sabe
Até você sem fantasia
Sem mais saudade
Agora a gente
Tão de repente
Nem mais se entende
Nem mais pretende
Seguir fingindo
Seguir mentindo
Agora vou pra onde for
Mas sem mais você
Sem me querer
Sem mesmo ser
Sem me entender
Vou me beber
Vou me perder
Pela cidade
Até um dia, até talvez
Até quem sabe
Composição: João Donato / Lysias Enio.
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Até Quem Sabe
Nara Leão - Tema
9,87 mil inscritos
26.130 visualizações 31 de jul. de 2018
Provided to YouTube by Universal Music Group
Até Quem Sabe · Nara Leão
Abraços E Beijinhos e Carinhos Sem ter Fim...
℗ 1984 Universal Music Ltda
Released on: 1984-01-01
Producer: Roberto Menescal
Composer Lyricist: João Donato
Composer Lyricist: Lysias Enio
_https://www.youtube.com/watch?v=_pmNDoXyoII_
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Imagem: wikimedia commons
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História de São Judas Tadeu: Conheça a origem do santo das causas perdidas
De UOL em São Paulo
28/10/2023 04h05
Atualizada em
28/10/2023 04h05
Imagem de São Judas Tadeu
Conhecido como santo das causas perdidas ou impossíveis, São Judas Tadeu é celebrado por fiéis em todo o mundo neste sábado, 28 de outubro. A existência histórica do apóstolo é defendida com maior facilidade em comparação a outros santos.
Ele foi um dos apóstolos e sua história está intrinsecamente ligada à de Cristo. É importante destacar que, apesar da semelhança de nome, ele não deve ser confundido com Judas Iscariotes, que traiu Jesus. Uma confusão que, segundo alguns, fez com que ele sofresse muito preconceito.
Acadêmicos e estudiosos argumentam que São Judas Tadeu tinha uma relação especialmente estreita com Jesus, sugerindo que eram parentes. Ele nasceu na região da Galileia e seus pais, Alfeu e Maria Cléofas, tinham laços de parentesco com Jesus. O pai de São Judas Tadeu era irmão de São José e sua mãe era prima-irmã de Maria.
"Na tradição ele é chamado de Judas, irmão de Tiago. Então, supostamente, irmão de Jesus também. Mas o termo 'irmão', em grego, não significa necessariamente irmão de sangue, mas pessoas que moravam na mesma casa, que moram juntos. Primos eram chamados de irmãos",
Junior Vasconcelos do Amaral, padre e professor na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Minas Gerais, em entrevista ao UOL.
Popular entre os brasileiros, especialmente entre os torcedores do time Flamengo, São Judas Tadeu também é reverenciado como o padroeiro da Armênia. O santo desempenhou um papel significativo na disseminação do cristianismo nesse país, sendo um dos pioneiros nessa missão. Além disso, São Judas Tadeu é creditado como o autor da Epístola de Judas, um dos livros integrantes do Novo Testamento da Bíblia Sagrada.
Através de seus ensinamentos, Judas Tadeu alertou contra a influência de falsos mestres e promoveu os princípios essenciais de uma vida cristã. Sua pregação resultou na conversão de um grande número de pagãos, o que despertou a hostilidade dos sacerdotes na Pérsia, onde ele teria morrido a golpes de lanças e machados no dia 28 de outubro do ano 70.
O santo é representado com um livro, que simboliza a pregação e a machadinha, com a qual foi morto. Seus restos mortais, após terem sido guardados no Oriente Médio e na França, foram transferidos para a Basílica de São Pedro, no Vaticano.
A oração de São Judas Tadeu:
Na tradição ele é chamado de Judas, irmão de Tiago. Então, supostamente, irmão de Jesus também. Mas o termo 'irmão', em grego, não significa necessariamente irmão de sangue, mas pessoas que moravam na mesma casa, que moram juntos. Primos eram chamados de irmãos,
Junior Vasconcelos do Amaral, padre e professor na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Minas Gerais, em entrevista ao UOL.
Popular entre os brasileiros, especialmente entre os torcedores do time Flamengo, São Judas Tadeu também é reverenciado como o padroeiro da Armênia. O santo desempenhou um papel significativo na disseminação do cristianismo nesse país, sendo um dos pioneiros nessa missão. Além disso, São Judas Tadeu é creditado como o autor da Epístola de Judas, um dos livros integrantes do Novo Testamento da Bíblia Sagrada.
Através de seus ensinamentos, Judas Tadeu alertou contra a influência de falsos mestres e promoveu os princípios essenciais de uma vida cristã. Sua pregação resultou na conversão de um grande número de pagãos, o que despertou a hostilidade dos sacerdotes na Pérsia, onde ele teria morrido a golpes de lanças e machados no dia 28 de outubro do ano 70.
O santo é representado com um livro, que simboliza a pregação e a machadinha, com a qual foi morto. Seus restos mortais, após terem sido guardados no Oriente Médio e na França, foram transferidos para a Basílica de São Pedro, no Vaticano.
A oração de São Judas Tadeu:
"São Judas Tadeu,
Glorioso Apóstolo,
Fiel servo e amigo de Jesus!
A Igreja vos honra e invoca por todo o mundo
como Patrono dos casos desesperados
e dos Negócios sem remédio.
Rogai por mim que estou desolado.
Eu vos imploro, fazei uso do privilégio
Que tendes de trazer socorro imediato,
Onde o socorro desapareceu quase que por completo.
Assiste-me nesta grande necessidade,
Para que eu possa receber as consolações e auxílio
Do céu em todas as minhas precisões, tribulações e sofrimentos.
São Judas Tadeu, lembrar-me-ei sempre deste grande favor
E nunca deixarei de vos louvar e honrar como meu especial
E poderoso patrono
E fazer tudo que estiver ao meu alcance
Para espalhar a Vossa devoção por toda parte.
Amém?
São Judas Tadeu rogai por nós."
https://educacao.uol.com.br/noticias/2023/10/28/dia-de-sao-judas-2810-conheca-a-historia-do-santo-das-causas-perdidas.htm#:~:text=Conhecido%20como%20santo%20das%20causas,intrinsecamente%20ligada%20%C3%A0%20de%20Cristo.
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sexta-feira, 27 de outubro de 2023
Claro Enigma
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No dia em que Garrincha faria 85 anos, relembre o adeus sublime que Drummond ofereceu a Mané
Foto de Leandro Stein Leandro Steindomingo, 28 de outubro de 2018 21:55
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Texto publicado originalmente em 20 de janeiro de 2016
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O raciocínio acima do comum se traduzia a cada verso. Poucos poetas em língua portuguesa se comparam a Carlos Drummond de Andrade. A mente esculpia arte em papel e tinta, mas entremeava duras críticas nas estrofes. Poesia da vida, que também servia de óculos para enxergar a realidade. Era a grande maestria do mineiro, conhecedor profundo das palavras, sempre extraindo o melhor significado delas.
Drummond, entretanto, não percorreu toda a sua vida de escritor apenas com poemas. Ele também era um cronista de mão cheia, e assinou textos em jornais desde a sua juventude. De 1969 a 1984, publicou semanalmente uma coluna no Jornal do Brasil, onde abordou diversos temas. Inclusive o futebol. Falou de craques, conquistas e vitórias. Mas, em seus últimos meses no periódico, infelizmente se deparou com uma das notícias mais tristes que os apaixonados pelo esporte poderiam ter: o falecimento de Garrincha, em 20 de janeiro de 1983.
Mané ganhou uma homenagem à altura da arte que também fazia em campo. Drummond emprestou a contundência de suas palavras para se despedir do eterno camisa 7, falando de seu talento, mas também sem perder o tom crítico pelo contexto ao redor da morte. Certa feita, Garrincha até parecia ter se cruzado com o escritor, já que um tal “anjo torto” o aconselhou no Poema de Sete Faces. Mas, de fato, o ponta direita apareceu algumas vezes nas crônicas do mineiro. E o adeus entre dois dos maiores gênios que o Brasil teve, cada um em sua poesia, não poderia ser mais emblemático. Sublime como os versos de Drummond ou como os dribles de Garrincha.
Mané e o Sonho
Jornal do Brasil, 22/01/1983
A necessidade brasileira de esquecer os problemas agudos do país, difíceis de encarar, ou pelo menos de suavizá-los com uma cota de despreocupação e alegria, fez com que o futebol se tornasse a felicidade do povo. Pobres e ricos param de pensar para se encantar com ele. E os grandes jogadores convertem-se numa espécie de irmãos da gente, que detestamos ou amamos na medida em que nos frustram ou nos proporcionam o prazer de um espetáculo de 90 minutos, prolongado indefinidamente nas conversas e mesmo na solidão da lembrança.
Mané Garrincha foi um desses ídolos providenciais com que o acaso veio ao encontro das massas populares e até dos figurões responsáveis periódicos pela sorte do Brasil, ofertando-lhes o jogador que contrariava todos os princípios sacramentais do jogo, e que no entanto alcançava os mais deliciosos resultados. Não seria mesmo uma indicação de que o país, despreparado para o destino glorioso que ambicionamos, também conseguiria vencer suas limitações e deficiências e chegar ao ponto de grandeza que nos daria individualmente o maior orgulho, pela extinção de antigos complexos nacionais? Interrogação que certamente não aflorava ao nível da consciência, mas que podia muito bem instalar-se no subterrâneo do espírito de cada patrício inquieto e insatisfeito consigo mesmo, e mais ainda com o geral da vida.
Garrincha, em sua irresponsabilidade amável, poderia, quem sabe?, fornecer-nos a chave de um segredo de que era possuidor e que ele mesmo não decifrava, inocente que era da origem do poder mágico de seus músculos e pés. Divertido, espontâneo, inconsequente, com uma inocência que não excluía espertezas instintivas de Macunaíma — nenhum modelo seria mais adequado do que esse, para seduzir um povo que, olhando em redor, não encontrava os sérios heróis, os santos miraculosos de que necessita no dia-a-dia.
A identificação da sociedade com ele fazia-se naturalmente. Garrincha não pedia nada a seus admiradores; não lhes exigia sacrifícios ou esforços mentais para admirá-lo e segui-lo, pois de resto não queria que ninguém o seguisse. Carregava nas costas um peso alegre, dispensando-nos de fazer o mesmo. Sua ambição ou projeto de vida (se é que, em matéria de Garrincha, se pode falar em projeto) consistia no papo de botequim, nos prazeres da cama, de que resultasse o prazer de novos filhos, no descompromisso, afinal, com os valores burgueses da vida.
Não sou dos que acusam dirigentes do esporte, clubes, autoridades civis e torcedores em geral, de ingratidão para com Garrincha. Na própria essência do futebol profissional se instalam a ingratidão e a injustiça. O jogador só vale enquanto joga, e se jogar o fino. Não lhe perdoam a hora sem inspiração, a traiçoeira indecisão de um segundo, a influência de problemas pessoais sobre o comportamento na partida. É pago para deslumbrar a arquibancada e a cadeira importante, para nos desanuviar a alma, para nos consolar dos nossos malogros, para encobrir as amarguras da Nação. Ele julga que entrou em campo a fim de defender o seu sustento, mas seu negócio principal será defender milhões de angustiados presentes e ausentes contra seus fantasmas particulares ou coletivos. Garrincha foi um entre muitos desses infelizes, dos quais só se salva um ou outro predestinado, de estrela na testa, como Pelé.
A simpatia nacional envolveu Mané em todos os lances de sua vida, por mais desajustada que fosse, e isso já é alguma coisa que nos livra de ter remorso pelo seu final triste. A criança grande que ele não deixou de ser foi vitimada pelo germe de autodestruição que trazia consigo: faltavam-lhe defesas psicológicas que acudissem ao apelo de amigos e fãs. Garrincha, o encantador, era folha ao vento. Resta a maravilhosa lembrança de suas incríveis habilidades, que farão sempre sorrir a quem as recordar. Basta ver um filme dos jogos que ele disputou: sente-se logo como o corpo humano pode ser instrumento das mais graciosas criações no espaço, rápidas como o relâmpago e duradouras na memória. Quem viu Garrincha atuar não pode levar a sério teorias científicas que prevêem a parábola inevitável de uma bola e asseguram a vitória — que não acontece.
Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho.
Carlos Drummond de Andrade
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"Mas creio que não bastará. Crianças precisam brincar. E não se brinca com bombas. Inclusive, no passado, uma das mais importantes campanhas contra bombas de fragmentação aconteceu porque ameaçavam as crianças, que as confundiam com brinquedos."
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GARRINCHA - Quando o Futebol Vira Arte • Melhores Dribles e Gols
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"Garrincha é o nome de um passarinho alegre cor de terra. Este filme pretende mostrar entre outras coisas que quem apelidou Manoel Francisco dos Santos de Mané Garrincha conhecia tanto o rapaz quanto passarinho. E era um poeta."
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Amar o perdido deixa confundido este coração (Drummond)
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Memória
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Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade, Claro Enigma, 1951
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Va Pensiero - Legendado em português
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Arlete Embacher
385.715 visualizações 12 de fev. de 2012
O Coro do Metropolitan Ópera House de Nova York, interpreta "Va Pensiero" da ópera Nabucco de Verdi, en 2002. Maravillosamente interpretado. Ouvir esse estilo de música é elevar o espírito. É a cena, talvez, mais bela da ópera: os hebreus escravizados estão de joelhos às margens do Eufrates, na Babilônia (PERSIA-IRÃ) como diz o salmo: 'sua oração fervorosa, seu anseio de liberdade, e a saudade da pátria distante'
Va', Pensiero (tradução)
Giuseppe Verdi
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Va ', Pensiero
Vá, pensamento, sobre asas douradas
Vá e pousa sobre as encostas e sobre as colinas
onde exalam perfumes mornos e macios
a brisa doce da terra natal!
Do Jordão, suas margens saudam
De Sião as torres aterradas
Oh minha Pátria, tão bela e perdida
Oh lembrança tão cara e fatal!
Harpa de ouro de fatídicos vaticínios
Porque muda dos salgueiros ti pende?
As memórias do peito reacendem
Nos falam do tempo que foi!
Oh semelhança aos fatos de Solima
Traz um som de rude lamento
Oh te inspire o Senhor um acordo
Que nos infunda a virtude de suportar
Que nos infunda a virtude de suportar
A virtude de suportar
Va', Pensiero
Va', pensiero, sull'ali dorate.
Va', ti posa sui clivi, sui colli,
ove olezzano tepide e molli
l'aure dolci del suolo natal!
Del Giordano le rive saluta,
di Sionne le torri atterrate.
O mia Patria, sì bella e perduta!
O membranza sì cara e fatal!
Arpa d'or dei fatidici vati,
perché muta dal salice pendi?
Le memorie del petto raccendi,
ci favella del tempo che fu!
O simile di Solima ai fati,
traggi un suono di crudo lamento;
o t'ispiri il Signore un concerto
che ne infonda al patire virtù
che ne infonda al patire virtù
al patire virtù!
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"Impunity Fuels Abuses" HRW on Israel Palestine at EU Parliament
Human Rights Watch
26 de out. de 2023
Tirana Hassan, executive director of Human Rights Watch, addresses the European Parliament Subcommittee on Human Rights on Israel, Palestine and international humanitarian law.
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Claro Enigma é uma obra composta por 42 poemas. Data de 1951 e é da autoria de Carlos Drummond de Andrade, escritor modernista brasileiro. Inserido na Terceira Fase do Modernismo, conhecida como Pós-Modernista, foi escrito no final da década de 40. Situa-se no período histórico em que teve início a Guerra Fria.
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United Nations - LIVE
Nações Unidas
UNTV Live Schedule - 26 October 2023 (EDT)
10:00
General Assembly
Emergency Special Session Middle East
12:30
Press Briefing to launch the Secretary-General’s Advisory Body on Artificial Intelligence
3:00
General Assembly
Report of the International Court of Justice
Followed by
Security Council
Open Debate on Women, Peace and Security (resumed)
Evening Repeats:
-Press Briefing by International Commission of Human Rights Experts on Ethiopia
-Daily Briefing
-Press Briefing to launch the Secretary-General’s Advisory Body on Artificial Intelligence
-Security Council: The Situation in the Central African Republic
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sexta-feira, 27 de outubro de 2023
Fernando Gabeira - Crianças não declaram guerra
O Estado de S. Paulo
Quando o Brasil deixar de presidir o CS da ONU, o que podemos fazer, dentro dos nossos limites, é uma campanha por todas as crianças que vivem em área de guerra
Nas duas primeiras semanas de guerra no Oriente Médio, 20 jornalistas foram mortos. Merecem nosso reconhecimento por terem dado a vida fornecendo a matéria-prima para que possamos saber do que se passa no front e tentar entender o futuro deste conflito. Temos mais perguntas do que certezas. Creio que será assim por muito tempo. Não adianta colar nos aparelhos de tevê, ler os principais jornais do mundo, comprar livros – tudo o que conseguimos é uma visão parcial. Mesmo os especialistas que não vivem a realidade cotidiana da região têm dificuldades para interpretá-la fielmente.
Meus avôs vieram do Líbano, no princípio do século passado. Já tinham memória de conflitos religiosos. Minha avó tinha uma cruz tatuada no braço e nem sempre a vida foi fácil para os cristãos libaneses. Uma região de antigos conflitos.
No momento em que Israel se prepara para uma invasão de Gaza, tento me lembrar de outras guerras urbanas. Será como Faluja ou mesmo Mossul, no Iraque, onde o combate ao Isis superou as expectativas em mortos. Em Faluja, morreu tanta gente que os cemitérios não deram vazão e as pessoas eram enterradas nos jardins das casas. Mossul, além de superar tudo, ainda tinha uma enorme barragem com potencial de inundar o país.
Não creio que os exemplos anteriores possam ser avaliados mecanicamente. Gaza tem uma rede de túneis especialmente construída pelo Hamas. Neste momento, as informações indicam que de 15% a 30% das edificações já foram destruídas. A existência desses túneis pode resultar numa destruição que não deixará pedra sobre pedra.
Será o fim do Hamas? Naturalmente, o processo de destruição será explorado e a própria juventude árabe estará mais aberta a organizações violentas. Além do mais, alguns dirigentes do Hamas nem vivem em Gaza, preferem Doha, no Catar, um pequeno país com uma altíssima renda per capita anual, em torno de US$ 60 mil.
Em caso de vitória de Israel e ampla destruição do Hamas, quem governa a região? A Autoridade Palestina teria condição de fazê-lo, enfraquecida pela corrupção e pela falta de consultas eleitorais? O Hamas também não faz eleições desde 2006.
Há dois grandes temas que precisam ser avaliados antes e depois da invasão: a morte de civis e a morte de crianças.
Quando se diz que o Hamas não representa a Palestina, muitos não acreditam nisso em Israel.
Alguns artigos do Jerusalem Post questionam essa afirmativa. Acham que existe uma forte cumplicidade entre palestinos e o Hamas. Ainda que isso fosse verdadeiro, o problema é que 30% dos habitantes de Gaza são crianças e adolescentes. Eles não têm condições de questionar ou muito menos derrubar um governo indesejado.
Numa guerra assimétrica em que a propaganda tem um peso maior que as manobras militares, Israel corre um grande risco com as mortes entre os civis. Além disso, há as crianças. O Brasil fez o que pôde na ONU para atenuar a intensidade do conflito. Não conseguiu. Mas, na voz do presidente Lula, manifestou preocupação com as crianças. Para conseguir alguma coisa, talvez o País tenha de se concentrar num tema: as crianças merecem um enfoque especial.
Para começar, há aquelas que dependem de eletricidade nas incubadoras e podem morrer sem ela. Inúmeras atividades hospitalares dependem da gasolina, que não entra. É necessário abrir um corredor também para o combustível. O Hamas pode sequestrá-lo para fins bélicos? Se o fizer, matará as crianças e terá também de responder por isso. Será uma manobra desesperada e o combustível para tocar hospitais é mínimo, se encarado como suprimento bélico.
Há crianças raptadas pelo Hamas e crianças presas por Israel na Palestina. Surgiu um movimento para que fossem trocadas, e isso pode ser um caminho para que as crianças sejam afastadas do clima de hostilidade.
Mas creio que não bastará. Crianças precisam brincar. E não se brinca com bombas. Inclusive, no passado, uma das mais importantes campanhas contra bombas de fragmentação aconteceu porque ameaçavam as crianças, que as confundiam com brinquedos.
O que é possível fazer na Palestina – na Cisjordânia e em Gaza
– é criar alguns espaços que as crianças possam frequentar com seus pais, espaços protegidos por acordo internacional, com anuência das partes.
A guerra rouba vidas, rouba, em muitos casos, o direito de ir e vir, arrasa com recursos econômicos. Por que a guerra teria também de acabar com a infância de quase 1 milhão de crianças? Por que condená-las à amargura na vida adulta e a alimentar uma predisposição ao ódio e à luta violenta?
Quando o Brasil deixar de ter a responsabilidade de dirigir o Conselho de Segurança da ONU, o que podemos fazer, dentro dos nossos limites, é exatamente uma campanha por todas as crianças que vivem em área de guerra.
Para ter alguma credibilidade, seria interessante também proibir a exportação de bombas de fragmentação – algo que tentei, por meio de projeto de lei, e fracassei diante do argumento de preservar empregos. E, naturalmente, atacar os problemas internos que fazem, por exemplo, as crianças de grande parte do Rio de Janeiro vítimas dos confrontos em áreas dominadas pelo tráfico e pela milícia.
Se não dá para fazer tudo, por que não tentar apenas preservar as novas gerações?
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6. MEMÓRIA
É possível que você já tenha ouvido este singelo poema intitulado “Memória”, publicado em Claro Enigma (1951). O tempo é breve e a vida passa com um piscar de olhos. Quase nada permanece e a memória retém o que é importante para cada pessoa. O resto se perde.
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.
https://quindim.com.br/blog/carlos-drummond-de-andrade/
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Dario viu tudo. Tinha apenas cinco anos de idade quando a mãe morreu de forma tão trágica. Muito difícil para uma criancinha assimilar. Muito doloroso. Até hoje Dario evita falar sobre o episódio. Todos entendemos.
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DADÁ E A ‘SOLUCIONÁTICA’ QUE DRUMMOND ADORAVA
4 / MARÇO / 2020
por André Felipe de Lima
Poucos são os circos que existem hoje, que encantam crianças e despertam sonhos nelas. Esperança. Raro vê-los nas grandes cidades. Estádio de futebol era igualzinho ao circo de antigamente. Vivia lotado, sobretudo, com crianças. E nem precisava ser Fla-Flu, SanSão, AtleTiba, BaVi ou GreNal. A casa estava sempre cheia. Mas quem atraía essa meninada? Os craques, naturalmente. Alguns deles, nem tão craques assim, mas folclóricos. Jogadores impagáveis, que divertiam com gols e… frases. Nisso, Dario, o “Dadá Maravilha”, foi insuperável. “O povo quer pão, terra e circo. O Dadá dá o circo”. E dava mesmo. Impossível sair do estádio sem rir e se deleitar com os seus gols, uns com a popular paradinha no ar. E tome gol e frase também: “Só existem três coisas que param no ar: beija-flor, helicóptero e Dadá”. E não era galhofa do centroavante, que cumpria o prometido.
https://www.museudapelada.com/resenha/dada-e-a-solucionatica-que-drummond-adorava/
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