quinta-feira, 30 de novembro de 2023

MEDALHAS DOS AFOGADOS

Antônio Almeida, Dorival Caymmi e Jorge Veiga, com premonições do futuro concreto 🎶 ------------- ------------ Paralamas do Sucesso Lanterna Dos Afogados LETRA I LYRIC LETRAS LYRICS ---------
---------- ____________________________________________________________________________________ Art. 2º A Medalha do Pacificador com Palma será concedida aos militares e aos civis brasileiros que, em tempo de paz, no exercício de suas funções ou no cumprimento de missões de caráter militar, tenham se distinguido por atos pessoais de abnegação, coragem e bravura, com risco de vida. ___________________________________________________________________________________
----------- ------------ Vera Rosa: Sem maioria no Congresso, Lula terá de fazer aceno ao Centrão Estadão 31 de out. de 2022 A colunista do Estadão participou do último episódio do Eleição na Mesa desta temporada e apontou o desafio do presidente eleito de lidar com um parlamento conservador e manter unido o amplo arco de alianças que o apoiou. --------- Vera Rosa - O dilema de Lula na Esplanada O Estado de S. Paulo Falta de segurança afeta avaliação do governo e presidente planeja recriar Ministério em 2024 --------- ____________________________________________________________________________________ Lula, Messias e o ministro do STF Gilmar Mendes se reencontraram neste mandato, em outros papéis. Gilmar, que barrou a ida de Lula para a Casa Civil, hoje o ajuda: apoiou a indicação de Dino e foi fiador de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República. E como ficou Messias nessa história? “Sou terrivelmente pacificador”, diz ele, que, por coincidência, é evangélico. ____________________________________________________________________________________ -----
---------- Wilson Gomes* - O papel dos memes na política Folha de S. Paulo As formas expressivas e concisas são parte da língua franca da era digital Memes são parte fundamental da vida digital. Logo, da vida. Mesmo os que professam estranhas sentenças como "não tenho redes sociais", durante conversa em alguma mídia social, reconhecem que vivemos em ambientes sociais digitais. No final dos anos 1990, os primitivos que por lá viviam ainda separavam os mundos em "real" e "virtual" enquanto diziam coisas hoje incompreensíveis como "entrar na internet". Sucessivas ondas de transformação digital, porém, unificaram a nossa experiência social. Já não há um "fora" da conexão digital; você, no máximo, modula o quanto ainda quer de vida desconectada e reza para dar certo. Ora, se ambientes digitais oferecem hoje os recursos fundamentais para a interação, a integração e a informação, funções sociais decisivas, era de se esperar que novas linguagens surgissem e se consolidassem. Os memes, formas expressivas concisas, condensadas e que se fixam na memória coletiva, são parte da língua franca da era digital. Assim como as sonoras lapidares eram um recurso precioso na era da televisão, as frases de efeito, os chistes e as tiradas espirituosas eram admirados na esfera pública aristocrática ou da alta burguesia. Meme é um pouco disso tudo. Afinal, qualquer coisa pode ser um meme desde que seja capaz de se fixar na camada mais acessível da memória coletiva, de ser reconhecida e de comunicar de maneira rápida um conteúdo. Como uma sonora, o meme precisa ser facilmente replicável e reconhecido; como uma tirada, é bom que seja surpreendente e bem-humorado; como um chiste, convém ser irreverente, crítico. Curiosamente, nesta semana, duas figuras públicas falaram de memes em campanhas políticas: um marqueteiro e um comentarista de política. A acreditar-se no título das reportagens, há uma singularidade. O marqueteiro, Sidônio Palmeira, é contra os memes. O comentarista, Merval Pereira, a favor. Na verdade, a diferença entre Pereira e Palmeira é um pouco mais complicada. Merval, em O Globo, repercute uma entrevista de Pablo Nobel, o marqueteiro do argentino Milei, que diz dos memes que são a ponta de lança da comunicação eleitoral, vez que capturam a atenção dos jovens, dos menos politizados e menos engajados. Aliás, a mesma coisa que se dizia sobre usar redes sociais em campanhas desde os anos 2000. O elogio ao meme é novo, o discurso é velho. Surpreende um pouco mais a posição de Sidônio, que revela considerável desconforto com o uso de memes em entrevista dada a Samuel Lima no Estadão. Os memes de arminha de Bolsonaro, da motosserra de Milei e da peruca de Nikolas Ferreira foram explicitamente mencionados, o "faz o L" de Lula não o foi, mas poderia ter sido. A questão para ele é que se usam memes "em vez de". Em vez de uma discussão política substantiva sobre temas. Memes são uma forma de ganhar repercussão, cliques, acredita. "Isso termina simplificando, deixando muito raso o debate político". A contraposição entre a política com substância de antanho com a política de simulacro e aparências de hoje é um clássico nos estudos de comunicação eleitoral. Já se culpou por essa decadência a televisão, a sociedade do espetáculo e a internet. Parece que o meme sintetiza os culpados da vez. O que parece incomodar Sidônio Palmeira é visto com um problema por todo mundo: as campanhas não têm ajudado as pessoas a discutir com profundidade as questões políticas. O diagnóstico de que isso tem a ver com o uso de memes e, ele acrescenta numa conjunção injustificada, fake news, é que se pode discutir. Sim, fake news não são um recurso legítimo, mas o que memes têm a ver com isso? E por que o mero recurso a memes tornaria os debates rasos? As campanhas precisam se esgotar neles? Quando existiu essa campanha socrática em que oradores não precisavam de slogans, jingles, humor e outros recursos visuais, sonoros e conceituais para fixar uma identidade e uma ideia-chave na memória do eleitor? Por que na era dos palanques e na era da televisão nada disso era incompatível com uma campanha baseada em questões e na era digital passou a ser? As campanhas não conseguem mais vender ideias e discutir seriamente problemas e soluções? Concordo. O frenesi dos parlamentares para manter-se vistos e lembrados, sobretudo daqueles que usaram a sua presença digital para conseguir mandatos, é um problema que afeta seriamente as casas legislativas hoje em dia? Concedo. O uso de memes provoca algum desses efeitos? Certamente não. As causas devem estar em outro lugar. *Professor titular da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e autor de "Crônica de uma Tragédia Anunciada" ____________________________________________________________________________________ ---------------
------------ O presidente eleito, Jair Bolsonaro, recebe a Medalha do Pacificador com Palma Assessoria de Bolsonaro ---------- Naomi Matsui 5.dez.2018 (quarta-feira) - 14h10 atualizado: 5.dez.2018 (quarta-feira) - 15h34 Com moral alta na política e no meio militar, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, recebeu nesta 4ª feira (5.dez.2018) a Medalha do Pacificador com Palma. A cerimônia foi realizada no Quartel-General do Exército em Brasília. Teve a presença do Comandante das Forças Armadas, Eduardo Villas Bôas. A concessão foi justificada por Bolsonaro ter impedido 1 soldado do afogamento em 1978, durante uma instrução militar. Capitão do Exército na reserva, Bolsonaro tem uma boa relação com as Forças Armadas. A condecoração 40 anos após é realizada num momento em que Bolsonaro tem prestigiado as Forças por meio da nomeação de militares para ministérios e para outros cargos de alto escalão. autores Naomi Matsui REPÓRTER ____________________________________________________________________________________ ----------
----------- CPI dos Atos Antidemocráticos retira nome de G. Dias de relatório final Outras 134 pessoas foram indiciadas, entre elas policiais militares que atuaram no dia 8 de janeiro -------------- O general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI Paulo Bomtempo/Enquadrar/Estadão Conteúdo Mariana Albuquerqueda CNN Brasília 29/11/2023 às 20:44 | Atualizado 29/11/2023 às 20:49 Os integrantes da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) votaram, nesta quarta-feira (29), o relatório final da investigação criada para apurar os atos criminosos do dia 8 de janeiro. O texto original incluía o general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), na lista de indiciados. No entanto, de última hora, os parlamentares rejeitaram o indiciamento num placar apertado: quatro votos a três. O relatório final, elaborado pelo deputado Hermeto (MDB), pede o indiciamento de 134 pessoas. Entre elas, o ex-secretário interino de Segurança Pública do DF Fernando Souza de Oliveira; a ex-subsecretário de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública coronel Cíntia Queiroz de Castro; e ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues. Leia Mais: Moraes mantém prisão de cúpula da PM-DF denunciada pelo 8 de janeiro Moraes mantém prisão de cúpula da PM-DF denunciada pelo 8 de janeiro Moraes concede liberdade provisória a mais um acusado de participação nos atos do dia 8 de janeiro Moraes concede liberdade provisória a mais um acusado de participação nos atos do dia 8 de janeiro Justiça Militar condena coronel da reserva que xingou colegas no 8 de janeiro Justiça Militar condena coronel da reserva que xingou colegas no 8 de janeiro O documento atribui aos três o crime de abolição violenta do Estado democrático de direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo à vítima; e deterioração de patrimônio tombado. O documento também faz recomendações ao governo do Distrito Federal, como a recomposição do efetivo da PMDF e do salário desses policiais; a equivalência da remuneração dos policiais civis com a dos policiais federais; a reestruturação da Polícia Civil; e a criação do Comando do Policiamento da Esplanada. O relatório da CPI será encaminhado ao Ministério Público (MP) e outros órgãos de fiscalização. No MP, há três caminhos possíveis: arquivar o relatório; usar o relatório integralmente; ou utilizar apenas parte do documento, pedindo para a polícia mais investigações. Somente após isso a denúncia é concretizada na Justiça contra as pessoas apontadas como responsáveis. Tópicos Tópicos 8 de Janeiro Distrito Federal Gonçalves Dias ____________________________________________________________________________________
----------- ____________________________________________________________________________________ Os press releases deverão estar acompanhados do lead que consiste em um pequeno texto que fornece ao leitor a informação básica sobre o tema. O lead deve conter informação que responda às seguintes questões: “O quê” e/ou “Quem?”, “Quando?”, “Onde?”, “Como?”, e “Por quê?”. ____________________________________________________________________________________ Instruções para a elaboração de press release Versão Junho 2014 O press release ou comunicado de imprensa é um texto resumido sobre um artigo científico ou um número temático, publicado nos periódicos das coleções nacionais ou temáticas da Rede SciELO, que pode ser utilizado para promover os elementos principais de uma pesquisa em veículos de divulgação, sendo produzido pelos próprios autores dos artigos, por editores ou equipe editorial e por jornalistas. Por meio dos press releases, os jornalistas são informados sobre o desenvolvimento científico em determinado campo de pesquisa e deles se servem para escrever as matérias sobre ciência para jornais, revistas, sites, blogs e outros meios de comunicação. Estes comunicados de imprensa poderão ser lidos também por tomadores de decisão, outros cientistas, estudantes e pela sociedade como um todo. O press release constitui-se em um instrumento fundamental de popularização da ciência, que contribui para o processo de comunicação científica ao expor o trabalho de pesquisa de modo simplificado para a sociedade, ao destacar um resultado específico, ao promover o trabalho de uma instituição ou de um departamento, ao salientar o suporte financeiro de um patrocinador ou agência de fomento, beneficiando, desta forma, a comunidade científica. Seleção de artigos ou de temas para press release Algumas perguntas podem orientar o processo de seleção de artigos que justifiquem a redação de um press release: a pesquisa representa um avanço no conhecimento que merece ser divulgado para a sociedade? Contribui para a popularização do conhecimento científico? Apresenta inovações significativas? Pode ter impacto na sociedade ou na definição de políticas públicas? Além do público-alvo (jornalistas), o press release poderá ser utilizado também por tomadores de decisão, pesquisadores, estudantes e público em geral? A escolha de um a três artigos de um mesmo fascículo será suficiente para atrair atenção sobre os demais conteúdos. Deve-se evitar vários press releases de uma única edição. Além da publicação de press releases relacionados ao conteúdo dos artigos, pode se referir também aos temas do fascículo, sem se restringir a um resumo de cada um dos artigos que o compõe. Formato de apresentação do press release Para a submissão de press releases ao Blog SciELO em Perspectiva Humanas, deverão ser considerados os padrões expressos nos itens de 2.1 a 2.7. 2.1.Tamanho O texto deve conter o mínimo de 1.000 toques (contando os espaços em branco entre os caracteres) e o máximo de 2.500. 2.2. Linguagem A linguagem deve ser acessível e sem jargões, termos técnicos, abreviaturas e siglas. A elaboração do texto deve ser em tom jornalístico, adequando seu conteúdo ao leitor comum. O objetivo do press release é atrair leitores para o artigo científico, para tanto precisa despertar interesses e não ser conclusivo. 2.3. Idioma Os press releases poderão ser encaminhados nos idiomas português, inglês ou espanhol. 2.4. Título O título deve atrair a leitura, conter as palavras-chave mais importantes e ser conciso, com no máximo quinze palavras, resumindo o conteúdo a que se refere. Isto torna mais eficiente o resultado de ferramentas de busca em bases de dados. Deve ser escrito em negrito e num tamanho de fonte ligeiramente maior que a do texto. Apenas a primeira letra do título pode ser maiúscula (exceto quando há a inclusão de nomes próprios). 2.5.Corpo do texto O primeiro parágrafo do press release relata o cerne da notícia e os subsequentes são usados para desenvolver a notícia. A ordem dos tópicos é inversa àquela de um artigo científico: resultados e conclusão vêm antes da introdução, métodos vêm após o primeiro parágrafo e, no final, coloca-se o contexto da pesquisa, os antecedentes do trabalho e as informações geralmente contidas na introdução do artigo. O primeiro parágrafo deve responder às seguintes perguntas, se possível nesta ordem: Quem (está envolvido/ realizou a pesquisa)? O que (há de novo)? Onde (foi feita a pesquisa/ foi publicado)? Quando (ocorreu a descoberta/ foi publicado o resultado)? Por que (o resultado é inovador)? Por exemplo: “Cientistas da Instituição X (quem) sequenciaram o genoma do camundongo (o que) segundo artigo publicado esta semana (quando) na Revista X (onde) e descobriram que o grau de homologia com o genoma humano é muito maior do que se esperava (porque)”. O texto deve ser escrito na voz ativa: “Cientistas da Universidade X descobriram que A e B” e não “Foi descoberto que A e B por cientistas da Universidade X”. 2.6. Lead Os press releases deverão estar acompanhados do lead que consiste em um pequeno texto que fornece ao leitor a informação básica sobre o tema. O lead deve conter informação que responda às seguintes questões: “O quê” e/ou “Quem?”, “Quando?”, “Onde?”, “Como?”, e “Por quê?”. 2.7. Imagens O press release deve ser acompanhado por imagem compatível com seu conteúdo, podendo ser a foto pertencente ao próprio artigo, uma imagem da pesquisa em andamento, um grafismo que aluda ao assunto principal ou o logo do periódico. A imagem é o primeiro foco de atenção do leitor, portanto precisa ser chamativa e de boa qualidade visual. Deve ser enviada em arquivo anexo (jpg ou gif) com boa resolução (acima de 100 KB) e estar livre para reprodução sem pagamento de direitos autorais. A autoria da imagem deve ser citada ao lado da mesma. Considerações sobre a autoria Os textos podem ser elaborados por autores das pesquisas, pelo editor do periódico ou equipe editorial. Se a equipe editorial contar com o apoio de um profissional de comunicação, os textos podem ser preparados pela equipe e enviados aos autores para aprovação. Ao submeter o press release ao Blog SciELO em Perspectiva Humanas, seu autor abre mão, automaticamente, de quaisquer direitos sobre a publicação, libera o trabalho de edição do texto e a reprodução do mesmo por outros veículos, sem pagamentos. Contudo, o nome e afiliação do autor devem estar descritos no texto. Os conteúdos publicados no Blog SciELO em Perspectiva Humanas são de inteira responsabilidade do autor,não refletindo, necessariamente, a opinião do Corpo Editorial ou do SciELO. Ética de pesquisa e divulgação O press release não pode soar como propaganda de um produto, do periódico ou do próprio artigo. Deve descrever os resultados objetivamente e transmitir dados científicos, sem tentar engrandecer as possíveis descobertas com elogios ao pesquisador, à sua instituição e aos órgãos financiadores. Se houver possíveis conflitos de interesses ou patrocinadores envolvidos, eles devem ser explicitados. O texto deve se pautar pela ética, usualmente, aceita para as pesquisas científicas. Precisa ser cuidadoso ao informar sobre a utilização de seres humanos e animais nos experimentos e para não induzir à adoção dos resultados obtidos originalmente em modelos, bem como de dados que ainda estejam em fase investigativa. A redação deve ser sucinta e precisa com o número de palavras necessárias para descrever o fato, evitando adjetivos, como por exemplo, “a renomada Universidade X” ou o “premiado cientista Y”. Em geral, devem ser evitadas também expressões redundantes, tais como “pela primeira vez” e “nunca antes demonstrado”. No entanto, se de fato aquela descoberta nunca foi previamente demonstrada, isto deverá ser ressaltado com informação que demonstre o ineditismo. O texto pode incluir citações entre aspas do artigo publicado, mas não citações literais, ou seja, transcrições de trechos inteiros. Antes de remeter o press release, revise a ortografia e gramática cuidadosamente. Envio e análise das contribuições Para a submissão de press releases ao Blog SciELO em Perspectiva Humanas, encaminhar e-mails para . As contribuições submetidas para publicação no blog passarão pela análise da Equipe Editorial e, se necessário, dos membros do Comitê Editorial. Em caso de alteração do texto original, a versão revisada será submetida à aprovação final do autor. Serão considerados os seguintes aspectos na análise dos press releases submetidos ao Blog SciELO em Perspectiva Humanas: Formato de apresentação: a apresentação do press release deve estar de acordo com os padrões definidos no item 2 deste documento. Contribuições fora dos padrões definidos serão devolvidas aos respectivos autores; Simultaneidade: a publicação de press release deve acontecer, simultaneamente, à publicação do artigo na Coleção SciELO Brasil. Admite-se, entretanto, que uma eventual defasagem no cronograma de edição do comunicado possa atrasar a publicação em, no máximo, um mês após à publicação do artigo. Fica a critério do Corpo Editorial do Blog SciELO em Perspectiva Humanas a aceitação, ou não, de comunicados que excedam esse intervalo de tempo. ____________________________________________________________________________________ ------------ ----------- Maria Bethânia - Pano Legal / Café Soçaite (1973) YayaMassemba 8,36 mil inscritos Inscrever-se 99 Compartilhar Download 12.539 visualizações 2 de jan. de 2009 Maria Bethânia canta o medley Pano Legal / Café Soçaite, número que ela apresentava originalmente no Recital da Boite Barroco, em 1968. ------------ Café Society - Jorge Veiga ----------- Rádio Batuta (Miguel Gustavo) _________________________________________________________________________________________ -------------- Doutor de anedota e de champanhota, Estou acontecendo no Café Society Só digo "enchanté", Muito merci all right, Troquei a luz do dia pela luz da light. Agora estou somente Com outra dama de preto, Nos dez mais elegantes eu estou também. Adoro Riverside, só pesco em Cabo Frio, Decididamente eu sou gente bem. Enquanto a plebe rude na cidade dorme Eu ando com Jacintho Que é também de Thormes. Teresa e Dolores falam bem de mim, Eu sou até citado na coluna do Ibrahin. E quando alguém pergunta: "como é que pode?" Papai de black tie jantando com Didu, Eu peço outro uísque, Embora esteja pronto. Como é que pode?! Depois eu conto. Canção "Café Society", de Miguel Gustavo ------------ O Que É Que Eu Dou? Jorge Veiga O que é que eu dou? O que é que eu dou a essa mulher? Se eu dou carinho, diz que não, Se eu dou dinheiro, ela não quer! Eu já fiz tudo, Fiz tudo pra lhe agradar. Ela está sempre zangada, Sempre de cara amarrada. Será que ela quer pancada?! É só o que lhe falta dar! Ela quer apanhar! Composição: Antonio Almeida / Dorival Caymmi. ____________________________________________________________________________________ ------------- ------------ Café soçaite - Cyro Monteiro & Jorge Veiga -1971- De Leve ____________________________________________________________________________________

"Coração Do Brasil"

”ECONOMIA DA/DE ENERGIA" ---------- -------- 175. Tião Carreiro e Carreirinho: “Coração Do Brasil” ------------
----------- Nas entrelinhas: Congresso decidirá prioridades no Orçamento Publicado em 30/11/2023 - 08:55 Luiz Carlos Azedo Brasília, Congresso, Economia, Educação, Governo, Imposto, Política, Política, Saúde É alvissareira a aprovação da mudança do IR sobre fundos de investimentos e sobre a renda obtida no exterior via offshores A principal contradição entre o Congresso e o governo Lula, do ponto de vista institucional, é o fato de que deputados e senadores abocanham uma fatia cada vez maior do Orçamento da União, por meio de emendas parlamentares impositivas, sem compromisso com os resultados. Adotam critérios paroquiais, com objetivos eleitorais imediatos, sem a contrapartida da busca de políticas públicas eficazes, de estratégias de desenvolvimento e do êxito no combate às desigualdades. Essa forma de “empoderamento” dos mandatos parlamentares em relação ao Executivo tem baixa produtividade e muito pouco compromisso com o bem comum, além de ser uma estratégia de reprodução de mandatos que desequilibra a chamada “paridade de armas” nas eleições: aos que tem mandato, tudo — principalmente verbas do Orçamento e recursos dos fundos partidário e eleitoral; aos que o almejam, nada. Em detrimento da renovação, a deterioração política. Esse problema está posto e precisa ser enfrentado de alguma forma. A gula dos parlamentares em relação ao Orçamento da União cresce a cada ano, mas precisa ser contida. Ou pela definição de prioridades de investimentos, a partir de uma proposta do Executivo na aprovação do Orçamento, com objetivo de mitigar a irresponsabilidade em relação aos resultados. Ou pela adoção do semi-presidencialismo, no qual o Congresso seria obrigado a responder pelos eventuais resultados negativos, e não apenas usufruir o bônus populista da execução administrativa na sua base eleitoral. Essa é uma situação que já começa a desgastar o Congresso. O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, deputado Danilo Forte (União-CE), para mitigar esse desgaste, pretende dar prioridade às emendas parlamentares que destinem recursos para projetos em execução, promoção da educação básica de qualidade, empreendedorismo feminino, inovação tecnológica, uso de energias renováveis e atendimento integral das crianças com deficiência. É um avanço em relação à situação atual. O parlamentar sugeriu que cada bancada estadual, cada comissão permanente e cada parlamentar apresente até três emendas. Essas emendas incluem ações no projeto do Orçamento com metas de execução. Na LDO de 2023, o Congresso fez isso, por exemplo, em relação à contenção de encostas em áreas urbanas, com meta de atingir 92.291 pessoas — o que era pouco, mas já foi alguma coisa. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, sugeriram que as metas e prioridades para 2024 sejam as que forem aprovadas para o novo Plano Plurianual 2024-2027. Esse plano estabelece prioridades para quatro anos, a serem observadas na LDO. Nos últimos anos, como as prioridades definidas pelo Congresso foram vetadas pelo governo Bolsonaro, as emendas ficaram à matroca, a ponto de existir um orçamento secreto. Receitas e despesas No relatório, Danilo Fortes propõe o gasto mínimo com Saúde de 15% da receita corrente líquida, que já deveria ser observado em 2023. Isso significaria um incremento de R$ 2,7 bilhões no Orçamento deste ano. Simone Tebet, porém, está discutindo com o Tribunal de Contas da União (TCU) para que a exigência seja feita a partir de 2024. O mesmo problema pode ocorrer com o gasto mínimo de 18% da receita de impostos com a educação. Esses limites mínimos de gastos estão definidos na Constituição, mas tanto o governo federal como o Congresso e o Judiciário aumentam suas despesas com pessoal e custeio, sem a contrapartida do aumento de arrecadação. Nesse aspecto, não deixa de ser alvissareira a aprovação, nesta quarta-feira, pelo Senado, da mudança do Imposto de Renda sobre fundos de investimentos e sobre a renda obtida no exterior por meio de offshores. É uma forma de ampliar a base de arrecadação com quem pode pagar mais. No Brasil, os pobres pagam mais impostos do que os ricos. O relatório do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) altera uma série de leis, entre elas o Código Civil, para tributar ou aumentar as alíquotas incidentes sobre fundos exclusivos (fundos de investimento com um único cotista) e aplicações em offshores (empresas no exterior que investem no mercado financeiro). O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), porém, criticou o projeto e disse que o governo atual “tem pouco apreço pelas contas públicas”. O ex-ministro de Bolsonaro foi duro na crítica: “O governo muda a forma de taxar os fundos offshores e fundos exclusivos, permitindo que haja liquidação de seus ativos e, nessa antecipação, o governo possa recepcionar 8% sobre o capital amealhado nos últimos anos nas operações. Esses recursos serão não recorrentes. Em contrapartida, as despesas que estão sendo relacionadas e inseridas no Orçamento são definitivas, vão se acumulando com receitas episódicas e eventuais”. Compartilhe: ____________________________________________________________________________________ -----------
----------- Adriana Fernandes - Acordão O Estado de S. Paulo Governo e Congresso seguem apostando que podem mudar regras fiscais sem custo de credibilidade É acordão que se chama a aprovação, pelo Senado, de projeto de lei complementar que altera artigo do arcabouço fiscal para tirar do teto de gastos deste ano as despesas que vão financiar a bolsa-poupança de incentivo à permanência de estudantes de baixa renda no ensino médio. Governo e oposição se uniram e aprovaram ontem o projeto, de autoria do senador petista Humberto Costa (PE), relatado pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). Ficou muito claro que, com uma negociação de acordos para atender a interesses de curto prazo, é possível mudar a regra fiscal, numa votação rápida, sem nenhuma discussão séria. Para mudar o antigo teto de gastos criado pelo governo Temer, era preciso alterar a Constituição, o que é muito mais difícil e exige quantidade de votos maior e dois turnos de votação. Resultado: temos um arcabouço que foi sancionado faz poucos meses, e já estamos discutindo riscos fiscais no Brasil. A leitura no Senado é de que o acordo com a oposição ainda reflete o aceno ao líder do governo no Senado, Jaques Wagner, pelo voto favorável à PEC que limita os poderes do Supremo Tribunal Federal em decisões monocráticas. Mas, sem dúvida, estão sendo costurados muito mais acordos por trás, que garantiram também a aprovação do projeto que altera os investimentos em fundos dos super-ricos no Brasil (exclusivos) e no exterior (offshore). Renegociação mais favorável de dívida de Estados e novos “jabutis” a encarecer a conta de luz certamente estão nesses acertos de votações na reta final do ano. Às vésperas de ano de eleições municipais, o que está acontecendo agora com o programa não é lá muito diferente do que aconteceu no governo Bolsonaro, em 2021, com a aprovação da MP que criou o Auxílio Brasil – que, na época, substituiu o Bolsa Família, e que já se sabia que tinha sido desenhado de olho nas eleições do ano seguinte. É lamentável, porque esse tipo de programa é altamente meritório e, em tese, se bem desenhado, sai barato quando comparado ao enorme benefício que pode alcançar para diminuir o elevado abandono escolar no País. Mas os interesses de curto prazo, sobretudo os eleitorais, sempre se sobrepõem. Governo e Congresso seguem apostando que podem mudar as regras fiscais e que não há custo de credibilidade, bastando repetir o mantra da responsabilidade fiscal. Daqui a pouco, esse custo vai ficar mais claro para os investidores. Aliás, já está ficando. É só aguardar um pouco mais com as manobras em curso. Mudar ou não a meta nesse cenário vai virando discussão secundária. ___________________________________________________________________________________ ------------
------------ Vinicius Torres Freire - Petrobras, petróleo e défict Folha de S. Paulo Receita da petroleira cai com baixa de preço do barril; déficit aumenta ainda mais A Petrobras vai render este ano bem menos para o Tesouro Nacional, para o cofre do governo federal. Assim, o déficit primário do governo será maior, tudo mais constante. O Ministério da Fazenda por ora estima que as despesas, afora gastos com juros, vão ser maiores do que as receitas no equivalente a 1,3% a 1,7% do PIB. Por enquanto, ao menos até setembro, a receita líquida federal com a petroleira deve diminuir algo perto de 0,6% do PIB. É uma enormidade. A meta fiscal deste ano era de déficit de 0,5% a 1% do PIB; 1% do PIB equivale a R$ 105 bilhões. É bem sabido que vai cair a receita do governo federal relativa a recursos naturais, dividendos e participações de estatais, concessões e permissões para de obras e serviços para a iniciativa privada. A Petrobras não sumiu com o dinheiro, fez besteira grossa ou coisa assim. A receita da companhia diminuiu por causa da baixa do preço do barril do petróleo, dos combustíveis e até do dólar. A receita de vendas caiu de R$ 482,7 bilhões nos primeiros três trimestres de 2022 para R$ 377,7 bilhões neste ano (valores nominais). Sim, a companhia, assim como outras estatais, também decidiu distribuir menos dividendos, embora distribuição de lucros para acionistas tal como a do ano passado fosse insustentável, pois em ritmo de liquidação da empresa. No mais, não se pode dizer ainda qual o efeito da nova política de preços sobre as receitas. A Petrobras pode manter seus preços algo abaixo de cotações internacionais e compensar essa variação cobrando algo mais em momentos de alta, entre outras mudanças na estratégia da companhia. Uma avaliação equilibrada do resultado será possível apenas lá por meados do ano que vem. O problema é que não se presta muita atenção ao assunto: à perda dessas receitas federais sujeitas a variações muito imprevisíveis; ao fato de que dependemos mais e mais de commodities. De fato, pode se fazer muito pouco a fim de elevar essas receitas. No entanto, é preciso considerar a questão quando se fixam as metas fiscais, despesas e estimativas de receitas. Quando parcela grande de sua receita é volátil (varia muito), é uma temeridade aumentar excessivamente a despesa, em particular despesas obrigatórias permanentes ou politicamente irreversíveis, na prática. A partir de 2014, esse foi um dos motivos da crise fiscal. As receitas "não administradas pela Receita Federal", em que se incluem concessões, dividendos, recursos naturais etc., estão na casa de 18% do total da receita bruta do governo federal. A receita de impostos propriamente ditos (administrada pela Receita Federal) caiu 1,7% de 2023 para 2022; a "não administrada" baixou 23,2% (em termos reais). "A Petrobras recolheu R$ 175 bilhões aos cofres públicos no acumulado de janeiro a setembro de 2023. Para a União foram pagos o total de R$ 109 bilhões, sendo R$ 65 bilhões em tributos e R$ 44 bilhões em participações governamentais", informa a companhia em seu Relatório Fiscal do terceiro trimestre. Nos três primeiros trimestres do ano passado, a Petrobras recolhei R$ 144 bilhões para a União (governo federal): R$79 bilhões em tributos, R$ 65 bilhões em participações governamentais (grosso modo, royalties e participações especiais). Os valores são nominais. Isto é, sem correção pela inflação, como constam em balanços e informes de resultados. A empresa também paga menos dividendos e juros sobre capital próprio. Neste ano, tais dinheiros devem ser equivalentes a mais ou menos 60% daqueles que foram pagos em 2022 (sempre em termos nominais), a julgar pelo calendário e pelos valores desses desembolsos divulgados pela companhia (pelo critério de caixa, pelo dinheiro que cai na conta de fato em cada ano). ___________________________________________________________________________________ ---------- ------------
------------ Zeina Latif - A boiada passa e nos afasta do caminho certo O Globo A eficiência do setor depende de ganhos de escala, o que fica prejudicado com subsídios e “gatos”. Ao final, tudo se traduz em tarifa mais cara Uma importante discussão entre especialistas do setor elétrico é sobre como preparar o país para os efeitos adversos das mudanças climáticas. Elas causam estresse hídrico (a água fica mais escassa), ondas de calor e chuva, e estimulam a mudança de padrões de consumo de energia elétrica, com a climatização de ambientes e, no futuro, a eletrificação da frota de veículos. A confiabilidade no suprimento de energia é um elemento essencial para indivíduos e para o setor produtivo, e precisa ser reforçada. O crescimento das fontes renováveis — experiência de sucesso no Brasil —, comandado pelas fontes eólica e solar, é boa notícia, mas não resolve o problema, pois elas são intermitentes, não garantindo a oferta de energia firme. Assim, são necessárias ações pelo lado da oferta e da demanda, conjuntamente, de modo a minimizar o acionamento das usinas termoelétricas, mais caras e mais poluentes. A resposta pelo lado da demanda pode ser menos impopular do que se imagina. Na crise de 2001, no governo FHC, a sociedade aderiu rapidamente ao esforço de racionar o uso de energia elétrica, inclusive com mudanças de hábitos que foram incorporadas à rotina dos lares. A transparência na comunicação foi um elemento fundamental, sem negar os fatos e sem infantilizar a sociedade, que precisa ser parte da solução. O aumento de tarifas para conter a demanda, sozinho, tende a ser insuficiente em situações de crise, pois a queda do consumo precisa ser robusta e tempestiva, o que esbarra na baixa sensibilidade da demanda de energia à variação de preços. As camadas menos favorecidas reagem mais, mas isso impõe muitos sacrifícios e não resolve o problema. O ideal é estimular a resposta do consumidor médio, cuja demanda reage muito pouco a preços, como mostram pesquisadores do Ipea. Como agravante, os ajustes de preços chegam atrasados e quase sempre poluídos por outros fatores, como elevados tributos e encargos. As bandeiras tarifárias nem sequer refletem adequadamente as reais condições de escassez de energia, o que precisa ser modificado. O uso mais eficiente da energia e a resposta da demanda a preços são objetivos a serem sempre perseguidos, mesmo não se estando em situação de crise. Em relação à oferta de energia, a equação é mais complexa. Para começar, é necessário estabelecer governança para o uso mais eficiente da água, para um planejamento realista, como aponta o especialista Luiz Barroso. Além disso, cabe a revisão de marcos jurídicos do setor. As elevadas tarifas são um capítulo à parte. As tarifas são sobrecarregadas por muitos subsídios a terceiros e encargos, penalizando o consumidor. Acabam sendo incentivo para o roubo de energia (os “gatos”), que responde por quase 15% da energia elétrica gerada. No final, o bom consumidor paga a fatura. Adicionalmente, os subsídios são atuantes no crescimento do mercado livre (atualmente responde por 39% da carga) e da geração distribuída (energia renovável gerada no local ou próximo do consumo, que conta com subsídios, apesar de beneficiarem os mais ricos), por exemplo. A eficiência do setor depende de ganhos de escala, o que fica prejudicado com esses “vazamentos”. Ao final, tudo se traduz em tarifa mais cara, especialmente para o consumidor cativo. As movimentações recentes na política, infelizmente, vão na direção contrária à agenda de preparar o setor para os novos desafios climáticos — e o desafio do ajuste fiscal também. Segundo matérias da imprensa, há grande pressão de setores interessados e de lideranças políticas para prorrogação e extensão de subsídios, apesar de não se justificarem mais, dado o estágio atual da produção de renováveis, mais maduro e com queda nos custos. O mais recente PL das eólicas off-shore é um exemplo. Lotado de “jabutis”, que beneficiam a produção ineficiente do ponto de vista econômico, em benefício de poucos, mas com custo ao contribuinte e ao consumidor. São medidas que nos distanciam do bom uso dos recursos públicos e dos novos desafios do fornecimento confiável e acessível de energia elétrica. Adicionalmente, comprometem o papel dos preços de “mensageiro” do verdadeiro valor da eletricidade, estimulando assim ineficiências no consumo de energia. É crucial não deixar “passar a boiada”. ___________________________________________________________________________________ --------------- ----------- Mônica Salmaso em tributo a Wilson Batista do Sesc Pompeia para o Música #EmCasaComSesc --------- Monica Salmaso 51,1 mil inscritos 2,3 mil Compartilhar 33.670 visualizações Transmitido ao vivo em 7 de ago. de 2021 Tem samba e homenagem aqui no Música #EmCasaComSesc com a cantora paulistana Mônica Salmaso, que celebra a carreira do sambista carioca Wilson Batista (1913-1968), autor de diversos clássicos do gênero feitos para os carnavais das décadas de 1940, 1950 e 1960. Wilson tem mais de 500 obras catalogadas e, nos anos 1930, participou de uma célebre “rixa” amigável de composições com Noel Rosa (1910-1937). Transmitido ao vivo diretamente do Sesc Pompeia, sem a presença do público na unidade e seguindo os protocolos de proteção contra a Covid-19, o show resgata títulos como “Ganha-se Pouco, Mas É Divertido”, “Acertei no Milhar”, “Lá Vem Mangueira”, “Não Sei Dar Adeus” e “Deixa de Ser Convencida”. Mônica Salmaso iniciou a carreira em 1989 com a peça "O Concílio do Amor". Em 1995, gravou o disco “Afro-Sambas”, um duo de voz e violão com o instrumentista Paulo Bellinati, incluindo todos os afro-sambas de Baden Powell e Vinícius de Moraes. Lançou “Trampolim” em 1998 e, um ano depois, “Voadeira”, com o qual ganhou o prêmio APCA. O quarto CD de Mônica, “IAIÁ”, nasceu em 2004 e foi seguido por “Noites de Gala, Samba na Rua”, de 2007, com músicas de Chico Buarque. Nesse meio-tempo, ela foi convidada como solista de várias orquestras, como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e a Jazz Sinfônica Brasil. Com o CD “Alma Lírica Brasileira”, de 2011, recebeu o 23º Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor cantora. Seu penúltimo álbum, “Corpo de Baile” (2014), reúne canções de Guinga e Paulo César Pinheiro. Em 2017, a artista lançou o disco “Caipira”, pelo qual recebeu os prêmios de melhor álbum e melhor cantora no 29º Prêmio da Música Brasileira. Os próximos projetos de Mônica incluem o lançamento no Brasil do CD gravado na turnê pelo Japão com Guinga em 2019 e a continuação da turnê nacional de “Caipira”. Ficha técnica Voz: Mônica Salmaso Violão: Paulo Aragão Saxofone e flautas: Teco Cardoso Clarinete: Luca Raele Som: Carlos Rocha Luz: Silvestre Junior Produção: Carla Assis Classificação: Livre Ação urgente contra a fome. Faça sua doação. A fome é uma realidade que atinge milhões de brasileiros. O Sesc e o Senac disponibilizam pontos de coleta para arrecadação de doações de alimentos não perecíveis em suas unidades no estado de São Paulo. Aponte a câmera do seu celular para o QR code na tela e saiba mais sobre o Mesa Brasil: sescsp.org.br/doemesabrasil. #SescAoVivo #SescSP #SescPompeia #Sesc #Música #Show #MônicaSalmaso #MPB #Samba #MesaBrasil #Quarentena #FiqueEmCasa #Cultura #Live #ProgramaçãoSescSP https://www.youtube.com/watch?v=w9lvsNVv4x0 ___________________________________________________________________________________

terça-feira, 28 de novembro de 2023

EU, APRENDIZ

"Balaiada" -------- "Obrigado! É água. Água pura da fonte. É uma nova marca de água mineral que nós estamos lançando aqui em São Paulo." Tom Jobim ---------- ---------- Bem-Te-Vi Renato Terra -------- Ai de ti, oh meu amor Se entre as notas da canção Bem-te-vi, oh meu bem-te-vi Brilho frágil de emoção Na alegria das manhãs No começo de estação Bem-te-vi, oh meu bem-te-vi Brilho frágil de ilusão Bem-te-vi, bem-te-vi Bem-te-vi como o verão Voa livre por entre os jasmins Pousa no meu coração Composição: Claudio Rabello / Dalto. ___________________________________________________________________________________ --------- ---------- Coroné Antônio Bento João do Vale Coroné Antônio Bento No dia do casamento Da sua filha Juliana Ele não quis sanfoneiro Foi pro Rio de Janeiro E convidou Benê Nunes Pra tocar, Olê, lê, olá, lá Nesse dia Bodocó Faltou pouco pra virá Todo mundo que mora por ali Esse dia num pôde arresisti Quando ouvia o toque do piano Rebolava, saia arrequebrando Inté Zé Macaxera que era o noivo Dançou a noite inteira sem pará Que é costume de todos que se casa Ficá doido pra festa se acabá. Nesse dia Bodocó Faltou pouco pra virá Meia-noite o Bené se enfezou E tocou um tal de rock'n'roll Os matutos caíram no salão Não quiseram mais xote nem baião Foi aí que eu vi que no sertão Também tem os matuto transviado Nesse dia Bodocó Faltou pouco pra virá. Composição: João Do Vale / Luis Wanderley. _________________________________________________________________________________________ ----- ----------- A Hard Day's Night (tradução) The Beatles Live at the Hollywood Bowl --------- ----------- Autopsicografia (Fernando Pessoa) - na voz de Paulo Autran ___________________________________________________________________________________ --------
--------- Na cidade de Caxias, no Maranhão, existe um memorial que recorda a Balaiada, revolta ocorrida entre 1838 e 1840.[1] --------- ---------- "Antecedentes da Balaiada" -------- Veja mais sobre "Balaiada" em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/balaiada.htm ___________________________________________________________________________________ ----------
---------- Estátua que fica em frente ao STF ---------- Nomeação de políticos para estatais volta à pauta do STF Em meio à tensão com Planalto e Congresso, Corte marcou o julgamento para o dia 6 de dezembro PODER360 27.nov.2023 (segunda-feira) - 11h19 O STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para 6 de dezembro de 2023 o julgamento da ação que questiona a restrição a políticos para a direção de estatais. A análise do caso foi marcada pelo presidente da Corte, ministro Roberto Barroso. Os magistrados vão avaliar se referendam ou não uma decisão liminar (provisória) do ministro aposentado Ricardo Lewandowski de 16 de março, que suspendeu a quarentena para políticos assumirem cargos de direção em empresas públicas. Desta vez, a análise do caso irá a julgamento no plenário físico do STF. Antes, a ação estava sendo analisada no plenário virtual da Corte. Em março, o ministro Dias Toffoli pediu vista (mais tempo para análise). Por ora, segue valendo o voto de Lewandowski, que garantiu que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse fazer indicações políticas para os cargos. O então ministro atendeu a um pedido do PC do B, que questionou trechos da Lei das Estatais. A nova data para o julgamento se dá em um momento de tensão entre os poderes. O voto favorável do líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (BA), na PEC que limita os poderes do STF causou uma escalada de tensão entre a Corte e o Planalto. A PEC proíbe os ministros de darem decisões monocráticas que suspendam: eficácia de leis; e atos do presidente da República, do Senado, da Câmara e do Congresso. A proposta ganhou força no Congresso depois de falas do presidente do STF, Roberto Barroso, em um evento da UNE (União Nacional dos Estudantes). “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo”, afirmou. autores PODER360 https://www.poder360.com.br/justica/nomeacao-de-politicos-para-estatais-volta-a-pauta-do-stf/ ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 55 ANOS ---------
---------- 13 de dezembro de 1968: editado o Ato Institucional n°5 O jornal Correio da Manhã, em sua edição do dia 14 de dezembro de 1964, publicou em sua primeira página: Você sabia? EDITADO NÔVO ATO INSTITUCIONAL DECRETADO RECESSO DO CONGRESSO No texto, é elucidado que "o presidente Costa e Silva, após reunião de três horas com o Conselho de Segurança Nacional, realizada no Palácio Laranjeiras, editou um nôvo Ato Institucional (o de número cinco) e, no Ato Complementar n.° 38, que baixou a seguir, decretou o recesso do Congresso Nacional [...]". FONTE: #bibliotecanacional #fundacaobibliotecanacional #fbnnamidia https://antigo.bn.gov.br/explore/curiosidades/13-dezembro-1968-editado-ato-institucional-ndeg5#:~:text=Voc%C3%AA%20sabia%3F&text=No%20texto%2C%20%C3%A9%20elucidado%20que,%5B...%5D%22. ___________________________________________________________________________________ ---------- ---------- Alcolumbre marca sabatina de Dino para 13/12 na CCJ | CNN ARENAAl sabatina de Dino para 13/12 na CCJ | CNN ARENA --------- Dino no STF: Alcolumbre marca para 13 de dezembro sabatina na CCJ do Senado Caso seja aprovado na comissão, Dino será submetido para avaliação do plenário do Senado Luciana AmaralDouglas Portoda CNN São Paulo e Brasília 27/11/2023 às 19:32 | Atualizado 28/11/2023 às 09:25 Compartilhe: A sabatina de Flávio Dino, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), acontecerá em 13 de dezembro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (27) pelo presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A relatoria, segundo Alcolumbre, será do senador Weverton Rocha (PDT-MA). Caso seja aprovado na CCJ, Dino será submetido para avaliação no plenário do Senado. Leia Mais: ----------
---------- 55 anos 30 de abril de 1968 Credit: Tribunal Superior Eleitoral under CC-BY Flávio Dino de Castro e Costa nasceu em São Luís em 30 de abril de 1968, filho dos advogados Rita Maria e Sálvio Dino. ___________________________________________________________________________________
---------- 17/07/2009 A rota da liberdade do negro Cosme Bento das Chagas e a Balaiada (1838-1841) ENVIADO POR / FONTEPor Edson Borges*, do Mrs Groove AFRO-BRASILEIROS (Foto: Imagem retirada no site WRádio Brasil) Geledés https://www.geledes.org.br › negro-cosme-bento-das-c... Na província do Maranhão, há 170 anos, ocorreu uma célebre revolta de escravos. A insurreição de milhares de negros (1838-1840) liderados por Cosme Bento. A rota da liberdade do negro Cosme Bento das Chagas e a Balaiada (1838-1841) Na província do Maranhão, há 170 anos, ocorreu uma célebre revolta de escravos. A insurreição de milhares de negros (1838-1840) liderados por Cosme Bento das Chagas tornou-se o fermento mais explosivo durante a Balaiada (1838-1841).
------------ Maria Cristina Fernandes - Acordo na PEC das decisões monocráticas abriu portas para indicação de Dino Valor Econômico Lula indicou o ministro da Justiça para a vaga deixada por Rosa Weber no STF; nomeação ainda depende de aprovação no Senado Foi o acordo — mais criticado que compreendido — , construído em torno da proposta de emenda constitucional das decisões monocráticas do Supremo Tribunal Federal, que propiciou as condições para a indicação do ministro da Justiça para a Corte. O principal óbice à escolha de Flávio Dino pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva era a ameaça de que seu nome viesse a ser rejeitado pelo Senado. O voto do líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), que arrastou toda a bancada da Bahia no Senado, acabou sendo decisivo à aprovação da PEC. Foi um jogo duplo que teve, do outro lado, uma bancada do PT contra a proposta e a liberação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para reassumir o mandato e aderir ao bloco de rechaço. A equação comprometeu os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP), com o êxito da indicação de Dino no Senado, ainda que esta aprovação ainda não esteja garantida. A negociação para a aprovação de Dino no Senado é subproduto de um pacote de acordos em torno dos quais Lula vem trabalhando com a cúpula do Senado para equacionar a questão fiscal. É Pacheco quem pauta os vetos presidenciais – e Lula acabou de fazer um cuja manutenção é considerada crucial para o Ministério da Fazenda, o das desonerações. É Pacheco ainda que, na condição de presidente do Congresso, vai conduzir a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento, cruciais para a divisão do bolo de 2024, ano em que o governo Lula será desafiado a entregar resultados na economia e o fôlego da oposição para 2026 será testado nas eleições municipais. É disso que trata a inclusão, de última hora, de Pacheco na comitiva de Lula à COP 28, em Dubai. O pacote de acordos inclui ainda a federalização de estatais mineiras, a construção do palanque lulista em Minas em torno de Pacheco e o licenciamento da pesquisa para a exploração do pré-sal na Foz do Amazonas. Se o acordo em torno das decisões monocráticas selou o destino de Dino, também pode ter facilitado a indicação do subprocurador-geral Paulo Gonet. Não que Gonet tenha dificuldades de ser aceito. Pelo contrário. Passa bem tanto no Centrão, que aprecia sua retranca, quanto na bancada bolsonarista, pelas posições conservadoras em costumes. Além de ser um nome da “garantismo”, Gonet franqueia a Lula a possibilidade de “compensar” o Supremo face ao avanço da pauta de limitação de suas prerrogativas no Congresso. O subprocurador-geral é nome da predileção dos dois ministros que competem na liderança do colegiado, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Foi a dupla que mais vocalizou insatisfações com a PEC das decisões monocráticas. Gonet é a garantia de que, se os ministros terão que conter a exuberância monocrática, não haverá, por outro lado, uma PGR tão proativa assim que escancare esta perda (mitigada) de prerrogativa. A rapidez com a qual Lula se agarrou à oportunidade oferecida pela PEC das monocráticas para emplacar Dino fala por si sobre o “principal eleitor” do ministro da Justiça. Não são os ministros Gilmar Mendes nem Alexandre de Moraes, mas o próprio presidente. Único ministro anunciado em praça pública, ainda na campanha, tornou-se o único ombro, na Esplanada, sobre o qual Lula se permite se emocionar. Não se trata tampouco de uma volta de Dino à magistratura. O STF é uma Corte política, com ou sem decisão monocrática. Saúde e carreira agradecem. Por mais tensões que acumule, a Corte não se compara ao Ministério da Justiça, que as Gazas diárias do Brasil transformaram num coveiro de reputações. E como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o sucessor da preferência de Lula, o ministro ganha uma marquise sob a qual se abrigar até que o pós-lulismo ganhe forma e cor. Primeiro lugar no concurso para a magistratura, em 1994, presidente da Associação dos Juízes Federais eleitos por seus pares, deputado federal na primeira eleição em que disputou, governador eleito (único na história do PcdoB) contra a dinastia Sarney sem o apoio do PT, senador eleito com quase o dobro dos votos do segundo colocado, Dino deve parte das hostilidades que lhe dirigem o Centrão e o PT à percepção de que se trata de quadro da política nacional que se fez sem amparo de aliados. Pelo menos até chegar à Justiça e ao STF, cargos dos quais o presidente é credor. Não se espere dele uma reprise de Dias Toffoli, que deu as costas a Lula, nem de Cristiano Zanin, que se esgueira do bate-boca. Dino é da exuberância discursiva, como Gilmar e, em menor grau, Moraes. Equivoca-se quem aposta em triunvirato. Dino é Lula e, por isso, foi escolhido. Ciente de que tomou o lugar de uma mulher negra, vai disputar os holofotes com os homens brancos. Os demais vão disputar com ele a interlocução com o presidente. ____________________________________________________________________________________
------------- Luiz Carlos Azedo - Lula indica Dino e Gonet, mas pode entregar Justiça ao PT Correio Braziliense Dono de um estilo "lacrador", Flávio Dino assumiu a linha de frente da defesa do presidente Lula após a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Por isso, seu nome agrada muito aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) O presidente Lula não levou em conta as pressões do PT e anunciou, nesta segunda-feira, as indicações do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF), e do procurador Paulo Gustavo Gonet Branco à Procuradoria-Geral da República (PGR). Os dois eram nomes muito cotados para o cargo, mas sofreram com o "fogo amigo" do PT, principalmente Dino. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou que os dois nomes serão apreciados até 15 de dezembro. O primeiro obstáculo à aprovação dos nomes é a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), que se aliou à bancada de oposição para voltar à Presidência do Senado. Nos bastidores do Senado, os senadores bolsonaristas já se articulam para tentar barrar a aprovação do nome de Flávio Dino. A rejeição de Igor Roberto Albuquerque Roque para o cargo de defensor público-geral federal da Defensoria Pública da União (DPU), por 35 votos a favor e 38 contrários, além de uma abstenção, em outubro passado, foi o recado de que Dino terá dificuldades. Para a aprovação do nome de Dino são necessários 41 votos. Não é uma missão impossível obter apoio da maioria dos senadores, mas há um rito a ser cumprido: o beija-mão dos senadores por parte dos indicados, gabinete por gabinete. Um senador eleito teria mais facilidades, mas acontece que Flávio Dino logo se licenciou do cargo para ser ministro da Justiça, não tem amplo trânsito entre os pares. Quando o nome de Dino passou a ser cotado para o STF, logo se armou contra ele uma campanha dos bolsonaristas nas redes sociais, retroalimentada pelo "fogo amigo" petista. Dono de um estilo "lacrador", Dino assumiu a linha de frente da defesa do presidente Lula após a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Por isso, seu nome agrada muito aos ministros do Supremo Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte. Essa sintonia se manteve desde então e foi decisiva para sua indicação. A questão é saber se Lula costurou a indicação com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente da CCJ, Alcolumbre. Supõe-se que sim, pois Lula não faria essa indicação para "queimar" seu ministro da Justiça. Para interlocutores, Lula manteve distância regulamentar em relação à polêmica PEC que limita os poderes monocráticos dos ministros do Supremo para agradar a Pacheco e Alcolumbre, embora o STF tenha reagido duramente à decisão do Senado. Dino é um ex-juiz que deixou a toga para ser político, elegendo-se governador do Maranhão pelo PCdoB, partido que trocou pelo PSB. Desde que seu nome surgiu como opção, enfrentou a concorrência do advogado-geral da União, Jorge Messias, apoiado pelo PT, e do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, apoiado pelo MDB. Ambos saudaram sua indicação. Ministério Público Agora, está aberta a disputa pela vaga de Dino na Esplanada. O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, nunca escondeu o desejo de substituir o chefe. Mas o PT tem um forte candidato à pasta: o advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, que teve importante atuação na campanha eleitoral de Lula. Na montagem da equipe ministerial, porém, acabou preterido por Dino. A saída salomônica defendida pelo PT é a divisão do ministério em duas pastas: Justiça e Segurança Pública. A primeira ficaria com Carvalho, a segunda, com Cappelli, que, desde o 8 de janeiro, vem se destacando nessa área. A aprovação do nome de Dino pelo Senado pressupõe algum risco por causa de suas posições políticas e combatividade, que tendem a reforçar o grupo de ministros do STF acusado de "extrapolar" suas atribuições em relação aos demais Poderes. O ministro da Justiça, por exemplo, fez uma veemente defesa do Supremo e criticou o Senado por aprovar a PEC que limita os poderes monocráticos dos ministros, num momento em que os senadores desejam também limitar os mandatos do Supremo, seja ao estabelecer uma idade mínima para seus ministros, seja seu tempo de duração. Em contrapartida, a aprovação do nome do subprocurador-geral Paulo Gustavo Gonet Branco para o cargo de procurador-geral da República é mais tranquila. É a primeira vez que Lula não escolhe um dos integrantes da lista tríplice elaborada pela associação dos procuradores; nos mandatos anteriores, o petista indicou o mais votado. Desde 2001, as listas tríplices elaboradas pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) subsidiaram as indicações. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi o primeiro a desconsiderar a lista ao indicar o procurador-geral Augusto Aras. Gonet é integrante da cúpula do MPF e responde como vice-procurador-geral eleitoral desde 2021. Enfrentará a oposição dos bolsonaristas no Senado, por causa do seu parecer a favor da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entretanto, é católico e conservador, por exemplo, no tema do aborto. ___________________________________________________________________________________ ---------- -------- Análise do poema “Autopsicografia” de Fernando Pessoa 7 DE MAIO DE 2017 / SEMIOTICOSBLOG Autopsicografia O poeta é um fingidor Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração Fernando Pessoa Análise Esta composição poética é um extraordinário resumo do pensamento de Fernando Pessoa com referência ao fazer poético, podendo considerá-la uma obra marcante em sua carreira. O tema abordado é sempre voltado para reflexões sobre identidade, noções de verdade e existencialismo (condizentes com a era moderna em que o mesmo se encontrava). Neste poema, todas essas características estão presentes. O poema possui 12 versos ao todo, divididos em três estrofes com 4 versos cada uma, trata-se de uma redondilha maior, ou seja, versos de sete sílabas poéticas ou heptassílabo (forma pertencente à medida velha), o esquema de rimas é alternado ou cruzado (ABAB); (CDCD); (EFEF), apresentando uma irregularidade no primeiro e no terceiro verso da última estrofe. Com relação aos recursos estilísticos usados por Fernando Pessoa, podemos ressaltar três de extrema relevância neste poema: poliptoto, ou seja, o uso de uma palavra diversas vezes e de diferentes maneiras para enfatizar a ação (“fingidor”, “fingir”, “finge”). Apresenta-se também a perífrase no trecho “E os que leem o que escrevem” , apontando para dois constituintes essenciais do processo poético, o leitor e o escritor. Por fim, tem-se a metáfora no trecho “Esse comboio de corda/ Que se chama coração”, representando a sensibilidade como algo em constante movimento quase circular, pois é sentida, fingida, intelectualizada e finalmente escrita, representando uma espécie de ciclo vicioso. O título desta composição quer dizer “eu mesmo” ou “ele mesmo”, ato de exprimir de próprio, si próprio, vale ressaltar que a palavra é um neologismo criado pelo autor juntando duas palavras: auto (si próprio) e psicografia (descrição da alma). Sendo assim, podemos afirmar que Autopsicografia trata do próprio poeta Fernando Pessoa que descreve historicamente sua própria alma, como se quisesse fotografar sua própria essência e transformá-la em algo “palpável” para o leitor. O primeiro verso desta composição poética “o poeta é um fingidor” já apresenta, com uma ironia, a ideia principal do poema que está no fingimento do autor/poeta, na palavra FINGIDOR (substantivo) é expressado o sentimento que será explicado logo em seguida, porém quando a palavra é separada em duas partes, ou seja, FINGI-DOR, explica exatamente tudo o que se segue nos próximos versos da primeira estrofe, brincando com as palavras, no terceiro verso aparece a expressão “FINGIR que é DOR”, voltando para a expressão apresentada no primeiro verso em uma brincadeira fonética, ambas explicando o fato de o poeta fingir o sentimento de dor mas ao mesmo tempo sentir tal dor. Ainda explica em seus versos que a dor, para ser expressada na linguagem poética, esta deve ser fingida, porém parte-se de uma dor real, a única diferença é que seu relato não pode ser feito como um paciente relataria seus sintomas à um médico, por exemplo, mas sim de forma artística. Vale lembrar que o autor não coloca o poeta na posição de mentiroso, e sim como alguém que pode se colocar no lugar de outra pessoa e se confunde com a dor sentida, achando ser a sua própria. Na segunda estrofe do poema, o eu lírico se volta para o leitor, dizendo que este não sente a dor inicial (verdadeira) nem a dor imaginária descrita, nem a menos a dor que o próprio leitor tem, e sim aquela que ele não tem, ou seja, aquela que resulta do processo de fingimento artístico. Dentro da terceira estrofe do poema (última), o eu lírico já inicia seus dizeres com a expressão “E assim..”, causando a impressão de que o poema chegou à sua conclusão. Nesta parte final, o eu lírico explica que para compor uma poesia necessita-se de sensibilidade, a qual oferece à razão a matéria prima necessária, em outras palavras, a razão é onde o poema é inventado e o coração (sensibilidade) é onde o mesmo nasce. Fernando Pessoa explora muito nesta obra o autoconhecimento do poeta, o qual deve ser visto como um processo contínuo, algo que faz com que este se distancie do real e o faça querer atingir um mundo inteligível onde reside a perfeição. O poeta também mostra um conceito metafórico com relação ao trabalho do poeta, que este utiliza da dor para entreter, transformando o pranto em riso, a tristeza em alegria e o sofrimento em prazer, tudo isso relacionado ao contato entre autor e leitor e o efeito que a poesia possui sobre ambos e a capacidade do poeta de entreter o leitor, mesmo que o tema da sua obra seja algo depressivo, os termos usados pelo mesmo fazem com que a situação se apresente mais atrativa do que realmente é, fazendo com que aquilo seja atrativo para o leitor. Análise de Marcella Gualberto. ___________________________________________________________________________________ --------- ---------- Luiza Tom Jobim ---------- Rua, espada nua Boia no céu imensa e amarela Tão redonda a Lua, como flutua Vem navegando o azul do firmamento E no silêncio lento Um trovador cheio de estrelas Escuta agora a canção que eu fiz Pra te esquecer, Luiza Eu sou apenas um pobre amador Apaixonado, um aprendiz do teu amor Acorda, amor Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração Vem cá, Luiza, me dá tua mão O teu desejo é sempre o meu desejo Vem, me exorciza, dá-me tua boca E a rosa louca, vem me dar um beijo E um raio de Sol nos teus cabelos Como um brilhante que, partindo a luz, explode em sete cores Revelando então os sete mil amores Que eu guardei somente pra te dar, Luiza Luiza Luiza Composição: Antonio Carlos Jobim.

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

OBLIVION

------------ Composição: Franco Migliacci / Domenico Modugno. ___________________________________________________________________________________ ----------- ------------ Oblibon (Bandoneon Solista) Astor Piazzolla ___________________________________________________________________________________ --------------
------------- Fernando Gabeira - Alzheimer, a doença para não esquecer O Globo Mesmo sem uma abundância científica de evidências, é possível formular um programa amplo de prevenção Na semana passada, visitei uma pessoa muito importante na minha vida. Mente brilhante e curiosa, não me reconhecia mais nem conseguia contar com facilidade até dez. Alzheimer. Saí da clínica disposto a fazer mais que visitá-la com frequência nesta longa jornada pelo oblívio. Escolho essa palavra porque “Oblivion” é o título de uma das músicas mais tristes que conheço, tocada por Astor Piazzolla. Desde o fim do século passado, pensei em fazer algo a respeito da doença de Alzheimer. Era deputado quando soube que o governo francês produzira um longo relatório sobre o tema. Recebi apenas uma síntese. Mas era o bastante para me preocupar. É um tipo de doença que sobrecarrega as famílias, sobretudo as mais pobres, que precisam de ajuda para cuidar dos entes queridos. Encontrei-me numa solenidade com José Serra, que era ministro da Saúde, e disse: — Serra, você já ouviu falar de Alzheimer? Brincando com sua fama de hipocondríaco, Serra respondeu: — Já e tenho um medo danado. Na década dos 1990, nunca chegamos a fazer uma reunião sobre o tema. Uma outra doença, a aids, entrou na ordem do dia. Trabalhei nela apresentando com Sarney no Senado o projeto do coquetel gratuito para os pacientes. Serra, como ministro, fez a batalha internacional pela liberação das patentes, algo muito justo, no meu entender. A doença de Alzheimer é diferente de outras. Ninguém sai vivo dela. Talvez por isso a gente se conforme. Mas hoje, depois de três décadas, não limitaria mais a política somente ao apoio às famílias, algo que continua sendo essencial. Há vários problemas precursores, como o leve déficit cognitivo. Talvez facilitar os testes genéticos que levam ao diagnóstico seja um passo importante. Certamente, o capítulo mais importante é a prevenção. Mesmo que não tenhamos abundância científica de evidências, é possível formular um programa amplo de prevenção. Não sou favorável ao terrorismo alimentar que circula na internet. No entanto parece claro que certo tipo de alimentação favorece a criação de uma teia de obstáculos que bloqueia a comunicação entre os neurônios. O excesso de carboidratos e alimentos superprocessados deveria ser analisado. Existem hoje alguns programas para prevenir e reverter o declínio cognitivo. Já conhecia os de prevenção e agora tive contato com o livro de Dale Bredesen, que afirma ter revertido o declínio cognitivo em inúmeros casos. Não é minha tarefa estudar e escolher terapias. O que posso fazer na planície é sugerir fórmulas de política pública. Já temos, felizmente, um Instituto do Cérebro, graças ao grande Paulo Niemeyer. Mas o Alzheimer e outras doenças cognitivas pedem uma abordagem especial. Uma entidade com verbas públicas e privadas poderia estudar todas as dimensões da doença, sugerir políticas adequadas, criar cursos de formação de acompanhantes, produzir cartilhas para que idosos e os próprios familiares valorizem os sintomas e façam exames. Não pensem que escrevo apenas pensando nos entes queridos levados pelo esquecimento. As previsões internacionais dizem que a doença de Alzheimer pode atingir entre 15% e 20% da população de idosos. Isso significa superocupar os sistemas de saúde, ameaçar inclusive a unidade de famílias frustradas por não poderem cuidar dos doentes, em meio às ocupações cotidianas. Não é, portanto, uma preocupação isolada. O cinema tem tratado de forma direta, como no filme “Meu pai”, com Anthony Hopkins, e muitas outras obras já foram escritas. O que tem de ser superado é a ideia de que não se pode prevenir, até que possamos negar, no futuro, a própria ideia de que não se pode reverter e curar. Quando encontrar gente com mandato, farei a mesma pergunta que fiz a Serra na década de 1990. _________________________________________________________________________________________________________ ---------- ------------- Letras de Oblivion Él es Oblivion, fe del jamás y el no, fe brutal de olvidar por la eternidad. Él es Oblivion, ley de la ingratitud, hechicero astral. Matón de la desmemoria y el sin recuerdos es Oblivion rey. Es como un pozo en pasión de enterrar que florece al sangrar los estigmas del corazón. Luz degollada de un tiempo tan feliz hoy Oblivion vas a borrarme(olvidarme) a mí. Él, reto agotador, vuelve a cero igual lo real, lo mejor, lo fatal. Él te hipnotiza con dolorosa miel del ausente amor, para ultimar, ebrio, amargo y vil, el sagrado ayer, Oblivion rey. (Es como un pozo en pasión de enterrar que florece al sangrar los estigmas del corazón. Luz degollada de un tiempo tan feliz) hoy Oblivion vas a borrarme(olvidarme) a mí. (Oblivion rey... )" TRADUZIR ESTE TEXTO DO ESPANHOL PARA O PORTUGUÊS Letra: Horacio Ferrer, Argentina A tradução do texto de "Letras de Oblivion" do espanhol para o português: "Ele é Oblivion, fé do nunca e do não, fé brutal de esquecer pela eternidade. Ele é Oblivion, lei da ingratidão, feiticeiro astral. Carrasco do esquecimento e do sem lembranças é Oblivion rei. É como um poço na paixão de enterrar que floresce ao sangrar os estigmas do coração. Luz degolada de um tempo tão feliz hoje, Oblivion, vais me apagar (esquecer). Ele, desafio exaustivo, volta a zero igual o real, o melhor, o fatal. Ele te hipnotiza com doloroso mel do amor ausente, para encerrar, ébrio, amargo e vil, o sagrado ontem, Oblivion rei. (É como um poço na paixão de enterrar que floresce ao sangrar os estigmas do coração. Luz degolada de um tempo tão feliz) hoje, Oblivion, vais me apagar (esquecer). (Oblivion rei...)" ___________________________________________________________________________________ ----------- Letra: Horacio Ferrer, Argentina http://www.hermanotango.com.ar/Letras%20291012/OBLIVION.htm Otras interpretaciónes que me gustan: http://www.youtube.com/watch?v=m-ZCKn1mKcU http://www.youtube.com/watch?v=qq2a0_g0j5k https://lyricstranslate.com Astor Piazzolla - Oblivion (Richard Galliano & Yamandu Costa)

domingo, 26 de novembro de 2023

A PAZ

----------- Roupa Nova - A Paz (Heal The World) (Lyric Vídeo) -----------
------------- ____________________________________________________________________________________ O texto aborda o conflito entre Israel e Gaza, evidenciando que interpretar essa situação apenas como um embate entre dois lados opostos é simplista e superficial. Aponta que o confronto vai além de questões culturais e simbólicas, sendo manipulado por líderes políticos que se beneficiam da polarização para manter o poder. Destaca também a importância da busca pela paz e do reconhecimento mútuo dos direitos à terra tanto por judeus quanto por palestinos, enfatizando que a guerra não é a solução para a disputa. Além disso, destaca a necessidade de uma atuação diplomática dos Estados Unidos para promover a paz na região, ressaltando as ameaças à democracia representadas pelo nacionalismo populista e autoritário. ____________________________________________________________________________________ ----------- Luiz Sérgio Henriques* - A paz imprevisível O Estado de S. Paulo O pogrom de outubro e a tragédia de Gaza evidenciam que, no caso destes dois grandes povos, só fanáticos ainda creem haver terra a tomar e guerra a vencer Nada pior para um conflito como o que ora transcorre em Israel e em Gaza, carregado de dimensões simbólicas milenares, do que ser capturado pela lógica pedestre das guerras de cultura, tão raivosas quanto superficiais. Israel nelas aparece, monoliticamente, como o representante do imperialismo ocidental, um apêndice estranho e indesejado na região, contra quem toda e qualquer revolta se justifica, mesmo quando, como em 7 de outubro, pisoteia valores mínimos da civilização e reacende temores ancestrais de perseguição e aniquilamento. Pela mesma lógica, inversamente, o Hamas identifica-se com todo um povo e surge como protagonista de um tardio combate anticolonial, em torno do qual devem se juntar automaticamente os condenados da Terra. Postas assim as coisas, cada um de nós não tem muito mais a fazer senão se afundar nas respectivas câmaras de eco e repetir indefinidamente as próprias verdades até que um dia, quem sabe, sobrevenha o cansaço e reapareça a necessidade de buscar alguma outra “causa justa”. Perdem-se nuances, omitem-se elementos significativos de um complexo consenso em construção, inclusive nos círculos dirigentes do Ocidente. Por aqui, aliás, há bons sinais. Certamente, tarda uma decidida ação de paz pelos Estados Unidos, a potência capaz de conter ou influenciar Israel e, ao mesmo tempo, dialogar com o mundo árabe, suas ruas expressivas e seus dirigentes mais sensatos. No entanto, neste momento de trevas, tem sido animador ver o amadurecimento definitivo da ideia dos dois Estados, alicerçada não só numa necessária visão pragmática, como também no reconhecimento formal do direito à terra tanto por judeus quanto por palestinos. Tem mais de um grão de verdade a proposição do presidente Biden segundo a qual, neste “ponto de inflexão da História”, há um contraponto entre democracias e autocracias. Trata-se, porém, de uma verdade parcial, provisória, até pelo fato de que, como o próprio Biden sabe em primeiríssima mão, as democracias permanecem assediadas internamente por atores disruptivos com capacidade para produzir fissuras em consolidadas tradições constitucionais. E, por ironia, nem mesmo a democracia israelense está livre deste assédio. Um político como Benjamin Netanyahu, não por acaso, é fator interno de restrição das liberdades e fator externo de guerras e invasões, ainda que nesta última circunstância tenha os extremistas palestinos como sócios dedicados. De fato, com algumas exceções, como perto de nós a Venezuela, têm vindo da extrema direita global as ameaças mais graves aos regimes democrático-constitucionais que costumávamos considerar quase um fato da natureza. O culto do homem forte e providencial ressurgiu como a novidade em reação à globalização dos mercados feita de modo veloz e anárquico em algumas poucas décadas. O rótulo “nacional-populismo” define bem a situação recentemente criada: nativismo ideológico, fechamento de fronteiras econômicas, proteção real ou meramente demagógica aos trabalhadores locais, em troca de concentração de poder e asfixia dos pesos e contrapesos de uma democracia cada vez mais difícil. Netanyahu é a manifestação israelense deste movimento reacionário global. Antes de 7 de outubro, havia um número impressionante de cidadãos nas ruas e praças de Israel, em manifestações que perduraram por meses a fio em defesa do Poder Judiciário. Por certo, a esquerda em sentido estrito, minoritária desde que a perspectiva de paz se enfraquecera, não tinha o controle dos protestos, dominados por preocupações com o destino de uma instituição absolutamente decisiva. E neles não estavam os árabes israelenses. Não importa muito, brotava ali o germe da renovação e da esperança, o repúdio de massas contra o autocrata em formação. Este germe e este repúdio se viram paralisados com o conflito, que, neste preciso sentido, responde ao nacionalismo agressivo de Netanyahu e seus aliados de extrema direita, particularmente os que representam a ocupação ilegal na Cisjordânia. Guerras cumprem a função clássica de unir momentaneamente a população em torno da salvação nacional e de abafar o normal dissenso democrático que, de outro modo, se desenvolveria e teria o potencial de dar bons frutos. Na espessa névoa que logo produzem, prevalecem profissões de fé e alinhamentos pavlovianos, como se Israel só tivesse amigos à direita, a Palestina à esquerda. E como se um país inteiro se reduzisse à guerra ao terror e o outro, em formação, limitasse suas formas de luta e resistência a explosões bárbaras. O caminho da paz, surpreendente e imprevisível, é um daqueles que só se fazem ao caminhar – e a História está mais cheia deles do que parece. Como muitos autores têm lembrado, a Guerra do Yom Kippur, em 1973, levaria ao acordo entre Begin e Al Sadat; e à Intifada de 1987 se seguiriam os Acordos de Oslo entre Rabin e Arafat. O pogrom de outubro e a tragédia cotidiana de Gaza escancaram a evidência de que, no caso destes dois grandes povos, só fanáticos ainda acreditam haver terra a tomar e guerra a vencer. *Tradutor e ensaísta, é um dos organizadores das obras de Gramsci no Brasil ____________________________________________________________________________________ ---------- Heal The World Michael Jackson There's a place in your heart And I know that it is love And this place could be Much brighter than tomorrow And if you really try You'll find there's no need to cry In this place you'll feel There's no hurt or sorrow There are ways to get there If you care enough for the living Make a little space Make a better place Heal the world Make it a better place For you and for me And the entire human race There are people dying If you care enough for the living Make it a better place For you and for me If you want to know why There's love that cannot lie Love is strong It only cares of joyful giving If we try, we shall see In this bliss We cannot feel fear or dread We stop existing and start living Then it feels that always Love's enough for us growing So make a better world Make a better world Heal the world Make it a better place For you and for me And the entire human race There are people dying If you care enough for the living Make a better place For you and for me And the dream we were conceived in Will reveal a joyful face And the world we once believed in Will shine again in grace Then why do we keep strangling life Wound this Earth, crucify its soul Though it's plain to see This world is heavenly, be God's glow We could fly so high Let our spirits never die In my heart I feel You are all my brothers Create a world with no fear Together, we'll cry happy tears See the nations turn their swords Into plowshares We could really get there If you cared enough for the living Make a little space To make a better place Heal the world Make it a better place For you and for me And the entire human race There are people dying If you care enough for the living Make a better place For you and for me Heal the world Make it a better place For you and for me And the entire human race There are people dying If you care enough for the living Make a better place For you and for me Heal the world Make it a better place For you and for me And the entire human race There are people dying If you care enough for the living Make a better place For you and for me There are people dying If you care enough for the living Make a better place For you and for me There are people dying If you care enough for the living Make a better place For you and for me You and for me (Make a better place) You and for me (Make a better place) You and for me (Make a better place) You and for me (Heal the world we live in) You and for me (Save it for our children) You and for me (Heal the world we live in) You and for me (Save it for our children) You and for me (Heal the world we live in) You and for me (Save it for our children) You and for me (Heal the world we live in) You and for me (Save it for our children) Composição: Marty Paich / Michael Jackson. ____________________________________________________________________________________ ----------
----------- ____________________________________________________________________________________ O texto aborda o recente acordo de troca de reféns entre Israel e Gaza, evidenciando um momento de cessar-fogo após meses de conflito. Destaca a complexidade e os desafios para alcançar uma paz duradoura na região, ressaltando a necessidade de vontade política e de interlocutores interessados na criação de um Estado Palestino. Aponta a postura desafiadora de Netanyahu e do Hamas, indicando que a solução de dois Estados ainda está longe de ser concretizada devido à resistência dessas lideranças em reconhecer os direitos e a existência mútua dos Estados. A guerra mantém líderes no poder e alimenta revoltas sociais, dificultando o avanço em direção à paz na região. ____________________________________________________________________________________ -------------- Nas entrelinhas: A paz na Palestina ainda terá um longo caminho Publicado em 26/11/2023 - 10:35 Luiz Carlos Azedo Catar, Egito, EUA, Israel, Memória, Militares, Palestina, Política, Política, Terrorismo, Violência A guerra de Gaza mantém Netanyahu no poder, até a população se cansar. Também mantém o prestígio político, as fontes de financiamento e a revolta social que retroalimentam o Hamas Após mais de um mês de negociações em sigilo, intermediadas por Catar e Estados Unidos, começou na sexta-feira a troca de reféns em poder do Hamas por prisioneiros palestinos em Israel. Foram libertadas inicialmente 24 pessoas, sendo 13 mulheres e crianças israelenses, 10 cidadãos tailandeses e 1 filipino em Gaza. Israel libertou 39 palestinos da Cisjordânia que já estavam presos, antes mesmo de a guerra começar, e iniciou a trégua de quatro dias na guerra de Gaza. O grupo sob poder do Hamas em Gaza, desde os ataques terroristas de 7 de outubro, foi entregue à Cruz Vermelha, que coordenou a operação de travessia da fronteira entre Gaza e o Egito, pela cidade de Rafah. Recebidos por médicos e especialistas em comunicação com reféns, foram levados de volta ao território de Israel por helicópteros do exército. Os tailandeses e o filipino receberão atendimento médico antes de voltarem para seus países. Nos próximos dias, outros reféns devem ser liberados, na base de três prisioneiros palestinos, menores de idade e mulheres, para cada refém israelense, num total que deve chegar a 150 palestinos por 50 israelense. A suspensão recíproca dos ataques, como resultado de negociações que duraram mais de 30 dias, é uma demonstração de que uma paz duradoura é possível se houver vontade política em torno de objetivos exequíveis. A criação do Estado Palestino exigirá negociações mais complexas e demoradas, mas continua sendo a condição para a paz definitiva. O acordo de Paris para o fim da guerra do Vietnã, negociado entre o Vietnã do Norte e os Estados Unidos, resultou de quatro anos de negociações, após a ofensiva do Tet (Ano Novo Lunar) de 1968. Iniciadas em janeiro de 1969 e concluídas somente em 27 de janeiro de 1973, somente foram exitosas porque havia um ambiente interno nos Estados Unidos contra a guerra, uma correlação de forças internacional favorável, mesmo em meio à guerra fria, e a vontade política do conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos Henry Klissinger e do líder comunista Le Duc Tho. Ambos receberam o prêmio Nobel da Paz, mas o segundo recusou. Alegou que a paz não havia sido alcançada completamente. Kissinger e Duc Tho foram artífices de negociações muito complexas. O primeiro cessar fogo ocorreu em 1972, quando os Estados Unidos se retiraram do Vietnã, em troca de libertação de 566 prisioneiros americanos preso em Hanoi. A segunda parte do acordo, a permanência dos governos do Norte e do Sul até as eleições, fracassou, porque as tropas do Vietnã do Norte permaneceram no Sul. Em retaliação, o presidente Richard Nixon determinou o bombardeio de Hanoi e da cidade portuária de Haiphong, nas quais foram lançadas 100 mil bombas, o equivalente a cinco bombas nucleares. Mas as negociações continuaram e a reunificação do Vietnã acabou ocorrendo, após a autodissolução do exército do Vietnã do Sul. Vontade política Ao contrário do que aconteceu no Acordo de Paz de Paris, não há interlocutores em Israel e no Hamas interessados na paz duradoura, com a criação do Estado palestino, em troca de pleno reconhecimento do Estado de Israel, respectivamente. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, já declarou que o cessar-fogo é uma “pausa breve” e os combatentes continuarão de “modo intensivo”, no mínimo dois meses. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou que as tropas do país continuarão em Gaza até “trazer de volta todos os reféns e liquidar o Hamas”. Netanyahu pretende manter o controle definitivo sobre a Faixa de Gaza após as Forças de Defesa de Israel (FDI) eliminarem o Hamas. A libertação de reféns não deveria incentivar a continuação da guerra. O cessar-fogo deu ao Hamas mais tempo para se reorganizar e fazer mais exigências nas negociações para libertar os 190 que ainda permanecem em seu poder, o que vai aumentar a pressão das famílias e dos Estados Unidos sobre Netanyahu. Hahaha Sinwar, comandante do Hamas em Gaza, tenta ganhar tempo com o argumento de que precisa ainda localizar os demais reféns, que estariam distribuídos entre diversas facções. Sinwar retornou a Gaza em 2011, libertado na troca de mil prisioneiros pelo soldado israelense Gilad Shalid, depois de 23 anos preso. Seis anos depois, foi eleito para chefiar o território, cargo que ocupa indefinidamente. Os jovens palestinos libertados na sexta-feira foram recebidos como heróis e não escondiam a gratidão ao Hamas. Os 14 mil palestinos civis mortos, dos quais 10 mil são mulheres e, principalmente, crianças, são tratados como mártires da independência da Palestina, muito mais do que vítimas de uma guerra insana, iniciada por uma ação terrorista do Hamas. A guerra manterá Netanyahu no poder, até a população se cansar. Também manterá o prestígio político, as fontes de financiamento e a revolta social que retroalimenta o Hamas. Defendida pelos Estados Unidos e pela União Europeia, a solução de dois Estados é a única possível para o conflito, mas está muito longe de ser alcançada. Netanyahu não aceita a criação do Estado palestino, assim como o Hamas, apoiado pelo Irã, não reconhece o Estado de Israel. Compartilhe: ____________________________________________________________________________________ ------------
-------------- ____________________________________________________________________________________ Paz e Guerra: a Constituição é um contrato que vigora no intervalo entre a paz e a guerra. ____________________________________________________________________________________ ------------- Revolta Da Armada No Rio De Janeiro Em 1894. Fotografia De Juan Gutierrez. -------------
-------------- Capa do livro Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. Crédito da imagem: Editora Moderna. -------------- ------------- Ministro Ayres Britto: "A PEC aprovada no Senado me parece uma provocação." Marco Antonio Villa Síntese: A ideia da Constituição como um contrato social ressalta a função de estabelecer ordem em tempos de paz e prevenir conflitos. Pensadores, como Thomas Hobbes, destacaram a importância desse pacto para evitar o estado de guerra natural, garantindo a convivência pacífica, enquanto prepara a sociedade para lidar com crises, preservando a coesão social e a ordem em tempos de instabilidade. -------------
------------- Guerra e Paz é um verdadeiro monumento da literatura universal. Tolstói descreve as guerras movidas por Napoleão contra as principais monarquias da Europa, dissecando as origens e as consequências dos conflitos e, principalmente, expondo as pessoas e as suas vulnerabilidades com uma aguda perceção psicológica. ------------- Revolta da Armada História do Brasil - Manual do Enem ---------- Principais objetivos da revolta: os revoltosos desejavam equiparar os direitos e salários do Exército e da Marinha, uma vez que se sentiam desvalorizados por receberem menos; manter os militares no governo do Brasil; destituir Floriano Peixoto e embarreirar o aumento do poder de certos setores da sociedade civil. ___________________________________________________________________________________________ ----------- Exercício de fixação Passo 1 de 3 UEG-GO/2013 Leia o excerto abaixo. O almirante, também, tinha grande confiança nos talentos guerreiros e de estadista de Floriano. A sua causa não ia lá muito bem. Perdera-a em primeira instância, estava gastando muito dinheiro... O governo precisava de oficiais de Marinha, quase todos estavam na revolta (BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 152). O trecho citado tem como pano de fundo um importante episódio da História do Brasil, conhecido como: A Revolta da Armada, quando oficiais da Marinha Brasileira deram ordem para que o Rio de Janeiro fosse alvejado com tiros de canhões de navios de guerra. B Revolta da Chibata, quando marinheiros, liderados pelo Almirante Negro, se revoltaram contra os maus- tratos sofridos dentro dos navios. C Revolta de Canudos, quando a recém-fundada República brasileira teve de enfrentar os sertanejos liderados por Antônio Conselheiro. D Revolta do Contestado, quando o Exército Brasileiro usou o recém-inventado avião para enfrentar os camponeses da região de fronteira entre Santa Catarina e Paraná. _____________________________________________________________________________________________ ----------
---------- "Com ajuda do FaceApp + IA do Photoshop fiz um Lima Barreto sorrindo, boêmio." -----------
-------------- ___________________________________________________________________________________ "Policarpo Quaresma ama o Brasil. Ama porque é a terra mais fértil do mundo, porque tem a fauna e a flora mais lindas e exuberantes, porque é a cultura mais rica, a melhor comida, em variedade e sabores, porque possui as mulheres mais belas e, segundo ele, até mesmo... os melhores governantes. Funcionário público, fluente em tupi, estudioso da cultura indígena e grande apreciador das modinhas de violão ― para ele, o único estilo de música verdadeiramente nacional ―, Policarpo, como Dom Quixote de La Mancha, enfrenta moinhos de vento para provar a todos o seu ponto de vista, bradar ao mundo o amor por sua musa, não a Srta. Dulcineia de Toboso, mas a mui amada pátria brasileira. Mas, afinal, que fim poderia ter a aventura de Policarpo? Repleto de personagens fortes e carismáticos, o romance de Lima Barreto é, ao mesmo tempo, um ensaio sobre o idealismo, uma crítica profunda, mas permeada de comicidade, da realidade brasileira do fim do século XIX e início do XX e um retrato das mudanças pelas quais o Brasil passava naquele momento, como o despertar do feminismo. Lindo, inteligente, comovente! Um clássico da literatura nacional." ___________________________________________________________________________________ ---------
----------- Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto Fonte: BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. 17. ed. São Paulo: Ática, [s.d.]. (Bom Livro). Texto proveniente de: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo Permitido o uso apenas para fins educacionais. -------------
------------ "(...) Ricardo entrou, subiu rapidamente a oscilante escada do velho cortiço e logo que chegou ao cubículo do comandante, gritou: "Com licença, comandante!" Bustamante andava de mau humor. Aquele negócio de partir para o Paraná não lhe agradava. Como é que havia de superintender a escrita do batalhão, no fervor de batalhas, nas desordens de marchas e contramar- chas? Isso era uma tolice do comandante marchar; o chefe devia ficar a resguardo, para providenciar e dirigir a escrituração. Ele pensava nessas coisas, quando Ricardo pediu licença. —Entre, disse ele. O bravo coronel coçava a grande barba mosaica, tinha o dólmã desa- botoado e acabava de calçar um dos pés de botina, para com mais decên- cia receber o inferior. Ricardo expôs o seu pedido e esperou com paciência a resposta, que custou a vir. Por fim, Inocêncio disse sacudindo a cabeça e olhando o inferior cheio de severidade: —Vai-te embora, senão mando-te prender! Já! E apontou com o dedo a porta da saída num gesto marcial e enérgico. O cabo não se demorou mais. No pátio o instrutor coxo, veterano do Paraguai, continuava com solenidade a encher a arruinada estalagem com as suas vozes de comando! Om-brôô... armas! Meia-ãã... volta... volver! 118 Ricardo veio andando triste e desalentado, O mundo lhe parecia vazio de afeto e de amor. Ele que sempre decantara nas suas modinhas a dedicação, o amor, as simpatias, via agora que tais sentimentos não existiam. Tinha marchado atrás de coisas fora da realidade, de quimeras. Olhou o céu alto. Estava tranqüilo e calmo. Olhou as árvores. As palmeiras cresciam com orgulho e titanicamente pretendiam atingir o céu. Olhou as casas, as igrejas, os palácios e lembrou-se das guerras, do sangue, das dores que tudo aquilo custara. E era assim que se fazia a vida, a história e o heroísmo: com violência sobre os outros, com opressões e sofrimentos. Logo, porém, recordou que era preciso salvar o amigo e que era necessário dar mais uns passos. Quem poderia? Consultou sua memória. Viu um, viu outro e por fim lembrou-se da afilhada de Quaresma, e foi procurá-la na Real Grandeza. Chegou, narrou-lhe o fato e as suas sinistras apreensões. Ela estava só, pois o marido cada vez mais trabalhava para aproveitar os despojos da vitória; não perdia um minuto, andando atrás de um e de outro. Olga lembrou-se bem do padrinho, do seu eterno sonhar, da sua ternura, da tenacidade que punha em seguir as suas idéias, da sua candura de donzela romântica... Durante um instante uma grande pena tomou-a toda inteira e tirou-lhe a vontade de agir. Pareceu-lhe que era bastante a sua piedade e ela ia de algum modo dar lenitivo ao sofrimento do padrinho; mas bem cedo o viu ensangüentado — ele, tão generoso, ele, tão bom, e pensou em salvá-lo. —Mas que fazer, meu caro Senhor Ricardo, que fazer? Eu não conheço ninguém... Eu não tenho relações... Minhas amigas... A Alice, a mulher do doutor Brandão, está fora... A Cassilda, a filha do Castrioto, não pode... Não sei, meu Deus! E acentuou estas últimas palavras com grande e lancinante desespero. Os dois ficaram calados. A moça, que estava sentada, tomou a cabeça entre as mãos e as suas unhas longas e aperoladas engastaram-se nos seus cabelos negros. Ricardo estava de pé e aparvalhado. —Que hei de fazer, meu Deus? repetiu ela. Pela primeira vez, ela sentiu que a vida tinha coisas desesperadoras. Possuía a mais forte disposição de salvar seu padrinho: faria sacrifício de tudo, mas era impossível, impossível! Não havia um meio; não havia um caminho. Ele tinha que ir para o posto de suplício, tinha que subir o seu Calvário, sem esperança de ressurreição. —Talvez seu marido, disse Ricardo. Pensou um pouco, demorou-se mais no exame do caráter do esposo; mas, em breve, viu bem que o seu egoísmo, a sua ambição e a sua ferocidade interesseira não permitiriam, que ele desse o mínimo passo. —Qual, esse... Ricardo não sabia o que aconselhá-la e olhava sem pensamento os móveis e a montanha negra e alta que se avistava da sala onde estavam. Queria encontrar um alvitre, um conselho; mas nada! A moça continuava a cravar os dedos nos seus cabelos negros e a olhar a mesa em que repousavam os seus cotovelos. O silêncio era augusto. Num dado momento, Ricardo teve uma grande alegria no olhar e disse: —Se a senhora fosse lá... Ela levantou a cabeça; os seus olhos se dilataram de espanto e o rosto lhe ficou rígido. Pensou um pouco, um nada, e falou com firmeza: —Vou. 119 Ricardo ficou só e sentou-se, Olga foi vestir-se. Ele então pensou com admiração naquela moça que por simples amizade se dava a tão arriscado sacrifício, que tinha a alma tão ao alcance dela mesma e a sentiu bem longe desse nosso mundo, deste nosso egoísmo, dessa nossa baixeza e cobriu a sua imagem com um grande olhar de reconhecimento. Não tardou que ela ficasse pronta e ainda abotoava as luvas, na sala de jantar, quando o marido entrou. Vinha radiante, com os seus grandes bigodes e o seu rosto redondo cheio de satisfação de si mesmo. Nem fez menção de ter visto Ricardo e foi logo direto à mulher: —Vais sair? Ela, afogueada pela ânsia desesperada de salvar Quaresma, disse com certa vivacidade: —Vou. Armando ficou admirado de vê-la falar daquele modo. Voltou-se um instante para Ricardo, quis interrogá-lo, mas logo, dirigindo-se à mulher, perguntou com autoridade: —Onde vais? A mulher não lhe respondeu logo e, por sua vez, o doutor interrogou o trovador: —Que faz o senhor aqui? Coração dos Outros não teve ânimo de responder; adivinhava uma cena violenta que ele teria querido evitar; mas Olga adiantou-se: —Vai acompanhar-me ao Itamarati, para salvar da morte meu padrinho. Já sabe? O marido pareceu acalmar-se. Acreditou que, com meios suasórios, poderia evitar que a mulher desse passo tão perigoso para os seus interesses e ambições. Falou docemente: —Fazes mal. —Por quê? perguntou ela com calor. —Vais comprometer-me. Sabes que... Ela não lhe respondeu logo e mirou-o um instante com os seus grandes olhos cheios de escárnio; mirou-o um, dois minutos; depois, riu-se um pouco e disse: —É isto! "Eu", porque "eu", porque "eu", é só "eu" para aqui, "eu" para ali... Não pensas noutra coisa... A vida é feita para ti, todos só devem viver para ti... Muito engraçado! De forma que eu (agora digo "eu" também) não tenho direito de me sacrificar, de provar a minha amizade, de ter na minha vida um traço superior? É interessante! Não sou nada, nada! Sou alguma coisa como um móvel, um adorno, não tenho relações, não tenho amizades, não tenho caráter? Ora!... Ela falava, ora vagarosa e irônica, ora rapidamente e apaixonada; e o marido tinha diante de suas palavras um grande espanto, Ele vivera sempre tão longe dela que não a julgara nunca capaz de tais assomos. Então aquela menina? Então aquele bibelot? Quem lhe teria ensinado tais coisas? Quis desarmá-la com uma ironia e disse risonho: —Estás no teatro? Ela lhe respondeu logo: —Se é só no teatro que há grandes coisas, estou. E acrescentou com força: —É o que te digo: vou e vou, porque devo, porque quero, porque é do meu direito. Apanhou a sombrinha, concertou o véu e saiu solene, firme, alta e nobre. O marido não sabia o que fazer. Ficou assombrado e assombrado e silencioso viu-a sair pela porta fora. 120 Em breve, estava no palácio da Rua Larga. Ricardo não entrou: deixou que a moça o fizesse e foi esperá-la no Campo de Sant'Ana, Ela subiu. Havia um imenso burburinho, uma agitação de entradas e saídas. Toda a gente queria mostrar-se a Floriano, queria cumprimentá-lo, queria dar mostras da sua dedicação, provar os seus serviços, mostrando-se co-participante na sua vitória. Lançavam mão de todos os meios, de todos os planos, de todos os processos. O ditador tão acessível antes, agora se esquivava. Havia quem lhe quisesse beijar as mãos, como ao papa ou a um imperador; e ele já tinha nojo de tanta subserviência. O califa não se supunha sagrado e aborrecia-se. Olga falou aos contínuos, pedindo ser recebida pelo marechal. Foi inútil. A muito custo conseguiu falar a um secretário ou ajudante-de-ordens. Quando ela lhe disse a que vinha, a fisionomia terrosa do homem tornou-se de oca e sob as suas pálpebras correu um firme e rápido lampejo de espada: —Quem, Quaresma? disse ele. Um traidor! Um bandido! Depois, arrependeu-se da veemência, fez com certa delicadeza: —Não é possível, minha senhora. O marechal não a atenderá. Ela nem lhe esperou o fim da frase. Ergueu-se orgulhosamente, deu-lhe as costas e teve vergonha de ter ido pedir, de ter descido do seu orgulho e ter enxovalhado a grandeza moral do padrinho com o seu pedido. Com tal gente, era melhor tê-lo deixado morrer só e heroicamente num ilhéu qualquer, mas levando para o túmulo inteiramente intacto o seu orgulho, a sua doçura, a sua personalidade moral, sem a mácula de um empenho que diminuísse a injustiça de sua morte, que de algum modo fizesse crer aos seus algozes que eles tinham direito de matá-lo. Saiu e andou. Olhou o céu, os ares, as árvores de Santa Teresa, e se lembrou que, por estas terras, já tinham errado tribos selvagens, das quais um dos chefes se orgulhava de ter no sangue o sangue de dez mil inimigos. Fora há quatro séculos. Olhou de novo o céu, os ares, as árvores de Santa Teresa, as casas, as igrejas; viu os bondes passarem; uma locomotiva apitou; um carro, puxado por uma linda parelha, atravessou-lhe na frente, quando já a entrar do campo... Tinha havido grandes e inúmeras modificações. Que fora aquele parque? Talvez um charco. Tinha havido grandes modificações nos aspectos, na fisionomia da terra, talvez no clima... Esperemos mais, pensou ela; e seguiu serenamente ao encontro de Ricardo Coração dos Outros. Todos os Santos (Rio de Janeiro), janeiro — março de 1911. Final de “Triste Fim de Policarpo Quaresma” Virtual Bookstore (www.elogica.com.br/virtualstore) _________________________________________________________________________________________ ------------- ------------ Paula e Jaques Morelenbaum apresentam Clássicos da MPB | #EmCasaComSesc Sesc São Paulo 34.772 visualizações Transmitido ao vivo em 22 de out. de 2020 No Música #EmCasaComSesc, Paula e Jaques Morelenbaum apresentam um repertório com sucessos de Tom Jobim, Sérgio Ricardo, João Donato, Chico Buarque e Caetano Veloso e outros clássicos da Música Popular Brasileira. O show é acompanhado por Lucas Nunes e Dora Morelenbaum, que também interpreta a recentemente lançada "Dó a dó", composta com Tom Veloso. Paula e Jaques Morelenbaum são profundos conhecedores da Bossa Nova por terem em seus currículos a participação por dez anos na mítica "Nova Banda" que acompanhou Tom Jobim em turnês nacionais e internacionais. Após o fim desta, os dois continuaram explorando o repertório clássico de Jobim, bem como de outros mestres da MPB. Isso se refletiu nos trabalhos da dupla, recebidos com entusiasmo pela crítica e pelo público. Em 2001, suas carreiras ganharam reconhecimento internacional por meio da parceria com o compositor e pianista japonês Ryuichi Sakamoto. Músico e arranjador, Jaques trabalhou em 15 álbuns de Caetano Veloso nos anos 1990 e 2000, além de ter colaborado com artistas como Sting, David Byrne, Gal Costa e Gilberto Gil. Paula, por sua vez, foi vocalista do grupo Céu da Boca e desenvolve carreira solo desde os anos 1990. Classificação: Livre. ------------------------------- Setlist: 00:00 Início 00:04 Modinha (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) 04:00 Fotografia (Tom Jobim) 08:51 Coração Vagabundo (Caetano Veloso) 13:06 As Praias Desertas (Tom Jobim) 18:00 Sabiá (Tom Jobim / Chico Buarque) 21:24 Água de Beber (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) 25:08 A Felicidade (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) 30:02 Bim Bom (João Gilberto) 33:05 Falando de Amor (Tom Jobim) 37:57 Gabriela (Elomar) 42:57 Volta (Lupicínio Rodrigues) 47:22 Sol Negro (Caetano Veloso) 49:25 Dó a Dó (Dora Morelenbaum / Tom Veloso) 54:07 Zelão / Enquanto a Tristeza Não Vem (Sergio Ricardo) 58:05 Insensatez (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) 1:03:08 A Rã (João Donato / Caetano Veloso) 1:07:26 O Morro Não Tem Vez (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) 1:12:12 Chega de Saudade (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) 1:16:00 Águas de Março (Tom Jobim) https://www.youtube.com/watch?v=8xEymtNmFNo ____________________________________________________________________________________________ ----------- ---------- _________________________________________________________________________________________________________ "Quando a paixão é muito forte, o maior risco é ser levado pela ilusão" _____________________________________________________________________________________________________________ ---------- Paulinho Pedra Azul - Vivo [1995] (Álbum Completo) Gravadora Galeão 818 mil inscritos Inscrever-se 330 Compartilhar 14.504 visualizações 30 de nov. de 2016 Comprar/Ouvir nas plataformas digitais: http://smarturl.it/vivopaulinhopedraazu Siga a Galeão nas redes sociais: Facebook: http://bit.ly/2JIKPKD Instagram: http://bit.ly/2LHzhEQ Paulinho Pedra Azul Vivo 1995 Galeão Ficha Técnica: Branco - Cavaquinho Bill Lucas - Percussão Cadinho Ruas - Violão 7 cordas Caxi Rajão - violão 6 cordas Dado Prates - flauta, sax tenor, alto e soprano Marcelo Drummond - Teclado e violão Milton Ramos - baixo eletro-acústico e elétrico Pingo Balona - Bateria Zezinho Moura - Piano acústico e teclado 00:00 Bumba Meu Boi (Folclore do Nordeste de Minas) 01:18 Tropeiro de Cantiga (Paulinho Pedra Azul) 06:17 Velho Amigo (Célio Balona) 08:41 O Pedido (Elomar Figueira de Mello) 12:18 Sonhando Com Pedra Azul (Tadeu Franco/Paulinho Pedra Azul) 16:56 História Sem Fim (Flávio Henrique/Dado Prates) 20:20 Tua Presença (Paquito D'Rivera/Dado Prates/Paulinho Pedra Azul) 23:22 Os Mistérios da Paixão (Claudio Mourão/Paulinho Pedra Azul) 26:58 Fruta Boa (Milton Nascimento/Fernando Brant) 30:08 Inspiração (Flávio Henrique) 33:00 Manto Azul (Paulinho Pedra Azul) _______________________________________________________________________________________________________________