quarta-feira, 15 de maio de 2024

A PARTIDA

"O mal deve ser feito de uma só vez, abruptamente; o bem distribuído aos pouco e lentamente. O PRÍNCIPE - MACHIAVEL" ---------
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---------- "Cedo, na manhã seguinte, empregados da prefeitura vieram limpar a calçada dessa feia mácula, e quando começaram a raspar do muro o palavrão, aos poucos se foi formando diante deles um grupo de curiosos. Aconteceu passar por ali nessa hora um modesto funcionário público que levava para a escola, pela mão, o seu filho de sete anos. O menino parou, olhou para o muro e perguntou: __ Que é que está escrito ali, pai? __ Nada. Vamos andando, que já estamos atrasados... O pequeno, entretanto, para mostrar aos circunstantes que já sabia ler, olhou para a palavra de piche e começou a soletrá-la em voz alta: "Li-ber...". __ Cala a boca, bobalhão __ Exclamou o pai, quase em pânico. E, puxando com força a mão do filho, levou-o, quase de arrasto, rua abaixo." _________________________________________________________________________________________________________ -----------
------------- O que a obra Incidente em Antares fala? Incidente em Antares - Erico Verissimo - Grupo Companhia das ... Em Incidente em Antares, Erico Verissimo faz uma sátira política contundente e hilariante que, mesmo lançada em 1971, em plena ditadura militar, não teve receio de abordar temas como tortura, corrupção e mandonismo. ------------ -----------
------------ _________________________________________________________________________________________________________ A crônica "Nas entrelinhas: O tempo e o vento, a saga gaúcha continua" destaca não apenas a obra literária de Erico Verissimo, mas também a resiliência e a força do povo gaúcho diante das adversidades, representadas tanto na ficção quanto na realidade. A referência ao épico "O Tempo e o Vento" serve não apenas para contextualizar a história do Rio Grande do Sul ao longo dos séculos, mas também para ilustrar a luta e a determinação que permeiam a cultura e a identidade gaúchas. Ao abordar os personagens e eventos da trilogia, o autor nos leva a refletir sobre as semelhanças entre a ficção e a história real, destacando como figuras como Ana Terra, Capitão Rodrigo e Bibiana se tornaram arquétipos que moldaram o imaginário coletivo em relação aos gaúchos. Essas figuras, embora fictícias, representam valores e características que ressoam profundamente na cultura e na identidade do povo do Rio Grande do Sul. Além disso, a crônica faz uma conexão interessante entre a história ficcional e os eventos atuais, particularmente em relação à catástrofe climática enfrentada pela região. Ao mencionar as medidas tomadas pelo governo para enfrentar essa crise, o autor destaca não apenas a importância da solidariedade nacional, mas também a resiliência e a capacidade de superação do povo gaúcho, que enfrenta desafios tanto na ficção quanto na vida real. Assim, a crônica nos convida a refletir sobre a intersecção entre a literatura, a história e a realidade, destacando como obras como "O Tempo e o Vento" continuam a moldar nossa compreensão do mundo e a inspirar-nos a enfrentar os desafios com coragem e determinação, seguindo o exemplo dos heróis e heroínas que povoam não apenas as páginas dos livros, mas também os corações e mentes do povo gaúcho. _________________________________________________________________________________________________________ ----------
------------ Nas entrelinhas: O tempo e o vento, a saga gaúcha continua Publicado em 15/05/2024 - 10:58 Luiz Carlos Azedo Brasília, Cidades, Cinema, Comunicação, Congresso, Cultura, Governo, Guerra, Literatura, Memória, Política, Política, Rio Grande do Sul O mais importante, em meio à catástrofe física, é o drama humano e a resiliência dos gaúchos diante das adversidades. O épico O Tempo e o Vento, obra do escritor gaúcho Erico Verissimo (1905-1975), foi publicado em três volumes: O Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1962). A trilogia conta a história do Rio Grande do Sul ao longo de 200 anos, tendo forjado a identidade do povo gaúcho e, ao mesmo tempo, a empatia nacional com o estado. É um dos grandes romances de interpretação do Brasil. Muitos nem de longe ouviram falar no romance, mas sabem quem foram a destemida Ana Terra e um certo capitão Rodrigo Cambará, seja pelo cinema, seja pela teledramaturgia. Obra de ficção baseada em fatos, teceu o arquétipo dos nossos gaúchos, que são brasileiros por opção, porque também há gaúchos nos pampas do Uruguai e da Argentina, com os mesmos costumes tradicionais. A família Terra Cambará, cuja trajetória protagoniza os três volumes do romance, tece na literatura a história geográfica, cultural e política do Rio Grande do Sul. Quando o presidente Lula destaca a presença dos políticos gaúchos na história republicana, tem toda a razão. Foram seis presidentes da República — Hermes da Fonseca, Getúlio Vargas, João Goulart, Costa e Silva, Garrastazu Médici e Ernesto Geisel —, e alguns que não chegaram lá, mas deixaram seu nome na história: Bento Gonçalves, Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros, Luiz Carlos Prestes e Leonel Brizola, por exemplo. Os personagens de Verissimo moldaram o nosso imaginário em relação aos gaúchos. Tudo começou em Sete Povos das Missões, em meio às disputas territoriais entre Portugal e Espanha e ao genocídio dos povos guaranis. Filho de uma indígena que morreu no parto, Pedro Missioneiro, criado por um padre espanhol, conhece Ana Terra, filha de uma família paulista estabelecida nas terras ao sul. Do relacionamento proibido nasce Pedro Terra. O ciclo de violência e mortes faz com que Ana e seu filho rumem para Santa Fé, cidade que abriga os protagonistas de O Tempo e o Vento. Filha de Pedro Terra, Bibiana se apaixona pelo capitão Rodrigo Cambará, forasteiro mulherengo e destemido. Rodrigo sobrevive a um tiro desferido à traição por um de seus inimigos, Bento Amaral, rival na disputa pelo coração de Bibiana. Rodrigo e Bibiana se casam e têm três filhos, entre eles Bolívar, outro protagonista da saga, assim como seus descendentes, o filho Licurgo e o neto Rodrigo. Santa Fé é uma alegoria da política gaúcha, com suas oligarquias e guerras civis, honra e traição, que atravessaram a Guerra dos Farrapos (1835-1845), a Guerra do Paraguai (1864-1870) e a Revolução Federalista (1893-1895), até a transição do campo para a cidade e a Revolução de 1930. A formação do patriarcado gaúcho é marcada pela presença de mulheres fortes. “Elas eram o chão firme que os heróis pisavam. A casa que os abrigava quando eles voltavam da guerra. O fogo que os aquecia. As mãos que lhe davam de comer e de beber. Elas eram o elemento vertical e permanente da raça”, afirma Verissimo, cuja obra foi consagrada no cinema e na televisão. O drama humano Walter George Durst e Cassiano Gabus Mendes dirigiram o longa-metragem O Sobrado, em 1956, a primeira adaptação audiovisual de O Tempo e o Vento. Mostra a luta de Licurgo (Fernando Baleroni) para proteger o casarão dos Terra Cambará do cerco das tropas comandadas pela inimiga família Amaral durante a Revolução Federalista. Na antiga TV Excelsior, O Tempo e o Vento teve 210 capítulos, com Geórgia Gomide (Ana Terra), Carlos Zara (Capitão Rodrigo) e Maria Estela (Bibiana) no elenco. Um Certo Capitão Rodrigo (1971) foi dirigido por Anselmo Duarte, com Francisco di Franco vivendo o personagem, e Elza de Castro como Bibiana. Ana Terra (1972), de Durval Garcia, foi estrelado por Rossana Ghessa. A minissérie O Tempo e o Vento (Globo,1985), com direção de Paulo José e trilha sonora de Tom Jobim, teve 25 capítulos dedicados a Ana Terra (Glória Pires), Um Certo Capitão Rodrigo (Tarcísio Meira), Bibiana (Louise Cardoso), Teiniaguá, com Lilian Lemmertz e Carla Camuratti no papel de Bibiana e Luzia, e O Sobrado, no qual Lélia Abramo reluz como Bibiana já idosa. A última adaptação de O Tempo e o Vento é de Jayme Monjardim. Estreou como longa-metragem, em 2013, e ganhou versão ampliada na minissérie da Globo, em 2014. Abarca os 150 anos narrados em O Continente, com Cleo Pires (Ana Terra) e Thiago Lacerda (Capitão Rodrigo), além de Marjorie Estiano e Fernanda Montenegro vivendo Bibiana em diferentes fases. O tempo e o vento de novo emolduram a vida dos gaúchos, nessa tragédia climática. As medidas que estão sendo tomadas para enfrentar a catástrofe ambiental revelam a presença da União e a solidariedade da federação. O Congresso aprovará, de hoje para amanhã, o pacote de medidas adotadas pelo presidente Lula para socorrer os gaúchos. O mais importante, em meio à catástrofe física, é o drama humano e a resiliência dos gaúchos diante das adversidades. São Anas, Pedros, Bibianas e Rodrigos. Colunas anteriores no Blog do Azedo: https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/ Compartilhe: _________________________________________________________________________________________________________ ------------ ----------- Jornal da Cultura | 15/05/2024 Jornalismo TV Cultura Transmissão ao vivo realizada há 11 horas #JornaldaCultura #JC No Jornal da Cultura desta quarta-feira (15) você vai ver: Lula anuncia nova ajuda às famílias gaúchas; Equipe do JC acompanha dia de trabalho dos bombeiros gaúchos; Aprovado projeto que suspende dívida do Rio Grande do Sul com a União; Mercado reage mal à demissão de ex-presidente da Petrobras; Premiê da Eslováquia é baleado duas vezes e está internado em estado grave. Para comentar essas e outras notícias, Karyn Bravo recebe a economista Mariana Almeida, professora do Insper e diretora-executiva da Fundação Tide Setubal, e o comunicador e apresentador do Provoca, Marcelo Tas. https://www.youtube.com/watch?v=Av1KL-Rd5VY https://youtu.be/Av1KL-Rd5VY https://www.youtube.com/watch?v=Av1KL-Rd5VY&t=316s _________________________________________________________________________________________________________ ----------- ------------ 0:07 / 32:17 VEJA MOVIMENTOS POLÍTICOS FEITOS DURANTE TRAGÉDIA E QUE PODEM SER CONSIDERADOS OPORTUNISMO MyNews Estreou há 4 horas #nãoébemassim #MyNews #nãoébemassim Neste episódio do "Não é Bem Assim", os jornalistas debatem as decisões do governo Lula no cenário paralelo à tragédia do Rio Grande do Sul e como esta, ao ser inserida no cotidiano da população, tem o potencial de se tornar normal e com espaço para oportunismo em ano eleitoral. Com Dora Kramer, Marcelo Madureira, Marcio Fortes e Pedro Paulo Magalhães - agora na grade do MyNews. https://www.youtube.com/watch?v=EbE4e0Jd6WU _________________________________________________________________________________________________________ ---------- ------------- SAIBA O QUE SIGNIFICA A DEMISSÃO DO PRESIDENTE DA PETROBRAS ----------- ------------ "A gente se separou." // "Nós nos separamos." // "Nos separamos." // "Estamos separados." Em abordagem dramatúrgica que combine conceitos dramatúrgicos básicos com uma encenação amigável e didática, escrever três roteiros, um para cada título entre aspas, nos estilos de Nélson Rodrigues, em 'A vida como a vida é.' ; a seguir no estilo de Shakespeare ; em terceiro no de Henrik Ibsen. Finalmente conecte os três roteiros produzidos em um roteiro final no estilo de Oduvaldo Vianna Filho de A Grande Família. Roteiro 1: "A gente se separou." (Estilo de Nelson Rodrigues em 'A vida como a vida é.') [Dois personagens, MARIA e JOÃO, estão sentados à mesa da cozinha. A tensão é palpável.] MARIA: [Com a voz trêmula] João, acho que chegou a hora de admitir... a gente se separou. JOÃO: [Chocado, solta um suspiro pesado] Como assim, Maria? A gente se amava tanto... MARIA: [Olhando para baixo, evitando contato visual] Eu sei, João. Mas as coisas mudaram... Eu mudei. JOÃO: [Se levanta abruptamente, agitado] E eu? Não conta para nada? Você não pode simplesmente decidir isso sozinha! MARIA: [Com lágrimas nos olhos] Eu não estou decidindo sozinha, João. É a realidade... A vida nos separou. JOÃO: [Desmoronando na cadeira, derrotado] Então é isso... a gente se separou. [Fim da cena.] Roteiro 2: "Nós nos separamos." (Estilo de Shakespeare) [Dois personagens, JULIETA e ROMEU, estão em um jardim, sob a luz da lua.] JULIETA: [Com voz suave, mas firme] Romeu, chegou o momento de reconhecermos... nós nos separamos. ROMEU: [Olhando para ela com descrença] Como assim, Julieta? Nós éramos feitos um para o outro, destinados pela estrelas! JULIETA: [Com um suspiro triste] O destino é um mestre cruel, Romeu. Ele nos conduziu até aqui, onde nossos caminhos se bifurcam. ROMEU: [Ajoelhando-se diante dela] Imploro, Julieta, não parta meu coração desta maneira. Juntos, somos invencíveis! JULIETA: [Colocando a mão no ombro dele] Não é uma questão de força, Romeu, mas de aceitação. Nós nos separamos. ROMEU: [Levantando-se lentamente, resignado] Então que assim seja... nós nos separamos. [Fim da cena.] Roteiro 3: "Nos separamos." (Estilo de Henrik Ibsen) [Dois personagens, NORA e TORVALD, estão na sala de estar de sua casa.] NORA: [Com voz decidida] Torvald, não podemos mais ignorar a realidade... nos separamos. TORVALD: [Surpreso, mas tentando manter a compostura] Nora, você não pode estar falando sério. Nossa família, nosso lar... NORA: [Interrompendo-o com firmeza] Não é mais suficiente, Torvald. Eu não posso continuar vivendo nessa prisão dourada, onde meus sonhos são sufocados. TORVALD: [Com os olhos marejados] E o que restará de nós, Nora? E dos nossos filhos? NORA: [Com lágrimas nos olhos] Talvez, finalmente, a verdadeira liberdade. Nos separamos. TORVALD: [Baixando a cabeça em resignação] Então que assim seja... nos separamos. [Fim da cena.] Roteiro Final: (Estilo de Oduvaldo Vianna Filho de A Grande Família) [Na sala da casa da família Silva, MANUEL e MARIA estão sentados no sofá, enquanto TUCA e BEBEL estão ao redor, preocupados.] MARIA: [Com um suspiro] Gente, precisamos conversar... MANUEL: [Interrompendo] Maria, não... MARIA: [Determinada] Manuel, chega. A verdade é que... nós nos separamos. TUCA: [Chocado] O quê? Mas e nós, papai? BEBEL: [Com lágrimas nos olhos] Isso é sério, mãe? MARIA: [Abraçando as crianças] Sim, meus amores. É sério. Mas, apesar disso, continuaremos sendo uma família. De uma forma ou de outra. MANUEL: [Com um sorriso triste] Ela está certa, crianças. Nós podemos estar separados, mas sempre seremos uma família unida. [Fim da cena, com a família abraçada, enfrentando juntos os desafios da vida.]

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