Abertura da olimpíadas Rio 2016 com
hino nacional.
Samba da Bênção - Baden Powell
Samba da Bênção - Baden Powell
Abertura tem mensagem de tolerância
e alerta para preservação da natureza
Edição
do dia 06/08/2016
06/08/2016
21h52 - Atualizado em 06/08/2016 22h28
Festa
cheia de efeitos cênicos emocionou o Maracanã.
Atletas foram convidados a plantar árvores.
Atletas foram convidados a plantar árvores.
A
cerimônia de abertura da Olimpíada foi comentada neste sábado (6) ao redor do
planeta. A Rio 2016 foi aberta oficialmente com uma grande festa no Maracanã,
admirada pela beleza e pela organização.
O
espetáculo impecável contou ao mundo um pouco do Brasil, levou mensagens de
amor e de respeito ao meio ambiente com uma inventividade e um charme bem
brasileiros.
Pouca
gente sabia, mas na contagem regressiva a tensão era enorme.
“A
gente fez um ensaio dois dias atrás e foi muito ruim. Tudo que podia dar
errado, deu errado. Aí passamos dois dias corrigindo só na fala, sem fazer
ensaio de novo”, contou Fernando Meirelles, diretor criativo da cerimônia.
E
deu muito certo. O mundo veria uma cerimônia exuberante, emocionante. Ondas
inundaram o tablado do Maracanã. Paulinho da Viola e muitos brasileiros
cantaram o Hino Nacional. E os índios do Amazonas começaram a contar a nossa
história.
E
a cada capítulo, um alerta, um apelo, uma espécie de carta aberta ao mundo.
Contra a devastação de florestas e por um planeta mais verde, os atletas foram
convidados a plantar árvores. Contra a intolerância e a violência, um grito.
“Chega
de briga”, pediu Regina Casé.
O
país de tantas diversidades e diferenças apareceu num efeito mágico. Prédios
virtuais surgiram do chão. Cubos deram corpo ao 14 Bis de Santos Dumont, que
passeou sobre a Cidade Maravilhosa.
Ao
som de Tom Jobim, a supermodelo Gisele Bündchen homenageou a mulher brasileira.
“Com certeza a maior passarela da minha vida. É lindo. Acho que não existe
nenhum outro evento do mundo que traz toda essa união. Me senti muito honrada”,
contou.
E
a alegria, a marca registrada do Brasil, eletrizou o Maracanã. Jorge Ben Jor sacudiu
as arquibancadas com “País tropical”.
“Foi
maravilhoso, foi gratificante”, disse.
Gil,
Caetano e Anitta encerraram a primeira parte da festa.
Na
Olimpíada dos selfies, 207 delegações desfilaram, se gravaram, se fotografaram.
Os refugiados foram muito aplaudidos. E, por último, a delegação brasileira,
que foi ovacionada.
Nas
apresentações oficiais, quebra de protocolo. O presidente em exercício, Michel
Temer, sentado ao lado do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas
Bach, não foi apresentado. A presidente afastada, Dilma Rousseff, foi
convidada, mas preferiu não comparecer.
O
presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman, falou do orgulho
brasileiro por sediar a Olimpíada: “O Rio está pronto para fazer história”.
Depois,
o presidente do COI disse que os brasileiros têm motivos para se orgulhar.
Na
hora da declaração oficial da abertura dos Jogos, o presidente em exercício,
Michel Temer, falou sem ser anunciado. Quando o público percebeu quem era,
começou uma vaia. Em menos de dez segundos terminou a participação de Temer. A
vaia foi encoberta pelos fogos e pela música, e a festa seguiu em frente.
O
momento mais esperado: a chama olímpica entrou no Maracanã nas mãos de Guga.
Para ele, era só o início de uma explosão de emoções. Nos corredores do
Maracanã, Guga caiu nos braços dos brasileiros.
As
lágrimas escorriam, quando Guga atravessou o estádio no corredor formado por
milhares de atletas. Hortência esperava no meio do caminho.
A
grande estrela do basquete brasileiro levou a tocha, respeitosamente, até o
dono do bronze mais dourado da história das Olimpíadas.
Vanderlei
Cordeiro de Lima tinha diante de si os degraus que simbolizam o Monte Olimpo.
Levava nas mãos a chama. Entre tantos simbolismos, ele era o próprio espirito
olímpico. O maratonista que provou ao mundo que competir bem, vale, sim, mais
do que uma medalha. A maior honra que um atleta pode ter: acender a pira para
abrir os Jogos. Um sol na noite carioca.
Mas
a chama não ficaria no Maracanã. Pela primeira vez, passa a Olimpíada fora do
estádio. No centro do Rio, um adolescente, um menino da Mangueira, seguiu os
passos e os gestos do ídolo, o ex-marotonista Vanderlei Cordeiro de Lima.
Em
poucas horas, a pira do povo foi adotada pelo povo. E já é uma das principais atrações
da cidade olímpica.
A
chama na rua foi também inovação proposta pelos idealizadores do belo
espetáculo de abertura, que foi assunto no mundo inteiro neste sábado (6).
“Nós
sonhamos com um belo espetáculo e ele aconteceu. Ele entusiasmou e deu alegria
a todos brasileiros e, inclusive, ao mundo. O mundo notou isso, e isso é muito
bom para nós todos”, disse Abel Gomes, diretor-geral artístico da cerimônia.
Vanderlei
nem ficou para colher os louros. Neste sábado (6) estava de volta a Maringá, no
norte do Paraná.
“Para
mim é um momento mágico. É como se eu estivesse conquistando uma grande
medalha, uma medalha do reconhecimento, uma medalha da vida”, disse.
Vanderlei
só soube que acenderia a pira às 14h da sexta-feira (5). Ensaiou com um chapéu
emprestado de um voluntário para não ser reconhecido, o que estragaria a última
surpresa da festa, que conseguiu manter segredo durante anos de preparação.
Neste
sábado, parte da equipe que criou o espetáculo se reuniu com a alma lavada e o
alívio de ver que tudo deu certo.
“O
que eu tinha mais medo ontem, que eu não dormi, foi a tela de elástico, aquela
que sobe no meio espetáculo, não partir”, lembrou Daniela Thomas, diretora
criativa da cerimônia.
A
tela, com milhares de elásticos que nas mãos dos artistas viram ocas,
catedrais, já havia se partido mais de uma vez durante os ensaios. Era o ponto
crítico da noite.
“Sobem
aqueles cipós assim, podia arrebentar. A outra arrebentou. Já tinha
arrebentado”, segue Daniela.
Outro
momento crítico para a coreógrafa Deborah Colker: a sincronia entre os efeitos
especiais e a coreografia dos bailarinos que brincavam de parkour.
“A
gente tinha que ter essa sincronicidade constante com a projeção. Isso
demandava uma precisão milimétrica. A gente não podia pular nos buracos pretos,
que eram exatamente os buracos, porque senão alguém iria cair, ninguém iria
acreditar”, disse.
Enquanto
a gente estava de queixo caído, eles tinham o coração na mão.
“A
gente estava com muito medo para falar a verdade, mas a hora que o público
começou a responder tão bem a tudo foi aquela lavada de alma. Eu não esperava
que fosse tão bem, tão quente”, disse Fernando Meirelles, diretor criativo da
cerimônia.
Nem
o prefeito Eduardo Paes sabia o que o mundo inteiro veria como a cara do Rio.
“Nunca
imaginei que fosse ficar tão igual à Sapucaí, que ia ter uma discoteca a céu
aberto com Jorge Ben Jor comandando a galera toda, e todo mundo dançando junto.
Foi incrível”, disse Eduardo Paes.
A
leveza e a alegria contagiaram até quem vive muito longe. Da Bélgica, a irmã de
Fábio Soares, diretor de projeções da cerimônia, perguntou:
“Fábio,
o que vocês fizeram? O cara da padaria hoje sorriu para mim. Nunca ninguém
sorriu aqui para mim. Eu moro há 18 anos na Bélgica e hoje ele estava
sorrindo.”
Se
lá fora nos veem já com outros olhos, aqui, ao nos enxergarmos com nossa
história e o nosso balanço, a nossa diversidade e nossa força, tivemos razões
para sentir orgulho.
“A
gente está vindo de um momento de muita baixa estima. O fato de a gente ter
sido extremamente fiel ao que é ser brasileiro, acho que de alguma maneira fez
a gente pensar de novo que é legal ser brasileiro”, disse Andrucha Waddington,
diretor-geral da cerimônia.
tópicos:
Festa
de abertura ganha elogios da imprensa estrangeira
Edição
do dia 06/08/2016
06/08/2016
20h55 - Atualizado em 06/08/2016 20h56
'Cerimônia
será lembrada por gerações', diz USA Today.
‘The Guardian’ elogiou Paulinho da Viola cantando o Hino Nacional.
‘The Guardian’ elogiou Paulinho da Viola cantando o Hino Nacional.
A
imprensa internacional elogiou muito a cerimônia de abertura. O que era
desconfiança virou deslumbramento. Nas TVs, na internet, nos jornais, a
imprensa internacional reverenciou a abertura dos jogos do Rio.
"Quem
precisa de dinheiro? A cerimônia olímpica tinha uma consciência", estampou
o “USA Today”, o jornal de maior circulação nos Estados Unidos. Que
acrescentou: “durante anos, o mundo achou que o Rio não conseguiria realizar os
Jogos, ouviu muito sobre os problemas da cidade, e agora vocês fazem uma
cerimônia que será lembrada por gerações”.
O
“The New York Times” disse que a abertura glamorosa, apesar da preocupação com
o orçamento, disfarçou as feridas do Brasil por algumas horas e deixou o país
celebrar sua história.
No
texto, o jornal afirma que esses são Jogos Olímpicos sem ostentação, mesmo com
a abertura deslumbrante.
O
“The Wall Street Journal” disse que o espetáculo alternou vibração e seriedade,
como o desfile de Gisele Bündchen e mensagens de tolerância, diversidade e
inclusão.
A
melhor parte do show, segundo o britânico "The Guardian", foi quando
o astro do samba Paulinho da Viola apareceu de terno azul e dedilhou o Hino
Nacional no violão. Simples e elegante.
Como
milhões de espectadores fizeram no mundo inteiro, muitos veículos de imprensa
comentaram em tempo real. O “The Boston Globe” publicou: "Se você estava
em dúvida sobre assistir à cerimônia de abertura, vale a pena! Uma apresentação
visualmente deslumbrante."
O
“The Washington Post” disse que, por pelo menos uma noite, o Rio se aqueceu com
o que faz de melhor: “Esse é um país especialista em festa”.
O
alemão “Welt” classificou a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de
espetacularmente bela. O espanhol “El País” estampou: "Sucesso". O
francês “Le Figaro” publicou que o Brasil abriu com perfeição os Jogos
Olímpicos e descreveu um clima alegre, emocionante e musical. O argentino “El
Clarín” disse que o Rio vibrou com uma festa de cor, música e esporte. E que o
país esqueceu dos problemas por uma noite.
Nesses
dias em que o Rio se transformou em capital do mundo, um píer virou um pedaço
do Rio em Nova York. Areia de praia, telões... É onde muita gente está
acompanhando os Jogos e torcendo pelo sucesso da Olimpíada.
Marcela
ficou impressionada com a cerimônia: "O Brasil mostrou que é
multicultural. Eu gostaria de estar lá".
Túnel do Tempo
Saravah
Documentário Saravah - Pierre
Barouh, 1969 – Completo
Publicado
em 3 de jul de 2012
Foi
no mês de fevereiro de 1969 que o diretor de cinema francês Pierre Barouh
desembarcou no Rio de Janeiro disposto a registrar em película momentos de uma
música que, embora conhecesse pouco, o fascinava intensamente. O olhar do
estrangeiro, de coração aberto para a música brasileira, capturou imagens que
durante 36 anos permaneceram desconhecidas no país. Aqueles momentos
registrados viraram o documetário Saravah, resultado das sessões de filmagem de
Barouh com os ancestrais Pixinguinha e João da Baiana, então octagenários, os
jovens Maria Bethânia (aos 21 anos) e Paulinho da Viola, tendo Baden Powell
como elo de ligação entre gerações tão distantes e fundamentais da arte
brasileira. Interessado nas intervenções culturais e religiosas da presença da
África no Brasil, Barouh entrevista João da Baiana que, acompanhado por Baden
ao violão, sapateia e toca prato e faca, enquanto entoa "Okekerê", de
sua autoria, e "Yaô", de Pixinguinha. Um momento em que a história
atemporal do Brasil é materializada em imagens pelas lentes de Barouh.
Músicas deste filme
- Samba da Benção (Saravah)
- Canto de Iemanjá
- Que quere que que / Yaô
- Sermão
- Coração Vulgar
- Rosa Maria
- Tudo é Ilusão / Minhas Madrugadas / Pecadora / Coisas do Mundo Minha Nega
- Pranto de Poeta
- Baby
- Tropicália
- Frevo no. 1 do Recife
- Pra Dizer Adeus
- Lamento
- Formosa
- Tempo de Amor
- Samba da Benção (Saravah)
Músicas deste filme
- Samba da Benção (Saravah)
- Canto de Iemanjá
- Que quere que que / Yaô
- Sermão
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Rio 2016 Olympics Games Opening Ceremony /
Abertura das Olimpíadas 2016 COMPLETO
Rio 2016 Olympics Games Opening Ceremony /
Abertura das Olimpíadas 2016 COMPLETO
Publicado
em 7 de ago de 2016
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Olímpiade rio 2016 FULL / COMPLETO!
Cerimonia de abertura Oficial das Olimpiadas 2016 no Rio de Janeiro
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