terça-feira, 3 de novembro de 2020

ARGUMENTO

 

Sem preconceito
Ou mania de passado
Sem querer ficar do lado
De quem não quer navegar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar

Paulinho da Viola

 

'É na dificuldade que a liderança emerge', diz Santos Cruz sobre coronavírus




 

General Santos Cruz e Jair Bolsonaro

O então ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, na posse de Jair Bolsonaro (01.jan.2019)

Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

 

O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro, publicou nesta manhã de sexta-feira (27) texto no qual afirma que “o líder tem que transmitir uma orientação, segura, serena, exemplar e tem de prestigiar seus assessores, tem que assumir a responsabilidade de todo o processo”. No texto sob o título “Coronavírus - Liderança e Coordenação”, o militar afirma que “é na dificuldade que a liderança emerge”. 

Santos Cruz elogia a atuação, “desde o início”, do Ministério da Saúde pela “linha confiável, transmitindo tranquilidade, realismo e conhecimento”. Para o general, “o apoio político à área técnica é fundamental”.  

“É hora de estar acima das disputas partidárias, ideológicas, eleitoreiras e de unir os governadores, prefeitos, poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, empresariado, população. É importante confiar na área técnica, discutir as opções internamente na área governamental e, após decidir, preservando a flexibilidade, prestigiar as recomendações, ter uma coordenação de governo, transmitir tranquilidade, equilíbrio, coerência e exemplo”, publicou Santos Cruz. 

Ao concluir o texto, o ex-ministro diz que “discussões públicas e contradições mostram falta de coordenação e não trazem a tranquilidade e a paz necessárias para a população enfrentar este período difícil”. “A liderança, nesse momento crítico, exige percepção, calma e sensibilidade. Tem que ter bom senso, autoconfiança e humildade para tentar recuperar o tempo perdido.”

Por Iuri Pitta, CNN  

27 de março de 2020 às 11:12

Tópicos

Coronavírus

 

https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2020/03/27/e-na-dificuldade-que-a-lideranca-emerge-diz-santos-cruz-sobre-coronavirus

 



 No link:

https://youtu.be/T1gB9Dwn7Ek

Argumento

Paulinho da Viola


(fonte: site oficial)


Compositor: Paulinho Da Viola

https://www.vagalume.com.br/paulinho-da-viola/argumento.html

 

 

 

 

O nevoeiro e o vácuo de liderança

 

Tancredo Neves assinalou certa vez, com a experiência de quem viveu muitos momentos tensos e decisivos: “A esperança é o único patrimônio dos deserdados, e é a ela que recorrem as nações, ao ressurgirem dos desastres históricos”. O mundo inteiro ainda assiste apreensivo e perplexo o furacão que devastou 2020, a partir da explosão pandêmica da COVID-19. Para despertar esperança, estadistas e líderes políticos precisam de firmeza, clareza, capacidade de previsão e compartilhamento convincente sobre os rumos a serem seguidos. Mas a sociedade não se alimenta só de retórica e promessas, quer ações e resultados.

Confesso que está difícil, no Brasil de nossos dias, ser um “realista esperançoso” como queria Ariano Suassuna. A cruzada contra a “vacina chinesa”, o fato de o próprio governo desestimular a população a se imunizar e a permanente exaltação de “medicamentos milagrosos” contra a COVID-19 não formam propriamente um quadro otimista. Tantos desafios e a energia sendo desperdiçada em polêmicas inúteis. Como diria Nelson Rodrigues é óbvio ululante que só serão oferecidas à população vacinas registradas na ANVISA, portanto seguras e eficazes. Assim como é uma sonora idiotice achar que há um plano diabólico do Partido Comunista Chinês por trás de sua vacina.

Se o horizonte no front da saúde pública é turvado pelo nevoeiro, na economia o cenário também é confuso e preocupante. O ufanismo governamental pode até tentar pintar de cor de rosa a realidade, mas o Brasil fechará o ano com uma dívida pública equivalente a 100% do PIB, um déficit primário de cerca de 860 bilhões, títulos do Tesouro Nacional sendo negociados com prazos cada vez mais curtos e juros cada vez mais altos, dólar batendo recordes de valorização e o mercado financeiro e de capitais nervoso e desconfiado.

Não é para menos. Amanhã entraremos em novembro e faltarão apenas oito semanas de trabalho parlamentar. A LDO ainda não foi votada. A Comissão Mista de Orçamento sequer foi instalada. O Orçamento Geral da União, que é a bússola necessária para sinalizar como lidaremos com a enorme restrição fiscal em 2021 e afastar especulações sobre experimentos heterodoxos e extravagantes, poderá não ser votado. As propostas de emendas constitucionais do pacto federativo, emergencial e dos fundos públicos e suas variantes, que poderiam flexibilizar a execução orçamentária, descansam empoeiradas nas gavetas. A dois meses do final do ano, os 64 milhões de brasileiros beneficiados pelo auxílio emergencial durante a pandemia não têm ideia do que ocorrerá em janeiro. E os 17 setores desonerados? Qual a previsão para o início do próximo ano? Nenhuma.

As reformas tributária e administrativa empacaram diante da falta de apetite reformador do governo. As privatizações naufragaram no vácuo de liderança e de apoio parlamentar. Medidas desburocratizantes e a abertura externa caminham a passo de tartaruga. O Congresso, que tanto tem a deliberar ainda em 2020, está bloqueado em suas votações por obstrução parlamentar, instrumento clássico das oposições. Mas aqui não, é a própria base do Governo liderada pelo “Centrão” que obstruí os trabalhos.

Para Ariano Suassuna, o otimista é um tolo e o pessimista um chato. Mas está difícil ser “um realista esperançoso” diante dos fatos que marcam o final de ano de um Brasil mergulhado na pandemia.

Marcus Pestana*

sábado, 31 de outubro de 2020

 

 

*Marcus Pestana, ex-deputado federal (PSDB-MG)

https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/10/marcus-pestana-o-nevoeiro-e-o-vacuo-de.html

 

 

 

 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Fernando Gabeira - O perigoso esporte de humilhar general

 

- O Globo

A humilhação repercute no respeito que as pessoas têm pelas Forças Armadas

Com a redemocratização, conheci alguns generais. Um deles visitava nossa casa para alegria das crianças. Era o bisavô das meninas, já nos últimos anos de vida. Serviu no Brasil profundo, tinha memórias de índios e do mato.

Um dia ele me contou que o médico íntimo dele, antes de operá-lo, aplicou a anestesia e perguntou: “Quer dizer que o senhor é o general da banda?” Ele tentou responder, mas dormiu com um sorriso nos lábios.

“General da banda” é uma canção antiga, regravada por Astrud Gilberto, que dizia: “Chegou o general da banda, eh eh/ Chegou o general da banda eh ah”. Era possível brincar com um velho general. Mas seria impensável desrespeitá-lo.

Quando leio nos jornais que há um plano para humilhar generais, minha reação inicial é esta: um general não se deixa humilhar.

Mas, ao longo destes anos compreendi também que, assim como nos outros ofícios, há diferenças entre as pessoas. Nem todas se comportam da mesma maneira. Há generais que entraram no governo pensando num trabalho sério. Santos Cruz foi golpeado por intrigas. Saiu e hoje é um crítico sensato dos descaminhos de Bolsonaro.

Rêgo Barros foi um dos generais que conheci, como jornalista. Era a interface com o Exército, coordenava a comunicação. Fui visitá-lo algumas vezes no Forte Apache, na tarefa de preparar programas de TV sobre algumas ações militares que me interessavam.

Ele se tornou porta-voz de Bolsonaro, foi destituído e vejo que estava certo ao manter meu interesse por ele. Percebeu a vulgaridade e o delírio de poder de Bolsonaro e segue seu caminho.

Infelizmente, nem todos se comportam assim. Tive poucos contatos com o general Heleno. O primeiro foi no Haiti, quando ele comandava a força da ONU. O segundo, na Amazônia; chegamos a viajar juntos para as terras ianomâmi. Heleno teve uma curta passagem como comentarista de TV, na Band, analisava segurança pública.

Sua trajetória é de adesão total ao projeto Bolsonaro. Ao colocar Abin e GSI na busca de uma defesa para as trapalhadas de Flávio, ele se revelou um samurai da família Bolsonaro.

Mergulhou tão rancorosamente no passado que manda espiões para encontros internacionais que tratam do tema essencial para o futuro do Brasil: o meio ambiente.

Trajetória estranha também é a do general Pazuello, a quem não conheci pessoalmente, apesar de ter visitado as instalações da Operação Acolhida em Roraima. Pazuello foi desautorizado publicamente por Bolsonaro, em seguida posou ao lado do presidente e disse simplesmente: “Um manda, e o outro obedece”.

Espontaneamente, ele igualou suas funções à de um varredor da porta do quartel. E nos deu uma antevisão da situação calamitosa da saúde no Brasil: ele simplesmente obedece a Bolsonaro, uma das pessoas mais obtusas nesse campo, para não falar de vários outros.

Como se não bastasse tudo isso, o ministro Ricardo Salles chama o general Ramos de Maria Fofoca nas redes sociais, e nada acontece com ele.

Alguns analistas acham que Bolsonaro tem prazer em humilhar generais, para compensar seu fracasso no Exército. Não me interessa tanto o lado psicológico. O mais importante para mim é lembrar que a humilhação de generais repercute no respeito ou desprezo que as pessoas têm pelas Forças Armadas.

O desprezo pelas Forças Armadas, por sua vez, repercute na política de segurança nacional. Não é possível que, por um dinheirinho a mais os militares, ocupem um governo destruidor e incapaz e ameacem com isso sua função constitucional específica.

Não precisamos de Forças Armadas para derrubar essas aberrações momentâneas. Nos Estados Unidos, Trump pode ir para o espaço com as eleições. Derrotaremos Bolsonaro e quantos militares estiveram ao seu lado. Não é esse o problema.

O que faremos com a vitória se o sentimento elementar de honra abandonar nossas Forças Armadas?

Uma das consequências mais nefastas do governo Bolsonaro foi ter comprometido as Forças Armadas. Todo o trabalho de recomposição no período democrático pode estar se perdendo, de alguma forma.

Não há presos políticos nem tortura, é verdade. Mas os problemas são de outra natureza, as consciências despertas para novas realidades. Um pobre general abraçado à cloroquina, espionando encontros internacionais, sendo chamado de Maria Fofoca — tudo isso é demonstração de que a insanidade sentou praça.

https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/11/fernando-gabeira-o-perigoso-esporte-de.html

 

 

 

 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Catarina Rochamonte* - A Constituinte do centrão

 

- Folha de S. Paulo

Em uma de suas frases acerbas a respeito da nossa Carta de 1988, Roberto Campos a descreve como "saudavelmente libertária no político, cruelmente liberticida no econômico, comoventemente utópica no social." Essa é, de modo geral, a visão liberal acerca da atual Constituição. Reavaliá-la deve estar no horizonte político, e o Congresso guarda poder para modificá-la através de emendas.

Embora seja possível uma nova Constituinte, ela configura uma ruptura com a ordem em vigor e normalmente resulta de lutas sociais, revoluções ou golpes de Estado. Pode resultar também de um descarado oportunismo político, como é o caso do projeto que o líder do governo, Ricardo Barros, pretende submeter ao Congresso no sentido de viabilizar um plebiscito para uma nova Constituinte. Felizmente a proposta está sendo amplamente repudiada.

Tentando evitar desgastes ao governo, o general Mourão disse que a ideia de Barros foi um "voo solo". Não convence. O líder de Bolsonaro é um dos ases do fisiologismo político e sempre vai por onde sopra o vento coletivo do centrão. Em seguida, veio o próprio Barros dizer que errou "em não consultar o governo antes". Convence menos ainda. Até porque ele continua a tocar o projeto sem nenhum óbice por parte do presidente.

O interesse da Constituinte disparatada é a impunidade. A questão crucial dos políticos fisiológicos que controlam o Congresso é impedir que políticos corruptos sejam investigados e presos: "estancar a sangria", como revelou lá atrás Romero Jucá.

A construção da impunidade dos grandes, coisa que chamam de "governabilidade", é a razão de ser do centrão, tão bem representado pelo líder Ricardo Barros. Tal estratégia é uma questão de sobrevivência, pois o centrão abriga uma variada gama de políticos sob investigação judicial, denunciados, réus; alguns presos.

Mas eles nem precisavam se arriscar em uma proposta tão ousada quando a impunidade já vai indo tão bem na atual conjuntura política.

*Catarina Rochamonte, doutora em filosofia, autora do livro 'Um olhar liberal conservador sobre os dias atuais' e presidente do Instituto Liberal do Nordeste (ILIN)

https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/11/catarina-rochamonte-constituinte-do.html



 

 

 

 No link:

https://youtu.be/bb_AWhRrhTY

General Santos Cruz: 'O combate à corrupção tem que ser feito de acordo com um planejamento'

 

Jovem Pan - 3 em 1

Ao comentar a atual situação do governo de Bolsonaro, com base em sua experiência como ministro da Secretaria de governo, o general Santos Cruz aponta as falhas da gestão, nas condições para nomeação de cargos e atuação dos assessores

https://www.youtube.com/watch?v=bb_AWhRrhTY

 

General da Banda

Astrud Gilberto




 No link:

https://youtu.be/cSgLmCAovss

Chegou o general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Chegou o general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Mourão, Mourão
Vara madura que não cai.
Mourão, Mourão.
Catuca por baixo que ele vai.

Mourão, Mourão.
Vara madura que não cai.
Mourão, Mourão, Mourão.
Oi catuca pro baixo que ele vai.

Chegou o general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Chegou o general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Mourão, Mourão
Vara madura que não cai.
Mourão, Mourão.
Catuca por baixo que ele vai.

Mourão, Mourão.
Vara madura que não cai.
Mourão, Mourão, Mourão.
Oi catuca por baixo que ele vai.

Chegou o general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Chegou o general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Chegou o general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Chegou o general da banda, he he.
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Chegou o general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Chegou o general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Chegou o general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Mourão, Mourão.
Vara madura que não cai.
Mourão, Mourão.
Catuca por baixo que ele vai.

Mourão, Mourão.
Vara madura que não cai.
Mourão, Mourão, Mourão.
Oi catuca por baixo que ele vai.

Chegou o general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Chegou o general da banda, he he, he he, he he, he he, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Chegou o general da banda, he he, he he, he he, he he, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Chegou o general da banda, he he, he he, he he, he he, he he.
Chegou o general da banda, he a.

Chegou o general da banda, he he, he he, he he, he he he he.
Chegou o general da banda, he a.

Chegou o general da banda, he he, he he, he he, he he he he.
Chegou o general da banda, he a....

Composição: Silva.

https://www.letras.mus.br/astrud-gilberto/general-da-banda/

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