domingo, 16 de dezembro de 2018

O Homem é um Animal Irracional?


"O Mundo como Vontade e Representação"

“Quando descobrimos que absolutamente nada é definitivo, inclusive a vida, compreendemos a inutilidade do orgulho, a tolice das disputas, a estupidez da ganância e a incoerência das tolas mágoas. Alexsandra Zulpo”



A existência não é definitiva, a vida sim?


Vida significa existência. Do latim “vita”, que se refere à vida. É o estado de atividade incessante comum aos seres organizados. É o período que decorre entre o nascimento e a morte. Por extensão vida é o tempo de existência ou funcionamento de alguma coisa.



5 grandes perguntas para as quais a ciência ainda não tem uma resposta
Por Bruno Calzavara, em 7.10.2013


https://hypescience.com/5-grandes-perguntas-para-as-quais-a-ciencia-ainda-nao-tem-uma-resposta/


Questão 11 - Leituras obrigatórias Fuvest/Unicamp 2016

1 (Unicamp) Leia o seguinte excerto de Memórias Póstumas de Brás Cubas:

Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.

Na passagem citada, a substituição da máxima pascalina de que o homem é um caniço pensante pelo enunciado " o homem é uma errata pensante" significa: 

 (A) a realização da contabilidade dos erros acumulados na vida porque, em última instância, não há “edição definitiva”.
(B) tomada de consciência do caráter provisório da existência humana, levando à celebração de cada instante vivido.
(C) a tomada de consciência do caráter provisório da existência humana e a percepção de que esta é passível de correção.
(D) a ausência de sentido em “ cada estação da vida “, já que a morte espera o homem em sua “ edição definitiva”.
 - Veja mais em https://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/questao-11---leituras-obrigatorias-fuvestunicamp-2016.htm?cmpid=copiaecola

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Pesquisa escolar
Filosofia
Schopenhauer - O mundo como vontade e representação
Antonio Carlos Olivieri, Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Talvez nenhum outro filósofo tenha exercido maior influência no mundo das artes do que o alemão Arthur Schopenhauer. O compositor Richard Wagner, por exemplo, disse ter criado uma de suas maiores óperas, "Tristão e Isolda", como reação à leitura de Schopenhauer.

Na literatura, o número de romancistas e contistas que compartilharam das ideias de Schopenhauer é imenso: os russos Tolstoi, Tcheckov e Turguêniev, os franceses 
Zola, Maupassant e Proust, os ingleses Hardy, Conrad e Maugham, sem falar no argentino Jorge Luís Borges e no brasileiro Machado de Assis.

Também se encontram no mesmo caso poetas como escritor de língua alemã Rilke e o inglês T. S. Eliot, além de dramaturgos como o inglês Bernard Shaw, o irlandês Samuel Beckett e o italiano Luigi Pirandello.

Mas a influência de Schopenhauer não para por aí: Friedrich Nietzsche disse ter se tornado filósofo devido à leitura de Schopenhauer, que também foi o ponto de partida da filosofia de Wittgenstein. Sigmund Freud, o pai da psicanálise, reconheceu que a análise da repressão - um dos pilares da teoria psicanalítica - foi feita pioneiramente por Schopenhauer, que é com frequência citado por Carl Gustav Jung.

 
Esquecendo o esquecimento
No entanto, na segunda metade do século 20, Schopenhauer foi deixado de lado e se tornou tão ignorado como foi na maior parte de sua própria vida. Vivo, só obteve reconhecimento depois dos 60 anos. De certo, isso o magoava, mas não o impediu de pensar de modo original e contrário ao pensamento oficial de seu tempo, que desprezou e atacou em suas obras.

Esqueçam-se, porém, esses aspectos todos, que são circunstanciais. O que importa é a filosofia schopenhaueriana. Esta se encontra exposta numa obra-prima que ele escreveu ainda na casa dos 20 anos: "O Mundo como Vontade e Representação", de 1818, e da qual lançou uma edição revista e ampliada (a definitiva) em 1844.

O ponto de partida schopenhaueriano foi a obra de Immanuel Kant, que, segundo Schopenhauer, constituiu um divisor de águas na filosofia que lhe antecedeu, a partir de Descartes. Kant concebe o mundo de uma maneira dualista, apontando dois aspectos da realidade:

1) aquele suscetível de ser experimentado pelo homem (sujeito), o mundo dos fenômenos, que são, por assim dizer, as coisas tais quais as percebemos (ou seja, uma relação entre sujeito que percebe e objeto percebido);

2) aquele não suscetível de ser experimentado, a coisa-em-si, incognoscível.



O Homem é um Animal Irracional
1. O homem é um animal irracional, exactamente como os outros. A única diferença é que os outros são animais irracionais simples, o homem é um animal irracional complexo. É esta a conclusão que nos leva a psicologia científica, no seu estado actual de desenvolvimento. O subconsciente, inconsciente, é que dirige e impera, no homem como no animal. A consciência, a razão, o raciocínio são meros espelhos. O homem tem apenas um espelho mais polido que os animais que lhe são inferiores.

2. Sendo assim, toda a vida social procede de irracionalismos vários, sendo absolutamente impossível (excepto no cérebro dos loucos e dos idiotas) a ideia de uma sociedade racionalmente organizada, ou justiceiramente organizada, ou, até, bem organizada.

3. A única coisa superior que o homem pode conseguir é um disfarce do instinto, ou seja o domínio do instinto por meio de instinto reputado superior. Esse instinto é o instinto estético. Toda a verdadeira política e toda a verdadeira vida social superior é uma simples questão de senso estético, ou de bom gosto.

4. A humanidade, ou qualquer nação, divide-se em três classes sociais verdadeiras: os criadores de arte; os apreciadores de arte; e a plebe. As épocas maiores da humanidade são aquelas em que sobressaem os criadores de arte, mas não se sabe como se realizam essas épocas, porque ninguém sabe como se produzem homens de génio.

5. Toda a vida e história da humanidade é uma coisa, no fundo, inteiramente fútil, não se percebe para que há, e só se percebe que tem que haver.

6. A plebe só pode compreender a civilização material. Julgar que ter automóvel é ser feliz é o sinal distintivo do plebeu.

O homem não sabe mais que os outros animais; sabe menos. Eles sabem o que precisam saber. Nós não.

Fernando Pessoa, in 'Reflexões Sobre o Homem - Textos de 1926-1928'



Capa > v. 14, n. 20 (2010) > Rosa
JEREMY BENTHAM E A CONSTITUIÇÃO DO CONCEITO DE DIREITO NO PENSAMENTO JURÍDICO MODERNO
Christian Fernandes Gomes da Rosa

Resumo

O artigo tem por escopo analisar o papel de Jeremy Bentham no desenvolvimento do conceito moderno de Direito no Ocidente. Para essa tarefa, sua obra Uma introdução aos princípios da moral e da legislação será utilizada como referência de sua contribuição na mudança conceitual que se operou na teoria e filosofia do Direito no final do século 18. Assim, o Utilitarismo, como apresentado por Bentham, e sua relação com o processo de instituição e aplicação da (boa) legislação, veio a influenciar como o Direito é considerado e pensado na Sociedade Moderna.

Texto completo:
PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.22171/rej.v14i20.257

https://ojs.franca.unesp.br/index.php/estudosjuridicosunesp/article/view/257

Tudo tem seu apogeu e seu declínio... É natural que seja assim, todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos o nada, eis que a vida ressurge, triunfante e bela!... Novas folhas, novas flores, na infinita benção do recomeço!
Chico Xavier

Referências

https://www.pensador.com/frase/MTQ0MDI5MA/
https://www.significados.com.br/vida/
https://hypescience.com/wp-content/uploads/2013/10/19-838x558.jpg
https://hypescience.com/5-grandes-perguntas-para-as-quais-a-ciencia-ainda-nao-tem-uma-resposta/
https://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/questao-11---leituras-obrigatorias-fuvestunicamp-2016.htm
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/schopenhauer-o-mundo-como-vontade-e-representacao.htm
http://www.citador.pt/textos/o-homem-e-um-animal-irracional-fernando-pessoa
https://ojs.franca.unesp.br/index.php/estudosjuridicosunesp/article/view/257

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