quinta-feira, 27 de julho de 2017

. SUBORNO E CORRUPÇÃO

Operação Cobra



Sorensen havia pago o suborno para calar a boca de Nicholas, por não querer que se espalhasse a notícia de que estivera bebendo com uma moça, acarinhando uma jovem que não era sua esposa. Aquilo era suborno, o suborno que significa corrupção.



Tudo terminaria de modo bem diferente se ele não houvesse começado as palavras-cruzadas. "Doze, horizontal: Aliciamento para atos culpáveis, corrupção." (7 letras.) Hum, o B e o O já ocupavam as respectivas casas. Nicholas encontrou a resposta após alguns segundos. "Suborno." As letras encaixavam-se.

Significado de Suborno
O que é o Suborno:
Suborno é um ato ilícito que consiste na ação de induzir alguém a praticar determinado ato em troca de dinheiro, bens materiais ou outros benefícios particulares.
No âmbito do Direito, o suborno está tipificado como crime de corrupção no Código Penal Brasileiro, com penas que variam entre os 2 (dois) e 12 (doze) anos de reclusão, caso o suspeito seja condenado.
É considerado suborno qualquer oferecimento, pagamento ou promessa a uma autoridade pública, governante, funcionário público e demais profissionais em troca de favores feitos por estes que favoreça de modo particular o corruptor.
Exemplo: “Ele subornou o juiz para conseguir um alívio na sua pena”.
Em inglês, a palavra “suborno” pode ser traduzida para bribery ou bribe.



O que é Corrupção:
Corrupção é o efeito ou ato de corromper alguém ou algo, com a finalidade de obter vantagens em relação aos outros por meios considerados ilegais ou ilícitos.
Etimologicamente, o termo "corrupção" surgiu a partir do latim corruptus, que significa o "ato de quebrar aos pedaços", ou seja, decompor e deteriorar algo. 
A ação de corromper pode ser entendida também como o resultado de subornar, dando dinheiro ou presentes para alguém em troca de benefícios especiais de interesse próprio.
A corrupção é um meio ilegal de se conseguir algo, sendo considerada grave crime em alguns países. Normalmente, a prática da corrupção está relacionada com a baixa instrução política da sociedade, que muitas vezes compactua com os sistemas corruptos. 
A corrupção na política pode estar presente em todos os poderes do governo, como o Legislativo, Judiciário e Executivo. No entanto, a corrupção não existe apenas na política, mas também nas relações sociais humanas, como o trabalho, por exemplo. 



27/07/2017 13h57 - Atualizado em 27/07/2017 13h57
PF prende ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine
Os publicitários e irmãos Antonio e André Vieira da Silva também foram presos nesta que é a quadragésima segunda fase da Lava-Jato.
Dulcinéa Novaes Curitiba



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(Fonte da imagem: Tecmundo)






Cobra nas cruzadas

Miopia ou Medo



MIOPIA tem cura?


A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta (27) em Sorocaba, no interior de São Paulo, o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine. A suspeita é que ele tenha recebido propina quando comandava a petroleira. Os irmãos Antonio Carlos Vieira da Silva Junior e André Gustavo Vieira da Silva, sócios numa empresa de publicidade também foram presos nesta que é a quadragésima segunda fase da Lava-Jato.
Aldemir Bendine e André Gustavo foram citados nas delações da Odebrecht. Em junho, a pedido do Ministério Público Federal, o juiz Sergio Moro autorizou abertura de inquérito para que Bendine fosse investigado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Marcelo Odebrecht afirmou que foram pagos a Ademir Bendine R$ 3 milhões quando ele já comandava a Petrobras. Três remessas de dinheiro em espécie foram feitas pelo setor de propina da Odebrecht. Segundo as investigações, André Gustavo era o intermediador de propina de Bendine.
A Polícia Federal tinha informação de que Aldemir Bendine e André Gustavo estavam com viagem marcada para a Europa. André Gustavo foi preso quando já estava no portão de embarque do aeroporto do Recife indo para Portugal.
No despacho, que decretou a prisão temporária de Bendine, o juiz Sergio Moro afirma que o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil estava com passagem de ida comprada para Lisboa para embarcar amanhã (28). Não foi encontrada passagem de volta, o que segundo o juíz, indica a possibilidade de fuga.
Aldemir Bendine foi presidente do Banco do Brasil por quase seis anos no governo de Dilma Rousseff. Ele assumiu a presidência da Petrobras, em 2015, por indicação da ex-presidente Dilma Roussef. Na época, em entrevista à TV Globo, prometeu recuperar a estatal e disse que a empresa não andaria em marcha ré.
Ele  comandou a Petrobras até maio do ano passado. Pediu demissão logo depois do afastamento de Dilma Rousseff da presidência. O que espantou os procuradores foi o fato da pessoa indicada para recuperar a Petrobras estar recebendo propina mesmo com a operação Lava-Jato em andamento.
A operação desta quinta (27) é referente somente a corrupção na Petrobras. Mas o procurador também supostos pedido de propina de Bendine. Um de R$ 17 milhões à Odebrech quando era presidente do Banco do Brasil. E outro ao grupo J&F. Esses dois pedidos de propina não são investigado pela lava jato em Curitiba.                         

Outro lado
A defesa dos irmãos André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva se disse surpresa com as prisões e que ainda não teve acesso ao processo.
O advogado de Aldemir Bendine considerou a prisão arbitrária e desnecessária porque seu cliente se colocou à disposição para esclarecer os fatos e juntou ao inquérito seus dados fiscais e bancários, demonstrando a regularidade das atividades.
A defesa disse ainda que a passagem de volta de Lisboa já estava comprada para o dia 18 de agosto e que vai apresentar o documento.
Os acusados chegam ainda nesta quinta (27) à Curitiba. A equipe que prendeu Aldemir Bendine saiu numa viatura de Sorocaba, interior de São Paulo, por volta das 9h30 - são 360km até Curitiba. Já os dois irmãos presos em Recife, Andre e Antônio Vieira da Silva, estão vindo de avião e devem chegar a Curitiba no fim da tarde. Todos vão passar por exame de corpo de delito, um procedimento padrão, na sexta (28) de manhã.
Veja mais detalhes na reportagem do vídeo acima.

Suborno e Corrupção

RUTH RENDELL(1930 - | Inglaterra)

90.

O crítico do Boston Globe não deixa por menos: "A melhor escritora (escritor) de mistério em qualquer lugar do mundo de língua inglesa. "Autora de mais de 30 romances (dos quais apenas uns cinco ou seis saíram em português, dispersos em mais de uma editora) e de quatro livros de contos, reunidos em Collected Stories, seria uma excelente escritora, mesmo que não tivesse o epígono "de mistério". A maioria de escritores policiais é boa criadora de tipos (daí os detetives famosos), mas Rendell é mestra mesmo em criar atmosfera, dentro do melhor da literatura inglesa. (Sim, podem pensar em Jane Eyre e nas irmãs Bronte.) Ao mesmo tempo, com um olho para o lado escuro do ser humano: "Mortes violentas fascinam as pessoas", escreve ela no começo do romance The Bridesmaid.

Em Londres, todos aqueles que costumam jantar fora estão sabendo que o Potters de High Street, Marylebone, é o restaurante que mais caro cobra por sua comida. Nicholas Hawthorne em geral fazia refeições em seu quarto alugado ou numa churrascaria, de maneira que foi iludido por aquele nome de modesta sonoridade. Quando Annabel lhe disse "Vamos ao Potters", ele concordou alegremente.

Aquela era a primeira vez que a levava para comer fora. Miúda e atraente, Annabel pouco mais teria a dizer sobre si mesma. Em seu rosto pequenino, os olhos pareciam enormes e suplicantes - um rosto de raposa voadora {17} pensava Nicholas. Ela sugeriu que tomassem um táxi até o Potters "porque é difícil achá- lo". Quando Nicholas viu que se tratava de um grande prédio, erguido bem na metade da High Street, considerou que não seria mais difícil achá-lo a pé do que de táxi, porém nada comentou.

Já começava a perguntar-se o quanto iria custar-lhe tal jantar. O Potters era um espaçoso e imponente restaurante. Suas janelas apresentavam aquelas vidraças muito límpidas, mas ligeiramente empenadas, falando de vetustez, ao passo que as portas de escura madeira avermelhada davam a impressão de que haviam sido polidas diariamente durante cinqüenta anos. Com as cortinas cerradas, impedindo a visão do interior, era como se estivessem aproximando-se de alguma residência particular, talvez a morada de algum ricaço.

Logo após a entrada havia um bar, no qual três casais ocupavam cadeiras de couro preto. Um garçom incumbiu-se do casaco de Annabel, e eles foram conduzidos a uma mesa no restaurante. Embora jovem, Nicholas era perceptivo. Esperava que sua companheira se sentisse tão deslocada e intimidada naquele lugar como ocorria com ele, porém a jovem parecia ter-se livrado da timidez juntamente com o casaco. E quando os garçons aproximaram-se com cardápios e a lista de vinhos, ela imprudentemente anunciou que começaria por um Pernod.

Quanto custaria tudo aquilo? Nicholas examinou os preços, angustiado, embora grato por ter consigo seu recém-adquirido cartão de crédito. Gaste agora e pague depois - mas, oh, céus!, sempre teria que pagar...

Annabel escolheu aspargos como primeiro prato e galo silvestre grelhado como segundo. O galo era o item mais caro do cardápio. Nicholas pediu sopa de legumes e costeletas de porco. Perguntou se ela preferia vinho tinto ou branco, mas Anabel respondeu que sendo uma garrafa apenas insuficiente, por que não terem uma de cada?

Ela não disse palavra enquanto comiam. Nicholas recordou haver lido um poema em que o poeta assombrava-se com a cabeça pequena de um professor, que podia conter tudo quanto ele sabia. Nicholas perguntou-se como um corpo pequeno podia conter tudo quanto Annabel comia. Ela devorou batatas coradas com o galo, seguindo-se feijões-de-espanha e repolho vermelho. Quando ouviu o garçom recomendar alcachofras recheadas aos comensais da mesa vizinha, decidiu que também provaria um pouco. Nicholas rezou para que ela não quisesse mais nada. Entretanto, aquele garçom bajulador e insinuante tinha que aparecer empurrando o carrinho das sobremesas!

- Temos morangos frescos, madame.

- Em novembro? - exclamou Annabel, rompendo seu silêncio. - Que fantástico!

Naturalmente que ia querê-los. Sorvendo o sedimento de seu vinho, Nicholas observou-a comendo os morangos com creme e depois pedir uma fatia de torta de chocolate. Ele quis café. Madame e o senhor não desejariam um licor? Nicholas abanou a cabeça com veemência. Annabel declarou que beberia um chartreuse verde. Nicholas sabia ser este o rei dos licores - e, necessariamente, o mais caro.

A essa altura, sentia-se tão aterrorizado ante a perspectiva da conta e tão repug-nado com a concentrada glutonaria de Annabel, que era urgente afastar-se dela por um momento. Estava claro que só saíra com ele para empanturrar-se, para beber até o estupor. Escusando-se, Nicholas começou a caminhar na direção do lavatório dos homens.

Para chegar lá, precisaria passar junto a uma extremidade do bar. O local ainda estava meio vazio, porém naquela última hora - agora já eram nove - chegara outro casal, que ocupava uma mesa no centro do recinto. O homem era de meia-idade, com bastos cabelos prateados e o rosto de pele ligeiramente amorenada e lisa. Tinha o braço direito passado pelo ombro da companheira, uma lourinha muito jovem e muito bonita, em cujo ouvido sussurrava algo. Nicholas reconheceu-o prontamente como o diretor da companhia onde seu pai havia sido gerente de vendas até dois anos atrás, quando então fora demitido sob um capcioso pretexto. A companhia era a Sorensen-McGill e o homem de cabelos prateados chamava-se Julius Sorensen.

Nicholas odiava esse homem, com todo o fervor do jovem leal a um pai muito amado. Entretanto, sendo ainda muito novo, estava fora do seu alcance prejudicar Sorensen de algum modo. Murmurou um gélido boa-noite e mergulhou para o toalete dos homens, onde revirou os bolsos pelo avesso, contou as notas em sua carteira e tentou calcular o que já devia à firma do cartão de crédito. Se preciso, pediria algo emprestado ao pai, embora detestando a idéia, já que ele vivia com um modesto rendimento desde que o animal do Sorensen o demitira. Fazer um empréstimo com o pai, tentar adiar o pagamento do aluguel por um mês, caso fosse possível, diminuir os cigarros, talvez até parar de fumar...

Quando saiu dali, sentindo-se quase nauseado, Sorensen e a garota não estavam tão agarrados como antes. Os dois não olharam para ele e Nicholas, por sua vez, virou o rosto para o outro lado. Annabel estava em seu segundo chartreuse verde e devorando petit-fours. Ele achara que o rosto dela assemelhava-se ao de uma raposa voadora, mas recordava agora que raposa voadora é apenas um nome interessante para um morcego que se alimenta de frutas. Comendo uma laranja de marzipan, Annabel tinha, decididamente, a aparência de um rapace e pequeno morcego frugívoro. Além do mais, estava bastante tonta.

- Tudo está parecendo tão esquisito e sonolento - queixou-se ela. - Talvez eu esteja com um daqueles vírus. Quer pagar a conta?

Nicholas demorou bastante tempo a ser notado pelo garçom. E quando o homem meramente chegou até eles com o bule do café, admirou-se de sua própria firmeza.

- A conta, por favor - disse, no tom de quem declara à autoridade máxima que quem está prestes a morrer a saúda.

O garçom estava de volta em meio minuto. Nicholas poderia fazer a gentileza de acompanhá-lo, a fim de falar ao maitre d'hôter? Nicholas assentiu, confuso. O que tinha acontecido? O que fizera de errado? Annabel descambara para trás em sua cadeira, tinha os olhos enormes semicerrados e algo alaranjado escorrendolhe pelo canto da boca. Certamente eles lhe diriam que a tirasse dali, que ela desmoralizava a casa, que nunca mais voltasse lá. Seguiu o garçom, de punhos crispados.

Um homem corpulento, com o bico e a plumagem de um pingüim-rei, comunicou-lhe:

- Sua conta já está paga, senhor. Nicholas ficou olhando fixamente para ele.

- Não sei do que está falando!

- Seu pai a pagou, senhor. Foram estas as minhas instruções: dizer-lhe que seu pai pagou sua conta.

O alívio foi indescritível. Nicholas teve a sensação de crescer novamente, de ficar livre e leve. Era como se alguém o tivesse presenteado com... bem, quanto teria sido? Sessenta libras? Setenta? E ele compreendeu em seguida. Sorensen pagara sua conta, dizendo-se seu pai. Como compensação pelo que havia feito, demitindo seu pai, era uma ínfima migalha. Tinha pago sessenta libras para mostrar boa vontade, para mostrar que, embora em pequena escala, desejava compensar a injustiça.

Jactancioso, desenvolto e altaneiro, Nicholas disse:

- Chamem um táxi para mim, por favor.

Feito isto, retornou à mesa e, com ares de grande importância, despertou Annabel com algumas sacudidelas.

Sua euforia durou quase uma hora, bem depois de ter empurrado a sonolenta Annabel pela entrada do prédio onde ela morava, e então subir a escada para o quarto mobiliado que tinha alugado, onde acomodou-se para decifrar as palavras-cruzadas do jornal da noite. Tudo terminaria de modo bem diferente se ele não houvesse começado as palavras-cruzadas. "Doze, horizontal: Aliciamento para atos culpáveis, corrupção." (7 letras.) Hum, o B e o O já ocupavam as respectivas casas. Nicholas encontrou a resposta após alguns segundos. "Suborno." As letras encaixavam-se.

Baixando o jornal, ele fitou a parede fronteira. Aliciamento para atos culpáveis, corrupção. Como poderia ter sido tão tolo, tão ingênuo, para supor que um homem como Sorensen se preocuparia com injustiças, recordaria uma demissão errônea ou acreditaria, mesmo por um só instante, que pudesse ter agido erradamente? É claro que Sorensen não tentara nenhuma compensação, é claro que não pagara aquela conta por gentileza e remorso. Ele a pagara como um suborno.

Sorensen havia pago o suborno para calar a boca de Nicholas, por não querer que se espalhasse a notícia de que estivera bebendo com uma moça, acarinhando uma jovem que não era sua esposa. Aquilo era suborno, o suborno que significa corrupção.
Certa vez, coisa de três anos antes, Nicholas acompanhara os pais a uma festa que Sorensen dera a seus funcionários e na qual a Sra. Sorensen tinha sido a anfitriã. Podia recordá-Ia como uma mulher tímida e pequenina, com cerca de uns quarenta e cinco anos, o que para Nicholas era a velhice. Sorensen havia pago aquela nota por não querer que a esposa descobrisse que ele tinha uma namorada, jovem suficiente para ser sua filha.

Sorensen o comprara, pensou Nicholas, ele o subornara e corrompera - ou tentara fazê-lo, porque não teria êxito em seu intento. Ele não ia ficar pensando que podia chutar a família Hawthorne de um lado para outro. Nunca mais. Uma vez fora o bastante!

Tinha sido agradável pensar que, afinal de contas, não precisara gastar mais de meia semana de salário com aquela garota horrível, porém a honra era mais importante. Sem dúvida, honra significava sacrificar coisas materiais por um princípio. Nicholas teve uma noite ruim, porque acordava a todo momento e pensava no monte de coisas materiais que precisaria dispensar durante algumas semanas seguintes, em benefício de sua honra. Não obstante, pela manhã sua resolução estava firme. Certificando-se de que tinha consigo o talão de cheques, saiu para o trabalho.

Passaram-se várias horas antes que reunisse coragem suficiente a fim de telefonar para a Sorensen-McGill. O que faria se Sorensen não quisesse recebê- lo? Se ao menos dispusesse de uma gorda conta bancária de quinhentas libras, num arroubo exemplar poderia enviar um cheque em branco a Sorensen, acompanhado de uma carta lacônica e desdenhosa.

A telefonista que costumava atender, naqueles dias em que às vezes ele ligava para o pai, também atendeu agora.

- Sorensen-McGill. Em que posso ajudá-lo?

Em voz um tanto rouca, Nicholas perguntou se era possível uma entrevista com o Sr. Sorensen nesse dia, para um caso urgente. A telefonista transferiu a ligação para a secretária de Sorensen. Houve uma pausa. Soaram campainhas e interruptores clicaram. A jovem retornou ao fone, e Nicholas ficou certo de que receberia uma negativa.

- O Sr. Sorensen deseja saber se uma da tarde lhe conviria.

Em sua hora de almoço? É claro que sim. Entretanto, o que teria induzido Sorensen a sacrificar um daqueles caros almoços, apenas para vê-lo? Nicholas partiu para Berkeley Square perguntando-se o que, afinal, teria deixado o homem tão disposto a recebê-lo. Uma vozinha interior, fraca e esperançosa, começou novamente a enumerar-lhe aqueles argumentos que, na noite anterior, haviam sido tão decididamente rejeitados pela voz do senso comum.

Talvez Sorensen realmente estivesse bem-intencionado e ao ver Nicholas lhe dissesse que o pagamento da conta não fora um suborno, mas uma forma de presentear o filho de um valioso empregado de tempos atrás. A bela jovem bem poderia ser de fato filha dele. Nicholas ignorava se o homem tinha filhos. Era possível que houvesse uma filha. Então, não haveria corrupção, nenhum menosprezo de sua honra, nenhuma necessidade de desistir dos cigarros ou de humilhar-se perante o senhorio.

Eles o conheciam na Sorensen-McGill. Nicholas estivera lá com seu pai e, por outro lado, parecia-se com ele. Aquela lourinha não mostrava a menor semelhança com Sorensen. Uma secretária conduziu-o à sala do diretor. Sorensen estava sentado em uma poltrona de couro amarelo, atrás de uma mesa de pau-rosa, o topo incrustado de couro amarelo. Na parede atrás dele havia murais no estilo de Modigliani e em cima da mesa um cinzeiro de jade verdeescuro, transbordando de pontas de cigarro, que a secretária substituiu por outro, de jade verde-pálido.

- Olá, Nicholas - disse Sorensen. Ele não sorriu. - Sente-se.

O único outro assento na sala era um daqueles negócios hitech de tiras bambas de couro, presas a uma estrutura metálica. A seu lado havia uma mesinha baixa de vidro escuro, com bordas estofadas em couro preto. Em cima da superfície de vidro jazia uma revista, aberta nas páginas centrais e mostrando uma jovem nua. Há pessoas que sabem como deixar outras à vontade, como existem aquelas que as deixam em dificuldades. Nicholas sentou-se, ou melhor, afundou - até oito centímetros do chão.

Sorensen acendeu um cigarro. Não ofereceu a caixa. Olhando para Nicholas, meneou a cabeça lentamente. Por fim, disse:

- Eu já devia esperar por isto.

Nicholas abriu a boca para falar, mas Sorensen ergueu a mão.

- Não, você poderá falar daqui a um minuto. - Seu tom ficou frio e brusco. - A jovem que viu comigo ontem à noite era alguém - acho que não preciso entrar em maiores detalhes - que fiquei conhecendo em um bar. Nunca a tinha visto antes e nunca mais vou tornar a vê-Ia. Não é uma namorada ou amante, em qualquer sentido das palavras. Um momento - disse ele, quando Nicholas tentou interromper novamente. - Deixe-me terminar. Minha esposa não é uma mulher saudável. Sofreria muito se soubesse onde estive esta noite e com quem. Imagino que tornasse a ficar muito mal de novo. Eu me refiro, é claro, a uma doença mental, um problema emocional, mas...

Ele sugou o cigarro com força.

- Acontece que, ainda assim e sejam quais forem as conseqüências, em hipótese alguma admito uma chantagem comigo. Fui bem claro? Paguei ontem o seu jantar, e foi só. Não gostaria que contasse para minha esposa o que viu, mas se quiser pode contar-lhe, pode tornar pública para o mundo inteiro, antes que eu lhe pague um só penny!

À palavra chantagem, o coração de Nicholas disparou. O sangue afluiu-lhe ao rosto. Tinha ido ali para vingar sua honra, mas seu motivo fora perversamente mal-interpretado. Em voz sufocada, gaguejou :

- O senhor não tem o direito... Não foi isso... Por que está me dizendo tais coisas?

- Não é uma palavra agradável, concorda? Entretanto, usar outra qualquer com o mesmo sentido seria pura questão de semântica. Você veio aqui pedir mais, não foi?

Nicholas ficou em pé bruscamente.

- Eu vim aqui devolver o seu dinheiro!

- Aah! - Foi um som estranho, o emitido por Sorensen, um som familiar e polido, mas ao mesmo tempo cínico e inquisitivo. Ele esmagou o cigarro no cinzeiro.

- Entendo. A juventude é moralista. A inexperiência é puritana. Irá contar a ela de qualquer modo, porque você não pode ser comprado, acertei?

- Sim, eu não posso ser comprado! - Nicholas tremia. Apoiou as mãos abertas na mesa de Sorensen, mas elas continuavam trêmu las. - Jamais contarei a alguém o que vi, eu lhe prometo. Entretanto, não posso permitir que pague o meu jantar. .. e que finja ser meu pai!

As lágrimas lhe ardiam por trás dos olhos.

- Oh, sente-se, sente-se. Se não está tentando fazer chantagem comigo e se seus lábios estão selados, raios, o que veio fazer aqui? Uma visita social? Um papinho de homem para homem sobre as damas com que saímos esta noíte? Como sabe, sua família não desfruta exatamente da minha predileção.

Nicholas recuou ligeiramente. Sentia o poder do homem. Era o poder do dinheiro e o poder conquistado por sempre haver tido dinheiro. Havia algo que nunca antes percebera em Sorensen, mas que captava agora. Aquele homem parecia feito de metal, a pele de cobre, os cabelos de prata, o terno de estanho. Então, a névoa em seus olhos impediu que ele visse qualquer coisa além de um borrão.

- De quanto foi a minha conta? - conseguiu perguntar.

- Oh, pelo amor de Deus!

- De quanto?
- Sessenta e sete libras - disse Sorensen -, mais ou menos alguns quebrados. Sorensen parecia divertir-se, mas para Nicholas aquilo era uma pequena fortuna.

Pegando seu talão de cheques, preencheu-o em favor de J. Sorensen e o estendeu através da mesa.
- Aí tem o seu dinheiro - falou -, mas não precisa preocupar-se. Não direi a ninguém o que vi. Prometo.
Pronunciar aquelas palavras fazia com que se sentisse nobre, heróico. As lágrimas ameaçadoras recuaram. Sorensen olhou para o cheque e o rasgou em dois.

- Você é um rapaz muito maçante. Não o quero em meu escritório. Saia.

Nicholas saiu. Deixou o prédio de cabeça erguida. Ainda pensava em enviar outro cheque para Sorensen quando, duas manhãs depois, ao ler o jornal no trem, seus olhos captaram o odiado nome. Inicialmente, não pensou que o artigo dissesse respeito ao "seu" Sorensen - mas então viu que dizia. A manchete anunciava: "Mulher Encontrada Morta na Floresta. Assassinada Esposa de Magnata."

0 cadáver de uma mulher, relatavam as linhas abaixo, foi encontrado esta noite em um carro abandonado na Floresta Hatfield, em Hertfordshire. Ela havia sido estrangulada. A mulher foi identificada hoje como a Sra. Winifred Sorensen, de 45 anos, residente em Eaton Place, Belgravia. Era esposa de Julius Sorensen, presidente da Sorensen-McGill, companhia fabricante de equipamentos para escritórios. A Sra. Sorensen havia estado em casa de sua mãe, Sra. Mary Clif ord, em Much Hadham. Disse a Sra. Clif ord: "Minha filha pretendia ficar comigo mais uns dois dias. Foi uma surpresa para mim quando ela disse que voltaria de carro para sua casa em Londres, na noite de terça-feira." "Eu não esperava que minha mulher voltasse para casa na terça-feira", declarou o Sr. Sorensen. "Só quando telefonei ontem para lá fiquei sabendo que ela houvera deixado a casa da mãe. Ao ser informado de seu desaparecimento, comuniquei o fato imediatamente à polícia." A Polícia está investigando o caso como assassinato.

"Pobre mulher!", pensou Nicholas. Enquanto ela dirigia seu carro para casa, ao encontro do marido, talvez sentindo falta dele, precisando de sua companhia e de seu apoio, o homem entretinha-se com uma garota que encontrara em um bar, alguém cujo nome nem mesmo sabia. Certamente, agora devia estar atormentado pelo remorso. O contraste não podia ser mais chocante: Sorensen de rosto colado com a moça, bebendo juntos, mais tarde talvez dormindo com ela, enquanto sua esposa, sozinha, lutava com um atacante, em local isolado e escuro.

Nicholas pensou que para ele não seria surpresa se o próprio Sorensen tivesse feito aquilo. Nada que aquele homem fizesse o teria surpreendido, pois era um tipo capaz de qualquer iniqüidade. Somente aqui havia uma impossibilidade: Sorensen não podia tê-lo feito, e ninguém melhor do que Nicholas para saber disso. Assim, foi com certo espanto que se viu abordado por dois policiais, quando nessa noite chegou à casa. Eles esperavam em um carro diante do prédio e saíram assim que ele se aproximou.

- Não tem com que se preocupar, Sr. Hawthorne - disse o mais velho deles, após apresentar-se como inspetor-detetive. - É apenas uma questão de rotina. Talvez tenha lido sobre a morte da Sra. Winifred Sorensen em seu jornal de hoje, não?

- Sim, li.

- Podemos entrar?

Eles o seguiram escada acima. O que estariam querendo? Nicholas às vezes lia histórias de detetive e ocorreu-lhe que, talvez a par de sua ligeira conexão com a Sorensen-McGill, os policiais pretendessem interrogá-lo sobre coisas como o caráter de Sorensen e sua vida doméstica. Sendo assim, então eles haviam encontrado a testemunha certa. Poderia contar-lhes tudo. Poderia dizer-lhes por que a pobre Sra. Sorensen, ciumenta e desconfiada como devia ser, enfiara na cabeça a idéia de entrar em seu carro e deixar a residência da mãe, voltando para casa dois dias antes do esperado. Certamente pretendia apanhar o marido em flagrante, e assim constataria sua ausência ou talvez até o surpreendesse com aquela garota na casa do casal. Apenas, ela nunca chegara à casa. Antes disso, algum maníaco lhe pedira uma carona. Oh, sim, contaria a eles!

Os policiais sentaram-se, quando chegaram ao seu quarto. Precisaram sentar-se na cama, porque ali só havia uma cadeira.

- Ficou estabelecido - disse o inspetor - que a Sra. Sorensen foi morta entre vinte e vinte e duas horas da terça-feira.

Nicholas assentiu. Mal podia conter o excitamento. Que choque levariam os policiais quando lhes falasse sobre a vida particular daquele homem de negócios supostamente respeitável! Entretanto, uma fração de segundo mais tarde ele ficava murcho e de olhos arregalados.

- Às vinte e uma horas daquela noite o Sr. Julius Sorensen, marido da vítima, encontrava-se em um restaurante chamado Potters, em High Street, Marylebone, na companhia de uma jovem. Ele nos prestou um depoimento a respeito.

Então Sorensen tinha contado a eles! Havia confessado! O desapontamento de Nicholas era profundo.

- Parece que, nessa hora, o senhor também estava no restaurante, não?

- Oh, sim. Sim, eu estava - disse Nicholas, em um murmúrio.

- E no dia seguinte o senhor foi aos escritórios da Sorensen-McGill, onde teve uma entrevista com o Sr. Sorensen. Poderia, por favor, dizer-me sobre o que conversaram?

- Foi sobre eu tê-lo visto no Potters, na noite anterior. Ele queria que eu... Nicholas interrompeu-se. Ficou vermelho.

- Um momento apenas, senhor. Penso poder imaginar o motivo de estar tão visivelmente pouco à vontade quanto a isto. Sem pretender insultá-lo, posso dizer que é um homem ainda muito novo e que, freqüentemente, os jovens ficam um tanto confusos no tocante a questões de lealdade. Estou certo?

Agora aturdido, Nicholas assentiu.

- Seu dever é evidente. É dizer a verdade. Fará isso?

- Sim, claro.

- Ótimo. O Sr. Sorensen tentou suborná-lo?

- Sim. - Nicholas respirou fundo. - Fiz uma promessa a ele.

- Que deve ser tornada sem qualquer efeito, Sr. Hawthorne. Deixe-me repetir. A Sra. Sorensen foi morta entre vinte e vinte e duas horas. O Sr. Sorensen afirmou-nos que estava no Potters às vinte e uma horas, no bar. O pessoal do bar não se lembra dele. E ele diz não saber qual o sobrenome da moça que o acompanhava. Segundo nos disse, o senhor estava lá e o viu. - O inspetor olhou para seu companheiro e depois para Nicholas outra vez. - E então, Sr. Hawthorne? Este é um assunto da maior seriedade.

Nicholas entendia. O excitamento voltou a dominá-lo, porém ele não permitiu que isso transparecesse. Os policiais perceberiam o motivo de sua vacilação. Por fim, disse:

- Eu estive no Potters, de vinte horas até cerca de vinte e uma e meia. - Cuidadosamente, ele se manteve apegado à exata verdade. - O Sr. Sorensen e eu discutimos o fato de minha presença lá e de eu tê-lo visto durante a entrevista que tivemos em seu escritório na quarta-feira, e ele... ele pagou a conta do meu jantar.

- Estou entendendo. - Quão perspicazes eram os olhos do inspetor! E quanto ele se imaginava entendido em juventude e idade, sabedoria e ingenuidade, candura e corrupção! - Diga-me, então viu de fato o Sr. Sorensen no Potters na noite de terça-feira?

- Não posso esquecer minha promessa - disse Nicholas.

Claro que não poderia. Teria apenas que manter sua promessa, e a polícia acusaria Sorensen de assassinato. Nicholas baixou os olhos. Depois declarou, em voz culpada e perturbada:

- Eu não o vi. É claro que não o vi.

Tradução de Luísa Ibanez



RUTH RENDELL (1930-2015) REMEMBERED


It was just five months ago that Ruth Rendell spoke on BBC Radio 4 to pay tribute to PD James, who died last November. Rendell’s recollections of a friend, crime-writing colleague and fellow parliamentarian (they both sat in the House of Lords) turned out to be her final media appearance. Now they have both gone, less than six months apart.  May 3, 2015
Written by Andre


Ruth Rendell ● A Simple Tribute


PF prende ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil em nova fase da Lava Jato
Aldemir Bendine pediu propina à frente das duas instituições, segundo o MPF; advogado diz que detenção é "desnecessária".

Por Adriana Justi e Fernando Castro, G1 PR e RPC, Curitiba
27/07/2017 06h49


Polícia Federal prendeu Aldemir Bendine em casa na Zona Sul de Sorocaba (Foto: Reprodução/TV TEM )



PF deflagra Operação Cobra e prende Aldemir Bendine
Também são alvo operadores financeiros suspeitos de operacionalizarem o recebimento de R$ 3 milhões de reais em propinas pagas pela Odebrecht em favor do ex-presidente da Petrobrás
Julia Affonso e Fausto Macedo
27 Julho 2017 | 07h21

O nome da fase (COBRA) é uma referência ao codinome dado ao principal investigado nas tabelas de pagamentos de propinas apreendidas no chamado Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.



Polícia Federal. Foto: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/
A Polícia Federal, por meio da Delegacia de Combate a Corrupção e o Desvio Verbas Públicas – DELECOR/SR/PF/PR, deflagrou nesta quinta-feira, 27, a Operação Cobra, 42ª fase da Lava Jato. O ex-presidente da Petrobrás Aldemir Bendine foi preso.




Cobras Cruzando em Itabira Minas Gerais

O que é Propina:
Propina é o mesmo que suborno, ou seja, um valor monetário pago ou recebido para que sejam praticados atos ilegais, principalmente no âmbito da administração pública.
Mesmo a palavra propina não constando nos textos do Código Penal Brasileiro, visto que este termo é considerado uma gíria, o seu significado faz com que seja definido como um crime de corrupção ativa. O artigo nº 333 do CP prevê o seguinte:
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.
Ao receber a propina ou pagar mediante solicitação feita pela outra parte, esta ação é categorizada com crime de corrupção passiva, conforme previsto no artigo nº 317 do Código Penal:
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
Saiba qual a diferença entre corrupção ativa e corrupção passiva.
A origem da palavra propina está no termo grego propinó / propinein, que representava o ato de pagar um copo ou garrafa de bebida para a pessoa que apresentava bom rendimento em suas funções, na Grécia Antiga. 
No entanto, na língua portuguesa a palavra veio do latim propinare que, durante a Idade Média, tinha o significado de "pequena gratificação" ou "gorjeta".
A palavra propina tem outra acepção na língua portuguesa europeia, principalmente a falada em Portugal. Naquele país, este termo é referente ao valor que é pago pelo ano escolar, como se fossem mensalidades do curso.
Saiba mais sobre o significado de suborno.
Propina no Brasil
O pagamento de propina no âmbito da política é uma prática muito corriqueira na realidade brasileira, infelizmente. Diversas operações da Polícia Federal já comprovaram o envolvimento de vários partidos políticos em casos de corrupção.
De acordo com relatos históricos, a prática do pagamento de propinas como método ilícito para o enriquecimento através da função pública é observada desde à chamada República Velha. Desde então a corrupção se fixou no centro da política nacional como um "tumor", afetando as mais diversas áreas da administração pública.



CRÔNICA ANTAGONISTA: O dedo de Dilma na corrupção da Petrobras
TV 27.07.17 17:37
Assista à análise de Felipe Moura Brasil:



Nova fase, Bendine?
TV 27.07.17 15:17
Ao apresentar o desastroso balanço da Petrobras de 2014, o então presidente da estatal, Aldemir Bendine, chegou a pedir desculpas pelos erros cometidos e, no vídeo abaixo, prometeu uma nova fase "para todo sempre".



O RELATÓRIO DO MPF SOBRE A OPERAÇÃO COBRA
Brasil 27.07.17 12:37
Confira AQUI a íntegra do relatório do MPF sobre a Operação Cobra, que prendeu Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil no governo Lula e presidente da Petrobras no governo Dilma.
Um petista de coração e bolso.


https://cdn.oantagonista.net/uploads%2F1501170025295-PETICAO+MPF.pdf

A ÍNTEGRA DA OPERAÇÃO COBRA
Brasil 27.07.17 10:32
Confira AQUI a íntegra do despacho de Sérgio Moro que autorizou a Operação Cobra e a prisão de Aldemir Bendine, ex-presidente do BB e da Petrobras.

https://cdn.oantagonista.net/uploads%2F1501162457989-DECISAO+JF.pdf.pdf

Ao vivo: Operação Cobra, 41ª fase da Lava Jato
TV 27.07.17 10:10
Coletiva da Operação Cobra, que prendeu Aldemir Bendine:




Acordo com a JBS causou dano à imagem da Lava Jato, diz procurador


O procurador Carlos Fernando Lima dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa da Lava Jato




Referências

https://baixarjogosparaandroid.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Palavras-Cruzadas.jpg
https://www.significados.com.br/suborno/
https://www.significados.com.br/corrupcao/
https://img1.ibxk.com.br/2013/8/materias/246363848213211.jpg?w=700
https://i2.wp.com/www.metodoselfhealing.com.br/wp-content/uploads/2012/03/imagesCAE1MM1P.jpg?w=147
https://www.tecmundo.com.br/android/42759-android-10-apps-que-vao-deixar-voce-mais-esperto.htm
http://www.metodoselfhealing.com.br/miopia-tem-cura/
file:///D:/Usu%C3%A1rio/Downloads/Os%20100%20Melhores%20Contos%20de%20Crime%20e%20Mist%C3%A9rio%20da%20Literatura%20Universal%20-%20Fl%C3%A1vio%20Moreira%20Da%20Costa.pdf
https://youtu.be/EJfWqxLAIrM
https://s2.glbimg.com/ypPFQ_rQLlOwnk1dHvSwb_LdP2w=/0x0:1334x750/1000x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/X/A/hAYSTiSmKZKJQ1BZMNrA/bendine2.png
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/pf-cumpre-mandados-da-42-fase-da-operacao-lava-jato.ghtml
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2017/03/pfvellosojoselucena.jpg
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/pf-deflagra-a-42o-fase-da-operacao-lava-jato/
https://youtu.be/D893-Lbo3Xg
https://www.significados.com.br/propina/
https://youtu.be/XKPAVIOSYiw
https://youtu.be/WbUY6I32k-o
https://cdn.oantagonista.net/uploads%2F1501170025295-PETICAO+MPF.pdf
https://cdn.oantagonista.net/uploads%2F1501162457989-DECISAO+JF.pdf.pdf
https://youtu.be/BetqVLIbPkc
http://f.i.uol.com.br/folha/tv/images/15343166.jpeg
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/07/1904986-acordo-com-a-jbs-causou-dano-a-imagem-da-lava-jato.shtml










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