Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 22 de novembro de 2023
JUNTURAS
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Todos contra a jornalista | Ponto de Partida
Meio
Estreou há 2 horas #redessociais #Censura #Imprensa
As redes distorceram a política e o jornalismo. Isso não mudou do ano passado para cá. Por isso mesmo, quando se incita uma multidão contra um único jornalista, uma única jornalista, o resultado segue sendo igualzinho. Aquela pessoa fica marcada e pode correr perigo no primeiro desequilibrado que cruzar. Quando se incita ódio aos jornalistas de quem não se gosta, o recado é compreendido por todos. Alguns sentem medo. Quem acha que não ameaça liberdade de imprensa está se enganando.
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Cangas e Jugos portugueses de jungir os bois pelo cachaço
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foto do dia: passageiros em um vagão ferroviário de Nova York liam os jornais noturnos que noticiavam o assassinato de JFK (22 de novembro de 1963).
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Opinião do dia - Manuel Castells*
Em tempos de incertezas costuma-se citar Gramsci quando não se sabe o que dizer. Em particular, sua célebre assertiva de que a velha ordem já não existe e a nova ainda está para nascer. O que pressupõe a necessidade de uma nova ordem depois da crise. Mas não se contempla a hipótese do caos. Aposta-se no surgimento dessa nova ordem de uma nova política que substitua a obsoleta democracia liberal que, manifestamente, está caindo aos pedaços em todo o mundo, porque deixa de existir no único lugar em que pode perdurar: a mente dos cidadãos.
A crise dessa velha ordem política está adotando múltiplas formas. A subversão das instituições democráticas por caudilhos narcisistas que se apossam das molas do poder a partir da repugnância das pessoas com a podridão institucional e a injustiça social: a manipulação midiática das esperanças frustradas por encantadores de serpentes; a renovação aparente e transitória da representação política através da cooptação dos projetos de mudanças; a consolidação de máfias no poder e de teocracias fundamentalistas, aproveitando as estratégias geopolíticas dos poderes mundiais; a pura e simples volta à brutalidade irrestrita do Estado em boa parte do mundo, da Russia à China, da África neocolonial aos neofascismos do Leste Europeu e às marés ditatoriais na América Latina.
E, enfim, o entrincheiramento no cinismo político, disfarçado de possibilismo realista dos restos da política partidária como forma de representação. Uma lenta agonia daquilo que foi essa ordem política.
*Manuel Castells. "Ruptura – A crise da democracia liberal", p.144. Editora Zahar. Rio de Janeiro, 2017.
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Com apoio de Pacheco e Alcolumbre, bolsonarismo emplaca reforma do STF | Governo lava as mãos
MyNews
Transmissão ao vivo realizada há 116 minutos #almoçodomynews #MyNews
#almoçodomynews
No Almoço do MyNews desta quarta-feira, 22 de novembro, Alice Rabello recebe o editor chefe do Nexo Jornal, Conrado Corsalette, para comentar sobre a batalha entre Senado e Supremo Tribunal Federal (STF) que está sendo travada neste momento e as implicações disso no cenário político e no clima parlamentar. Também vão comentar a revelação de um novo livro na praça, feito por jornalistas, onde fala sobre conselho de Toffoli ao Bolsonaro antes da posse de Lula como presidente. No segundo bloco, Alice Rabello recebe a coordenadora de Educação Infantil do Itaú Social, Juliana Yade, que alerta para o desafio de engajar estudantes em temáticas antirracistas e conteúdos de história e cultura afro-brasileira e outros dados sobre o tema. Está mais do que especial!
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Poesia | A Educação pela Pedra - João Cabral de Melo Neto
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Roque Santeiro - Sinhozinho lambe a mão de Porcina
roquesanteiro85
Cena Antológica da novela na qual Sinhozinho Malta lambe a mão de porcina.
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Roque Santeiro (1975)
MofoTv
Matéria do Fantástico sobre a primeira versão da novela proibida pela Censura na noite de estreia em 1975.
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Fig. 1 – Brixen (Tirol).
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Existem na literatura científica europeia algumas obras que se ocupam dos jugos.
O primeiro que ligou importância às diferentes maneiras de jungir os bois com os jugos foi Braungart. Num trabalho muito interessante, Urgeschichtlich-ethnographische Beziehungen an alten Aspanngeräthen, no “Archiv für Anthropologie”, T. 26, p. 1013, refere-se esse autor a diversos tipos de jugos adotados em algumas partes da Europa, e, chama àqueles que se usam ligados aos cornos, os jugos germânicos, (fig. 1), porque encontrou esse tipo no sul da Alemanha, no Tirol e na Suíça. Explica a adoção deste mesmo tipo, em França, também por influências germânicas.
POR
EUGENIUSZ FRANKOWSKI
2022-02-27
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juntura
juntura
(
jun·tu·ra
)
substantivo feminino
1. Ato ou efeito de juntar. = JUNÇÃO, LIGAÇÃO, UNIÃO
2. Ponto onde duas peças ou coisas se juntam ou se articulam. = ARTICULAÇÃO, JUNÇÃO, JUNTA
3. [Portugal: Minho] Conjunto de peças necessárias para jungir os bois ao carro. = APEIRAGEM
etimologiaOrigem etimológica:latim junctura, -ae.
"juntura", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/juntura.
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Música | Francis Hime -"Quadrilha" (Francis Hime)
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Quadrilha
Francis Hime
E neste ano, como todo ano, uma vez por ano
Tem quadrilha no arraial
E neste ano, como sempre, salvo chuva e salvo engano
A satisfação é geral
Não me leve a mal
Não me leve a mal
O forró corria manso, sem problema e sem vexame
Quando o chefe da quadrilha decretou changer de dame
A mulher do delegado rendeu o bacharel
O peão laçou a jovem filha do coronel
A Terezinha Crediário deu um passo com o vigário
A beata com o sacristão
Diz que a senhora do prefeito
Merecidamente eleito
Foi com o líder da oposição
Não tem nada não
Não tem nada não
Zé-com-fome deitou olho na patroa do "seu" Lima
Que não faz xodó na moça mas também não sai de cima
Juca largou a sanfona e, abandonando o salão
Foi prevaricar com a dona que vendia quentão
E foi doente com doutora, indigente e protetora
Foi aluna com professor
E o perigoso bandoleiro, Zé Durango "El Justicero"
Fez beicinho pro promotor
Mas, faça o favor!
Mas, faça o favor!
O forró estereofônico estava mesmo um barato
Muita música na praça e muita dança lá no mato
Quem gozou da brincadeira, muito bom, muito bem
Quem tomou chá de cadeira, só no ano que vem
Pois nesse ano, como todo ano, uma vez por ano
Tem quadrilha no arraial
E nesse ano, como sempre, salvo chuva e salvo engano
A satisfação é geral
Ninguém leva a mal
Ninguém leva a mal
Composição: Chico Buarque / Francis Hime.
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O Tribunal: livro conta história do STF sob Bolsonaro | Podcast Sem Precedentes #144
JOTA
10 de nov. de 2023
O episódio desta semana do Sem Precedentes, podcast do JOTA sobre o Supremo e a Constituição, traz os bastidores da produção do livro 'O Tribunal: Como o Supremo se uniu ante a ameaça autoritária', escrito pelos jornalistas Felipe Recondo, sócio-fundador e diretor de conteúdo do JOTA, e Luiz Weber, que também é advogado e diretor de jornalismo da sucursal do SBT em Brasília.
No podcast, Recondo explica como foi feita a apuração da obra, que aborda como os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se uniram em defesa da instituição durante ataques sofridos no governo do então presidente Jair Bolsonaro.
A investigação para o livro foi iniciada em 2018, antes mesmo de Bolsonaro ter sido eleito, quando o ministro Dias Toffoli, então presidente do Tribunal, convidou o general Fernando Azevedo e Silva para ser seu assessor. No ano seguinte, o general foi empossado por Bolsonaro como ministro da Defesa.
O livro passa pela eleição de Bolsonaro, segue pelas ameaças do ex-presidente e do bolsonarismo ao STF e se encerra com o 8 de janeiro, suas consequências e a reação da Corte aos atentados golpistas. Ao longo da obra, os autores detalham os ataques sofridos pelo Tribunal e como, apesar de suas divergências e disputas internas, os ministros se uniram e atuaram com eficiência em defesa da Corte.
No podcast, o time do Sem Precedentes também faz uma avaliação sobre o que deu certo e o que deu errado nessa estratégia do Supremo na relação com Bolsonaro.
Além de Felipe Recondo, diretor de conteúdo do JOTA, o time fixo do Sem Precedentes conta com: Juliana Cesario Alvim, professora da Universidade Federal de Minas Gerais e da Central European University; Diego Werneck, professor do Insper, em São Paulo; e Thomaz Pereira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
O livro ‘O Tribunal: Como o Supremo se uniu ante a ameaça autoritária’ já se encontra em pré-venda no site da editora Companhia das Letras e na Amazon. O lançamento será no dia 17 de novembro.
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VEJA
@VEJA
José Casado: Congresso começa a impor ao governo limites na economia
Por
@casado_oficial
#VEJAColunistas
(clique na imagem para ler)
9:45 AM · 22 de nov de 2023
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Luiz Carlos Azedo - Senado está em rota de colisão com o Supremo
Correio Braziliense
O governo tenta evitar a aprovação da PEC que limita os poderes dos ministros da Corte, mas está fragilizado, porque houve uma mudança de posicionamento de Rodrigo Pacheco
O Senado deve votar, nesta quarta-feira, o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e muda regras sobre pedidos de vista em julgamentos. O requerimento para a votação em regime especial, nesta terça-feira, recebeu o aval de 48 senadores; 20 foram contra. Para ser aprovada em plenário, com três quintos dos votos, precisa apenas do apoio de mais um senador. O governo tenta barrar a votação.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), minimizou o conflito com o Supremo, com o argumento de que a PEC não é "retaliação" nem "afronta". Caso seja aprovada, a proposta impedirá que o Supremo suspenda leis que afetem a coletividade, bem como leis ou atos dos presidentes da República, da Câmara e do Senado com o mesmo teor. A regra também vale para decisões cautelares ou "de qualquer natureza" em ações que questionem a constitucionalidade de leis.
O texto proposto pelo Senado altera a dinâmica de funcionamento do STF e limita o poder da Corte, cujos ministros perderão a possibilidade de adotar medidas cautelares para evitar prejuízos coletivos ou individuais, até que o caso seja apreciado pelo plenário. Relator da matéria, o senador Esperidião Amim (PP-SC) ainda pode flexibilizar seu parecer, retirando propostas que já constam do regimento do Supremo, como é o caso dos prazos de pedidos de vista, porém há muito mais coisas envolvidas.
A principal é um ajuste de contas da base bolsonarista no Senado, liderada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), com o Supremo, em razão da atuação da Corte na defesa das instituições democráticas, inclusive o julgamento dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro, com objetivo de destituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde a Constituição de 1988, o Supremo exerce o papel de poder moderador, quase sempre em razão de abusos de poder do Executivo ou omissão legislativa do Congresso.
Com as novas restrições às medidas cautelares, a capacidade de os ministros evitarem que decisões ou leis inconstitucionais causem prejuízos à sociedade fica muito limitada. Uma série de decisões polêmicas de magistrados do Supremo, algumas das quais avançaram em relação à autonomia do Congresso, produziu o ambiente favorável à emenda constitucional, que já havia sido rejeitada na legislatura passada, mas foi reapresentada.
O senador Amim nega retaliação ao Supremo: "Isso não é revanche contra ninguém. Isso não é do grupo bolsonarista ou do grupo do Lula. Esse debate é importante para o direito brasileiro, para a Justiça, para que haja segurança jurídica e para que nós digamos à sociedade o seguinte: lei é para ser cumprida. A decisão tem que ser do colegiado. Isso vai ser bom para o Supremo", argumenta.
Sucessão
O autor da PEC, Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), também afirma que o projeto não tem o objetivo de prejudicar a harmonia entre os Poderes, mas, sim, valorizar as decisões tomadas em conjunto pelos ministros. "Acho o Supremo Tribunal Federal tão importante que me parece absurdo que apenas um homem possa decidir por ele. As decisões devem ser colegiadas sempre que possível", ironiza.
O governo tenta evitar a aprovação da proposta, mas está fragilizado, porque houve uma mudança de posicionamento de Pacheco, em razão de sua sucessão. O senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da poderosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), pretende voltar à Presidência do Senado e conta com o apoio de Pacheco. Como há outros possíveis pretendentes no PSD e no MDB, que têm grandes bancadas, aliou-se à bancada bolsonarista, que sempre quis pôr uma cangalha no Supremo.
Na reeleição de Pacheco, no ano passado, a candidatura de Rogério Marinho, ex-ministro de Bolsonaro, isolou seus aliados. Foi um erro estratégico, porque os 32 senadores de oposição ficaram de fora da Mesa do Senado e das direções de todas as comissões. Agora, ao se aliar a Pacheco e Alcolumbre, a bancada de Bolsonaro é a força hegemônica dessa nova maioria em formação, com 48 dos 81 senadores.
O senador Humberto Costa (PT-PE) considera a PEC inoportuna e capaz de criar um clima de conflito com o Supremo, como ocorria no governo Jair Bolsonaro, mas corre contra o prejuízo. "Acabamos de sair de um período em que foi forjado um conflito que envolveu os Poderes pelo então chefe do Poder Executivo contra o Legislativo e o Judiciário. Trazer esse debate agora reacende essa tentativa de ataque ao Supremo, que garantiu o Estado de Direito e a nossa democracia", argumenta.
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MANUEL CASTELLS | A obsolescência da educação: http://youtu.be/eb0cNrE3I5g
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"Todo o sistema da escola está organizado para não dar poder, para fazer dos estudantes objetos submissos que tenham que aprender a informação que seu professor aprendeu na semana passada. Os professores sempre tiveram um livro à frente dos estudantes historicamente. Agora não. Agora, os estudantes sabem mais do que os professores. Não porque saibam, tenham lido mais, mas porque estão mais na internet e sabem mais o que acontece.
Muitas universidades hoje em dia proíbem os estudantes de utilizarem o computador e estarem conectados à internet durante a aula, porque dizem que se distraem. Não é isso. Acontece que lhes fazem desafios cortantes."
Em vídeo inédito, Manuel Castells, sociólogo espanhol, autor de "Redes de indignação e esperança", analisa o sistema de ensino na era da rede. De acordo com Castells, a obsolescência dos papeis da escola nunca foi tão grande. Primeiramente, porque 80% da informação mundial está contida na Internet. Segundo, porque as instituições de ensino preparam "objetos submissos", que não podem ultrapassar o conhecimento do professor. Ou seja, as relações verticais de poder seguem perpetuadas e a interação e a construção conjunta do conhecimento seguem negadas.
-> Para assistir aos vídeos em primeira mão, inscreva-se no canal do Fronteiras no YouTube. Os vídeos, sempre legendados, são atualizados todas as segundas e quintas: http://is.gd/FronteirasYouTube
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Papo Antagonista: A libertação de presos pelo STF e de reféns pelo Hamas
Transmissão iniciada há 66 minutos
O Antagonista está no top 3 do prêmio IBest na categoria Canal de Política.
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