Operação
Cobra
Sorensen
havia pago o suborno para calar a boca de Nicholas, por não querer que se
espalhasse a notícia de que estivera bebendo com uma moça, acarinhando uma
jovem que não era sua esposa. Aquilo era suborno, o suborno que significa
corrupção.
Tudo
terminaria de modo bem diferente se ele não houvesse começado as
palavras-cruzadas. "Doze, horizontal: Aliciamento para atos culpáveis,
corrupção." (7 letras.) Hum, o B e o O já ocupavam as respectivas casas.
Nicholas encontrou a resposta após alguns segundos. "Suborno." As
letras encaixavam-se.
Significado
de Suborno
O que é o Suborno:
Suborno é um ato ilícito que consiste na ação
de induzir alguém a praticar determinado ato em troca de dinheiro, bens
materiais ou outros benefícios particulares.
No âmbito do Direito, o suborno está tipificado
como crime de corrupção no Código Penal Brasileiro, com penas que
variam entre os 2 (dois) e 12 (doze) anos de reclusão, caso o suspeito seja
condenado.
É considerado suborno qualquer oferecimento,
pagamento ou promessa a uma autoridade pública, governante, funcionário público
e demais profissionais em troca de favores feitos por estes que favoreça de
modo particular o corruptor.
Exemplo: “Ele subornou o juiz para conseguir um
alívio na sua pena”.
Em inglês, a palavra “suborno” pode ser traduzida
para bribery ou bribe.
O
que é Corrupção:
Corrupção é o efeito ou ato de corromper alguém
ou algo, com a finalidade de obter vantagens em relação aos outros
por meios considerados ilegais ou ilícitos.
Etimologicamente, o termo "corrupção"
surgiu a partir do latim corruptus, que significa o "ato de quebrar
aos pedaços", ou seja, decompor e deteriorar algo.
A ação de corromper pode ser entendida também como o
resultado de subornar, dando dinheiro ou presentes para alguém em troca de
benefícios especiais de interesse próprio.
A corrupção é um meio ilegal de se conseguir algo,
sendo considerada grave crime em alguns países. Normalmente, a prática da
corrupção está relacionada com a baixa instrução política da sociedade, que muitas
vezes compactua com os sistemas corruptos.
A corrupção na política pode estar presente em todos
os poderes do governo, como o Legislativo, Judiciário e Executivo. No entanto,
a corrupção não existe apenas na política, mas também nas relações sociais
humanas, como o trabalho, por exemplo.
27/07/2017 13h57 - Atualizado
em 27/07/2017 13h57
PF
prende ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine
Os publicitários e irmãos Antonio e André Vieira da
Silva também foram presos nesta que é a quadragésima segunda fase da Lava-Jato.
Dulcinéa Novaes Curitiba
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(Fonte
da imagem: Tecmundo)
Cobra
nas cruzadas
Miopia
ou Medo
MIOPIA
tem cura?
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta (27)
em Sorocaba, no interior de São Paulo, o ex-presidente do Banco do Brasil e da
Petrobras, Aldemir Bendine. A suspeita é que ele tenha recebido propina quando
comandava a petroleira. Os irmãos Antonio Carlos Vieira da Silva Junior e André
Gustavo Vieira da Silva, sócios numa empresa de publicidade também foram presos
nesta que é a quadragésima segunda fase da Lava-Jato.
Aldemir Bendine e André Gustavo foram citados nas
delações da Odebrecht. Em junho, a pedido do Ministério Público Federal, o juiz
Sergio Moro autorizou abertura de inquérito para que Bendine fosse investigado
pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Marcelo Odebrecht afirmou que foram pagos a Ademir
Bendine R$ 3 milhões quando ele já comandava a Petrobras. Três remessas de
dinheiro em espécie foram feitas pelo setor de propina da Odebrecht. Segundo as
investigações, André Gustavo era o intermediador de propina de Bendine.
A Polícia Federal tinha informação de que Aldemir
Bendine e André Gustavo estavam com viagem marcada para a Europa. André Gustavo
foi preso quando já estava no portão de embarque do aeroporto do Recife indo
para Portugal.
No despacho, que decretou a prisão temporária de
Bendine, o juiz Sergio Moro afirma que o ex-presidente da Petrobras e do Banco
do Brasil estava com passagem de ida comprada para Lisboa para embarcar amanhã
(28). Não foi encontrada passagem de volta, o que segundo o juíz, indica a
possibilidade de fuga.
Aldemir Bendine foi presidente do Banco do Brasil
por quase seis anos no governo de Dilma Rousseff. Ele assumiu a presidência da
Petrobras, em 2015, por indicação da ex-presidente Dilma Roussef. Na época, em
entrevista à TV Globo, prometeu recuperar a estatal e disse que a empresa não
andaria em marcha ré.
Ele comandou a Petrobras até maio do ano
passado. Pediu demissão logo depois do afastamento de Dilma Rousseff da
presidência. O que espantou os procuradores foi o fato da pessoa indicada para
recuperar a Petrobras estar recebendo propina mesmo com a operação Lava-Jato em
andamento.
A operação desta quinta (27) é referente somente a
corrupção na Petrobras. Mas o procurador também supostos pedido de propina de
Bendine. Um de R$ 17 milhões à Odebrech quando era presidente do Banco do
Brasil. E outro ao grupo J&F. Esses dois pedidos de propina não são
investigado pela lava jato em
Curitiba.
Outro lado
A defesa dos irmãos André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva se disse surpresa com as prisões e que ainda não teve acesso ao processo.
Outro lado
A defesa dos irmãos André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva se disse surpresa com as prisões e que ainda não teve acesso ao processo.
O advogado de Aldemir Bendine considerou a prisão
arbitrária e desnecessária porque seu cliente se colocou à disposição para esclarecer
os fatos e juntou ao inquérito seus dados fiscais e bancários, demonstrando a
regularidade das atividades.
A defesa disse ainda que a passagem de volta de
Lisboa já estava comprada para o dia 18 de agosto e que vai apresentar o
documento.
Os acusados chegam ainda nesta quinta (27) à
Curitiba. A equipe que prendeu Aldemir Bendine saiu numa viatura de Sorocaba,
interior de São Paulo, por volta das 9h30 - são 360km até Curitiba. Já os dois
irmãos presos em Recife, Andre e Antônio Vieira da Silva, estão vindo de avião
e devem chegar a Curitiba no fim da tarde. Todos vão passar por exame de corpo
de delito, um procedimento padrão, na sexta (28) de manhã.
Veja mais detalhes na reportagem do vídeo acima.
Veja mais detalhes na reportagem do vídeo acima.
Suborno
e Corrupção
RUTH
RENDELL(1930 - | Inglaterra)
90.
O
crítico do Boston Globe não deixa por menos: "A melhor escritora
(escritor) de mistério em qualquer lugar do mundo de língua inglesa.
"Autora de mais de 30 romances (dos quais apenas uns cinco ou seis saíram
em português, dispersos em mais de uma editora) e de quatro livros de contos,
reunidos em Collected Stories, seria uma excelente escritora, mesmo que não
tivesse o epígono "de mistério". A maioria de escritores policiais é
boa criadora de tipos (daí os detetives famosos), mas Rendell é mestra mesmo em
criar atmosfera, dentro do melhor da literatura inglesa. (Sim, podem pensar em
Jane Eyre e nas irmãs Bronte.) Ao mesmo tempo, com um olho para o lado escuro
do ser humano: "Mortes violentas fascinam as pessoas", escreve ela no
começo do romance The Bridesmaid.
Em Londres, todos aqueles que costumam jantar fora
estão sabendo que o Potters de High Street, Marylebone, é o restaurante que
mais caro cobra por sua comida. Nicholas Hawthorne em geral fazia refeições em
seu quarto alugado ou numa churrascaria, de maneira que foi iludido por aquele
nome de modesta sonoridade. Quando Annabel lhe disse "Vamos ao
Potters", ele concordou alegremente.
Aquela era a primeira vez que a levava para comer
fora. Miúda e atraente, Annabel pouco mais teria a dizer sobre si mesma. Em seu
rosto pequenino, os olhos pareciam enormes e suplicantes - um rosto de raposa
voadora {17} pensava Nicholas. Ela sugeriu que tomassem um táxi até o Potters
"porque é difícil achá- lo". Quando Nicholas viu que se tratava de um
grande prédio, erguido bem na metade da High Street, considerou que não seria
mais difícil achá-lo a pé do que de táxi, porém nada comentou.
Já começava a perguntar-se o quanto iria custar-lhe
tal jantar. O Potters era um espaçoso e imponente restaurante. Suas janelas
apresentavam aquelas vidraças muito límpidas, mas ligeiramente empenadas,
falando de vetustez, ao passo que as portas de escura madeira avermelhada davam
a impressão de que haviam sido polidas diariamente durante cinqüenta anos. Com
as cortinas cerradas, impedindo a visão do interior, era como se estivessem
aproximando-se de alguma residência particular, talvez a morada de algum ricaço.
Logo após a entrada havia um bar, no qual três
casais ocupavam cadeiras de couro preto. Um garçom incumbiu-se do casaco de
Annabel, e eles foram conduzidos a uma mesa no restaurante. Embora jovem,
Nicholas era perceptivo. Esperava que sua companheira se sentisse tão deslocada
e intimidada naquele lugar como ocorria com ele, porém a jovem parecia ter-se
livrado da timidez juntamente com o casaco. E quando os garçons aproximaram-se
com cardápios e a lista de vinhos, ela imprudentemente anunciou que começaria
por um Pernod.
Quanto custaria tudo aquilo? Nicholas examinou os
preços, angustiado, embora grato por ter consigo seu recém-adquirido cartão de
crédito. Gaste agora e pague depois - mas, oh, céus!, sempre teria que pagar...
Annabel escolheu aspargos como primeiro prato e galo
silvestre grelhado como segundo. O galo era o item mais caro do cardápio.
Nicholas pediu sopa de legumes e costeletas de porco. Perguntou se ela preferia
vinho tinto ou branco, mas Anabel respondeu que sendo uma garrafa apenas
insuficiente, por que não terem uma de cada?
Ela não disse palavra enquanto comiam. Nicholas
recordou haver lido um poema em que o poeta assombrava-se com a cabeça pequena
de um professor, que podia conter tudo quanto ele sabia. Nicholas perguntou-se
como um corpo pequeno podia conter tudo quanto Annabel comia. Ela devorou
batatas coradas com o galo, seguindo-se feijões-de-espanha e repolho vermelho.
Quando ouviu o garçom recomendar alcachofras recheadas aos comensais da mesa
vizinha, decidiu que também provaria um pouco. Nicholas rezou para que ela não
quisesse mais nada. Entretanto, aquele garçom bajulador e insinuante tinha que
aparecer empurrando o carrinho das sobremesas!
- Temos morangos frescos, madame.
- Em novembro? - exclamou Annabel, rompendo seu
silêncio. - Que fantástico!
Naturalmente que ia querê-los. Sorvendo o sedimento
de seu vinho, Nicholas observou-a comendo os morangos com creme e depois pedir
uma fatia de torta de chocolate. Ele quis café. Madame e o senhor não
desejariam um licor? Nicholas abanou a cabeça com veemência. Annabel declarou
que beberia um chartreuse verde. Nicholas sabia ser este o rei dos licores - e,
necessariamente, o mais caro.
A essa altura, sentia-se tão aterrorizado ante a
perspectiva da conta e tão repug-nado com a concentrada glutonaria de Annabel,
que era urgente afastar-se dela por um momento. Estava claro que só saíra com
ele para empanturrar-se, para beber até o estupor. Escusando-se, Nicholas
começou a caminhar na direção do lavatório dos homens.
Para chegar lá, precisaria passar junto a uma
extremidade do bar. O local ainda estava meio vazio, porém naquela última hora
- agora já eram nove - chegara outro casal, que ocupava uma mesa no centro do
recinto. O homem era de meia-idade, com bastos cabelos prateados e o rosto de
pele ligeiramente amorenada e lisa. Tinha o braço direito passado pelo ombro da
companheira, uma lourinha muito jovem e muito bonita, em cujo ouvido sussurrava
algo. Nicholas reconheceu-o prontamente como o diretor da companhia onde seu
pai havia sido gerente de vendas até dois anos atrás, quando então fora
demitido sob um capcioso pretexto. A companhia era a Sorensen-McGill e o homem
de cabelos prateados chamava-se Julius Sorensen.
Nicholas odiava esse homem, com todo o fervor do
jovem leal a um pai muito amado. Entretanto, sendo ainda muito novo, estava
fora do seu alcance prejudicar Sorensen de algum modo. Murmurou um gélido
boa-noite e mergulhou para o toalete dos homens, onde revirou os bolsos pelo
avesso, contou as notas em sua carteira e tentou calcular o que já devia à
firma do cartão de crédito. Se preciso, pediria algo emprestado ao pai, embora
detestando a idéia, já que ele vivia com um modesto rendimento desde que o
animal do Sorensen o demitira. Fazer um empréstimo com o pai, tentar adiar o
pagamento do aluguel por um mês, caso fosse possível, diminuir os cigarros,
talvez até parar de fumar...
Quando saiu dali, sentindo-se quase nauseado,
Sorensen e a garota não estavam tão agarrados como antes. Os dois não olharam
para ele e Nicholas, por sua vez, virou o rosto para o outro lado. Annabel
estava em seu segundo chartreuse verde e devorando petit-fours. Ele achara que
o rosto dela assemelhava-se ao de uma raposa voadora, mas recordava agora que
raposa voadora é apenas um nome interessante para um morcego que se alimenta de
frutas. Comendo uma laranja de marzipan, Annabel tinha, decididamente, a
aparência de um rapace e pequeno morcego frugívoro. Além do mais, estava
bastante tonta.
- Tudo está parecendo tão esquisito e sonolento -
queixou-se ela. - Talvez eu esteja com um daqueles vírus. Quer pagar a conta?
Nicholas demorou bastante tempo a ser notado pelo
garçom. E quando o homem meramente chegou até eles com o bule do café,
admirou-se de sua própria firmeza.
- A conta, por favor - disse, no tom de quem declara
à autoridade máxima que quem está prestes a morrer a saúda.
O garçom estava de volta em meio minuto. Nicholas
poderia fazer a gentileza de acompanhá-lo, a fim de falar ao maitre d'hôter?
Nicholas assentiu, confuso. O que tinha acontecido? O que fizera de errado?
Annabel descambara para trás em sua cadeira, tinha os olhos enormes
semicerrados e algo alaranjado escorrendolhe pelo canto da boca. Certamente
eles lhe diriam que a tirasse dali, que ela desmoralizava a casa, que nunca
mais voltasse lá. Seguiu o garçom, de punhos crispados.
Um homem corpulento, com o bico e a plumagem de um
pingüim-rei, comunicou-lhe:
- Sua conta já está paga, senhor. Nicholas ficou
olhando fixamente para ele.
- Não sei do que está falando!
- Seu pai a pagou, senhor. Foram estas as minhas
instruções: dizer-lhe que seu pai pagou sua conta.
O alívio foi indescritível. Nicholas teve a sensação
de crescer novamente, de ficar livre e leve. Era como se alguém o tivesse
presenteado com... bem, quanto teria sido? Sessenta libras? Setenta? E ele
compreendeu em seguida. Sorensen pagara sua conta, dizendo-se seu pai. Como compensação
pelo que havia feito, demitindo seu pai, era uma ínfima migalha. Tinha pago
sessenta libras para mostrar boa vontade, para mostrar que, embora em pequena
escala, desejava compensar a injustiça.
Jactancioso, desenvolto e altaneiro, Nicholas disse:
- Chamem um táxi para mim, por favor.
Feito isto, retornou à mesa e, com ares de grande
importância, despertou Annabel com algumas sacudidelas.
Sua euforia durou quase uma hora, bem depois de ter
empurrado a sonolenta Annabel pela entrada do prédio onde ela morava, e então
subir a escada para o quarto mobiliado que tinha alugado, onde acomodou-se para
decifrar as palavras-cruzadas do jornal da noite. Tudo terminaria de modo bem
diferente se ele não houvesse começado as palavras-cruzadas. "Doze,
horizontal: Aliciamento para atos culpáveis, corrupção." (7 letras.) Hum,
o B e o O já ocupavam as respectivas casas. Nicholas encontrou a resposta após
alguns segundos. "Suborno." As letras encaixavam-se.
Baixando o jornal, ele fitou a parede fronteira.
Aliciamento para atos culpáveis, corrupção. Como poderia ter sido tão tolo, tão
ingênuo, para supor que um homem como Sorensen se preocuparia com injustiças,
recordaria uma demissão errônea ou acreditaria, mesmo por um só instante, que
pudesse ter agido erradamente? É claro que Sorensen não tentara nenhuma
compensação, é claro que não pagara aquela conta por gentileza e remorso. Ele a
pagara como um suborno.
Sorensen havia pago o suborno para calar a boca de
Nicholas, por não querer que se espalhasse a notícia de que estivera bebendo
com uma moça, acarinhando uma jovem que não era sua esposa. Aquilo era suborno,
o suborno que significa corrupção.
Certa vez, coisa de três anos antes, Nicholas
acompanhara os pais a uma festa que Sorensen dera a seus funcionários e na qual
a Sra. Sorensen tinha sido a anfitriã. Podia recordá-Ia como uma mulher tímida
e pequenina, com cerca de uns quarenta e cinco anos, o que para Nicholas era a
velhice. Sorensen havia pago aquela nota por não querer que a esposa
descobrisse que ele tinha uma namorada, jovem suficiente para ser sua filha.
Sorensen o comprara, pensou Nicholas, ele o
subornara e corrompera - ou tentara fazê-lo, porque não teria êxito em seu
intento. Ele não ia ficar pensando que podia chutar a família Hawthorne de um
lado para outro. Nunca mais. Uma vez fora o bastante!
Tinha sido agradável pensar que, afinal de contas,
não precisara gastar mais de meia semana de salário com aquela garota horrível,
porém a honra era mais importante. Sem dúvida, honra significava sacrificar
coisas materiais por um princípio. Nicholas teve uma noite ruim, porque acordava
a todo momento e pensava no monte de coisas materiais que precisaria dispensar
durante algumas semanas seguintes, em benefício de sua honra. Não obstante,
pela manhã sua resolução estava firme. Certificando-se de que tinha consigo o
talão de cheques, saiu para o trabalho.
Passaram-se várias horas antes que reunisse coragem
suficiente a fim de telefonar para a Sorensen-McGill. O que faria se Sorensen
não quisesse recebê- lo? Se ao menos dispusesse de uma gorda conta bancária de
quinhentas libras, num arroubo exemplar poderia enviar um cheque em branco a
Sorensen, acompanhado de uma carta lacônica e desdenhosa.
A telefonista que costumava atender, naqueles dias em
que às vezes ele ligava para o pai, também atendeu agora.
- Sorensen-McGill. Em que posso ajudá-lo?
Em voz um tanto rouca, Nicholas perguntou se era
possível uma entrevista com o Sr. Sorensen nesse dia, para um caso urgente. A
telefonista transferiu a ligação para a secretária de Sorensen. Houve uma
pausa. Soaram campainhas e interruptores clicaram. A jovem retornou ao fone, e
Nicholas ficou certo de que receberia uma negativa.
- O Sr. Sorensen deseja saber se uma da tarde lhe
conviria.
Em sua hora de almoço? É claro que sim. Entretanto,
o que teria induzido Sorensen a sacrificar um daqueles caros almoços, apenas
para vê-lo? Nicholas partiu para Berkeley Square perguntando-se o que, afinal,
teria deixado o homem tão disposto a recebê-lo. Uma vozinha interior, fraca e
esperançosa, começou novamente a enumerar-lhe aqueles argumentos que, na noite
anterior, haviam sido tão decididamente rejeitados pela voz do senso comum.
Talvez Sorensen realmente estivesse bem-intencionado
e ao ver Nicholas lhe dissesse que o pagamento da conta não fora um suborno,
mas uma forma de presentear o filho de um valioso empregado de tempos atrás. A
bela jovem bem poderia ser de fato filha dele. Nicholas ignorava se o homem
tinha filhos. Era possível que houvesse uma filha. Então, não haveria
corrupção, nenhum menosprezo de sua honra, nenhuma necessidade de desistir dos
cigarros ou de humilhar-se perante o senhorio.
Eles o conheciam na Sorensen-McGill. Nicholas
estivera lá com seu pai e, por outro lado, parecia-se com ele. Aquela lourinha
não mostrava a menor semelhança com Sorensen. Uma secretária conduziu-o à sala
do diretor. Sorensen estava sentado em uma poltrona de couro amarelo, atrás de
uma mesa de pau-rosa, o topo incrustado de couro amarelo. Na parede atrás dele
havia murais no estilo de Modigliani e em cima da mesa um cinzeiro de jade
verdeescuro, transbordando de pontas de cigarro, que a secretária substituiu
por outro, de jade verde-pálido.
- Olá, Nicholas - disse Sorensen. Ele não sorriu. -
Sente-se.
O único outro assento na sala era um daqueles
negócios hitech de tiras bambas de couro, presas a uma estrutura metálica. A
seu lado havia uma mesinha baixa de vidro escuro, com bordas estofadas em couro
preto. Em cima da superfície de vidro jazia uma revista, aberta nas páginas centrais
e mostrando uma jovem nua. Há pessoas que sabem como deixar outras à vontade,
como existem aquelas que as deixam em dificuldades. Nicholas sentou-se, ou
melhor, afundou - até oito centímetros do chão.
Sorensen acendeu um cigarro. Não ofereceu a caixa.
Olhando para Nicholas, meneou a cabeça lentamente. Por fim, disse:
- Eu já devia esperar por isto.
Nicholas abriu a boca para falar, mas Sorensen
ergueu a mão.
- Não, você poderá falar daqui a um minuto. - Seu
tom ficou frio e brusco. - A jovem que viu comigo ontem à noite era alguém -
acho que não preciso entrar em maiores detalhes - que fiquei conhecendo em um
bar. Nunca a tinha visto antes e nunca mais vou tornar a vê-Ia. Não é uma
namorada ou amante, em qualquer sentido das palavras. Um momento - disse ele,
quando Nicholas tentou interromper novamente. - Deixe-me terminar. Minha esposa
não é uma mulher saudável. Sofreria muito se soubesse onde estive esta noite e
com quem. Imagino que tornasse a ficar muito mal de novo. Eu me refiro, é
claro, a uma doença mental, um problema emocional, mas...
Ele sugou o cigarro com força.
- Acontece que, ainda assim e sejam quais forem as
conseqüências, em hipótese alguma admito uma chantagem comigo. Fui bem claro?
Paguei ontem o seu jantar, e foi só. Não gostaria que contasse para minha
esposa o que viu, mas se quiser pode contar-lhe, pode tornar pública para o
mundo inteiro, antes que eu lhe pague um só penny!
À palavra chantagem, o coração de Nicholas disparou.
O sangue afluiu-lhe ao rosto. Tinha ido ali para vingar sua honra, mas seu
motivo fora perversamente mal-interpretado. Em voz sufocada, gaguejou :
- O senhor não tem o direito... Não foi isso... Por
que está me dizendo tais coisas?
- Não é uma palavra agradável, concorda? Entretanto,
usar outra qualquer com o mesmo sentido seria pura questão de semântica. Você
veio aqui pedir mais, não foi?
Nicholas ficou em pé bruscamente.
- Eu vim aqui devolver o seu dinheiro!
- Aah! - Foi um som estranho, o emitido por
Sorensen, um som familiar e polido, mas ao mesmo tempo cínico e inquisitivo.
Ele esmagou o cigarro no cinzeiro.
- Entendo. A juventude é moralista. A inexperiência
é puritana. Irá contar a ela de qualquer modo, porque você não pode ser
comprado, acertei?
- Sim, eu não posso ser comprado! - Nicholas tremia.
Apoiou as mãos abertas na mesa de Sorensen, mas elas continuavam trêmu las. -
Jamais contarei a alguém o que vi, eu lhe prometo. Entretanto, não posso
permitir que pague o meu jantar. .. e que finja ser meu pai!
As lágrimas lhe ardiam por trás dos olhos.
- Oh, sente-se, sente-se. Se não está tentando fazer
chantagem comigo e se seus lábios estão selados, raios, o que veio fazer aqui?
Uma visita social? Um papinho de homem para homem sobre as damas com que saímos
esta noíte? Como sabe, sua família não desfruta exatamente da minha predileção.
Nicholas recuou ligeiramente. Sentia o poder do
homem. Era o poder do dinheiro e o poder conquistado por sempre haver tido
dinheiro. Havia algo que nunca antes percebera em Sorensen, mas que captava
agora. Aquele homem parecia feito de metal, a pele de cobre, os cabelos de
prata, o terno de estanho. Então, a névoa em seus olhos impediu que ele visse
qualquer coisa além de um borrão.
- De quanto foi a minha conta? - conseguiu
perguntar.
- Oh, pelo amor de Deus!
- De quanto?
- Sessenta e sete libras - disse Sorensen -, mais ou
menos alguns quebrados. Sorensen parecia divertir-se, mas para Nicholas aquilo
era uma pequena fortuna.
Pegando seu talão de cheques, preencheu-o em favor
de J. Sorensen e o estendeu através da mesa.
- Aí tem o seu dinheiro - falou -, mas não precisa
preocupar-se. Não direi a ninguém o que vi. Prometo.
Pronunciar aquelas palavras fazia com que se
sentisse nobre, heróico. As lágrimas ameaçadoras recuaram. Sorensen olhou para
o cheque e o rasgou em dois.
- Você é um rapaz muito maçante. Não o quero em meu
escritório. Saia.
Nicholas saiu. Deixou o prédio de cabeça erguida.
Ainda pensava em enviar outro cheque para Sorensen quando, duas manhãs depois,
ao ler o jornal no trem, seus olhos captaram o odiado nome. Inicialmente, não
pensou que o artigo dissesse respeito ao "seu" Sorensen - mas então
viu que dizia. A manchete anunciava: "Mulher Encontrada Morta na Floresta.
Assassinada Esposa de Magnata."
0 cadáver de uma mulher, relatavam as linhas abaixo,
foi encontrado esta noite em um carro abandonado na Floresta Hatfield, em
Hertfordshire. Ela havia sido estrangulada. A mulher foi identificada hoje como
a Sra. Winifred Sorensen, de 45 anos, residente em Eaton Place, Belgravia. Era
esposa de Julius Sorensen, presidente da Sorensen-McGill, companhia fabricante
de equipamentos para escritórios. A Sra. Sorensen havia estado em casa de sua
mãe, Sra. Mary Clif ord, em Much Hadham. Disse a Sra. Clif ord: "Minha
filha pretendia ficar comigo mais uns dois dias. Foi uma surpresa para mim
quando ela disse que voltaria de carro para sua casa em Londres, na noite de
terça-feira." "Eu não esperava que minha mulher voltasse para casa na
terça-feira", declarou o Sr. Sorensen. "Só quando telefonei ontem
para lá fiquei sabendo que ela houvera deixado a casa da mãe. Ao ser informado
de seu desaparecimento, comuniquei o fato imediatamente à polícia." A
Polícia está investigando o caso como assassinato.
"Pobre mulher!", pensou Nicholas. Enquanto
ela dirigia seu carro para casa, ao encontro do marido, talvez sentindo falta
dele, precisando de sua companhia e de seu apoio, o homem entretinha-se com uma
garota que encontrara em um bar, alguém cujo nome nem mesmo sabia. Certamente,
agora devia estar atormentado pelo remorso. O contraste não podia ser mais
chocante: Sorensen de rosto colado com a moça, bebendo juntos, mais tarde
talvez dormindo com ela, enquanto sua esposa, sozinha, lutava com um atacante,
em local isolado e escuro.
Nicholas pensou que para ele não seria surpresa se o
próprio Sorensen tivesse feito aquilo. Nada que aquele homem fizesse o teria
surpreendido, pois era um tipo capaz de qualquer iniqüidade. Somente aqui havia
uma impossibilidade: Sorensen não podia tê-lo feito, e ninguém melhor do que
Nicholas para saber disso. Assim, foi com certo espanto que se viu abordado por
dois policiais, quando nessa noite chegou à casa. Eles esperavam em um carro
diante do prédio e saíram assim que ele se aproximou.
- Não tem com que se preocupar, Sr. Hawthorne -
disse o mais velho deles, após apresentar-se como inspetor-detetive. - É apenas
uma questão de rotina. Talvez tenha lido sobre a morte da Sra. Winifred
Sorensen em seu jornal de hoje, não?
- Sim, li.
- Podemos entrar?
Eles o seguiram escada acima. O que estariam
querendo? Nicholas às vezes lia histórias de detetive e ocorreu-lhe que, talvez
a par de sua ligeira conexão com a Sorensen-McGill, os policiais pretendessem
interrogá-lo sobre coisas como o caráter de Sorensen e sua vida doméstica.
Sendo assim, então eles haviam encontrado a testemunha certa. Poderia
contar-lhes tudo. Poderia dizer-lhes por que a pobre Sra. Sorensen, ciumenta e
desconfiada como devia ser, enfiara na cabeça a idéia de entrar em seu carro e
deixar a residência da mãe, voltando para casa dois dias antes do esperado.
Certamente pretendia apanhar o marido em flagrante, e assim constataria sua
ausência ou talvez até o surpreendesse com aquela garota na casa do casal.
Apenas, ela nunca chegara à casa. Antes disso, algum maníaco lhe pedira uma
carona. Oh, sim, contaria a eles!
Os policiais sentaram-se, quando chegaram ao seu
quarto. Precisaram sentar-se na cama, porque ali só havia uma cadeira.
- Ficou estabelecido - disse o inspetor - que a Sra.
Sorensen foi morta entre vinte e vinte e duas horas da terça-feira.
Nicholas assentiu. Mal podia conter o excitamento.
Que choque levariam os policiais quando lhes falasse sobre a vida particular
daquele homem de negócios supostamente respeitável! Entretanto, uma fração de
segundo mais tarde ele ficava murcho e de olhos arregalados.
- Às vinte e uma horas daquela noite o Sr. Julius
Sorensen, marido da vítima, encontrava-se em um restaurante chamado Potters, em
High Street, Marylebone, na companhia de uma jovem. Ele nos prestou um
depoimento a respeito.
Então Sorensen tinha contado a eles! Havia
confessado! O desapontamento de Nicholas era profundo.
- Parece que, nessa hora, o senhor também estava no
restaurante, não?
- Oh, sim. Sim, eu estava - disse Nicholas, em um
murmúrio.
- E no dia seguinte o senhor foi aos escritórios da
Sorensen-McGill, onde teve uma entrevista com o Sr. Sorensen. Poderia, por
favor, dizer-me sobre o que conversaram?
- Foi sobre eu tê-lo visto no Potters, na noite
anterior. Ele queria que eu... Nicholas interrompeu-se. Ficou vermelho.
- Um momento apenas, senhor. Penso poder imaginar o
motivo de estar tão visivelmente pouco à vontade quanto a isto. Sem pretender
insultá-lo, posso dizer que é um homem ainda muito novo e que, freqüentemente,
os jovens ficam um tanto confusos no tocante a questões de lealdade. Estou
certo?
Agora aturdido, Nicholas assentiu.
- Seu dever é evidente. É dizer a verdade. Fará
isso?
- Sim, claro.
- Ótimo. O Sr. Sorensen tentou suborná-lo?
- Sim. - Nicholas respirou fundo. - Fiz uma promessa
a ele.
- Que deve ser tornada sem qualquer efeito, Sr.
Hawthorne. Deixe-me repetir. A Sra. Sorensen foi morta entre vinte e vinte e
duas horas. O Sr. Sorensen afirmou-nos que estava no Potters às vinte e uma
horas, no bar. O pessoal do bar não se lembra dele. E ele diz não saber qual o
sobrenome da moça que o acompanhava. Segundo nos disse, o senhor estava lá e o
viu. - O inspetor olhou para seu companheiro e depois para Nicholas outra vez.
- E então, Sr. Hawthorne? Este é um assunto da maior seriedade.
Nicholas entendia. O excitamento voltou a dominá-lo,
porém ele não permitiu que isso transparecesse. Os policiais perceberiam o
motivo de sua vacilação. Por fim, disse:
- Eu estive no Potters, de vinte horas até cerca de
vinte e uma e meia. - Cuidadosamente, ele se manteve apegado à exata verdade. -
O Sr. Sorensen e eu discutimos o fato de minha presença lá e de eu tê-lo visto
durante a entrevista que tivemos em seu escritório na quarta-feira, e ele...
ele pagou a conta do meu jantar.
- Estou entendendo. - Quão perspicazes eram os olhos
do inspetor! E quanto ele se imaginava entendido em juventude e idade,
sabedoria e ingenuidade, candura e corrupção! - Diga-me, então viu de fato o
Sr. Sorensen no Potters na noite de terça-feira?
- Não posso esquecer minha promessa - disse
Nicholas.
Claro que não poderia. Teria apenas que manter sua
promessa, e a polícia acusaria Sorensen de assassinato. Nicholas baixou os
olhos. Depois declarou, em voz culpada e perturbada:
- Eu não o vi. É claro que não o vi.
Tradução de Luísa Ibanez
RUTH RENDELL (1930-2015) REMEMBERED
It
was just five months ago that Ruth Rendell spoke on BBC Radio 4 to pay tribute
to PD James, who died last November. Rendell’s
recollections of a friend, crime-writing colleague and fellow parliamentarian
(they both sat in the House of Lords) turned out to be her final media
appearance. Now they have both gone, less than six months apart. May 3, 2015
Written by Andre
Ruth
Rendell ● A Simple Tribute
PF
prende ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil em nova fase da Lava
Jato
Aldemir Bendine pediu propina à frente das duas
instituições, segundo o MPF; advogado diz que detenção é
"desnecessária".
Por Adriana Justi e Fernando Castro, G1 PR e RPC,
Curitiba
27/07/2017 06h49
Polícia
Federal prendeu Aldemir Bendine em casa na Zona Sul de Sorocaba (Foto:
Reprodução/TV TEM )
PF
deflagra Operação Cobra e prende Aldemir Bendine
Também são alvo operadores financeiros suspeitos de
operacionalizarem o recebimento de R$ 3 milhões de reais em propinas pagas pela
Odebrecht em favor do ex-presidente da Petrobrás
Julia Affonso e Fausto Macedo
27 Julho 2017 | 07h21
O
nome da fase (COBRA) é uma referência ao codinome dado ao principal investigado
nas tabelas de pagamentos de propinas apreendidas no chamado Setor de Operações
Estruturadas do Grupo Odebrecht durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.
Polícia
Federal. Foto: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/
A Polícia Federal, por meio da Delegacia de Combate
a Corrupção e o Desvio Verbas Públicas – DELECOR/SR/PF/PR, deflagrou nesta
quinta-feira, 27, a Operação Cobra, 42ª fase da Lava Jato. O
ex-presidente da Petrobrás Aldemir Bendine foi preso.
Cobras
Cruzando em Itabira Minas Gerais
O
que é Propina:
Propina é o mesmo que suborno, ou seja, um
valor monetário pago ou recebido para que sejam praticados atos ilegais,
principalmente no âmbito da administração pública.
Mesmo a palavra propina não constando nos textos do
Código Penal Brasileiro, visto que este termo é considerado uma gíria, o seu
significado faz com que seja definido como um crime de corrupção ativa. O
artigo nº 333 do CP prevê o seguinte:
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a
funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de
ofício.
Ao receber a propina ou pagar mediante solicitação
feita pela outra parte, esta ação é categorizada com crime de corrupção
passiva, conforme previsto no artigo nº 317 do Código Penal:
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
vantagem.
Saiba qual a diferença entre corrupção ativa e corrupção passiva.
A origem da palavra propina está no termo
grego propinó / propinein, que representava o ato de pagar um
copo ou garrafa de bebida para a pessoa que apresentava bom rendimento em suas
funções, na Grécia Antiga.
No entanto, na língua portuguesa a palavra veio do
latim propinare que, durante a Idade Média, tinha o significado de
"pequena gratificação" ou "gorjeta".
A palavra propina tem outra acepção na língua
portuguesa europeia, principalmente a falada em Portugal. Naquele país, este
termo é referente ao valor que é pago pelo ano escolar, como se fossem
mensalidades do curso.
Saiba mais sobre o significado
de suborno.
Propina no Brasil
O pagamento de propina no âmbito da política é uma
prática muito corriqueira na realidade brasileira, infelizmente. Diversas
operações da Polícia Federal já comprovaram o envolvimento de vários partidos
políticos em casos de corrupção.
De acordo com relatos históricos, a prática do
pagamento de propinas como método ilícito para o enriquecimento através da
função pública é observada desde à chamada República Velha. Desde então a
corrupção se fixou no centro da política nacional como um "tumor",
afetando as mais diversas áreas da administração pública.
CRÔNICA
ANTAGONISTA: O dedo de Dilma na corrupção da Petrobras
TV 27.07.17 17:37
Assista à análise de Felipe Moura Brasil:
Nova
fase, Bendine?
TV 27.07.17 15:17
Ao apresentar o desastroso balanço da Petrobras de
2014, o então presidente da estatal, Aldemir Bendine, chegou a pedir desculpas
pelos erros cometidos e, no vídeo abaixo, prometeu uma nova fase "para
todo sempre".
O
RELATÓRIO DO MPF SOBRE A OPERAÇÃO COBRA
Brasil 27.07.17 12:37
Confira AQUI a íntegra do relatório do MPF
sobre a Operação Cobra, que prendeu Aldemir Bendine, presidente do Banco do
Brasil no governo Lula e presidente da Petrobras no governo Dilma.
Um petista de coração e bolso.
https://cdn.oantagonista.net/uploads%2F1501170025295-PETICAO+MPF.pdf
A
ÍNTEGRA DA OPERAÇÃO COBRA
Brasil 27.07.17 10:32
Confira AQUI a íntegra do despacho de Sérgio
Moro que autorizou a Operação Cobra e a prisão de Aldemir Bendine,
ex-presidente do BB e da Petrobras.
https://cdn.oantagonista.net/uploads%2F1501162457989-DECISAO+JF.pdf.pdf
Ao
vivo: Operação Cobra, 41ª fase da Lava Jato
TV 27.07.17 10:10
Coletiva da Operação Cobra, que prendeu Aldemir
Bendine:
Acordo
com a JBS causou dano à imagem da Lava Jato, diz procurador
O procurador Carlos Fernando Lima dos Santos Lima,
um dos coordenadores da força-tarefa da Lava Jato
Referências
https://baixarjogosparaandroid.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Palavras-Cruzadas.jpg
https://www.significados.com.br/suborno/
https://www.significados.com.br/corrupcao/
https://img1.ibxk.com.br/2013/8/materias/246363848213211.jpg?w=700
https://i2.wp.com/www.metodoselfhealing.com.br/wp-content/uploads/2012/03/imagesCAE1MM1P.jpg?w=147
https://www.tecmundo.com.br/android/42759-android-10-apps-que-vao-deixar-voce-mais-esperto.htm
http://www.metodoselfhealing.com.br/miopia-tem-cura/
file:///D:/Usu%C3%A1rio/Downloads/Os%20100%20Melhores%20Contos%20de%20Crime%20e%20Mist%C3%A9rio%20da%20Literatura%20Universal%20-%20Fl%C3%A1vio%20Moreira%20Da%20Costa.pdf
https://youtu.be/EJfWqxLAIrM
https://s2.glbimg.com/ypPFQ_rQLlOwnk1dHvSwb_LdP2w=/0x0:1334x750/1000x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/X/A/hAYSTiSmKZKJQ1BZMNrA/bendine2.png
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/pf-cumpre-mandados-da-42-fase-da-operacao-lava-jato.ghtml
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2017/03/pfvellosojoselucena.jpg
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/pf-deflagra-a-42o-fase-da-operacao-lava-jato/
https://youtu.be/D893-Lbo3Xg
https://www.significados.com.br/propina/
https://youtu.be/XKPAVIOSYiw
https://youtu.be/WbUY6I32k-o
https://cdn.oantagonista.net/uploads%2F1501170025295-PETICAO+MPF.pdf
https://cdn.oantagonista.net/uploads%2F1501162457989-DECISAO+JF.pdf.pdf
https://youtu.be/BetqVLIbPkc
http://f.i.uol.com.br/folha/tv/images/15343166.jpeg
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/07/1904986-acordo-com-a-jbs-causou-dano-a-imagem-da-lava-jato.shtml
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