CONCEITUAÇÃO DO TRABALHO NOS MUNDOS
DA NECESSIDADE E LIBERDADE, DIREITO E DEVER
Por
Heitor Coelho
“É
necessário antes de tudo partir dos pressupostos de que: não há liberdade
absoluta; a liberdade deve, como a necessidade, ter um objeto; ela só é
possível para um ser determinado e, portanto, limitado; e finalmente, deixar de
lado qualquer tipo de liberdade transcendental no sentido metafísico,
compreendendo que a transcendência (Aufhebung)[5]
de que fala Marx é específica, chegamos a um dos pontos de partida de Mészáros:”
“...
a verdadeira questão é a liberdade humana, não um princípio abstrato chamado
‘liberdade’. E como o caráter específico de tudo é ao mesmo tempo tanto a
‘essência’ (poder, potencial, função) daquela determinada coisa como o seu
limite, assim se verá que a liberdade humana não é a transcendência das
limitações (caráter específico) da natureza humana, mas uma coincidência com
elas.” (Mészáros, 1981:145)
Otário ou itário?
Nos
futuros congressos do Partido dos Trabalhadores, até recentemente no poder
alcançado em eleições diretas, haverá espaço e tempo para rediscutirem onde foi
que erraram para tão facilmente serem apeados da governança do país após treze
anos à testa da administração federal.
Merece
reflexão, além das autocríticas de praxe, visarem onde vacilaram e
comprometeram a confiança majoritária dos eleitores em quatro eleições
consecutivas.
Como
o velho não morreu de novo é sempre oportuna a busca dos ressignificados das
práticas adotadas e cristalizadas, às vezes, em singelas palavras de nosso
vernáculo.
Total, totalidade, totalitário,
idade, otário e itário.
Ao
buscar no dicionário pelo significado de itário
conduzido se é para otário. Ou seja, não reconhece, por não ser otário,
depreendendo a verdadeira intenção do pescador de vocábulos turvos.
E
responde prontamente:
Significado de Otário
Substantivo
Masculino Tolo; aquele que é facilmente enganado; quem se deixa enganar com
facilidade; sujeito ingênuo, simplório ou bobo: ele fazia o povo de otário. Adjetivo
Lorpa; que é iludido, enganado, ludibriado: sempre fui o otário da faculdade. Etimologia
(origem da palavra otário): de origem questionável.
Sinônimos de Otário
Otário
é sinônimo de: pacóvio, toleirão, tantã, sonso, lorpa,
cretino, tolo, tanso, pato, pascácio, parvo, papalvo, tonto
Antônimos de Otário
Otário
é o contrário de: espertalhão, perspicaz, esperto
Definição de Otário
Classe
gramatical: adjetivo e substantivo masculino
Separação silábica: o-tá-ri-o
Plural: otários
Feminino: otária
Separação silábica: o-tá-ri-o
Plural: otários
Feminino: otária
Exemplo com a palavra otário
Eu
sempre estou atento às faturas porque não faço papel de otário.
Ele
causou a maior confusão porque alguém o havia chamado de otário.
OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE A PALAVRA
Possui
6 letras
Possui as vogais: a i o
Possui as consoantes: r t
A palavra escrita ao contrário: oiráto
Possui as vogais: a i o
Possui as consoantes: r t
A palavra escrita ao contrário: oiráto
RIMAS COM OTÁRIO
rosário
estagiário
mobiliário
diário
salário
breviário
corolário
armário
dicionário
proprietário
cenário
velário
comanditário
comunitário
sacrário
solitário
pecuniário
operário
dromedário
involuntário
ervanário
universitário
destinatário
desnecessário
ANAGRAMAS DE OTÁRIO
toirão
troião
Glossário Compreensivo
De
sinônimos.com.br
dicionário
de sinônimos online
Itário
Quis
dizer otário ou prioritário?
Busca
de sinônimos de itário
Lamentamos,
mas ainda não temos sinônimos de itário.
Otário
Sinônimo
de otário
13
sinônimos de otário para 1 sentido da palavra otário:
Ingênuo:
1 parvo, toleirão, tantã, tanso, sonso, pato, pascácio, papalvo, pacóvio, lorpa, cretino, tolo, tonto.
Idade
Sinônimo
de idade
19
sinônimos de idade para 4 sentidos da palavra idade:
Anos
de existência:
1 existência, anos, vida, duração.
Período
de tempo:
2 época, quadra, estação, era, tempo, período, ocasião.
Etapa:
3 ciclo, fase, etapa, estágio.
Velhice:
4 senilidade, velhice, antiguidade, anosidade.
Totalitário
Sinônimo
de totalitário
40
sinônimos de totalitário para 2 sentidos da palavra totalitário:
Déspota:
1 tirano, absoluto, autoritário, despótico, usurpador, soberano, déspota, ditador, ditatorial, absolutista, cesarista, fascista, totalitarista, dominador, opressor, dominante, dogmático, imperativo, imperioso, magistral, mandão, opressivo, oprimente, iliberal, autocrático, discricionário, dominativo, antidemocrático, impositivo.
Despótico:
2 tirânico, autocrata, arbitrário, caudilho, abusivo, desmedido, excessivo, violento, prepotente, exorbitante, reacionário
Totalidade
Sinônimo
de totalidade
12
sinônimos de totalidade para 2 sentidos da palavra totalidade:
Qualidade
de ser total e inteiro:
1 integralidade, completude, plenitude, universalidade, tudo.
Reunião
das partes de um todo:
2 soma, todo, montante, total, conjunto, reunião, somatória.
Total
Sinônimo
de total
23
sinônimos de total para 3 sentidos da palavra total:
Que
forma um todo completo:
1 completo, inteiro, integral, íntegro, absoluto, supremo, máximo, global, universal, cabal, pleno, integralizado, sincrético.
Reunião
de todas as partes de um todo:
2 totalidade, todo, tudo, conjunto, reunião, somatória, montante.
Resultado
de uma adição:
3 soma, resultado, adição.
Política Total ou Totalitária
Ao
tentar formar uma maioria num governo de coalizão sem abrir mão de uma
hegemonia total, o partido incorreu num erro crasso de aliados como partes de
um todo para se tornarem em massa informe de um partido que na prática
exercitou uma política totalitária ao supor ter empalmado um poder total. O
governo se desmilinguiu numa totalidade amorfa e desconfiada ao ser tratada
como carne de segunda por um açougueiro truculento e arrogante.
Ao
se dar conta que estava na janela como a Carolina de seu mais famoso apoiador
de todos os tempos e contratempos, constatou que somente ele e Carol não viram.
Carolina
Chico Buarque
E
assim o PT criou na práxis um neologismo para as futuras gerações: itário.
A PROPAGANDA POLÍTICA
La Propagande Politique
Jean-Marie
Domenach
INTRODUÇÃO
Um
dos fenômenos dominantes da primeira metade do século XX é a propaganda
política. Sem ela, os grandes acontecimentos da nossa época: a revolução
comunista e o fascismo, não seriam sequer concebíveis. Foi em grande parte
devido a ela que Lenin logrou instaurar o bolchevismo; Hitler deve-lhe
essencialmente suas vitórias, desde a tomada do poder até a invasão de 1940.
Mais que estadistas e líderes guerreiros, esses dois homens, que de maneira,
sem dúvida, bem diferente vincaram profundamente a história contemporânea, são
dois gênios da propaganda e ambos proclamaram a supremacia dessa moderna arma:
"O principal - asseverou Lenin - é a agitação e a propaganda em todas as
camadas do povo"; Hitler disse: "A propaganda permitiu-nos conservar
o poder, a propaganda nos possibilitará a conquista do mundo".
Alfred
Sauvy, no livro Le Pouvoir et l'Opinion,
assinala com justeza que em nenhum Estado moderno o regime fascista caiu sem
intervenção externa, o que, na sua opinião, constitui prova da força da
propaganda política. Dir-se-á tratar-se sobretudo de um efeito do controle
policial. Contudo, a propaganda precedia a polícia ou exército e lhes
facilitava a ação; a polícia alemã não podia grande coisa fora das fronteiras
da Alemanha; representam, de início, vitórias da propaganda, a anexação sem
combate da Áustria e da Tcheco-Eslováquia, bem como a derrocada da estrutura
militar e política da França. A propaganda política, incontestavelmente, ocupa
o primeiro lugar, antes da polícia, na hierarquia dos poderes do totalitarismo
moderno.
No
decurso da Segunda Guerra Mundial, a propaganda acompanhou sempre e, algumas
vezes, precedeu os exércitos. Na Espanha, as brigadas internacionais dispunham
de comissários políticos. A Wermacht tinha, na Rússia, "companhias de
propaganda". Se a Resistência francesa não houvesse compreendido
obscuramente a importância vital do esforço para imprimir e difundir folhetos e
volantes de conteúdo freqüentemente diminuto, jamais teria sacrificado milhares
de homens e dos melhores. Sem embargo do armistício, a propaganda não cessou.
Ela fez mais para a conversão da China ao comunismo do que as divisões de
Mao-Tsé-Tung. Rádio, jornal, filme, folhetos, discursos e cartazes opõem as
idéias umas às outras, refletem os fatos e disputam entre si os homens. Quão
significativa de nossa época é a história dos prisioneiros japoneses devolvidos
pela URSS em 1949. Convertidos ao comunismo após uma temporada nos campos de
"educação política", foram aguardados, na volta; por zeladores de
outra doutrina, Bíblia em mãos, a fim de submetê-los à "reeducação
democrática".
Desde
que existem competições políticas, isto é, desde o início do mundo, a
propaganda existe e desempenha seu papel. Foram, por certo, uma espécie de
campanha de propaganda, aquelas movidas por Demóstenes contra Filipe ou por
Cícero contra Catilina. Assaz consciente dos processos que tornam amados os
chefes e divinizam os grandes homens, Napoleão compreendeu perfeitamente que um
Governo deve preocupar-se sobretudo em obter o assentimento da opinião pública:
"Para ser justo, não é suficiente fazer o bem, é igualmente necessário que
os administrados estejam convencidos. A força fundamenta-se na opinião. Que é o
Governo? Nada, se não dispuser da opinião pública". Políticos, estadistas
e ditadores, de todos os tempos, procuraram estimular o apego às suas pessoas e
aos seus sistemas de governo. Todavia, não há nada de comum entre as arengas da
Ágora e as de Nuremberg, entre os grafitos eleitorais de Pompéia e uma campanha
de propaganda moderna. A separação situa-se mais perto de nós. A lenda
napoleônica, tão poderosa a ponto de, quarenta anos depois, elevar ao poder um
novo Napoleão, não se compara ao mito que envolve os chefes modernos. A
propaganda do General Boulanger apresenta, ainda, as feições de outrora: cavalo
preto, cançonetas, imagens de Epinal... Trinta anos passados, as formidáveis
vagas da propaganda teriam à sua disposição o rádio, a fotografia, o cinema, a
imprensa de grande tiragem, os cartazes gigantescos e todos os novos processos
de reprodução gráfica. Nova técnica, que usa meios subministrados pela ciência,
a fim de convencer e dirigir as massas constituídas no mesmo momento, técnica
de conjunto, coerente e que pode ser, até certo ponto, sistematizada - sucede
ao conjunto dos meios empregados em todos os tempos pelos políticos para o
triunfo de suas causas e ligado à eloqüência, à poesia, à música, à escultura,
às formas tradicionais das belas-artes, em suma. A palavra que a designa é, ela
também, contemporânea do fenômeno: propaganda é um dos termos que destacamos
arbitrariamente das fórmulas do latim pontifical; empregada pela Igreja ao
tempo da Contra-Reforma (de propaganda fide), é mais ou menos reservada ao
vocabulário eclesiástico ("Colégio da Propaganda") até irromper na língua
comum, no curso do século XVIII. Mas a palavra guarda sua ressonância
religiosa, que não perderá definitivamente senão no século XX. Agora, as
possíveis definições estão muito longe desse primeiro sentido apostólico:
"A propaganda é uma tentativa de influenciar a opinião e a conduta da
sociedade, de tal modo que as pessoas adotem uma opinião e uma conduta
determinada (1) ou ainda: "A propaganda é a linguagem destinada à massa;
ela emprega palavras ou outros símbolos veiculados pelo rádio, pela imprensa e pelo
cinema. O escopo do propagandista é o de influir na atitude das massas no
tocante a pontos submetidos ao impacto da propaganda, objetos da opinião
(2)".
A
propaganda confunde-se com a publicidade nisto: procura criar, transformar
certas opiniões, empregando, em parte, meios que lhe pede emprestados;
distingue-se dela, contudo, por não visar objetos comerciais e, sim, políticos:
a publicidade suscita necessidades ou preferências visando a determinado
produto particular, enquanto a propaganda sugere ou impõe crenças e reflexos
que, amiúde, modificam o comportamento, o psiquismo e mesmo as convicções
religiosas ou filosóficas. Por conseguinte, a propaganda influencia a atitude
fundamental do ser humano. Sob esse aspecto, aproxima-se da educação; todavia,
as técnicas por ela empregadas habitualmente, e sobretudo o desígnio de
convencer e de subjugar sem amoldar, fazem dela a antítese.
Entretanto,
a propaganda política não é uma ciência condensável em fórmulas. Movimenta,
inicialmente mecanismos fisiológicos, psíquicos e inconscientes bastante
complexos, alguns dos quais mal conhecidos; ademais, seus princípios provêm
tanto da estética como da ciência: conselhos da experiência, indicações gerais
à maneira das quais sobeja inventar; caso faltem as idéias, escasseie o talento
ou o público, não há mais propaganda que literatura. A psicagogia, isto é, a
direção da alma coletiva, deve muita coisa às ciências modernas; pode tornar-se
uma ciência? Aí fica a pergunta. Nossa tentativa, portanto, não é de
codificá-la, mesmo no estado atual. Acreditamos - esperamos - que ela não
permanecerá encadeada às regras funcionais que lhe reconhecemos. file:///C|/site/LivrosGrátis/apropagandapolitica.htm
(4 of 55) [01/04/2001 18:33:52]
Referências
http://www.uff.br/trabalhonecessario/images/TN05%20COELHO,%20H.pdf
https://s.dicio.com.br/otario.jpg
https://youtu.be/neAP73_YzFw
file:///C:/Users/User/Desktop/Propaganda_politica+-+Jean-Marie+Domenach.pdf
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