Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 20 de fevereiro de 2021
Sempre vivos
“Ora, Deus não é de mortos, mas, sim, de vivos. Por
isso, vós errais muito.”
Jesus (Marcos, 12:27)
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Considerando as convenções estabelecidas em nosso trato com os amigos
encarnados, de quando em quando nos referimos à vida espiritual utilizando a
palavra “morte” nessa ou naquela sentença de conversação usual. No entanto, é
imprescindível entendê-la, não por cessação e sim por atividade transformadora da
vida. Espiritualmente falando, apenas conhecemos um gênero temível de morte – a da consciência denegrida no mal, torturada de remorso ou paralítica nos
despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez e do crime. É chegada a época de reconhecermos que todos somos vivos na Criação
Eterna. Em virtude de tardar semelhante conhecimento nos homens, é que se
verificam grandes erros. Em razão disso, a Igreja Católica Romana criou, em sua
teologia, um céu e um inferno artificiais; diversas coletividades das organizações
evangélicas protestantes apegam-se à letra, crentes de que o corpo, vestimenta
material do Espírito, ressurgirá um dia dos sepulcros, violando os princípios da
Natureza, e inúmeros espiritistas nos têm como fantasmas de laboratório ou formas
esvoaçantes, vagas e aéreas, errando indefinidamente. Quem passa pela sepultura prossegue trabalhando e, aqui, quanto aí, só
existe desordem para o desordeiro. Na Crosta da Terra ou além de seus círculos, permanecemos vivos invariavelmente. Não te esqueças, pois, de que os desencarnados não são magos, nem
adivinhos. São irmãos que continuam na luta de aprimoramento. Encontramos a morte tãosomente nos caminhos do mal, onde as sombras
impedem a visão gloriosa da vida. Guardemos a lição do Evangelho e jamais esqueçamos que Nosso Pai é
Deus dos vivos imortais.
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*** 42 Sempre vivos Pão Nosso FEB COLEÇÃO FONTE VIVA 1950 30ª edição - 4ª impressão - 8/2017 http://grupoama.org.br/books/Chico%20Xavier%20(Emmanuel)%20-%20Pao%20Nosso.pdf *** *** O ano passa *** *** ***
Os beijos são como os
dias:
um após o outro.
Nunca iguais.
Misteriosos, ardentes,
apaixonados.
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beijar é sentir,
é mergulhar dentro d'alma
e fluir num universo
de cores e desejos.
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O amor
pede mais: exige.
Novas barreiras são
conquistadas palmo a palmo,
beijo a beijo.
Cada centímetro é
explorado, desejado,
amado.
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o universo
é o corpo,
e os corpos
o universo.
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*** *** André Luiz Gama MINHA HISTÓRIA Uma filosofia para a vida *** ***
Instruções dos Espíritos
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A ingratidão dos filhos e os laços de família
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"A nossa vida é um carnaval/A gente brinca escondendo a dor...".
9. A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta
sempre os corações honestos, mas a dos filhos para com os pais apresenta
caráter ainda mais odioso. É, em particular, desse ponto de vista que a vamos considerar, para lhe analisar as causas e os efeitos. Também nesse caso,
como em todos os outros, o Espiritismo projeta luz sobre um dos grandes
problemas do coração humano.
Quando deixa a Terra, o Espírito leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza e se aperfeiçoa no Espaço, ou permanece
estacionário, até que deseje receber a luz. Muitos, portanto, se vão cheios
de ódios violentos e de insaciados desejos de vingança; a alguns dentre
eles, porém, mais adiantados do que os outros, é dado entrevejam uma
partícula da verdade; apreciam então as funestas consequências de suas
paixões e são induzidos a tomar resoluções boas. Compreendem que, para
chegarem a Deus, uma só é a senha: caridade. Ora, não há caridade sem
esquecimento dos ultrajes e das injúrias; não há caridade sem perdão, nem
com o coração tomado de ódio.
Então, mediante inaudito esforço, conseguem tais Espíritos observar
os a quem eles odiaram na Terra. Ao vê-los, porém, a animosidade se lhes
desperta no íntimo; revoltam-se à ideia de perdoar, e, ainda mais, à de
abdicarem de si mesmos, sobretudo à de amarem os que lhes destruíram,
quiçá, os haveres, a honra, a família. Entretanto, abalado fica o coração
desses infelizes. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários.
Se predomina a boa resolução, oram a Deus, imploram aos bons Espíritos
que lhes deem forças, no momento mais decisivo da prova.
Por fim, após anos de meditações e preces, o Espírito se aproveita
de um corpo em preparo na família daquele a quem detestou, e pede aos Espíritos incumbidos de transmitir as ordens superiores permissão para
ir preencher na Terra os destinos daquele corpo que acaba de formar-se.
Qual será o seu procedimento na família escolhida? Dependerá da sua
maior ou menor persistência nas boas resoluções que tomou. O incessante
contato com seres a quem odiou constitui prova terrível, sob a qual não
raro sucumbe, se não tem ainda bastante forte a vontade. Assim, conforme prevaleça ou não a resolução boa, ele será o amigo ou inimigo daqueles entre os quais foi chamado a viver. É como se explicam esses ódios,
essas repulsões instintivas que se notam da parte de certas crianças e que
parecem injustificáveis. Nada, com efeito, naquela existência há podido
provocar semelhante antipatia; para se lhe apreender a causa, necessário se
torna volver o olhar ao passado.
Ó espíritas! Compreendei agora o grande papel da Humanidade;
compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna
vem do Espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde
todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos
está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os
vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada
mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se
por culpa vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre
os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então,
vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar
a vossa falta; solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o
cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos
retribuirá com o seu amor.
Não escorraceis, pois, a criancinha que repele sua mãe, nem a que
vos paga com a ingratidão; não foi o acaso que a fez assim e que vo-la deu.
Imperfeita intuição do passado se revela, do qual podeis deduzir que um
ou outro já odiou muito, ou foi muito ofendido; que um ou outro veio
para perdoar ou para expiar. Mães! Abraçai o filho que vos dá desgostos e
dizei com vós mesmas: Um de nós dois é culpado. Fazei-vos merecedoras
dos gozos divinos que Deus conjugou à maternidade, ensinando aos vossos
filhos que eles estão na Terra para se aperfeiçoar, amar e bendizer. Mas,
oh! muitas dentre vós, em vez de eliminar por meio da educação os maus
princípios inatos de existências anteriores, entretêm e desenvolvem esses princípios, por uma culposa fraqueza, ou por descuido, e, mais tarde, o
vosso coração, ulcerado pela ingratidão dos vossos filhos, será para vós, já
nesta vida, um começo de expiação.
A tarefa não é tão difícil quanto vos possa parecer. Não exige o saber do mundo. Podem desempenhá-la assim o ignorante como o sábio,
e o Espiritismo lhe facilita o desempenho, dando a conhecer a causa das
imperfeições da alma humana.
Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus que
traz da sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos
os males se originam do egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os
menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes profundas. Façam como o bom
jardineiro, que corta os rebentos defeituosos à medida que os vê apontar
na árvore. Se deixar se desenvolvam o egoísmo e o orgulho, não se espantem de serem mais tarde pagos com a ingratidão. Quando os pais hão feito
tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não alcançam
êxito, não têm de que se inculpar a si mesmos e podem conservar tranquila
a consciência. À amargura muito natural que então lhes advém da improdutividade de seus esforços, Deus reserva grande e imensa consolação, na
certeza de que se trata apenas de um retardamento, que concedido lhes
será concluir noutra existência a obra agora começada e que um dia o filho
ingrato os recompensará com seu amor. (Cap. XIII, item 19.)
Deus não dá prova superior às forças daquele que a pede; só permite
as que podem ser cumpridas. Se tal não sucede, não é que falte possibilidade: falta a vontade. Com efeito, quantos há que, em vez de resistirem
aos maus pendores, se comprazem neles. A esses ficam reservados o pranto
e os gemidos em existências posteriores. Admirai, no entanto, a bondade
de Deus, que nunca fecha a porta ao arrependimento. Vem um dia em
que ao culpado, cansado de sofrer, com o orgulho afinal abatido, Deus
abre os braços para receber o filho pródigo que se lhe lança aos pés. As
provas rudes, ouvi-me bem, são quase sempre indício de um fim de sofrimento
e de um aperfeiçoamento do Espírito, quando aceitas com o pensamento em
Deus. É um momento supremo, no qual, sobretudo, cumpre ao Espírito
não falir murmurando, se não quiser perder o fruto de tais provas e ter de
recomeçar. Em vez de vos queixardes, agradecei a Deus o ensejo que vos
proporciona de vencerdes, a fim de vos deferir o prêmio da vitória. Então, saindo do turbilhão do mundo terrestre, quando entrardes no mundo dos
Espíritos, sereis aí aclamados como o soldado que sai triunfante da refrega.
De todas as provas, as mais duras são as que afetam o coração. Um,
que suporta com coragem a miséria e as privações materiais, sucumbe ao
peso das amarguras domésticas, pungido da ingratidão dos seus. Oh! que
pungente angústia essa! Mas, em tais circunstâncias, que mais pode, eficazmente, restabelecer a coragem moral do que o conhecimento das causas
do mal e a certeza de que, se bem haja prolongados despedaçamentos da
alma, não há desesperos eternos, porque não é possível seja da vontade de
Deus que a sua criatura sofra indefinidamente? Que de mais reconfortante,
de mais animador do que a ideia que de cada um dos seus esforços é que
depende abreviar o sofrimento, mediante a destruição, em si, das causas do
mal? Para isso, porém, preciso se faz que o homem não retenha na Terra o
olhar e só veja uma existência; que se eleve, a pairar no infinito do passado
e do futuro. Então, a Justiça infinita de Deus se vos patenteia, e esperais
com paciência, porque explicável se vos torna o que na Terra vos parecia verdadeiras monstruosidades. As feridas que aí se vos abrem, passais a
considerá-las simples arranhaduras. Nesse golpe de vista lançado sobre o
conjunto, os laços de família se vos apresentam sob seu aspecto real. Já não
vedes, a ligar-lhes os membros, apenas os frágeis laços da matéria; vedes,
sim, os laços duradouros do Espírito, que se perpetuam e consolidam com
o depurarem-se, em vez de se quebrarem por efeito da reencarnação.
Formam famílias os Espíritos que a analogia dos gostos, a identidade do progresso moral e a afeição induzem a reunir-se. Esses mesmos
Espíritos, em suas migrações terrenas, se buscam, para se gruparem, como
o fazem no Espaço, originando-se daí as famílias unidas e homogêneas.
Se, nas suas peregrinações, acontece ficarem temporariamente separados,
mais tarde tornam a encontrar-se, venturosos pelos novos progressos que
realizaram. Mas como não lhes cumpre trabalhar apenas para si, permite
Deus que Espíritos menos adiantados encarnem entre eles, a fim de receberem conselhos e bons exemplos, a bem de seu progresso. Esses Espíritos
se tornam, por vezes, causa de perturbação no meio daqueles outros, o que
constitui para estes a prova e a tarefa a desempenhar.
Acolhei-os, portanto, como irmãos; auxiliai-os, e depois, no mundo
dos Espíritos, a família se felicitará por haver salvo alguns náufragos que, a
seu turno, poderão salvar outros. – Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
*** *** O Evangelho Segundo o Espiritismo ALLAN KARDEC FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Rio - Brasil 1944 Tradução de Guillon Ribeiro da 3ª edição francesa revista, corrigida e modificada pelo autor em 1866 https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/WEB-O-Evangelho-segundo-o-Espiritismo-Guillon.pdf *** ***
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progressos e obstâculos
Tranquilize-se.
A agitação vai embora quando
chegam os pensamentos de paz.
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"Sabia que eu sei desenhar um cavalo? Ele está fazendo cocô."
"Vou desenhar aqui, que tem espaço vazio."
"O cavalo ficou escondido debaixo disso tudo!" Joana, 3 anos
Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP)
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