RETRATO DE PIXINGUINHA
Dois terços de seu círculo abençoado
Dois terços de seu círculo abençoado
A sua bênção
A nossa proteção
Pixinguinha, Baden Powell e João da
Baiana – Lamento
Nascimento de Pixinguinha completa
120 anos neste domingo 23 de abril
Em
homenagem a ele, nessa data, é comemorado o Dia Nacional do Choro. Mas fãs e
historiadores garantem: a importância de Pixinguinha é tão grande na música
brasileira que se torna impossível associá-lo a um único estilo
Ouça ( 6:38)
Pixinguinha é um dos mais
importantes nomes da música brasileira
Crédito: Divulgação
Por
Gabriel Sabóia
Ele
é autor da partitura do primeiro samba registrado da história. Também
orquestrou alguns dos maiores sucessos que o carnaval já conheceu. E, como se
não bastasse, é tido como principal nome da história do chorinho, autor de
clássicos regravados até hoje. Tantos feitos pertencem a um homem: Alfredo
Vianna da Rocha Jr. Estamos falando do maestro Pixinguinha, que completaria 120
anos nesse domingo. Mas a importância do músico, cuja obra resiste ao tempo e
segue tocada por aí, vai além dos sucessos. O historiador especializado em
cultura popular e comentarista da CBN, Luis Antônio Simas, ressalta Pixinguinha
como um músico precursor que se profissionalizou em tempos de amadorismo e foi
respeitado como um artista popular e negro há mais de um século.
'Pixinguinha
foi um músico que fugiu do esteriótipo de 'músico intuitivo'. Ele tinha
uma sólida formação teórica também. Mas soube unir o conhecimento das ruas, das
macumbas do Rio de Janeiro, com o seu vasto estudo sobre a obra de Johann
Sebastian Bach e os contrapontos Bachianos. Por essas e por outras,
Pixinguinha acaba se tornando um elemento fundamental não só do choro,
mas da Música Popular Brasileira como um todo', opina.
Um
flautista irretocável, Pixinguinha iniciou a sua carreira aos 15 anos, tocando
nos cabarés da Lapa, zona boêmia do Rio, por influência do pai. Mas foi ao lado
de alguns malandros, perseguidos pela polícia por tocar samba, que ele mudou a
história da música brasileira. Ao lado de Donga, compôs a melodia de Pelo
Telefone, o primeiro samba registrado. Em parceria com a amiga Chiquinha
Gonzaga, adicionou marcações africanas e melodias ricas às primeiras marchinhas
do carnaval. E, depois de se encantar com o jazz americano, fundiu os estilos,
dando uma cadência única ao chorinho tocado até então, e compôs músicas
inesquecíveis. A presidente da Casa do Choro, Luciana Rabello, diz que é impossível
associar Pixinguinha a um único estilo.
'Pixinguinha
já veio ao mundo herdando um legado musical muito grande. Mas a obra dele, em
si, é muito completa, muito bem fundamentada, riquíssima culturalmente. E
carrega aspectos difíceis de serem transformados em assuntos literários",
afirma.
A
partir dos anos 1940, Pixinguinha fez aquela que, talvez, seja a mudança mais
significativa da sua carreira: trocou a flauta transversa pelo saxofone. Nada
que diminuísse o número de sucessos que emplacava e de homenagens que recebia.
Os instrumentos do maestro e mais de mil partituras originais estão sob a
guarda do Instituto Moreira Salles. A coordenadora do IMS, Bia Paes Leme, diz
que a complexidade das composições surpreende músicos que vão ao local até
hoje, em busca de uma explicação pra tanto sucesso.
"Pixinguinha
carrega o domínio da forma em grande escala. É um talento inexplicável. Se
você ouve um choro e encontra a forma, a harmonia e o arranjo desconjuntados,
tenha uma certeza: aquilo ali não reflete o que foi Pixinguinha. Por mais
simples que fosse a música, ela era de um equilíbrio espantoso. Essa é a
principal marca dele", reconhece.
Tom
Jobim, Baden Powell, Vinícius de Moraes e Chico Buarque são alguns dos músicos
que colocam Pixinguinha como uma de suas maiores influências. Mas quem mantém
vivo o nome e a obra do maestro são os chorões, que assim como Pixinguinha
fazia há mais de um século, continuam se encontrando em rodas por aí. O
violonista Thiago Prata, um dos principais nomes da nova geração do chorinho,
conta que é impossível não homenagear o maestro a cada apresentação.
"Pixinguinha
é algo seminal na música brasileira. Absolutamente tudo o que veio depois na
nossa música carrega alguma herança de Pixinguinha. Eu vejo muita gente tocando
choro e compondo música nova e consigo notar ali, sempre, um traço de
Pixinguinha, mesmo que na forma com que a harmonia e a melodia são feitas.
Nós temos rodas de choro, no Rio de Janeiro, em quase todos os dias. E você
sempre vai ouvir ali a linguagem do Pixinguinha. Isso é o mais
importante", opina.
Pixinguinha
tocou seu último acorde em 1973, pouco antes de sofrer um enfarto fulminante, a
duas semanas no carnaval. Ele viveu os seus últimos dias de maneira humilde, no
bairro de Ramos, na Zona Norte do Rio. Mas a obra do maior nome da história do
Chorinho segue viva, 120 anos depois de ter começado a ser escrita.
CD Benedicto Lacerda E Pixinguinha
1.André
de Sapato Novo 2.Atraente 3.Um a Zero 4.Ainda Me Recordo 5.O Gato e o Canário
6.Naquele Tempo 7.Língua de Preto 8.Vou Vivendo 9.Devagar e Sempre
10.Displicente 11.Sofres Porque Queres 12.Soluços
Pelo Telefone - Almirante e
Pixinguinha
Primeiro Samba faz, dia 27/11/2016,
100 anos e ganha exposição na Biblioteca Nacional
Vitor Abdala*
- Repórter da Agência Brasil
A
canção “Pelo Telefone”, de Donga, considerado o primeiro samba a ser registrado
e gravado, completa hoje (27) 100 anos. Em 27 de novembro de 1916, a partitura
da música foi registrada no Departamento de Direitos Autorais da Biblioteca
Nacional do Rio de Janeiro, em nome de Ernesto Joaquim Maria dos Santos, o
Donga, na época um compositor de apenas 26 anos.
O
samba havia sido concebido naquele ano, durante uma roda na casa de Tia Ciata.
De acordo com o Dicionário da Música Popular Brasileira, do historiador Ricardo
Cravo Albin, desde o lançamento da música, várias pessoas reivindicaram a
autoria, já que era comum que os participantes de rodas de samba fizessem
improvisações.
O
doutor em musicologia Carlos Sandroni diz que houve outros sambas gravados
antes de “Pelo Telefone”, mas acabaram não sendo reconhecidos como “primeiro
samba” porque não tiveram um apelo popular tão grande quanto a canção de Donga,
que foi sucesso no carnaval de 1917.
“Foi
o primeiro samba gravado e registrado que fez muito sucesso. Foi um grande
sucesso popular. Outros sambas não foram registrados, é verdade, mas foram
gravados antes de 'Pelo Telefone' e não fizeram sucesso. Então ninguém se
lembra”, explicou.
De
acordo com a Biblioteca Nacional, Donga entregou a petição de registro para o
samba em 6 de novembro de 1916. Anexada ao processo estava uma partitura
manuscrita para piano assinada por Pixinguinha. Dez dias depois, Donga anexou
um atestado que afirmava que o samba havia sido executado pela primeira vez em
25 de outubro de 1916, no Cine-Theatro Velho.
A
Biblioteca Nacional só concluiria o registro no dia 27 de novembro, com o
número 3.295. Para celebrar o centenário do registro, a instituição lançou hoje
uma exposição virtual com a partitura original da canção, músicas e fotos da
época, chamada "Ai, ai, ai... Cem Anos o Samba Faz".
A
exposição também está disponível de forma virtual.
*Colaborou
Nanna Pôssa, repórter do
Radiojornalismo
Edição: Lílian Beraldo
Pixinguinha Carinhoso
Pixinguinha
Alfredo
da Rocha Vianna
http://dicionariompb.com.br/images/icone/nascimento_verbete.gif 23/4/1897 Rio de Janeiro, RJ
http://dicionariompb.com.br/images/icone/morte_verbete.gif17/2/1973 Rio de Janeiro, RJ
http://dicionariompb.com.br/images/icone/nascimento_verbete.gif 23/4/1897 Rio de Janeiro, RJ
http://dicionariompb.com.br/images/icone/morte_verbete.gif17/2/1973 Rio de Janeiro, RJ
Biografia
Compositor.
Orquestrador. Flautista. Saxofonista. Segundo depoimento dado pelo músico
ao Museu da Imagem e do Som: "Meu nome completo é Alfredo da Rocha Vianna.
Nasci em 23 de abril de 1898, no bairro da Piedade. A rua não posso precisar.
Para o meu irmão Léo foi na Rua Alfredo Reis, mas para o João da Baiana e o
Donga, foi na Rua Gomes Serpa. O número (...)
[Saiba
Mais]
Dados
Artísticos
Em
1911, começou sua tragetória artística apresentando-se no carnaval como
integrante da orquestra do grupo carnavalesco Filhas da Jandira, no qual o
diretor de harmonia era o seu professor, Irineu de Almeida. Nesse ano, realizou
sua primeira gravação, na Favorite Record, como integrante do grupo Choro
Carioca, do qual faziam parte, além dele na flauta, seus (...)
[Saiba
Mais]
Obras
A
pombinha (c/ Donga)
A
vida é um buraco
Agüenta,
seu Fulgêncio
Ai,
eu queria (c/ Vidraça)
Ainda
existe
Amigo
do povo
[Saiba
Mais]
Discografia
(2002)
Aa inéditas de Pixinguinha • Sony Music • CD
(2000)
Pixinguinha alma e corpo - Carlos Malta e Quarteto de Cordas • Independente
• CD
(1999)
Pixinguinha para crianças - Uma lição de Brasil • Multiletra Editora • CD
(1997)
Pixinguinha - 100 anos - Ao vivo no CCBB • Sarau Produuções • CD
(1997)
Pixinguinha - 100 anos • BMG Brasil • CD
(1997)
Sempre Pixinguinha - 100 ANOS • Kuarup • CD
[Saiba
Mais]
Bibliografia Crítica
ALBIN,
Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação
e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio
Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN,
Ricardo Cravo. MPB: A História de um século. Rio de Janeiro: Funarte, 1997.
ALBIN,
Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
AMARAL,
Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed.
Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
AZEVEDO,
M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro:
Funarte, 1982.
CABRAL,
Sérgio. Pixinguinha - vida e obra. Rio de Janeiro: Lumiar, 1997.
[Saiba
Mais]
Crítica
A
biografia de Pixinguinha começa assim em meu livro “Panorama da música popular
brasileira” (São Paulo, Martins, 1964): “Se você tem 15 volumes para falar de
toda a música popular brasileira, fique certo de que é pouco; mas, se dispõe
apenas do espaço de uma palavra, nem tudo está perdido: escreva depressa,
Pixinguinha.” (...)
[Saiba
Mais]
Rosa Pixinguinha
Choro Brasileiro _ 1906-1947 * Pixinguinha / Chiquinha Gonzaga / Orlando Silva / Araci de Almeida
Chorinho de Ouro
Choro Brasileiro _ 1906-1947 * Pixinguinha / Chiquinha Gonzaga / Orlando Silva / Araci de Almeida
Chorinho de Ouro
Raphael Rabello - Suíte Retratos I - RETRATO DE PIXINGUINHA - Radamés Gnattali
Referência
https://youtu.be/98gYhQixXwo
http://imagens.globoradio.globo.com/cbn/fotos/uploads2015/90369/384498-970x600-1jpeg_610x340.jpeg
http://cbn.globoradio.globo.com/editorias/cultura/2017/04/21/NASCIMENTO-DE-PIXINGUINHA-COMPLETA-120-ANOS-NESTE-DOMINGO.htm
http://www.livrariascuritiba.com.br/arquivos/ids/231795-500-500/cap.jpg
http://www.livrariascuritiba.com.br/cd-benedicto-lacerda-e-pixinguinha-av025222/p
https://youtu.be/PhNnf5n8AoM
http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2016-11/primeiro-samba-faz-hoje-100-anos-e-ganha-exposicao-na-biblioteca-nacional
https://youtu.be/EGWg4YpS1ls
http://dicionariompb.com.br/Pixinguinha
https://youtu.be/1IIt1aoWQr4
https://youtu.be/M5NQHvkCAYc
https://youtu.be/KPusypprx_c
https://youtu.be/z_dEGxRs3lU
https://youtu.be/M5NQHvkCAYc
https://youtu.be/KPusypprx_c
https://youtu.be/z_dEGxRs3lU
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