domingo, 26 de março de 2023

RESUMO DA ÓPERA

"Meu mundo é hoje Não existe amanhã pra mim Eu sou assim Assim morrerei um dia Não levarei arrependimentos Nem o peso da hipocrisia" *** *** Juca Chaves - BRASIL JÁ VAI À GUERRA - Lançado em 1960, porém somente liberado em 1961 *** luciano hortencio Juca Chaves - BRASIL JÁ VAI À GUERRA - Juca Chaves - Lançado em 1960, porém liberado em 1961. E cá está a música do Juquinha, editada pela RGE em julho de 1961 no 78 rpm número 10299-A, matriz RGO-1991. Um ano depois, ele a regravaria em um álbum da Odeon chamado justamente "As músicas proibidas de Juca Chaves". Samuel Machado Filho. ********************************************** *** Meu Mundo É Hoje Paulinho da Viola Eu sou assim Quem quiser gostar de mim Eu sou assim Meu mundo é hoje Não existe amanhã pra mim Eu sou assim Assim morrerei um dia Não levarei arrependimentos Nem o peso da hipocrisia Tenho pena daqueles Que se agacham até o chão Enganando a si mesmo Por dinheiro ou posição Nunca tomei parte Desse enorme batalhão Pois sei que além de flores Nada mais vai no caixão Eu sou assim Quem quiser gostar de mim Eu sou assim Composição: Wilson Batista. ************************************************* *** Lula ao vivo: Presidente visita o Complexo Naval de Itaguaí; acompanhe discurso *** UOL Transmitido ao vivo em 23 de mar. de 2023 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita ao vivo, nesta quinta-feira (23), o projeto ProSub, criado em 2008 por meio de uma parceria de transferência de tecnologia entre o Brasil e a França para a construção de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear em um estaleiro em Itaguaí, na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro; acompanhe. ************************************************************************ "Tauba de tiro ao Álvaro Não tem mais onde furar." Não tem mais *** *** Tiro Ao Álvaro - Part. Elis Regina Adoniran Barbosa *** Lá na matriz a vida por um triz Vida que eu falo É força de expressão *** *** Beto Navalha João Nogueira *** *** Companhia de Ópera do ES leva música erudita para asilo em Vitória *** TVE Espírito Santo Música erudita para a velha-guarda! Um grupo itinerante da Companhia de Ópera do Espírito Santo tem levado música até pessoas que não tem fácil acesso a essa arte. Desta vez a apresentação foi no Asilo de Vitória. Foi uma grande festa! Os idosos cantaram, dançaram e até tocaram alguns instrumentos. Confira na reportagem de Marcelle Altoé, com imagens de Ramon Porto. ******************************************************************************* Em 4 de maio de 1945, o físico Werner Heisenberg, criador do princípio da incerteza, foi levado prisioneiro da Alemanha, por um destacamento norte-americano, comandado pelo coronel Pash, sentindo-se como um nadador completamente exausto que pisasse em terra firme, segundo suas próprias palavras, na tradução para o português. "Cuando el coronel americano Pash entró el 4 de mayo con algunos soldados en nuestra casa para detenerme como prisionero, tuve la sensación que puede tener el nadador completamente extenuado que pisa de nuevo tierra firme." Na versão em espanhol. Foram soltos em janeiro de 1946 e retornaram à Alemanha. Podiam enfim lançar-se à obra de reconstrução em que tanto haviam pensado e falado desde 1933, mas que, afinal, revelarou-se mais árdua do que esperavam e desejavam. "Nuestro cautiverio terminó en enero de 1946, y regresamos inmediatamente a Alemania. Con ello comenzó la labor de reconstrucción, a la que habíamos dedicado la mayor parte de nuestro pensamiento desde 1933, y que resultó al principio bastante más difícil de lo que habíamos esperado y deseado." "Mi destino como prisionero me llevó finalmente, tras breves estancias de paso en Heidelberg, París y Bélgica, a una temporada más larga en la granja Farm-Hall, donde conviví con algunos antiguos amigos y colaboradores más jóvenes de la «comunidad del uranio». Entre ellos estaban Otto Hahn, Max von Laue, Walter Gerlach, Cari Friedrich von Weizsacker y Karl Wirtz. La granja Farm-Hall está situada junto al pueblo de Godmanchester, a una distancia de Cambridge, la vieja ciudad universitaria inglesa, de sólo cuarenta kilómetros." ***************************** *** Hoje na História: Alemanha nazista se rende aos aliados (07/05/1945) *** Opera Mundi Na madrugada de 7 de maio de 1945, à 1h30, o almirante Mark Dönitz, que assumira o comando da nação após o suicídio de Hitler, em 30 de abril, radiografou ao general Alfred Jodl de seu novo quartel-general em Flenburg, na fronteira dinamarquesa, dando-lhe amplos poderes para assinar o documento de rendição incondicional. *** Opiniões do Villa: Lula x Moro, relação do presidente com o Congresso e mais | CNN 360º *** CNN Brasil 25 de mar. de 2023 #CNNBrasil Operação da PF que interceptou plano do PCC para matar o senador Sergio Moro (União-PR), ironia do presidente Lula (PT) sobre ameaças ao ex-juiz, relação do petista com o Congresso, manutenção da taxa de juros pelo Banco Central, violência no RN e possibilidade de Zanin no STF: confira a repercussão dos principais fatos e notícias da semana no Brasil com as opiniões de Marco Antonio Villa, comentarista da CNN. #CNNBrasil *************************
*** Lula: ex-presidente se entrega (Leonardo Benassatto/Reuters) *** Guilherme Dearo Publicado em 7 de abril de 2018 às, 18h50. Última atualização em 8 de abril de 2018 às, 08h45. São Paulo — O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi preso pela Polícia Federal na noite deste sábado (7) em São Bernardo do Campo, depois de dois dias de expectativas. Lula foi levado num comboio de viaturas após sair, a pé, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde estava desde a noite de quinta-feira. O destino inicial foi a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, na zona Oeste da cidade. Lá, Lula passou pelo exame de corpo de delito antes de ser transportado em helicóptero ao aeroporto de Congonhas, na zona Sul. Um avião da PF o levou ao aeroporto Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba, de onde outro helicóptero o carregou a seu destino final: a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanece preso. O petista se entregou depois de fazer, no sábado, um longo discurso em que atacou a imprensa e a Lava Jato e conclamou a militância petista a seguir mobilizada, dizendo-se vítima de uma injustiça. Lula foi condenado a doze anos e um mês de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro, em regime inicial fechado. Ele teria recebido, da construtora OAS, um apartamento tríplex em Guarujá (SP) como propina em troca de facilitar contratos irregulares dessa empresa com a Petrobras. O despacho determinando a prisão de Lula foi emitido pelo juiz federal Sérgio Moro na quinta-feira. Moro deu prazo até 17h de sexta-feira para que o ex-presidente se apresentasse voluntariamente à PF em Curitiba. Mas Lula preferiu permanecer no Sindicado dos Metalúrgicos do ABC, onde iniciou sua carreira como sindicalista e político, ignorando o prazo estabelecido pelo Juiz. Moro proibiu que o ex-presidente fosse algemado. Também determinou que Lula cumpra a pena em uma sala reservada, já preparada pela Polícia Federal, e fique separado dos demais presos "em razão da dignidade do cargo do ocupado”. O ex-presidente vai ficar na Superintendência da PF em Curitiba, onde estão também os alvos da Lava Jato que negociam delação premiada. O juiz avalia que não seria seguro para o ex-presidente ficar detido no Complexo Médico-Penal (CMP), penitenciária na região metropolitana de Curitiba. A decisão de Moro aconteceu depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) negar, na madrugada de quinta-feira (5), um pedido de habeas corpus a Lula e de o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) rejeitar embargos de declaração contra a condenação pela corte em segunda instância. O petista lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República na eleição de outubro, mas deve ficar impedido de concorrer por causa da Lei da Ficha Limpa, que torna inelegíveis os condenados em órgãos colegiados do Judiciário, caso da 8ª Turma do TRF-4. Lula foi condenado em primeira instância por Moro e teve sua condenação confirmada, em segunda instância, pela 8ª Turma do TRF-4. O petista nega ser dono do apartamento tríplex a que se refere a condenação, assim como quaisquer irregularidades, e diz ser vítima de perseguição política. Lula ainda é alvo em outros seis processos no âmbito da operação Lava Jato. Lula será solto logo? A defesa do ex-presidente pode ainda entrar com mais um recurso contra a decisão da 8ª Turma. Chamado de “embargo dos embargos”, esse tipo de ação visa contestar a decisão que rejeitou os embargos iniciais. Mas é improvável que isso altere a situação de Lula agora. O acórdão que rejeitou os embargos de declaração foi publicado na terça-feira (27). Com isso, os advogados de Lula teriam até o próximo dia 10 para apresentar o novo recurso. No entanto, como disse a EXAME o jurista Davi Tangerino, da FGV Direito SP, a apresentação desse tipo de recurso não impede o cumprimento da pena. Há dúvidas sobre quanto tempo Lula ficará na cadeia. Há duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) que questionam a prisão de condenados em segunda instância. É possível que a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, decida colocá-las em julgamento no Tribunal. Se uma dessas ADIs for aceita, a prisão de Lula pode ser revogada. Ele ganharia o direito de aguardar em liberdade enquanto seus advogados seguem apelando e realizando manobras jurídicas protelatórias, o que pode se prolongar até a prescrição da pena, livrando o ex-presidente da prisão. Mesmo que Cármen Lúcia não coloque as ADIs em julgamento, isso provavelmente será feito por Dias Toffoli, que assumirá a presidência do STF em setembro. Então, é possível que Lula deixe a prisão antes das eleições de outubro. https://exame.com/brasil/lula-sao-bernardo-do-campo/ *****************************************************
*** (Rodolfo Buhrer/Reuters) *** Lula deixa a prisão em Curitiba após autorização da justiça Ex-presidente ficou um ano e sete meses preso pela Operação Lava Jato para cumprir pena de corrupção passiva e lavagem de dinheiro Clara Cerioni Publicado em 8 de novembro de 2019 às, 17h42. Última atualização em 8 de novembro de 2019 às, 18h23. São Paulo — O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de deixar a carceragem da Polícia Federal, onde está preso desde abril do ano passado. Ele se beneficiou de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida nesta quinta-feira (07), que derrubou a possibilidade de prisão após condenação em 2ª instância. O ex-presidente ficou um ano e sete meses preso pela Operação Lava Jato para cumprir pena de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá. Lula saiu da sede da PF às 17h42 — pouco mais de uma hora depois da expedição do alvará de soltura. Uma multidão de manifestantes saudou o ex-presidente empunhando bandeiras do PT gritando palavras de ordem. "Observa-se que a presente execução iniciou-se exclusivamente em virtude da confirmação da sentença condenatória em segundo grau, não existindo qualquer outro fundamento fático para o início do cumprimento das penas", escreve o juiz. "Portanto, à vista do julgamento das Ações Declaratórias de Constitucionalidade nº 43, 44 e 54 - e ressalvado meu entendimento pessoal acerca da conformidade à Justiça, em sua acepção universal, de tal orientação -, mister concluir pela ausência de fundamento para o prosseguimento da presente execução penal provisória, impondo-se a interrupção do cumprimento da pena privativa de liberdade", prossegue. O petista cumpria pena desde a noite de sete de abril de 2018 em uma cela especial dentro da Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense. O ex-presidente é acusado de receber propinas da empreiteira OAS em troca de contratos da Petrobras. O repasse teria sido materializado em obras de melhorias e ampliação de um triplex no edifício Solaris, no Guarujá, no litoral paulista, e também por meio do armazenamento de bens que o ex-presidente recebeu durante seus dois mandatos no Planalto, entre 2002 a 2009. Lula sempre negou o recebimento de vantagens indevidas. Ele é réu em outras ações penais, como no caso do sítio de Atibaia, no interior paulista, pelo qual foi condenado a doze anos e onze meses de reclusão pela juíza Gabriela Hardt em fevereiro deste ano. O caso será julgado no próximo dia 27 pelo TRF-4, que analisará se a sentença será anulada e o processo remetido de volta às alegações finais. 1/6 Apoiadores do ex-presidente Lula esperam a saída do petista da prisão (Rodolfo Buhrer/Reuters) ***
*** 1/6 Apoiadores do ex-presidente Lula esperam a saída do petista da prisão (Rodolfo Buhrer/Reuters) https://exame.com/brasil/lula-deixa-a-policia-federal-de-curitiba-apos-autorizacao-da-justica/ *****************************************************************************************************
*** Brasília, sinfonia da alvorada | Vinicius de Moraes *** *** Jô Soares e Tom Jobim *** "Canção por Antonio Carlos Jobim Brasília: Sinfonia da Alvorada é um poema sinfônico composto por Antônio Carlos Jobim com letra de Vinícius de Moraes em 1959 celebrando a inauguração da nova capital do Brasil em 1960, Brasília. Wikipédia Compositor: Antonio Carlos Jobim Letrista: Vinicius de Moraes" **** *** Brasília, Sinfonia da Alvorada Vinicius de Moraes No príncipio era o ermo Eram antigas solidões sem mágoa. O altiplano, o infinito descampado No princípio era o agreste: O céu azul, a terra vermelho-pungente E o verde triste do cerrado. Eram antigas solidões banhadas De mansos rios inocentes Por entre as matas recortadas. Não havia ninguém. A solidão Mais parecia um povo inexistente Dizendo coisas sobre nada. Sim, os campos sem alma Pareciam falar, e a voz que vinha Das grandes extensões, dos fundões crepusculares Nem parecia mais ouvir os passos Dos velhos bandeirantes, os rudes pioneiros Que, em busca de ouro e diamantes, Ecoando as quebradas com o tiro de suas armas, A tristeza de seus gritos e o tropel De sua violência contra o índio, estendiam As fronteiras da pátria muito além do limite dos tratados. - Fernão Dias, Anhanguera, Borba Gato, Vós fostes os heróis das primeiras marchas para o oeste, Da conquista do agreste E da grande planície ensimesmada! Mas passastes. E da confluência Das três grandes bacias Dos três gigantes milenares: Amazonas, São Francisco, Rio da Prata ; Do novo teto do mundo, do planalto iluminado Partiram também as velhas tribos malferidas E as feras aterradas. E só ficaram as solidões sem mágoa O sem-termo, o infinito descampado Onde, nos campos gerais do fim do dia Se ouvia o grito da perdiz A que respondia nos estirões de mata à beira dos rios O pio melancólico do jaó. E vinha a noite. Nas campinas celestes Rebrilhavam mais próximas as estrelas E o Cruzeiro do Sul resplandecente Parecia destinado A ser plantado em terra brasileira: A Grande Cruz alçada Sobre a noturna mata do cerrado Para abençoar o novo bandeirante O desbravador ousado O ser de conquista O Homem! II / O HOMEM Sim, era o Homem, Era finalmente, e definitivamente, o Homem. Viera para ficar. Tinha nos olhos A força de um propósito: permanecer, vencer as solidões E os horizontes, desbravar e criar, fundar E erguer. Suas mãos Já não traziam outras armas Que as do trabalho em paz. Sim, Era finalmente o Homem: o Fundador. Trazia no rosto A antiga determinação dos bandeirantes, Mas já não eram o ouro e os diamantes o objeto De sua cobiça. Olhou tranqüilo o sol Crepuscular, a iluminar em sua fuga para a noite Os soturnos monstros e feras do poente. Depois mirou as estrelas, a luzirem Na imensa abóbada suspensa Pelas invisíveis colunas da treva. Sim, era o Homem... Vinha de longe, através de muitas solidões, Lenta, penosamente. Sofria ainda da penúria Dos caminhos, da dolência dos desertos, Do cansaço das matas enredadas A se entredevorarem na luta subterrânea De suas raízes gigantescas e no abraço uníssono De seus ramos. Mas agora Viera para ficar. Seus pés plantaram-se Na terra vermelha do altiplano. Seu olhar Descortinou as grandes extensões sem mágoa No círculo infinito do horizonte. Seu peito Encheu-se do ar puro do cerrado. Sim, ele plantaria No deserto uma cidade muita branca e muito pura... Citação de Oscar Niemeyer - "... como uma flor naquela terra agreste e solitária…" - Uma cidade erguida em plena solidão do descampado. Niemeyer - " ... como uma mensagem permanente de graça e poesia..." - Uma cidade que ao sol vestisse um vestido de noivado Niemeyer - " ... em que a arquitetura se destacasse branca, como que flutuando na imensa escuridão do planalto..." - Uma cidade que de dia trabalhasse alegremente Niemeyer - "…numa atmosfera de digna monumentalidade..." - E à noite, nas horas do langor e da saudade Niemeyer - " ... numa luminação feérica e dramática..." - Dormisse num Palácio de Alvorada! Niemeyer - " ... uma cidade de homens felizes, homens que sintam a vida em toda a sua plenitude, em toda a sua fragilidade; homens que compreendam o valor das coisas puras..." - E que fosse como a imagem do Cruzeiro No coração da pátria derramada. Citação de Lucio Costa - "…nascida do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos que se cruzam em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz." III / A CHEGADA DOS CANDANGOS Tratava-se agora de construir: e construir um ritmo novo. Para tanto, era necessário convocar todas as forças vivas da Nação, todos os homens que, com vontade de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer, num tempo novo, um novo Tempo. E, à grande convocação que conclamava o povo para a gigantesca tarefa começaram a chegar de todos os cantos da imensa pátria os trabalhadores: os homens simples e quietos, com pés de raiz, rostos de couro e mãos de pedra, e que, no calcanho, em carro de boi, em lombo de burro, em paus-de-arara, por todas as formas possíveis e imagináveis, começaram a chegar de todos os lados da imensa pátria, sobretudo do Norte; forarn chegando do Grande Norte, do Meio Norte e do Nordeste, em sua simples e áspera doçura; foram chegando em grandes levas do Grande Leste, da Zona da Mata, do Centro-Oeste e do Grande Sul; foram chegando em sua mudez cheia de esperança, muitas vezes deixando para trás mulheres e filhos a aguardar suas promessas de melhores dias; foram chegando de tantos povoados, tantas cidades cujos nomes pareciam cantar saudades aos seus ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa pátria... Dois locutores alternados - Boa Viagem! Boca do Acre! Água Branca! Vargem Alta! Amargosa! Xique-Xique! Cruz das Almas! Areia Branca! Limoeiro! Afogados! Morenos! Angelim! Tamboril! Palmares! Taperoá! Triunfo! Aurora! Campanário! Águas Belas! Passagem Franca! Bom Conselho! Brumado! Pedra Azul! Diamantina! Capelinha! Capão Bonito! Campinas! Canoinhas! Porto Belo! Passo Fundo! Locutor no 1 - Cruz Alta... Locutor no 2 - Que foram chegando de todos os lados da imensa pátria... Locutor no 1 - Para construir uma cidade branca e pura... Locutor n 2 - Uma cidade de homens felizes... IV / O TRABALHO E A CONSTRUÇÃO - Foi necessário muito mais que engenho, tenacidade e invenção. Foi necessário 1 milhão de metros cúbicos de concreto, e foram necessárias 100 mil toneladas de ferro redondo, e foram necessários milhares e milhares de sacos de cimento, e 500 mil metros cúbicos de areia, e 2 mil quilômetros de fios. - E 1 milhão de metros cúbicos de brita foi necessário, e quatrocentos quilômetros de laminados, e toneladas e toneladas de madeira foram necessárias. E 60 mil operários! Foram necessários 60 mil trabalhadores vindos de todos os cantos da imensa pátria, sobretudo do Norte! 60 mil candangos foram necessários para desbastar, cavar, estaquear, cortar, serrar, pregar, soldar, empurrar, cimentar, aplainar, polir, erguer as brancas empenas... - Ah, as empenas brancas! - - Como penas brancas... - Ah, as grandes estruturas! - Tão leves, tão puras... Como se tivessem sido depositadas de manso por mãos de anjo na terra vermelho-pungente do planalto, em meio à música inflexível, à música lancinante, à música matemática do trabalho humano em progressão ... O trabalho humano que anuncia que a sorte está lançada e a ação é irreversível. Cantochão E ao crespúsculo, findo o labor do dia, as rudes mãos vazias de trabalho e os olhos cheios de horizontes que não têm fim, partem os trabalhadores para o descanso, na saudade de seus lares tão distantes e de suas mulheres tão ausentes. O canto com que entristecem ainda mais o sol-das-almas a morrer nas antigas solidões parece chamar as companheiras que se deixaram ficar para trás, à espera de melhores dias; que se deixaram ficar na moldura de uma porta, onde devem permanecer ainda, as mãos cheias de amor e os olhos cheios de horizontes que não têm fim. Que se deixaram ficar muitas terras além, muitas serras além, na esperança de um dia, ao lado de seus homens, poderem participar também da vida da cidade nascendo em comunhão com as estrelas. Que viram, uma manhã, partir os companheiros em busca do trabalho com que lhes dar uma pequena felicidade que não possuem, um pequeno nada com que poder sentir brilhar o futuro no olhar de seus filhos. Esse mesmo trabalho que agora, findo o labor do dia, encaminha os trabalhadores em bando para a grande e fundamental solidão da noite que cai sobre o planalto… " Deste planalto central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantávele uma confiança sem limites no seu grande destino." (Brasília, 2 de outubro de 1956) Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira V / CORAL I II III Coro Coro Coro Masculino Masculino Misto Brasília Brasília Brasília Brasília Brasília Brasília Brasília Brasília Brasília Brasília Brasília Brasília Brasília Brasília Brasília BRASIL! BRASIL! BRASIL! VI Terra de sol Terra de luz Terra que guarda no céu A brilhar o sinal de uma cruz Terra de luz Terra-esperança, promessa De um mundo de paz e de amor Terra de irmãos Ó alma brasileira ... ... Alma brasileira ... Terra-poesia de canções e de perdão Terra que um dia encontrou seu coração Brasil! Brasil! Ah... Ah... Ah... B r a s í 1 i a! Dlem! Dlem! Ô ... ô... ô... ô Composição: Antonio Carlos Jobim / Vinícius de Moraes. *****************************************************************************************
*** domingo, 26 de março de 2023 Vinicius Torres Freire - Como é o orçamento de Lula Folha de S. Paulo Os números básicos para entender o que o governo pode fazer para ajustar suas contas Luiz Inácio Lula da Silva mandou o Ministério da Fazenda refazer seu plano para gastos e dívida porque quer aumentar a despesa em saúde e educação. Talvez tenha pedido outras mudanças. A Fazenda não dá informações sobre o "novo arcabouço fiscal", o novo método de conter gastos e dívida. A esse respeito, o pouco que vaza de outros ministérios é confuso, irrelevante ou errado. O assunto é motivo de controvérsia grande e raivosa. A discussão ficaria melhor se a gente tivesse noção de como andam as contas do governo. Nos anos de Lula 2, a receita do governo federal foi em média de 19,2% do PIB. Ou seja, de toda a renda (ou produção) da economia em um ano, o governo federal ficava com essa fatia para gastar. Foi o período de melhor ritmo de crescimento da economia e da maior arrecadação nas últimas quatro décadas. Sem criar novos impostos, é difícil que a receita federal vá além da média de Lula 2. Atualmente, a receita disponível é de 18,9% do PIB. Não é muito menor. A diferença relevante é que, nos anos de Lula 2, a despesa média foi bem menor, de 17,3% do PIB. Ou seja, depois de pagas todas as contas, ainda sobrava o equivalente a 1,9% por ano, em média ("para pagar juros"). É o que se chama de superávit primário. Essas contas todas não incluem as despesas juros da dívida pública. Estima-se que, ao final deste ano, a receita terá sido de 17,8% do PIB. Deve diminuir porque o crescimento será mais fraco e porque não haverá a arrecadação excepcional devida ao preço de commodities, em particular do petróleo. A despesa deve ser de 18,8%. Ou seja, haverá um déficit primário equivalente a 1% do PIB. É mais ou menos R$ 100 bilhões. Quais despesas aumentaram ou aumentarão, de Lula 2 para o primeiro ano de Lula 3? O gasto com a Previdência (INSS) passou de 6,6% para 8,2% do PIB, aumento de 1,6% do PIB. Sob Lula 2, gastava-se 0,35% do PIB em Bolsa Família. Neste ano, deve ir a 1,65% do PIB. Mais 1,3% do PIB. A segunda maior despesa do governo federal, salários, Previdência e benefícios de servidores públicos, diminuiu, em particular por causa do arrocho de Jair Bolsonaro: foi de 4,5% para 3,6% do PIB. Nos anos seguintes, deve ter um pequeno aumento, por causa de reajustes e contratações. É possível aumentar a receita. O ministro Fernando Haddad (Fazenda) insinua que gostaria de que o governo tivesse ao menos o equivalente à receita do último ano de Bolsonaro: 18,9% do PIB. Precisa de mais imposto. Com essa receita e sem aumento de gasto, o governo fica no zero a zero, sem déficit nem superávit. Mas: 1) o governo precisa fazer superávit, a fim de conter a dívida pública; 2) Lula quer aumentar o gasto. Haddad passou a falar em "recomposição" de despesas de saúde e educação. As mudanças embutidas no teto de Michel Temer de fato diminuíram essas despesas. Suponha-se que a despesa de saúde e educação seja levada aos picos do passado. Isto é, ao maior valor de qualquer ano desde 2003. Implicaria um aumento de despesa de 0,6% do PIB. Lula quer aumentar também o investimento público, ora na casa de 0,5% do PIB, uma ninharia e um problema sério. Também relevante, quer aumentar o valor do salário mínimo além da inflação, o que eleva o gasto com Previdência. Em resumo, Lula precisa aumentar a receita em 1% do PIB para apenas equilibrar as contas, mas precisa de mais, pois quer mais despesas e precisa de algum superávit. Onde cortar despesas? Previdência, servidores, assistência social, saúde e educação são 86% dos gastos. Uma alternativa óbvia é aumentar o tamanho da economia, do PIB, acelerar o crescimento: haveria mais dinheiro sem aumentar a despesa em relação ao PIB. Esse é o resumo da ópera. *****************************
*** domingo, 26 de março de 2023 Celso Ming - Tiro ao Roberto O Estado de S. Paulo Desde que o mundo é mundo, tem sido mais fácil encontrar um culpado do que uma solução. Adão lançou a culpa sobre Eva; e Eva, sobre a serpente. Em 1961, quando decretou a brutal desvalorização do cruzeiro, a moeda na época, o então presidente Jânio Quadros espinafrou os Estados Unidos. Quando alguém o alertou que os Estados Unidos não tinham nada a ver com o valor da moeda nacional, Jânio se limitou a dizer: “Mas é preciso arranjar um culpado...”. O presidente Lula enfrenta graves encrencas na área econômica. O PIB se encaminha para a estagnação; a quebra da Americanas e a crise bancária global provocaram retração do crédito que, por sua vez, aponta para a recessão; a inadimplência cresce entre as empresas e as famílias; pelo terceiro ano seguido, a inflação deverá ultrapassar a meta; o rombo fiscal não para de subir; já embicando para o quarto mês depois da posse, o governo Lula não consegue desembuchar o tal arcabouço fiscal; a indústria continua se desidratando; a confiança que já era débil ameaça se esvair; o Congresso não ajuda e de todo lado aparecem reivindicações, exigências e pedidos de verba. Além disso, o ambiente externo joga contra. A inflação e a crise bancária no Hemisfério Norte aprofundam o cenário de recessão global – que já estava no radar – e como consequências para o Brasil estão uma possível redução das encomendas (exportações) e a retranca dos investimentos externos. Enfim, as soluções vão rareando e, nesse clima, fica mais fácil apontar o indicador para os disponíveis a culpados da hora. Bolsonaro e os bolsonaristas seriam as opções mais à mão, pela herança bem mais maldita do que a que fora deixada em 2002 pelo então presidente Fernando Henrique. Mas Lula logo percebeu que, para compor a base de sua sustentação política, não poderia exagerar nas acusações, porque precisa do Centrão, da velha burguesia nacional e de grande número de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro. Assim, o papel de bode expiatório sobrou para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que está lá para o que foi chamado a fazer, ou seja, para reconduzir a inflação para a meta, mas sofre ataques enfurecidos, que ignoram o cerne das questões técnicas propriamente ditas. Querem a derrubada dos juros, mas não são capazes de mostrar que isso produziria redenção. Em nenhum momento, Lula admitiu que a escolha por uma âncora fiscal consistente fosse capaz de virar o jogo. Até agora, o conteúdo do pacote está sendo negociado a sete chaves por um governo que se declarou de frente ampla e plural, e cujo partido sempre defendeu o orçamento participativo e a incorporação de opiniões divergentes. A quilometragem rodada dos 100 primeiros dias do governo Lula, que se completará em 10 de abril, vem sendo marcada por incertezas e por clima geral de desalento. Resta saber se virão soluções para os problemas que precisam ser resolvidos ou se apenas mais ataques. ********************************************************************* *** 3 momentos de tensão no depoimento de Lula a Moro FORÇA DE EXPRESSÃO *** revistaISTOE 1.021.151 visualizações 11 de mai. de 2017 No primeiro interrogatório do ex-presidente ao juiz federal da Lava Jato, houve vários momentos de discórdia entre advogados, réu e juiz. Separados três passagens que dão o tom da audiência https://www.youtube.com/watch?v=NGNRyzLjdDU ******************************************************* *** Beto Navalha Martinho Da Vila *** Beto Navalha, sujeito malvado Muito respeitado Aonde morava Lá na Matriz a vida por um triz Vida que eu falo É força de expressão Pois não se vive direito Com ódio no peito e armas na mão E entra ano e sai ano E o Beto tirando De todos tirava Até que um dia, um tal Tião Que a opressão já não mais suportava Chegou pra Beto e desafiou Vamos brigar que hoje é tudo ou nada Partiu sem medo e pagou pra ver Gritou bem forte quero é mais Certo é que Beto morreu E a gente do morro Não tem medo mais não Não tem medo mais compositores: JOAO NOGUEIRA BATISTA JUNIOR álbum Origens (Pelo Telefone) - Martinho Da Vila Gravadora: RCA Records Label Ano: 2011 Faixa: 9 *****************************************************
*** domingo, 26 de março de 2023 Luiz Carlos Azedo - Parceria com a China pode estressar relação com os EUA Correio Braziliense Quando Lula se propõe à formação de um clube de países para negociar a paz entre a Rússia e a Ucrânia, põe em risco suas boas relações com Joe Biden O presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou a viagem para a China, que faria com uma comitiva de 200 empresários e uma delegação parlamentar da qual fazia parte o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Na lógica geopolítica do chamado “Sul global”, as relações com presidente Xi Jinping são as mais importantes para a diplomacia brasileira, porém, qualquer aproximação que possa ser interpretada como uma aliança principal podem estremecer as relações do Brasil com os Estados Unidos, cujo apoio foi decisivo para respaldar a eleição de Lula, garantir sua posse e frustrar a tentativa de golpe de estado de 8 de janeiro. O adiamento é uma oportunidade de refletir sobre seus objetivos. O Brasil está entre dois polos de atração da geopolítica global. A China hoje é o nosso principal parceiro comercial, para o qual exportamos algo em torno de US$ 88 bilhões, enquanto importamos US$ 47 bilhões, com um superávit da balança comercial de US$ 41 bilhões. Em contrapartida, importamos US$ 39 bilhões dos Estados Unidos, para os quais exportamos US$ 31 bilhões, um déficit comercial de US$ 8 bilhões. Ocorre que o valor agregado de nossas exportações para a China é muito baixo, enquanto os produtos chineses estão matando a indústria nacional, que perdeu também seu mercado para os chineses na América do Sul. É preciso levar em conta o contexto em que isso ocorre. O eixo do comércio mundial se deslocou do Atlântico para o Pacífico. Nossa infraestrutura foi montada originalmente em conexão com a Europa e os Estados Unidos; agora, está sendo lentamente convertida para se integrar ao Pacífico, mas a barreira dos Andes encarece os custos logísticos. Até 2007, o Brasil acompanhou o boom da demanda mundial, na esteira da desvalorização cambial. A partir da crise de 2008, a indústria brasileira sucumbiu à concorrência internacional, aos aumentos de custo de produção em reais (principalmente salários) e à forte apreciação do câmbio nominal e real. A expansão do PIB observada no pós-2008 foi toda baseada em serviços não sofisticados e na construção civil (quadro típico de doença holandesa). A demanda por bens industriais foi totalmente suprida por importações. Houve enorme perda de complexidade produtiva. A produtividade da economia caiu e continuará caindo, ate que as manufaturas domésticas se recuperem. A desvalorização cambial de 2015 não produziu a reconstrução do setor de bens com maior valor agregado. A tentativa de adensar as cadeias produtivas, verticalizando-as em vez de integrá-las de forma complementar às cadeias globais de valor, provocou a perda de produtividade e competitividade da nossa indústria. Nos últimos 20 anos, os produtos minerais e agropecuários ultrapassaram em três vezes o valor das exportações de bens de baixa, média e alta complexidades. A principal causa é o comércio com a China, que triplicou o valor de nossas exportações, mas confinou o Brasil à vocação natural de exportador de minérios e produtos agrícolas na nova divisão internacional do trabalho. Guerra fria A expansão do comércio com a China é global. Seu principal parceiro comercial são os Estados Unidos, que exportaram tecnologia e empregos para a potência asiática, da qual passaram a importar toda sorte de produtos, desde os mais primários aos eletrônicos de última geração e redes sociais. A perda contínua de mercado para os chineses, inclusive no seu próprio mercado interno, provocou a reação política e militar dos Estados Unidos contra a expansão da influência chinesa no mundo. Esse cenário havia sido previsto por Henry Kissinger, o negociador do restabelecimento das relações entre os dois países durante o governo Nixon, no seu livro Sobre a China (Objetiva), cujo final é muito perturbador. O ex-secretário de Estado norte-americano assinala que o século passado foi pautado por uma disputa pelo controle do comércio no Atlântico entre uma potência continental, a Alemanha, e uma potência marítima, a Inglaterra, que provocou duas guerras mundiais. Segundo ele, com a mudança de eixo do comércio para o Pacífico, essa disputa está se repetindo, neste século, entre os Estados Unidos, uma grande potencia marítima, e a China, a potência continental emergente. Como isso se resolverá? O mundo unipolar liderado pelos Estados Unidos após a dissolução da União Soviética, cujo auge foi o período entre as guerras da Sérvia (Balcãs) e do Iraque (Oriente Médio), deixou de existir com a emergência da China. Entretanto, o que está surgindo não é um mundo multipolar, como vinha se desenhando, com o fortalecimento da Alemanha e da França na União Europeia e a formação dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Com a brutal invasão da Ucrânia pela Rússia, em resposta à expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), instalou-se no mundo um novo clima de “guerra fria”. A ocupação de parte do território ucraniano se tornou o palco de uma “guerra por procuração” entre a Otan e a Rússia. Quando Lula propõe a formação de um clube de países não envolvidos na guerra para negociar a paz entre a Rússia e a Ucrânia, para o qual pleiteia o apoio do presidente chinês Xi Jinping, põe em risco suas excelentes relações com o presidente Joe Biden. A Ucrânia não quer um cessar-fogo com os russos ocupando a região de Donbass nem os russos aceitam sair com a Otan na sua fronteira. A Rússia e a China formaram uma aliança euro-asiática, de caráter autoritário, que se contrapõe à hegemonia norte-americana. De dimensões continentais, o Brasil é uma democracia emergente do Ocidente. Em termos geopolíticos, seria um equivoco envolver o Atlântico Sul nessa disputa, não apenas por razões comerciais, porque isso tornaria inevitável a sua militarização pelas potências do Ocidente, numa conjuntura de “guerra fria”. **************************************************************************************************** *** Meu Mundo É Hoje (Eu Sou Assim) Teresa Cristina e Grupo Semente ***************************************************

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