quarta-feira, 19 de abril de 2017

A Morte do caixeiro viajante

O FRACASSO DO SONHO BOLIVARIANO COM A MORTE DO CORONEL FALANTE



Análise de Claudio Dantas sobre o papel da Odebrecht para o PT no projeto de poder da esquerda latino-americana, segundo relato de João Santana a Sérgio Moro


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Hipoteca na venda de ilusões

João Santana: mais que um marqueteiro

Por dez anos, ele uniu o poder de responsável pela imagem dos governos do PT com o de conselheiro de Dilma Rousseff
LEANDRO LOYOLA
29/02/2016 - 08h04 - Atualizado 29/02/2016 08h04


João Santana com a presidente Dilma e o ex-presidente Lula. Ele se tornou conselheiro informal do governo (Foto: Ricardo Stuckert)

Na noite de 1o de setembro de 2014, toda a cúpula de comando da campanha de Dilma Rousseff à reeleição sentou-se à mesa para jantar no hotel Unique, em São Paulo, após o debate no SBT. Era claro a todos àquela altura que Marina Silva representava um perigo. Empurrada pela comoção da morte de Eduardo Campos, a candidata do PSB suplantara o tucano Aécio Neves e aparecia até mesmo à frente de Dilma nas simulações para o segundo turno. Na frente de Dilma, Lula, do ex-ministro Franklin Martins e do ministro Aloizio Mercadante, João Santana avisou que era preciso antecipar as dificuldades futuras. “Nessa toada, a gente perde no segundo turno”, disse. Era hora de atacar Marina com vigor, estancar sua subida. João ganhou carta branca. Trabalhou naquela noite e, no dia seguinte, tinha os comerciais para rachar o mito Marina. Dilma, Lula e o PT confiavam tanto em João Santana que as peças não seguiram o rito normal dos testes prévios em pesquisas qualitativas. Foram direto ao ar. Após dias de pancadaria forte das peças, Marina murchou. 
>> O fim do feitiço
João Santana construiu, desde 2006, uma carreira muito maior que a do marqueteiro vencedor de eleições. Ganhou a confiança e atingiu a condição de dono da imagem do PT e do governo. Tornou-se conselheiro de uma presidente que não ouve quase ninguém. Dilma recorria a Santana quando havia alguma iniciativa de governo que precisava ser batizada ou embalada para o público. Em 2013, a reclusa Dilma passou a frequentar mais eventos e, sempre que podia, a tirar fotos com mulheres e crianças. Não era instinto, mas conselho de João Santana, para suavizar sua imagem para a campanha eleitoral. As conversas entre os dois eram frequentes até a reeleição. Nunca ocorreram no Palácio do Planalto, mas em almoços no Palácio da Alvorada, a residência oficial, resguardada de curiosidades. Em 2013 e 2014, periodicamente Santana ia a Brasília para conversas com Dilma no Alvorada.
>> Odebrecht pagou R$ 4 milhões a João Santana em 2014, diz PF
Tal proximidade não passa despercebida no mundo político. Entre as mensagens apreendidas pela Polícia Federal na semana passada, aparece um longo e-mail no qual o ex-ministro Mangabeira Unger pede ajuda a Santana para falar com Dilma. “Você tem como dar um empurrão para eu falar com a PR?”, diz Mangabeira. Em outra mensagem, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, repassa dados da CPMF e menciona uma campanha sobre as Olimpíadas. “João, tudo bem? Estou mandando material da CPMF”, diz Edinho. “A Presidenta pediu que eu ouvisse sua opinião sobre o que seria uma campanha para as Olimpíadas (...) Aguardo sua opinião.”
Uma enrascada da qual o PT não conseguiu se livrar abriu todo esse espaço a João Santana. Duda Mendonça, o marqueteiro de Lula e do PT, foi abraçado pelo escândalo do mensalão em 2005. Teve de confessar ter recebido dinheiro de caixa dois no exterior. Escapou da prisão, mas saiu de cena. Convidado pelos então ministros Antonio Palocci e Gilberto Carvalho para substituí-lo, João Santana aportou em Brasília e articulou uma bem-sucedida reviravolta publicitária, na qual o governo Lula e as conquistas sociais eram umbilicalmente associadas. Deu certo.
Quem quer um marqueteiro técnico, que analisa números e pesquisas para planejar estratégias, não deve procurar João Santana. Ele é um profissional mais instintivo, com facilidade para captar uma ideia e criar slogans, nomes, uma embalagem. São de sua lavra, por exemplo, nomes como Minha Casa Minha Vida e Mais Médicos, dois dos mais conhecidos programas do governo petista.
A expansão de sua influência no PT – e, agora sabe-se, a proximidade com a construtora Odebrecht – levou Santana a fazer campanhas no exterior. Começou com a eleição de Mauricio Funes, em El Salvador, em 2009. Depois disso, elegeu mais cinco presidentes estrangeiros: Danilo Medina, na República Dominicana, em 2012; Hugo Chávez, na Venezuela, em 2012; José Eduardo dos Santos, em Angola, em 2012; e Nicolás Maduro, na Venezuela, em 2013. Perdeu uma eleição, no Panamá, com José Domingos Arias. Depois da campanha de 2014, João Santana sumiu do Brasil. Não voltou nem para a segunda posse de Dilma. Enviou o discurso, escrito com Sandra Brandão, reduzido no Palácio do Planalto por estar um pouco longo. João só reapareceu em 2015, para fazer o programa do PT, em março, aquele que foi recebido com panelaços em algumas capitais enquanto Dilma e Lula recitavam na TV os textos escritos por ele



A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller.
 "Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma : e o que tens preparado, para quem será?" ( Lucas : 12: 20 )


     A primeira vez que li A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller, dramaturgo americano falecido em 2005, fiquei fascinada com a dimensão psicológica de Willy Loman, o vendedor que comprou o sonho errado e vendeu produto contaminado para toda família : o sonho americano tornado  pesadelo para o homem comum.
     Willy Loman retrata toda uma sociedade e sua influência sobre o indivíduo . É uma profunda reflexão sobre como o homem  pode investir seus talentos  na idéia errada do que é ser feliz e buscar a realização onde encontrará só a morte.
    Miller deu um novo  formato  à tragédia, a tragetória de Willy nos lembra o  clássico Édipo Rei, de Sófocles: duas pessoas à procura de sua identidade mas que recorrem à fonte errada ao tentar desvendar seu ‘ mistério’, Édipo acaba cego, o mesmo acontece com Willy.  Willy, coitado, sequer tentou desvendar o seu, ficou sufocado pela a dura verdade.
     Willy Loman é um vendedor, que após 34 anos trabalhando em uma mesma empresa, não consegue mais vender, por isso não tem mais comissões, assim não consegue sustentar a família , nem pagar a hipoteca da casa. Quando ele precisa da ajuda dos amigos, percebe que só valia o que vendia, sem vendas não há salário, nem amigos.  Sendo que a última prestação da casa  é paga justamente no dia de sua  morte.
        Os dois filhos Biff e Happy são também, dois ‘perdedores’ e infelizes que também não encontram seu espaço e sua identidade. A esposa, Linda Loman  é o ponto de contato com a realidade, encara os fatos com resignação e paciência.
    A atualidade( a peça foi encenada pela primeira vez em 1949) da obra de Miller é pelo impacto de sua crítica ao  capitalismo que prega a vitória do sucesso sob pena de morte da identidade.  Vale dizer que é o sucesso de uma meia dúzia, sustentado pela alienação de milhões.  A tragédia do homem comum,  comprado pela ilusão do sucesso, que chega ao fim da vida sem valor algum e por isso mesmo não sabe  quem é . A cena em que ele grita “ Eu sou Willy Loman....” é justamente a prova do contrário, ele sabe que não é ninguém. No vazio do seu interior, ele sente-se desintegrado.
    A falta de heróis hoje, leva muitos a sonhar apenas com estrelato e fama . Por que tanta celebridade? Por que tanto interesse em fofoca?Por que nossas crianças não se interessam em aprender? Por que nossos jovens não sonham mais? Por que a informação passou a ser mais importante do que o conhecimento ?
   Não seria a alienação a tragédia do homem da pós-modernidade? Não estaria a tragédia humana tornando-se apenas  mais um
 ‘ reality show ’ ?
    Há uma mão oculta a nos motivar . É isso o  que nos assusta, na verdade a motivação de muitos é  induzida apenas pelo lucro de um empresário. Vende-se de  tudo no mercado: corpos perfeitos, romance , fé, educação, fama, até amigos ’ leais’. Vendem-se personagens ! A mídia está cheia deles : escolha sua máscara.
    Em uma entrevista de Miller que assiti no YouTube ele disse:
“ Minhas peças falam de uma lei invisível ... Sempre o que não vemos é mais importante do que o que  podemos ver. “
   Não sei se Miller, ateu confesso, ficaria satisfeito com a dimensão da sua obra em minha vida, mas gosto de Miller, além de outros motivos, porque ele comprova uma das verdades ditas por Jesus ,  sobre a qual o cristão nascido de novo fundamenta sua fé: “ De que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? ”
    Certamente não vivemos o fim da história, mas com certeza  precisamos saber o que fazer com a vida que pulsa dentro de nosso coração e interpretar tanta informação que chega diariamente até nós.
     Segundo Miller, há uma lei invisível que rege as coisas, ele não conseguiu encontrar Deus nela. Eu e muitas outras pessoas , entretanto, O  encontramos, esse encontro abriu nossos olhos espirituais, para que pela fé pudéssemos encarar a dura realidade do que somos. Só que com uma pequena grande diferença, o amor de Deus preenche o nosso vazio e dá a dimensão exata da dor, o cristão conhece a cruz, mas também o terceiro dia ... a vida que brota da morte. Um novo homem, identidade resgatada  sob a visão do perdão.
   O que mais salta aos olhos é o fato de Willy criar um mundo de ilusão, que o leva a não encarar a realidade , culminando com o seu   suicídio.  Seu sofrimento interior é excruciante. É a tragédia da morte do eu no dia-a-dia da vida que é sustentada por uma mentira. Ele apostou no sonho da prosperidade e acabou um mendigo de si mesmo, quando, na ausência de amigos, precisava de si mesmo , mas não encontrou ninguém.
        A busca pela identidade é o destino desta viagem a que chamamos vida... O que sou? De onde vim? Para onde vou? Por essas inquietações a humanidade chegou até aqui. A nossa resposta a elas dará formato a nossa vida. A tragédia é o homem não achar-se a si mesmo ao responder a tais perguntas.
       Tragédia maior ainda é saber que o amor de Deus está disponível, mas muitos recusam esta oferta maravilhosa de vida, que nos é dada de graça, mas que custou o alto preço do sacrifício de Jesus na cruz.

Referências :
MILLER, Arthur . Death of a Salesman. N.Y: Penguim Books, 1982.
MORTE do Caixeiro Viajante. Direção: Volker Schlondorff. Produção: Robert F. Colesberry.
Arthur Miller, Tribute ( Part 2 ) http://www.youtube.com/watch?v=A_hpELHz2Ws&feature=related
Obed Souza





A Morte do Caixeiro Viajante

ANÁLISE DA OBRA “A MORTE DO CAIXEIRO VIAJANTE”, DE ARTHUR MILLER

Rosely Maria Ribeiro Néri Saldanha

RESUMO
A peça “A Morte do Caixeiro Viajante”, de Arthur Mille é uma peça teatral que conta a história de um caixeiro viajante, Willy Loman que passa por dois dramas, um social e outro familiar, que o leva ao declínio e consequentemente ao suicídio. Acostumado a um mundo em que a amizade estava acima da ordem econômica, se ver desempregado e descobre que esses valores não existem mais. A trama fica mais forte quando seu filho Biff o vê com uma amante, criando um abismo entre eles. Willy Loman ver se apagando a realização dosonho americano. O autor da obra trabalha o conflito social, e cria ao mesmo tempo, sua história sobre um conflito realista, psicológico e moral.
Palavras chaves: Peça teatral; Literatura; trama; morte; sonho americano; Arthur Miller.

INTRODUÇÃO
“A Morte do Caixeiro viajante” remete a conflitos vividos por Willy tanto por motivo capitalista, que com o tempo extingue os laços de amizade, como os conflitos familiares, querendo passar para a família uma condição que não era mais a dele, pois até o dinheiro do seguro, ele tem que pedir emprestado, pois após 35 anos de vendas, muitos dos seus compradores e amigos, morreram ou se aposentaram, tornando assim mais difícil suas vendas. Entra em decadência quando, perde o salário e passa a ganhar por comissão, suas viagens acabam sendo em vão. Assim o personagem se depara com a triste realidade de fracasso, por não ver possibilidade de realizar o sonho americano tão desejado, que passa a ser privilégio de alguns, e não de todos, com isso Willy a mergulha em uma solidão patética por ficar ilhado em seu fracasso.



AUTOR
Arthur Miller, dramaturgo norte-americano, considerado como um dos maiores autores teatrais contemporâneo, costuma criticar a sociedade de seu país. Nasceu em Nova York, conhecida como grande arquipélago de raças e culturas era de família judia e seu pai, Isadore, seria um industrial arruinado pela crise econômica de 1929, conhecida também como a Grande Depressão. A crise obrigou a família a mudar radicalmente suas vidas, mudando-se do bairro nobre para o subúrbio, onde aprendeu a aguçar sua audição, dizia: “um autor escreve com os ouvidos”. Como seus pais não possuíam mais condições de pagar uma faculdade para ele, exerce várias funções modestas de trabalho: chofer de caminhão, garçom, marinheiro e empacotador de uma fábrica de autopeças. Posteriormente, em 1934, através da Associação Nacional da Juventude, e de seu emprego de redator do Diário de Michigan, ingressa na Universidade de Michigan para fazer dramaturgia.

Ficou conhecido por várias obras, dentre elas seu primeiro romance, Focus (1945) que é usado para denunciar o anti-semitismo; e as peças teatrais: Todos Eram Meus Filhos (1947) é sua primeira peça teatral, nela ele denuncia um fornecedor de material bélico que é responsável pela morte de vários pilotos, por isso passa a ser visto como esquerdista e a peça é proibida na Europa; A Morte do Caixeiro Viajante (1949) seu maior sucesso teatral; As Feiticeiras de Salém (1953) que trata-se de um processo verídico contra algumas pessoas que usavam de práticas demoníacas; e um roteiro de cinema Os Desajustados (1960), sendo produzido para a sua segunda esposa: a famosa atriz Marilyn Monroe; escreve ainda alguns contos e ensaios sobre teatro. Arthur Miller e Marilyn Monroe mal acabam de casar e ele é condenado à prisão por trinta dias, devido ser “pouco cooperativo” sendo muito assediados pelos jornalistas. O casamento resultou em uma grande catástrofe para ambos: Miller passa sete anos sem escrever nada, a não ser um roteiro para o cinema, Os Desajustados (1960), os jornalistas passam a chamar Arthur de Pigmalião e Marilyn de Galatéia, os personagens principais do ensaio. O casal separa-se, e Marilyn casa-se novamente em no início de1962, após alguns meses, em agosto, ela suicida-se. Apesar de Estarem separados há bastante tempo, Miller fica muito deprimido.

A MORTE DO CAIXEIRO VIAJANTE:
“O teatro caracteriza-se por sua ambigüidade, por um hibridismo que deve ser levado em conta sempre que analisamos uma peça” (MOISÉS, 2008, p. 45)
A peça teatral de autoria de Arthur Miller tem sua estréia em 10 de fevereiro de 1949 em um período pós-guerra, trazendo grande preocupação ao autor, pois diante de tanta euforia da população, que vivia um clima de prosperidade, de sonho americano, falar da vida simples de um caixeiro viajante seria bastante contrastante, mas por surpresa de Miller, todos aplaudiram com emoção.

Trata-se de uma peça teatral que possui dois atos e o Réquiem (oração pelos mortos- repouso), tendo como personagens: Willy Loman (caixeiro viajante que o personagem principal); Linda (sua mulher); Biff e Happy (seus filhos); Charley (vizinho); Bernard (filho de Charley); Tio Ben (irmão de Willy); Howard Wagner (patrão de Willy); A Mulher (amante de Willy); Jenny (secretária de Charley); Stanley (empregado do restaurante); Senhorita Forsythe e Letta (jovens que saem com Biff e Happy).

Willy Loman convive com um drama que junta o passado e o presente trazendo a tona muitos conflitos sociais e familiares, que o destroem pouco a pouco. Nesse texto o leitor ou expectador pode constatar através dos personagens, o estrago que a crise econômica de 1929 impõe à sociedade norte-americana. Também é nítido o descrédito dado ao homem de idade mais avançada.

O enredo da peça enfoca conflitos da vida de Willy Loman, que ainda jovem, com dezoito ou dezenove anos como caixeiro viajante, pensando em abandonar tudo para tentar a vida no Alaska com seu irmão Ben, decide optar por sua profissão, ao conhecer Dave Singleman, um caixeiro viajante de 84 anos, que tinha tanto prestígio que nem precisava sair do seu quarto de hotel para ganhar a vida. Bastava ligava para seus clientes e eles vinham ao seu encontro. Com sua morte compareceram pessoas vindas de mais de trinta estados aos quais ele vendia. Assim Willy decide que essa seria a melhor profissão a seguir.

“[...] conheci um caixeiro viajante no Park House. Chamava-se Dave Singleman. Tinha oitenta e quatro anos e já tinha vendido mercadorias em trinta e um Estados. [...] O velho Dave subia pro quarto, compreende, botava os chinelos de veludo verde [...] pegava o telefone e chamava os compradores. E mesmo sem sair do quarto, com oitenta e quatro anos ganhava a vida. [...] Por acaso há no mundo alguma coisa mais formidável do que uma pessoa com oitenta e quatro anos capaz de viajar por vinte, trinta cidades diferentes, e ser lembrado, amado e ajudado por tantas pessoas diferentes? [..] (MILLER, 1980, p. 363-364)

 Com a esperança de melhorar de vida Willy comete vários erros, dentre eles o fato de acreditar que a ascensão financeira era só uma questão de tempo. Teve a triste ilusão de que as pessoas gostavam dele e eram amigas.



REFERÊNCIA

MOISÉS, Massaud. A Análise Literária. 17ª ed. São Paulo: Cutrix, 2008.
MILLER, Arthur. A Morte do Caixeiro Viajante. Tradução de Flávio Rangel. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

O FRACASSO DO SONHO AMERICANO EM A MORTE DO CAIXEIRO VIAJANTE DE ARTHUR MILLER

Daise Lílian Fonseca Dias Professora mestre da Universidade Federal de Campina Grande

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar a subversão do sonho americano na peça clássica Amorte do caixeiro viajante (1949), do dramaturgo americano Arthur Miller (1915-2005). Essa peça é a parábola dos Estados Unidos no século XX: um país dividido entre o sonho e a realidade, mergulhado na perigosa selva do capitalismo, na qual, para obter a tão importante aprovação social, o homem tem que, sem medir esforços, vencer. Arealização do sonho americano acaba sendo privilégio de alguns, e não de todos, conforme a propaganda política deixava implícito. Apeça denuncia isso.

Palavras-chave: sonho americano; fracasso; fantasia

Abstract

The objective of this paper is to analyze the subversion of the American Dream in the classic play Death of a salesman (1949), written by the American dramatist Arthur Miller (1915-2005). This play is the parable of the United States in the 20th Century: a country divided between the dream and the reality, drowned in the dangerous jungle of capitalism, where in order to attain social approval, a man has to win. The fulfillment of the American Dream ends up being a privilege of just a few and not of all those who tried – as the political propaganda left implied, and the play denounces.

Keywords: American dream; failure; fantasy.

“A nossa é a única nação que se orgulha de um sonho e que lhe empresta o nome, 'o Sonho Americano'”. Estas são as palavras que o estudioso americano, Lionel Trilling usa para definir algo que permanece até hoje como sendo um fator que diferencia os Estados Unidos do resto do mundo. Mas, o que é o sonho americano? Seria algo mais que um clichê de oradores políticos e de escritores editoriais? Allen (1972, p.1) diz:

“Se tudo em que nos pudéssemos basear fossem os discursos de 4 de julho e de posse presidencial, poderíamos eliminá-lo como praticamente sem sentido, ou como sinônimo talvez de algo chamado 'livre empreendimento ou a maneira americana de viver”.




Referência

http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2016/02/joao-santana-mais-que-um-marqueteiro.html
http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdeteatro/1663192
https://youtu.be/ow-FQRoSacs
http://pergaminhosdafelicidade.blogspot.com.br/2012/05/analise-da-obra-morte-do-caixeiro.html
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/Ingles/artigos/daisedias.pdf

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