sexta-feira, 20 de abril de 2018

A justa já vem


Risco n’água


Vocês não se afobem
Que o homem dessa vez
Não vai morrer
Se ele voltar dou pra valer



Na Subida do Morro
Zeca Baleiro
Jards Macalé

E no entanto é preciso cantar

LIMITE DAS ÁGUAS

Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz

Minha São Paulo, calma e serena,
Que era pequena, mas grande demais!
Agora cresceu, mas tudo morreu...
Lampião de gás que saudade me traz


Após 'noite dramática', Maluf chega em casa em SP para prisão domiciliar
Segundo advogado, ele teve agravamento do estado de saúde



Em imagem da TV Globo, Maluf deixa hospital no DF e segue para aeroporto - Reprodução/Folhapress



Por um conto e trezentos


Moreira Da Silva - Na Subida Do Morro

Na Subida do Morro
Geraldo Pereira


Na subida do morro [Geraldo Pereira (*)] Na subida do morro me contaram Que você bateu na minha nega Isso não é direito Bater numa mulher que não é sua Deixou a nega quase crua No meio da rua A nega quase que virou presunto Eu não gostei daquele assunto Hoje venho resolvido Vou lhe mandar para a cidade de pé junto Vou lhe tornar em um defunto Você mesmo sabe Que eu já fui um malandro malvado Somente estou regenerado Cheio de malícia Dei trabalho a polícia Pra cachorro Dei até no dono do morro Mas nunca abusei De uma mulher que fosse de um amigo Agora me zanguei consigo Hoje venho animado A lhe deixar todo cortado Vou dar-lhe o castigo Meto-lhe o aço no abdômen Tiro fora o seu umbigo Vocês não se afobem Que o homem dessa vez não vai morrer Se ele voltar dou pra valer Vocês botem terra nesse sangue Não é guerra É brincadeira Vou desguiando na carreira A “justa” já vem E vocês digam que estou me aprontando Enquanto eu vou me desguiando Vocês vão ao distrito Ao delegado, se desculpando Foi um malandro apaixonado Que acabou se suicidando (*)Segundo Moreira da Silva, o samba foi comprado de Geraldo Pereira, o verdadeiro e único autor, por um conto e trezentos.



Marcha de Quarta-Feira de Cinzas
Vinicius de Moraes


Jorge Goulart - MARCHA DA QUARTA-FEIRA DE CINZAS - Carlos Lyra e Vinícius de Moraes - ano de 1963

 
Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais
Brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas
Foi o que restou

Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri
Se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando
Cantigas de amor

E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade

A tristeza que a gente tem
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir
Voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida
Feliz a cantar

Porque são tantas coisas azuis
E há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar de que a gente nem sabe

Quem me dera viver pra ver
E brincar outros carnavais
Com a beleza
Dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando
Seu canto de paz
Seu canto de paz
Composição: Carlos Lyra / Vinícius de Moraes




Uma Vez, Um Caso
Edu Lobo


Edu Lobo & Joyce - Uma Vez Um Caso - LIMITE DAS AGUAS 1976

 
Foi um pensamento que varou a noite
Foi um trem-de-ferro que sumiu na noite
Foi um peixe-espada que feriu a noite
Foi um sofrimento que bateu na noite

Era uma vez um caso
Um soldado raso
Que matou seu bem
Do que se sabe ao certo
Teve alguém por perto
Não se sabe quem
Era um amor escravo preso em outro amor
Uma lição de dor uma paixão assim
Era um amor tão bravo que não tinha fim

Foi um vento doido que dançou na noite
Foi a própria morte que dançou na noite

Tinha traição no caso
Tinha desengano
Tinha leva-e-trás
Um coração calado
Uma intenção partida
Um desencontro a mais

E decisão de dor nunca se volta atrás
Ponta de faca espada rabiscando o ar
Uma paixão escrava querendo voar

Um, dois, três e quatro e quem quiser que conte
Um, dois, três e quem quiser que conte outra
Um, dois três e quatro e quem quiser que cante
Um, dois, três e quem quiser que cante outra vez
Composição: Cacaso / Têtes Raides

https://www.letras.mus.br/edu-lobo/439662/

Lampião de Gás
Inezita Barroso
Compositor: Zeca Bergami





Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz
Da sua luzinha verde azulada
Que iluminava minha janela,
Do almofadinha lá dá calçada,
Palheta branca, calça apertada

Do bilboquê, do diabolô,
"Me dá foguinho", "vai no vizinho"
De pular corda, brincar de roda,
De Benjamim, Jagunço e Chiquinha

Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz

Do bonde aberto, do carvoeiro
Do vassoureiro com seu pregão
Da vovozinha, muito branquinha,
Fazendo roscas, sequilhos e pão

Da garoinha fria, fininha,
Escorregando pela vidraça,
Do sabugueiro grande e cheiroso,
Lá do quintal da rua da Graça

Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz

Minha São Paulo, calma e serena,
Que era pequena, mas grande demais!
Agora cresceu, mas tudo morreu...
Lampião de gás que saudade me traz








Referências

https://youtu.be/a27ywVLcTZI
https://f.i.uol.com.br/fotografia/2018/03/30/15224360195abe87b3bb46c_1522436019_3x2_md.jpg
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/03/apos-noite-dramatica-maluf-chega-em-casa-para-prisao-domiciliar.shtml
https://youtu.be/fD8Hh4CFPkk
https://www.letras.com.br/geraldo-pereira/na-subida-do-morro
https://youtu.be/RlAe_zZpCLI
https://youtu.be/d3xugYRF89k
https://www.letras.mus.br/edu-lobo/439662/
https://youtu.be/AnuqqmqVvPg
https://www.vagalume.com.br/inezita-barroso/lampiao-de-gas.html

https://youtu.be/Q2hMLnGeDs8

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