Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 28 de novembro de 2023
EU, APRENDIZ
"Balaiada"
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"Obrigado! É água. Água pura da fonte. É uma nova marca de água mineral que nós estamos lançando aqui em São Paulo."
Tom Jobim
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Bem-Te-Vi
Renato Terra
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Ai de ti, oh meu amor
Se entre as notas da canção
Bem-te-vi, oh meu bem-te-vi
Brilho frágil de emoção
Na alegria das manhãs
No começo de estação
Bem-te-vi, oh meu bem-te-vi
Brilho frágil de ilusão
Bem-te-vi, bem-te-vi
Bem-te-vi como o verão
Voa livre por entre os jasmins
Pousa no meu coração
Composição: Claudio Rabello / Dalto.
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Coroné Antônio Bento
João do Vale
Coroné Antônio Bento
No dia do casamento
Da sua filha Juliana
Ele não quis sanfoneiro
Foi pro Rio de Janeiro
E convidou Benê Nunes
Pra tocar,
Olê, lê, olá, lá
Nesse dia Bodocó
Faltou pouco pra virá
Todo mundo que mora por ali
Esse dia num pôde arresisti
Quando ouvia o toque do piano
Rebolava, saia arrequebrando
Inté Zé Macaxera que era o noivo
Dançou a noite inteira sem pará
Que é costume de todos que se casa
Ficá doido pra festa se acabá.
Nesse dia Bodocó
Faltou pouco pra virá
Meia-noite o Bené se enfezou
E tocou um tal de rock'n'roll
Os matutos caíram no salão
Não quiseram mais xote nem baião
Foi aí que eu vi que no sertão
Também tem os matuto transviado
Nesse dia Bodocó
Faltou pouco pra virá.
Composição: João Do Vale / Luis Wanderley.
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A Hard Day's Night (tradução)
The Beatles
Live at the Hollywood Bowl
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Autopsicografia (Fernando Pessoa) - na voz de Paulo Autran
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Na cidade de Caxias, no Maranhão, existe um memorial que recorda a Balaiada, revolta ocorrida entre 1838 e 1840.[1]
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"Antecedentes da Balaiada"
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Veja mais sobre "Balaiada" em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/balaiada.htm
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Estátua que fica em frente ao STF
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Nomeação de políticos para estatais volta à pauta do STF
Em meio à tensão com Planalto e Congresso, Corte marcou o julgamento para o dia 6 de dezembro
PODER360
27.nov.2023 (segunda-feira) - 11h19
O STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para 6 de dezembro de 2023 o julgamento da ação que questiona a restrição a políticos para a direção de estatais. A análise do caso foi marcada pelo presidente da Corte, ministro Roberto Barroso.
Os magistrados vão avaliar se referendam ou não uma decisão liminar (provisória) do ministro aposentado Ricardo Lewandowski de 16 de março, que suspendeu a quarentena para políticos assumirem cargos de direção em empresas públicas.
Desta vez, a análise do caso irá a julgamento no plenário físico do STF. Antes, a ação estava sendo analisada no plenário virtual da Corte. Em março, o ministro Dias Toffoli pediu vista (mais tempo para análise).
Por ora, segue valendo o voto de Lewandowski, que garantiu que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse fazer indicações políticas para os cargos. O então ministro atendeu a um pedido do PC do B, que questionou trechos da Lei das Estatais.
A nova data para o julgamento se dá em um momento de tensão entre os poderes. O voto favorável do líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (BA), na PEC que limita os poderes do STF causou uma escalada de tensão entre a Corte e o Planalto.
A PEC proíbe os ministros de darem decisões monocráticas que suspendam:
eficácia de leis;
e atos do presidente da República, do Senado, da Câmara e do Congresso.
A proposta ganhou força no Congresso depois de falas do presidente do STF, Roberto Barroso, em um evento da UNE (União Nacional dos Estudantes). “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo”, afirmou.
autores
PODER360
https://www.poder360.com.br/justica/nomeacao-de-politicos-para-estatais-volta-a-pauta-do-stf/
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55 ANOS
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13 de dezembro de 1968: editado o Ato Institucional n°5
O jornal Correio da Manhã, em sua edição do dia 14 de dezembro de 1964, publicou em sua primeira página:
Você sabia?
EDITADO NÔVO ATO INSTITUCIONAL
DECRETADO RECESSO DO CONGRESSO
No texto, é elucidado que "o presidente Costa e Silva, após reunião de três horas com o Conselho de Segurança Nacional, realizada no Palácio Laranjeiras, editou um nôvo Ato Institucional (o de número cinco) e, no Ato Complementar n.° 38, que baixou a seguir, decretou o recesso do Congresso Nacional [...]".
FONTE:
#bibliotecanacional
#fundacaobibliotecanacional
#fbnnamidia
https://antigo.bn.gov.br/explore/curiosidades/13-dezembro-1968-editado-ato-institucional-ndeg5#:~:text=Voc%C3%AA%20sabia%3F&text=No%20texto%2C%20%C3%A9%20elucidado%20que,%5B...%5D%22.
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Alcolumbre marca sabatina de Dino para 13/12 na CCJ | CNN ARENAAl sabatina de Dino para 13/12 na CCJ | CNN ARENA
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Dino no STF: Alcolumbre marca para 13 de dezembro sabatina na CCJ do Senado
Caso seja aprovado na comissão, Dino será submetido para avaliação do plenário do Senado
Luciana AmaralDouglas Portoda CNN
São Paulo e Brasília
27/11/2023 às 19:32 | Atualizado 28/11/2023 às 09:25
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A sabatina de Flávio Dino, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), acontecerá em 13 de dezembro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (27) pelo presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A relatoria, segundo Alcolumbre, será do senador Weverton Rocha (PDT-MA).
Caso seja aprovado na CCJ, Dino será submetido para avaliação no plenário do Senado.
Leia Mais:
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55 anos
30 de abril de 1968
Credit: Tribunal Superior Eleitoral under CC-BY
Flávio Dino de Castro e Costa nasceu em São Luís em 30 de abril de 1968, filho dos advogados Rita Maria e Sálvio Dino.
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17/07/2009
A rota da liberdade do negro Cosme Bento das Chagas e a Balaiada (1838-1841)
ENVIADO POR / FONTEPor Edson Borges*, do Mrs Groove
AFRO-BRASILEIROS
(Foto: Imagem retirada no site WRádio Brasil)
Geledés
https://www.geledes.org.br › negro-cosme-bento-das-c...
Na província do Maranhão, há 170 anos, ocorreu uma célebre revolta de escravos. A insurreição de milhares de negros (1838-1840) liderados por Cosme Bento.
A rota da liberdade do negro Cosme Bento das Chagas e a Balaiada (1838-1841) Na província do Maranhão, há 170 anos, ocorreu uma célebre revolta de escravos. A insurreição de milhares de negros (1838-1840) liderados por Cosme Bento das Chagas tornou-se o fermento mais explosivo durante a Balaiada (1838-1841).
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Maria Cristina Fernandes - Acordo na PEC das decisões monocráticas abriu portas para indicação de Dino
Valor Econômico
Lula indicou o ministro da Justiça para a vaga deixada por Rosa Weber no STF; nomeação ainda depende de aprovação no Senado
Foi o acordo — mais criticado que compreendido — , construído em torno da proposta de emenda constitucional das decisões monocráticas do Supremo Tribunal Federal, que propiciou as condições para a indicação do ministro da Justiça para a Corte. O principal óbice à escolha de Flávio Dino pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva era a ameaça de que seu nome viesse a ser rejeitado pelo Senado.
O voto do líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), que arrastou toda a bancada da Bahia no Senado, acabou sendo decisivo à aprovação da PEC. Foi um jogo duplo que teve, do outro lado, uma bancada do PT contra a proposta e a liberação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para reassumir o mandato e aderir ao bloco de rechaço.
A equação comprometeu os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP), com o êxito da indicação de Dino no Senado, ainda que esta aprovação ainda não esteja garantida.
A negociação para a aprovação de Dino no Senado é subproduto de um pacote de acordos em torno dos quais Lula vem trabalhando com a cúpula do Senado para equacionar a questão fiscal. É Pacheco quem pauta os vetos presidenciais – e Lula acabou de fazer um cuja manutenção é considerada crucial para o Ministério da Fazenda, o das desonerações.
É Pacheco ainda que, na condição de presidente do Congresso, vai conduzir a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento, cruciais para a divisão do bolo de 2024, ano em que o governo Lula será desafiado a entregar resultados na economia e o fôlego da oposição para 2026 será testado nas eleições municipais. É disso que trata a inclusão, de última hora, de Pacheco na comitiva de Lula à COP 28, em Dubai.
O pacote de acordos inclui ainda a federalização de estatais mineiras, a construção do palanque lulista em Minas em torno de Pacheco e o licenciamento da pesquisa para a exploração do pré-sal na Foz do Amazonas.
Se o acordo em torno das decisões monocráticas selou o destino de Dino, também pode ter facilitado a indicação do subprocurador-geral Paulo Gonet. Não que Gonet tenha dificuldades de ser aceito. Pelo contrário. Passa bem tanto no Centrão, que aprecia sua retranca, quanto na bancada bolsonarista, pelas posições conservadoras em costumes.
Além de ser um nome da “garantismo”, Gonet franqueia a Lula a possibilidade de “compensar” o Supremo face ao avanço da pauta de limitação de suas prerrogativas no Congresso. O subprocurador-geral é nome da predileção dos dois ministros que competem na liderança do colegiado, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Foi a dupla que mais vocalizou insatisfações com a PEC das decisões monocráticas.
Gonet é a garantia de que, se os ministros terão que conter a exuberância monocrática, não haverá, por outro lado, uma PGR tão proativa assim que escancare esta perda (mitigada) de prerrogativa.
A rapidez com a qual Lula se agarrou à oportunidade oferecida pela PEC das monocráticas para emplacar Dino fala por si sobre o “principal eleitor” do ministro da Justiça. Não são os ministros Gilmar Mendes nem Alexandre de Moraes, mas o próprio presidente. Único ministro anunciado em praça pública, ainda na campanha, tornou-se o único ombro, na Esplanada, sobre o qual Lula se permite se emocionar.
Não se trata tampouco de uma volta de Dino à magistratura. O STF é uma Corte política, com ou sem decisão monocrática. Saúde e carreira agradecem. Por mais tensões que acumule, a Corte não se compara ao Ministério da Justiça, que as Gazas diárias do Brasil transformaram num coveiro de reputações. E como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o sucessor da preferência de Lula, o ministro ganha uma marquise sob a qual se abrigar até que o pós-lulismo ganhe forma e cor.
Primeiro lugar no concurso para a magistratura, em 1994, presidente da Associação dos Juízes Federais eleitos por seus pares, deputado federal na primeira eleição em que disputou, governador eleito (único na história do PcdoB) contra a dinastia Sarney sem o apoio do PT, senador eleito com quase o dobro dos votos do segundo colocado, Dino deve parte das hostilidades que lhe dirigem o Centrão e o PT à percepção de que se trata de quadro da política nacional que se fez sem amparo de aliados.
Pelo menos até chegar à Justiça e ao STF, cargos dos quais o presidente é credor. Não se espere dele uma reprise de Dias Toffoli, que deu as costas a Lula, nem de Cristiano Zanin, que se esgueira do bate-boca. Dino é da exuberância discursiva, como Gilmar e, em menor grau, Moraes. Equivoca-se quem aposta em triunvirato. Dino é Lula e, por isso, foi escolhido. Ciente de que tomou o lugar de uma mulher negra, vai disputar os holofotes com os homens brancos. Os demais vão disputar com ele a interlocução com o presidente.
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Luiz Carlos Azedo - Lula indica Dino e Gonet, mas pode entregar Justiça ao PT
Correio Braziliense
Dono de um estilo "lacrador", Flávio Dino assumiu a linha de frente da defesa do presidente Lula após a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Por isso, seu nome agrada muito aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
O presidente Lula não levou em conta as pressões do PT e anunciou, nesta segunda-feira, as indicações do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF), e do procurador Paulo Gustavo Gonet Branco à Procuradoria-Geral da República (PGR). Os dois eram nomes muito cotados para o cargo, mas sofreram com o "fogo amigo" do PT, principalmente Dino. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou que os dois nomes serão apreciados até 15 de dezembro.
O primeiro obstáculo à aprovação dos nomes é a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), que se aliou à bancada de oposição para voltar à Presidência do Senado. Nos bastidores do Senado, os senadores bolsonaristas já se articulam para tentar barrar a aprovação do nome de Flávio Dino. A rejeição de Igor Roberto Albuquerque Roque para o cargo de defensor público-geral federal da Defensoria Pública da União (DPU), por 35 votos a favor e 38 contrários, além de uma abstenção, em outubro passado, foi o recado de que Dino terá dificuldades.
Para a aprovação do nome de Dino são necessários 41 votos. Não é uma missão impossível obter apoio da maioria dos senadores, mas há um rito a ser cumprido: o beija-mão dos senadores por parte dos indicados, gabinete por gabinete. Um senador eleito teria mais facilidades, mas acontece que Flávio Dino logo se licenciou do cargo para ser ministro da Justiça, não tem amplo trânsito entre os pares.
Quando o nome de Dino passou a ser cotado para o STF, logo se armou contra ele uma campanha dos bolsonaristas nas redes sociais, retroalimentada pelo "fogo amigo" petista.
Dono de um estilo "lacrador", Dino assumiu a linha de frente da defesa do presidente Lula após a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Por isso, seu nome agrada muito aos ministros do Supremo Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte. Essa sintonia se manteve desde então e foi decisiva para sua indicação. A questão é saber se Lula costurou a indicação com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente da CCJ, Alcolumbre. Supõe-se que sim, pois Lula não faria essa indicação para "queimar" seu ministro da Justiça.
Para interlocutores, Lula manteve distância regulamentar em relação à polêmica PEC que limita os poderes monocráticos dos ministros do Supremo para agradar a Pacheco e Alcolumbre, embora o STF tenha reagido duramente à decisão do Senado.
Dino é um ex-juiz que deixou a toga para ser político, elegendo-se governador do Maranhão pelo PCdoB, partido que trocou pelo PSB. Desde que seu nome surgiu como opção, enfrentou a concorrência do advogado-geral da União, Jorge Messias, apoiado pelo PT, e do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, apoiado pelo MDB. Ambos saudaram sua indicação.
Ministério Público
Agora, está aberta a disputa pela vaga de Dino na Esplanada. O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, nunca escondeu o desejo de substituir o chefe. Mas o PT tem um forte candidato à pasta: o advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, que teve importante atuação na campanha eleitoral de Lula.
Na montagem da equipe ministerial, porém, acabou preterido por Dino. A saída salomônica defendida pelo PT é a divisão do ministério em duas pastas: Justiça e Segurança Pública. A primeira ficaria com Carvalho, a segunda, com Cappelli, que, desde o 8 de janeiro, vem se destacando nessa área.
A aprovação do nome de Dino pelo Senado pressupõe algum risco por causa de suas posições políticas e combatividade, que tendem a reforçar o grupo de ministros do STF acusado de "extrapolar" suas atribuições em relação aos demais Poderes.
O ministro da Justiça, por exemplo, fez uma veemente defesa do Supremo e criticou o Senado por aprovar a PEC que limita os poderes monocráticos dos ministros, num momento em que os senadores desejam também limitar os mandatos do Supremo, seja ao estabelecer uma idade mínima para seus ministros, seja seu tempo de duração.
Em contrapartida, a aprovação do nome do subprocurador-geral Paulo Gustavo Gonet Branco para o cargo de procurador-geral da República é mais tranquila. É a primeira vez que Lula não escolhe um dos integrantes da lista tríplice elaborada pela associação dos procuradores; nos mandatos anteriores, o petista indicou o mais votado. Desde 2001, as listas tríplices elaboradas pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) subsidiaram as indicações.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi o primeiro a desconsiderar a lista ao indicar o procurador-geral Augusto Aras. Gonet é integrante da cúpula do MPF e responde como vice-procurador-geral eleitoral desde 2021. Enfrentará a oposição dos bolsonaristas no Senado, por causa do seu parecer a favor da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entretanto, é católico e conservador, por exemplo, no tema do aborto.
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Análise do poema “Autopsicografia” de Fernando Pessoa
7 DE MAIO DE 2017 / SEMIOTICOSBLOG
Autopsicografia
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração
Fernando Pessoa
Análise
Esta composição poética é um extraordinário resumo do pensamento de Fernando Pessoa com referência ao fazer poético, podendo considerá-la uma obra marcante em sua carreira. O tema abordado é sempre voltado para reflexões sobre identidade, noções de verdade e existencialismo (condizentes com a era moderna em que o mesmo se encontrava). Neste poema, todas essas características estão presentes.
O poema possui 12 versos ao todo, divididos em três estrofes com 4 versos cada uma, trata-se de uma redondilha maior, ou seja, versos de sete sílabas poéticas ou heptassílabo (forma pertencente à medida velha), o esquema de rimas é alternado ou cruzado (ABAB); (CDCD); (EFEF), apresentando uma irregularidade no primeiro e no terceiro verso da última estrofe.
Com relação aos recursos estilísticos usados por Fernando Pessoa, podemos ressaltar três de extrema relevância neste poema: poliptoto, ou seja, o uso de uma palavra diversas vezes e de diferentes maneiras para enfatizar a ação (“fingidor”, “fingir”, “finge”). Apresenta-se também a perífrase no trecho “E os que leem o que escrevem” , apontando para dois constituintes essenciais do processo poético, o leitor e o escritor. Por fim, tem-se a metáfora no trecho “Esse comboio de corda/ Que se chama coração”, representando a sensibilidade como algo em constante movimento quase circular, pois é sentida, fingida, intelectualizada e finalmente escrita, representando uma espécie de ciclo vicioso.
O título desta composição quer dizer “eu mesmo” ou “ele mesmo”, ato de exprimir de próprio, si próprio, vale ressaltar que a palavra é um neologismo criado pelo autor juntando duas palavras: auto (si próprio) e psicografia (descrição da alma). Sendo assim, podemos afirmar que Autopsicografia trata do próprio poeta Fernando Pessoa que descreve historicamente sua própria alma, como se quisesse fotografar sua própria essência e transformá-la em algo “palpável” para o leitor.
O primeiro verso desta composição poética “o poeta é um fingidor” já apresenta, com uma ironia, a ideia principal do poema que está no fingimento do autor/poeta, na palavra FINGIDOR (substantivo) é expressado o sentimento que será explicado logo em seguida, porém quando a palavra é separada em duas partes, ou seja, FINGI-DOR, explica exatamente tudo o que se segue nos próximos versos da primeira estrofe, brincando com as palavras, no terceiro verso aparece a expressão “FINGIR que é DOR”, voltando para a expressão apresentada no primeiro verso em uma brincadeira fonética, ambas explicando o fato de o poeta fingir o sentimento de dor mas ao mesmo tempo sentir tal dor. Ainda explica em seus versos que a dor, para ser expressada na linguagem poética, esta deve ser fingida, porém parte-se de uma dor real, a única diferença é que seu relato não pode ser feito como um paciente relataria seus sintomas à um médico, por exemplo, mas sim de forma artística. Vale lembrar que o autor não coloca o poeta na posição de mentiroso, e sim como alguém que pode se colocar no lugar de outra pessoa e se confunde com a dor sentida, achando ser a sua própria.
Na segunda estrofe do poema, o eu lírico se volta para o leitor, dizendo que este não sente a dor inicial (verdadeira) nem a dor imaginária descrita, nem a menos a dor que o próprio leitor tem, e sim aquela que ele não tem, ou seja, aquela que resulta do processo de fingimento artístico.
Dentro da terceira estrofe do poema (última), o eu lírico já inicia seus dizeres com a expressão “E assim..”, causando a impressão de que o poema chegou à sua conclusão. Nesta parte final, o eu lírico explica que para compor uma poesia necessita-se de sensibilidade, a qual oferece à razão a matéria prima necessária, em outras palavras, a razão é onde o poema é inventado e o coração (sensibilidade) é onde o mesmo nasce.
Fernando Pessoa explora muito nesta obra o autoconhecimento do poeta, o qual deve ser visto como um processo contínuo, algo que faz com que este se distancie do real e o faça querer atingir um mundo inteligível onde reside a perfeição. O poeta também mostra um conceito metafórico com relação ao trabalho do poeta, que este utiliza da dor para entreter, transformando o pranto em riso, a tristeza em alegria e o sofrimento em prazer, tudo isso relacionado ao contato entre autor e leitor e o efeito que a poesia possui sobre ambos e a capacidade do poeta de entreter o leitor, mesmo que o tema da sua obra seja algo depressivo, os termos usados pelo mesmo fazem com que a situação se apresente mais atrativa do que realmente é, fazendo com que aquilo seja atrativo para o leitor.
Análise de Marcella Gualberto.
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Luiza
Tom Jobim
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Rua, espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a Lua, como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer, Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado, um aprendiz do teu amor
Acorda, amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
Vem cá, Luiza, me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza, dá-me tua boca
E a rosa louca, vem me dar um beijo
E um raio de Sol nos teus cabelos
Como um brilhante que, partindo a luz, explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar, Luiza
Luiza
Luiza
Composição: Antonio Carlos Jobim.
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