quarta-feira, 17 de julho de 2019

Um Imortal da Periferia


Meu Drama (Senhora Tentação)

Por Tereza Cristina, Cartola, Zélia Duncan


Teresa Cristina - Senhora Tentação





Senhora Tentação | Cartola






Meu Drama (Senhora Tentação)
Zélia Duncan



De Drama a Senhora Tentação

Meu Drama (Senhora Tentação)
Silas de Oliveira

Sinto abalada minha calma
E embriagada minh'alma
Efeito da tua sedução
Oh! minha romântica senhora tentação
Não deixes que eu venha sucumbir
Neste vendaval de paixão

Jamais pensei em minha vida
Sentir tamanha emoção
Será que o amor por ironia
Deu-me esta fantasia
Vestida de obsessão?

A ti confesso que me apaixonei
Será uma maldição?
Não sei...
Composição: Joaquim Ilarindo / Silas De Oliveira





De Aquarela do Brasil a Aquarela Brasileira


Por Dudu Nobre, Jorge Aragão, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho

Aquarela Brasileira
Silas de Oliveira



Vejam esta maravilha de cenário
É um episódio relicário
Que o artista num sonho genial
Escolheu pra este carnaval
E o asfalto como passarela
Será a tela do Brasil em forma de aquarela
Passeando pelas cercanias do Amazonas
Conheci vastos seringais
No Pará a ilha de Marajó
E a velha cabana do Timbó.
Caminhando ainda um pouco mais
Deparei com lindos coqueirais
Estava no Ceará,terra de Irapuã
De Iracema e Tupa.
Fiquei radiante de alegria
Quando cheguei na Bahia
Bahia de Castro Alves,do acarajé
Das noites de magia do cadomblé
Depois de atravessar as matas do Ipu
Assisti em Pernambuco
A festa do frevo e do maracatu.
Brasília tem o seu destaque
Na arte,na Beleza e arquitetura
Feitiço de garoa pela serra
São Paulo engrandece a nossa terra
Do leste por todo centro-oeste
Tudo é belo e tem lindo matiz
O Rio do samba e das batucadas
Dos malandros e mulatas
De requebros febris
Brasil,
Essas nossas verdes matas
Cachoeiras e cascatas
De colorido sutil
E este lindo céu azul de anil
Emolduram em aquarela o meu Brasil.
Lá...lá...lá...
Lá...lá...lá...lá...lá...
Composição: Silas De Oliveira




Aquarela Brasileira
Zeca Pagodinho




Aquarela Brasileira
Martinho da Vila






Jorge Aragão "Aquarela do Brasil" [letra]




AQUARELA DO BRASIL e BYE, BYE BRASIL (letra e vídeo) com EMÍLIO SANTIAGO, vídeo MOACIR SILVEIRA





Aquarela Do Brasil
Silvio Caldas

Aquarela Do Brasil
Silvio Caldas

Brasil
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil, pra mim
Pra mim, pra mim
Ah, abre a cortina do passado
Tira a Mãe Preta do cerrado e
Bota o Rei Congo no congado
Brasil, pra mim
Pra mim, Brasil
Deixa cantar de novo o trovador
À merencória luz da lua
Toda canção do meu amor
Quero ver a Sá Dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil, pra mim
Pra mim, Brasil
Brasil, terra boa e gostosa
Da minhna sestrosa
De olhar indiscreto
O Brasil, verde que dá
Para se admirar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil, pra mim
Pra mim, pra mim
Oh, esse coqueiro que dá coco
Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar
Brasil, pra mim
Pra mim, Brasil
Ah, ouve essas fontes murmurantes
Ah, onde eu mato minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah, este Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Pra mim, Brasil
Brasil, pra mim.
Composição: Ary Barroso ·






Aquarela Do Brasil (Ary Barroso) - Sílvio Caldas

Curiosidade: Ary Barroso compôs Aquarela do Brasil no início de 1939, numa noite de chuva torrencial que o obrigou a ficar em casa, contrariando seus hábitos. Antes que a chuva terminasse, ainda teve inspiração para compor outra obra prima, a valsa "Três lágrimas". Quase vinte anos depois, ele mesmo descreveria a criação de Aquarela do Brasil, em entrevista à jornalista Marisa Lira, do Diário de Notícias: "Senti iluminar-me uma idéia: a de libertar o samba das tragédias da vida, (...) do cenário sensual já tão explorado. Fui sentindo toda a grandeza, o valor e a opulência de nossa terra. (...) Revivi, com orgulho, a tradição dos painéis nacionais e lancei os primeiros acordes, vibrantes, aliás. Foi um clangor de emoções. O ritmo original (...) cantava na minha imaginação, destacando-se do ruído da chuva, em batidas sincopadas de tamborins fantásticos. O resto veio naturalmente, música e letra de uma só vez. Grafei logo (...) o samba que produzi, batizando de 'Aquarela do Brasil'. Senti-me outro. De dentro de minh'alma extravasara um samba que eu há muito desejara. (...) Este samba divinizava, numa apoteose sonora, esse Brasil glorioso." obra mais representativa da grande fase de sua carreira (1938-1943), em que Exageros à parte, "Aquarela do Brasil" é mais ou menos isso que Ary Barroso pretendeu fazer: uma declaração de amor ao Brasil, através de uma bela composição. É também a ele completa um processo de refinamento de seu repertório, incorporando-lhe requintes até então inusitados em nossa música popular. E como foi preferencialmente um compositor de samba, é neste gênero que melhor empregará esses requintes, de forma especial nos chamados sambas-exaltação, um novo tipo de música do qual é inventor e "Aquarela do Brasil", o paradigma. Já mostra no que o gênero ofereceria em qualidades e defeitos, esta composição sintetiza suas características fundamentais: os versos enaltecedores de nosso povo, as paisagens, tradições e riquezas naturais, a melodia forte, sincopada, sonoridades brilhantes tudo isso mostrado num crescendo, do prólogo ao final apoteótico, que procura transmitir uma visão romântica e ufanista. "Aquarela do Brasil" foi lançada por Araci Cortes em 10.06.39, na revista Entra na Faixa, de Ary e Luís Iglesias. Inadequada à voz da cantora, não fez sucesso. Um mês e meio depois, voltou a ser apresentada, desta vez de forma destacada, pelo barítono Cândido Botelho no espetáculo "Joujoux e Balangandãs". Sua primeira gravação aconteceria em seguida (18.08) por Francisco Alves, acompanhado por orquestra que executava um arranjo de Radamés Gnattali, grandiloqüente como exigia a composição. Com esta gravação iniciava-se sua monumental discografia que incluiria figuras como Sílvio Caldas, Antônio Carlos Jobim, Radamés Gnattali, Elis Regina, Gal Costa, João Gilberto, Caetano Veloso, o próprio Ary Barroso, as orquestras de Xavier Cugat, Morton Gould, Ray Conniff, Tommy e Jimmy Dorsey e os superastros Bing Crosby e Frank Sinatra. A carreira internacional de "Aquarela do Brasil" começou por Hollywood em 1943, quando Walt Disney a incluiu no filme "Alô Amigos" ("Saludo Amigos"), com o título de "Brazil" e versos em inglês de S. K. Russell. No mesmo ano, gravada por Xavier Cugat, fez grande sucesso nos Estados Unidos, aonde chegou a ultrapassar a marca de um milhão de execuções. A partir de então, popular no Brasil e no exterior, se consagraria como uma espécie de segundo hino de nossa nacionalidade. Longe de prever todas essas glórias, Ary Barroso inscreveu "Aquarela do Brasil" no concurso de sambas para o carnaval de 1940, vencido por "Ò seu Oscar" (1°), "Despedida de Mangueira" (2°) e "Cai, cai" (3°). Considerando-se injustiçado, Ary rompeu com Villa-Lobos, presidente da comissão julgadora, com quem só se reconciliaria em 1955. ------------------------------------------------------------------ Comentário no vídeo de: Artur da Távola (Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros); Canta: Sílvio Caldas Aquarela do Brasil (samba, 1939) - Ary Barroso











De Ficar a Fica


D. Pedro I - Hino da Independência


HINO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL (LETRA E MÚSICA)




Fica
Silas de Oliveira






Fica, o meu desejo é profundo, é açoite
Fica, fica comigo esta noite
Nunca é demais pedir para amar
Eu tenho medo de você ir e não voltar
Depois de eu tanto, tanto te esperar

Inteligentemente essa tua malícia
Que tendência fictícia, é de torturar
Mas evidentemente quem bate não sente
Não me canso de te implorar pra ficar
Composição: Silas De Oliveira

Por


Silas de Oliveira Imortal da Periferia

Silas de Oliveira
Silas Oliveira de Assumpção
4/10/1916 Rio de Janeiro, RJ
20/5/1972 Rio de Janeiro, RJ

Resumo http://dicionariompb.com.br/images/seta_dir_menu_artista.gif
Biografia http://dicionariompb.com.br/images/seta_dir_menu_artista.gif
Dados Artísticos http://dicionariompb.com.br/images/seta_dir_menu_artista.gif
Obra http://dicionariompb.com.br/images/seta_dir_menu_artista.gif
Discografia http://dicionariompb.com.br/images/seta_dir_menu_artista.gif
Bibliografia Crítica http://dicionariompb.com.br/images/seta_dir_menu_artista.gif
Biografia
Compositor. Nasceu no subúrbio de Madureira. Filho do professor e pastor protestante José Mário de Assumpção e de Jordalina de Oliveira de Assumpção, moradores da Rua Guaxima, em Vaz Lobo. Foi professor e trabalhou na escola fundada por seu pai, "Colégio Assumpção", na Avenida Marechal Rangel, número 553, hoje Avenida Edgard (...)
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Dados Artísticos
Escondido de seu pai, frequentava as rodas de samba e de jongo ao lado de Rufino, Mestre Fuleiro, Olímpio Navalhada, Aniceto do Império e Mano Elóy, este último pai-de-santo e jongueiro respeitado. Em 1934 compôs, com Mano Décio da Viola, o primeiro samba intitulado "Meu grande amor". Por essa época, Mano Décio Viola o levou para a escola de samba (...)
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Obras
A batida do chope
A carta de Getúlio (c/ Marcelino Ramos)
A lei do morro (c/ Antônio dos Santos)
A mulata do samba (c/ Quilo)
A outra face (c/ Manuel Ferreira)
Amor aventureiro (c/ Mano Décio da Viola)
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Discografia
(1968) As escolas cantam seus sambas de 1968 para a posteridade • MIS • LP
[Saiba Mais]
Bibliografia Crítica
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. MPB, a história de um século. Rio de Janeiro: Atrações Produções Ilimitadas/MEC/Funarte, 1997.
ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
ARAÚJO, Hiram. Carnaval - seis milênios de história. Rio de Janeiro. Editora Gryphus, 2000.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.
[Saiba Mais]





Referências
                                                                   
https://youtu.be/0XZnnsRPt1o
https://www.youtube.com/watch?v=0XZnnsRPt1o&feature=youtu.behttps://youtu.be/lUV589wDczk
https://www.youtube.com/watch?v=lUV589wDczk&feature=youtu.be
https://youtu.be/ZeVaf2AM1ew
https://www.letras.mus.br/silas-de-oliveira/451741/
https://youtu.be/u0XTCVjyzAE
 De Oliveira
https://www.letras.mus.br/silas-de-oliveira/762910/
https://youtu.be/ZU5aUXa4Vw8
https://www.letras.mus.br/zeca-pagodinho/aquarela-brasileira/
https://youtu.be/VHN2TVwNhEo
https://www.vagalume.com.br/martinho-da-vila/aquarela-brasileira.htmlhttps://youtu.be/f-oLhhuw8Uo
https://www.youtube.com/watch?v=f-oLhhuw8Uo
https://youtu.be/XkfbcrxMTbw
https://www.youtube.com/watch?v=XkfbcrxMTbw
https://youtu.be/7rQePVEN5Vs
https://www.letras.mus.br/silvio-caldas/1766721/
https://youtu.be/vxwZYw_nQ3Q
https://www.youtube.com/watch?v=vxwZYw_nQ3Q
https://youtu.be/arU3kv505Fg
https://youtu.be/G-suLpBA30A
https://www.youtube.com/watch?v=G-suLpBA30A
https://www.youtube.com/watch?v=arU3kv505Fg
https://youtu.be/fp72VnNGRCY
https://www.letras.mus.br/silas-de-oliveira/fica/
http://dicionariompb.com.br/silas-de-oliveira

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