Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 14 de fevereiro de 2021
"...QUE EU REGULAVA"
Que eu era uma pessoa normal
***
"O cara faz poesia até respondendo as perguntas."
***
***
Leda Nagle entrevista Carlos Drummond de Andrade
*** ***
https://www.youtube.com/watch?v=j_OGlOlx4JU
*** ***
Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
***
Clarice Lispector
*** ***
***
AUSÊNCIA
***
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
***
Carlos Drummond de Andrade
*** ***
Ausência, de Carlos Drummond de Andrade
***
Mariana Ruggiero recita o poema "Ausência", de Carlos Drummond de Andrade
***
Leia
***
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus
[braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
*** ***
https://www.youtube.com/watch?v=UQpq7-sSITw
*** ***
Despedida
***
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? - Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.
***
Cecília Meireles
*** ***
***
Dança da Solidão
***
Paulinho da Viola
***
***
Cifra: Principal (violão e guitarra)
Tom: C
[Intro:] Am
A7 Dm
Solidão é lava que cobre tudo
E7 Am B7 E7
Amargura em minha boca, sorri seus dentes de chumbo
Am A7 Dm
Solidão palavra cavada no coração
Am E7 Am
Resignado e mudo no compasso da desilusão
[Refrão]
Dm E7 A7
Desilusão, desilusão
Dm
Danço eu dança você
E7 Am
Na dança da solidão
E7 Am
Caméllia ficou viúva, Joana se apaixonou
A7 Dm
Maria tentou a morte, por causa do seu amor
Bm7(b5) E7 Am
Meu pai sempre me dizia, meu filho tome cuidado
E7 Am
Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado
[Repete refrão]
E7 Am
Quando vem a madrugada, meu pensamento vagueia
A7 Dm
Corro os dedos na viola, contemplando a lua cheia
Bm7(b5) E7 Am
Apesar de tudo existe, uma fonte de água pura
E7 Am
Quem beber daquela água, não terá mais amargura
[Repete refrão]
Composição de Paulinho da Viola
*** ***
https://www.cifraclub.com.br/paulinho-da-viola/danca-da-solidao/
*** ***
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário