sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

O mundo novinho


Eu amo os mundos sutis
Sem peso e gentis
Como bolhas de sabão


A Cantar, dramatizar e memorizar poeticamente

A poesia atemporal e universal de “A Condição Humana” em Paulinho, Antônio e Pedro

A contradição da modernidade: Antonio Machado





EL CRIMEN FUE EN GRANADA
A Federico Garcia Lorca


I

EL CRIMEN

Se le vio, caminando entre fusiles,
por una calle larga,
salir al campo frío,
aún con estrellas, de la madrugada.
Mataron a Federico
cuando la luz asomaba.
El pelotón de verdugos
no osó mirarle la cara.
Todos cerraron los ojos;
rezaron: !ni Dios te salva!

Muerto cayó Federico
- sangre en la frente y plomo en las entraña -
...Que fue en Granada el crimen
sabed -!pobre Granada! -, en su Granada...

II

EL POETA Y LA MUERTE

Se le vio caminar solo con Ella,
sin miedo a sua guadaña.
- Ya el sol en torre y torre; los martillos
en yunque-yunque y yunque de las fraguas.
Hablaba Federico
requebrando a la muerte. Ella escuchaba.
"Porque ayer en mi verso, compañera,
sonaba el golpe de tus secas palmas,
y diste el hielo a mi cantar, y el filo
a mi tragedia de tu hoz de plata,
te cantaré la carne que no tienes,
los ojos que te faltan,
tus cabellos que el viento sacudía,
los rojos labios donde te besaban...
Hoy como ayer, gitana, muerte mía,
qué bien contigo a solas,
por estes aires de Granada, !mi Granada!"

III

Se le vio caminar...
Labrad, amigos,
de piedra Y sueño, en la Alhambra,
un túmulo al poeta,
sobre una fuente donde llore el agua,
Y eternamente diga:
el crimen fue en Granada, !en sua Granada!
 

O CRIME FOI EM GRANADA
A Federico Garcia Lorca


I

O CRIME

Viram-no, caminhando entre fuzis,
por uma longa rua,
sair para o campo frio,
ainda com estrelas, na madrugada.
Mataram Federico
quando a luz surgia.
O pelotão de verdugos
não usou mira-lo na cara.
Todos fecharam os olhos;
rezaram: nem Deus te salva!
Morto, caiu Federico
- Sangue pela fronte e chumbo nas entranhas -.
... Que foi em Granada o crime
saibam - Pobre Granada -, em sua Granada...

II

O POETA E A MORTE

Viram-no andar sozinho com Ela
sem medo de sua foice.
- Já o sol de torre em torre; os martelos
de bigorna em bigorna retiniam nas forjas
Falava Federico
adulando a morte. Ela escutava.
"Porque ontem, no meu verso, companheira,
falava do golpe de tuas secas palmas
e deste o gelo ao meu cantar,
à minha tragédia
o gume de teu cutelo de prata,
cantarei a carne que não tens
os olhos que te faltam,
teus cabelos que o vento sacudia,
os rubros lábios que beijavam...
Hoje, como ontem, cigana morte minha,
permaneço a sós contigo
por estes ares de Granada, minha Granada!"

III

Viram-no caminhar...
Edifiquem, amigos,
de pedra e sonho, no Alhambra,
um túmulo ao poeta,
sobre uma fonte de onde a água chore,
e eternamente diga:
o crime foi em Granada, em sua Granada!
 
Antonio Machado escreveu este poema em outubro de 1936 e o mesmo foi publicado pela primeira vez na revista "Ajuda", em novembro de 1936. Federico Garcia Lorca havia sido assassinado na noite de 19 para 20 de agosto daquele ano.
 

(publicado na revista literária A Cigarra no.° 31, agosto 1997, Santo André, SP)




E Pedro Nava se fez criança para poder brincar com o Menino Jesus…
Posted on dezembro 6, 2018 by Tribuna da Internet


Paulo Peres
Site Poemas & Canções
O médico, escritor e poeta mineiro Pedro da Silva Nava (1903-1984), no poema “Se Eu Soubesse Brincar”, mostra como a brincadeira das crianças revela o seu infindo potencial imaginário. Segundo os educadores, brincar é uma linguagem natural, e é importante que a criança esteja presente na escola desde a educação infantil para que possa se colocar e se expressar através de atividades lúdicas, considerando-se como lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.



Pedro Nava, no traço de Ramon Muniz

SE EU SOUBESSE BRINCAR
Pedro Nava
Si eu tivesse seis anos si soubesse brincar
pedia ao Menino Jesus que viesse me dar
seus brinquedos coloridos
E ele dava mesmo dava tudo
dava brinquedos variados de todas as cores
brinquedos sortidos
dava bolas lustrosas pra mim soltar de noite e
mandar todas pro céu com minha reza
Dava bolas dava quitanda dava balas
e havia de ficar melado, todo doce de minha baba.
E dava homenzinhos, arvinhas, bichinhos, casinhas e
em minhas mãos ingênuas eu tirava o mundo novinho,
cheiroso de cola e verniz, das caixas nurembergue
pra recomeçar deslumbrando a brincadeira da vida
O Menino Jesus dava tudo si eu fosse menino
si soubesse brincar pra brincar com ele.



Do álbum "Memórias Cantando", de 1976.

Comentário do temido José Ramos Tinhorão sobre o disco duplo lançado por Paulinho da Viola, na época: "Após alguns anos de carreira, qualquer cantor, músico ou compositor começa a pensar seriamente na possibilidade de produzir pelo menos um disco perteito. Pois Paulinho da Viola acaba de conseguir dois -- de uma só vez!"


Paulinho da Viola - Cantando





André Malraux e "A Condição Humana"

Malraux tinha na arqueologia a sua grande paixão. E por ela viajou ao exotismo do extremo oriente, à procura das ruínas dos antigos khmers. Encontrou uma revolução, mais uma na sua vida de lutador e resistente. Desse momento histórico nasceu este romance.
Nascido no século em que a humanidade enfrentou as piores ditaduras e o horror das duas grandes guerras, André Malraux (1901-1976) foi um intelectual de ação que arriscava a vida pela justiça e liberdade. Participou nos movimentos ideológicos anti-fascistas e anti-semitas, esteve ao lado dos republicanos na Guerra Civil Espanhola, colaborou com a Resistência contra o nazismo de Hitler.
Testemunho direto de momentos decisivos da História, estava também em Xangai em 1927, na altura da revolução chinesa. É aqui que está centrada a ação do romance publicado em 1933, que deu a Malraux o prestigiado Prémio Goncourt e consolidou a fama do escritor e político francês.
“A Condição Humana” é a sugestão de leitura do escritor Mário de Carvalho. Vamos saber porquê.


Temas: Literatura
Ensino: Ensino Secundário
Ficha Técnica
Título: Ler +. Ler Melhor - André Malraux
Tipo: Extrato de Magazine Cultural
Produção: Filbox produções
Ano: 2011

Yo amo los mundos sutiles
Ingrávidos y gentiles

Como pompas de jabón







Caminante No Hay Camino
Joan Manuel Serrat



Caminante No Hay Camino
Todo pasa y todo queda
Pero lo nuestro es pasar
Pasar haciendo caminos
Caminos sobre la mar

Nunca perseguí la gloria
Ni dejar en la memoria
De los hombres mi canción
Yo amo los mundos sutiles
Ingrávidos y gentiles
Como pompas de jabón

Me gusta verlos pintarse de sol y grana
Volar bajo el cielo azul
Temblar súbitamente y quebrarse
Nunca perseguí la gloria
Caminante son tus huellas el camino y nada más
Caminante, no hay camino se hace camino al andar

Al andar se hace camino
Y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca
Se ha de volver a pisar
Caminante no hay camino sino estelas en la mar

Hace algún tiempo en ese lugar
Donde hoy los bosques se visten de espinos
Se oyó la voz de un poeta gritar
Caminante no hay camino, se hace camino al andar

Golpe a golpe, verso a verso
Murió el poeta lejos del hogar
Le cubre el polvo de un país vecino
Al alejarse, le vieron llorar
Caminante, no hay camino, se hace camino al andar

Golpe a golpe, verso a verso
Cuando el jilguero no puede cantar
Cuando el poeta es un peregrino
Cuando de nada nos sirve rezar
Caminante no hay camino, se hace camino al andar

Golpe a golpe y verso a verso
Y golpe a golpe, vero a verso
Y golpe a golpe, verso a verso

Caminhante Não Há Caminho
Tudo passa e tudo fica
Mas o nosso é passar
Passar fazendo caminhos
Caminhos sobre o mar

Nunca persegui a glória
Nem deixar na memória
Dos homens minha música
Eu amo os mundos sutis
Sem peso e gentis
Como bolhas de sabão

Eu gosto de vê-los se pintar de sol e grama
Voar baixo do céu azul
Tremer subitamente e se quebrar
Nunca persegui a gloria
Caminhante são seu rastros, o caminho e nada mais
Caminhante, não há caminho, esse está feito de andar

Ao andar se faz caminho
E ao olhar para atrás
Se vê o caminho que nunca
Se deve pisar novamente
Caminhante não há caminho senão rastros no mar

Há algum tempo nesse lugar
Onde, hoje, as florestas se vestem de espinhos
Ouviu a voz de um poeta gritar
Caminhante, não há caminho, esse está feito de andar

Golpe a golpe, verso a verso
Morreu o poeta longe de sua casa
Coberto do pó de um país vizinho
Ao se afastar, viram ele chorar
Caminhante, não há caminho, esse está feito de andar

Golpe a golpe, verso a verso
Quando o violino não pode cantar
Quando o poeta é um peregrino
Quando não serve de nada orar
Caminhante, não há caminho, esse está feito de andar

Golpe a golpe, verso a verso
E golpe a golpe, verso a verso
E golpe a golpe, verso a verso
Composição: Sabe quem é o compositor? Envie pra gente.
Enviada por mariana, Traduzida por Valeria



Referências

https://fotos.web.sapo.io/i/Gf0085611/19044013_7bK61.jpeg
https://fotos.web.sapo.io/i/o7c04eded/19044013_BPvg8.jpeg
http://www.jornaldepoesia.jor.br/1dteles3c.html
http://rascunho.com.br/wp-content/uploads/2012/05/Pedro_Nava_RM_1_1451.jpg
http://www.tribunadainternet.com.br/e-pedro-nava-se-fez-crianca-para-poder-brincar-com-o-menino-jesus/
https://youtu.be/nr4vb-otLgk
https://www.youtube.com/watch?v=nr4vb-otLgk&feature=youtu.be
http://ensina.rtp.pt/site-uploads/2017/01/andre-malraux.jpg
http://ensina.rtp.pt/artigo/andre-malraux-e-a-condicao-humana/
https://youtu.be/vIEUWDYVpHg
https://www.letras.mus.br/joan-manuel-serrat/538442/traducao.html

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