domingo, 21 de abril de 2024

DRAMATIZAR COM SINTONIA

quem foi que inventou o brasil, foi JK? ----------- -------------- História do Brasil (marcha/carnaval) Lamartine Babo Quem foi que inventou o Brasil? Foi seu Cabral! Foi seu Cabral! No dia vinte e um de abril Dois meses depois do carnaval Depois Ceci amou Peri Peri beijou Ceci Ao som... Ao som do Guarani! Do Guarani ao guaraná Surgiu a feijoada E mais tarde o Paraty Depois Ceci virou Iaiá Peri virou Ioiô De lá... Pra cá tudo mudou! Passou-se o tempo da vovó Quem manda é a Severa E o cavalo Mossoró Composição: Lamartine Babo. _________________________________________________________________________________________________________ -------- ------------- Grand Finale hofeshshechterco -----------
------------ Luiz Carlos Azedo - A luz do poeta Joaquim Cardozo na arquitetura de Brasília Correio Braziliense Muitos arquitetos e engenheiros vieram para Brasília com Niemeyer. Deixaram suas marcas na cidade. O próprio Lucio Costa projetou a Torre de TV e a Rodoviária João Cabral de Melo Neto escreveu um lindo poema em homenagem ao também poeta e engenheiro Joaquim Cardozo, parceiro de Oscar Niemeyer e Lucio Costa na construção de Brasília. Inspirou-se em Diego Velázquez, um pintor barroco do século XVII e principal artista da corte do rei Filipe IV da Espanha, que abriu as portas para o realismo e o impressionismo de Édouard Manet, Pablo Picasso e Salvador Dalí. Sua obra-prima é Las Meninas (1656), que se encontra no Museu do Prado, em Madrid. A síntese da obra de Velásquez é o foco de luz num mundo sombrio, com o qual João Cabral homenageia o grande calculista do concreto armado de Brasília. “Escrever de Joaquim Cardozo/ só pode quem conhece/ aquela luz Velásquez/de onde nasceu e de que escreve / A luz que das várzeas da Várzea/ onde nasceu, redonda /vem até o ex-Cais de Santa Rita/ que viveu: luz redoma, / luz espaço, luz que se veste, / leve como uma rede, / e clara, até quando preside/ o cemitério e a sede”. O que seria da luz de Brasília sem seu traçado e o concreto armado, em meio ao Cerrado? Sim, a luz de Cardozo veio do Recife e lembra Velásquez, mas encontrou seu espaço no cálculo dos grandes palácios que encantam o mundo e faz do Plano Piloto uma cidade única e até hoje futurista. São de Joaquim Cardozo os cálculos estruturais da maioria dos prédios icônicos da capital federal, que hoje completa 64 anos. Muito ligado a Manuel Bandeira e ao próprio João Cabral, Cardozo também era um grande poeta, o que o levou à Academia Brasileira de Letras. Nasceu no bairro do Zumbi, no Recife, em 26 de agosto de 1897. Era filho do bibliotecário José Antônio Cardoso e Elvira Moreira Cardoso. Foi no Ginásio Pernambucano do Recife, para onde viajava todo dia de trem, pois morava em Jaboatão, que se aventurou pela literatura, no jornal O Arrabalde. Sua poesia Os mundos paralelos reflete a vida dupla de poeta apaixonado e frio calculista de grandes espaços vazios sob concreto: “Todos os meus atos são atos reflexos/ No projetivo espelho tempo/espaço, no fechado não denso / Correspondência injetiva, deprimente, fria, de interno entorno (…)/ No que aqui é doce, no paralelo é amargo”. Vivia num mundo só dele, como acontece com muitos em Brasília. Um grupo de amigos Muitos arquitetos vieram para Brasília com Niemeyer. Deixaram suas marcas na cidade. O próprio Lucio Costa, responsável pelo conceito urbanístico de cidade-parque, hoje plenamente consolidado, projetou a Torre de TV e a Rodoviária do Plano Piloto, marco zero da capital, que precisa ser revitalizado. É por ela que a vida banal dos moradores do Distrito Federal se conecta com a arquitetura monumental. Brasília é fruto da imaginação diante das pranchetas e dos cálculos de engenheiros projetistas. Marcílio Mendes Ferreira, Hélio Uchôa, Eduardo Negri, Milton Ramos, Stéllio Seabra, Marcelo Graça Couto, Sérgio Rocha e outros arquitetos deixaram suas marcas impressas em concreto, na singularidade das fachadas, nos pilotis, na distribuição interna dos espaços, nas janelas e nos basculantes. Identificar a autoria dos prédios de Brasília, de certa forma, valoriza os imóveis. É o caso da 105 Sul, com dez blocos projetados por Uchôa, que trabalhou no escritório de Lucio Costa, com suas esquadrias e venezianas de madeira. Nauro Esteves, chefe do Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU) da Novacap, braço direito de Niemeyer, projetou o Conjunto Nacional, o Hotel Nacional, o Palácio do Buriti e a sede da Polícia Militar (no Setor Policial Sul). São dele também o bloco duplo JK, da SQS 112, com a fachada revestida em esmalte azul e pastilhas brancas, as superquadras Sul 403, 406, 407, 410, 411 e 413 e os prédios com apartamentos de três e quatro quartos da SQS 115 e na SQN 102. O mineiro Marcílio Mendes Ferreira, funcionário do Departamento de Engenharia da Caixa Econômica Federal, projetou o Bloco C da 210 Sul, o bloco C da SQS 312 e o K da 203. São apartamentos disputadíssimos, com 221 metros quadrados. João Filgueiras Lima, o Lelé, outro representante do modernismo brasileiro, projetou os blocos pré-fabricados do Minhocão da Universidade de Brasília, um símbolo da UnB, e dos hospitais da Rede Sarah e de Taguatinga. O nome dos bloquinhos vazados de cimento que são uma característica dos prédios clássicos do Plano Piloto, inclusive, na famosa quadra modelo 308 da Asa Sul, são as iniciais dos pernambucanos Amadeu Oliveira Coimbra (co), Ernest August Boeckmann (bo) e Antônio de Góis (go), donos de uma fábrica de tijolos. Hoje, os cobogós são uma marca de Brasília — filtram o sol escaldante e permitem a circulação de ar nos edifícios —, ao lado das icônicas andorinhas dos azulejos de Athos Bulcão. -----------
----------- RESENHA: O texto "A luz do poeta Joaquim Cardozo na arquitetura de Brasília", assinado por Luiz Carlos Azedo e publicado no Correio Braziliense em 21 de abril de 2024, destaca a importância do poeta e engenheiro Joaquim Cardozo na construção da capital brasileira, bem como a contribuição de outros arquitetos e engenheiros para a arquitetura marcante de Brasília. A narrativa começa destacando a presença de diversos profissionais que vieram para Brasília junto com Niemeyer, deixando suas marcas na cidade, como Lucio Costa, responsável pelo conceito urbanístico do Plano Piloto, e também responsável por projetos como a Torre de TV e a Rodoviária. O texto evoca a inspiração do poeta João Cabral de Melo Neto em Diego Velázquez, destacando a homenagem ao calculista de concreto armado Joaquim Cardozo, parceiro de Niemeyer e Lucio Costa. A luz, tanto metafórica quanto literal, é um elemento central na obra, representando tanto a influência artística quanto a contribuição prática de Cardozo para a arquitetura de Brasília. A poesia de Cardozo é mencionada, refletindo sua dualidade entre ser poeta e engenheiro. Além disso, é ressaltada a importância de outros profissionais, como Nauro Esteves, Marcílio Mendes Ferreira e João Filgueiras Lima, na construção da cidade. O texto também destaca a singularidade da arquitetura de Brasília, com referências específicas a alguns edifícios e características marcantes, como os cobogós e os azulejos de Athos Bulcão. A narrativa encerra enfatizando a relevância dos profissionais pernambucanos na fabricação dos elementos arquitetônicos que se tornaram ícones da capital. Em suma, o texto oferece uma análise interessante sobre a relação entre a poesia, a luz e a arquitetura na construção de Brasília, destacando a contribuição de diversos profissionais para a criação de uma cidade tão única e marcante. _________________________________________________________________________________________________________ --------------- ------------- CNN VIAGEM & GASTRONOMIA | Especial Brasília: O melhor da nossa capital - 20/04/2024 CNN Brasil Transmissão ao vivo realizada há 13 horas Assista ao episódio do CNN VIAGEM & GASTRONOMIA exibido neste sábado, 20 de abril de 2024, apresentado por Daniela Filomeno. O tema deste programa é: Especial Brasília: O melhor da nossa capital. -----------
---------- Porque JK construiu o Brasil? Construção de Brasília: como foi e governo JK - Brasil Escola Juscelino idealizou a construção de Brasília para que fosse a síntese perfeita do seu plano de modernização do Brasil. Durante as obras, o presidente não poupou recursos para que a cidade projetada por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa fosse erguida. _________________________________________________________________________________________________________ ------------
----------- Antonio Fausto Nascimento* - Roberto Freire (20/4/24) O Brasil e Pernambuco devem a Roberto Freire resistência à ditadura militar, durante maior período repressivo, contributo ao melhor da Constituição de 1988, aperfeiçoamento da Lei de Anistia de 1979, legalidade dos partidos proibidos, em mandato de deputado estadual, seis de deputado federal, um de senador, por Pernambuco e São Paulo, líder do governo Itamar Franco na Câmara Federal, Ministro de Estado no governo do MDB. Poucas personalidades políticas brasileiras com carreira tão extensa e diversificada. Liderança do antigo PCB, que promoveu transição da estreiteza dogmática de caserna ao socialismo com democracia e legalidade, substituindo velha sigla por PPS e atual Partido Cidadania, de grande futuro na sociedade brasileira. Em mais de meio século de atividade política, chega aos 82 anos, lúcido, atuante e combativo. Parabéns, vida longa, saúde e paz ao grande brasileiro, estadista, democrata, patriota, republicano e homem público já incorporado à memória nacional. Visão estratégica ao apoiar, no primeiro turno das eleições de 2022, candidatura presidencial da então senadora Simone Tebet, que possibilitou, no segundo turno, vitória de Lula III. *Antonio Fausto Nascimento, ex-líder bancário, em Pernambuco, foi secretário do Trabalho, governo Miguel Arraes, 1962-1964. _________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------ RESENHA: O texto presta uma homenagem a Roberto Freire, figura política de destaque no Brasil e em Pernambuco, reconhecendo sua contribuição significativa para a resistência à ditadura militar, a consolidação da democracia e o aprimoramento das instituições políticas brasileiras. Inicia-se destacando a atuação de Freire durante o período mais repressivo da ditadura militar, ressaltando seu papel na defesa dos direitos humanos e na luta pela democracia. Sua participação na elaboração da Constituição de 1988 e no aperfeiçoamento da Lei de Anistia de 1979 são mencionadas como exemplos de seu compromisso com o Estado de Direito. A trajetória política de Freire é descrita como extensa e diversificada, abrangendo cargos de deputado estadual, federal e senador por Pernambuco e São Paulo, além de sua atuação como Ministro de Estado no governo do MDB. Sua liderança no antigo PCB e a posterior transição para o PPS e, posteriormente, o Partido Cidadania, são ressaltadas como reflexo de sua visão política e estratégica, voltada para a democracia e a legalidade. Aos 82 anos, Freire é descrito como uma figura lúcida, atuante e combativa, cujo legado político já está incorporado à memória nacional. Sua decisão estratégica de apoiar a candidatura presidencial de Simone Tebet no primeiro turno das eleições de 2022, que contribuiu para a vitória de Lula III no segundo turno, é mencionada como um exemplo de sua influência e relevância política contínua. O autor, Antonio Fausto Nascimento, ex-líder bancário em Pernambuco e ex-secretário do Trabalho no governo Miguel Arraes, conclui a homenagem desejando vida longa, saúde e paz a Roberto Freire, reconhecendo-o como um grande brasileiro, estadista, democrata, patriota, republicano e homem público exemplar. _________________________________________________________________________________________________________
---------- O que significa se Maomé não vai até a montanha? Assim, o ditado original está corretíssimo, se a Montanha não vai a Maomé, Maomé vai até a montanha, pois se Maomé não for até a Montanha, ela com certeza não irá até ele. Portanto, não espere que os outros façam por você, faça você mesmo. ----------
------------- Maria Cristina Fernandes: Barradas no baile da política --------- No baile da política, um xadrez se fez, Lula vai à Lira, Moraes vai à Lula, tudo se refaz. Wagner vai a Pacheco, um jogo de interesses, Pacheco, com seu talento, nos destinos se entrelaça. Lula e Milaneza, dançam num mesmo compasso, Wagner, o predileto, tem a aura de um Führer. Alexandre, o grande, desata o nó górdio, Nessa dança política, o poder se insinua. Lula e Lira, beija-flores em pleno voo, Moraes e Lula, corintianos da mesma paixão. Wagner e Pacheco, em seus próprios destinos, Na quadrilha da política, movimentos de sedução. E assim se desenrola o espetáculo do poder, Onde os protagonistas desfilam seus jogos de interesse. Na dança dos políticos, cada passo é um poder, E a roda da história continua a tecer seu tecido denso. _________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------- Independência e harmonia entre os Poderes Charge do Nani (nanihumor.com) ----------- No Brasil, a briga entre os três Poderes é só para dramatizar o creme chantilly Publicado em 20 de abril de 2024 por Tribuna da Internet FacebookTwitterWhatsAppEmail Mario Sabino Metrópoles A imprensa está excitadíssima com o que chama de briga entre os três poderes. Eu chamo a briga de acerto entre os poderes. Entendo os meus colegas: é preciso cobrir a política brasileira, não tem jeito, e os atores da peça às vezes se ameaçam mutuamente quando alguém resolve emperrar o esquema que vinha funcionando perfeitamente. É só quando a realidade concreta entra em jogo, apenas para servir de objeto de escambo. Alguém resolve emperrar não pelo bem do país — que país? –, mas para ver se consegue aumentar o próprio cacife no toma lá, dá cá habitual. Aumentar o próprio cacife significa diminuir o do outro, mudando o que a esquerda gosta de chamar de correlação de forças. COM CHANTILLY – Briga entre poderes me lembra uma cena que presenciei em uma famosa e movimentada sorveteria de Roma. Ao ser atendido por um dos atendentes que servia os sorvetes, o cliente pediu um de chocolate, café e creme. O atendente perguntou, como de hábito na Itália, se o sorvete era com ou sem cobertura de chantilly. O cliente respondeu que era com chantilly. — Entendi: chocolate, café, creme, sem chantilly. — Não, não, eu pedi com chantilly! — Eu sei, senhor, foi só para dramatizar… É preciso dramatizar, portanto, tanto da parte dos políticos, como da imprensa. Como nesse enfrentamento de Arthur Lira com Lula e com o PT, no qual o STF entrou de cambulhada por ser alvo da direita, que não suporta mais os transbordamentos de certos ministros do Supremo. ABUSO DE AUTORIDADE – Até as tampas com o governo do PT, que tirou o emprego de um primo seu no Incra a pedido do MST e não quer que o próximo presidente da Câmara seja aliado seu, Lira ameaçou abrir investigação sobre abuso de autoridade das excelências do STF, como quer a direita, para mandar recado a Lula, que tem no tribunal o seu maior aliado político. Os ministros ficaram apreensivos e recorreram ao presidente para ver o que podia ser feito, e um deles foi até o parlamento para um olho no olho com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, e com o presidente da Câmara rebelde. Lira conta também com outros itens no seu pacote de maldades, expressão usada em Brasília que costuma me causar bocejos. Ameaça, assim, dificultar a vida do governo Lula — como se o governo Lula já não se dificultasse por si só. PARA DRAMATIZAR – É um repetição, perceba você, da mesma história de sempre. A única novidade, e reconheço que não de pouca monta, é que agora a briga inclui o Judiciário, que virou poder político. Mas são todos brasileiros, graças a Deus, e tudo deverá se resolver como sempre, pelo menos neste momento em que o caos econômico ainda está em seus primeiros anúncios. O esquema só sofre abalo real quando o dinheiro começa a faltar para todo mundo. Aí, então, é preciso mudar para que tudo volte a ser como sempre foi, tal como ocorreu no caso do impeachment de Dilma Rousseff, para usar exemplo recente. Se não houver fator novo, o que seria muito surpreendente, essa briga entre poderes vai acabar em sorvete com chantilly. O sorvete sem chantilly foi só para dramatizar, senhor. --------------
---------- CONFUSÃO DO POEMA COM O ARTIGO EM UM ESTILO QUE MESCLE A POESIA E A PROSA CRITICAMENTE, MAS COM HUMOR E ELEGÂNCIA. ----------- No baile da política, onde o xadrez se faz, Lula e Lira dançam num compasso voraz. Moraes e Lula, corintianos na paixão, Enquanto Wagner e Pacheco tecem sua união. No tabuleiro dos interesses, cada peça se move, Como num jogo de xadrez, onde o poder se prova. Lula e Milaneza, unidos pelo destino, Enquanto Wagner, o predileto, brilha com seu tino. Mas eis que surge a briga entre os poderes três, Excitando a imprensa, como sorvete com chantilly. A dramatização se instaura, como na sorveteria romana, Onde o pedido com chantilly se torna mera artimanha. A política brasileira, um espetáculo de acordos, Onde a realidade serve apenas para escambo de bordos. Lira e Lula, Lira e PT, Lira e STF, Enquanto o país observa, meio perplexo e sem fôlego. A ameaça de investigação paira sobre o ar, Abuso de autoridade, uma carta para jogar. Lira, Pacheco, e o STF no embate se encontram, Enquanto o Brasil assiste, entre risos e espantos. É o eterno retorno da mesma narrativa, Onde os poderes se digladiam numa luta criativa. Mas no final das contas, o sorvete será com chantilly, Pois o drama é só para colorir a vida cotidiana, brilhantemente. ------------ ------------- CONCLUSÃO NUM GRAND FINALE NO TOM DA LETRA DE SINTONIA, Canção de Moraes Moreira ---------- Escute essa canção Que é pra tocar no rádio No rádio do seu coração Você me sintoniza E a gente então se liga Nessa estação Aumenta o seu volume que o ciúme Não tem remédio Não tem remédio Não tem remédio não Aumenta o seu volume que o ciúme Não tem remédio Não tem remédio Não tem remédio não E agora assim aqui pra nós Pelo meu nome não me chama Você é quem conhece mais A voz do homem Que te ama Deixa eu penetrar na tua onda Deixa eu me deitar na tua praia Que é nesse vai e vem Nesse vai e vem Que a gente se dá bem Que a gente se atrapalha Deixa eu penetrar na tua onda Deixa eu me deitar na tua praia Que é nesse vai e vem Nesse vai e vem Que a gente se dá bem Que a gente se atrapalha Aumenta o seu volume que o ciúme Não tem remédio Não tem remédio Não tem remédio não Aumenta o seu volume que o ciúme Não tem remédio Não tem remédio Não tem remédio não E agora assim aqui pra nós Pelo meu nome não me chama Você é quem conhece mais A voz do homem que te ama Deixa eu penetrar na tua onda Deixa eu me deitar na tua praia Que é nesse vai e vem Nesse vai e vem Que a gente se dá bem Que a gente se atrapalha Deixa eu penetrar na tua onda Deixa eu me deitar na tua praia Que é nesse vai e vem Nesse vai e vem Que a gente se dá bem Que a gente se atrapalha Escute essa canção Que é pra tocar no rádio No rádio do seu coração Você me sintoniza E a gente então se liga Nessa estação" ----------- ------------ SEGUE O FLUXO - CONTROLANDO - GUETTHO É GUETTO | FitDance (Coreografia) | Dance Video --------- E assim, ao som dessa sintonia, O Brasil segue sua dança, sua sinfonia. No rádio do coração, a política ressoa, E nós nos conectamos, como numa boa. Aumentemos o volume, que o ciúme não tem vez, Nesse vai e vem de interesses, a vida se fez. Deixa-nos penetrar na onda da mudança, Deitar na praia da esperança, com confiança. Que a briga entre poderes seja só um espetáculo, Onde o drama é necessário, mas não é o baralho. No final das contas, somos nós quem temos o controle, Da estação onde sintonizamos, do nosso farol. Escutemos essa canção, no rádio do coração, Onde nos ligamos, numa só vibração. Que a política seja melodia, não dissonância, E que nessa sintonia encontremos nossa esperança. _________________________________________________________________________________________________________ ------------ A Bunda, que engraçada Carlos Drummond de Andrade ----------- A bunda, que engraçada. Está sempre sorrindo, nunca é trágica. Não lhe importa o que vai pela frente do corpo. A bunda basta-se. Existe algo mais? Talvez os seios. Ora — murmura a bunda — esses garotos ainda lhes falta muito que estudar. A bunda são duas luas gêmeas em rotundo meneio. Anda por si na cadência mimosa, no milagre de ser duas em uma, plenamente. A bunda se diverte por conta própria. E ama. Na cama agita-se. Montanhas avolumam-se, descem. Ondas batendo numa praia infinita. Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz na carícia de ser e balançar. Esferas harmoniosas sobre o caos. A bunda é a bunda, redunda.
------------ Carlos Drummond de Andrade Carlos Drummond de Andrade foi um poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Jabuti Nasceu a 31 Outubro 1902 (Itabira do Mato Dentro, Minas Gerais, Brasil) Morreu em 17 Agosto 1987 (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil) _________________________________________________________________________________________________________ =============
------------ 'Bundas': conheça a revista criada por Ziraldo em 1999 Ziraldo deixou seu legado em diversas outras áreas além da literatura. Em 1999, ele criou uma revista chamada "Bundas" com críticas e sátiras 11:27 | 08/04/2024 Autor Évila Silveira Évila Silveira Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia Leia mais em: https://www.opovo.com.br/noticias/curiosidades/2024/04/08/bundas-conheca-a-revista-criada-por-ziraldo-em-1999.html _________________________________________________________________________________________________________ ---------- ------------ Os Três Patetas 1945 - Os Três Tenores. Dublado. Tv Classe A ----------- _________________________________________________________________________________________________________ "Se um Marinho desafiava três tolos por seus comunistas, Três Marinho desafiarão um tolo por seus petistas?" _________________________________________________________________________________________________________
------------ Tancredo Neves morreu sem ter sido empossado na Presidência da República Foto: Arquivo / Agência O Globo ------------ POLÍTICA Ulysses Guimarães, o ‘jurila’ e os ‘Três Patetas’ A História de Mora conta os bastidores da sucessão de Tancredo Neves Jorge Bastos Moreno 20/11/2011 - 10:03 / Atualizado em 12/12/2011 - 16:19 Coube ao jornalista Carlos Chagas, logo no início do governo Sarney, desvendar o grande mistério que até hoje provoca discussões jurídicas no país: por que Sarney, e não meu marido, assumiu a Presidência da República, com o impedimento de Tancredo Neves? Foi num almoço na casa do nosso amigo Afrânio Nabuco, em Brasília, ao qual Sarney chegou atrasado, vindo de uma inauguração em Goiás, que o jornalista, puxando Ulysses para um canto, perguntou baixinho, suavemente, quase sussurrando: — Agora que tudo já passou — e veja a cara do Sarney, todo feliz ali ao lado dos ministros militares —, diga aqui para nós, doutor Ulysses, por que o senhor não assumiu a Presidência? Ulysses olha para os lados, como se estivesse preocupado de alguém ouvir aquela conversa, e responde quase que no mesmo tom da pergunta: — Porque o meu Pontes de Miranda me cutucava com a sua espada, dizendo: "Não é você, é o Sarney! É o Sarney! É o Sarney!". A sorte de Ulysses é que o general Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército escolhido por Tancredo, até hoje interpreta a frase do meu marido como elogio. A única pessoa que, até então, sabia da conversa "constitucional" entre o pobre advogado formado nas Arcadas do Largo São Francisco e o general-jurista era eu. Naquela fatídica noite da internação do Tancredo, meu marido, que era o presidente da Câmara, o então presidente do Senado, Humberto Lucena, o senador Fernando Henrique Cardoso e o próprio general Leônidas deixaram o hospital escondidos e foram bater à porta da casa do então ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Leitão de Abreu. Naquela conversa, já explorada e contada em prosas e versos, selou-se o destino de Sarney e, consequentemente, o de meu marido. Claro que não dormi naquela noite. Ulysses chegou com muita fome e perguntou o que tínhamos para o jantar. Não tínhamos nada, absolutamente nada. Estávamos em dias de gala: jantares e almoços formais, com a chegada de chefes de Estado para a posse. Lembrei-me que havia um bacalhau na geladeira. Numa das raras vezes vi Ulysses recusar comida: — Bacalhau, não, Mora. A última vez que eu comi, eu consegui dormir, mas o bacalhau, não. Optou por uma xícara de chá. Acho que estava ainda sugestionado pela internação do amigo, que nem diagnóstico tinha. — Mora, o Laviola, mordomo de Tancredo, me contou que ele come até três mangas à noite. E só consegue dormir depois de tomar um copo de leite quente! Para quem come feijoada na madrugada, era o roto falando do esfarrapado. Meu marido, enquanto tomava o chá, foi me contando tudo o que acontecera aquela noite, principalmente sua conversa com o "Pontes de Miranda". E eu perguntei: — E a conversa com Leitão? Ulysses me conta que o chefe da Casa Civil de Figueiredo também achava que era ele e não Sarney que deveria assumir. Mas, em algum momento da conversa, percebia algo estranho no olhar do ministro, o que o assustava muito. — Mora, o Leitão me olhava de um jeito esquisito. O seu discurso me era favorável, mas seus olhos, não! (Como já disse aqui, de olhar meu marido entende). Ah, se eu soubesse que a minha resposta iria fazer com que Ulysses deixasse a xícara de chá cair sobre o tapete que ganhei da minha amiga Maria da Glória Archer, juro que eu não teria dito o que disse: — Você se lembra daquele jantar na casa da Vera Brant, quando você disse que Pedro Aleixo só chamava o Leitão de Abreu de "jurila", por ter ele assessorado a Junta Militar? Tentando me ajudar a limpar o tapete apenas com um gesto de intenção, Ulysses, finalmente, vê a ficha cair: — Eu contei uma piada. Nunca neguei a competência do Leitão. Sempre o respeitei. Eu, ainda debutante em Brasília, já aprendera os códigos da corte, mais até que meu marido, que ajudou a criá-la: — Ulysses, o poder não tem parede. É como dizem nossos colunistas sociais: aqui, tudo se sabe e se vê, até o que não houve. O Marchezan (Nelson Marchezan) não veio te dizer que o Figueiredo te odeia porque você o chamou de analfabeto? — Será que alguém foi me intrigar com o Leitão? Claro que falaram. Na verdade, o problema do Leitão em relação ao meu marido tinha outras motivações: Ulysses sempre se referiu à Junta Militar como "Os Três Patetas". E o chefe da Junta foi o então ministro do Exército, Lyra Tavares, casado com Isolina, irmã do Leitão. O pseudônimo de Lyra Tavares, que o fez entrar para a Academia Brasileira de Letras, era "Adelita". Gente, o antimilitarismo do Ulysses é que sempre atrapalhou sua vida. Meu marido nunca gostou dos militares, no que, aliás, sempre foi muito bem correspondido. Se Figueiredo não queria dar posse a Sarney por motivos domésticos da ditadura, os militares nunca aceitariam meu marido na Presidência da República. Não preciso me estender muito sobre isso. Basta citar os fatos. Numa das comemorações do 31 de Março, Ulysses divulgou nota comparando o general Geisel a Idi Amim Dada, provocando enorme crise política. O MDB, basicamente, era divido entre "moderados" e "autênticos". Ulysses, ligado aos moderados, funcionava como pêndulo entre várias correntes que se abrigavam nas asas do bipartidarismo. Naquele momento, todos os seus colegas da chamada "cúpula pessedista", que comandava o MDB, brigaram com ele. Amaral Peixoto e Tancredo Neves eram os mais exaltados. E foi aí que jogaram meu marido nos braços dos "autênticos", de onde ele nunca mais saiu. Internamente, a ditadura entrou em crise também: cassar ou não cassar Ulysses. Era a velha história que já contei aqui: cassar meu marido seria um escândalo internacional. Os militares tentaram pegar Ulysses mais na frente, quando o processaram lá no "pacote de abril" de 1977. Durante a Constituinte, numa entrevista em São Paulo, Ulysses voltou a se referir à Junta Militar como "aqueles Três Patetas". Acredito até que a entrevista em si poderia ter causado o mal-estar que causou, mas o bicho pegou mesmo foi na chegada a Brasília. Vocês vão me permitir, antes, uma explicação: sem Ulysses, a Constituinte não funcionava. Quando, por um motivo ou outro, ele ficava ausente, ao reassumir a presidência era sempre aplaudido. Isso virou rotina. Só que, na volta da entrevista sobre "Os Três Patetas", Ulysses não foi aplaudido: foi ovacionado, quase carregado pelo plenário. Mas meu marido ainda tinha contas a acertar. Ulysses era tão obsessivo na luta contra a ditadura que, para vocês terem uma ideia, logo após o encerramento da primeira campanha eleitoral de 89 para presidente da República, o "Jornal do Brasil" publicou uma pesquisa sobre o conteúdo dos discursos dos candidatos: Ulysses foi o que mais falou contra ditadura, torturas e mortes. Foi ele que encerrou a campanha eleitoral fazendo uma justa e linda homenagem àquele estudante da UnB, Honestino Guimarães. Lula, Brizola e Covas não sabiam quem tinha sido Honestino Guimarães. Nem eu. Ulysses sabia. Mas foi na promulgação da Constituição que meu marido lavou a alma e provocou um delírio coletivo, ao esconjurar: — Temos ódio à ditadura! Ódio e nojo! E naquela festa de congraçamento nacional, do chamado reencontro do Estado com a Nação, Ulysses grita: — A sociedade foi Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram! Ao ouvir isso, um dos chefes militares se retirou da solenidade. Foi um horror! E, por uma dessas ironias do destino, vem agora o ex-senador Jarbas Passarinho, com a autoridade de ex-vice-presidente da Constituinte, revelar que, por um gesto impositivo, totalmente arbitrário e fora da lei, coube ao meu marido determinar o 13 salário dos militares. E a revelação vem com espanto do próprio Passarinho: — É curioso que esse benefício tenha vindo do homem que chamou a Junta Militar de "Os três Patetas" e o presidente Geisel de "Idi Amim". Nem eu sabia que, de "bicho-papão", Ulysses se transformaria em "Papai Noel" dos militares. _________________________________________________________________________________________________________ ----------- VOZES DA PRIMAVERA Raíssa Amaral 19 de set. de 2017 Orquestra Sinfônica de Minas Gerais & Raíssa Amaral (soprano). Maestro: Silvio Viegas. 09/08/2017 - Grande Teatro do Palácio das Artes - Belo Horizonte/MG. "Frühlingsstimmen" ("Vozes da Primavera") é uma valsa orquestrada, com voz soprano solo opcional escrita em 1882 por Johann Strauss II, sua Opus 410. Letra: Richard Genée (1823–1895).

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