Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 5 de maio de 2024
HUMOR
0:31 / 2:18:06
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Madonna - Live From Copacabana, Río de Janeiro, Brasil (The Celebration Tour 2024)
Luis Villalobos
7.410 visualizações Transmissão ao vivo realizada há 16 horas COPACABANA
Madonna
The Celebration Tour
Copacabana, Río de Janeiro, Brasil
4 mayo 2024
Act I
It's a Celebration (Bob the Drag Queen)
Nothing Really Matters
Everybody
Into the Groove
Burning Up
Open Your Heart
Holiday
Act II
The Storm
Live to Tell
The Ritual
Like a Prayer
Act III
Living for Love
Erotica
Justify My Love
Hung Up
Bad Girl
Act IV
Ballroom
Vogue (with Anitta)
Human Nature
Crazy for You
Act V
The Beast Within
Die Another Day
Don't Tell Me
This Little Light of Mine
Express Yourself
La Isla Bonita
Music (with Pabllo Vittar)
Act VI
Madonna (video interlude; contains elements of "I Don't Search I Find")
Bedtime Story
Ray of Light (Sasha Ultra Violet Remix)
Rain
Act VII
Billie Jean / Like a Virgin
Bitch I'm Madonna
Celebration
Final show of "The Celebration Tour"
https://www.youtube.com/watch?v=XGA0EFEJKKo
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With a little Help From My Friends - Orquestra Ouro Preto
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Madonna leva 1,6 milhão de pessoas à praia de Copacabana | AGORA CNN
CNN Brasil
29.642 visualizações 5 de mai. de 2024 #CNNBrasil
O show da Madonna no Rio de Janeiro levou 1,6 milhão de pessoas para a praia de Copacabana, de acordo com balanço feito pela Riotur e divulgado neste domingo (5). O espetáculo contou com participações especiais e homenagens no Rio. #CNNBrasil
Toda essa miscelânea de ressentidos com o Ocidente, numa reedição do Terceiro Mundo dos tempos da guerra fria, ganhou o nome fantasia de “Sul Global”.
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Mi Proyecto del curso: Humor gráfico: cotidiano humor negro
de Ignacio Mandiola
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SÓ DÓI QUANDO RIO.
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Só Madonna expulsa a Damares das pessoas.
11:39 PM · 4 de mai de 2024
Gustavo Dias
@gdiasaz
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domingo, 5 de maio de 2024
Luiz Carlos Azedo - Brasil safado de Madonna é negação do conservadorismo
Correio Braziliense
Fãs revelam uma identidade coletiva na qual representam a persona que quiserem. E tudo no bairro, que é o mais cantado do mundo, preferido por Bolsonaro para realizar seus atos golpistas
Mitos e símbolos são semelhantes em todas as culturas ao longo do tempo. O inconsciente individual existe sobre uma camada mais profunda, o inconsciente coletivo. O sucesso de Madonna, no Rio de Janeiro, com um show gratuito, patrocinado com recursos públicos (não existe almoço grátis), merece uma reflexão sobre o outro lado de um país que parece regredir no tempo, quando olhamos para a política. Mas que passou por mudanças de comportamento humano que não têm mais volta.
Podia-se afirmar que é um fenômeno do Rio de Janeiro, que busca no entretenimento e na transgressão cultural uma espécie de redenção de suas mazelas políticas e iniquidades sociais. Mas, não. Foi gente do país inteiro, de todas as classes sociais e gêneros sexuais, que viajou para o ver o show de Madonna no Rio de Janeiro. Poderia ser no sentido inverso, para São Paulo, Salvador ou Belo Horizonte, o sucesso seria o mesmo. Entretanto, que astro pop resiste ao fascínio de Copacabana?
O bairro boêmio preferido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para realizar seus atos golpistas é o mais cantado do mundo. A “princesinha do mar”, como foi chamada no samba de Alberto Ribeiro e João de Barro, o Braguinha, gravado originalmente em 1946, na voz inconfundível de Dick Farney, foi cantada até por Sarah Vaughan.
Dorival Caymmi viveu quase tanto em Copa quanto na Bahia. Na década de 50, com Carlos Guinle, compôs Sábado em Copacabana, gravada em 1951 por Lúcio Alves.
Billy Blanco compôs a censurada Não vou pra Brasília, gravada em 1957, pelo grupo Os Cariocas: Não vou, não vou pra Brasília/ Nem eu nem minha família/ Mesmo que seja/ pra ficar cheio de grana/ A vida não se compara/ mesmo difícil e tão cara/ Quero ser pobre/ Sem deixar Copacabana. Caetano Veloso, Joyce, Eduardo Dusek, Gilberto Gil, Roberto Frejat, Paulo Leminski e Tom Jobim também se renderam à superbacana.
Para o mundo, Copacabana é um arquétipo de paraíso tropical, embora seja “maravilha e purgatório da beleza e do caos”, como diriam Fausto Fawcett e Fernanda Abreu. Madonna não resistiu ao charme das suas calçadas e ao icônico glamour do velho Copacabana Palace, frequentado pelas estrelas de Hollywood, astros do mundo pop e a nobreza europeia.
“Safada is coming to Rio” (A safada está chegando ao Rio), anunciou Madonna em suas redes sociais, um mês antes do show, tempo suficiente para que as confecções fluminenses entrassem em produção, com destaque para a camiseta preta dos peitinhos dourados, que provocou a formação de filas nas lojas da Saara (o bairro comercial árabe-judeu do Rio de Janeiro, cuja convivência deveria servir de exemplo para Israel e a Palestina).
Os arquétipos
Fãs se aglomeraram dia e noite à porta de Copacabana e nas imediações do local onde foi realizado o show, desde quando Madonna chegou ao Rio. Havia todo tipo de gente. Madonna é a tradução da “alma imoral” e sua persona, um arquétipo social universal. A palavra latina “archetypum” pode ser traduzida por “primeiro modelo”. São memórias de nossos antepassados, que utilizamos para compreender a nossa própria existência. Na psicologia, o “ego” é a mente consciente, o inconsciente pessoal reúne a memória do indivíduo. O inconsciente coletivo é a parte da psique que abriga os arquétipos.
“O velho sábio”, “A grande mãe, “A deusa, “O herói” e “A madona” são os arquétipos mais conhecidos. Com o nome artístico nos diz, Madonna representa uma persona da pós-modernidade, que também reúne os arquétipos da heroína revolucionária e da deusa devoradora dos homens — e até de mulheres. Sua imagem pública foi moldada para ser uma persona que não esconde o “animus” masculino da personalidade feminina. Ao seu lado no palco, Pabblo Vittar foi a tradução escancarada da “anima”, os atributos femininos da psique masculina.
A psicologia social e a antropologia explicam muito mais certos fenômenos políticos do que a sociologia e a ciência política propriamente ditas. Enquanto os gaúchos, que hoje representam a parcela da população mais conservadora do país, enfrentam um momento dramático, em razão das chuvas, a multidão em êxtase com a presença de Madonna no Rio de Janeiro vivia uma outra realidade, muito mais espiritual do que física.
Como nos ritos de passagem das comunidades mais primitivas, os fãs de Madonna adquiriram uma segunda identidade, contestadora, transgressora, livre, na qual cada um pode representar a persona que gostaria realmente de ser.
Nos últimos meses, Madonna passou pelos Estados Unidos, Europa e México com o show The Celebration Tour, que se encerrou nesta madrugada. Louise Ciccone, seu nome verdadeiro, dança e canta há mais de 50 anos, desde que deixou Michigan para iniciar sua carreira artística em Nova York.
No próximo dia 16 de agosto, completará 66 anos, 40 dos quais como pop star à frente do seu tempo. Suas músicas, performances e discursos públicos sempre promoveram a emancipação feminina e a defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+.
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Moacyr Luz - Só Dói Quando Eu Rio
Deck
1.198 visualizações 6 de ago. de 2019
Faixa 7 do álbum "Violão e Voz"
Composição: Moacyr Luz, Aldir Blanc
Ouça aqui: https://MoacyrLuz.lnk.to/ViolaoEVozID
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Nara Leão - OPINIÃO - ACENDER AS VELAS - Zé Keti
luciano hortencio
37.785 visualizações 16 de dez. de 2012
Nara Leão - OPINIÃO - ACENDER AS VELAS - Zé Keti.
Album: Nara Leão - Opinião de Nara.
Ano de 1964.
"Não se briga com Morais, a gente se une a ela."
ED
"Não se briga com Moraes, a gente se une a ele."
TARCÍSIO DE FREITAS,
governador de São Paulo, ao azeitar suas relações com o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes
VEJA ESSA
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Paulinho da Viola e Lobão: Sinal Fechado (ao vivo) | 1989
Acervo Alex Abreu
2.415 visualizações Estreou em 19 de set. de 2021 #AcervoAlexAbreu #SinalFechado
Atualmente às voltas com o lançamento do novo álbum "Canções de Quarentena", concebido a partir do isolamento forçado que aproveitou para mergulhar em sua memória afetiva e nos trazer à tona releituras de pérolas da nossa música , em 1989 Lobão já exibira sua filiação aos clássicos da MPB neste dueto/diálogo com o mestre Paulinho da Viola - valorizado pelo violoncelo de Jaques Morelenbaum - na emblemática "Sinal Fechado", composição lançada 20 anos antes, nos áureos tempos dos festivais da Record (sagrou-se a campeã da 5ª edição), e que até hoje, cinco décadas depois, ainda rende teses acadêmicas por conta da sua rica construção musical e da letra de forte viés filosófico - não por acaso, em 2009 cravou a 18ª posição no ranking das 100 maiores músicas brasileiras de todos os tempos. Sobe o som!
#AcervoAlexAbreu #SinalFechado #Homem90
https://www.youtube.com/watch?v=t0rpfpVGPx4
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"Tive um insight epifânco: sou uma nulidade. Minha opinião não vai alterar um milímetro da realidade. Detesto política e militantes, seja de direita ou da esquerda."
LOBÃO, em laivo de tardia sinceridade.
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Ziraldo no Pasquim - Só dói quando eu rio
Livraria Cultura
34,4 mil inscritos
2.788 visualizações 14 de dez. de 2010
http://www.culturanews.com.br/
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Boi Voador Não Pode
Chico Buarque
Chico Canta
Quem foi, quem foi que falou do boi voador
Manda prender esse boi
Seja esse boi o que for
Quem foi, quem foi que falou do boi voador
Manda prender esse boi
Seja esse boi o que for
O boi ainda dá bode
Qual é a do boi que revoa
Boi realmente não pode voar à toa
É fora, é fora, é fora
É fora da lei, é fora do ar
É fora, é fora, é fora
Segura esse boi
Proibido voar
É fora, é fora, é fora
É fora da lei, é fora do ar
É fora, é fora, é fora
Segura esse boi
Proibido voar
Composição: Chico Buarque / Ruy Guerra.
https://www.vagalume.com.br/chico-buarque/boi-voador-nao-pode.html
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Obra de Henfil ajuda a entender ditadura militar e geografia do Nordeste
Cartunista usava o humor para refletir sobre temas políticos, sociais e comportamentais
AUTOR
Leonardo Valle
Publicado em
24 de julho de 2018
Falecido em 4 de janeiro de 1988, o cartunista e jornalista Henfil deixou como legado um humor inteligente, reflexivo e de forte crítica social. Sua produção, que atingiu o auge nos anos 70 e 80, utilizou a sátira para denunciar as violações ocorridas durante o regime militar brasileiro (1964-1984) e também a fome que assolava a região Nordeste na ocasião. Por esse motivo, pode ser utilizada nas aulas de história e geografia.
“Além disso, suas tirinhas tratam de temas que, infelizmente, ainda são atuais, como corrupção e a defesa da democracia”, explica o professor de ciência política da Universidade Federal Fluminense (UFF) Márcio Malta. Ele é autor do livro “Henfil: o humor subversivo”.
Qual foi a importância do Henfil para o Brasil e para as artes?
Márcio Malta: O Henfil foi um cartunista que deixou um legado pautado em temas sociais e na preocupação com os rumos do país. Uma palavra que define sua obra é engajamento, ou seja, a preocupação em fazer um humor que levasse a uma reflexão da sociedade, não o humor pelo humor.
Quais as principais características da sua obra?
Malta: Henfil era conhecido pelo traço rápido e seus personagens tinham como característica a agilidade. Outro ponto é a reflexão. O que ele retratava não era a realidade dada, havia sempre algo a pensar. Tentava contribuir, por meio do seu trabalho, com o cenário político e social. Por fim, a reflexão que propunha não era apenas referente à política, mas também em termos comportamentais. Como produziu nos tempos da censura da ditadura, os costumes eram um prato cheio para a sua obra.
Quais são os seus personagens principais e o que eles debatiam?
Malta: São mais de 30 personagens, mas cito o trio composto pela Graúna, o bode Francisco Orellana e o cangaceiro Zeferino. Ele retrava a caatinga e a fome, mostrando um olhar para essas questões a partir do Nordeste, não do “Sul Maravilha”, como chamavam o Sudeste.
Ubaldo, o paranoico, era um personagem que surgiu quando a ditadura militar começava a se abrir. Ex-militante contra a ditadura, ele tinha mania de perseguição e medo de tudo. O que o Henfil queria dizer com esse personagem era que não precisávamos mais temer. Ao satirizar o medo, ele desmontava essa estratégia de poder utilizada pela ditadura.
Os fradinhos Baixim e Cumprido – nomes inspirados no regionalismo mineiro – tinham uma tônica forte de debater os costumes. Como a censura não permitia o uso de palavrões, eles usavam palavras cifradas e termos divertidos.
Por fim, o personagem operário Orelhão falava sobre as preocupações com o custo de vida e mostrava também um olhar que não era das grandes lideranças, mas do povo. Uma das falas do Henfil, aliás, era essa: “eu quero ser a mão do povo desenhando”.
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Obra de Henfil promove reflexão sobre democracia, liberdade e sociedade (crédito: jornal GGN)
Quão contemporâneas ainda são as discussões que o Henfil trazia em sua obra?
Malta: um dos principais elementos da sua obra é a defesa da democracia, da liberdade e da participação do povo. O Henfil dedicou boa parte da sua vida à defesa do voto direto e da participação popular. E vivemos um momento de ataques à democracia e ao voto direto no Brasil e na América Latina, assim como da relativização das violações cometidas pela ditadura militar no país. Outro ponto é que temas como dengue e corrupção eram e ainda são recorrentes no noticiário da política nacional.
Como as tirinhas podem ser utilizadas nas aulas de geografia?
Malta: O Henfil tinha uma preocupação em ambientar suas tirinhas. No trio do Nordeste, por exemplo, a caatinga e o clima semiárido são bem ambientados, apesar dos traços simples, que eram a marca do cartunista. Além disso, há a questão da geografia política, pois a Graúna, o Bode e o cangaceiro Zeferino falavam sobre as consequências da fome e o reflexo das ações feitas por políticos que deixavam o povo à deriva. “Será que no Sul Maravilha eles comem todos os dias”, questionava uma tirinha que, por contraste, denunciava as desigualdades. Além disso, a abordagem da fome era feita de forma doce e singela. Em uma das tirinhas, a Graúna perde uma das suas crias pela fome. Vemos o filhote da ave “aprendendo a voar” quando, na verdade, é seu espírito que está indo para o céu.
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Tirinhas do cartunista lançam um olhar crítico para ações ocorridas na ditadura, como a Lei da Anistia (crédito: Grupo Tortura Nunca Mais – PR)
E nas aulas de história?
Malta: Às vezes, o professor pode ter dificuldade em fazer os alunos compreenderem a complexidade do período da ditadura. Quando o Henfil trata temas como a Diretas, Já ou a “Lei Falcão” (em que candidatos às vagas no Executivo e Legislativo só poderiam aparecer nas propagandas em ambiente de estúdio, nunca em locais públicos), ele usa recursos emocionais para envolver o leitor, que pode rir ou ficar com raiva. Esse uso das emoções é um recurso didático e pedagógico importante para o aluno entender o período. Vale ainda lembrar que o cartunista não estava desconectado do seu tempo e fazia parte de um grupo de outros artistas que se manifestavam contra a ditadura. Ele integrava, por exemplo, o expediente do jornal “O Pasquim”. Toda vez que o governo militar lançava uma propaganda ou ação, os cartunistas se reuniam para pensar uma forma de denunciá-la por meio da sátira.
Você indica alguma tirinha específica?
Malta: A primeira, que aparece com frequência em vestibulares, é o trio do Nordeste procurando a esperança. Um sobe no ombro do outro e, depois, se entreolham, pois a esperança está em nós. Henfil, com seu humor subversivo, diz: “será que entenderam?”. Outra tirinha é sobre a lei da Anistia, quando um personagem diz para um caixão “Vlado, saiu a lei da anistia!”. Faz referência ao jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura e cujo crime ficaria impune. É uma tirinha importante quando há candidatos à presidência que relativizam o que aconteceu na ditadura militar.
É comum encontrar na internet conteúdos feitos por outras pessoas que usam o personagem Graúna para discutir temas políticos. Como o professor pode checar se a tirinha é ou não do Henfil?
Malta: A escrita nas tirinhas do Henfil é caligráfica, ou seja, eram escritas à mão pelo autor. Se o texto tiver uma escrita que lembra as utilizadas por computador, certamente é uma reformulação.
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DE TIRINHAS E DE EDITORIAIS
DE RIOS E DE BOIS VOADORES
DE SUL MARAVILHA A "SUL GLOBAL"
Toda essa miscelânea de ressentidos com o Ocidente, numa reedição do Terceiro Mundo dos tempos da guerra fria, ganhou o nome fantasia de “Sul Global”.
O perigoso cerco ao liberalismo
O Estado de S. Paulo
Direita articula ataques ao ‘Ocidente liberal’, enquanto esquerda se encanta pelo ‘eixo da revolta’ contra o Ocidente; mais do que nunca, os valores liberais precisam ser defendidos
Passado apenas um século da vaga totalitária que desafiou a democracia e o liberalismo e resultou na 2.ª Guerra Mundial, os valores que definem o Ocidente voltam a ser desafiados de maneira frontal.
Sob a liderança da China, formouse o chamado “eixo da revolta” contra os valores ocidentais. Esse agrupamento, que tem na Rússia, no Irã e na Coreia do Norte os principais associados, vem ganhando adeptos e simpatias ao redor do mundo, exatamente por desafiar um liderado pelos Estados status quo, Unidos e pela Europa, visto como intrinsecamente desigual e injusto.
O Brasil governado pelo PT é um dos países que expressaram admiração pelo “eixo da revolta”, seja por meio de uma política externa que dá razão a agressores quando o agredido é ocidental, seja pelo apreço demonstrado pela liderança do PT à “democracia efetiva” da China. O Irã, que por sua vez lidera o “eixo da resistência anti-imperialista”, integrado por um seleto grupo de entidades terroristas do Oriente Médio, foi calorosamente aceito no Brics, o bloco dominado pela China, do qual o Brasil faz parte. Toda essa miscelânea de ressentidos com o Ocidente, numa reedição do Terceiro Mundo dos tempos da guerra fria, ganhou o nome fantasia de “Sul Global”.
Enquanto isso, a extrema direita também se organiza de maneira global contra os valores ocidentais. Na mais recente Conferência de Ação Política Conservadora – Cpac, principal palco de líderes e formuladores do ultraconservadorismo –, realizada na Hungria, novos ataques foram disparados contra os alvos preferenciais dessa turma: a imprensa, o Judiciário, os imigrantes, os intelectuais, as minorias em geral e, sobretudo, o “Ocidente liberal”. O ex-presidente americano Donald Trump, líder inconteste dos reacionários, mandou um vídeo no qual parabeniza os “patriotas húngaros” que estão “na vanguarda da batalha para resgatar a civilização ocidental”.
A “civilização ocidental” nomeada por Trump inclui herdeiros do franquismo espanhol, argentinos devotos da motosserra de Javier Milei, os Bolsonaros e os representantes de partidos xenófobos da Itália, Polônia, França e Alemanha, todos em concertação articulada para disputar eleições. Para o anfitrião, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, vencer as eleições significará “colocar fim à inglória era que o Ocidente atravessa”. Ou seja, a vitória eleitoral é vista como uma espécie de chancela para o projeto de destruição da mesma democracia que a ensejou.
Essa destruição se dá por meio da desmoralização dos valores mais caros à democracia, como, por exemplo, a liberdade de expressão, meramente utilitária para essa gente saudosa de ferozes ditaduras. Na prática, eles defendem não o Ocidente como berço da democracia liberal, da emancipação do indivíduo e dos direitos humanos, acima de nacionalidades, credos e fronteiras, e sim um “Ocidente” ultranacionalista, anti-iluminista e fundamentalista – e não há nada menos democrático e liberal do que isso.
Como quase todo problema visto com olhos teocráticos, sua solução passa por um “messias”. Trump seria o salvador do Ocidente, assim como Orbán enxerga a Hungria como “uma ilha que desafia” os progressistas europeus, e Bolsonaro se via como um “messias” que salvaria o Brasil de um sistema carcomido pela política tradicional, pelo esquerdismo e pelo “globalismo”. Para cada um dos extremistas presentes no Cpac, seus líderes livrarão o Ocidente da “era inglória” do liberalismo. Esses iliberais na verdade querem o “Ocidente” que enfrentou os infiéis nas Cruzadas, isto é, aquele que precedeu o iluminismo e as grandes revoluções políticas que forjaram a ideia democrática contemporânea.
Assim como no século passado o nazi-fascismo e o stalinismo tinham como meta implodir a democracia liberal como ideia, o “eixo da revolta” e os direitistas “iliberais” de hoje lutam para desacreditar o Ocidente democrático e cosmopolita. Os valores liberais sobreviveram às guerras do século 20, ao custo de milhões de mortos, mas, como se vê, o risco de que venham a perecer está longe de ter desaparecido.
Novos tempos nas Forças Armadas
O Estado de S. Paulo
‘Aval’ do Exército à volta da Comissão de Mortos e Desaparecidos era desnecessário, mas simboliza uma bem-vinda mudança de compreensão da caserna sobre o digno propósito desse colegiado
Oficiais da cúpula do Exército, apurou o Estadão, deram “aval” para a reinstalação da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP). Essa anuência dos militares era desnecessária do ponto de vista formal, mas não deixa de ser simbólica neste momento do País, haja vista que o aceno reflete uma bem-vinda mudança da compreensão das Forças Armadas – do Exército, em particular – sobre o real propósito civilizatório dessa comissão.
A CEMDP foi extinta nos estertores do governo de Jair Bolsonaro por puro rancor, bolor ideológico e negacionismo histórico – como seria de esperar de um admirador confesso da ditadura militar e de alguns de seus agentes mais cruéis. Sua reinstalação deveria ter sido um dos primeiros atos do presidente Lula da Silva. Mas veio o infame 8 de Janeiro, cujas investigações, até o momento, apontam para o envolvimento direto e indireto de fardados na intentona. Isso abriu uma crise entre as Forças Armadas e Lula, na condição de seu novo comandante supremo.
A pretexto de conter a escalada das tensões com os militares, de resto um receio descabido à luz das prerrogativas que a Constituição lhe atribui, Lula tem resistido a reinstalar a CEMDP. O presidente tem ignorado olimpicamente os pareceres dos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos, favoráveis à medida, e preferido seguir o aconselhamento dos que advogam pelo “apaziguamento” da relação entre o Palácio do Planalto e as Forças Armadas. É preciso deixar claro: a paz entre Lula e os militares, cuja relação é definida nos termos da Lei Maior, não está nem nunca esteve a perigo pela existência da CEMDP.
A preocupação com os humores da caserna jamais teve razão de existir pelo simples fato de que a CEMDP não se presta ao revanchismo nem tampouco à responsabilização individual de quem quer que seja, militar ou civil. Trata-se apenas de uma comissão destinada a apurar e reconhecer o básico: a responsabilidade do Estado, não de indivíduos, pela vida e a integridade física dos que estiveram sob sua custódia durante um dos períodos mais sombrios da história do País.
Segundo oficiais de alta patente ouvidos pela reportagem deste jornal, todas as famílias têm o direito de saber o que aconteceu com parentes e amigos desaparecidos durante aqueles chamados anos de chumbo. É de reconhecimento, informação transparente e conforto emocional que se está tratando, não de punições ou reescrita da História. Aliás, foi exatamente com este propósito republicano que a CEMDP foi criada em 1995 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso – e com esse mesmo espírito deve se dar a sua reinstalação por Lula da Silva.
O aval dos militares contrasta com o mal-estar gerado nos quartéis com a criação da Comissão Nacional da Verdade, em 2012, pela então presidente Dilma Rousseff. Mal-estar, diga-se, que não tinha razão de ser, uma vez que a Comissão da Verdade não se prestava a nenhuma forma de revanchismo. Alguns militares, no entanto, murmuravam descontentamento com o fato de que integrantes das Forças Armadas teriam de dar explicações sobre a repressão durante a ditadura, o que consideravam intolerável, ainda mais porque Dilma era, ela mesma, uma exguerrilheira. Não é exagero enxergar nesse episódio uma das sementes do bolsonarismo.
Mas os tempos, felizmente, são outros. O atual comando militar parece genuinamente interessado em despolitizar os quartéis e restabelecer o caráter institucional das Forças Armadas, vacinando-se contra o golpismo bolsonarista.
Talvez a força dos fatos e a passagem do tempo revelem ser impossível reunir todas as evidências de que o Estado brasileiro falhou com muitos de seus cidadãos durante a ditadura militar. Mas é preciso empreender o máximo de esforços para que esse reconhecimento seja, enfim, alcançado. Os representantes do Estado hoje precisam olhar nos olhos do passado com maturidade, coragem e espírito público, pois só assim darão à sociedade civil as informações de que ela precisa para que todos tenham um futuro mais pacífico.
Confiança é o cerne do problema
O Estado de S. Paulo
Moody’s se importa menos com as metas e mais com o compromisso fiscal do governo
A mudança de parâmetro para as metas fiscais de 2025 e 2026 – alteração que deve ocorrer também na meta deste ano – é o que menos preocupa na aferição de risco do Brasil, como reforçou a vice-presidente da Moody’s, Samar Maziad, em entrevista ao Estadão/Broadcast. O foco de atenção dos avaliadores está, na verdade, no compromisso real do governo com o arcabouço fiscal como instrumento de controle do endividamento, o que vai além da calibragem das metas na programação orçamentária.
As reformas estruturais e o bom – e surpreendente, como avaliou a executiva – desempenho da economia brasileira nos últimos dois anos foram um dos motivadores da revisão da perspectiva, de estável para positiva, na classificação da Moody’s sobre o Brasil. Ou seja, a Moody’s indicou que aposta na melhora do endividamento brasileiro a médio prazo, mas não a ponto de elevar desde já a nota do País, que permanece dois degraus abaixo do grau de investimento, reservado a países considerados bons pagadores.
Antes de comemorar a primeira boa-nova de uma classificadora de risco desde 2018, o governo Lula da Silva deveria se concentrar no exame minucioso das ressalvas feitas pela Moody’s e endossadas na entrevista de Maziad ao Estadão. O governo reduziu as metas fiscais de 2025 (de superávit de 0,5% para zero) e 2026 (de superávit de 1% para 0,25%), o que foi decerto um sinal ruim – mas, ainda assim, só um sinal. “O que importa são a direção e a atitude”, declarou a executiva.
Esse é o ponto central que convém ao governo observar – mais o Palácio do Planalto do que o Ministério da Fazenda, vale ressaltar. Além do ruído desencadeado pela redução das metas fiscais, o que cerca de dúvidas o compromisso do governo Lula da Silva na estabilidade são os movimentos orquestrados entre Executivo e Congresso.
Um exemplo foi a aprovação recente, pela Câmara, de um dispositivo que permite ao governo liberar despesa extra de R$ 15,7 bilhões este ano. O projeto, que ainda terá de passar pelo Senado, é resultado de acordos de bastidores para ampliar de imediato os gastos de 2024, um ano de eleições municipais. Cada jogada para driblar as regras fiscais e cada declaração de Lula a favor da gastança minam mais a credibilidade no compromisso com o arcabouço. A discrepância entre as previsões oficiais e as de mercado é um sintoma dessa desconfiança.
Samar Maziad afirmou que a própria Moody’s não partilhava da confiança no déficit zero este ano e em superávit em 2025. Na avaliação da agência, o resultado esperado para os dois anos já era de déficit, com gradação menor em 2025. Mesmo assim, bons resultados econômicos apontaram para a melhora do perfil de crédito, segundo ela o fator-chave para a melhor perspectiva chancelada pela agência.
Trata-se de um voto de confiança tênue, que se dissipará se a elevação de gastos deixar de ser apenas um sinal. Afinal, a maior deficiência do arcabouço é a dependência excessiva de receita, que tem se revelado aquém do esperado, e a principal falha da gestão Lula é o apreço às despesas. Sem estabilidade fiscal, a desconfiança permanecerá.
Prevenir é melhor do que remediar
Correio Braziliense
Acontecimentos climáticos extremos ocorrem de forma mais ou menos aleatória, mas são previsíveis estatisticamente. Esse raciocínio serve para elaboração de planos de prevenção de desastres naturais e para evacuação de populações em risco
As catástrofes climáticas em todo o mundo são cada vez mais frequentes e intensas. Cientificamente, está provado que o aquecimento global já mudou o clima. Esses acontecimentos extremos ocorrem de forma mais ou menos aleatória, mas são previsíveis estatisticamente. Ou seja, é possível saber o grau de probabilidade com que vão ocorrer, embora nem sempre seja possível detectar sua localização com maior antecedência. Uma simples comparação facilita o raciocínio: quando se ouve uma playlist aleatoriamente, não se sabe qual, mas uma música será executada, às vezes até repetida.
Esse raciocínio serve para elaboração de planos de prevenção de desastres naturais, como obras de macrodrenagem, e de contingenciamento de defesa civil, para evacuação de populações em situação de risco e socorro imediato às vítimas. Por exemplo, desde ontem sabia-se que o Rio Guaíba transbordaria em Porto Alegre e que o sistema de diques, comportas e bombas da cidade, construído depois da grande enchente de 1941, não daria conta de impedir a inundação de grande parte da cidade, sobretudo o centro histórico, que ocorre desde ontem.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se deu conta da gravidade do problema, pelas medidas tomadas após visitar o Rio Grande do Sul. Ontem, voltou a se solidarizar com as vítimas ao receber a visita oficial do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Por sinal, o Japão é um país que lida com desastres naturais com o maior planejamento possível por, entre outros fatores, a recorrência de furacões, terremotos e até tsunamis.
"As primeiras palavras do ministro Kishida na reunião que fizemos foi de solidariedade ao povo do estado do Rio Grande do Sul, que está sendo vítima de uma das maiores enchentes de que nós temos conhecimento. Nunca na história do Brasil tinha havido uma quantidade de chuva tão grande em um único local", disse Lula. Até ontem, 235 dos 496 municípios do estado haviam sido atingidos de alguma forma.
A capital gaúcha entrou em colapso. As pontes sobre o Guaíba foram interditadas, o sistema de macrodrenagem não deu conta de conter as águas, principalmente na maré cheia, quando o mar invade o rio em vez escoá-lo. O rio superou a marca de 4,5m, sobe em média de 8cm por hora e, segundo previsões das autoridades, ultrapassará os 5m, um recorde histórico. Os prejuízos por causa da chuva deverão ser superiores a R$ 100 milhões.
Em todo o Brasil, quando ocorre uma enchente de grandes proporções, a vulnerabilidade das moradias é desnudada, principalmente nos bairros pobres. Ao monitorar 872 municípios — são 5.570 nos 26 estados —, o IBGE identificou cerca de 8,3 milhões de pessoas que vivem em áreas de risco. O caso mais grave é o de Salvador, com 45,5% da população em locais com maior propensão a desastres.
Em 2010, o IBGE lançou um relatório específico sobre áreas de risco, em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O levantamento aplicou uma metodologia própria para definir áreas de riscos de movimentos de massa, inundações e enxurradas e identificou 8.270.127 pessoas vivendo nesses locais, em 2.471.349 domicílios particulares permanentes. Cerca de 17,8% desse montante era formado por crianças de até 5 anos (9,2%) ou idosos com 60 anos ou mais (8,5%), mais vulneráveis a desastres. O Sudeste foi a região com mais cidades listadas (308), seguida do Nordeste (294), Sul (144), Norte (107) e Centro-Oeste (19). Ou seja, Porto Alegre e outras cidades gaúchas não estavam entre as mais vulneráveis.
https://gilvanmelo.blogspot.com/2024/05/o-que-midia-pensa-editoriais-opinioes_5.html#more
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Rios voadores são imensos volumes de vapor de água que vêm do oceano Atlântico, precipita sob a forma de chuva na Amazônia – onde ganham corpo – e seguem até os Andes, encontrando a muralha rochosa presente nessa região, que os faz desviar e flutuar sobre a Bolívia, o Paraguai e os estados brasileiros de Mato Grosso, ...
O que são rios voadores? - ITR - UFRRJ
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Planejar significa definir antecipadamente um conjunto de ações ou intenções. Podemos entender ainda como “prever, antecipar ou vislumbrar algo que ainda não aconteceu; preparar; projetar”. Ou seja, o planejamento energético deve considerar as necessidades futuras de energia e como o país poderá atendê-las (relembre o conceito de energia em O que é energia). Assista a uma animação sobre a importância do planejamento energético.
https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/planejamento-energetico-e-a-epe
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Qual é a função da linha de transmissão?
Diferença entre Linhas de Transmissão e Distribuição - Energês
As linhas de transmissão transportam energia por longas distâncias através de grandes torres. Além disto, elas conectam usinas geradoras aos grandes consumidores (alta tensão) e distribuidoras de energia. As linhas de transmissão são classificadas de acordo com seu nível de tensão de operação.
Diferença entre Linhas de Transmissão e Distribuição - energês
Energes
https://energes.com.br › diferenca-entre-linha-de-distribu...
https://energes.com.br/diferenca-entre-linha-de-distribuicao-e-transmissao/#:~:text=As%20linhas%20de%20transmiss%C3%A3o%20transportam,n%C3%ADvel%20de%20tens%C3%A3o%20de%20opera%C3%A7%C3%A3o.
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