Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos.
As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
É incontestável que, submetendo ao crivo da razão e
da lógica todos os dados e todas as comunicações dos Espíritos, fácil se torna
rejeitar a absurdidade e o erro. – Erasto, discípulo de São Paulo. (Paris,
1862.)
Agitação e pensamentos de paz
Tranquilize-se, a agitação vai embora quando chegam
os pensamentos de paz.
73
Aprendamos quanto antes
Como pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim
também andai nele. – Paulo (Colossenses, 2:6.)
Entre os que se referem a Jesus Cristo podemos
identificar duas correntes diversas entre si: a dos que o conhecem por
informações e a dos que lhe receberam os benefícios. Chico Xavier Pelo Espírito
Emmanuel Pão Nosso
Jeremias
e os falsos profetas
11. Eis o que diz o senhor dos exércitos: “Não
escuteis as palavras dos profetas que vos profetizam e que vos enganam. Eles
publicam as visões de seus corações e não o que aprenderam da boca do Senhor.
(Jeremias, cap. XXIII, vv. 16 a 18, 21, 25, 26 e 33.)
Após as palavras do profeta Jeremias, escutai os
sábios conselhos do apóstolo S. João, quando diz: “Não acrediteis em todo
Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus”, porque entre os
invisíveis, também há os que se comprazem em iludir, se se lhes depara ocasião.
Aprendei, pois, antes de tudo, a distinguir os bons
e os maus Espíritos, para, por vossa vez, não vos tornastes falsos profetas. –
Luoz, Espírito protetor. (Carlsruhe, 1861.) CAPÍTULO XXI – HAVERÁ FALSOS
CRISTOS E FALSOS PROFETAS O EVANGELHO Segundo o Espiritismo ALLAN KARDEC
"desbocamento", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em
linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/desbocamento [consultado
em 31-12-2018].
Antônimo
de desbocamento
16 antônimos de desbocamento para 4
sentidos da palavra. O contrário de desbocamento é:
Não foi ninguém da oposição. Foi o vereador Carlos
Bolsonaro, chamado pelo pai-presidente de "meu pitbull", quem
difundiu nas redes sociais vídeo com uma coletânea de baixarias pronunciadas
por Jair Bolsonaro. Em meio a palavrões, o novo presidente da República ensina
na peça que "assaltante precisa é de pancada", revela o seu
desejo de que "matassem 200 mil vagabundos" e exibe para a câmera uma
camiseta onde se lê: "Direitos humanos: esterco da bandidagem."
Carlos Bolsonaro, o 'Zero Dois' da linhagem do
capitão, trombeteou o vídeo no contexto do anúncio feito pelo pai, também nas
redes sociais, de que garantirá por decreto "a posse de arma de fogo para
cidadãos sem antecedentes criminais." Em tom de deboche, Carlos anotou
acima do vídeo: "A esquerdalha chora."
O fundo musical da peça é Tropa de Elite. "Se
matar alguém, foda-se", diz Jair Bolsonaro ao discorrer sobre a atividade
policial. Ao comentar o ambiente inóspito das cadeias, ele pontificou: "É
só você não estuprar, não sequestrar, não praticar latrocínio que você não vai
pra lá, porra!"
Numa cena na Comissão de Direitos Humanos da Câmara,
Bolsonaro ralhou: "Os senhores não estão preocupados com segurança
pública, agindo como mocinhas, como maricas." Noutro trecho, defendeu que
policiais devem passar bandidops nas armas. "Ah, atirou com a intenção de
matar. É lógico que atirou com intenção de matar, porra. Ele tá com o fuzil na
mão! É pra fazer carinho?"
Noutro trecho, Bolsonaro aparece rebatendo a pecha
de que cultivaria um preconceito racial. "Racista é o caralho,
porra!" Mais adiante, aparece desqualificando defensores do ensino sobre
sexo nas escolas. "Isso é covardia com as crianças. Quer queimar a rosca
vai queimar, porra. (…) Vai se foder, porra." Em discussão com outro
interlocutor, Bolsonaro aconselhou-o a "queimar sua rosquinha onde bem
entender."
Dentro de poucas horas, o autor dos comentários
vestirá a faixa de presidente da República.
O antimarxismo atual não conhece Marx, é pura
ideologia, opera por sobre a espuma levantada pelas disputas em torno das
ideias marxistas
Marco Aurélio Nogueira
28 Dezembro 2018 | 19h37
Por Estadão
Não seria necessário que diversos integrantes do
futuro governo Bolsonaro insistissem na ideia de “libertar o Estado brasileiro
do marxismo cultural” para que se percebesse que um espectro voltou a circular
no Brasil em 2018.
Esse espectro atende pelo nome de Karl Marx,
filósofo e ativista político alemão (1818-1883), um dos fundadores do comunismo
moderno e patrono da mais influente teoria política contemporânea.
O mundo comemorou, ao longo de 2018, os 200 anos de
nascimento de Marx. Registros feitos por inúmeros seminários, congressos
científicos, livros, artigos, filmes e entrevistas dedicaram-se a homenagear o
pensador alemão e a verificar em que medida suas teses continuam a dialogar com
a realidade do mundo atual. O balanço foi positivo, mostrando que Marx, em que
pese o incontornável desgaste sofrido com a passagem da história, permanece
vivo como intérprete do nosso tempo e, em particular, das transformações do
capitalismo.
O Brasil não ficou fora das comemorações, mas
terminou o ano com o reposicionamento político dos inimigos de Marx,
concentrados agora no combate ao “marxismo cultural”, entendido como a
disposição de ocupar totalitariamente os espaços públicos via controle da
cultura e de suas instituições, da escola à imprensa e às artes, tudo
devidamente concentrado em cercear a liberdade de pensar e falar, modelar
mentes e impor agendas inadequadas à sociedade (gênero, aborto e clima, por
exemplo). Na versão simplória corrente, essa preponderância do “marxismo
cultural” estaria a impedir a “regeneração nacional” e a contaminar os
diferentes âmbitos da vida familiar e do Estado, indo da escola à política
externa.
O antimarxismo dos nossos dias não conhece Marx, não
leu seus livros nem as análises de seus intérpretes. É pura ideologia, que
opera por sobre a espuma levantada pela circulação das ideias marxistas e pelas
disputas ideológicas em torno delas. O que lhe falta de rigor filosófico e
conhecimento histórico é compensado por uma combatividade histriônica que pouco
se importa com o que Marx realmente disse ou com o significado de suas
proposições. Despreza tudo o que o marxismo trouxe de contribuição crítica –
por exemplo, sua teoria sobre o funcionamento do capitalismo – para vê-lo
exclusivamente pela lente do militante revolucionário, devidamente desfocada. É
um antimarxismo inquisitorial, que pressupõe que as ideias de Marx seriam
tóxicas a ponto de impregnar aqueles que delas se aproximam, como um vírus.
Os antimarxistas teriam muito a aprender, por
exemplo, com o livro do cientista político alemão Michael Heinrich, “Karl Marx
e o Nascimento da Sociedade Moderna”, uma alentada pesquisa em 3 volumes que
começou a ser publicada no Brasil pela Editora Boitempo. A obra não é um
panegírico e trata Marx de maneira fria e realista, situando-o na sua época e
vendo-o sem qualquer mitificação. O pressuposto é simples: cada geração
desenvolverá uma nova perspectiva em relação à vida, à obra e ao significado de
Marx, conforme as transformações das condições históricas.
O nosso tempo trouxe consigo um Marx já bastante
processado criticamente, saturado, manipulado de muitas maneiras. Já foi
responsabilizado pelos crimes do stalinismo, por ditaduras, assim como já foi
santificado e posto num pedestal como profeta da emancipação definitiva da
humanidade. O Marx com que lidamos hoje é bem diferente daquele das décadas
finais do século XX. As novas gerações o veem como um “clássico”, não como o
mestre infalível da revolução, até porque a própria ideia de revolução se
alterou bastante. A reprodução das condições gerais do capitalismo, porém, dão
a ele uma atualidade que muitos outros clássicos não têm.
O primeiro volume do livro de Heinrich – assim como
outras biografias mais recentes – nos ajuda a inserir Marx na história e a
vê-lo em sua pujança filosófica, em seu desejo de liberdade, em sua adesão
progressiva ao humanismo materialista, em sua relação com a dialética de Hegel.
É um Marx que assiste ao amadurecimento do mundo moderno e começa a
interpretá-lo.
Mais tarde, já depois de ter escrito com Engels o
famoso Manifesto Comunista, Marx sai da Alemanha, passa por Paris e
Bruxelas até se instalar em Londres. É o Marx mais conhecido, autor de O
Capital. Crítica da economia política e de ensaios políticos, ativista do
nascente movimento socialista. O Marx que passará para o século XX será
sobretudo esse, devidamente incorporado primeiro pela cultura da socialdemocracia
alemã e, depois, do comunismo soviético, do qual se espalhará pelo mundo.
Diferentemente do que pensam os antimarxistas
atuais, o marxismo continua a nos ajudar a compreender o mundo do capitalismo
globalizado, mesmo que esse capitalismo seja mais potente e diversificado,
disposto na vida como um sistema global irresistível, muito distante do
capitalismo do século XIX, que Marx visualizava como fadado a ingressar numa
crise terminal.
Mas não é preciso admitir o fim do capitalismo para
concluir que esse sistema todo-poderoso não conseguiu até agora apaziguar suas
contradições ou evitar crises recorrentes de natureza sistêmica. Desse ponto de
vista, Marx errou e acertou. Suas descobertas não só foram incorporadas ao modo
moderno de pensar a vida, como são fundamentais para que consigamos decifrar o
estado em que se encontra a Humanidade ao final da segunda década do século
XXI.
Estar em crise não significa estar à beira da morte.
O capital tem conseguido avançar mediante o processamento de seus limites e contradições,
usando isso para alavancar novos ciclos de expansão. Tem sido beneficiado,
paradoxalmente, por três coisas: pela desorganização da sociedade de classes,
pela democratização derivada das lutas sociais e da ampliação progressiva das
margens de liberdade, o que paradoxalmente esfriou o desejo de revolução, e
pela incapacidade prática da utopia marxista (a organização consciente da
produção social) de se traduzir efetivamente no terreno da vida cotidiana. Há
planejamento, racionalização e regulação, mas a economia continua fora de
controle, fazendo com que o sistema econômico despeje seus custos sobre as
costas dos mais frágeis e desprotegidos, os desempregados, os trabalhadores
precários, os migrantes e refugiados, os excluídos de todo tipo.
As ideias de Marx, nesse sentido, mantiveram-se como
uma advertência para o sistema. Revelaram suas entranhas, sua face perversa e
desumana. Permaneceram como uma espécie de “demônio antissistema” a desafiar o
coro dos contentes.
O marxismo profetizou uma revolução do proletariado,
que não teve como se realizar. Onde ela foi tentada os resultados deixaram a
desejar. Depois da queda do Muro e do fim dos “socialismos reais”, a partir de
1990, ficou a impressão de que o marxismo desfalecera irremediavelmente. Tornou-se
usual falar que “Marx estava morto”. No primeiro momento, Marx foi deslocado
para a margem. Lá, porém, permaneceu a latejar. Continuou a ser consagrado e
tratado de modo “religioso” por um séquito de milhares de cabeças, mas no
terreno do pensamento tornou-se muito mais profano e laico, passando a receber
tratamento mais distante e bem comportado, não como profeta de uma revolução
política que não ocorreria, não como inspirador de movimentos e partidos, mas
como impulsionador de uma visão abrangente do mundo. Marx perdeu algo de sua
potência contestadora mas se manteve como passagem obrigatória para qualquer
atitude interessada em se debruçar criticamente sobre a sociedade.
A permanência de Marx deixou de ser alimentada por
certos recursos de reprodução simbólica e de narrativa revolucionária. Os
partidos operários de primeira e segunda gerações – o movimento operário
histórico – foram soçobrando e assumindo outras características, nas quais Marx
e Engels não podiam seguir como “patronos”. Os Estados comunistas
desapareceram. A linhagem construída pela tradição tradicional foi posta em
xeque, e Marx deixou de ser o primeiro de uma sequência que passaria
“obrigatoriamente” por Engels, Lênin, Trotsky, Stalin, Mao e Fidel, além,
evidentemente, dos secretários-gerais dos partidos comunistas. O
“marxismo-leninismo” simplesmente evaporou. Heterodoxos de todo tipo ganharam a
luz do dia e se projetaram. Foi assim com Lukács, Rosa Luxemburg, Kautsky,
Korsch e, sobretudo, Gramsci – todos eles comunistas e marxistas, mas
invariavelmente atacados pela ortodoxia como “revisionistas”.
A dissolução dessa cultura reverencial fez bem ao
marxismo. Tornou-o mais livre para ser examinado criticamente, atualizado e
revisto com critérios científicos. O marxismo perdeu a aura sagrada que tinha
antes, mas suas ideias-força incorporaram-se ao pensamento prevalecente. Não só
passamos a aceitar o poder de determinação da economia, por exemplo, como nos
tornamos mais “totalizadores” e dialéticos, enxergando a sociedade como um complexo
composto de complexos, no qual tudo interage com tudo o tempo todo. A concepção
ético-política do marxismo não teve a mesma disseminação, mas no conjunto o
pensamento de Marx mostrou-se vitorioso.
Nada disso pode ser eliminado como se fosse um
dejeto do passado. O marxismo, sua história e seu significado precisam ser, ao
contrário, devidamente assimilados, parte da cultura moderna que são. A
inquisição antimarxista atual, porém, não dispõe de envergadura teórica,
sabedoria e inteligência democrática para se por criticamente diante de Marx e
de seu legado. Opta, por isso, pela estigmatização pura e simples, com o que
chega a uma caricatura do marxismo que só faz rebaixar o nível de um debate que
precisa ser mantido e proliferar.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
O
marxismo de Armênio Guedes –
Luiz
Sérgio Henriques
*** Apresentação de Luiz Sergio Henriques
Com este livro, organizado por Raimundo Santos,
começa a se delinear em sua inteireza o perfil do veterano dirigente comunista
Armênio Guedes, uma das referências político-intelectuais decisivas de décadas
da história do velho PCB, o Partidão, muito especialmente a partir dos
duros anos de clandestinidade, ainda no Estado Novo, e em seguida do segundo
pós-guerra.
De fato, a trajetória de Armênio está ligada a
aspectos cruciais da trajetória daquele partido, como, por exemplo, aqueles que
marcaram a grande crise do movimento no “inesquecível 1956”. Como se sabe,
naquele já distante ano teve início o tímido, mas irreversível, processo de
desestalinização na “pátria do socialismo”, com a denúncia dos crimes cometidos
por Stalin durante a coletivização forçada e em outros momentos da construção
do socialismo “num só país”. E, simultaneamente, no Brasil, a conjuntura
política parecia se mover em sentido progressista, com o acelerado
desenvolvimento econômico nos quadros da Constituição liberal de 1946.
Dinamizada por este duplo impulso, a política dos
comunistas – mesmo na ilegalidade ou, no máximo, discretamente tolerados a
partir do final da década de 1950 – buscava novo fôlego e novos horizontes: aí
então encontramos, já definida, a figura de Armênio, um dos redatores da
célebre “Declaração de Março de 1958” e um dos intelectuais que trabalharam com
este singular Astrojildo Pereira em inúmeras iniciativas, como, entre outras, a
revista Estudos sociais, expressão de um sopro de renovação da cultura da
nossa esquerda.
Derrotada em 1964 a hipótese de reforma do
capitalismo, segundo um padrão que deslocasse para o próprio país as decisões
fundamentais (a questão nacional) e implicasse a incorporação da massa rural ao
sistema econômico e social (a questão democrática, entendida
“substantivamente”), eis que deparamos novamente com Armênio, explorando em
profundidade, ao lado de outros grandes dirigentes, como Luiz Inácio Maranhão e
Marco Antônio Coelho, as razões da dura derrota e os meios mais produtivos de
chegar novamente à democracia.
Estas foram questões candentes no seu tempo:
questões que levaram a maior parte do PCB, importantes dissidências à parte, a
valorizar a política de frente democrática, bem como a apontar o rumo da
resistência propriamente política ao regime ditatorial, tendo como referência a
luta pela anistia, pela legalidade de todas as forças partidárias e,
finalmente, pela convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
Aquele tempo projeta sonhos, conquistas e,
naturalmente, promessas ainda não cumpridas sobre o Brasil dos nossos dias.
Restaurado o regime de liberdades, o velho Armênio mais uma vez inova
radicalmente: nele, a expressão “comunismo democrático” perde o caráter de
oximoro de difícil entendimento. Com Armênio, penetramos numa ordem nova de
possibilidades de mudança social, enraizada no respeito à legalidade
constitucional e no método do reformismo, palavra antes maldita no repertório
clássico da esquerda de matriz bolchevique.
Na sua introdução ao volume, Raimundo Santos
mergulha no passado da experiência comunista e, ao singularizar a personalidade
de Armênio, mostra-nos que, em meio a um século dramático, como foi o século
XX, inclusive no Brasil, é possível buscar um fio condutor para as lutas
sociais nas condições muitas vezes inéditas em que vivemos.
A aposta do organizador deste livro – a nossa aposta
– é que a figura de Armênio e tudo o que ela representa estão destinadas a se
tornarem bem maiores com o aprofundamento da vida num regime de liberdades. Uma
aposta a ser feita, coletivamente, por uma esquerda democrática e reformista
ainda em construção, que trate, com atenção, o legado de Armênio.
***Luiz Sérgio Henriques É ensaísta e editor
de Gramsci e o Brasil
200
anos de Karl Marx - A Relevância do Legado Marxiano para a Contemporaneidade
TVPUC
Publicado em 4 de mai de 2018
O Materialismo Histórico e Dialético no Pensamento
de Marx Antonio Carlos Mazzeo (Serviço Social) Marx e a Previsão da Revolução
Jason Borba (FEA) Marx e a Perspectiva da Emancipação Humana Bia Abramides
(Serviço Social) A Ontologia do Ser Social Presente 'O Capital de Karl Marx'
Maria Angélica Borges (FEA) Promoção: Faculdade de Ciências Sociais APROPUC
Gravado em: 02/05/2018 - Auditório: 239
“O
Brasil não é um país para principiantes.” Antônio Carlos de Almeida Jobim ou,
tão-simplesmente, Tom Jobim (Rio de Janeiro, 25/Jan./1927 — Nova Iorque,
8/Dez./1994)
"(...)
mas eu posso tentar através de...
Tá
bom! Eu vou falar.”
SEM PARENTESCO
Justiça
nega pedido de Lula para ir ao enterro de Sigmaringa Seixas
25 de dezembro de 2018, 17h10
Por Gabriela Coelho
O juiz plantonista Vicente de Paula Ataíde, da
Justiça Federal do Paraná, negou nesta terça-feira (25/12) pedido
do ex-presidente Lula para comparecer ao funeral do advogado e
ex-deputado federal Sigmaringa Seixas, que morreu nesta terça.
O corpo será velado nesta quarta-feira (26/12), a
partir das 8h, no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília. O enterro está
previsto para as 16h30.
Na decisão, o magistrado citou o artigo 120 da Lei
de Execução Penal, segundo o qual condenados que cumprem pena em regime fechado,
como Lula, podem receber permissão para sair da prisão em caso de
"falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente,
descendente ou irmão".
"Sendo assim, a despeito da alegada proximidade
existente, não está caracterizado o grau de parentesco entre Lula e o falecido,
necessário para ensejar a autorização da saída pedida", disse o
magistrado.
5014411-33.2018.4.04.7000
Gabriela Coelho é repórter da
revista Consultor Jurídico
Revista Consultor Jurídico, 25 de dezembro de
2018, 17h10
Amigo
de Sigmaringa Seixas, Lula pede para ir a enterro mas Justiça nega
Por Extra
Publicado em 25/12/18 17:52
O ex-presidente Luiz Inacio Lula da
Silva Foto: Jorge William/19.11.2017
Dimitrius Dantas e Sérgio Roxo
O ex-presidente Lula pediu à Justiça Federal do
Paraná uma autorização para ir ao velório e sepultamento de seu amigo, o
advogado Sigmaringa Seixas , morto nesta terça-feira . O juiz plantonista, no
entanto, negou o pedido. A cerimônia ocorrerá durante a manhã e tarde desta
quarta-feira no Cemitério Campo Santo , em Brasília.3
Em seu pedido, Lula explica o pedido afirmando que é
amigo pessoal de Sigmaringa Seixas há mais de 30 anos. No entanto, em sua
decisão, o juiz Vicente de Paula Ataíde Junior afirmou que só seria possível
permitir que o petista deixasse sua cela na Superintendência da Polícia Federal
de Curitiba em caso de morte de parentes.
Ataíde Junior citou o art. 120 do Código de Execução
Penal que cita que uma das possibilidades em que condenados em regime fechado
possam obter permissão para sair da prisão seria o "falecimento ou doença
grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão".
"Sendo assim, a despeito da alegada proximidade
existente, não está caracterizado o grau de parentesco entre [Lula] e o
falecido necessário para ensejar a autorização de saída pleiteada. Indefiro o
pedido", afirmou o juiz.
O pedido foi feito no início da tarde desta
terça-feira, às 14h03. Uma hora depois, o juiz plantonista protocolou sua
decisão.
Amizade de 30 anos
O ex-deputado se transformou, desde sua entrada no
PT, no final da década de 1990. num dos principais conselheiros em questões
judiciais de Lula. Os dois também se tornaram amigos. Antes da prisão do
ex-presidente, era presença constante no instituto do petista, no bairro do
Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo.
Sigmaringa tinha bom trânsito no Judiciário e no
Ministério Público e costumava atuar em articulações a favor de Lula nessas
instituições. Em uma conversa telefônica gravada com autorização da Justiça no
âmbito de uma investigação da Lava-Jato divulgada em março de 2016, Lula pede
que o advogado transmitisse ao então procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, o seu desejo de colocar o acervo da Presidência em seu poder à
disposição do Ministério Público Federal (MPF).
Quando o juiz Sergio Moro decretou a prisão de Lula
em abril, Sigmaringa foi um dos três negociadores junto à Polícia Federal das
tratativas para que o ex-presidente se entregasse. Nos primeiros dias de
prisão, visitou quase diariamente o petista na Superintendência da Polícia
Federal do Paraná. Meses depois, porém, com o agravamento de seu quadro de
saúde, foi obrigado a deixar de ir a Curitiba.
Ex-deputado
federal Sigmaringa Seixas morre aos 74 anos
Por Jovem Pan
25/12/2018 16h37
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Constituinte,
Sigmaringa foi deputado por dois mandatos
O ex-deputado federal Luiz Carlos Sigmaringa Seixas morreu
aos 74 anos, nesta terça-feira (25), em São Paulo. Filiado ao PT, ele combatia
uma leucemia e já havia passado por um transplante de medula óssea no Hospital
Sírio Libanês.
Advogado, Sigmaringa Seixas era identificado
com a defesa dos direitos humanos. Na política, atuou no PMDB, no PSDB e
Partido dos Trabalhadores. Ele chegou a defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do
tríplex do Guarujá (SP).
Sigmaringa foi consultor da Anistia Internacional,
membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz e vice-presidente do Comitê de
Anistia na capital federal. Formado pela Universidade Federal Fluminense, atuou
com presos políticos durante a ditadura militar (1964-1985).
Deputado entre 1987 e 1991 e 2003 e 2007, ele foi
constituinte. Nascido em 7 de novembro de 1994 em Niterói (RJ), o
ex-parlamentar deixa a esposa Marina Luce de Carvalho e dois filhos. Ainda não
há informações sobre velório e sepultamento.
Repercussão
Em rede social, o presidente Michel Temer (MDB) lamentou
“imensamente a morte do grande advogado e homem público” e destacou que
Sigmaringa Seixas foi um “lutador pela democracia” brasileira. “Meus
sentimentos de pesar à família e amigos.”
por taboola
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ser concluído nesta 5ª-feira
Michelle Bolsonaro usa camiseta com frase dita por
juíza a Lula
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), Claudio Lamachia, emitiu nota de pesar e classificou a
atuação do ex-deputado como “memorável tanto na defesa dos Direitos
Humanos como também na dedicação a advocacia”.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente
nacional do Partido dos Trabalhadores, afirmou que o “grande e querido
companheiro” era um “lutador incansável pela justiça e pela democracia em nosso
país”.
Já o ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Gilmar Mendes afirmou
que Sigmaringa era “um mestre na arte da conciliação e da tolerância, um
agregador por natureza e vocação”. “Fará muita falta ao Brasil e a nós, seus
amigos”, escreveu.
art.
120 do Código de Execução Penal
LEP - Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984
Institui a Lei de Execução Penal .
SUBSEÇÃO I
Da Permissão de Saída
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em
regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão
para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes
fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge,
companheira, ascendente, descendente ou irmão;
II - necessidade de tratamento médico
(parágrafo único do artigo 14).
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida
pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso.
“(...) Ô Sigmaringa! Ahn! Eu quiria que cê perguntasse pu Janot, si fô pussível,
você ainda tem relação cum ele? Olha,
há muito tempo que eu não falo. Ele tem fechado o canal, mas eu posso tentar
através de... Cê sabe o que eu quiria? Como ele aceitou um pedido de
um cara de Manaus pra investigar as coisas qui eu ganhei. Ahn? Pergunta ele se o ministério
público tiver um lugar eu mando tudo pra lá pra eles tomarem conta Tá bom! Porque eu não tenho nenhum
interesse em ficar com isso. Tá bom!
Eu vou falar. (...)” Procurando o Procurador
LEFT
e RIGHT não são apenas ESQUERDA E DIREITA! - Inglês Minuto
Pela Luz Dos Olhos Teus (com Tom Jobim)
Miúcha
Pela
Luz dos Olhos Teus
Tom Jobim e Miucha
(Ela canta)
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor juro por Deus
Me sinto incendiar
(Ele canta)
Meu amor juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais la ra ra ra...
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar
( La ra ri ra ra ra...)
( La ra ri ra ra ra...)
(Os dois cantam)
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor juro por Deus
Me sinto incendiar
Meu amor juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais la ra ra ra...
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor e só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar
Precisa se casar, precisa se casar (repete até o
fim)
“(...) NOTA DA EDIÇÃO ELETRÔNICA Para aprimorar a
experiência da leitura digital, optamos por extrair desta versão eletrônica as
páginas em branco que intercalavam os capítulos, índices etc. na versão
impressa do livro. Por este motivo, é possível que o leitor perceba saltos na
numeração das páginas. O conteúdo original do livro se mantém integralmente
reproduzido. (...)”
“(...) o proletariado sai de cena (por quanto
tempo?). Tudo isso já é século XX – mas é século XX na perspectiva do século
XIX, que ainda não conhece o horror do período fascista e pós-fascista.
Esse horror exige uma correção das sentenças
introdutórias de O 18 de brumário: os “fatos e personagens da história mundial”
que ocorrem, “por assim dizer, duas vezes”, na segunda vez, não ocorrem mais
como “farsa”.
Ou melhor: a farsa é mais terrível do que a tragédia
à qual ela segue. (...)”
“(...) Até mesmo na sociedade da superabundância
eles estão aí: os jovens, que ainda não desaprenderam a ver, a ouvir e a
pensar, que ainda não abdicaram, e aqueles que ainda são as vítimas da
superabundância e que dolorosamente estão apenas começando a aprender a ver,
ouvir e pensar. É para eles que O 18 de brumário foi escrito, é para eles que
ele ainda não envelheceu. (...)”
PRÓLOGO Herbert Marcuse*
* Originalmente publicado como epílogo em Der
achtzehnte Brumaire des Louis Bonaparte (Frankfurt, Insel, 1965, p. 143-50).
Aqui publicado com a permissão de Peter Marcuse, executor literário de Herbert
Marcuse, cuja autorização é necessária para qualquer publicação posterior.
Materiais complementares de trabalhos inéditos de Herbert Marcuse, agora no
arquivo da Universidade Goethe, em Frankfurt, estão sendo publicados em inglês
pela editora Routledge, em uma série de seis volumes, organizada por Douglas
Kellner, e em alemão pela editora Klampen, também em uma série de seis volumes,
organizada por Peter-Erwin Jansen. Todos os direitos de publicação são de
propriedade do executor literário. (N. E.)
“(...) Meu amigo Joseph Weydemeyer1 , prematuramente
falecido, tivera a intenção de publicar, a partir de 1º de janeiro de 1852, um
semanário político em Nova York, para o qual ele me desafiou a produzir a
história do coup d’état [golpe de Estado]2 . Em consequência, eu lhe
escrevi semanalmente, até meados de fevereiro, artigos com o título O 18 de
brumário de Luís Bonaparte. (...)”
PREFÁCIO [À 2ª EDIÇÃO DE 1869]
1 Comandante militar do distrito de St. Louis
durante a Guerra de Secessão norte- -americana.
2 Mediante um
golpe de Estado contrarrevolucionário desferido no dia 2 de dezembro de 1851,
Luís Bonaparte prolongou o seu mandato presidencial por mais dez anos,
ampliando os seus poderes. No dia 2 de dezembro de 1852, proclamou-se imperador
do Segundo Império francês.
Londres, 23 de junho de 1869
“(...) O fato de uma nova edição de O 18 de brumário
ter se tornado necessária 33 anos após a sua primeira publicação mostra que até
hoje o livrinho nada perdeu da sua relevância. (...)”
PREFÁCIO À 3ª EDIÇÃO [DE 1885] Friedrich Engels
Fac-símile da capa da primeira impressão de O 18 de
brumário de Luís Bonaparte, no fascículo n. 1 da revista Die Revolution,
publicada ...
“(...)Os homens fazem a sua própria história;
contudo, não a fazem de livre e espontânea vontade, pois não são eles quem
escolhem as circunstâncias sob as quais ela é feita, mas estas lhes foram
transmitidas assim como se encontram. A tradição de todas as gerações passadas
é como um pesadelo que comprime o cérebro dos vivos. E justamente quando
parecem estar empenhados em transformar a si mesmos e as coisas, em criar algo
nunca antes visto, exatamente nessas épocas de crise revolucionária, eles
conjuram temerosamente a ajuda dos espíritos do passado, tomam emprestados os
seus nomes, as suas palavras de ordem, o seu
figurino, a fim de representar, com essa venerável
roupagem tradicional e essa linguagem tomada de empréstimo, as novas cenas da
história mundial. Assim, Lutero se disfarçou de apóstolo Paulo, a revolução de
1789-1814 se travestiu ora de República Romana ora de cesarismo romano e a
revolução de 1848 não descobriu nada melhor para fazer do que parodiar, de um
lado, o ano de 1789 e, de outro, a tradição revolucionária de 1793-95. Do mesmo
modo, uma pessoa que acabou de aprender uma língua nova costuma retraduzi-la o
tempo todo para a sua língua materna; ela, porém, só conseguirá apropriar-se do
espírito da nova língua e só será capaz de expressar-se livremente com a ajuda
dela quando passar a se mover em seu âmbito sem reminiscências do passado e
quando, em seu uso, esquecer a sua língua nativa. (...)”
O 18 DE BRUMÁRIO DE LUÍS BONAPARTE Karl Marx
De acordo com Basbaum (1976),
“(...) Para conseguir trabalho, por sugestão do
antigo colega e companheiro de infância (Elias Davidovich) fui procurar a
Editora Guanabara, onde me ofereci para fazer traduções, indústria
recém-começando no Brasil. Eu conhecia o dono. Recebeu-me muito bem e disse que
tinha precisamente um livro para traduzir: Os Irmãos Karamazov, de Dostoiewsky,
livro que eu conhecia e amava. Combinamos o preço, deu-me um pequeno
adiantamento e em seguida me entregou o original: uma tradução francesa. Antes,
porém, abriu-o pelo meio, arrancou cerca de 40 ou 50 páginas de um golpe e me
disse com um ar sério: o livro é muito grosso. (...)”