domingo, 26 de março de 2023

"sereno guerreiro da liberdade"

*** Heróis da Liberdade Elza Soares *** Ô, ô, ô, ô Liberdade senhor! Passava noite, vinha dia O sangue do negro corria Dia a dia De lamento em lamento De agonia em agonia Ele pedia o fim da tirania Lá em Vila Rica Junto ao largo da Bica Local da opressão A fiel maçonaria, com sabedoria Deu sua decisão Com flores e alegria Veio a abolição A independência Laureando O seu brasão Ao longe soldados e tambores Alunos e professores Acompanhados de clarim Cantavam assim Já raiou a liberdade A liberdade já raiou Essa brisa que a juventude afaga Essa chama Que o ódio não apaga pelo universo É a evolução em sua legítima razão Samba, ó samba Tem a sua primazia Em gozar de felicidade Samba, meu samba Presta esta homenagem Aos heróis da liberdade Composição de Mano Décio/Silas De Oliveira *********************************************************** *** Música | Nara Leão - Opinião (Zé Ketti) ***
*** Armênio Guedes participou do projeto “Resistir é Preciso…”, desenvolvido pelo Instituto Vladimir Herzog. Para assistir a um trecho da participação de Armênio no documentário, clique aqui. *** Armênio Guedes Nascido em 30 de maio 1918, aos três anos de idade, Armênio Guedes, baiano de Mucugê, mudou-se para Salvador com o pai, a mãe e os dez irmãos. Com estímulo paterno, iniciou os estudos pelos livros de ciências jurídicas. Aos dezesseis anos, entrou na Faculdade de Direito da Bahia. Tomou contato com as ideias comunistas por influência do irmão mais velho, Enéas. Filiou-se ao grupo baiano do Partido Comunista do Brasil (PCB), em 1935. Em 1941, fugindo da perseguição que o Estado Novo de Getúlio Vargas havia imposto aos comunistas, Armênio Guedes viaja para São Paulo e, em seguida, para o Rio de Janeiro. Com vários líderes comunistas presos, Armênio articulou entre paulistas e cariocas a Conferência da Mantiqueira, que praticamente refundou o PCB, em 1943. Com a queda de Getúlio Vargas, em 1945, o Partido Comunista foi legalizado. Os líderes presos, incluindo o secretário geral Luís Carlos Prestes, foram soltos, e Armênio se tornou integrante do quadro profissional do PCB, ao ser indicado secretário particular de Prestes. No entanto, a legalidade dos comunistas durou pouco. O partido foi cassado e assumiu linha radical. Com a saúde abalada por doença pulmonar, Armênio Guedes foi se tratar em Moscou, em 1952, onde viveu por três anos, período que coincidiu com a morte de Stalin e com os preparativos do vigésimo Congresso do Partido Comunista Soviético, onde Nikita Kruschev (1894-1871), secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética por onze anos, considerado um líder político mundial, denunciou os crimes do stalinismo. Em Moscou, Armênio Guedes já questionava a cartilha soviética. De volta ao Brasil, tornou-se um dos principais articuladores da Declaração de Março, de 1958, que colocou a democracia como objetivo da ação política do Partido Comunista. Nessa época, atuou como assessor parlamentar e dirigiu a revista Estudos Sociais, junto ao escritor e jornalista Astrojildo Pereira (1890- 1965), um dos fundadores do partido. Depois de 1964, mesmo com a repressão do governo militar aos movimentos de esquerda, Armênio ficou no Brasil clandestinamente, até 1971. Saiu do país depois de ser abordado por um agente da Agência Central de Inteligência Americana (CIA), em frente da casa onde morava. Exilou-se no Chile. Com o codinome Lázaro Feitosa, juntou-se aos outros exilados como José Serra, Fernando Gabeira, Almino Afonso, Maria Conceição Tavares e Betinho, em ações políticas para denunciar a repressão no Brasil. Nesse período, perdeu o irmão mais próximo, Celito Guedes, que foi preso, torturado e morto no Rio de Janeiro. Com o golpe militar de Pinochet, e a morte de Allende, em 1973, Armênio buscou exílio na França, onde chegou com o codinome Júlio. Com os exilados em Paris, entre eles Oscar Niemeyer, Miguel Arraes, Aloysio Nunes Ferreira, Luiz Hildebrando Pereira, José Leite Lopes, Armênio organiza esquema de denúncia da ditadura brasileira. Tornou-se, então, o responsável pelo jornal do partido, Voz Operária, levando seu grupo a consolidar o princípio de que a democracia é um valor permanente e não apenas tático. Em 1979, com a Lei de Anistia, retorna ao Brasil. No ano seguinte, Prestes rompe com o PCB, que já mostrava outra divisão: de um lado, os que pregavam a democracia e criticavam o modelo soviético, como Armênio. De outro, os que discordavam dessa linha. A divergência levou mais gente a deixar o partido. Armênio Guedes saiu em 1986. Encerrou ali a militância de cinquenta anos. Continuou, como ele mesmo diz, um comunista, mas sem partido e sem carteirinha. Em 30 de março de 2012, recebeu o título de Cidadão Paulistano, oferecido pela Câmara Municipal de São Paulo. Faleceu em São Paulo, no ano de 2015. Fonte: VAIA, Sandro. Armênio Guedes: sereno guerreiro da liberdade. São Paulo: Barcarolla, 2013. http://www.rodaviva.fapesp.br/materia_busca/573/marxismo/entrevistados/armenio_guedes_2008.htm Acesso: mai.2017. https://neamp.pucsp.br/liderancas/armenio-guedes *************************************************** *** Alexandre Vive! 50 anos *** Instituto Vladimir Herzog 51 visualizações 17 de mar. de 2023 Há 50 anos, Alexandre Vannucchi Leme era assassinado nas dependências do DOI-Codi de São Paulo. Sua morte gerou uma indignação que levou milhares de pessoas à Catedral da Sé e impulsionou também o ressurgimento do movimento estudantil brasileiro, uma das principais forças de resistência ao regime ditatorial. Para mais uma vez honrar a história de Alexandre, voltaremos ao centro de São Paulo nesta sexta-feira (17) com o ato "Alexandre vive! 50 anos", às 16h, na Faculdade de Direito da USP. #AlexandreVive Ator: Celso Frateschi Texto: Camilo Vannuchi Identidade Visual: Bruna Pereira Câmera e edição: Roberto Fernández Produção e direção geral: Adriano Diogo Gravado na VIATV EVENTOS David Oliveira (Teleprompter) Thiago Guerra (Claquete) Rubens Lazarini - Cachoeira (Diretor VIATV) https://www.youtube.com/watch?v=g4DgApAua5A *************************************************
*** sábado, 25 de março de 2023 Marco Aurélio Nogueira* - Anticomunismo de conveniência O Estado de S. Paulo. O anticomunismo tem funcionado, entre nós, como combustível para diferentes modalidades de autoritarismo Pesquisa realizada pelo Ipec e divulgada em O Globo (19/3) causou certo impacto ao indicar que 44% dos brasileiros acreditam que, com a eleição de Lula, aumentou o risco de se configurar uma “ameaça comunista” no Brasil. Não é de surpreender. Toda vez que se falou em reformas, distribuição de renda e redução da desigualdade no Brasil, agitou-se a bandeira do anticomunismo. Foi assim no golpe de 1964, por exemplo. Políticos reacionários, populistas de extrema direita e conservadores pouco esclarecidos têm-se valido de uma imagem fantasmagórica do comunismo para induzir a população a acreditar que os comunistas estão atrás da porta, prontos para comer criancinhas. Bolsonaro fez isso em seu governo. Nos últimos tempos, algumas coisas complicaram o argumento. Por um lado, o comunismo desapareceu como proposta política, junto com a crise do bloco soviético e as transformações da hipermodernidade. Hoje ele pertence ao passado. Tem sua dignidade filosófica, mas não tem mais quem lhe dê propulsão. Sumiram os proletários industriais que davam base aos partidos comunistas e estes, por sua vez, não conseguiram se renovar. Foram desaparecendo ou se transfigurando em personagens de que não se tem uma imagem clara. Não há nenhuma revolução no mundo sendo planejada com programas comunistas. Por outro lado, o conservadorismo avançou pelo terreno religioso. O pentecostalismo evangélico quebrou o monopólio da Igreja Católica e impôs novas pautas de costumes e novas maneiras de enxergar o mundo. Uma espécie de terraplanismo genérico e negacionista cresceu por esta senda, sendo rapidamente capturado pela extrema direita, com suas taras e suas falsificações simplificadoras. Para complicar ainda mais, a desagregação da classe operária tradicional e a crise do trabalho fizeram-se acompanhar da ideia de empreendedorismo plantada pelo neoliberalismo e que aos poucos foi ganhando vida própria. A maioria dos trabalhadores brasileiros sonha em ter seu próprio negócio, ver-se livre de patrões e horários impostos, ser um pequeno empresário. É um empreendedorismo refratário ao Estado, a programas de estatização, a regras coercitivas, a tributos excessivos, vistos como cerceadores da liberdade econômica e, por extensão, como “comunistas”. Acrescente-se a isso a ojeriza da opinião pública a regimes autocráticos como os de Maduro e Ortega, que são criticados por serem “comunistas”, embora não tenham coisa alguma que ver com comunismo. O anticomunismo tem funcionado, entre nós, como combustível para diferentes modalidades de autoritarismo: um expediente tosco, cômodo e conveniente para contestar o sistema democrático e as reformas sociais. O golpismo bolsonarista o reforçou, valendo-se da instrumentalização das mídias sociais e de campanhas contra a esquerda e a democracia, que atacaram principalmente o PT, único partido brasileiro com alguma base popular. Muitos comunistas ajudaram a forjar este caldo de cultura, com suas pregações maximalistas, seus exageros retóricos, sua incapacidade de ouvir a sociedade e se ajustar aos tempos. Nos últimos anos, os democratas também deram sua contribuição, ao se entregarem a disputas estéreis e polarizações artificiais no próprio terreno da democracia. Enquanto petistas e tucanos brigavam para saber quem era mais reformista, a extrema direita se expandia e o sistema político enferrujava. O anticomunismo reapareceu na esteira desse processo. Hoje, não há mais comunismo, mas a esquerda continua viva. Chega aos governos por via eleitoral, mas não dispõe de um programa concatenado para gerir o capitalismo e responder com inteligência às demandas sociais. Muitas vezes, perde-se nos meandros de um identitarismo exacerbado, com o que preserva certos nichos eleitorais, mas entra em atrito com as grandes maiorias conservadoras, assustando-as com propostas emancipadoras e libertárias. Não são poucos os que temem que a insistência em temas identitários leve à adoção de programas contrários à família, à liberdade religiosa e à educação moral dos jovens. Diferentemente da extrema direita, a esquerda brasileira interage de modo negativo com o conservadorismo, que tem raízes longínquas e foi turbinado pelas igrejas neopentecostais, que, em muitos casos, fornecem a seus fiéis um acolhimento e um suporte que o Estado não consegue prover. A extrema direita estigmatiza a “ameaça comunista” porque deseja bloquear as transformações que preparam o futuro. É um reacionarismo que não sabe lidar com as mudanças frenéticas dos nossos dias e que só pode sobreviver escondendose em redes e nichos fanatizados, de onde vende ilusões, fabrica maldades e conspira. O anticomunismo tem bases materiais, políticas e socioculturais. De algum modo, tornou-se uma ameaça à democracia e às liberdades. Não será varrido no plano retórico. O combate a ele precisa ser feito no longo prazo, centrado na educação, na institucionalidade democrática, nos direitos, na governança positiva e em boas políticas públicas. *Professor Titular de Teoria Política da Unesp ************************************************************
*** sábado, 25 de março de 2023 João Gabriel de Lima* - Partidos para a vida inteira O Estado de S. Paulo. A democracia brasileira precisa de parlamentares fiéis e de partidos com atuação consistente Partidos políticos estão para a democracia assim como os alicerces, para um prédio. Sem eles, o edifício das instituições desaba. Em democracias que pontuam melhor que a nossa em rankings internacionais, como as da Europa Ocidental, os partidos têm programas sólidos e seguidores fiéis. A maior parte dos eleitores vota no centro político, em geral dominado por um partido de centro-direita e um de centro-esquerda. Há também partidos de nicho, como os que defendem o meio ambiente ou grupos específicos da sociedade. Num livro clássico sobre o assunto, os cientistas políticos David Samuels e Cesar Zucco mostram que o Brasil tem uma única sigla com um número significativo de eleitores fiéis ao longo do tempo: o PT, de centro-esquerda. Não surgiu um partido com peso equivalente à direita. Isso deixa o campo liberal e conservador vulnerável a aventureiros. Para resolver esse problema, o cientista político Antonio Lavareda tem uma proposta: instituir o voto em lista ordenada, seguindo o exemplo dos países europeus. Nas eleições legislativas, em vez de escolher uma pessoa – um deputado ou senador – o eleitor escolheria um partido. As siglas teriam um número de parlamentares proporcional à sua votação, ordenados de acordo com uma lista prévia. “Seria mais fácil para os eleitores fiscalizarem seus representantes. E seria mais difícil os representantes mudarem de lado, traindo a confiança de quem votou neles”, diz Lavareda, entrevistado no minipodcast da semana. Em países como a Alemanha, o voto ordenado permite ainda que as siglas listem especialistas em várias áreas – saúde, educação, etc. –, melhorando a qualidade da representação e do debate. A maior vantagem seria o fortalecimento dos partidos políticos. “Numa democracia sólida, as siglas refletem as diversas posições do debate público”, diz Lavareda. “Num sistema como o brasileiro, o que vemos é um amontoado de empreendedores políticos individuais.” A democracia brasileira precisa de parlamentares fiéis, que não traiam seus eleitores em troca de oportunidades de corrupção. E de partidos com programa e atuação consistentes, capazes de atrair eleitores que votam neles a vida inteira, como acontece na Europa. O projeto de Lavareda pode ser um incentivo para o surgimento de partidos robustos, dos quais os eleitores se orgulham e com os quais se identificam. A alternativa a isso é uma situação em que políticos mudam de lado o tempo todo e os eleitores não confiam neles, a ponto de esquecer em quem votaram para deputado e senador. E assim a democracia tomba, carcomida a partir de seus alicerces. *Escritor, professor da Faap e doutorando em ciência política na Universidade de Lisboa ************
*** Os comunistas e o golpe de 1964* A defesa das liberdades democráticas constitui o elo principal dessa luta. Inseparável de todas as demais reivindicações constitui, por isso mesmo, a mais ampla e mobilizadora, capaz de unificar e canalizar todos os movimentos reivindicatórios para a ampla frente de combate à ditadura O CC do Partido Comunista Brasileiro se reuniu no corrente mês de maio e, tomando por base o informe apresentado pela CE, fez uma análise da situação internacional, da situação nacional e da atividade do Partido, no período decorrido desde sua ultima reunião. Assinala-se nesse período, com o acontecimento marcante, o golpe militar reacionário de 1 de abril do ano passado, com a conseqüente deposição do presidente João Goulart e a instauração, no País, de uma ditadura reacionária e entreguista. Interrompeu-se assim, o processo democrático em desenvolvimento. As forças patrióticas e democráticas e, em particular, o movimento operário e sua vanguarda – nosso Partido - sofreram sério revés. Modificou-se profundamente a situação política nacional. As conclusões a que chegou o CC, após os debates, estão contidas na seguinte resolução: As lutas do povo brasileiro desenvolvem-se num quadro de uma situação internacional caracterizada pelo fortalecimento das posições do socialismo, pelo Ascenso do movimento nacional-libertador e do movimento operário internacional, pelo crescimento das forças empenhadas na preservação e consolidação da paz mundial. A política de paz realizada pela União Soviética e demais países socialistas, apoiada em seu avanço econômico, técnico e científico e inspirada no princípio da coexistência pacífica, penetra cada vez mais fundo na consciência de todos os povos. Desenvolve-se com vigor o movimento de emancipação nacional da Ásia, África e América Latina. A conjuntura econômica dos países capitalistas mais desenvolvidos mantém-se, em geral, em ascenso. Aumenta o interesse, no campo capitalista, pela intensificação das relações econômicas com os países do campo socialista, o que amplia as condições objetivas da política de coexistência pacífica. Mas, simultaneamente, e em conseqüência também do continuado agravamento da crise geral do capitalismo, aguçam-se as contradições interimperialistas, que se manifestam especialmente na disputa de mercado e se refletem, com maior destaque, em posições assumidas pelo governo francês em sua política externa. É nessa situação que o imperialismo, particularmente o norte-americano, intensifica suas atividades em diferentes regiões do mundo, empreendendo atos de agressão contra os povos que lutam pela libertação nacional. A situação internacional se agrava sensivelmente. A intervenção no Congo por parte das forças ianques e belgas; a repressão da ditadura portuguesa às lutas do povo de Angola; a intervenção da Grã-Bretanha na Guiana Inglesa; as provocações da República Federal Alemã em torno de Berlim e a tentativa de organizar a Força Atômica Multilateral e criar um cinturão atômico nas fronteiras dos países socialistas – todas essas medidas constituem não apenas violações dos direitos dos povos, mas também novas ameaças à paz mundial. *Voz Operária, Suplemento Especial, Resolução Política do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro, maio de 1965. CONTINUAR LEITURA https://gilvanmelo.blogspot.com/2023/03/os-comunistas-e-o-golpe-de-1964.html ********************************************************************************
*** sábado, 25 de março de 2023 Poesia | Ferreira Gullar - PCB Eles eram poucos. E nem puderam cantar muito alto a Internacional. Naquela casa de Niterói em 1922. Mas cantaram e fundaram o partido. Eles eram apenas nove, o jornalista Astrogildo, o contador Cordeiro, o gráfico Pimenta, o sapateiro José Elias, o vassoureiro Luís Peres, os alfaiates Cendon e Barbosa, o ferroviário Hermogênio. E ainda o barbeiro Nequete, que citava Lênin a três por dois. Em todo o país eles eram mais de setenta. Sabiam pouco de marxismo, mas tinham sede de justiça e estavam dispostos a lutar por ela. Faz sessenta anos que isso aconteceu, o PCB não se tornou o maior partido do ocidente, nem mesmo do Brasil. Mas quem contar a história de nosso povo e seus heróis tem que falar dele. Ou estará mentindo. **************************** *** Lapinha- Elis Regina e Os Originais do Samba/ Baden Powel e Paulo César Pinheiro **************************************************************************** *** Herois da Liberdade - Originais do Samba *** Claudio Silva 1.919.726 visualizações 22 de out. de 2016 Composição: Silas de Oliveira - Carnaval 1968 Um dos mais belos sambas enredo de todos os tempos. Cantado pelo Grupo Originais do Samba com o saudoso Mussum. https://www.youtube.com/watch?v=PQJg04ijcQc ****************************************************************** *** Heróis da Liberdade Maria Rita *** Passava noite, vinha dia O sangue do negro corria Dia a dia De lamento em lamento De agonia em agonia Ele pedia o fim da tirania Lá em Vila Rica Junto ao largo da Bica Local da opressão A fiel maçonaria, com sabedoria Deu sua decisão Com flores e alegria Veio a abolição A independência Laureando O seu brasão Ao longe soldados e tambores Alunos e professores Acompanhados de clarim Cantavam assim Já raiou a liberdade A liberdade já raiou Essa brisa que a juventude afaga Essa chama Que o ódio não apaga pelo universo É a evolução em sua legítima razão Samba, ó samba Tem a sua primazia Em gozar de felicidade Samba, meu samba Presta esta homenagem Aos heróis da liberdade Ô, ô, ô, ô Liberdade senhor! Composição: Mano Décio / Silas De Oliveira. ***********************************************************

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