sexta-feira, 12 de julho de 2024

REI DO GADO

No princípio, era a URV, e a URV estava com Deus, e a URV era Deus. Ela estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ela, e sem ela nada do que foi feito se fez. Nela, estava a vida e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. -------------
------------- João 1:5 ARA. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. -----------
----------- Bois de Piranha e a Terceira Margem: Um Ensaio Filosófico Primeiro, lançaram um velho ex-presidente da República às piranhas. O restante do gado atravessou incólume. Depois, veio o novo senador da República, que também foi lançado às piranhas restantes. O resto do gado nadou como se tivesse patas de pato e alcançou a terceira margem. O velho e o novo criaram jurisprudência no estrangeiro. As trevas apagaram as luzes. Validação da lei do "Eu sou hoje você ontem". Quando falta luz, a treva ilumina a escuridão. ----------
----------- No artigo "O Plano Real e outros planos", Simon Schwartzman reflete sobre o sucesso do Plano Real, implementado há 30 anos, e o compara com outros planos governamentais que não tiveram a mesma eficácia. Como ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Schwartzman destaca sua contribuição na garantia da credibilidade dos índices de preços da nova moeda, o Real. Ele atribui o sucesso do Plano Real a duas principais razões: a competência técnica dos economistas responsáveis e a liderança política de Fernando Henrique Cardoso, que conseguiu a aprovação das reformas necessárias no Congresso. A urgência criada pela inflação galopante também facilitou sua aprovação. Schwartzman diferencia o Plano Real de outros planos governamentais por sua natureza. Ele argumenta que o Plano Real não era um plano tradicional com metas e prazos detalhados, mas um projeto de reforma institucional. Esta reforma visava reorganizar o sistema monetário, equilibrar as contas públicas, privatizar empresas estatais ineficientes e corrigir distorções tributárias, com o objetivo de estabilizar a economia e melhorar a renda da população. Outros planos governamentais, segundo Schwartzman, falharam por vários motivos, como diagnósticos equivocados, administração por grupos de interesse, e falta de apoio político. Ele menciona especificamente o fracasso do Plano Nacional de Educação de 2014. Schwartzman aponta três diferenças principais entre o Plano Real e outros planos: a natureza das reformas institucionais versus planejamento rígido; a competência técnica das equipes envolvidas; e a liderança política eficaz. Ele conclui que, para que políticas públicas sejam eficazes, elas precisam de especialistas competentes, apoio político e a capacidade de realizar mudanças institucionais e culturais, em vez de simplesmente estabelecer metas detalhadas. Em suma, a grande lição do Plano Real, segundo Schwartzman, é que mudanças institucionais e culturais são fundamentais para o sucesso a longo prazo, mais do que planos com metas ou orçamentos detalhados. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ -----------
------------- ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ O artigo escrito por André Roncaglia na Folha de S. Paulo aborda a recente aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados do Brasil e seus desdobramentos. A reforma introduz um IVA (Imposto sobre Valor Adicionado), substituindo cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ISS e ICMS) por dois novos: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), destinada à União, e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), destinado a estados e municípios. Esta mudança visa simplificar o sistema tributário, aumentar a produtividade e desonerar as exportações. No entanto, a implementação do IVA não foi isenta de controvérsias. Grupos econômicos influentes, como a bancada BBB (Bala, Boi e Bíblia), conseguiram impor privilégios e descontos que favorecem setores específicos, como o agronegócio e a indústria de armas. Carnes, queijos e sal foram incluídos na alíquota zero, mantendo a regressividade do modelo tributário atual. Roncaglia sugere que seria mais justo focar a isenção em pessoas mais pobres através de um sistema de cashback para inscritos no CadÚnico. A reforma também incluiu um imposto seletivo sobre produtos que produzem efeitos negativos à saúde e ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e mineração. No entanto, veículos elétricos foram incluídos nesse imposto devido a argumentos sobre o impacto ambiental da produção de baterias, e armas de fogo e munições foram removidas, reduzindo sua tributação de 90% para cerca de 25%. O artigo conclui que, embora a reforma represente um progresso em alguns aspectos, os privilégios concedidos a setores como o agronegócio e a indústria de armas comprometem seu potencial de justiça tributária e desenvolvimento sustentável. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------- ----------
------------ A bancada BBB saiu ganhando na reforma tributária - 11/07/2024 - André Roncaglia - Folha ----------- "sexta-feira, 12 de julho de 2024 André Roncaglia - A bancada BBB saiu ganhando na reforma tributária Folha de S. Paulo Indústria e serviços sofisticados pagarão mais impostos para que agronegócio e indústria de armas prosperem Nesta quarta-feira (10/7), terminou a votação da regulamentação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. A criação de um IVA (Imposto sobre Valor Adicionado) alinha o Brasil às melhores práticas internacionais com mais de três décadas de atraso. A não-cumulatividade e a simplificações do sistema tributário aumentarão a produtividade e desonerarão as exportações. A reforma substitui cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ISS e ICMS) pela CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), destinada à União, e pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), para estados e municípios. A alíquota final será repartida entre os dois novos tributos para manter os níveis de arrecadação de cada esfera de governo. Seu valor depende, contudo, da quantidade de exceções à nova regra. Os descontos na alíquota do IVA deveriam atender aos interesses da população, mas acabaram se tornando disputa entre grupos econômicos. Foram criados dois regimes intermediários. Advogados, médicos e profissionais liberais e... planos de saúde para pets terão corte de 30% na alíquota; já alimentos e medicamentos terão desconto de 60% no IVA. Como a reforma prevê manter a atual carga tributária, quanto mais produtos e serviços forem agraciados com a isenção ou o desconto do IVA, maior será a alíquota final que incidirá sobre todos os bens e serviços do regime geral. Neste ponto, o avanço da reforma foi limitado por privilégios injustificados, como os da bancada BBB (bala, boi, bíblia). Além da PEC 5/2023 (ainda em tramitação), que amplia a imunidade tributária das igrejas, o agronegócio já havia obtido a inclusão das proteínas animais na alíquota reduzida, mas isso era insuficiente. Na disputa sobre os itens da cesta básica —que conta com alíquota zero—, o agronegócio fez forte pressão e foi bem-sucedido. Com o reforço da fala do presidente Lula, foi aprovada a emenda que isenta todas as carnes, queijos e sal. Manteve-se a regressividade do modelo atual, em que itens de luxo são isentos, com a desculpa de serem bens "básicos" de consumo. Seria mais justo manter as carnes na alíquota cheia e focalizar a isenção diretamente nas pessoas mais pobres, via estorno imediato de tributos no caixa (o chamado cashback) para as pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). São mais de 70 milhões de brasileiros (1/3 da população) que teriam acesso a este benefício. Para que os churrascos no Leblon e nos Jardins fiquem mais baratos, a alíquota geral ficará maior do que poderia ser. Mesmo assim, já é algum progresso substituir a desoneração de jet ski e games pela da carne. A reforma onerará setores que produzem efeitos negativos sobre a saúde e o meio ambiente. O imposto seletivo incidirá sobre cigarros, bebidas alcoólicas e mineração, dentre outros, e a alíquota varia de acordo com o dano gerado pelo setor. Ao longo das discussões, as montadoras de carros a combustão conseguiram incluir os veículos elétricos no imposto seletivo, alegando que a produção de baterias implica danos ao meio ambiente. Prato cheio para o negacionismo climático que já grassa sem coleira no Congresso. O texto final também retirou as armas de fogo e munições do imposto seletivo. Com isso, a tributação prevista sobre estes itens cairá de 90% para perto de 25%, ignorando a opinião de 70% dos brasileiros que rejeitam facilitar o acesso a armas como medida de segurança pública. Os socialmente letais alimentos ultraprocessados também escaparam do imposto do pecado. Nos últimos minutos do segundo tempo da prorrogação, o bloco da Bala, Boi e Bíblia (BBB) assegurou descontos na alíquota entre 60% e a isenção total. Dois golaços que garantiram a vitória do atraso em meio à marcha para o desenvolvimento. A indústria e os serviços sofisticados pagarão mais impostos para que o agronegócio e a indústria de armas prosperem. Selva!" ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------ ------------ Native Brazilian Music - Mauro César e Regional do Donga - RANCHINHO DESFEITO luciano hortencio Mauro César - RANCHINHO DESFEITO - Donga - De Castro e Sousa - David Nasser. Participam da gravação o Regional do Donga e Pixinguinha, em empolgante atuação na flauta. Album: Native Brazilian Music - Leopold Stokowski. Ano de 1942 ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ---------- --------- Plenário - Regulamentação da reforma tributária (PLP 68/24) - 10/07/24 Câmara dos Deputados Transmissão iniciada há 12 horas #CâmaraDosDeputados #reformatributária Sessão para a votação de propostas legislativas. Local: Plenário da Câmara dos Deputados. Início: 10/07/2024 às 09:23 PROPOSTA EM ANÁLISE: PLP 68/2024 - Regulamentação da Reforma Tributária - Institui o Imposto sobre Bens e Serviços - IBS, a Contribuição Social sobre Bens e Serviços - CBS e o Imposto Seletivo - IS. Autor: do Poder Executivo Relator: Reginaldo Lopes (PT-MG) -- O projeto define regras para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), todos criados pela reforma. O substitutivo apresentado corresponde, na maior parte, à versão elaborada pelo grupo de trabalho da Câmara que analisou o tema. O relator Reginaldo Lopes, um dos sete parlamentares daquele colegiado, agradeceu a colaboração dos demais. Modificações Duas das mudanças no substitutivo envolvem o cashback, mecanismo criado para a devolução de parte dos impostos para as famílias de baixa renda. São elas: - no cálculo, agora deverão ser consideradas as compras nos CPFs dos membros de uma família, e não apenas do representante, como sugeriu inicialmente o Poder Executivo; e - o cashback aumentará para 100% a devolução da CBS, a ser recolhida em âmbito federal, nas contas de energia elétrica, água, esgoto e gás natural. A versão original da proposta previa a devolução de 50%. “Fizemos 22 audiências públicas e 231 mesas de diálogo, 218 horas de atividades em que 1.344 cidadãos, representantes dos setores econômicos e governos das três esferas, puderam expor seus pontos de vista”, contabilizou Reginaldo Lopes. Segundo o relator, o substitutivo envolve ajustes técnicos na versão enviada pelo Poder Executivo. Entre os ajustes de mérito, houve ainda uma “limpeza” no PLP 68/24, eliminando, sempre que possível, obrigações acessórias e termos dúbios. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------- ASSISTA Idosa manda Bolsonaro 'ir para o inferno' após pegar ossos em açougue Vídeo circula nas redes sociais na manhã desta terça-feira (8/2) e teria sido registrado em Vitória da Conquista, na Bahia ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ O governo anterior recomendava à população de baixa renda que recorresse a ossos bovinos como fonte de proteína quando não houvesse ovos disponíveis em sua cesta básica. Por outro lado, a oposição defendia que a picanha deveria ser a referência para a proteína animal. O presidente incumbente, de maneira desumana e inadequada, ironizava a situação, fazendo trocadilhos indecorosos com a expressão "picanha para o povo". Com a mudança de governo no poder central, aqueles que anteriormente exigiam a picanha como padrão agora oferecem carne de segunda categoria para a população. Enquanto isso, proteínas animais nobres continuam isentas de impostos para exportação, beneficiando países que podem pagar com moedas fortes, cujo valor não está disponível no Brasil, para o pagamento de salários, benefícios, entre outros. As complexidades na regulamentação da reforma tributária acabam sendo apoiadas por aqueles que dependem do financiamento de grandes pecuaristas para suas campanhas eleitorais, perpetuando a defesa dos mesmos interesses, tanto no âmbito doméstico quanto internacional. Embora se autodenominem "liberais", na realidade, estão muito distantes dos princípios autênticos do liberalismo econômico e social. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ --------- ------------ --------------- _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ A letra da música ilustra a diferença entre a aparência e a realidade, mostrando que a verdadeira riqueza e valor podem não estar à vista. O peão, inicialmente desprezado, demonstra que sua riqueza, simbolizada pelo seu gado, é tão grande quanto, se não maior, do que a do fazendeiro do café. Essa música é um exemplo perfeito da crítica social presente na música caipira e sertaneja raiz. _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------ Rei do Gado</b> Tião Carreiro e Pardinho Letra Significado Num bar de Ribeirão Preto Eu vi com meus olhos esta passagem Quando champanha corria a rodo No alto meio da grã-finagem Nisto chegou um peão Trazendo na testa o pó da viagem Pro garçom ele pediu uma pinga Que era pra rebater a friagem Levantou um almofadinha e falou pro dono Eu tenho má-fé Quando um caboclo que não se enxerga Num lugar deste vem pôr os pés Senhor que é o proprietário Deve barrar a entrada de qualquer E principalmente nessa ocasião Que está presente o Rei do Café Foi uma salva de palma Gritaram viva pro fazendeiro Quem tem bilhões de pés de cafés Por este rico chão brasileiro Sua safra é uma potência Em nosso mercado e no estrangeiro Portanto vejam que este ambiente Não é pra qualquer tipo rampeiro Com um modo bem cortês Responde o peão pra rapaziada Essa riqueza não me assusta Topo em aposta qualquer parada Cada pé desse café Eu amarro um boi da minha invernada E pra encerrar o assunto eu garanto Que ainda me sobra uma boiada Foi um silêncio profundo O peão deixou o povo mais pasmado Pagando a pinga com mil cruzeiro Disse ao garçom pra guardar o trocado Quem quiser meu endereço Que não se faça de arrogado É só chegar lá em Andradina E perguntar pelo Rei do Gado Composição: Teddy Vieira. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------
----------- Política Recorde na Câmara: 30 segundos para leitura de 513 artigos sobre impostos Texto aprovado reflete pressões de grupos organizados ansiosos pela redução de tributos sobre seus negócios e aumento... Quase metade do texto previa exceções fiscais — reduções e isenções — para alguns produtos, compensadas com aumento na carga tributária de outros produtos. Produções artísticas, por exemplo, foram premiadas com cortes (cerca de 60%). Em contrapartida, será cobrado mais na compra de veículos de resgate, como ambulâncias. Às 19h48 os deputados lidavam com a quarta versão “final” da futura legislação sobre normas tributárias. Então, Lira deu trinta segundos para leitura antes da votação. Um deputado do Partido Novo, o catarinense Gilson Marques, reagiu: “Fazer isso em menos de trinta segundos realmente é algo desproporcional, não é razoável e, principalmente, causa um precedente muito complicado, ainda mais porque dá ao presidente [da Câmara] um poder excepcional — caso isso vire regra a partir de agora — de, em trinta segundos, colocar qualquer tipo de texto e, em trinta segundos, iniciar a votação. Um absurdo total!” Não adiantou. Foram 336 votos a favor (79 além do mínimo necessário, de 257), 142 contra e duas abstenções. Depois de 33 anos a Câmara aprovou a regulamentação. Agora, o texto vai ao Senado, onde será discutido e votado, provavelmente, ainda neste semestre. Depois voltará à Câmara, que terá a palavra final sobre cada vírgula, antes de remeter à sanção presidencial. Arthur Lira encerrou a sessão sorrindo: já tem uma reforma tributária para chamar de sua. ------------- ------------- Ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) se manifestou nesta sexta-feira, 12, sobre as investigações da Polícia Federal sobre uma estrutura de espionagem ilegal no órgão. As investigações mostram uma gravação, de 2020, de uma conversa entre ele, o então presidente Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno e um advogado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). As declarações de Ramagem e as tratativas do Ministério da Fazenda para incluir armas de fogo no chamado "imposto do pecado" são os destaques do Giro VEJA. Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/recorde-na-camara-30-segundos-para-leitura-de-513-artigos-sobre-impostos/ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------ Jair Bolsonaro (Dado Galdieri/Bloomberg/Getty Images) --------- Brasil Fortuna política Bolsonaro saiu das crises que inventou no governo como um novo milionário Por José Casado Atualizado em 12 jul 2024, 12h29 - Publicado em 12 jul 2024, 06h00 Jair Bolsonaro está imobilizado no túnel do tempo: a glória eleitoral de ontem já se foi, e o renascimento nas urnas de amanhã talvez nunca venha — se depender de órgãos judiciários do Brasil e dos Es... Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/fortuna-politica _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------ ------------ Como é o evento conservador que reuniu Bolsonaro, direita e extrema direita em Camboriú Meio 12 de jul. de 2024 Neste trecho do Conversas com o Meio os jornalistas Pedro Doria, Mariliz Pereira Jorge, o cientista político Christian Lynch e o professor de literatura da UERJ João Cézar de Castro Rocha, falam da conferência CAPC, que reuniu Javier Milei, presidente da Argentina, a família Bolsonaro e outros líderes da direita e extrema direita. Professor João Cézar ressalta o papel da religião no crescimento dos movimentos de extrema-direita no país. https://www.youtube.com/watch?v=y4Nc39_FHeE ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ------------
----------- Educação Charge do JCaesar Humor Por JCaesar 10 jul 2024, 08h08 Charge do JCaesar - 10/07/2024 (JCaesar/VEJA) Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/charge-do-jcaesar-825 __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ---------------
---------- Do que a nova esquerda precisa Dani Rodrik Uma nova esquerda deve enfrentar de frente tanto a nova estrutura da economia quanto o imperativo da produtividade As recentes eleições na França e no Reino Unido, juntamente com a atual campanha presidencial dos Estados Unidos, refletem os dilemas que os partidos de esquerda enfrentam enquanto tentam criar novas identidades e apresentar alternativas verossímeis à extrema-direita. Foi a extrema-direita quem capitalizou primeiro a reação crescente contra o neoliberalismo e a hiperglobalização após a crise financeira global de 2008. Há uma década, podia-se justificar uma reclamação sobre a “abdicação da esquerda”. Em sua defesa, os partidos de esquerda estão numa posição melhor hoje. O Partido Trabalhista britânico acabou de vencer de forma esmagadora, encerrando 14 anos de governo conservador. A coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) na França tem uma chance muito melhor de impedir a ascensão da extrema-direita do que as forças centristas aliadas ao presidente Emmanuel Macron. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, levou seu país a um território inexplorado com novas políticas industriais e verdes, embora esteja atrás de Donald Trump nas pesquisas. Como as dificuldades dos democratas nos Estados Unidos indicam, a esquerda ainda tem muito trabalho pela frente. A idade de Biden e sua evidente incapacidade de convencer o público de sua aptidão mental são uma parte grande do problema. Mas a mensagem mista que os democratas têm enviado sobre o que de fato representam e quem representam também não ajuda. Este é um problema que também aflige outros partidos. Como Thomas Piketty tem mostrado, os partidos de esquerda se desvincularam de sua base tradicional da classe trabalhadora e têm se voltado para a elite educada. A esquerda ainda não forjou uma identidade que seja adequada para as realidades atuais. Como ela deve se reposicionar? Deve focar na redistribuição, como a NFP na França parece ter feito? Deve manter a responsabilidade fiscal, como o Partido Trabalhista do Reino Unido? Deve abraçar políticas industriais à la Biden, e com que propósito? Como deve lidar com questões como imigração, meio ambiente ou direitos dos transgêneros, sobre as quais a elite cultural tem opiniões muito diferentes do público em geral? Se a esquerda deseja recuperar a força política, deve retornar às suas raízes e, mais uma vez, representar os interesses dos trabalhadores. Isso significa focar diretamente em empregos bons, seguros e produtivos para trabalhadores sem diploma universitário. O aumento da insegurança econômica, a erosão da classe média e o desaparecimento dos bons empregos em regiões em declínio foram o coração do aumento do populismo de direita. Apenas revertendo essas tendências a esquerda pode apresentar uma alternativa viável. A dificuldade é que as velhas estratégias não funcionarão. Trabalhadores sindicalizados na manufatura formaram o núcleo de apoio aos partidos de esquerda nas décadas seguintes à Segunda Guerra Mundial. Eles também eram a base da classe média. Hoje, a manufatura emprega uma parcela cada vez menor de trabalhadores nos EUA e na Europa. A maior parte da força de trabalho está nos serviços. Quando Biden assumiu o cargo em janeiro de 2021, a parcela de emprego na manufatura dos Estados Unidos já havia encolhido para 8,5%. Hoje está abaixo de 8,2%, apesar de todos os esforços de seu governo para revitalizar a manufatura. Alguns países europeus, como a Alemanha, têm parcelas maiores de emprego na manufatura, mas nenhum conseguiu evitar um declínio ao longo do tempo. Os partidos de esquerda ainda não aceitaram totalmente esse fato. Nenhuma de suas falas sobre reindustrialização, competitividade, digitalização e transição verde soa realista quando se trata de empregos. Nem o protecionismo contra a China. Estratégias que se concentram na manufatura têm consideravelmente menos apelo político quando a maioria dos trabalhadores não está na manufatura e não tem perspectivas realistas de emprego nesse setor. Políticas redistributivas também têm problemas. Há um argumento forte para tornar os sistemas tributários mais progressivos e aumentar as taxas de imposto dos que têm rendas mais altas. Transferências sociais maiores e previdências sociais melhores ajudariam, especialmente nos Estados Unidos, onde as redes de segurança social ainda são fracas. Mas as transferências de renda não compensam os trabalhadores pela perda de dignidade e reconhecimento social que acompanham o desaparecimento de bons empregos. Nem consertam a quebra na vida social e comunitária que ocorre quando fábricas fecham ou se mudam para outro lugar. O que a esquerda precisa, então, é um programa crível de criação de empregos bons e produtivos em toda a economia - especialmente em regiões em declínio e para trabalhadores com menos que um diploma universitário. O alvo representativo de tal programa não é um trabalhador da indústria automobilística ou siderúrgica, mas um trabalhador de cuidados com a saúde ou varejo. Além disso, a inovação amigável ao trabalho deve estar no centro do programa. Aumentar salários e empregos ao mesmo tempo requer inovações organizacionais e tecnológicas que aumentem a produtividade de trabalhadores menos instruídos. Ao contrário da automação e de outras formas de tecnologias que economizam trabalho, as inovações amigáveis ao trabalho ajudam trabalhadores comuns a realizar uma gama maior de tarefas mais complexas. Ferramentas digitais que conferem expertise são um exemplo. Como a inovação e a produtividade são centrais para essa agenda, as políticas necessárias se parecem com as bem-sucedidas políticas industriais de antigamente. Podemos chamá-las de políticas industriais para serviços ou, melhor ainda, políticas produtivas para o trabalho. Elas se baseiam em parcerias locais intersetoriais existentes e programas nacionais de inovação, mas com foco em serviços que absorvem trabalho e tecnologias complementares ao trabalho menos instruído. Meus colegas e eu esboçamos variantes de tais programas para os EUA, França e Reino Unido. Uma nova esquerda deve enfrentar de frente tanto a nova estrutura da economia quanto o imperativo da produtividade. Só então ela se transformará no verdadeiro movimento político do futuro e em uma alternativa viável à extrema-direita. (Tradução por Fabrício Calado Moreira) Dani Rodrik, professor de economia política internacional na Harvard Kennedy School, é presidente da Associação Econômica Internacional e autor de “Straight Talk on Trade: Ideas for a Sane World Economy”. Copyright: Project Syndicate, 2024. www.project-syndicate.org _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ----------- ------------ Joe Biden vai renunciar? Oscar Vilhena e Pondé analisam a corrida eleitoral nos Estados Unidos Jornalismo TV Cultura 10 de jul. de 2024 #JornalDaCultura #JoeBiden #JC O presidente Joe Biden continua a dizer que vai buscar a reeleição, mas as pressões dentro e fora do partido continuam. Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi e o astro de cinema americano, George Clooney, engrossaram o coro para que ele desista de concorrer. Os comentaristas do #JornalDaCultura, Luiz Felipe Pondé e Oscar Vilhena refletem sobre as dificuldades de Joe Biden para se mostrar um forte candidato para os próximos quatro anos e analisam quais seriam os caminhos do partido democrata. “Os republicanos não existem mais, sucumbiram ao Trump. Espero que os democratas exerçam essa função de pensar no futuro do país”, afirma Vilhena. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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