Sem preconceito
Ou mania de passado
Sem querer ficar do lado
De quem não quer navegar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar
Paulinho da Viola
'É na dificuldade
que a liderança emerge', diz Santos Cruz sobre coronavírus
O então ministro
da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, na posse de Jair Bolsonaro
(01.jan.2019)
Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República
O general da reserva Carlos Alberto
dos Santos Cruz, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro, publicou nesta manhã de
sexta-feira (27) texto no qual afirma que “o líder tem que transmitir uma
orientação, segura, serena, exemplar e tem de prestigiar seus assessores, tem
que assumir a responsabilidade de todo o processo”. No texto sob o título
“Coronavírus - Liderança e Coordenação”, o militar afirma que “é na dificuldade
que a liderança emerge”.
Santos Cruz elogia a atuação, “desde o
início”, do Ministério da Saúde pela “linha confiável, transmitindo
tranquilidade, realismo e conhecimento”. Para o general, “o apoio político à
área técnica é fundamental”.
“É hora de estar acima das disputas
partidárias, ideológicas, eleitoreiras e de unir os governadores, prefeitos,
poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, empresariado, população. É
importante confiar na área técnica, discutir as opções internamente na área
governamental e, após decidir, preservando a flexibilidade, prestigiar as
recomendações, ter uma coordenação de governo, transmitir tranquilidade,
equilíbrio, coerência e exemplo”, publicou Santos Cruz.
Ao concluir o texto, o ex-ministro diz
que “discussões públicas e contradições mostram falta de coordenação e não
trazem a tranquilidade e a paz necessárias para a população enfrentar este
período difícil”. “A liderança, nesse momento crítico, exige percepção, calma e
sensibilidade. Tem que ter bom senso, autoconfiança e humildade para tentar
recuperar o tempo perdido.”
Por Iuri Pitta, CNN
27 de março de 2020 às 11:12
Tópicos
Coronavírus
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2020/03/27/e-na-dificuldade-que-a-lideranca-emerge-diz-santos-cruz-sobre-coronavirus
Argumento
Paulinho da Viola
(fonte: site oficial)
Compositor: Paulinho Da Viola
https://www.vagalume.com.br/paulinho-da-viola/argumento.html
O nevoeiro e o
vácuo de liderança
Tancredo Neves
assinalou certa vez, com a experiência de quem viveu muitos momentos tensos e
decisivos: “A esperança é o único patrimônio dos deserdados, e é a ela que
recorrem as nações, ao ressurgirem dos desastres históricos”. O mundo inteiro
ainda assiste apreensivo e perplexo o furacão que devastou 2020, a partir da
explosão pandêmica da COVID-19. Para despertar esperança, estadistas e líderes
políticos precisam de firmeza, clareza, capacidade de previsão e
compartilhamento convincente sobre os rumos a serem seguidos. Mas a sociedade
não se alimenta só de retórica e promessas, quer ações e resultados.
Confesso que está difícil, no Brasil
de nossos dias, ser um “realista esperançoso” como queria Ariano Suassuna. A
cruzada contra a “vacina chinesa”, o fato de o próprio governo desestimular a
população a se imunizar e a permanente exaltação de “medicamentos milagrosos”
contra a COVID-19 não formam propriamente um quadro otimista. Tantos desafios e
a energia sendo desperdiçada em polêmicas inúteis. Como diria Nelson Rodrigues
é óbvio ululante que só serão oferecidas à população vacinas registradas na
ANVISA, portanto seguras e eficazes. Assim como é uma sonora idiotice achar que
há um plano diabólico do Partido Comunista Chinês por trás de sua vacina.
Se o
horizonte no front da saúde pública é turvado pelo nevoeiro, na economia o
cenário também é confuso e preocupante. O ufanismo governamental pode até
tentar pintar de cor de rosa a realidade, mas o Brasil fechará o ano com uma
dívida pública equivalente a 100% do PIB, um déficit primário de cerca de 860
bilhões, títulos do Tesouro Nacional sendo negociados com prazos cada vez mais
curtos e juros cada vez mais altos, dólar batendo recordes de valorização e o
mercado financeiro e de capitais nervoso e desconfiado.
Não é para menos. Amanhã entraremos em
novembro e faltarão apenas oito semanas de trabalho parlamentar. A LDO ainda
não foi votada. A Comissão Mista de Orçamento sequer foi instalada. O Orçamento
Geral da União, que é a bússola necessária para sinalizar como lidaremos com a
enorme restrição fiscal em 2021 e afastar especulações sobre experimentos
heterodoxos e extravagantes, poderá não ser votado. As propostas de emendas
constitucionais do pacto federativo, emergencial e dos fundos públicos e suas
variantes, que poderiam flexibilizar a execução orçamentária, descansam
empoeiradas nas gavetas. A dois meses do final do ano, os 64 milhões de
brasileiros beneficiados pelo auxílio emergencial durante a pandemia não têm
ideia do que ocorrerá em janeiro. E os 17 setores desonerados? Qual a previsão
para o início do próximo ano? Nenhuma.
As reformas tributária e
administrativa empacaram diante da falta de apetite reformador do governo. As
privatizações naufragaram no vácuo de liderança e de apoio parlamentar. Medidas
desburocratizantes e a abertura externa caminham a passo de tartaruga. O
Congresso, que tanto tem a deliberar ainda em 2020, está bloqueado em suas
votações por obstrução parlamentar, instrumento clássico das oposições. Mas
aqui não, é a própria base do Governo liderada pelo “Centrão” que obstruí os
trabalhos.
Para Ariano Suassuna, o otimista é um
tolo e o pessimista um chato. Mas está difícil ser “um realista esperançoso”
diante dos fatos que marcam o final de ano de um Brasil mergulhado na pandemia.
Marcus Pestana*
*Marcus Pestana,
ex-deputado federal (PSDB-MG)
https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/10/marcus-pestana-o-nevoeiro-e-o-vacuo-de.html
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
Fernando
Gabeira - O perigoso esporte de humilhar general
- O Globo
A humilhação
repercute no respeito que as pessoas têm pelas Forças Armadas
Com a redemocratização, conheci alguns
generais. Um deles visitava nossa casa para alegria das crianças. Era o bisavô
das meninas, já nos últimos anos de vida. Serviu no Brasil profundo, tinha
memórias de índios e do mato.
Um dia ele me contou que o médico
íntimo dele, antes de operá-lo, aplicou a anestesia e perguntou: “Quer dizer
que o senhor é o general da banda?” Ele tentou responder, mas dormiu com um
sorriso nos lábios.
“General da banda” é uma canção
antiga, regravada por Astrud Gilberto, que dizia: “Chegou o general da banda,
eh eh/ Chegou o general da banda eh ah”. Era possível brincar com um velho
general. Mas seria impensável desrespeitá-lo.
Quando leio nos jornais que há um
plano para humilhar generais, minha reação inicial é esta: um general não se
deixa humilhar.
Mas, ao longo destes anos compreendi
também que, assim como nos outros ofícios, há diferenças entre as pessoas. Nem
todas se comportam da mesma maneira. Há generais que entraram no governo
pensando num trabalho sério. Santos Cruz foi golpeado por intrigas. Saiu e hoje
é um crítico sensato dos descaminhos de Bolsonaro.
Rêgo Barros foi um dos generais que
conheci, como jornalista. Era a interface com o Exército, coordenava a
comunicação. Fui visitá-lo algumas vezes no Forte Apache, na tarefa de preparar
programas de TV sobre algumas ações militares que me interessavam.
Ele se tornou porta-voz de Bolsonaro,
foi destituído e vejo que estava certo ao manter meu interesse por ele.
Percebeu a vulgaridade e o delírio de poder de Bolsonaro e segue seu caminho.
Infelizmente, nem todos se comportam
assim. Tive poucos contatos com o general Heleno. O primeiro foi no Haiti,
quando ele comandava a força da ONU. O segundo, na Amazônia; chegamos a viajar
juntos para as terras ianomâmi. Heleno teve uma curta passagem como
comentarista de TV, na Band, analisava segurança pública.
Sua trajetória é de adesão total ao
projeto Bolsonaro. Ao colocar Abin e GSI na busca de uma defesa para as
trapalhadas de Flávio, ele se revelou um samurai da família Bolsonaro.
Mergulhou tão rancorosamente no
passado que manda espiões para encontros internacionais que tratam do tema
essencial para o futuro do Brasil: o meio ambiente.
Trajetória estranha também é a do
general Pazuello, a quem não conheci pessoalmente, apesar de ter visitado as
instalações da Operação Acolhida em Roraima. Pazuello foi desautorizado
publicamente por Bolsonaro, em seguida posou ao lado do presidente e disse
simplesmente: “Um manda, e o outro obedece”.
Espontaneamente, ele igualou suas
funções à de um varredor da porta do quartel. E nos deu uma antevisão da
situação calamitosa da saúde no Brasil: ele simplesmente obedece a Bolsonaro,
uma das pessoas mais obtusas nesse campo, para não falar de vários outros.
Como se não bastasse tudo isso, o
ministro Ricardo Salles chama o general Ramos de Maria Fofoca nas redes
sociais, e nada acontece com ele.
Alguns analistas acham que Bolsonaro
tem prazer em humilhar generais, para compensar seu fracasso no Exército. Não
me interessa tanto o lado psicológico. O mais importante para mim é lembrar que
a humilhação de generais repercute no respeito ou desprezo que as pessoas têm
pelas Forças Armadas.
O desprezo pelas Forças Armadas, por
sua vez, repercute na política de segurança nacional. Não é possível que, por
um dinheirinho a mais os militares, ocupem um governo destruidor e incapaz e
ameacem com isso sua função constitucional específica.
Não precisamos de Forças Armadas para
derrubar essas aberrações momentâneas. Nos Estados Unidos, Trump pode ir para o
espaço com as eleições. Derrotaremos Bolsonaro e quantos militares estiveram ao
seu lado. Não é esse o problema.
O que faremos com a vitória se o
sentimento elementar de honra abandonar nossas Forças Armadas?
Uma das consequências mais nefastas do
governo Bolsonaro foi ter comprometido as Forças Armadas. Todo o trabalho de
recomposição no período democrático pode estar se perdendo, de alguma forma.
Não há presos políticos nem tortura, é
verdade. Mas os problemas são de outra natureza, as consciências despertas para
novas realidades. Um pobre general abraçado à cloroquina, espionando encontros
internacionais, sendo chamado de Maria Fofoca — tudo isso é demonstração de que
a insanidade sentou praça.
https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/11/fernando-gabeira-o-perigoso-esporte-de.html
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
Catarina
Rochamonte* - A Constituinte do centrão
- Folha de S.
Paulo
Em uma de suas
frases acerbas a respeito da nossa Carta de 1988, Roberto Campos a descreve
como "saudavelmente libertária no político, cruelmente liberticida no
econômico, comoventemente utópica no social." Essa é, de modo geral, a
visão liberal acerca da atual Constituição. Reavaliá-la deve estar no horizonte
político, e o Congresso guarda poder para modificá-la através de emendas.
Embora seja possível uma nova Constituinte, ela configura uma ruptura com
a ordem em vigor e normalmente resulta de lutas sociais, revoluções ou golpes
de Estado. Pode resultar também de um descarado oportunismo político, como é o
caso do projeto que o líder do governo, Ricardo Barros, pretende submeter ao
Congresso no sentido de viabilizar um plebiscito para uma nova Constituinte.
Felizmente a proposta está sendo amplamente repudiada.
Tentando evitar desgastes ao governo,
o general Mourão disse que a ideia de Barros foi um "voo solo". Não
convence. O líder de Bolsonaro é um dos ases do fisiologismo político e sempre
vai por onde sopra o vento coletivo do centrão. Em seguida, veio o próprio
Barros dizer que errou "em não consultar o governo antes". Convence
menos ainda. Até porque ele continua a tocar o projeto sem nenhum óbice por
parte do presidente.
O interesse da Constituinte
disparatada é a impunidade. A questão crucial dos políticos fisiológicos que
controlam o Congresso é impedir que políticos corruptos sejam investigados e
presos: "estancar a sangria", como revelou lá atrás Romero Jucá.
A construção da impunidade dos
grandes, coisa que chamam de "governabilidade", é a razão de ser do
centrão, tão bem representado pelo líder Ricardo Barros. Tal estratégia é uma
questão de sobrevivência, pois o centrão abriga uma variada gama de políticos
sob investigação judicial, denunciados, réus; alguns presos.
Mas eles nem precisavam se arriscar em
uma proposta tão ousada quando a impunidade já vai indo tão bem na atual
conjuntura política.
*Catarina Rochamonte, doutora em
filosofia, autora do livro 'Um olhar liberal conservador sobre os dias atuais'
e presidente do Instituto Liberal do Nordeste (ILIN)
https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/11/catarina-rochamonte-constituinte-do.html
General Santos
Cruz: 'O combate à corrupção tem que ser feito de acordo com um planejamento'
Jovem Pan - 3 em
1
Ao comentar a
atual situação do governo de Bolsonaro, com base em sua experiência como
ministro da Secretaria de governo, o general Santos Cruz aponta as falhas da
gestão, nas condições para nomeação de cargos e atuação dos assessores
https://www.youtube.com/watch?v=bb_AWhRrhTY
General da Banda
Astrud Gilberto
Chegou o
general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Mourão,
Mourão
Vara madura que não cai.
Mourão, Mourão.
Catuca por baixo que ele vai.
Mourão,
Mourão.
Vara madura que não cai.
Mourão, Mourão, Mourão.
Oi catuca pro baixo que ele vai.
Chegou o
general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Mourão,
Mourão
Vara madura que não cai.
Mourão, Mourão.
Catuca por baixo que ele vai.
Mourão, Mourão.
Vara madura que não cai.
Mourão, Mourão, Mourão.
Oi catuca por baixo que ele vai.
Chegou o
general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Mourão,
Mourão.
Vara madura que não cai.
Mourão, Mourão.
Catuca por baixo que ele vai.
Mourão,
Mourão.
Vara madura que não cai.
Mourão, Mourão, Mourão.
Oi catuca por baixo que ele vai.
Chegou o
general da banda, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he, he he, he he, he he, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he, he he, he he, he he, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he, he he, he he, he he, he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he, he he, he he, he he he he.
Chegou o general da banda, he a.
Chegou o
general da banda, he he, he he, he he, he he he he.
Chegou o general da banda, he a....
Composição: Silva.
https://www.letras.mus.br/astrud-gilberto/general-da-banda/
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