Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 1 de julho de 2024
ENGRENAGENS DA DEMOCRACIA
Pela estrada da vida subi morros,
Desci ladeiras e, afinal, te digo
Que, se entre amigos encontrei cachorros,
Entre cachorros encontrei-te, amigo!
(...)
(Belmiro Braga)
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Democracia: um regime político sempre em construção - Nexo Jornal
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DEMOCRACIA
Em uma terra distante, havia um reino chamado Democracia. Este reino não era governado por um monarca absoluto, mas por um complexo maquinário, onde diversas engrenagens precisavam trabalhar em harmonia para garantir o bem-estar de seus habitantes.
O reino possuía uma máquina grandiosa, chamada Constituição, cujas engrenagens eram formadas por princípios de justiça, igualdade e liberdade. Contudo, operar essa máquina não era tarefa fácil, e isso cabia a um grupo de maquinistas chamados Políticos. Alguns desses políticos eram hábeis, conhecedores das minúcias da máquina, mas muitos outros eram considerados ineptos pelos habitantes do reino.
Um dos sábios do reino, Sartori, sempre dizia: "A máquina é sólida e bem construída, mas nas mãos de maquinistas inaptos, até a mais perfeita engrenagem pode falhar." Ele acreditava que a estrutura da Constituição era decente, mas que estava frequentemente sendo manipulada por aqueles que não tinham a capacidade ou o conhecimento necessário para operá-la de forma eficiente.
O reino possuía um sistema presidencialista, onde o líder, o Presidente, precisava frequentemente formar coalizões com outros grupos para governar efetivamente. Esse sistema garantiu que muitas vozes fossem ouvidas, promovendo uma certa inclusividade e estabilidade. No entanto, movia-se com a lentidão de um transatlântico, e sua ineficiência impedia transformações radicais, algo que foi notável durante o governo de um líder chamado Bolsonaro.
Apesar do risco constante de imobilismo, o sábio Sartori lembrava a todos que a democracia tinha uma vantagem primordial: impedia a tirania. Contudo, impedir a tirania não era sinônimo de bom governo, pois escolhas coletivas poderiam levar a resultados medíocres. Ainda assim, o sistema possuía um mecanismo de correção de curso: as eleições, permitindo a alternância de poder e a esperança de novos operadores mais competentes.
O maior desafio do reino, então, era encontrar operadores que combinassem a capacidade de formar coalizões eficazes, crenças fundamentadas tecnicamente e apoio popular. A ausência de confrontos institucionais paralisantes poderia garantir governabilidade, mas isso não significava, necessariamente, um bom governo.
A história de Democracia mostra que não basta ter uma máquina bem construída; é crucial ter operadores competentes para forjar consensos e implementar políticas eficazes. A busca por tais operadores era constante, e o futuro do reino dependia dessa árdua tarefa.
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O que é Democracia Capa comum – 1 janeiro 1900
Edição Português por Giovanni Sartori (Autor)
Giovanni Sartori (Italian pronunciation: [dʒoˈvanni sarˈtori]; 13 May 1924 – 4 April 2017) was an Italian political scientist specialized in the study of democracy and comparative politics.
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segunda-feira, 1 de julho de 2024
Marcus André Melo - O operador e a máquina
Folha de S. Paulo
O maquinário das democracias atuais está caindo frequentemente nas mãos de mecânicos ineptos
Para Giovanni Sartori (1924-2017), a democracia consiste em um maquinismo e um conjunto de maquinistas que têm que pôr a máquina para funcionar. Mas quando nos queixamos da democracia e denunciamos sua crise geralmente focamos o maquinismo e esquecemos os operadores. Ou atacamos os maquinistas e esquecemos o maquinário.
O maquinismo é a estrutura constitucional do país. Embora defenda que o maquinário das democracias atuais é "decente", embora esteja "caindo frequentemente nas mãos de mecânicos ineptos". Sartori é cáustico em relação a nossa Constituição, que é repleta de "dispositivos quase suicidas" e "promessas irrealizáveis". (Sim, a carta de 1988 continha um dos mais bizarros dispositivos já incorporados a uma constituição: o tabelamento da taxa de juros).
Mas o núcleo duro do nosso maquinário é o presidencialismo de coalizão com um Poder Executivo constitucionalmente forte, e com forte delegação de poderes ao Judiciário e Ministério Público. Não tenho dúvidas que o nosso maquinário é "decente": na realidade, o presidencialismo multipartidário é a forma modal de sistema de governo no mundo atualmente.
Ele produz, sob certa condições, governabilidade e bom governo. Os múltiplos pontos de veto garantem inclusividade —muitos atores participam dos processos decisórios— e certa irreversibilidade quando as decisões são tomadas (deixemos de lado por um momento a imprevisibilidade criada pelo STF). O sistema se move de forma lenta e ineficiente. Como um transatlântico. Mas por isso mesmo não permite transformações radicais, como aconteceu sob Bolsonaro.
O risco de imobilismo é perene, sim. As democracias sempre produzem bom governo em um sentido negativo porque impedem a tirania. Mas não são sinônimos de bom governo. As escolhas coletivas sob a democracia podem produzir resultados pífios. Mas há um mecanismo que potencialmente pode permitir correção de rumos —eleições novas—, e alternância de poder; (mecanismo que sob o parlamentarismo quando não temos mandatos fixos para o Executivo é eficiente). Como já discuti neste espaço, o mau governo pode resultar também de crenças tecnicamente infundadas que produzem resultados pífios nas políticas públicas.
A máquina também exige um operador eficiente, como insiste Sartori. Para forjar consensos e maiorias. Aí está o nosso principal desafio: não temos tido operadores que combinem capacidade de forjar coalizões efetivas, crenças tecnicamente fundadas, e apoio popular. Ausência de confrontos institucionais paralisantes, portanto, governabilidade, não equivale a bom governo." FORNECER UM TEXTO LITERÁRIO QUE REFLITA AS IDEIAS EXPLICITADAS NESTE ARTIGO DE MARCUS ANDRÉ MELO
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Handle With Care
Traveling Wilburys
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Letra
Tradução
Significado
Trate-me Com Cuidado
Handle With Care
Já fui espancado e atingido várias vezes
Been beat up and battered 'round
Sentenciado e preso
Been sent up, and I've been shot down
Você é a melhor coisa que me aconteceu
You're the best thing that I've ever found
Trate-me com cuidado
Handle me with care
Sujeito a mudanças de reputação
Reputations changeable
Tolerante em várias situações
Situations tolerable
Baby, você é adorável
Baby, you're adorable
Trate-me com cuidado
Handle me with care
Estou tão cansado de ser sozinho
I'm so tired of being lonely
Ainda tenho algum amor para dar
I still have some love to give
Você não vai mostrar que realmente se importa?
Won't you show me that you really care
Todo mundo tem alguém para se apoiar
Everybody's got somebody to lean on
Coloque seu corpo junto ao meu e sonhe
Put your body next to mine, and dream on
Eu fui enganado e feito de idiota
I've been fobbed off, and I've been fooled
Eu fui assaltado e ridicularizado
I've been robbed and ridiculed
Em centros de cuidados e escolas noturnas
In day care centers and night schools
Trate-me com cuidado
Handle me with care
Já fiquei preso em aeroportos, aterrorizado
Been stuck in airports, terrorized
Mandado para reuniões, hipnotizado
Sent to meetings, hypnotized
Super exposto comercializado
Overexposed, commercialized
Trate-me com cuidado
Handle me with care
Fiquei tenso e fiz uma bagunça
I've been uptight and made a mess
Mas eu mesmo vou limpar isso, eu acho
But I'll clean it up myself, I guess
Oh, o doce cheiro do sucesso!
Oh, the sweet smell of success
Trate-me com cuidado
Handle me with care
Composição: The Traveling Wilburys.
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Uma música que se correlaciona com o tema da importância de bons operadores em uma estrutura complexa, mesmo que metaforicamente, é "Handle With Care" do Traveling Wilburys.
Essa música fala sobre lidar com situações e relações de forma cuidadosa e responsável, refletindo a ideia de que operar algo complexo como uma democracia requer atenção, habilidade e responsabilidade. A letra, embora sobre relacionamentos, pode ser interpretada como uma metáfora para a gestão cuidadosa e competente necessária em um sistema democrático.
Aqui está um trecho da música:
Been beat up and battered 'round
Been sent up, and I've been shot down
You're the best thing that I've ever found
Handle me with care
This emphasizes the delicate nature of handling something valuable and complex, similar to the stewardship of a democratic system.
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"Eu realmente não entendo por que ... você viu? Eu volto a repetir, né! O Itamar tava contra, mas ele não saiu falando que estava contra, entendeu? Agora quem provocava confusão é....é o Bolsonaro, né? Não era diretamente com o Banco Central, mas era com a saúde, com os governadores, né? E saía brigando, né? Acabou perdendo a eleição, né? E o Lula, eu acho que ele devia ter essa consciência. Porque se ele não nomear para presidente do Banco Central uma pessoa altamente qualificada, o mercado vai reagir. Vai por o dolar lá nas alturas, Vai por juros lá nas alturas. Ele vai perder a eleição. Então eu acho que ele devia estar consciente desse fato, né? Por que para ele se reeleger ele não vai depender de sua claque, não é? Ele vai depender dos votos daquele pessoal mais do centro como eu, né? Que votamos nele pra ele evitar o candidato antidemocrático, não é? Mas se, você vê, dessa vez, sem Bolsonaro, não é? E com a perspectiva de ter, à direita, um candidato razoável, o Lula tem que se comportar! Não é possível. Veja, ele não vai se reeleger desse jeito. Eu não entendo. Ele tá dando não é um tiro no pé não. Ele tá dando um tiro no coração." Após Lula criticar a atuação de Roberto Campos Neto no comando do Banco Central, o economista Edmar Bacha, um dos criadores do Plano Real, diz que presidente devia ter a consciência de indicar uma pessoa altamente qualificada para a presidência do BC de forma a evitar que o mercado coloque o “dólar nas alturas”: “Ele vai perder a eleição (...) Vai perder voto do pessoal mais do centro e que votou nele para evitar um candidato antidemocrático. Lula não está dando não é um tiro no pé, está dando um tiro no coração”. EDMAR BACHA OS EFEITOS DAS DECLARAÇÕES DE LULA SOBRE A ECONOMIA Entrevistas do presidente influenciaram mercado financeiro durante a semana
#EspecialdeDomingo
GloboNews: http://glo.bo/39WjXAu
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Edmar Bacha e Silvia Faria comentam efeito das declarações de Lula sobre a economia
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As declarações de Lula criticando Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, e a resposta do economista Edmar Bacha ressaltam a importância da escolha de um líder competente para o Banco Central e os impactos que essa escolha pode ter na economia e na política.
Edmar Bacha aponta que a nomeação de uma pessoa altamente qualificada é crucial para manter a confiança do mercado financeiro. Se o mercado perceber instabilidade ou falta de competência na liderança do Banco Central, é provável que isso leve a um aumento do dólar e das taxas de juros, o que pode afetar negativamente a economia do país. Além disso, Bacha sugere que Lula precisa considerar o apoio do eleitorado centrista, que pode se afastar se perceber que as decisões econômicas não estão sendo bem conduzidas.
Essas observações refletem a interconexão entre política e economia. Uma liderança inadequada no Banco Central pode não apenas desencadear reações adversas do mercado, mas também influenciar o cenário eleitoral, afetando a base de apoio de um candidato.
Para ilustrar esses pontos, a música "Handle With Care" do Traveling Wilburys, mencionada anteriormente, é uma boa metáfora. Assim como a letra sugere cuidado e responsabilidade nos relacionamentos, a administração econômica de um país exige operadores cuidadosos e competentes para evitar crises e manter a confiança do mercado.
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Hesíodo
Ἡσίοδος
Nascimento Século VIII a.C.
Grécia Antiga
Morte Século VIII a.C.
Grécia Antiga
Ocupação Poeta e historiador
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A Arcádia de Lula
O Estado de S. Paulo
A julgar por seu discurso na Petrobras, esse nosso Hesíodo de fancaria quer fazer o País acreditar que os tenebrosos governos lulopetistas foram, na verdade, a época de ouro do Brasil
O Brasil já está tão habituado a ter sua inteligência ofendida pelo sr. Lula da Silva que passou sem causar a devida estupefação o discurso que o presidente da República fez na posse de Magda Chambriard na presidência da Petrobras. Linha após linha, ali está, documentado para a posteridade, até onde a mendacidade de Lula é capaz de ir para adulterar a realidade na ânsia de reescrever a história e adaptá-la a seus devaneios.
Esse nosso Hesíodo de fancaria quer fazer o País acreditar que os tenebrosos governos lulopetistas foram, na verdade, a época de ouro do Brasil e que, se a Lava Jato não tivesse aberto a caixa de Pandora, ainda estaríamos cercados de pastores e ninfas numa Arcádia onde reinaria a felicidade absoluta.
Disse o Guia Genial dos brasileiros que a Petrobras era a ponta de lança de um inebriante desenvolvimento nacional durante o mandarinato lulopetista. Por exemplo, o demiurgo festejou a criação, naquela época, de milhares de empregos com o impulso que deu à indústria naval, tendo a Petrobras como única cliente, “para atender à demanda intensa de um período de ouro”. Se piada fosse, não teria graça. Não sendo, é uma agressão aos fatos: como se sabe, grande parte dos estaleiros está abandonada em razão da evidente incapacidade do setor de concorrer com a indústria estrangeira – de resto um resultado óbvio diante da obtusa exigência de conteúdo nacional e da ausência de mão de obra qualificada, entre outros fatores que Lula e os petistas, na sua megalomania, ignoraram.
E aqui nem se está falando na corrupção desbragada que esse projeto ensejou. Mas Lula tratou de tocar no assunto fazendo questão de violentar a memória coletiva nacional, não só ao negar que tenha havido corrupção, como ao responsabilizar pela destruição da empresa aqueles que denunciaram a corrupção. “Com o falso argumento de combater a corrupção, a Operação Lava Jato mirava, na verdade, o desmonte e a privatização da Petrobras”, disse Lula.
E então, no melhor estilo lulopetista, o presidente atribuiu essa suposta ofensiva contra a Petrobras, capitaneada pela Lava Jato, à “elite política e econômica deste país”, que segundo ele “não tem nenhum compromisso com a soberania do Brasil e a vida do nosso povo”.
Ou seja, na mitologia de Lula, a “era de ouro” do Brasil e da Petrobras foi subitamente encerrada quando uma tal “elite” decidiu destruir o País. Lula foi claríssimo: “Eles querem que o Brasil seja pobre, eles querem que o Brasil seja pequeno, eles querem que o Brasil não possa tratar de seu povo. E nós queremos o Brasil exatamente ao contrário. Um Brasil grande, um Brasil rico e um país capaz de cuidar do seu povo com a dignidade que cada ser humano merece”.
Mas os brasileiros não têm mais com o que se preocupar. “Aqui estamos, de volta, para reconstruir a Petrobras e o Brasil”, anunciou Lula, triunfante, como se sua parolagem bastasse para que o País esquecesse que, na longa e tenebrosa era do lulopetismo no poder, a Petrobras praticamente quebrou e o Brasil empobreceu. Deu muito trabalho para interromper a razia promovida por essa turma, impondo limites de governança à Petrobras e de gastos para o governo. Em outras palavras, são esses limites que Lula quer demolir, em nome, segundo ele, da “realização de um sonho do povo brasileiro”.
Mas, é preciso admitir, há um trecho no discurso em que Lula, ainda que involuntariamente, está coberto de razão. É quando ele diz que “a desgraça da primeira mentira é que você passa o resto da vida mentindo para poder justificar as mentiras”. Ele se referia à “leviandade das denúncias contra a Petrobras”, mas poderia perfeitamente, caso se tornasse subitamente honesto, estar se referindo a si mesmo. E também está corretíssimo quando diz que é inútil esperar que pessoas levianas “tenham a coragem de pedir desculpas pelo engano cometido”, porque “o pedido de desculpa é uma demonstração de grandeza, e os acusadores não têm grandeza para pedir desculpa pelos erros que cometeram”. Exato: se alguém está esperando que Lula afinal reconheça os incontáveis e brutais erros que cometeu, é melhor esperar sentado.
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A Arcádia de Lula
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No texto "A Arcádia de Lula" do Estado de S. Paulo, a crítica se concentra no discurso do presidente Lula da Silva durante a posse de Magda Chambriard na presidência da Petrobras. O artigo acusa Lula de tentar reescrever a história ao retratar os governos petistas como uma "época de ouro" para o Brasil, ignorando a corrupção e os problemas econômicos que marcaram esse período.
Lula é comparado a um "Hesíodo de fancaria", um poeta que romantiza a realidade, fazendo o país acreditar que os anos sob seu governo foram idílicos. O autor denuncia a tentativa de Lula de negar a corrupção revelada pela Operação Lava Jato e de culpar a "elite política e econômica" pelo desmonte da Petrobras.
Lula argumenta que a elite deseja um Brasil fraco e pobre, enquanto ele e seu partido buscam um país forte e próspero. O autor, no entanto, acusa Lula de tentar apagar os erros do passado e de usar uma retórica enganosa para justificar suas ações e atacar seus críticos.
O texto conclui que, embora Lula esteja correto ao afirmar que mentiras exigem novas mentiras para serem sustentadas, é ele próprio quem precisa reconhecer os erros cometidos durante seu governo.
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Música correlacionada: "We Didn't Start the Fire" por Billy Joel
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A música "We Didn't Start the Fire" de Billy Joel é uma boa correlação com o tema, pois a letra aborda eventos históricos, culturais e políticos ao longo das décadas, refletindo como diferentes narrativas e interpretações da história podem ser construídas. Assim como no artigo, a música enfatiza a continuidade dos eventos e como as ações do passado influenciam o presente. Ela serve como um lembrete de que a história é complexa e que tentativas de simplificá-la ou reescrevê-la ignoram essa complexidade.
Aqui está um trecho da música:
We didn't start the fire
It was always burning, since the world's been turning
We didn't start the fire
No, we didn't light it, but we tried to fight it
Essa estrofe reflete a ideia de que eventos e problemas são contínuos e não podem ser atribuídos a um único período ou grupo, ressoando com a crítica do artigo sobre a tentativa de Lula de reescrever a história e culpar outros pelos problemas do país.
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Uma música em língua portuguesa que se correlaciona bem com o tema do artigo é "Ouro de Tolo" de Raul Seixas.
Esta canção critica a ilusão de um "paraíso" prometido pelos políticos e a percepção equivocada de progresso e sucesso. Raul Seixas aborda de forma irônica as promessas e as mentiras que muitas vezes acompanham os discursos políticos, ressoando com a crítica do artigo sobre Lula tentar romantizar e reescrever a história dos seus governos.
Aqui está um trecho da música:
Me sentia um verdadeiro rei
Rainha, falsa e cínica
Um jardim cheio de flor, um pote até aqui de mágoa
E um grande amor, mentiroso e mesquinho
Esses versos refletem a ideia de promessas grandiosas e ilusórias que ocultam uma realidade problemática, alinhando-se com a crítica feita no artigo sobre a tentativa de Lula de reescrever a história e pintar os anos de seu governo como uma "época de ouro".
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Para insultar alguém hoje recorro
A novos nomes feios, porque vi
Que elogio a quem chame de cachorro,
Depois que este cachorro conheci.
(Belmiro Braga)
(Rosas)
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Rosa (part. Orlando Silva)
Pixinguinha
Letra
Significado
Tu és
Divina e graciosa, estátua majestosa
Do amor, por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma, da mais linda flor, de mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus
Me fora tão clemente aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela, deslumbrante e bela
O teu coração junto ao meu, lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito teu
Tu és
A forma ideal, estátua magistral, ó alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és
De Deus, a soberana flor
Tu és
De Deus, a criação, que em todo coração sepultas o amor
O riso, a fé, a dor, em sândalos olentes, cheios de sabor
Em vozes tão dolentes, como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo, enfim, que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza
Perdão
Se ouso confessar que eu hei de sempre amar-te
Ó flor, meu peito não resiste
Ó meu Deus, quanto é triste
A incerteza de um amor que mais me faz penar e em esperar
Em conduzir-te um dia ao pé do altar
Jurar
Aos pés do Onipotente, em prece comovente
De dor, e receber a unção de tua gratidão
Depois de remir meus desejos em nuvens de beijos
Hei de te envolver até meu padecer de todo fenecer
Composição: Pixinguinha.
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