Não deixando perguntas sem respostas
Portanto, a média do entrevistado, ponderadamente, foi de...
Portanto, a média do entrevistado, ponderadamente, foi de...
Meio
Termo
O
meio-termo de Aristóteles é uma doutrina criada pelo filósofo grego. O
meio-termo para o pensador seria o estado ideal de vida em sociedade, onde os
extremos são condenáveis (são vícios), e deve-se viver para buscar o equilíbrio
Média Ponderada
Não
posso pautar minha vida por uma fantasia de perseguição política, diz Moro
SÉRGIO
MORO - Coletiva de Imprensa COMPLETA - Respondendo Todas Perguntas - 06/11/2018
A Primeira Entrevista de Sérgio Moro Após ser
Nomeado Ministro da Justiça Durante a coletiva, Sérgio Moro agradeceu a
imprensa pelo trabalho de cobertura realizado na operação Lava Jato. Moro falou
sobre pedidos de entrevista e críticas que recebeu, e ponderou. "Parte das
críticas não foram tão corretas, talvez injustas". Ao falar sobre o
convite para assumir o ministério da Justiça, Moro disse que pretende adotar
medidas específicas. "O objetivo é, no governo federal, realizar o que não
foi feito nos últimos anos, implementar uma forte agenda anticorrupção e
anti-crime organizado". "A ideia aqui não é projeto de poder",
garantiu Moro. "Ainda que não haja concordância absoluta, mesmo nas
divergências, me parece possível chegar ao meio termo", ressaltou. Moro
Falou sobre Lula em alguns momentos Durante Coletiva, Moro ainda falou sobre
alguns temas que pretende levar para debate no Legislativo, como: execução de
pena em segunda instância; pena de crime de homicídio ser executada sem
recurso; tratar os homicídios, que são epidemia; progressão de regime quando
houver prova de envolvimento com organizações criminosas; entre outras. Moro
ainda falou sobre a realização de forças-tarefa contra o crime organizado fora
do âmbito Legislativo. O futuro ministro falou sobre a aplicação de modelos em
Nova York onde resultados significativos foram obtidos. Ao falar sobre o cargo
que vai ocupar, Moro reforçou alguns pontos dizendo "acho estranho"
falar isso, mas "não há a menor chance do uso do ministério para
perseguição política", disse. Moro ressaltou que o trabalho será realizado
nos moldes da operação Lava Jato. Sérgio Moro cometeu uma gafe ao confundir os
cargos ocupados pelo atual ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o
ex-diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, demitido em fevereiro.
Em seguida, Moro sorriu, disse que foi um "lapso" e brincou com a
imprensa: "vai uma notinha". Ao ser questionado pelo repórter da
Record TV, Marc Sousa, em relação ao cargo político e não técnico, Moro foi
enfático que não pretende concorrer a cargos políticos no futuro. "Tomei a
decisão, que pareceu a melhor para consolidar os avanços nos últimos anos em
relação à corrupção", disse. "Na minha perspectiva, na minha visão,
sigo para atuar em uma função técnica. Um juiz a cargo deste ministério
específico, não tenho nenhuma pretensão de concorrer a cargos eleitorais, de
subir em palanque", garantiu o novo ministro da Justiça.
Entrevista
de Sérgio Moro
Juiz aceitou assumir o cargo de ministro da Justiça
e da Segurança Pública do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro
RESUMO
Sérgio Moro disse que, no ministério, pretende
adotar modelo da Lava Jato no combate ao crime organizado
Juiz disse ser favorável à flexibilização de porte
de armas e contra tratar movimentos sociais como 'terroristas'
Ele se declarou a favor também da redução da
maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes graves
ACOMPANHE
Moro diz que usará modelo de Lava Jato para combater
crime organizado
HÁ 15 HORAS
Está encerrada a entrevista coletiva
HÁ 15 HORAS
Sobre sistema prisional, Moro falou: "Regime
semiaberto hoje é quase uma ficção. Quase não existem estabelecimentos hoje e,
quando não há estabelecimentos, a pessoa se recolhe em casa"
HÁ 15 HORAS
Coletiva
de Sérgio Moro, em Curitiba (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)
HÁ 15 HORAS
"Tenho plena convicção de que a partir de
janeiro de 2019 essas minorias vão poder exercer sua liberdade normalmente, sem
risco para elas", diz Moro. Violações serão apuradas, afirma. A pergunta
havia sido sobre a possibilidade de endurecimento de leis contra minorias por
parte do Congresso.
HÁ 15 HORAS
Moro diz ver um "caminhar de moderação" nas
declarações de Bolsonaro
HÁ 15 HORAS
Perguntado a respeito, Moro não opina sobre o Escola
sem Partido, defendido por Bolsonaro, sob o argumento de que é um tema da área
de educação. "O governo nem começou, não existe uma proposta concreta
sobre este tema"
HÁ 15 HORAS
Moro disse ter tido divergências
"razoáveis" com Bolsonaro, que tentará convencê-lo a tomar a melhor
decisão e que a palavra final será do presidente eleito
HÁ 15 HORAS
O futuro ministro entende ser "razoável" a
redução da maioridade penal de 18 anos para 16 anos em casos de crimes mais
graves. "Adolescente de 16 anos tem plenas condições de responder por seus
atos." O tratamento atual da Justiça dado a este tipo de crime hoje é
"insatisfatório". Moro reforça ser posição pessoal, a ser discutida
pelo governo
HÁ 16 HORAS
Moro afirma que o Fundo Nacional de Segurança
Pública pode ser usado para financiar os projetos. "Se existe dinheiro
disponível, tem que se extrair o máximo daquele recurso para se obter o melhor
resultado."
HÁ 16 HORAS
"Acho que se barateia a vida quando se tem
progressão [de pena] muito generosa", diz Moro. Ele afirma que regime tem
de ser mais rigoroso em alguns casos, e que o tema requer discussão
HÁ 16 HORAS
Em relação à situação na fronteira do Brasil com a
Venezuela, Moro afirma que "princípios de solidariedade devem ser
preservados"
HÁ 16 HORAS
Questionado, Moro desconversa sobre possível
interesse em uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal. A próxima vaga
será aberta em 2020, com a aposentadoria do ministro Celso de Mello. "Não
existe uma vaga no momento. Não acho apropriado [discutir agora]. Quando no
futuro existir vagas, isso tem que ser discutido nesse novo contexto."
HÁ 16 HORAS
"Tenho muita ciência de que estou numa posição
subordinada", diz Moro, sobre o cargo que ocupará em relação ao presidente
eleito Jair Bolsonaro
HÁ 16 HORAS
Não é "consistente" tratar movimentos
sociais como "terroristas", o que não significa que sejam
"inimputáveis", disse Moro. O presidente eleito Jair Bolsonaro
defendeu na campanha tipificar como ações terroristas invasões de propriedades
privadas.
HÁ 16 HORAS
Questionado a respeito, Moro sinaliza ser favorável
à flexibilização da legislação sobre armas, bandeira defendida na campanha por
Bolsonaro. Mas pondera que "uma flexibilização excessiva pode ser
utilizada como armamento para organizações criminosas. Tem que pensar quantas
armas o indivíduo poderá ter em sua casa".
HÁ 16 HORAS
Moro volta a falar sobre confronto entre policiais e
criminiosos. "Embora a estratégia policial não seja o confronto, temos que
entender que o confronto é uma possibilidade". Ele dá exemplo de pessoas
que vivem em comunidades dominadas pelo tráfico de drogas. "A estratégia
tem que [ser] evitar qualquer espécie de confronto. Havendo confronto, tem que
discutir". Ele entende que a lei já contempla essas situações, mas abre
possibilidade de discussão. "Tem que ser avaliado se é necessário uma
regulação melhor".
HÁ 16 HORAS
"Corrupção nunca vai se encerrar, nem os
crimes. Mas os níveis de corrupção e de crimes no Brasil são muito altos",
diz Moro. "Nos acostumamos às vezes a ver esses índices de criminalidade
com naturalidade".
HÁ 16 HORAS
Moro encerra a introdução. Começam as perguntas dos
repórteres.
HÁ 16 HORAS
Ele diz manter contato com os atuais ministros Raul
Jungmann (Segurança Pública) e Torquato Jardim (Justiça), do governo Temer,
para a transição.
HÁ 16 HORAS
Sérgio Moro (Foto: Giuliano Gomes/PR PRESS)
Moro diz que pretende chamar nomes que trabalham ou
trabalharam na Operação Lava Jato
HÁ 16 HORAS
"É um pouco estranho dizer isso, mas não existe
a menor chance de usar o ministério para perseguição política", afirma
Moro. Ele diz que crimes de ódio são "intoleráveis".
HÁ 17 HORAS
Substituir cargos de comissão por cargos concursados
é outro plano citado por Moro
HÁ 17 HORAS
A ideia é replicar no ministério as forças-tarefas
adotadas na Operação Lava Jato. Ele cita como exemplo a atuação do FBI no
combate às máfias em Nova York.
HÁ 17 HORAS
Entre as propostas está a possibilidade de os
procuradores negociarem a pena ("plea bargain"), o que, afirma Moro,
ajudaria a aliviar a Justiça, proteção de denunciantes anônimos, entre outras.
A ideia é avançar no combate ao crime organizado, diz o futuro ministro.
HÁ 17 HORAS
Sérgio Moro em coletiva em Curitiba (Foto:
Reprodução/RPC)
HÁ 17 HORAS
Sem dar detalhes, Moro afirma que apresentará uma
série de propostas de combate ao crime organizado. A ideia, diz, é resgatar
parte das "dez medidas contra a corrupção",
proposta encabeçada pelo Ministério Público Federal.
HÁ 17 HORAS
Moro fala sobre o processo do ex-presidente Lula.
Diz que a condenação do ex-presidente à prisão não teve nenhuma relação com as
eleições. "O que existe um crime que foi descoberto, investigado e provado
e as cortes apenas cumpriram a lei. Não posso pautar minha vida num álibi falso
de perseguição política."
HÁ 17 HORAS
O juiz afirma ter sido procurado em 23 de outubro,
antes do segundo turno, por Paulo Guedes (futuro ministro da Fazenda), para uma
sondagem sobre uma participação no governo. E que em 1º de novembro se
encontrou com Bolsonaro.
HÁ 17 HORAS
O juiz dá um histórico da Operação Lava Jato e diz
ter aceitado o convite de Bolsonaro para buscar implantar no "governo
federal uma forte agenda anticorrupção" e uma forte agenda contra o crime
organizado
HÁ 17 HORAS
Moro começa falando que decidiu fazer uma entrevista
coletiva para atender à demanda da imprensa depois que ele anunciou a ida para
o governo de Bolsonaro
HÁ 17 HORAS
Na noite de segunda-feira, em uma palestra, o juiz
disse que ainda não se vê como político e que cargo de
ministro é "técnico"
HÁ 17 HORAS
Começa em instantes, no auditório da Justiça Federal
do Paraná, em Curitiba, entrevista coletiva do juiz Sérgio Moro. Moro está em
férias e, a partir do ano que vem, será ministro da Justiça e da
Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
HÁ 17 HORAS
O
QUE AS PESSOAS ACHAM DE SÉRGIO MORO COMO MINISTRO DA JUSTIÇA DO GOVERNO
BOLSONARO?
Provavelmente a maior surpresa de todas as nomeações
de ministérios do governo Bolsonaro até agora. O juiz Sérgio Moro decidiu
aceitar o convite para ser o novo Ministro da Justiça do Brasil.
JORNAL NACIONAL
Moro
fala sobre planos para combater corrupção e crime organizado
Numa longa entrevista coletiva, o juiz Sérgio Moro
explicou por que aceitou o convite para ser ministro da Justiça. Ele refutou
críticas de que a nomeação dele tenha alguma relação com a condenação do
ex-presidente Lula.
Por Jornal Nacional
06/11/2018 22h44 Atualizado há 10 horas
Moro fala sobre planos para combater a corrupção e o
crime organizado
O juiz Sérgio Moro, já indicado pelo presidente
eleito, Jair Bolsonaro, para ser o futuro ministro da Justiça e Segurança
Pública, deu nesta terça-feira (6) uma longa entrevista coletiva, em Curitiba,
e começou explicando por que aceitou o convite.
Moro: O que mais me perturbava era essa sensação que
um dia a minha sorte e a sorte da operação Lava Jato poderia ser encerrada. Não
faltaram momentos de tensão ao longo dessa operação (...) Todas essas sensações
de que um dia a sorte poderia acabar e que nós poderíamos retornar àquele
padrão de impunidade da grande corrupção, o que é algo deletério para a
democracia, me levou a aceitar esse convite que me foi feito pelo senhor
presidente eleito. O objetivo é, no governo federal, realizar o que não foi
feito, com todo o respeito, nos últimos anos, e buscar tentar uma forte agenda
anticorrupção. E até eu agregaria, porque é uma ameaça nacional, forte agenda,
também, anticrime organizado.
Moro disse que não tinha proximidade com o
presidente eleito, Jair Bolsonaro, e que só recebeu uma sondagem para ser
ministro cinco dias antes do segundo turno das eleições:
Moro: Eu conheci pessoalmente o presidente eleito em
1º de novembro. Foi a primeira vez que eu entabulei uma conversa pessoal com o
presidente eleito. Eu o encontrei, por acaso, o presidente, então não era
presidente, era deputado federal, por acidente, num aeroporto, não sei se em
2017, 2016, e eu não o reconheci na ocasião, e o cumprimentei rapidamente.
Posteriormente, houve certa exploração de seus adversários políticos sobre esse
encontro, como se eu tivesse o ignorado, e eu não tinha intenção de ser
mal-educado. Tomei a liberdade de ligar para ele e pedir escusas por aquela
interpretação que me pareceu equivocada. Neste ano, fui procurado pelo futuro
ministro da Economia, senhor Paulo Guedes, no dia 23 de outubro, na semana
antecedente ao segundo turno das eleições, que me trazia uma sondagem acerca do
meu interesse de compor o governo. Eu adiantei para ele qual era o meu entendimento
sobre esse tema. Disse que só poderia tratar disso depois das eleições, um
eventual convite.
O juiz Sérgio Moro fez questão de refutar críticas
de que a nomeação dele tenha alguma relação com a condenação do ex-presidente
Lula:
Moro: Isso não tem nada a ver com o processo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva foi condenado e preso porque ele cometeu um crime e não por causa das
eleições. Embora eu tenha proferido a primeira decisão, essa decisão condenatória
já foi confirmada pela corte de apelação. Ou seja, por um painel de outros três
juízes, e foi o próprio tribunal que ordenou o início da execução e a prisão do
ex-presidente. Eu apenas cumpri a decisão. Diga-se que essa ordem de prisão foi
previamente autorizada e o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal de um
habeas corpus preventivo. Então, o que houve aqui é uma pessoa que,
lamentavelmente, cometeu um crime, esse crime foi investigado, provado e ela
respondeu na Justiça por esse comportamento criminoso.
Sérgio Moro também repudiou a crítica de que
persegue o PT e que a nomeação dele tenha sido uma espécie de recompensa. O
juiz Moro Lembrou que a condenação de Lula ocorreu em 2017, quando ninguém
imaginava que Jair Bolsonaro seria eleito, e salientou que condenou políticos
de vários partidos, alguns inclusive adversários do PT:
Moro: Políticos de vários espectros partidários
foram condenados. Do PP, do PMDB. Nós temos aqui condenado e preso já há dois
anos o ex-presidente da Câmara que era considerado um adversário político do
PT. Nós temos o ex-governador do Rio de Janeiro. Sei que alguns, eventualmente,
interpretaram a minha ida como uma espécie de recompensa, algo absolutamente
equivocado porque a minha decisão foi tomada em 2017, sem qualquer perspectiva
de que o então deputado federal fosse eleito presidente da República.
O futuro ministro da Justiça do governo Bolsonaro
também falou dos planos dele à frente do Ministério:
Moro: A ideia é apresentar uma série de propostas
legislativas para aprimorar o quadro legal contra a corrupção e crime
organizado. Essas propostas ainda estão sendo elaboradas. Eu não tenho
condições de adiantá-las porque não é uma decisão apenas minha. A ideia geral é
resgatar parte das propostas das dez medidas contra a corrupção do Ministério
Público. Também utilizar, e já falei com o representante no Brasil da
Transparência Internacional, o senhor Bruno Brandão, resgatar, utilizar em
parte essas propostas que foram formuladas pela sociedade civil organizada,
Transparência Internacional e FGV, principalmente, são as novas medidas contra
a corrupção. A ideia é que essas reformas sejam propostas simples e que possam
ser aprovadas em um breve tempo.
Sérgio Moro deu alguns exemplos do que pretende
fazer:
Moro: Muito rapidamente exemplos que não são
definitivos, como eu disse, há necessidade de discutir. Alteração de regra de
prescrição dos crimes, avaliar a possibilidade de deixar mais claro na lei a
execução em segunda instância. A previsão da execução das sentenças dos tribunais
do júri. Já existe um precedente da Primeira Turma do STF admitindo que
vereditos do tribunal do júri, ou seja, crimes de homicídio possam ser
executados independentemente dos recursos. A proibição de progressão de regime
prisional quando houver provas de ligação do preso com organizações criminosas.
Uma regulação mais clara do que nós chamamos de operações policiais
disfarçadas, isso se faz muito nos Estados Unidos com grande eficácia contra
organizações criminosas, a utilização de policiais disfarçados para descobrir
esses crimes. Então, por exemplo, policiais disfarçados comprando grandes
carregamentos de drogas e armas. Necessário incrementar o controle das
comunicações dos presos em presídios de segurança máxima, como no exterior. A
prisão tem que realmente neutralizar a possibilidade dessas pessoas de comandar
o crime de dentro. Precisa investir consideravelmente em tecnologia.
O juiz Moro fez questão de ressaltar que vai
combater crimes de ódio contra minorias:
Moro: Todos têm direito a igual proteção da lei.
Maiorias, minorias. Não existe qualquer possibilidade de, no âmbito da
segurança pública, no âmbito da Justiça, políticas discriminatórias contra
minorias, seja qual for o motivo. Na minha posição pessoal, crimes de ódios são
intoleráveis. Isso tem que ser resolvido normalmente pelas polícias locais, mas
se for necessário pode-se até mesmo movimentar o aparato da Polícia Federal
para que crimes de ódio sejam solucionados.
Sérgio Moro disse que no, entender dele, ao aceitar
o convite para ser ministro, não contrariou a promessa de não entrar para a
política:
Moro: Na minha perspectiva, na minha visão, eu sigo
para atuar numa função eminentemente técnica, para fazer um trabalho técnico,
de um juiz a cargo desse ministério específico. Não tenho nenhuma pretensão de
concorrer em qualquer momento da minha vida a cargos eleitorais, a subir em
palanque. Agora, é claro, que dentro do Ministério é inevitável que se haja um
diálogo com outras instituições e, em especial, com o Congresso Nacional. Isso
é de certa maneira realização de política, mas não é essa visão que eu tenho
desse cargo.
O futuro ministro da Justiça abordou temas
defendidos, na campanha, pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, como o
excludente de ilicitude, uma legislação que evitaria que um policial fosse
processado no caso da morte de um bandido durante um confronto:
Moro: Na questão do confronto, veja, embora a
estratégia não seja a do confronto, nós temos que reconhecer que o confronto é
uma possibilidade. Havendo, porém, o confronto, tem que discutir, e essa é a
posição me parece do presidente eleito, tem que discutir a situação de um
agente policial, ou muitas vezes de um militar fazendo as vezes de um agente
policial, porque as Forças Armadas têm sido convocadas, que eventualmente alveja
e leva ao óbito um desses traficantes armados. A nossa legislação, ao meu ver,
já contempla essas situações de legitima defesa, estrito cumprimento de dever
legal. Tem que ser avaliado, no entanto, se é necessária uma regulação melhor.
Por exemplo, é necessário que o policial espere que um traficante armado atire
contra ele de fuzil, para que ele possa reagir? Me parece que exigir isso de um
agente policial é demais. O risco dele morrer numa diligência dessa espécie é
muito grande. Agora, isso não significa que o confronto policial é uma
estratégia a ser perseguida no enfrentamento ao crime organizado.
Sérgio Moro também falou sobre a ampliação da posse
de armas:
Moro: Olha eu conversei a respeito com o presidente
eleito e existe uma plataforma na qual ele se elegeu que prega a flexibilização
da posse de armas, certo? Então dentro dessa plataforma eleitoral, me parece
que seria inconsistente agir de maneira contrária. Quando nos falamos em posse
de arma, nós estamos falando da arma mantida em casa. E de fato se houve uma
reclamação geral para aqueles que desejam ter posse de arma e esse um desejo
que não necessariamente pode ser considerado reprovável, que as regras atuais
são muito restritivas. Então existe uma proposta, uma discussão de
flexibilização da posse de armas. A questão a ser discutida, a forma como isso
será realizado. Eu externei a minha preocupação a ele de que uma flexibilização
excessiva possa ser muitas vezes utilizada como uma fonte de armamento para
organizações criminosas.
O juiz falou ainda sobre a redução da maioridade
penal, outro assunto apontado como prioritário pelo presidente eleito:
Moro: Quanto à maioridade, existe uma proposta de
emenda constitucional que foi apresentada anos atrás, que prevê a redução dessa
maioridade para 16 em caso de crimes graves, com resultado morte ou lesão
corporal grave ou caso de estupro. Pessoas menor de 18 anos devem ser
protegidas, o adolescente. Muitas vezes eles não têm uma compreensão completa
das consequências dos seus atos. Mas um adolescente acima de 16 já tem
condições de percepção de que, por exemplo, não pode matar. Então você ter um
tratamento diferenciado para esse tipo de crime me parece algo assim bastante
razoável.
O futuro ministro também disse como avalia o
tratamento a ser dado aos movimentos sociais que infringem a lei. Sérgio Moro
considerou inconsistente considerá-los como terroristas:
Moro: As pessoas têm liberdade de expressão, de
manifestação e não é diferente com movimentos sociais. No entanto, quando
existem situações relativas à lesão de direitos de terceiro, invasão de
propriedade privada, às vezes nem com motivações sociais, mas com motivações
político-partidárias. Quando existem danos ou lesões a pessoas, não se pode
tratar esses movimentos como imputáveis. Então eles têm que responder por
eventuais agressões de direitos a terceiros. Me parece, no entanto, que
qualificá-los como uma espécie de organização terrorista é algo que não é
consistente, certo?
Sérgio Moro declarou que saberá discutir as
divergências com Bolsonaro, mas se disse ciente de que o presidente eleito será
o chefe dele:
Moro: Na campanha eleitoral, todos os exageros
possíveis foram cometidos até para descontruir a imagem dele. Mas,
pessoalmente, me pareceu uma pessoa muito sensata. Eu acho que eu assumo a posição
do governo e tenho muita ciência de que eu estou em uma posição subordinada.
Fui conversar com ele de uma proposta de trabalho onde ia verificar se nós
tínhamos convergência. O resultado da conversa foi positivo. Ainda que possa
não haver uma convergência absoluta, nós podemos conversar e cada um ceder nas
suas posições. Ou ele, evidentemente, dar a última palavra, a decisão final é
dele. E eu vou tomar a minha decisão se para mim é, vamos dizer assim, continuo
ou não continuo. Eu acho que as pessoas têm que ter tolerância com as opiniões
alheias e saber sempre que não são os senhores da razão. Eu sou uma pessoa
disposta a ouvir e eventualmente mudar os meus posicionamentos, certo? Tenho
bem presente que há uma relação de subordinação aqui.
SÉRGIO MORO
Não
posso pautar minha vida por uma fantasia de perseguição política, diz Moro
Folha de S.Paulo · 16 horas atrás
Juiz aceitou o convite para ser ministro da Justiça
do governo Bolsonaro
6.nov.2018 às 16h22
Atualizado: 6.nov.2018 às 19h34
Camila Mattoso
Estelita Hass Carazzai
CURITIBA
Meio
Termo
Significado de Meio-termo
Compartilhar
Enviar
O que é Meio-termo:
Meio-termo é o que está na metade do caminho,
representa uma atitude moderada e com equilíbrio entre duas
partes.
As duas palavras formam um substantivo composto, e
este tipo de unidade semântica deve ser escrita com hífen. Portanto a grafia
correta em português é meio-termo e não meio termo.
Se existem dois pólos opostos, dois extremos, o
meio-termo seria aquilo que está situado no meio, entre um e outro.
É entendido como algo moderado, tem a ver com
equilíbrio ou até mesmo com uma atitude comedida. Como por exemplo: "é
preciso haver um meio-termo entre o comportamento formal e informal na rotina
do ambiente de trabalho".
Chegar em um meio-termo é chegar a um consenso entre
duas partes opostas.
Em inglês, no sentido de acordo, é traduzido
por compromise. Nos demais usos, podem ser usados os termos middle
course ou middle way, e ainda half term.
Indica também indecisão. Usar de meios-termos é não
dizer uma coisa concreta, não querer se comprometer com nenhum dos lados.
Expressão muito utilizada no ambiente da Política, por exemplo: "o
discurso do vereador permaneceu no meio-termo. Nem concordou com a bancada, nem
discordou do prefeito".
Alguns sinônimos para meio-termo são
moderação, comedimento ou metade.
Plural de Meio-Termo
O plural de meio-termo é meios-termos. Pois a
expressão é formada de um numeral, meio, e um substantivo, termo. Pela regra,
este tipo de construção deve concordar com todos os elementos que a compõem.
Meio-termo de Aristóteles
O meio-termo de Aristóteles é uma doutrina criada
pelo filósofo grego. O meio-termo para o pensador seria o estado ideal de vida
em sociedade, onde os extremos são condenáveis (são vícios), e deve-se viver
para buscar o equilíbrio.
Data de atualização: 30/09/2016.
Média
Ponderada
Média ponderada
Nos cálculos envolvendo média aritmética simples,
todas as ocorrências têm exatamente a mesma importância ou o mesmo peso.
Dizemos então que elas têm o mesmo peso relativo.
No entanto, existem casos onde as ocorrências têm
importância relativa diferente. Nestes casos, o cálculo da média deve levar em
conta esta importância relativa ou peso relativo. Este tipo de média chama-se
média aritmética ponderada.
Ponderar é sinônimo de pesar. No cálculo da média
ponderada, multiplicamos cada valor do conjunto por seu "peso", isto
é, sua importância relativa.
Definiçao de média aritmética ponderada
A média aritmética ponderada p de
um conjunto de números x1, x2, x3, ..., xn cuja importância relativa
("peso") é respectivamente p1, p2, p3, ..., pn é calculada da
seguinte maneira:
p =
Ou seja, somamos os produtos dos valores pelos seus pesos
e dividimos o resultado pela soma dos pesos.
Exemplo:
Alcebíades participou de um concurso, onde foram
realizadas provas de Português, Matemática, Biologia e História. Essas provas
tinham peso 3, 3, 2 e 2, respectivamente. Sabendo que
Alcebíades tirou 8,0 em Português, 7,5 em Matemática, 5,0 em Biologia e 4,0 em
História, qual foi a média que ele obteve?
p =
Portanto, a média de Alcebíades foi de 6,45.
Referências
https://youtu.be/idavAUt5hiM
https://www.youtube.com/watch?v=idavAUt5hiM
https://s2.glbimg.com/8MXe6_CxxytiC2fW_w2GI3SLL4A=/0x0:1280x796/1080x0/smart/filters:quality(70)/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/z/A/lYbtzoQeAw32CWxfiOJA/moro-4.jpg
https://g1.globo.com/pr/parana/ao-vivo/entrevista-de-sergio-moro.ghtml
https://youtu.be/CswxY7jYmRw
https://www.youtube.com/watch?v=CswxY7jYmRw
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/11/06/moro-fala-sobre-planos-para-combater-corrupcao-e-crime-organizado.ghtml
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/11/nao-posso-pautar-minha-vida-por-uma-fantasia-de-perseguicao-politica-diz-moro.shtml
https://www.significados.com.br/meio-termo/
https://www.somatematica.com.br/fundam/media/Image34.gif
https://www.somatematica.com.br/fundam/medias1.gif
https://www.somatematica.com.br/fundam/medias2.php
Nenhum comentário:
Postar um comentário