terça-feira, 11 de abril de 2017

O PT foi itário

CONCEITUAÇÃO DO TRABALHO NOS MUNDOS DA NECESSIDADE E LIBERDADE, DIREITO E DEVER
Por Heitor Coelho

“É necessário antes de tudo partir dos pressupostos de que: não há liberdade absoluta; a liberdade deve, como a necessidade, ter um objeto; ela só é possível para um ser determinado e, portanto, limitado; e finalmente, deixar de lado qualquer tipo de liberdade transcendental no sentido metafísico, compreendendo que a transcendência (Aufhebung)[5] de que fala Marx é específica, chegamos a um dos pontos de partida de Mészáros:”
“... a verdadeira questão é a liberdade humana, não um princípio abstrato chamado ‘liberdade’. E como o caráter específico de tudo é ao mesmo tempo tanto a ‘essência’ (poder, potencial, função) daquela determinada coisa como o seu limite, assim se verá que a liberdade humana não é a transcendência das limitações (caráter específico) da natureza humana, mas uma coincidência com elas.” (Mészáros, 1981:145)


Otário ou itário?

Nos futuros congressos do Partido dos Trabalhadores, até recentemente no poder alcançado em eleições diretas, haverá espaço e tempo para rediscutirem onde foi que erraram para tão facilmente serem apeados da governança do país após treze anos à testa da administração federal.

Merece reflexão, além das autocríticas de praxe, visarem onde vacilaram e comprometeram a confiança majoritária dos eleitores em quatro eleições consecutivas.

Como o velho não morreu de novo é sempre oportuna a busca dos ressignificados das práticas adotadas e cristalizadas, às vezes, em singelas palavras de nosso vernáculo.

Total, totalidade, totalitário, idade, otário e itário.

Ao buscar no dicionário pelo significado de itário conduzido se é para otário. Ou seja, não reconhece, por não ser otário, depreendendo a verdadeira intenção do pescador de vocábulos turvos.

E responde prontamente:

Significado de Otário
Substantivo Masculino Tolo; aquele que é facilmente enganado; quem se deixa enganar com facilidade; sujeito ingênuo, simplório ou bobo: ele fazia o povo de otário. Adjetivo Lorpa; que é iludido, enganado, ludibriado: sempre fui o otário da faculdade. Etimologia (origem da palavra otário): de origem questionável.
Sinônimos de Otário
Otário é sinônimo de: pacóvio, toleirão, tantã, sonso, lorpa, cretino, tolo, tanso, pato, pascácio, parvo, papalvo, tonto
Antônimos de Otário
Otário é o contrário de: espertalhão, perspicaz, esperto
Definição de Otário
Classe gramatical: adjetivo e substantivo masculino
Separação silábica: o-tá-ri-o
Plural: otários
Feminino: otária 
Exemplo com a palavra otário
Eu sempre estou atento às faturas porque não faço papel de otário.
Ele causou a maior confusão porque alguém o havia chamado de otário.


OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE A PALAVRA
Possui 6 letras
Possui as vogais: a i o
Possui as consoantes: r t
A palavra escrita ao contrário: oiráto
RIMAS COM OTÁRIO
rosário
estagiário
mobiliário
diário
salário
breviário
corolário
armário
dicionário
proprietário
cenário
velário
comanditário
comunitário
sacrário
solitário
pecuniário
operário
dromedário
involuntário
ervanário
universitário
destinatário
desnecessário


ANAGRAMAS DE OTÁRIO
toirão
troião

Glossário Compreensivo

De sinônimos.com.br
dicionário de sinônimos online

Itário
Quis dizer otário ou prioritário?
Busca de sinônimos de itário
Lamentamos, mas ainda não temos sinônimos de itário.

Otário
Sinônimo de otário
13 sinônimos de otário para 1 sentido da palavra otário:
Ingênuo:
1 parvo, toleirão, tantã, tanso, sonso, pato, pascácio, papalvo, pacóvio, lorpa, cretino, tolo, tonto.

Idade
Sinônimo de idade
19 sinônimos de idade para 4 sentidos da palavra idade:
Anos de existência:
1 existência, anos, vida, duração.
Período de tempo:
2 época, quadra, estação, era, tempo, período, ocasião.
Etapa:
3 ciclo, fase, etapa, estágio.
Velhice:
4 senilidade, velhice, antiguidade, anosidade.



Totalitário
Sinônimo de totalitário
40 sinônimos de totalitário para 2 sentidos da palavra totalitário:
Déspota:
1 tirano, absoluto, autoritário, despótico, usurpador, soberano, déspota, ditador, ditatorial, absolutista, cesarista, fascista, totalitarista, dominador, opressor, dominante, dogmático, imperativo, imperioso, magistral, mandão, opressivo, oprimente, iliberal, autocrático, discricionário, dominativo, antidemocrático, impositivo.
Despótico:
2 tirânico, autocrata, arbitrário, caudilho, abusivo, desmedido, excessivo, violento, prepotente, exorbitante, reacionário

Totalidade
Sinônimo de totalidade
12 sinônimos de totalidade para 2 sentidos da palavra totalidade:
Qualidade de ser total e inteiro:
1 integralidade, completude, plenitude, universalidade, tudo.
Reunião das partes de um todo:
2 soma, todo, montante, total, conjunto, reunião, somatória.

Total
Sinônimo de total
23 sinônimos de total para 3 sentidos da palavra total:
Que forma um todo completo:
1 completo, inteiro, integral, íntegro, absoluto, supremo, máximo, global, universal, cabal, pleno, integralizado, sincrético.
Reunião de todas as partes de um todo:
2 totalidade, todo, tudo, conjunto, reunião, somatória, montante.
Resultado de uma adição:
3 soma, resultado, adição.

Política Total ou Totalitária

Ao tentar formar uma maioria num governo de coalizão sem abrir mão de uma hegemonia total, o partido incorreu num erro crasso de aliados como partes de um todo para se tornarem em massa informe de um partido que na prática exercitou uma política totalitária ao supor ter empalmado um poder total. O governo se desmilinguiu numa totalidade amorfa e desconfiada ao ser tratada como carne de segunda por um açougueiro truculento e arrogante.

Ao se dar conta que estava na janela como a Carolina de seu mais famoso apoiador de todos os tempos e contratempos, constatou que somente ele e Carol não viram.


Carolina
Chico Buarque


E assim o PT criou na práxis um neologismo para as futuras gerações: itário.

A PROPAGANDA POLÍTICA
La Propagande Politique
Jean-Marie Domenach

INTRODUÇÃO

Um dos fenômenos dominantes da primeira metade do século XX é a propaganda política. Sem ela, os grandes acontecimentos da nossa época: a revolução comunista e o fascismo, não seriam sequer concebíveis. Foi em grande parte devido a ela que Lenin logrou instaurar o bolchevismo; Hitler deve-lhe essencialmente suas vitórias, desde a tomada do poder até a invasão de 1940. Mais que estadistas e líderes guerreiros, esses dois homens, que de maneira, sem dúvida, bem diferente vincaram profundamente a história contemporânea, são dois gênios da propaganda e ambos proclamaram a supremacia dessa moderna arma: "O principal - asseverou Lenin - é a agitação e a propaganda em todas as camadas do povo"; Hitler disse: "A propaganda permitiu-nos conservar o poder, a propaganda nos possibilitará a conquista do mundo".
Alfred Sauvy, no livro Le Pouvoir et l'Opinion, assinala com justeza que em nenhum Estado moderno o regime fascista caiu sem intervenção externa, o que, na sua opinião, constitui prova da força da propaganda política. Dir-se-á tratar-se sobretudo de um efeito do controle policial. Contudo, a propaganda precedia a polícia ou exército e lhes facilitava a ação; a polícia alemã não podia grande coisa fora das fronteiras da Alemanha; representam, de início, vitórias da propaganda, a anexação sem combate da Áustria e da Tcheco-Eslováquia, bem como a derrocada da estrutura militar e política da França. A propaganda política, incontestavelmente, ocupa o primeiro lugar, antes da polícia, na hierarquia dos poderes do totalitarismo moderno.
No decurso da Segunda Guerra Mundial, a propaganda acompanhou sempre e, algumas vezes, precedeu os exércitos. Na Espanha, as brigadas internacionais dispunham de comissários políticos. A Wermacht tinha, na Rússia, "companhias de propaganda". Se a Resistência francesa não houvesse compreendido obscuramente a importância vital do esforço para imprimir e difundir folhetos e volantes de conteúdo freqüentemente diminuto, jamais teria sacrificado milhares de homens e dos melhores. Sem embargo do armistício, a propaganda não cessou. Ela fez mais para a conversão da China ao comunismo do que as divisões de Mao-Tsé-Tung. Rádio, jornal, filme, folhetos, discursos e cartazes opõem as idéias umas às outras, refletem os fatos e disputam entre si os homens. Quão significativa de nossa época é a história dos prisioneiros japoneses devolvidos pela URSS em 1949. Convertidos ao comunismo após uma temporada nos campos de "educação política", foram aguardados, na volta; por zeladores de outra doutrina, Bíblia em mãos, a fim de submetê-los à "reeducação democrática".
Desde que existem competições políticas, isto é, desde o início do mundo, a propaganda existe e desempenha seu papel. Foram, por certo, uma espécie de campanha de propaganda, aquelas movidas por Demóstenes contra Filipe ou por Cícero contra Catilina. Assaz consciente dos processos que tornam amados os chefes e divinizam os grandes homens, Napoleão compreendeu perfeitamente que um Governo deve preocupar-se sobretudo em obter o assentimento da opinião pública: "Para ser justo, não é suficiente fazer o bem, é igualmente necessário que os administrados estejam convencidos. A força fundamenta-se na opinião. Que é o Governo? Nada, se não dispuser da opinião pública". Políticos, estadistas e ditadores, de todos os tempos, procuraram estimular o apego às suas pessoas e aos seus sistemas de governo. Todavia, não há nada de comum entre as arengas da Ágora e as de Nuremberg, entre os grafitos eleitorais de Pompéia e uma campanha de propaganda moderna. A separação situa-se mais perto de nós. A lenda napoleônica, tão poderosa a ponto de, quarenta anos depois, elevar ao poder um novo Napoleão, não se compara ao mito que envolve os chefes modernos. A propaganda do General Boulanger apresenta, ainda, as feições de outrora: cavalo preto, cançonetas, imagens de Epinal... Trinta anos passados, as formidáveis vagas da propaganda teriam à sua disposição o rádio, a fotografia, o cinema, a imprensa de grande tiragem, os cartazes gigantescos e todos os novos processos de reprodução gráfica. Nova técnica, que usa meios subministrados pela ciência, a fim de convencer e dirigir as massas constituídas no mesmo momento, técnica de conjunto, coerente e que pode ser, até certo ponto, sistematizada - sucede ao conjunto dos meios empregados em todos os tempos pelos políticos para o triunfo de suas causas e ligado à eloqüência, à poesia, à música, à escultura, às formas tradicionais das belas-artes, em suma. A palavra que a designa é, ela também, contemporânea do fenômeno: propaganda é um dos termos que destacamos arbitrariamente das fórmulas do latim pontifical; empregada pela Igreja ao tempo da Contra-Reforma (de propaganda fide), é mais ou menos reservada ao vocabulário eclesiástico ("Colégio da Propaganda") até irromper na língua comum, no curso do século XVIII. Mas a palavra guarda sua ressonância religiosa, que não perderá definitivamente senão no século XX. Agora, as possíveis definições estão muito longe desse primeiro sentido apostólico: "A propaganda é uma tentativa de influenciar a opinião e a conduta da sociedade, de tal modo que as pessoas adotem uma opinião e uma conduta determinada (1) ou ainda: "A propaganda é a linguagem destinada à massa; ela emprega palavras ou outros símbolos veiculados pelo rádio, pela imprensa e pelo cinema. O escopo do propagandista é o de influir na atitude das massas no tocante a pontos submetidos ao impacto da propaganda, objetos da opinião (2)".
A propaganda confunde-se com a publicidade nisto: procura criar, transformar certas opiniões, empregando, em parte, meios que lhe pede emprestados; distingue-se dela, contudo, por não visar objetos comerciais e, sim, políticos: a publicidade suscita necessidades ou preferências visando a determinado produto particular, enquanto a propaganda sugere ou impõe crenças e reflexos que, amiúde, modificam o comportamento, o psiquismo e mesmo as convicções religiosas ou filosóficas. Por conseguinte, a propaganda influencia a atitude fundamental do ser humano. Sob esse aspecto, aproxima-se da educação; todavia, as técnicas por ela empregadas habitualmente, e sobretudo o desígnio de convencer e de subjugar sem amoldar, fazem dela a antítese.
Entretanto, a propaganda política não é uma ciência condensável em fórmulas. Movimenta, inicialmente mecanismos fisiológicos, psíquicos e inconscientes bastante complexos, alguns dos quais mal conhecidos; ademais, seus princípios provêm tanto da estética como da ciência: conselhos da experiência, indicações gerais à maneira das quais sobeja inventar; caso faltem as idéias, escasseie o talento ou o público, não há mais propaganda que literatura. A psicagogia, isto é, a direção da alma coletiva, deve muita coisa às ciências modernas; pode tornar-se uma ciência? Aí fica a pergunta. Nossa tentativa, portanto, não é de codificá-la, mesmo no estado atual. Acreditamos - esperamos - que ela não permanecerá encadeada às regras funcionais que lhe reconhecemos. file:///C|/site/LivrosGrátis/apropagandapolitica.htm (4 of 55) [01/04/2001 18:33:52]



Referências

http://www.uff.br/trabalhonecessario/images/TN05%20COELHO,%20H.pdf
https://s.dicio.com.br/otario.jpg
https://youtu.be/neAP73_YzFw
file:///C:/Users/User/Desktop/Propaganda_politica+-+Jean-Marie+Domenach.pdf



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