quarta-feira, 31 de julho de 2019

Amando Sobre Os Jornais




Os sábios da subjetividade


... Depois daquele dia em que eu fui sabedor...

...Um pouco sábio demais...



‘(...) Chico Buarque, por sua vez, disse que as revelações mostram o quanto se armou por baixo dos panos para eleger o atual governo, com o apoio dos grandes órgãos de comunicação que fizeram do juiz Moro um herói. “Quero prestar minha homenagem e solidariedade aos jornalistas do Intercept, especialmente a Glenn, pelas ameaças que vem sofrendo de Bolsonaro de pegar uma ‘cana’ e do ministro Moro de ser deportado”, afirmou. (...)’
Por Ana Luiza Albuquerque
Folha: ‘Não vou fugir desse país’, afirma Glenn Greenwald em ato a seu favor no Rio 



Amando Sobre Os Jornais
Maria Bethânia



Amando noites afora
Fazendo a cama sobre os jornais
Um pouco jogados fora
Um pouco sábios demais
Esparramados no mundo
Molhamos o mundo com delícias
As nossas peles retintas de notícias

Amando noites a fio
Tramando coisas sobre os jornais
Fazendo entornar um rio
E arder os canaviais
Das páginas flageladas
Sorrimos, mãos dadas e inocentes
Lavamos os nossos sexos nas enchentes

Amando noites a fundo
Tendo jornais como cobertor
Podendo abalar o mundo
No embalo do nosso amor
No ardor de tantos abraços
Caíram palácios, ruiu um império
Os nossos olhos vidrados de mistério
Composição: Chico Buarque



A volta dos que não foram

Do copy desk ao CtrlC CtrlV

Passando pelo copidesque

Para desembocar no bom e velho copia, corta e cola cansado de guerra


Os sábios da subjetividade, por RODRIGUES NELSON

A Nova Política e o Velho Jornalismo

Situação e Oposição virando de Ponta Cabeça

O que sempre foi pelo velho na Velha Política apresenta-se como o que é pelo novo na Nova Política.

Os que brandiam o discurso “da nova objetividade concreta” do Novo Jornalismo, voltam-se para a velha subjetividade abstrata do Velho Jornalismo.

Caso 1 – Jornalista Manuela D’Ávila, ex-candidata a vice-presidência da República.

Caso 2 – Jurista Cardozo, ex-ministro da justiça do mais recente governo impedido, e advogado geral incumbido da defesa da ex-presidente afastada por crime de responsabilidade.


Recomeçava a velha imprensa.


E se fosse você?
Manuela D’Ávila


Nota à imprensa






15:38 - 26 de jul de 2019

https://twitter.com/manueladavila/status/1154883803262963714



E se fosse você?

José Eduardo Cardozo



RECURSOS – Com a anexação ao inquérito da PF, advogados de réus da Lava Jato tendem a recorrer à Justiça Federal de Brasília em busca de evidências.
“Isso vai dar muita discussão judicial em vários processos. Cada réu e seus advogados que se julgarem atingidos têm a possibilidade de pleitear perícia”, disse o advogado José Eduardo Cardozo, que foi ministro da Justiça de 2011 a 2016, na gestão Dilma (PT).
“Tudo indica que as mensagens são verdadeiras e mostram situações delicadíssimas do ponto de vista processual. Que podem ser arguidas em vários processos como ensejadoras de nulidade. O princípio da imparcialidade é fundamental no julgamento”, afirmou Cardozo.





Rubens Valentemente Laudatário

José Eduardo Cardozo prevê muita discussão judicial nos processos calçando no pré


C.N., “que vem de longe há muito tempo”, Sobriamente Conciso não embarca na onda:

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Moro não quebrou nenhum sigilo, apenas foi informado de que havia outros celulares acessados e avisou às pessoas. O sigilo se refere ao conteúdo das mensagens, por óbvio. (C.N.)

Cardozão confraternizando com a coleguinha ex-deputada ao mode subjetivista



Haverá uma guerra jurídica sobre o destino de mensagens apreendidas da Lava Jato
Posted on 28 de julho de 2019, 11:40 by Tribuna da Internet



José Eduardo Cardozo prevê muita discussão judicial nos processos

Rubens Valente
Folha
A investigação da Polícia Federal sobre o grupo liderado por Walter Delgatti Neto, 30 anos, hacker que reconheceu ter copiado conversas de procuradores da Lava Jato, deu origem a uma disputa jurídica que deverá se estender nos tribunais: qual o destino a ser dado às mensagens e quem poderá ter acesso a elas?
As conversas, copiadas por Delgatti de contas dos procuradores no aplicativo de mensagens Telegram, foram apreendidas pela PF na Operação Spoofing, deflagrada na última terça-feira (23).
IMPRESTÁVEIS – Moro antecipou que pretende destruir as conversas, sob o argumento de que são imprestáveis, como disse na quinta (25) ao presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha.
Embora não caiba a Moro essa decisão, e sim ao juiz Vallisney, a pretensão já foi atacada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que peticionou na sexta-feira para que o juiz se abstenha de destruir as provas. A entidade ponderou que a sugestão de Moro “atenta contra a competência” do Supremo, que poderá “ser chamado a apreciar os fatos”.
No mesmo dia, PT e PDT foram ao STF pedir a preservação do material. O PDT argumenta que “a destruição das provas colhidas na investigação é irreversível, no que não poderão mais ser repetidas, causando embaraço às investigações, à defesa dos investigados e à busca pela verdade real no processo penal que será instaurado após a conclusão do inquérito”.
RECURSOS – Com a anexação ao inquérito da PF, advogados de réus da Lava Jato tendem a recorrer à Justiça Federal de Brasília em busca de evidências.
“Isso vai dar muita discussão judicial em vários processos. Cada réu e seus advogados que se julgarem atingidos têm a possibilidade de pleitear perícia”, disse o advogado José Eduardo Cardozo, que foi ministro da Justiça de 2011 a 2016, na gestão Dilma (PT).
“Tudo indica que as mensagens são verdadeiras e mostram situações delicadíssimas do ponto de vista processual. Que podem ser arguidas em vários processos como ensejadoras de nulidade. O princípio da imparcialidade é fundamental no julgamento”, afirmou Cardozo.
OUTRAS DÚVIDAS – Na hipótese de o juiz federal Vallisney manter a integridade das provas, surgiriam outras dúvidas práticas. Por exemplo, se os advogados terão direito a cópias integrais ou apenas parciais, que digam respeito apenas aos seus clientes. Para isso, seria necessário saber o que as conversas contêm e separá-las caso a caso.
A resposta demanda uma perícia criminal, a partir da qual também seria possível saber se as conversas são as mesmas obtidas pelo site The Intercept Brasil.
 “Como regra geral, o perito precisa ser provocado. Quem provoca deve dizer o que pretende fazer. Se houver um comando judicial para que a perícia avalie o conteúdo das mensagens, isso será feito”, disse o presidente da APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais), Marcos Camargo.
SIGILO TOTAL – Para Edvandir Paiva, presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal), uma das providências mais sérias no caso é impedir que as conversas apreendidas circulem fora do processo. “Elas têm que ser mantidas em absoluto sigilo. Não faz sentido você fazer uma operação contra invasão de privacidade e depois dar acesso às mensagens.”
Ao mesmo tempo, segundo Paiva, não cabe discutir nesse momento destruição de provas, pois é esperado que antes ocorra uma ampla discussão jurídica sobre a conveniência do uso do material.
 “Pode até se pensar em descarte das mensagens, mas isso só lá na frente, depois de todo o processamento da causa”, disse Paiva.
ACESSO DE MORO – Além do destino das provas, outro tema que gira em torno de Moro é o acesso privilegiado que ele teve a dados da investigação.
Ao longo da semana, ele telefonou a diversas autoridades para dizer que elas haviam sido alvo dos hacker, o que poderia caracterizar violação de sigilo por parte de Moro. O gesto pegou mal dentro da Polícia Federal.
“Não conseguimos ver a necessidade de um ministro da Justiça conhecer detalhes de uma investigação. Moro é alvo do grupo, então ele devia se manter afastado”, disse Paiva, o presidente da associação de delegados da PF. “Se ele [Moro] entendia que as autoridades deveriam ser alertadas sobre o hacker, o caminho mais correto teria sido pedir ao juiz compartilhamento das informações, talvez até pela Advocacia-Geral da União. Tudo passando pelo juiz federal Vallisney.”
 ###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Moro não quebrou nenhum sigilo, apenas foi informado de que havia outros celulares acessados e avisou às pessoas. O sigilo se refere ao conteúdo das mensagens, por óbvio. (C.N.)








Começava a nova imprensa.
Recomeçava a velha imprensa.


Primeiro, foi só o Diário Carioca;
Blog Sujo

pouco depois, os outros, por imitação, o acompanharam.
os outros

Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: — a objetividade.
mídias sociais: – a subjetividade

Daí para o “idiota da objetividade” seria um passo.
“sábio da subjetividade”

Certa vez, encontrei-me com o Moacir Werneck de Castro.
José Eduardo Cardozo

Gosto muito dele e o saudei com a mais larga e cálida efusão.
Gostava


E o Moacir, com seu perfil de lord Byron, disse para mim, risonhamente: — “Eu sou um idiota da objetividade”.
Cardozo: - “Eu sou um sábio da subjetividade”.


Também Roberto Campos, mais tarde, em discurso, diria: — “Eu sou um idiota da objetividade”.
Também Manuela D’Ávila: - “Eu sou uma sábia da subjetividade”.

Na verdade, tanto Roberto como Moacir são dois líricos.
Cardozo como Manuela

Eis o que eu queria dizer: — o idiota da objetividade inunda as mesas de redação e seu autor foi, mais uma vez, Pompeu de Sousa.
- o sábio da subjetividade, mais uma vez, Nelson Rodrigues

Aliás, devo dizer que o copy desk e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro.
CtrlC CtrlV e o sábio da subjetividade




Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: — a objetividade.
nossas mídias foram atacadas de uma doença grave: - a subjetividade.



Os idiotas da objetividade, por NELSON RODRIGUES
Publicado em 28/02/2018 12:05
Nesse momento crucial quando se define os rumos da sociedade brasileira, o Notícias Agrícolas recorre ao falecido jornalista Nelson Rodrigues para orientar a todos que se preocupam com os destinos do Brasil. Seu texto, "Os idiotas da objetividade", vem a calhar. Acompanhem...
Os idiotas da objetividade, publicado no livro A cabra vadia:
“Sou da imprensa anterior ao  copy desk.  Tinha treze anos quando me iniciei no jornal, como repórter de polícia. Na redação não havia nada da aridez atual e pelo contrário: — era uma cova de delícias. O sujeito ganhava mal ou simplesmente não ganhava. Para comer, dependia de um vale utópico de cinco ou dez mil-réis. Mas tinha a compensação da glória. Quem redigia um atropelamento julgava-se um estilista. E a própria  vaidade o remunerava. Cada qual era um pavão enfático. Escrevia na véspera e no dia seguinte via-se impresso, sem o retoque de uma vírgula. Havia uma volúpia autoral inenarrável. E nenhum estilo era profanado por uma emenda, jamais.
Durante várias gerações foi assim e sempre assim. De repente, explodiu o copy desk. Houve um impacto medonho. Qualquer um na redação, seja repórter de setor ou editorialista, tem uma sagrada vaidade estilística. E o  copy desk  não respeitava ninguém. Se lá aparecesse um Proust, seria reescrito do mesmo jeito. Sim, o  copy desk instalou-se como a figura demoníaca da redação. Falei no demônio e pode parecer que foi o Príncipe das Trevas que criou a nova moda. Não, o abominável Pai da Mentira não é o autor do  copy desk.  Quem o lançou e promoveu foi Pompeu de Sousa. Era ainda o Diário Carioca, do Senador, do Danton. Não quero ser injusto, mesmo porque o Pompeu é meu amigo. Ele teve um pretexto, digamos assim, histórico, para tentar a inovação. Havia na imprensa uma massa de analfabetos. Saíam as coisas mais incríveis. Lembro-me de que alguém, num crime  passional, terminou assim a matéria: — “E nem um goivinho ornava a cova dela”. Dirão vocês que esse fecho de ouro é puramente folclórico. Não sei e talvez. Mas saía coisa parecida. E o Pompeu trouxe para cá o que se fazia nos Estados Unidos — o copy desk.
Começava a nova imprensa. Primeiro, foi só o  Diário Carioca; pouco depois, os outros, por imitação, o acompanharam. Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: — a objetividade. Daí para o “idiota da objetividade” seria um passo. Certa vez, encontrei-me com o Moacir Werneck de Castro. Gosto muito dele e o saudei com a mais larga e cálida efusão. E o Moacir, com seu perfil de lord Byron, disse para mim, risonhamente: — “Eu sou um idiota da objetividade”.
Também Roberto Campos, mais tarde, em discurso, diria: — “Eu sou um idiota da objetividade”. Na verdade, tanto Roberto como Moacir são dois líricos. Eis o que eu queria dizer: — o idiota da objetividade inunda as mesas de redação e seu autor foi, mais uma vez, Pompeu de Sousa. Aliás, devo dizer que o copy desk e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro.
E toda a imprensa passou a usar a palavra “objetividade” como um simples brinquedo auditivo. A crônica esportiva  via times e jogadores “objetivos”. Equipes e jogadores eram condenados por falta de objetividade. Um exemplo da nova linguagem foi o atentado de Toneleros. Toda a nação tremeu. Era óbvio que o crime trazia, em seu ventre, uma tragédia nacional. Podia ser até a guerra civil. Em menos de 24 horas o Brasil se preparou para matar ou para morrer. E como noticiou o  Diário Carioca  o acontecimento? Era uma catástrofe. O jornal deu-lhe esse tom de catástrofe? Não e nunca. O Diário Carioca nada concedeu à emoção nem ao espanto. Podia ter posto na manchete, e ao menos na manchete, um ponto de exclamação. Foi de uma casta, exemplar objetividade. Tom estrita e secamente informativo. Tratou o drama histórico como se fosse o atropelamento do Zezinho, ali da esquina.
Era, repito, a implacável objetividade. E, depois,  Getúlio deu um tiro no peito. Ali estava o Brasil, novamente, cara a cara com a guerra civil. E que fez o Diário Carioca?. A aragem da tragédia soprou nas suas páginas? Jamais. No princípio do século, mataram o rei e o príncipe herdeiro de Portugal. (Segundo me diz o luso Álvaro Nascimento, o rei tinha o olho perdida-mente azul.) Aqui, o nosso Correio da Manhã abria cinco manchetes. Os tipos enormes eram um soco visual. E rezava a quinta manchete: “HORRÍVEL EMOÇÃO!”. Vejam vocês: — “HORRÍVEL EMOÇÃO!”.
O  Diário Carioca  não pingou uma lágrima sobre o corpo de Getúlio. Era a monstruosa e alienada objetividade.  As duas coisas pareciam não ter nenhuma conexão: — o fato e a sua  cobertura. Estava um povo inteiro a se desgrenhar, a chorar lágrimas de pedra. E a reportagem, sem entranhas, ignorava a pavorosa  emoção popular. Outro exemplo seria ainda o assassinato de Kennedy. Na velha imprensa as manchetes choravam com o leitor. A partir do copy desk, sumiu a emoção dos títulos e subtítulos. E que pobre cadáver foi Kennedy na primeira página, por exemplo, do Jornal do Brasil.  A manchete humilhava a catástrofe. O mesmo e impessoal tom informativo. Estava lá o cadáver ainda quente. Uma bala arrancara o seu queixo forte, plástico, vital. Nenhum espanto da manchete. Havia um abismo entre  o Jornal do Brasil  e a tragédia, entre  o Jornal do Brasil  e a cara mutilada. Pode-se falar na desumanização da manchete.
O Jornal do Brasil,  sob o reinado do  copy desk,  lembra-me aquela página célebre de ficção. Era uma lavadeira  que se viu, de repente, no meio de uma baderna horrorosa. Tiro e bordoada em quantidade. A lavadeira veio espiar a briga. Lá adiante, numa colina, viu um baixinho olhando por um binóculo. Ali estava Napoleão e ali estava Waterloo. Mas a santa mulher ignorou um e outro; e veio para dentro ensaboar a sua roupa suja. Eis o que eu queria dizer: — a primeira página do  Jornal do Brasil  tem a mesma alienação da lavadeira diante dos napoleões e das batalhas. E o pior é que, pouco a pouco, o copy desk  vem fazendo do leitor um outro idiota da objetividade. A aridez de um se transmite ao outro. Eu me pergunto se, um dia, não seremos nós 80 milhões de copy desks? Oitenta milhões de impotentes do sentimento. Ontem,falava eu do pânico de um médico famoso. Segundo o  clínico, a juventude está desinteressada do amor ou por outra: — esquece antes de amar, sente tédio antes do desejo. Juventude  copy desk, talvez.
Dirá alguém que o jovem é capaz de um sentimento forte. Tem vida ideológica, ódio político. Não sei se contei que vi, um dia, um rapaz dizer que dava um tiro no Roberto Campos. Mas o ódio político não é um sentimento, uma paixão, nem mesmo ódio. É uma pura, vil, obtusa palavra de ordem. (Nelson Rodrigues).






O que é copidesque?
 28 de julho de 2016  Beatriz Simões  Editorial
Creio que todo autor, quando ingressa no universo editorial, deve se perguntar “O que é copidesque?” ao escutar do editor “seu livro está no copidesque”.
Acredita-se que o copidesque surgiu com os monges copistas no século XV. Ao copiar os textos, os monges alteravam palavras que pareciam estranhas no trecho, pois acreditavam que o copista anterior poderia ter cometido um erro ao fazer seu trabalho. Por isso, textos clássicos como a Bíblia possuem tantas variações em seu conteúdo.
Atualmente, o copidesque possui grau de interferência de médio a alto no original. Nesse processo, o profissional tem mais autonomia para reescrever trechos confusos; adaptar o texto para o meio em que será publicado (jornal, livro, revista, blogs, etc.); verificar se as fontes das citações estão completas e de acordo com a ABNT; apontar, se souber, incoerências nas informações divulgadas que deverão ser verificadas pelo autor, entre outras tarefas.
Nem todos os profissionais da área editorial realizam esse trabalho, pois exige um conhecimento avançado de gramática e gêneros textuais. Além disso, algumas editoras também possuem regras próprias: o manual do que pode e do que não pode ser alterado nas obras da empresa.
O escritor pode se sentir desconfortável ao saber que seu livro foi submetido a um copidesque, mas não deve. O objetivo do copidesque é resolver questões que o autor possa não ter visto no momento da escrita. A preocupação do escritor é contar sua história; a tarefa do copidesque é não deixar que existam lacunas na narrativa, ambiguidades, falta de informações essenciais e outros problemas que possam prejudicar a compreensão da história.
É um trabalho exaustivo, mas extremamente gratificante quando o livro fica pronto e entra em circulação. Quanto melhor for o copidesque realizado, mais fáceis ficarão as etapas seguintes, como a revisão de provas, que veremos em outro post.
Fonte da imagem: pixabay/UzbekIL



Os Poetas
Byron é o quarto da seção Os Poetas.

Lord George Gordon BYRON
(1788-1824)



When we two parted
When we two parted
In silence and tears,
Half-broken hearted
To sever   for years,
Pale grew thy cheek and cold,
Colder thy kiss;
Truly that hour foretold
Sorrow to this
2
The dew of the morning
Sunk chill on my brow
It felt like the warning
Of  what I feel now.
Thy vows  are all broken,
And light is thy fame;
I hear thy name spoken,
And share in its shame.
3
 They name thee before me,
A knell  to mine ear;
A shudder  comes o’er me
Why wert  thou so dear?
They know not I knew thee,
Who knew thee too well:
Long, long shall I rue  thee,
Too deeply to tell.
    4
In secret we met
In silence I grieve,
That thy heart could forget,
Thy spirit deceive.
If I should meet thee
After long years,
How should I greet thee!
With silence and tears.

vocabulário

1 - separar
2 - terminar um relacionamento
3- (past of foretell) predizer
4- frio
5 - promessas, votos
6- humilhação
7 - tremor
8 - considerar, dar valor
9- lamentar, arrepender
10 -afligir-se, sofrer
estudo do poema
(grupo 2, turma LEJ)
PROSODY, RHETORIC AND GENERAL ELEMENTS TO THE POEM:
The poem is written in 1st and 3rd person
The source of the poem is the expression of feelings due the end of a love story.
Rhyme scheme: ABABCDCD
Use of inversion: pale grew thy cheek and cold / they know not I knew you
Metaphor elements: The dew of the morning / Sunk chill on my brow
personification: truly that hour foretold


COMENTÁRIOS:

Escolhemos o poema acima por se tratar de um típico poema romântico escrito por um típico escritor romântico, Lord Byro. Nele o eu- lírico expressa seus sentimentos de amor e melancolia, que são típicas características do Romantismo, pelo fim de um relacionamento. Num primeiro momento, percebemos um profundo sentimento de perda, mas logo em seguida, o eu-lírico expressa ódio, não apenas por ter sido deixado por sua amada, como também por ter sido trocado por outros.
Quanto à estrutura do poema, ele contém quatro estrofes com oito versos em cada. Também há quatro tipos de rimas em cada estrofe. Nos quatro primeiros versos de cada estrofe, os versos ímpares tem uma rima, e os versos pares tem outra rima, e esse método é usado pelo poeta nos quatro últimos versos de cada estrofe com uma rima para cada par de versos. 
O primeiro verso já é o título do poema, o que pode significar que o escritor não quis ou não conseguiu encontrar um titulo para ele. Como já foi mencionado, primeiro o poema é sobre o fim de um relacionamento, de uma historia de amor entre um homem e uma mulher. Depois, o poema todo é uma expressão de sentimento de ódio que o eu-lirico externa em relação a sua amada porque ela o deixou. Esses sentimentos são facilmente identificados pelo fato de haver a predominância da 1ª pessoa tanto do singular quanto do plural, o que demonstra essa pessoalidade refletida pela raiva e o desespero; de onde podemos inferir ser uma autobiografia ou não, essa mulher pode ser ou não uma mulher real ou talvez apenas uma forma de ridicularizar alguém em resposta a um fim de um relacionamento.
É importante enfatizar o contraste entre os versos “ In silence and tears” e “ With silence and tears”, parecidos na forma, mas com significados diferentes quando analisados a partir de uma leitura profunda dos versos anteriores a eles. No primeiro temos a tristeza pelo fim do relacionamento, e no segundo a alegria por ele ter acabado.
O frio é um elemento metafórico muito importante no começo da segunda estrofe: “The dew of the morning/ Sunk chill on my Brow” nesses versos temos o sentimento de insegurança em relação a esse amor representado pelo frio; já nos versos “A knell to mine ear” e “A shudder comes o’er me” há um despertar para a realidade de que realmente chegou o fim desse amor; aqui o eu-lirico não mais vai se abater por esse amor devido a tantas vergonha que ele tem passado e que estão bem descritas nos versos “And light is thy fame”, “And share in its shame”, “They name thee before me”, “A knell6  to mine ear” onde vemos que mais homens devem estar amando essa mulher que o pertenceu em algum momento.
Na ultima estrofe, os dois primeiros versos tem duas palavras que podem parecer sinônimas, mas tem significados contrastivos: em “In secret we met”, temos a paixão de dois amantes em seus encontros secretos onde um completava o outra. Já em “In silence I grieve”, temos a imagem de alguém sozinho, enfrentado, secretamente, a dor do fim, sem compartilhar com ninguém. Os últimos dois versos seguintes “That thy heart could forget, Thy spirit deceive”mostram a surpresa diante do desenrolar dessa relação, que teve um fim triste, pois ele se sente esquecido e enganado. No entanto, surpreendentemente, no final do ultimo verso, ele parece dar a volta por cima, e nos versos “after long years, How should I greet thee! With silence and tears.” afirma que se encontrá-la um dia, irá cumprimentá-la por esse relacionamento não ter dado certo, e esse cumprimento será com a mesma intensidade vivenciada quando eles se deixaram: em silencio e em lágrimas.



De volta à história pré-antiga

A História Antiga compreende um vasto período da história da humanidade que se inicia com o aparecimento da escrita cuneiforme e vai até a tomada do Império Romano pelos bárbaros.





“Os dias de hoje não fazem a atualidade. O passado tomou muito de volta, raso de cabeça e grosso na atitude. A ele são bem capazes de recorrer os interessados em virar a mesa do seu desmascaramento.” Janio de Freitas: Nada de destruição

- Folha de S. Paulo







A CRÍTICA DE ZYGMUNT BAUMAN À PÓS-MODERNIDADE
publicado em recortes por Vinicius Siqueira
Zygmunt Bauman é um dos sociólogos mais aclamados da atualidade. Suas críticas e seus livros rendem milhares de reflexões acerca da condição humana na pós-modernidade. Qual é o ponto essencial disso tudo? Há um ponto essencial? Por que Zygmunt Bauman é tão importante para nossa época?



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Antônimo de objetividade



24 antônimos de objetividade para 4 sentidos da palavra. O contrário de objetividade é:
1. abstração, subjetividade.
2. parcialidade, facciosismo, arbitrariedade.
3. paixão.
4. arbítrio, devaneio, facção, despotismo, partidarismo, proselitismo, fanatismo, cegueira, abuso, paixão, desatenção, partido, alheamento, injustiça, desigualdade, iniquidade, capricho, sectarismo.




Antônimo de idiota



36 antônimos de idiota para 3 sentidos da palavra. O contrário de idiota é:
1. arguto, atilado, atinado, perspicaz, esperto, sagaz, espertalhão, ardiloso, astuto, astucioso, manhoso, buliçoso, ativo, vivo, pícaro, fino, baseado, industrioso, argucioso, finório, sabido, pirata.
2. inteligente, lúcido, sábio, erudito, gênio, sabedor.
3. prático, versado, experiente, conhecedor, entendedor, perito, experimentado, matraqueado.





... Depois daquele dia em que eu fui sabedor...



Sentimentos
Paulinho da Viola



Sentimentos em meu peito eu tenho demais
A alegria que eu tinha nunca mais
Depois daquele dia em que eu fui sabedor
Que a mulher que eu mais amava
Nunca me teve amor

Hoje ela pensa que estou apaixonado
Mas é mentira está dando um golpe errado
Agora estou resolvido
A não amar a mais ninguém
Porque sem ser amado não convém
Composição: Paulinho da Viola




Referências

http://www.tribunadainternet.com.br/nao-vou-fugir-desse-pais-afirma-glenn-greenwald-em-ato-a-seu-favor-no-rio-de-janeiro/
https://youtu.be/2Vz9laZtaIs
https://www.letras.mus.br/maria-bethania/164669/
https://pbs.twimg.com/media/EAb4rprX4AANPLy.jpg
https://twitter.com/manueladavila/status/1154883803262963714
https://abrilexame.files.wordpress.com/2016/09/size_960_16_9_cardozo-cpi10.jpg
http://www.tribunadainternet.com.br/havera-uma-guerra-juridica-sobre-o-destino-de-mensagens-apreendidas-da-lava-jato/
https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/politica-economia/208889-os-idiotas-da-objetividade-por-nelson-rodrigues.html#.XT36zPJKj4Y
http://editoralabrador.com.br/blog/wp-content/uploads/20160728_O-que-e-copidesque.jpg
http://editoralabrador.com.br/blog/o-que-e-copidesque/
http://www.letras.ufrj.br/veralima/romantismo/poetas/byron.html
https://www.infoescola.com/historia/historia-antiga/
http://gilvanmelo.blogspot.com/2019/07/janio-de-freitas-nada-de-destruicao.html#more
http://obviousmag.org/archives/2014/01/a_critica_de_zygmunt_bauman_a_pos-modernidade.html
https://www.antonimos.com.br/objetividade/
https://www.antonimos.com.br/idiota/
https://youtu.be/A590p5AA65c
https://www.letras.mus.br/paulinho-da-viola/204149/

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