segunda-feira, 1 de abril de 2024

Fullgás

Tinha onze anos de idade. ------------
------ Descrição: Teorias miasmática e microbiana das doenças. Painel para a exposição no Museu da Vida sobre Oswaldo Cruz. Acervo: Fundação Oswaldo Cruz "Havia uma diferença no ar." "Havia um miasma. Um peso." "- Miasma. Uma palavra interessante. - Mas é!" ---------- ------------ Como era ser jornalista na ditadura | Pedro+Cora Meio Estreou em 28 de mar. de 2024 #golpe #Meio #jornalismo Em Pedro+Cora de hoje (28), Pedro Doria e Cora Rónai conversam sobre os 60 anos do golpe, que estabeleceu uma ditadura militar no Brasil. Cora conta como era ser jornalista em um período definido pela censura e perseguição e desafia aqueles que insistem a chamar a ditadura militar de "bons tempos". Vem! _ PEDRO+CORA Terças e quintas, às 11h15, aqui no YouTube. ---------- -------------- Música | MPB4 - Pesadelo "Foi um pesadelo mesmo. 1/4/24 02:54" _________________________________________________________________________________________________________ ---------
---------- Opinião Estadão on X: "#EspaçoAberto | Sergio Fausto: 'A infame nota do PT 'A infame nota do PT sobre a reeleição de Putin - Nota em que o PT felicita Putin por sua vitoriosa reeleição à presidência da Rússia é uma das mais infames da história do partido' http://estadao.com.br/opiniao/espaco -----------
------------- domingo, 31 de março de 2024 Sergio Fausto* - A infame nota do PT sobre a reeleição de Putin O Estado de S. Paulo Fosse o partido irrelevante, a esquizofrenia entre o que prega e pratica no Brasil e as posições que defende no âmbito internacional seria assunto interno da sigla. Não sendo, o tema é de interesse nacional A nota em que o PT felicita Vladimir Putin pela sua vitoriosa reeleição à presidência da Rússia é uma das mais infames da história do partido. O texto é efusivo. Mostra contentamento com o “feito histórico”, ressalta o “expressivo resultado” e termina com “calorosas saudações”. Desconheceriam os dirigentes do PT as condições de coerção em que se realizaram as eleições russas, a brutalidade repressiva sobre a oposição, os assassinatos e prisões de opositores e jornalistas independentes? Esqueceram-se de que o partido nasceu na luta contra a ditadura militar no Brasil, quando muitos dos que viriam a criá-lo sofreram arbitrariedades semelhantes? Infame do ponto de vista moral, a nota é politicamente inepta. O PT colhe simpatia e votos entre setores da sociedade civil engajados em causas que a Rússia criminaliza. A lei russa prevê pena de prisão para quem exibir símbolos do movimento LGBTQIA+. Para Putin, a igualdade de gêneros destrói os valores da família tradicional. A aliança entre o Kremlin e a Igreja Ortodoxa russa lembra os tempos do czarismo. Além de afrontar parte significativa do eleitorado simpático ao partido, a infame nota afasta eleitores de centro que votaram em Lula nas eleições presidenciais passadas. Desconheceriam os dirigentes do PT que esses eleitores foram decisivos para que o atual presidente derrotasse Bolsonaro numa eleição decidida por margem ínfima de votos? Suporiam que o conjunto da obra do partido no apoio a ditaduras amigas não terá peso em eleições futuras? Não se dariam conta de que o apoio a Putin reforça a paranoia, fomentada pela extrema direita, de que o PT na verdade quer implantar o comunismo no País? Não importa que Putin seja hoje um ídolo da direita reacionária. No mundo da pós-verdade e das fake news,a Rússia continua a ser vermelha como a União Soviética. A nota infame é mais um sintoma de um partido com a bússola moral e política avariada, incapaz de autocrítica, intelectualmente esterilizado, pronto a seguir e ecoar o que seu líder máximo disser. Vista dessa perspectiva, a nota não discrepa da linha dominante da política externa do atual governo, em especial quando o presidente Lula a manifesta de forma espontânea, à margem do cuidado profissional do Itamaraty. Nem sempre foi assim. Para comprová-lo, basta visitar o site da Fundação Perseu Abramo, ligada ao partido, que guarda uma longa série da revista Teoria e Debate. Entre os anos finais da década de 1980 e o início da década seguinte, intelectuais e dirigentes partidários discutiram as causas e possíveis consequências do fim do socialismo real com honestidade intelectual, sem medo do dissenso. Nas páginas da revista, não faltam críticas à “experiência socialista” na União Soviética e na China. Ao nascer, em 1980, o PT introduziu uma nota dissonante e promissora no campo da esquerda brasileira. Tomou distância das pátrias-mães do socialismo real e ganhou maior autonomia de pensamento. Partiu em busca de um socialismo novo, que incorporasse a democracia e desse lugar a cooperativas e pequenas e médias propriedades privadas. A procura pelo novo tropeçou em muitos obstáculos. O partido não queria abdicar do socialismo e rejeitava assumir uma identidade social-democrata, por não aceitar reformas liberais que a social-democracia europeia passava a incorporar em sua agenda. Dilema difícil para um partido de esquerda, ainda em construção: como atualizar-se sem perder a identidade? O PT o resolveu apenas parcialmente. De todo modo, apesar do inconcluso debate sobre o socialismo, o partido abraçou a democracia representativa e ajudou a reerguê-la no Brasil em bases sociais e políticas mais inclusivas. O dilema mal resolvido, porém, não desapareceu. Ressurgiu com uma visível atração pelo capitalismo de Estado na China e simpática ambivalência pela Rússia de Putin, países onde a democracia e os direitos humanos não têm vez. Detalhe menor diante do que realmente importaria: a contraposição ao imperialismo americano, a mesma justificativa para apoiar ditaduras amigas na América Latina. Salta aos olhos a esquizofrenia entre o que o partido prega e pratica no Brasil e as posições que defende no âmbito internacional. Aqui, a força das instituições democráticas, em geral, e a lógica eleitoral, em particular, levaram o PT a moderar sua agenda. O partido abandonou na prática qualquer aspiração socialista, como ocorreu com todos os partidos social-democratas europeus, mas sem levar às últimas consequências a incorporação da democracia como valor universal. Interrompido o debate interno, velhas ideias autoritárias encontraram seu lugar na face externa do partido. Fosse o PT irrelevante, a esquizofrenia seria um assunto interno do partido. Não sendo, o tema é de interesse nacional, sobretudo quando o partido tem a Presidência da República e influência na política externa do País. Esta deve ser realista, mas não pode ser antagônica aos princípios e valores que defendemos como nação democrática. *Diretor-Geral da Fundação FHC, é membro do Gacint-USP. Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:06:00 Um comentário: ADEMAR AMANCIO disse... Disse tudo,apoiado. 1/4/24 02:52 _________________________________________________________________________________________________________
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---------- Eduardo Affonso - A gente faz um país O Globo Cultura era para ser programa de Estado, não de governo. Porque é o que nos dá identidade O artista já foi definido como “a antena da raça”. Seu papel não seria apenas reelaborar o passado (e manter viva a tradição) ou traduzir o presente (e ser o intérprete do seu tempo), mas, principalmente, captar o que está por vir. E inventar esse futuro, seguindo sua intuição. Por isso incomoda tanto — e é tão perseguido e censurado. Por isso interessa tanto — e é tão sujeito a ser cooptado. O artista incomoda o burocrata — aquele que cultiva o “lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor”, de que fala Manuel Bandeira. Incomoda o reacionário — o “burguês funesto”, refém das “adiposidades cerebrais”, alvo do ódio de Mário de Andrade. Incomoda a ponto de não faltar gente (como no governo anterior) que, quando ouve falar em cultura, não saca o Pix, mas o revólver. Não à toa a Lei Rouanet foi tão demonizada, e a gestão da agenda cultural entregue a quem, de cultura, não entendia nada. O artista desafina o coro dos contentes. Bota bepop no samba. Vai aonde o povo está. Abre a voz e o tempo canta. Mas o artista também faz salivar o demagogo, o autoritário. E aí entra a outra face, a arte oficial, a soldo de um projeto de poder. O artista com subsídios para fazer de seus dons um cavalo de Troia e contrabandear pautas de interesse desse ou daquele grupo. Foi assim com o realismo socialista e os filmes de propaganda nazista; está sendo com a literatura progressista (satirizada no cinema por meio de “Ficção americana”). As demandas woke de diversidade, equidade e inclusão reduzindo qualquer criação artística a um comercial da Benetton. Importa mais enegrecer Machado de Assis que o ler; cancelar Monteiro Lobato, mais que contextualizá-lo. E isso não mudará enquanto a educação, alma gêmea da cultura, continuar negligenciada, e uma geração não receber os afluentes das gerações passadas. O que leva a jovem cantora a comemorar que a música nordestina “finalmente encantou o Brasil”, ignorando os (grandes) que a antecederam. Ou o compositor da periferia a não ter ideia de quem sejam esses a quem Chico Buarque reverencia ao receitar “para um coração mesquinho/ contra a solidão agreste” Pixinguinha, Noel, Cartola, Orestes. Na contracorrente do descaso, do desprezo ou da militância, há os que criam uma obra ouvindo o passado, respirando o agora, olhando adiante. Como Roberta Sá e o samba; Egberto Gismonti, que foi beber em Villa-Lobos (antes embebedado nas cantigas populares). Como Maria Bethânia e Mônica Salmaso — quem ouvir “Brasileirinho” e “Caipira” terá um vislumbre do que fomos, do que somos, do que podemos ser. Cultura era para ser programa de Estado, não de governo. Porque é o que nos dá identidade, sensação de pertencimento. Ou, na definição de Selma Lagerlöf, “o que subsiste quando esquecemos tudo o que tínhamos aprendido”. “O Brasil vem da fusão de todas as águas, de todas as correntes culturais, da miscigenação. (...) Nossa música é a nossa política”, proclamaram Marina Lima e Antonio Cicero, lá nos estertores da ditadura. A cultura pede diversidade — não só étnica, de gênero, de orientação sexual —, mas de pensamento. O que a (má) política fraturou a arte há de poder soldar. Só assim a gente (re)faz um país. ________________________________________________________________________________________________________ ----------- ----------- Fullgás Marina Lima Letra Significado Meu mundo você é quem faz Música, letra e dança Tudo em você é full gás Tudo você é quem lança Lança mais e mais e Só vou te contar um segredo Não nada Nada de mal nos alcança Pois tendo você meu brinquedo Nada machuca, nem cansa Então venha me dizer O que será Da minha vida Sem você Noites de frio Dia não há E um mundo estranho Pra me segurar Então onde quer que você vá É lá, que eu vou estar Amor esperto Tão bom te amar E tudo de lindo que eu faço É, vem com você, vem feliz Você me abre seus braços E a gente faz um país Você me abre seus braços E a gente faz um país Composição: Antônio Cícero / Marina Lima.

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