"Há
exatamente um ano, em despacho redigido em um dos processos que tem como réu o
ex-ministro José Dirceu, o juiz Sérgio Moro escreveu que o País passou a
vivenciar um quadro de corrupção sistêmica sob o comando do PT. Na ocasião,
muitos analistas políticos e observadores das entranhas do Judiciário trataram
o alerta do magistrado responsável pela Lava Jato como alarmista. Hoje, não há
quem discorde de Moro. Depois de dois anos de investigações em diversas operações
da Polícia Federal e de mais de 70 delações premiadas, fica evidente que as
gestões petistas transformaram o governo federal em uma verdadeira e organizada
estrutura de corrupção. Praticamente todos os ministros de Dilma Rousseff estão
envolvidos em desvios de dinheiro público. Desde aqueles que ocuparam gabinetes
no Palácio do Planalto até os mais distantes. “A corrupção que o PT promoveu
foi uma corrupção institucional, não foi dispersa nem com indivíduos
participando isoladamente”, afirma o professor Álvaro Guedes, especialista em
administração pública da Unesp. “Pessoas foram escolhidas a dedo para estar em
posições estratégicas e promover o desvio de dinheiro”, conclui o professor."
ISTOÉ na história
Por
que, em uma sina surpreendente, todos os que se envolveram com o ex-presidente
enfrentaram grandes reveses em suas vidas, e alguns até destinos trágicos
28.05.08
- 10h00
Fernando Collor de Mello, ex-presidente
José Roberto Castro
22
Fev 2016
(atualizado
22/Fev 20h02)
Marqueteiro
do PT é suspeito de receber dinheiro de propina no exterior como pagamento por
campanhas. Ele ainda não foi preso porque está na República Dominicana
MARQUETEIRO JOÃO SANTANA, ENTRE DILMA E LULA
Saiba
quem é e como age o marqueteiro do PT que venceu as últimas três eleições
presidenciais no Brasil e está preso pela operação Lava Jato
26/02/2016
20:00
//
Por: Márcio Kroehn e André Jankavski
Desde criança: por conta do zelo com as finanças do
grêmio estudantil de sua antiga escola, Santana recebeu o apelido do famoso
personagem da Disney
Lava
Jato e outras investigações da Polícia Federal e do Ministério Público mostram
como a presidente afastada institucionalizou a corrupção no governo federal e
envolvem mais de vinte ex-ministros com desvios de dinheiro público, achaque a
empresas e ameaças a testemunhas
Ary Filgueira
29.07.16
- 20h02
A história se repete, 23 anos
depois
Qualquer
semelhança entre os casos Collor e Dilma não é mera coincidência
DESCEU A RAMPA
Ao lado da mulher Rosane, Collor
deixava o Planalto em 29 de dezembro de 1992.
04.12.15
- 20h00
DILMA SAI PELO TERREO E NAO DESCE A
RAMPA E VAI AO ENCONTRO DOS MANIFESTANTES ! FIM DO PT
Por
Karla Candeia em 04/04/2007 na edição
427
O
programa da TV do Observatório da Imprensa, exibido na terça-feira (3/4),
voltou a debater a criação da nova rede pública de televisão que o governo
pretende instituir. O tema já havia sido abordado quando o programa recebeu
o ministro Luiz Dulci, da Secretaria Geral da presidência da República, e o
assunto continua na pauta da mídia. A primeira entrevista televisiva do
jornalista Franklin Martins depois de empossado ministro-chefe da
Secretaria da Comunicação Social, concedida ao Observatório, também
serviu para reavivar o debate sobre a comunicação do Estado. O programa da TV
do Observatório da Imprensa, exibido na terça-feira (3/4), voltou a
debater a criação da nova rede pública de televisão que o governo pretende
instituir. O tema já havia sido abordado quando o programa recebeu o
ministro Luiz Dulci, da Secretaria Geral da presidência da República, e o
assunto continua na pauta da mídia. A primeira entrevista televisiva do
jornalista Franklin Martins depois de empossado ministro-chefe da
Secretaria da Comunicação Social, concedida ao Observatório, também
serviu para reavivar o debate sobre a comunicação do Estado.
Vida que segue
Vida que segue
terça-feira,
2 de agosto de 2016
•
Marqueteiro do PT e sua mulher pagaram R$ 31,5 milhões
Na
decisão, juiz afirma que os dois, libertados depois de cinco meses na prisão,
estão ‘dispostos a esclarecer os fatos’
Uma
fiança de R$ 31,5 milhões, determinada em meio a acordo de delação premiada,
livrou ontem os marqueteiros de campanhas petistas João Santana e a mulher
dele, Mônica Moura, da cadeia. Os dois foram soltos em Curitiba, por
determinação do juiz Sérgio Moro. É a maior fiança já paga desde o início da
Lava-Jato, em 2014. Eles estão ainda proibidos de participar de campanhas
eleitorais no Brasil e de viajar para fora do país. O casal já contou ter
recebido, no exterior, dinheiro de caixa dois da campanha de 2010 da presidente
afastada, Dilma Rousseff.
Agora,
a delação
•
Soltos após 5 meses e com fiança milionária, Santana e Mônica mantêm negociação
para acordo
Renato
Onofre - O Globo
-SÃO
PAULO- O marqueteiro petista João Santana e sua mulher, Mônica Moura, foram
soltos ontem em Curitiba, depois de cinco meses de prisão. Antes, o casal,
acusado de receber parte dos recursos desviados da Petrobras como pagamento de
parte da campanha da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), teve de pagar
uma fiança de R$ 31,5 milhões — equivalente a um prêmio da Mega-Sena. Além disso,
eles estão proibidos de participar de qualquer campanha eleitoral no Brasil até
nova decisão judicial. Também não podem deixar o país nem conversar com pessoas
envolvidas nas investigações da Lava-Jato.
A
fiança foi determinada de acordo com o valor bloqueado na conta dos dois (R$ 28
milhões na de Mônica e o restante na de Santana). É a maior fiança paga desde o
início das investigações, em março de 2014. O dinheiro vai para uma conta
judicial e só será devolvida ao investigado se comprovada sua inocência. O
casal já admitiu caixa dois; o dinheiro deve ser devolvido aos cofres públicos.
A
decisão do juiz federal Sérgio Moro surpreendeu investigadores da LavaJato, que
queriam a manutenção da prisão preventiva do casal. A força-tarefa estuda como
recorrer da medida. Santana e Mônica não precisarão usar tornozeleiras
eletrônicas. Para Moro, a prisão deles não era mais “absolutamente necessária”,
já que a fase de instrução do processo — quando são apresentadas as provas e as
testemunhas, ouvidas — está no fim, e o casal está “disposto a esclarecer os
fatos”.
Para
Moro, situação distinta
Moro
afirmou que a situação do casal é diferente de outros personagens da Lava-Jato,
como operadores, empreiteiros, ex-funcionários da Petrobras e políticos
beneficiários do esquema.
“A
situação de ambos difere, em parte, da de outras pessoas envolvidas no esquema
criminoso da Petrobras. Afinal, não são agentes públicos ou políticos
beneficiários dos pagamentos de propina, nem são dirigentes das empreiteiras
que pagaram propina ou lavadores profissionais de dinheiro”, escreveu Moro.
O
juiz ressaltou, no entanto, que isso não minimiza a gravidade da conduta de
ambos, que está sendo investigada. O casal foi preso em 22 de fevereiro. Os
dois se tornaram réus em duas ações por corrupção e lavagem de dinheiro, por
terem recebido valores da Odebrecht e do operador Zwi Skornick. Eles
confessaram ter recebido US$ 4,5 milhões em uma conta secreta na Suíça como
pagamento de campanha eleitoral da então candidato a presidente Dilma Rousseff,
em 2010.
A
Lava-Jato também acusa o marqueteiro e sua mulher de terem recebido R$ 23,5
milhões em espécie, no Brasil. A força-tarefa afirma que os valores saíram de
contratos da Petrobras com empreiteiras investigadas e correspondiam a propina
destinada a partidos políticos.
“Embora
isso não exclua a sua eventual responsabilidade criminal, a ser analisada
quando do julgamento, é possível reconhecer, mesmo nessa fase, que, mesmo se
existente, (o casal) encontra-se em um nível talvez inferior da de corruptores,
corrompidos e profissionais do crime”, diz o despacho.
Apesar
de reconhecer previamente um papel menor dos dois no esquema, Moro alertou que
os indícios de recebimento “sistemático” de valores não declarados à Justiça
Eleitoral são graves. Foi por essa razão que a Justiça proibiu ambos de atuarem
direta ou indiretamente em novas eleições. Na prática, nem a Pólis, agência do
casal que comandou campanhas petistas nos últimos dez anos, poderá prestar
serviços na corrida eleitoral que começa na segunda quinzena deste mês.
—
A decisão restabelece a justiça. Os interrogatórios deixaram claro que,
independentemente do resultado, a prisão preventiva não tem mais razão de ser —
afirmou o criminalista Fabio Tofic, que defende o casal.
Acordo
em negociação
A
decisão favorável ao casal acontece menos de quinze dias depois da mudança de
postura de Santana e Mônica. Em depoimento à Justiça no último dia 22 de julho,
o casal voltou atrás da primeira versão apresentada à Polícia Federal, quando
foi preso. Nessa ocasião, os dois disseram que o pagamento recebido no exterior
era relativo a uma campanha eleitoral em Angola.
Apesar
de libertá-los, Moro fez críticas a eles pelos falsos “álibis” usados no início
do processo, justamente a informação sobre a campanha de Angola e o fato de o
marqueteiro dizer que não sabia sobre as questões financeiras da empresa.
Em
depoimento a Moro há duas semanas, Santana admitiu ter mentido para tentar
preservar Dilma e confessou saber dos pagamentos ilícitos. Santana afirmou que
“98% das campanhas” eleitorais no Brasil fazem uso da prática ilícita. Disse
também que, sem caixa dois, era praticamente “impossível se manter na
profissão”.
O
juiz disse que a mentira é uma “trapaça que não pode ser subestimada”, e que é
preciso “censurar em ambos a naturalidade e a desfaçatez com as quais
receberam, como eles mesmo admitem, recursos não contabilizados”. “Se um ladrão
de bancos afirma ao juiz como álibi que outros também roubam bancos, isso não
faz qualquer diferença em relação a sua culpa”, afirmou o juiz.
Apesar
da liberdade, Santana e Mônica negociam um acordo de delação. No último dia 21,
O GLOBO revelou que eles assinaram um termo de confidencialidade com a
Procuradoria-Geral da República, documento que marca o início do processo formal
de colaboração. Por mais de um mês, desde 15 de junho, eles ficaram na
Superintendência da Polícia Federal negociando os termos com advogados e
investigadores. O criminalista Fabio Tofic disse que não comentará a possível
delação. A força-tarefa da LavaJato também não se manifestou. (Colaboraram
Thiago Herdy e Tiago Dantas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário