“Aroma de mirra, de aloés e cássia exala de tuas
vestes, desde as casas de marfim.”
(Salmos, XLIV, 9)
Artistas participam de campanha pela liberdade de produtor preso após reconhecimento por foto
Artistas participam de campanha pela liberdade de produtor preso após reconhecimento por foto
Um Botão de Rosa… Para as Crianças
https://www.adf.org.br/home/um-botao-de-rosa-para-as-criancas/
No link:
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Direito & Literatura -
"Botão-de-rosa", de Murilo Rubião (Bloco 1)
TV e Rádio Unisinos
Nesse Direito & Literatura discutimos do
conto "Botão-de-rosa", de Murilo Rubião. Para o debate, Lenio Streck
recebe no estúdio Atílio Bergamini Jr., doutor e professor de Letras, e Ary
Lopes Jr., professor do PPG em Ciências Criminais ds PUC/RS.
https://www.youtube.com/watch?v=6709_K7_I50&feature=youtu.be
Produtor de eventos é condenado após
reconhecimento via foto em rede social
https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/c8/2020/09/18/angelo-gustavo-pereira-produtor-cultural-de-28-anos-foi-condenado-por-roubo-a-mao-armada-com-base-apenas-no-reconhecimento-fotografico-informal-da-vitima-a-partir-de-fotos-em-rede-social-1600461269290_v2_450x600.jpg
Angelo
Gustavo Pereira, produtor cultural de 28 anos, foi condenado por roubo a mão
armada com base apenas no reconhecimento fotográfico informal da vítima a
partir de fotos em rede social
Imagem: Arquivo Pessoal
Marcela Lemos
Colaboração para o UOL, no Rio
20/09/2020 04h00
O produtor de eventos Angelo Gustavo Pereira, 28, foi
condenado por roubo de carro a mão armada no Rio de Janeiro após ter sido
identificado pela vítima em uma foto nas redes sociais. O reconhecimento
fotográfico, única prova contra ele, é contestado pela defesa, que alega que o
homem não poderia ter participado do crime, ocorrido em agosto de 2014, porque
estava se recuperando de uma cirurgia no pulmão na época.
Pereira foi condenado a seis anos e já está preso há 16
dias. Procurado, o Tribunal de Justiça do Rio e a Polícia Civil do Rio não se
pronunciaram sobre o caso.
De acordo com os fatos narrados em juízo, homens em três
motos participaram da abordagem de um motorista na Praia do Flamengo em 27 de
agosto de 2014. O carro só foi localizado dois meses depois em endereço
próximo. Dentro do veículo, estavam documentos de outro homem que virou réu no
processo após ter sido identificado pela polícia.
Em uma pesquisa nas redes sociais, a vítima encontrou fotos
do suspeito com Pereira e fez o reconhecimento. A forma informal como isso se
deu é contestada pela defesa, que acusa diversos erros no processo. "Não
há nada além dessa foto onde ele aparece ao lado de outro suspeito de cometer o
crime", afirma Tamylle Saldanha, advogada do produtor.
O produtor só soube que estava respondendo a um processo
criminal quando recebeu uma intimação um ano depois. A prisão preventiva chegou
a ser decretada no mesmo ano, mas foi revogada porque a Justiça entendeu que o
tempo necessário para o processo ser concluído já havia sido extrapolado.
Clarissa Oliveira, outra advogada do produtor, diz que a polícia não investigou
o caso. "Gustavo foi condenado por estar na foto de outro suspeito, a
polícia nunca investigou o caso. As câmeras do local nunca foram solicitadas
pela polícia. Anos depois, quando solicitadas em juízo, as imagens já não
existiam mais. Não tem nada que comprove a situação dele neste crime",
afirma.
Outro ponto levantado pelas advogadas é que Pereira não
tinha condições de andar de moto na época do crime. Um mês antes do roubo, ele
passou por um pneumotórax, uma intervenção cirúrgica que consiste no uso de
tubos para a retirada de ar retido entre as duas camadas da pleura, que reveste
o pulmão. O acúmulo provoca dificuldade respiratória e dor torácica. A alta
ocorreu em 24 de julho de 2014, um mês antes do assalto.
Testemunhas atestam que ele ainda estava se recuperando da
cirurgia na data do crime. Uma delas afirmou, em juízo, que Pereira esteve na
missa de sétimo dia de um amigo no dia e relatou que ele estava frágil,
"sem condições de andar de moto ou sair". desembargador do Tribunal
de Justiça do Rio, Carlos Eduardo Roboredo, classificou a declaração da
testemunha como "mero juízo de valor".
"Ele estava se recuperando, tinha tido alta recente de
um pneumotórax no pulmão esquerdo, mas estava debilitado ainda. Não estava
saindo e fazia de casa a divulgação dos eventos dele", afirmou um amigo,
Thiago Correa, 33, ao UOL.
O horário da celebração religiosa foi outro detalhe
questionado pelo magistrado. A missa ocorreu às 18h e o crime, às 22h. "O
lapso temporal é bastante razoável para que o réu se deslocasse até o local do
crime na garupa da motocicleta do seu amigo corréu", afirmou o juiz.
O "amigo" em questão é um comprador do carro. O
homem foi identificado pela vítima como o responsável por anunciar o assalto e
assumir a direção do veículo. Em juízo, ela disse que o bandido teve problemas
ao lidar com o veículo por ter câmbio automático. O juiz ignorou o fato de ele
ser manobrista, o que o obriga a dirigir carros automáticos e manuais. Também
considerou os indícios suficientes.
"As provas dos autos não deixaram dúvida quanto à
autoria, mormente diante das declarações prestadas pela vítima, a qual
demonstrou firme segurança em reconhecer os acusados como sendo dois dos
elementos que o roubaram, não restando dúvida de que nos crimes patrimoniais, a
palavra da vítima tem especial relevância", decidiu Carlos Eduardo
Roboredo, desembargador do TJ-RJ.
A decisão de Roboredo foi dada em 2 de setembro. No mesmo
dia, Pereira foi preso, e somente nessa ocasião constitui advogados próprios.
Até então, sua defesa era feita pela Defensoria Pública.
"Ninguém sabia o que estava ocorrendo até que
policiais foram à casa da mãe dele. Como ele não estava, pediram para ele
passar na delegacia para assinar um termo. Ele foi. Quando chegou lá, recebeu
voz de prisão. Que culpado se apresenta na delegacia?", questionou a
advogada Tamylle Saldanha.
Como o processo já foi julgado em primeira e segunda
instância, a defesa de Pereira já traça novas estratégias. "O que cabe
agora é uma nova ação para desconstituir todo o processo que foi julgado com
base na premissa equivocada", diz Saldanha.
Dividiu cela com violoncelista preso por engano
Pai de uma menina de seis anos, Pereira está preso no
presídio Tiago Teles, em São Gonçalo. Lá, dividiu cela com o músico Luiz Carlos
Justino. O violoncelista foi preso injustamente sob acusação de assalto a mão
armada em Niterói, região metropolitana do Rio. Entretanto, ele estava
trabalhando tocando em uma padaria no momento do crime.
Após quatro dias preso, Justino foi solto no dia 6 de setembro
por decisão do juiz André Nicolitt. O magistrado estranhou a presença da foto
de Justino, à época sem anotações criminais, na base de reconhecimento
fotográfico da polícia.
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/09/20/produtor-de-eventos-e-condenado-apos-reconhecimento-via-foto-em-rede-social.htm
Botão de
Rosa
Vicente
Celestino
Estava um
botão de branca rosa
Brincando, airosa, à brisa matinal
De um céu de anil
Veio um dourado beija-flor, em a beijar sutil
E, sem respeito à castidade
Do botão, beijou-o, febril
O alvo
rubor, da branca rosa
Tão maculado pelo beija-flor
Se entristeceu
E o pobre do botão, ferido
Emurcheceu, dorido
Não mais se abriu, morreu
E o louco
beija-flor
Cheio de mágoa e preso à dor
Infinda que o calor num beijo espalma
Chorando, embandeirou as asas
E foi cair as brasas
Do remorso d'alma
Eu sou o
beija-flor
Das serenatas matinais
Beijando loucamente os roseirais
Tu és a linda imagem da flor
Ainda em botão
Perdoa, ó meu amor, por Deus perdão
Composição
de Uriel Lourival
https://www.cifraclub.com.br/vicente-celestino-musicas/botao-de-rosa/letra/
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