domingo, 7 de abril de 2024

CAVERNA ILUMINADA

------------ "A arte imita a vida." ------------- O Mito da Caverna e a degradação das nossas cidades Neste domingo, 7 de abril de 2024, enquanto nos preparamos para mais um ciclo eleitoral municipal, é inevitável não refletir sobre o estado de nossas cidades e o cenário político que as envolve. Como na alegoria da caverna de Platão, somos confrontados com um mundo de sombras e ilusões, onde as propostas políticas muitas vezes são apenas projeções distorcidas da realidade. Assim como os prisioneiros da caverna, nós, cidadãos, muitas vezes nos vemos acorrentados às sombras da política envelhecida, incapazes de enxergar além das falsas promessas e dos interesses privados que dominam o cenário urbano. As políticas públicas, que deveriam servir ao bem comum, foram capturadas por grandes interesses, relegando a população à degradação urbana e à insegurança. É urgente romper com esse ciclo vicioso, adotando políticas disruptivas e audaciosas que coloquem as necessidades reais da população em primeiro plano. Enquanto favelas e periferias são tomadas pelo crime organizado, é dever das autoridades proporcionar habitação digna, mobilidade urbana eficiente, segurança pública eficaz e assistência integral às famílias. A história nos ensina que já houve momentos de transformação e progresso em nossas cidades. No entanto, é necessário um novo olhar, um compromisso verdadeiro com o bem-estar da população e uma abordagem política que vá além dos interesses imediatos do mercado. À medida que nos preparamos para mais uma eleição municipal, que possamos nos libertar das correntes que nos mantêm nas sombras da política tradicional e buscar a luz da verdadeira transformação urbana, onde as ideias brigam, mas as pessoas se unem em prol do bem comum. _________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------ domingo, 7 de abril de 2024 Luiz Carlos Azedo - O Mito da Caverna e a degradação das nossas cidades Correio Braziliense É preciso romper o círculo vicioso de degradação urbana, com políticas disruptivas e audaciosas. Periferias e favelas estão sendo tomadas pelo crime organizado A partir de hoje, a pré-campanha das eleições municipais está na rua. Após mais um troca-troca de legendas, encerrado ontem, com o fim do prazo de filiação partidária, em todas as cidades do país armam-se as candidaturas a prefeito e vereador, com seus respectivos apoiadores. É um movimento pautado pela grande circulação de recursos financeiros, seja de fundos eleitorais, seja de caixa dois proveniente do desvio de recursos públicos, cuja origem, em parte, são contratos de fornecedores e as emendas ao Orçamento da União. Candidaturas nascem e desaparecem num passe de mágica, no grande balcão de negócios em que se transformou esse momento da pré-campanha. É um mundo de sombras, como na alegoria da caverna de Platão, descrito no clássico dos clássicos da política: A república. Nele, o filósofo grego discute o papel do conhecimento, da linguagem e da educação no Estado ideal. Na caverna, resumidamente, prisioneiros estão acorrentados e veem sombras bruxuleantes projetadas pela luz de uma fogueira. São homens, animais e plantas imaginárias. Um dos prisioneiros, porém, se livra das correntes e percorre a caverna. Descobre que as imagens não são reais, mas de estátuas cujas silhuetas eram projetadas pela fogueira. E que passara a vida inteira julgando sombras e ilusões. Ao sair da caverna, é ofuscado pela luz; mas se habitua à nova realidade e volta a enxergar fora da caverna. Encontra com a vida verdadeira, regressa para a caverna e conta o que viu. Entretanto, é ridicularizado pelos demais, que só conseguem enxergar as sombras na parede da caverna. É chamado de louco e ameaçado de morte porque suas ideias são absurdas. É mais ou menos o que acontece nos debates eleitorais, quando alguém surge com uma proposta verdadeiramente inovadora e disruptiva, depois de fugir do mundo das sombras da política envelhecida. Há toda uma estrutura montada para reproduzir os padrões obsoletos que degradam as cidades brasileiras. As políticas públicas na maioria das cidades brasileiras foram capturadas por grandes interesses privados, em prejuízo da população. Passamos por um novo ciclo de expansão urbana que, agora, também atinge as cidades médias e pequenas. Na transição da vida do campo para a cidade na segunda metade do século passado, provocada pela adoção da legislação trabalhista no meio rural e a rápida industrialização, ainda havia um certo planejamento urbano e a preocupação de oferecer condições de vida e de locomoção que tornassem as cidades funcionais, e de formar uma força de trabalho escolarizada e saudável para atender às demandas da modernização. Brasília é o melhor exemplo. Essa situação mudou radicalmente. A força do agronegócio, hoje o setor mais dinâmico da economia, com notável impacto em pequenas e médias cidades da nova “economia do sertão”, restaurou a influência nacional da nossa elite agrária, mas isso não se traduz na vida urbana como poderia. Há 100 anos, houve um notável movimento de reforma urbanística no país, que deu às principais capitais brasileiras grandes avenidas, bulevares, transportes sobre trilhos, saneamento básico, hospitais e escolas públicas, etc. Tudo financiado por recursos provenientes do café, do açúcar, do algodão, do cacau, da borracha, da pecuária e da mineração, e por investimentos nacionais e estrangeiros na implantação de indústrias e de serviços urbanos. Favelas e periferias Uma grande massa de brasileiros continua se deslocando do campo para os centros urbanos, em busca de novas perspectivas de vida, mas as cidades não estão sendo capazes de absorver essas pessoas e lhes oferecer condições dignas de trabalho, de moradia, de saúde, de educação, de segurança e de mobilidade. Há estagnação e degradação da vida das cidades, já não só nas favelas e periferias, depois de um ciclo recente, protagonizado pela redemocratização do país e o reconhecimento dos municípios como entes federados, pela Constituição de 1988, o que proporcionou autonomia e muitas administrações competentes e inovadoras. Houve melhoramentos contínuos da qualidade de vida em muitas cidades, entre as quais se destacam Maringá e Curitiba, no Paraná; Jundiaí, São José do Rio Preto, Piracicaba, São José dos Campos, Franca, Taubaté e Campinas, em São Paulo; e Vitória, no Espírito Santo. No ranking das melhores cidades para se viver, essas cidades batem capitais como Belo Horizonte, São Paulo, Florianópolis, Palmas, Campo Grande, Goiânia, Rio de Janeiro e Porto Alegre, que são as melhor avaliadas. Como os antigos sofistas, tão criticados por Platão, campanhas eleitorais encantam os espíritos com argumentos que nada tem a ver com a verdade, só visa a conquista de opiniões. A diferença entre os sofistas e a construção das narrativas atuais é que os antigos, tão combatidos por Platão, se satisfaziam com a vitória passageira à custa da verdade, enquanto os políticos almejam a conquista do poder a qualquer preço, sem projeto de transformação da realidade. Sim, a maioria dos atuais prefeitos já não faz promessas mirabolantes, nem apresenta projetos faraônicos, ou promete mundos e fundos. Mas a safra de prefeitos que transformou as cidades acima citadas cumpriu um ciclo histórico. Novos problemas surgiram e se somaram àqueles que não conseguiram resolver. O maior deles talvez seja o garrote da captura da expansão urbana pelos grandes interesses imediatos do mercado imobiliário, do setor automotivo e dos prestadores de serviços, como a coleta de resíduos sólidos. É preciso romper o círculo vicioso de degradação urbana, com políticas disruptivas e audaciosas, mas focadas na vida banal da população. Periferias e favelas estão sendo tomadas pela “territorialização” do crime organizado, que controla o tráfico de drogas, achaca os empreendedores, tributa os moradores e torna a vida das pessoas mais difícil e insegura. Estão cada vez mais mancomunados com servidores públicos e políticos. Habitação decente, mobilidade urbana, segurança pública e assistência integral às famílias, ao lado da saúde e da educação, são uma agenda que precisa ser tratada como política do bem comum e não apenas como negócio. _________________________________________________________________________________________________________ -------------- Praça Onze ( Leny Andrade ) Herivelto Martins Sinfonia de Pardais Vão acabar com a Praça Onze, Não vai haver mais Escola de Samba,não vai. Chora o tamborim, Chora o morro inteiro, Favela,Salgueiro, Mangueira,Estação Primeira. Guardai os vossos pandeiros,guardai, Porque a Escola de Samba não sai. Adeus minha Praça Onze, adeus. Já sabemos que vaes desaparecer, Leva contigo,a nossa recordação, Mas ficarás eternamente em nosso coração. E algum dia,nova praça nós teremos, E o teu passado, Cantaremos! Composição: Heivelto Martins & Grande Otelo _________________________________________________________________________________________________________
------------- Forum da Cultura - Pró-Reitoria de Cultura ------------ 5 de dezembro de 2017 “Favela iluminada”: a saga do morro Texto de José Luiz Ribeiro tem como pano de fundo o surgimento da primeira favela carioca, o Morro da Providência. (Foto Márcia Falabella) Os atores do Workshop de Interpretação para Terceira Idade, do Grupo Divulgação sobem ao palco do Teatro do Forum da Cultura/UFJF para a encenação de “Favela iluminada”, com texto e direção de José Luiz Ribeiro. O espetáculo é a última encenação do ano do Divulgação, completando nove montagens nesta temporada. A estreia será nesta quinta, dia 7, às 20h30, e a temporada relâmpago segue até o sábado, dia 9, com apresentações sempre às 20h30. As reservas podem ser feitas pelo telefone 3215-3850. Voz do morro O espetáculo traz como pano de fundo o surgimento da primeira favela carioca, o Morro da Providência, em 1897. O local, habitado por ex-combatentes da Guerra dos Canudos, ex-escravos, retirantes nordestinos e moradores de antigos cortiços, retrata a dura realidade dos cidadãos que sofrem com a falta de infraestrutura e ainda convivem com as promessas de políticos que usam da miséria para se manterem no poder. Pontuado por músicas que abordam a temática sobre favelas, Favela Iluminada reúne cenas do dia a dia do local, como a chegada de uma nordestina em busca de um cantinho, após a demolição do cortiço onde ela morava; os impasses para a abertura de uma bodega no morro e os mistérios sobre a morte da porta-bandeira da escola da comunidade. Os diálogos e os encontros acontecem ao redor da bica, ponto de encontro da comunidade, onde as mulheres lavam roupas e sobem o morro com as latas d’água na cabeça para prover as necessidades de suas famílias. A trama faz também uma crítica ao comportamento dos políticos que prometem melhorias para a comunidade, se aproximam com o discurso que demonstra conhecimento e pertencimento às causas dos cidadãos, mas na realidade estão interessados nos votos que poderão obter nas eleições. “A arte imita a vida!” Embalada pelo sonho de ser famosa e ter uma vida melhor, diferente da vivida na favela, Conceição, a porta-bandeira referência na comunidade, passa por um processo de transformação estético e social que culmina com a negação de suas raízes e de sua identidade. A morte da porta-bandeira coincide com o fim da Praça Onze, antigo reduto do samba carioca que reuniu comunidades e as primeiras agremiações do Rio. O elenco O elenco é composto por Adélia Bassani da Silva, América Magaldi, Áurea Lins, Bárbara Elisabet Neves, Cida Fracetti, Dalva Salazar, Helena de Fátima Nepomuceno, Hilda Moraes, Jorge de Sá, José Homero Soares, José Paulo da Silva, Maria das Graças Fernandes, Maria Inocência Viríssimo, Maria Isabel dos Santos Barbosa, Mariluce Rodrigues de Oliveira, Marisa Magalhães Ulhoa, Natalina Cornélia da Silva, Nilda Rita Gonçalves, Vera Lúcia Espíndola Zapalá Pimentel, Vilma Nunes, Vitor Rodrigues e Zuleide Gondim Simão. Forum da Cultura Endereço: Rua Santo Antônio, 1112 Evento: “Favela iluminada” Dia: 07 a 09 de dezembro Horário: às 20h30 Entrada: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada) _________________________________________________________________________________________________________ -----------
----------- Forum da Cultura ------------- Para Aristóteles “a arte imita a vida”, sendo a arte uma técnica estratégica usada para vencer os empecilhos que sozinha a natureza tem dificuldades para superar, demonstrando com isso que o homem ético e político age com prudência, enquanto o técnico/artista age com habilidade através da licença poética que lhe é concedida. ------------
-------------- A arte imita a vida ou a vida imita a arte? A transexualidade retratada na novela A força do querer Publicado por Fabiana Ramalho https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-arte-imita-a-vida-ou-a-vida-imita-a-arte/485883433 _________________________________________________________________________________________________________ ----------- --------------- Lula entre os evangélicos e dois golpes | Foro de Teresina - o podcast de política da piauí revista piauí 22 de mar. de 2024 O Foro de Teresina desta semana fala do indiciamento de Jair Bolsonaro e dos depoimentos sobre o 8 janeiro. Fernando Barros, Ana Clara Costa e Celso Rocha de Barros também comentam a relação do governo com o eleitorado evangélico e dedicam um bloco à efeméride dos 60 anos do golpe militar. Escalada: 00:00 1º bloco: 04:01 2º bloco: 23:38 3º bloco: 39:39 Kinder Ovo: 54:34 Correio Elegante: 55:57 Créditos: 58:27 https://www.youtube.com/watch?v=M-W65ctFOvE _________________________________________________________________________________________________________ -----------
------------ Mapa do Piauí, estado do Brasil. Ilustração vetorial. - Ilustração em Alta Resolução ------------ O que é ser uma pessoa pareidolia? Pareidolia: o fenômeno psicológico que nos permite ver formas ... A pareidolia é um fenômeno neuropsicológico que, diante de estímulos ocasionais e ambíguos, como manchas, nuvens ou objetos inanimados, a pessoa tem a capacidade de reconhecer neles padrões significativos. _________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------ Reprodução fotográfica autoria desconhecida Favela Iluminada Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural Manezinho Araújo 1978 ------------ Praça Onze ( Leny Andrade ) Herivelto Martins Vão acabar com a Praça Onze, Não vai haver mais Escola de Samba,não vai. Chora o tamborim, Chora o morro inteiro, Favela,Salgueiro, Mangueira,Estação Primeira. Guardai os vossos pandeiros,guardai, Porque a Escola de Samba não sai. Adeus minha Praça Onze, adeus. Já sabemos que vaes desaparecer, Leva contigo,a nossa recordação, Mas ficarás eternamente em nosso coração. E algum dia,nova praça nós teremos, E o teu passado, Cantaremos! https://www.ouvirmusica.com.br/herivelto-martins/praca-onze-leny-andrade/ _________________________________________________________________________________________________________

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