Por
decisão de Moro, Banco Central bloqueia R$ 606 mil de Lula
“Era
o dinheiro que agora o preocupava; e a maneira era descobrir as chaves...”
Moro também mandou confiscar três apartamentos, um
terreno e dois veículos do petista
Por Valéria Bretas access_time 19 jul 2017, 19h15 -
Publicado em 19 jul 2017, 14h12 more_horiz
Ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia em Brasília
Ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (Ueslei Marcelino/Reuters)
São Paulo – Nesta quarta-feira (19), por ordem do
juiz federal Sergio Moro, o Banco Central bloqueou R$ 606 mil do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
O dinheiro estava depositado em quatro contas
bancárias do petista: R$ 397.636,09 (Banco do Brasil); R$ 123.831,05 (Caixa
Econômica Federal); R$ 63.702,54 (Bradesco) e R$ 21.557,44 (Itaú). Moro também
confiscou três apartamentos e um terreno, todos os imóveis em São Bernardo do
Campo, no ABC paulista, e também dois veículos.
No último dia 12 de julho, Lula foi condenado por
Moro a nove anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção
passiva no caso do tríplex do Guarujá, investigado no âmbito da Operação Lava
Jato.
Em sua sentença, o juiz estabeleceu multa total de
R$ 16 milhões ao ex-presidente que, segundo a denúncia, teriam sido depositados
como propina na conta bancária compartilhada entre o PT e a OAS
Empreendimentos.
“Neste processo, pleiteia o sequestro de bens do
ex-presidente para recuperação do produto do crime e o arresto dos mesmos bens
para garantir a reparação do dano”, escreveu Moro na decisão. “Afinal, não foi
possível rastrear o restante da propina paga em decorrência do acerto de
corrupção na Petrobras, sendo possível que tenha sido utilizada para financiar
ilicitamente campanhas eleitorais e em decorrência sido consumida”.
Segundo o juiz, os bens do petista devem ser
confiscados até que se atinja o valor de R$ 16 milhões. “Como já decretado o
sequestro e o confisco do apartamento, o valor correspondente deve ser
descontado dos dezesseis milhões, restando R$ 13.747.528,00”, afirmou Moro.
Com
a palavra, o PT:
“Depois de condenar o ex-presidente Lula sem provas,
de propagar mentiras e contradizer sua própria sentença, o juiz Sergio Moro
decidiu agora vingar-se de um inocente. Ao bloquear os bens de Lula, em decisão
revelada hoje (19/07), Moro decretou uma pena de asfixia econômica que priva o
ex-presidente de sua casa, dos meios para subsistir e até para se defender das
falsas acusações.
Foi uma decisão mesquinha, tramada em segredo ao
longo de 9 meses com a Força Tarefa de Curitiba, e concluída após a forte
reação da sociedade e do mundo jurídico à sentença injusta no caso do tríplex.
É um caso típico de retaliação, de quem se vale da cumplicidade com a Rede
Globo para cometer todo tipo de arbitrariedades contra o maior líder popular do
País.
A cada decisão que profere, Moro escancara as
contradições do processo do tríplex. Ele condenou Lula por ser o suposto dono
do imóvel, mas fugiu à prova da inocência, argumentando que a propriedade não
seria relevante para o caso. Reconheceu que a construção do prédio foi
financiada por um fundo gerido pela Caixa, mas, contraditoriamente, condenou
Lula alegando que a obra teria sido paga por uma suposta conta de propinas. E,
mesmo admitindo que Lula não recebeu recursos desviados da Petrobrás, condenou
Lula a ressarcir a estatal em R$ 16 milhões.
A decisão revelada hoje é ainda mais grave, porque
os efeitos da pena de asfixia econômica são imediatos. A alegação de Moro para
o bloqueio de bens é mais uma injúria assacada pelo juiz contra Lula, mais uma
iniquidade como as que foram cometidas contra dona Marisa e a família do
ex-presidente. Moro mostrou mais uma vez que não tem equilíbrio, discernimento
nem a necessária imparcialidade para julgar ações relativas ao ex-presidente
Lula.
Depois de três anos de investigação, de quebrar o
sigilo fiscal e bancário de Lula, seus familiares e colaboradores, o juiz
Sergio Moro sabe que o ex-presidente não tem contas ocultas nem patrimônio
inexplicável. Sabe também que o patrimônio e os bens de Lula são aqueles
atingidos pelo bloqueio, compatíveis com o de uma pessoa de 71 anos que
trabalha honestamente desde criança.
A cada ato de violência, como os praticados por
Sergio Moro, fica mais claro para o povo brasileiro que Lula é vítima da mais
avassaladora perseguição judicial, midiática e política que já se viu neste
País. O PT repudia mais esta arbitrariedade e vai reagir, por todos os meios,
para impedir que se consume essa violência inominável.”
Veja
o documento:
A
CULPA DE MARKHEIM: O DUPLO, A METÁFORA E
O
FANTÁSTICO
MARKHEIM’S
GUILT: THE DOUBLE, THE METAPHOR
AND
THE FANTASTIC
Davi Alexandre Tomm*
“Ter
executado o plano e ficar sem o lucro seria uma falha lamentável. O dinheiro –
era isso que preocupava Markheim agora.” (p.96).
RESUMO:
Este trabalho analisa o conto “Markheim”, de R. L. Stevenson, pela perspectiva
da literatura fantástica teorizada por Todorov, da teoria narratológica sobre a
focalização e da teoria da metáfora de Paul Ricoeur. Mostrarei como o conto,
que trata da temática do duplo, tem sua estrutura também duplicada, dividida em
primeira e segunda parte, construída através dos diferentes níveis de
focalização e da linguagem metafórica, utilizada para descrever aquilo da
realidade que a linguagem comum não consegue descrever. Assim, enquanto as
descrições realistas da primeira parte tratam da realidade ordinária ainda não
deturpada pela consciência do protagonista, na segunda parte, a mudança na focalização
e a linguagem metafórica ajudam o leitor a perceber o mundo perturbado da
consciência culpada do assassino.
PALAVRAS-CHAVE:
duplo; fantástico; metáfora; focalização.
ABSTRACT: This paper studies the short-story “Markheim”, by R. L. Stevenson,
through the theoretical perspectives of Fantastic Literature, by Todorov, the
narratological studies about Focalization, and the theory of metaphor, by Paul
Ricoeur. I will explain how the short-story, that has the
theme of the Double, has a twofold structure, divided in one first and one
second part, that is structured through different levels of Focalization and
the metaphorical language, that serves to describe the reality impossible of being
described by the ordinary language. Thus, in the first part we have realistic
descriptions that describe the ordinary reality non-disfigured by the
protagonist’s guilt consciousness, and, in the second part, the changing on
Focalization and the metaphorical language help the reader to perceive the disturbed
world of the murderer’s guilty consciousness.
KEY-WORDS:
double; fantastic; metaphor; focalization.
Referências
http://www.sffaudio.com/images10/Markheim565.jpg
https://abrilexame.files.wordpress.com/2017/07/2017-07-13t000023z_1_lynxmped6b20g_rtroptp_3_politica-lula-mpf-quermais-pena.jpg
:: 700003622458 - e-Proc ::
https://html2-f.scribdassets.com/6rqeceov9c5ywswc/images/3-7c56474a1c.jpg
http://exame.abril.com.br/brasil/moro-manda-bloquear-r-606-mil-de-lula-diz-jornal/
http://homoliteratus.com/resenha-markheim-robert-louis-stevenson/
file:///D:/Usu%C3%A1rio/Downloads/52450-253863-1-PB%20(1).pdf
http://www.consciencia.org/wp-content/uploads/2011/12/tmp7439-1-229x300.jpg
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