quarta-feira, 29 de março de 2023

DEMOLIÇÃO

*** A Volta Trompete Aldinho Trompete *** "Estou guardando o que há de bom em mim" *************************************************** ENCRENCA COM ENCRENCA NUM EMPENHO BÁSICO *** "Eu disse que ia ser algo importante para a gente se juntar. Porque, na verdade, todo mundo se adorava e ficava essa bobagem." "Ela fez um disco que se chama E que tudo mais vá pro inferno (1978), com a levada um pouco mais bossa do que rock. Acabou a rivalidade." ***
*** quarta-feira, 29 de março de 2023 Luiz Carlos Azedo - Novo blocão pode ampliar a base de Lula na Câmara Correio Braziliense A formação do novo bloco também é uma reação à forma como o presidente da Câmara está confrontando o Senado, em relação ao rito de aprovação das medidas provisórias no Congresso O MDB, o PSD, o Podemos, o Republicanos e o PSC formaram um bloco com 142 deputados, o maior da Câmara, saindo da esfera de controle do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para negociar com o governo Lula de forma autônoma. A mudança vai ao encontro dos caciques do MDB e do PSD que desejavam sair do blocão que reelegeu o deputado e demarcar terreno próprio em relação ao Centrão. Lira fala como governista e age como se já estivesse com um pé na oposição. A indicação do deputado Fábio Macedo (Podemos-MA), ligado ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para liderar o novo bloco, sinaliza que o controle do presidente da Câmara sobre o colégio de líderes não será o mesmo. Até agora, a bancada governista se restringia às federações PT-PCdoB-PV (com 81 deputados), ao PDT (17), PSB (14), PSoL-Rede (14), Avante (sete) e Solidariedade (cinco), num total de 138 deputados. Com os 142 do novo bloco formado pelo MDB, PSD, Republicanos, com 42 deputados cada, o Podemos (12) e o PSC (quatro), em tese, a base governista passou a ter 280 deputados, o suficiente para aprovar os projetos de lei do governo. Lira controla a pauta da Câmara e a possibilidade de aprovação de emendas constitucionais, o que não é pouca coisa. A formação do novo bloco também é uma reação à forma como o presidente da Câmara está confrontando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em relação ao rito das medidas provisórias no Congresso. As negociações entre os dois estão se arrastando, porém já está claro que Lira foi com muita sede ao pote. A tese de que a comissão mista, que tem a primazia de iniciar a tramitação das medidas provisórias, deve ter três deputados para cada senador não obteve a menor receptividade dos senadores. Seria uma mudança nas regras do jogo vigentes há mais de 20 anos, que contraria a Constituição porque desequilibra a relação entre a Câmara e o Senado. No sistema bicameral, as duas Casas tem paridade na aprovação de matérias legislativas, embora tenham também atribuições específicas. Por exemplo: o presidente da Câmara é o segundo na linha de sucessão do presidente da República e tem o poder de abrir um processo de impeachment, mas cabe ao Senado julgá-lo, sob a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Em contrapartida, o Senado responde pela nomeação de autoridades, como ministros dos tribunais superiores, dirigentes de agencias reguladoras, embaixadores e o presidente do Banco Central (BC). Além disso, autoriza a contratação de empréstimos pelos estados e pelos municípios. Em nenhum momento Pacheco rompeu o diálogo com Lira, mas submete todas as propostas da Câmara ao colégio de líderes do Senado, que não pretende abrir mão do equilíbrio de poder entre as duas Casas. Preocupado com as medidas provisórias, que precisam ser votadas para não caducar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem apelado para que Pacheco e Lira cheguem a um acordo, mas mantém distância regulamentar da disputa. Fechados com Lira Com o bloco MDB-PSD-Podemos-Republicanos-PSC, o peso relativo dos bolsonaristas junto a Lira pode aumentar. Pesidente do PP, o ex-ministro Ciro Nogueira, aliado de Bolsonaro, não quer os 49 deputados do PP na base do governo. Essa foi uma das razões para que a sua federação com o União Brasil, com 59 deputados, não fosse adiante. Sob influência de Lira, a bancada do União Brasil na Câmara declarou independência em relação ao governo, embora o partido integre o governo Lula com três ministros. São 108 deputados sob comando direto do presidente da Câmara. A bancada da federação PSDB-Cidadania, com 18 deputados, ficou no limbo. O PSDB (14 deputados) decidiu fazer oposição ao governo Lula e acalenta a candidatura precoce de terceira via do governador tucano do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, à Presidência da República. O diretório nacional do Cidadania (quatro deputados) decidiu apoiar o governo Lula, mas a bancada declarou independência e o presidente da legenda, Roberto Freire, morde mais o governo do que assopra. As duas bancadas estão na base de Lira. Com 99 deputados, a maior bancada eleita da Câmara, o PL está na oposição e não abre. O presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, mantém boas relações com Lira, mas não quer perder o controle da legenda. A volta do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil, prevista para amanhã, fará recrudescer o ímpeto oposicionista do PL na Câmara, onde se contrapõe sistematicamente ao governo. Lira pode contar com o PL no jogo interno da Casa, mas não para apoiar Lula. O mesmo vale para o Patriotas (quatro deputados) e o Novo (três), que também fazem oposição ao governo. Numa conta de somar, são 106 deputados com os quais Lira só pode contar para fazer oposição. ************************************
*** quarta-feira, 29 de março de 2023 Marcelo Godoy - A volta de Bolsonaro e o 31 de Março O Estado de S. Paulo A República precisa de uma data para opor aos herdeiros das ditaduras o valor da democracia Fingindo-se de morto, Stalin olha fixo os soldados que retiram seu caixão do Kremlin. A cena abre o poema Os herdeiros de Stalin, de Ievguêni Ievtuchenko. O texto apareceu no Pravda, em 1962, e se tornou símbolo do Degelo, a política de desestalinização de Nikita Kruchev. No Brasil, Haroldo de Campos traduziu assim seus versos finais: “Enquanto neste mundo houver herdeiros de Stalin, para mim,/no mausoléu,/Stalin ainda resiste”. O poeta tinha razão. Não basta retirar o caixão do mausoléu. Stalin tem herdeiros. A Rússia de Putin retomou o culto ao vozhd, ao líder, e levou seus sonhos imperiais à Ucrânia. Uma nação é também feita de símbolos e heranças. E memória. Foi para apaziguar os ânimos e desarmar os espíritos que o almirante Mauro César Rodrigues, o brigadeiro Mauro Gandra e o general Zenildo Lucena decidiram, em 1995, acabar com a nota conjunta sobre o 31 de Março de 1964. Desfeita a URSS, o anticomunista como forma de coesão e identidade se enfraquecera. Além disso, a data dividia o Brasil. E as Forças Armadas devem ser fator de união e não de conflito. Não se comemora vitória sobre brasileiros. Caxias ensinara isso ao vencer os farrapos. Jair Bolsonaro escolheu a dedo a data de sua volta ao País. Ele e seus generais retiraram do caixão a comemoração oficial sobre o golpe porque a Nova República se esqueceu dos herdeiros do AI-5. Ela suprimiu a data, mas nada pôs no lugar; não procurou um feito das armas nacionais para opor ao 31 de Março como símbolo da Constituição. Em As Formas Elementares da Vida Religiosa, Émile Durkheim diz que “na base de todo sistema de crenças e de todos os cultos deve, necessariamente, haver certo número de representações fundamentais e atitudes rituais”. Datas, símbolos e rituais não são frivolidades. A dimensão simbólica penetra a vida social. Jaques Le Goff mostra que se tornar senhor da memória e do esquecimento é uma das grandes preocupações das classes, dos grupos e dos indivíduos que dominam as sociedades históricas. Na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, além de seus patronos, só Mascarenhas de Morais, o comandante da Força Expedicionária Brasileira, tem ali o retrato sem ter chefiado a escola. Isso mostra um caminho à República: retirar o 21 de fevereiro do esquecimento que lhe dedica o mundo civil. A data da vitória de Monte Castelo é um símbolo de união nacional e da luta contra o nazifascismo. Eis um feito das armas que se deve lembrar para afirmar a liberdade e a democracia como valores fundamentais. A República não deve esquecê-lo. E não é porque os herdeiros do AI-5 ou os de Stalin podem um dia voltar. É porque, na verdade, eles nunca foram embora. **************************************** *** Quero Que Vá Tudo Pro Inferno Nara Leão De que vale o céu azul e o sol sempre a brilhar Se você não vem e eu estou a lhe esperar Só tenho você no meu pensamento E a sua ausência é todo o meu tormento Quero que você me aqueça nesse inverno E que tudo o mais vá pro inferno. De que vale a minha boa vida de playboy Se entro no meu carro e a solidão me dói Onde quer que eu ande tudo é tão triste Não me interessa o que de mais existe Quero que você me aqueça nesse inverno E que tudo o mais vá pro inferno. Não suporto mais você longe de mim Quero até morrer do que viver assim Só quero que você me aqueça nesse inverno E que tudo o mais vá pro inferno. composição: Erasmo Carlos / Roberto Carlos https://www.letras.mus.br/nara-leao/925020/#album:e-que-tudo-mais-vai-pro-inferno-1978 *********************************************************************************** *** Analu Sampaio canta 'Madalena' nas Audições às Cegas - The Voice Kids Brasil | 5ª Temporada *** The Voice Kids Brasil 1,3 mi de visualizações há 3 anos "Eu e a Analu (Sampaio) estamos fazendo um repertório de vinte músicas para sair por esse Brasil afora. Vontade até de botar o nome Encontro de Gerações" ************************************************* *** Construção Chico Buarque *** Amou daquela vez Como se fosse a última Beijou sua mulher Como se fosse a última E cada filho seu Como se fosse o único E atravessou a rua Com seu passo tímido Subiu a construção Como se fosse máquina Ergueu no patamar Quatro paredes sólidas Tijolo com tijolo Num desenho mágico Seus olhos embotados De cimento e lágrima Sentou prá descansar Como se fosse sábado Comeu feijão com arroz Como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou Como se fosse um náufrago Dançou e gargalhou Como se ouvisse música E tropeçou no céu Como se fosse um bêbado E flutuou no ar Como se fosse um pássaro E se acabou no chão Feito um pacote flácido Agonizou no meio Do passeio público Morreu na contramão Atrapalhando o tráfego... Amou daquela vez Como se fosse o último Beijou sua mulher Como se fosse a única E cada filho seu Como se fosse o pródigo E atravessou a rua Com seu passo bêbado Subiu a construção Como se fosse sólido Ergueu no patamar Quatro paredes mágicas Tijolo com tijolo Num desenho lógico Seus olhos embotados De cimento e tráfego Sentou prá descansar Como se fosse um príncipe Comeu feijão com arroz Como se fosse o máximo Bebeu e soluçou Como se fosse máquina Dançou e gargalhou Como se fosse o próximo E tropeçou no céu Como se ouvisse música E flutuou no ar Como se fosse sábado E se acabou no chão Feito um pacote tímido Agonizou no meio Do passeio náufrago Morreu na contramão Atrapalhando o público... Amou daquela vez Como se fosse máquina Beijou sua mulher Como se fosse lógico Ergueu no patamar Quatro paredes flácidas Sentou prá descansar Como se fosse um pássaro E flutuou no ar Como se fosse um príncipe E se acabou no chão Feito um pacote bêbado Morreu na contra-mão Atrapalhando o sábado... Por esse pão prá comer Por esse chão prá dormir A certidão prá nascer E a concessão prá sorrir Por me deixar respirar Por me deixar existir Deus lhe pague... Pela cachaça de graça Que a gente tem que engolir Pela fumaça desgraça Que a gente tem que tossir Pelo andaimes pingentes Que a gente tem que cair Deus lhe pague... Pela mulher carpideira Prá nos louvar e cuspir E pelas moscas bixeiras A nos beijar e cobrir E pela paz derradeira Que enfim vai nos redimir Deus lhe pague... compositores: FRANCISCO BUARQUE DE HOLANDA As Cidades (1999) - Chico Buarque Gravadora: Universal Music Ano: 1999 Faixa: 22 https://www.kboing.com.br/chico-buarque/construcao/ ********************************************************
*** Autor: Cara Nova Editora Musical Ltda | Chico Buarque Resumo: Partitura para piano da música "Construção" com cifra e letra. Tipo: partitura publicada xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-format: 1 doc; impresso; 4 fls. xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-description_origin: A.P.C.B. ARQUIVOS NESTE ITEM Arquivos Tamanho Formato thumbnail PtP25.pdf 1.144Mb PDF thumbnail PtP25 1-4.jpg 242.4Kb imagem JPEG thumbnail PtP25 2-4.jpg 284.2Kb imagem JPEG thumbnail PtP25 3-4.jpg 272.3Kb imagem JPEG thumbnail PtP25 4-4.jpg 233.2Kb imagem JPEG ESTE ITEM APARECE NA(S) SEGUINTE(S) COLEÇÃO(ÇÕES) Partituras Publicadas [30] Apresentar o registro completo https://www.jobim.org/chico/handle/2010.2/1477 *****************************************************
*** Marco na carreira de Chico Buarque, disco 'Construção' quase foi perdido por erro técnico Guilherme Henrique De São Paulo para a BBC News Brasil 20 março 2021 ***
*** Chico Buarque no palco, sentado com violão, em foto preto e brancaCRÉDITO,ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO Legenda da foto, Chico Buarque em 1971, quando 'Construção' foi lançado; álbum é considerado um dos mais importantes da carreira do compositor No início da década de 1970, os estúdios das gravadoras brasileiras passaram por um processo de transformação. Equipamentos importados da Europa e dos Estados Unidos ampliaram a capacidade e a qualidade da produção fonográfica nacional. O processo, no entanto, não ocorreu sem percalços. Tais contratempos quase impediram a existência do álbum Construção, de Chico Buarque, lançado há 51 anos e um marco na carreira do artista. O ano de 1971 mal havia começado e Roberto Menescal, então diretor artístico da PolyGram, empresa pertencente a Phillips, recebeu uma missão: viabilizar a feitura de Construção, primeiro álbum de Chico no retorno ao Brasil após quatorze meses de autoexílio na Itália em meio à ditadura militar brasileira. A intenção era fazer um disco que, para além do sucesso entre os críticos musicais e admiradores da MPB, pudesse também alcançar êxito nas vendas. "Nós não entendíamos como um artista do calibre do Chico vendia 30, 40 mil LPs. A gente queria mudar isso rapidamente", disse Menescal à BBC News Brasil. Por isso, quando o maestro Rogério Duprat, um dos personagens centrais do movimento tropicalista ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé e Torquato Neto, solicitou a Menescal que reunisse uma orquestra com cerca de 60 músicos, o diretor artístico viabilizou o pedido sem objeções. Pule Matérias recomendadas e continue lendo Matérias recomendadas Beethoven Como mechas de cabelo podem dar pistas sobre causa da morte de Beethoven Gal Costa no Coala Festival, em setembro de 2022 Gal Costa morre aos 77 anos Mãos com luvas sobre partitura As partituras inéditas de Vadico, parceiro de Noel Rosa, encontradas nos EUA Da esquerda para a direita: Agostinho dos Santos, Normando Santos, Octavio Bailly, Durval Ferreira e Roberto Menescal embarcando para Nova York, em 1962 O show em Nova York que ‘lançou’ a Bossa Nova no mundo há 60 anos Fim do Matérias recomendadas *** Figura de relevo na Bossa Nova, que havia sacudido o cenário musical brasileiro na década anterior, ele havia deixado os palcos para se dedicar aos bastidores a convite de André Midani (1932-2019), então diretor da gravadora. No estúdio, Menescal se deparou com uma mesa de quatro canais, novidade na época. Pule Podcast e continue lendo Podcast Logo: Brasil Partido Brasil Partido João Fellet tenta entender como brasileiros chegaram ao grau atual de divisão. Episódios Fim do Podcast "Fui misturando e descobrindo a melhor maneira de fazer junto da equipe que me acompanhava", relembra. A gravação ocorreu sem grandes problemas. Na mixagem, quando são reunidos os áudios captados pelos diferentes canais — a orquestra, a voz de Chico, os instrumentos —, um erro quase colocou tudo a perder. "Nessa de apertar botão desconhecido, um auxiliar de estúdio deletou toda a gravação da orquestra do Duprat. Eu não sabia o que fazer. Por um momento achei que o disco não fosse sair", conta Menescal. O diretor artístico, então, mapeou as possibilidades. Não havia chance de recuperação do áudio excluído. "Precisava gravar com a orquestra outra vez, mas não tínhamos verba suficiente para chamar os músicos novamente. O Midani não ia permitir", conta. Depois de muito pensar, veio a solução. "Fiz uma lista de discos que estavam sob minha responsabilidade. Tinha Elis Regina e outros. Tirei um pouco da verba destinada a esses trabalhos e chamei a orquestra de novo para regravar tudo. No fim, deu certo. Nem o Chico sabe dessa história", completa. De fato, deu certo. Construção alcançou sucesso instantâneo. Mais de 140 mil cópias foram vendidas nas primeiras quatro semanas após o lançamento. Para atender tal demanda, a Phillips precisou contratar duas gravadoras concorrentes para ajudar na prensagem do álbum. Chico passou a disputar as paradas de sucesso com Roberto Carlos, imbatível naquele período. "Esse foi o trabalho que transformou Chico em um grande vendedor de discos, algo que se repetiu em outras obras, como Meus Caros Amigos (1976). Não que ele faça algo com esse intuito comercial. Mas a partir daí tudo mudou", ressalta Menescal. O álbum da maturidade Construção é descrito por estudiosos e parceiros musicais de Chico como uma das obras mais importantes de sua carreira. Entram nessa análise o contexto político no qual o álbum foi concebido e as composições apresentadas pelo artista. A verve criadora do jovem que ainda não havia sequer completado 27 anos anuncia novos caminhos, menos lírica e mais preocupada com a realidade do país. Além de Duprat, os arranjos também foram feitos sob a direção musical de Magro (1943-2012), um dos fundadores do MPB4, cuja formação original (Miltinho, Magro, Aquiles e Ruy Faria) acompanhou Chico em gravações de discos e shows no Brasil entre 1966-1974. Nesse período, alguns chamavam o grupo de MPB5, tamanha a simbiose entre eles. Participam também de Construção o maestro Tom Jobim e Vinícius de Moraes, em um momento de afirmação nas parcerias musicais entre o jovem compositor e os expoentes da Bossa Nova. Em uma entrevista a Geraldo Leite em 1989, Chico explicou as condições para a elaboração da obra. "Construção teve uma criação que esteve condicionada ao país em que eu vivi. Existe alguma coisa de abafado, pode ser chamado de protesto, e eu nem acho que eu faça música de protesto....mas existem músicas que se referem imediatamente à realidade que eu estava vivendo, à realidade política do país. Até o disco da samambaia (Chico Buarque, 1978), que já é o disco que respira, o disco onde as músicas censuradas aparecem de novo. Enfim, a luta contra a censura, pela liberdade de expressão, está muito presente nesses cinco discos dos anos 70." ***
*** Chico Buarque no palco, em pé segurando em frente a microfone, em foto preto e branca CRÉDITO,ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO Legenda da foto, 'Construção' foi primeiro álbum de Chico no retorno ao Brasil, após quatorze meses de autoexílio na Itália em meio à ditadura militar brasileira Construção é subsequente a Chico Buarque de Hollanda - Nº4, feito em uma ponte aérea Brasil-Itália, lançado em 1970 e cujo resultado final não agradou Chico. O LP foi produzido por imposição contratual, já que o compositor havia recebido um adiantamento da Polygram para se manter na Itália em um momento de penúria. "Tinha que gravar as músicas para pagar o dinheiro que eu tinha pedido emprestado. É um disco feito por necessidade. Eu precisei passar por isso para chegar a Construção, que já é um disco mais maduro como compositor, como homem e ser humano", disse na mesma entrevista. Na volta ao Brasil, Chico lançou um compacto simples com duas músicas: Apesar de Você e Desalento. O compacto foi liberado pela censura e fez enorme sucesso, até que a ditadura militar (1964-1985) entendeu o recado disfarçado em uma suposta briga conjugal e decidiu proibir a veiculação da primeira música, que só seria liberada no fim da década de 1970. Desalento, por sua vez, foi liberada e integrou Construção sem problemas. Outras canções que estão em Construção enfrentaram problemas com a censura. No sistema de informação do Arquivo Nacional, que armazena documentos do regime militar no Brasil, é possível encontrar os vetos para algumas canções. Em Cordão, a censura identificou um "protesto contra a ordem vigente" e alegou que o verso "Nas grades do coração" tinha "sentido dúbio". Chico substituiu o verso por "As portas do coração". ***
*** Manuscrito em folha de caderno CRÉDITO,ACERVO INSTITUTO ANTÔNIO CARLOS JOBIM Legenda da foto, 'Deus lhe Pague' foi iniciada e depois liberada sem modificações Deus lhe Pague, uma crítica ao controle dos militares e à opressão sofrida no país, foi vetada por "parecer um 'recado' com duplicidade de sentido, que tanto pode ser dirigido a alguém ou algo abstrato". Posteriormente, a música foi liberada sem modificações. "O advogado da Phillips (João Carlos Muller Chaves) vivia em Brasília. Eu mesmo fui falar com os censores para que as músicas fossem liberadas. Era um troço complicado", lembra Menescal. ***
*** Letra datilografada e carimbo dizendo 'Vetado' CRÉDITO,ARQUIVO NACIONAL Legenda da foto, Veto inicial de 'Deus lhe pague' avaliou letra como parecendo "um 'recado' com duplicidade de sentido, que tanto pode ser dirigido a alguém ou algo abstrato" Cotidiano, outro clássico desse LP, tem a rotina conjugal marcada pelos rituais envolvendo a boca - "E me beija com a boca de hortelã(...)/e me beija com a boca de café(...)/e me calo com a boca de feijão". Em Valsinha, Chico convenceu Vinícius de Moraes a abandonar o nome "valsa hippie", filosofia libertária que começava a perder força naquele momento. A troca de cartas entre os dois mostra que Chico, ainda que muito mais jovem, fez alterações significativas na letra do poeta. "Vou escrever a letra como me parece melhor. Veja aí e, se for o caso, enfie-a no ralo da banheira ou noutro buraco que você tiver à mão", escreveu Chico. Samba de Orly foi feita com Toquinho e Vinícius. Apesar de incluído na tríade, os versos de Vinícius, adicionados quando a letra já estava praticamente pronta, foram censurados. "Pela omissão" deu lugar a "Pela duração". "Um tanto forçada" foi substituída por "Dessa temporada". "Vinícius teve a letra tesourada, mas ganhou a parceria eterna", disse à BBC Brasil Wagner Homem, autor do livro História das Canções, sobre a obra de Chico. ***
*** Letra datilografada e carimbo dizendo 'Vetado' CRÉDITO,ARQUIVO NACIONAL Legenda da foto, Em 'Cordão', Chico substituiu verso 'Nas grades do coração' por 'As portas do coração' após censura Outra curiosidade é que Toquinho entregou a música a Chico quando estava voltando da Itália, em fins de 1969. Mas o aeroporto de Fiumicino, em Roma, era desconhecido dos brasileiros, diferente de Orly, na capital francesa, povoada por exilados brasileiros. Fecham o disco Olha Maria, com o piano marcante de Tom Jobim e parceria com Vinicius, Minha História (versão da música italiana Gesù Bambino) e Acalanto, feita para a filha Helena Buarque. "Nós éramos muito jovens, não havia muita responsabilidade. Mas o Chico já sabia o que fazer, o que dizer e esse álbum é prova disso. É genial e inesquecível, tanto que estamos aqui falando dele", disse Miltinho, do MPB4, à BBC News Brasil. As vozes do conjunto aparecem nas músicas Deus lhe Pague, Desalento, Construção, Samba de Orly e Minha História. Esteticamente, a foto de capa também já foi fruto de análise. Nela, Chico aparece com uma expressão séria, como se quisesse mostrar feição distante do jovem de A Banda. Autor da imagem, o fotógrafo Carlos Leonam afirma que o retrato foi feito sem essa intenção. "Adoram conjecturar sobre tudo que envolve o Chico. Fiz essa foto enquanto jogávamos futebol de botão em seu apartamento na Lagoa (Rodrigo de Freitas): eu, ele, o (ator) Hugo Carvana... Eu andava com uma câmera e fazia retratos sem compromisso. Quando a Polygram me pediu para fazer uma foto do Chico, mostrei algumas opções. Menescal e Aldo Luiz gostaram dessa. Mas não tinha nenhuma mensagem subliminar", disse o fotógrafo à BBC News Brasil. Aldo Luiz foi responsável pelo design gráfico do LP. Ele conta que estava desempregado no início de 1971 e que Construção foi o seu primeiro trabalho na Polygram. "O Chico é muito simples e tentei reproduzir isso. De alguma maneira, a ditadura também nos impelia algo mais sóbrio, por isso aquele tom acinzentado no fundo do retrato e o marrom como cor preponderante. A verdade é que eu acabei pegando carona em um álbum fundamental para a nossa música", conta Aldo à BBC News Brasil. Nos anos seguintes, ele assinou outras capas icônicas, como Krig-ha, Bandolo (Raul Seixas), A Tábua de Esmeralda (Jorge Ben) e Cinema Transcendental (Caetano Veloso). O 'jabá' por 'Construção' nas rádios Construção foi liberada sem qualquer restrição da censura. Wagner Homem conta que o advogado da Philips pediu para que a música fosse vetada como forma de provocação. A estratégia deu certo e a canção passou sem problemas, para a surpresa de todos. A música, apontada pela revista Rolling Stone como a melhor já feita no país em uma eleição de 2009, após análise de comissão com 92 pessoas, entre críticos, pesquisadores e produtores, é composta de versos dodecassílabos e terminados em proparoxítonas. O roteiro é conhecido: o operário, sujeito-máquina, nos momentos que antecedem sua morte trágica. Como pano de fundo, a canção aborda o suposto milagre econômico brasileiro do período, os edifícios que eram erguidos desenfreadamente pelas cidades do país. Chico faz um amálgama desses elementos para construir uma narrativa densa e crítica, em forma de canção, sem parâmetros no cancioneiro nacional. Em uma entrevista publicada em 1973 na revista Status, Chico explica como se deu a elaboração da música. "Em Construção, a emoção estava no jogo de palavras. Agora, se você coloca um ser humano dentro de um jogo de palavras, como se fosse um tijolo, acaba mexendo com a emoção das pessoas. Mas há diferença entre fazer a coisa com intenção ou — no meu caso — fazer sem a preocupação do significado", disse. Ele prossegue. "Se eu vivesse numa torre de marfim, isolado, talvez saísse um jogo de palavras com algo etéreo no meio, a Patagônia, talvez, que não tem nada a ver com nada. Em resumo, eu não colocaria na letra um ser humano. Mas eu não vivo isolado. Gosto de entrar no botequim, jogar sinuca, ouvir conversa de rua, ir ao futebol. Tudo entra na cabeça em tumulto e sai em silêncio. Porém, resultado de uma vivência não solitária, que contrabalança o jogo mental e garante o pé no chão. A vivência dá a carga oposta à solidão, e vem da solidariedade — é o conteúdo social." A canção de quase sete minutos fez enorme sucesso, inclusive no rádio. "Era algo inédito, porque as rádios só tocavam músicas de até três minutos, algo que se mantém até hoje. As pessoas queriam cortar um pedaço e eu precisava explicar que aquilo não era possível", conta Menescal. "Outro problema era a letra, dificílima de ser decorada. Para ajudar na veiculação, coloquei-a na contracapa do LP. Todo mundo que pegava o vinil tinha acesso à letra rapidamente", complementa. O sucesso da canção, segundo o próprio Chico, também foi resultado do pagamento de "jabás" de sua gravadora às emissoras de rádio, algo que ele só foi descobrir duas décadas após o lançamento do álbum. "Meu antigo patrão me explicou que a questão do jabá sempre existiu. Eu disse que sabia, é claro, mas que a coisa hoje é muito mais violenta. E, então, veio a revelação: 'Você lembra do sucesso de Construção, uma música difícil, pesada, muito longa para a época, e que tocava no rádio o dia inteiro? Pois paguei muito jabá por ela''', contou Chico em uma entrevista à revista América, do Memorial da América Latina, em 1989. Após 50 anos, Construção pode ganhar uma nova roupagem nos próximos meses. No fim do ano passado, o jornalista Ancelmo Gois publicou nota em sua coluna no jornal O Globo sobre um projeto de espetáculo sobre o álbum, com orquestra e turnê programada para cidades como Milão e Londres. Questionada pela BBC News Brasil sobre a possibilidade da iniciativa sair do papel, a assessoria de imprensa de Chico Buarque afirmou que tudo não passa de uma "ideia ventilada": "Por enquanto não passou disso, apenas uma ideia, pois com a pandemia tudo parou." ***************************************************
*** MÚSICO E COMPOSITOR A cultura brasileira vive um momento muito sofrido, diz Roberto Menescal BOSSA Nova Para Menescal, é a qualidade das harmonias e letras que garante a permanência do estilo musical brasileiro (Crédito: Chico Ferreira) *** JOVEM GUARDA Bossanovista Roberto Menescal curtia o som de Roberto Carlos Figura fundamental da música brasileira no século 20, o cantor não podia contar a ninguém do gosto musical postado em 25/11/2013 08:01 Guitarra: o violonista de mão cheia posa com o instrumento símbolo do rock Rio de Janeiro ; Mais do que uma rivalidade estética entre a sua bossa nova e a Jovem Guarda de Roberto, Erasmo e Wanderléa, Roberto Menescal acredita que a geografia do Rio de Janeiro tenha sido um fator fundamental para que houvesse uma divisão entre os dois estilos. Havia novidade e juventude em ambos os movimentos, mas os públicos eram outros. O violonista Menescal curtia o som de Roberto, mas tinha que guardar para si. Nessa entrevista ao Correio, o autor de O barquinho relembra o dia em que recebeu a difícil missão de dizer ao novato Roberto Carlos que ele parasse de imitar João Gilberto e detalha os bastidores do disco que Nara Leão gravou só com canções da principal dupla jovemguardista. E admite: ;A bossa nova ficou meio que em segundo plano com a chegada da Jovem Guarda.; Como era a atmosfera daquele momento em que conviviam bossa nova e Jovem Guarda? Na época, a cidade do Rio de Janeiro era partilhada. Hoje, é tudo ligado. Você pega o túnel Rebouças, saindo da Zona Sul, e, se o trânsito estiver bom, em 15 minutos você está na Zona Norte. Mas, antes, para ir de Copacabana para a Tijuca era quase como ir ao Acre. Por exemplo, quando a gente ia à praia, as meninas da nossa turma comentavam: ;Ih, chegaram as tijucanas;. Era pelo andar, pela roupa, tudo. As bossas eram diferentes. A Zona Norte não tinha praia, mas tinha os bares da noite, as motos-lambretas. Então, eles tinham uma característica visual muito forte. Eles venderam não só a música, mas a atitude, o comportamento, o vestuário. Roberto Carlos tentou participar da bossa nova. [SAIBAMAIS]Quando a gente começou, ali por 1957, tinha um famoso produtor, o Carlos Imperial, que era safo pra burro e falou assim: ;Vou trazer o Roberto Carlos, que é um cantor legal, para cantar bossa nova;. E trouxe. Ele cantava muito legalzinho. Tinha uma música chamada Brotinho sem juízo. E ele cantava, mas Roberto tem uma coisa meio fanha (imitando): ;Aaí, bicho, como é que é?; Então, ficava igual ao João Gilberto. E o pessoal falava: ;Pô, esse cara imitando o João Gilberto e o João fazendo sucesso aí;. Me escolheram para dar o toque nele, claro. E como foi? A gente fez um show num clube e ficaram insistindo. Chamei ele num canto, sentamos num degrau da escadaria e falei: ;Cara, tá rolando isso e aquilo;. E ele: ;Pô, mas eu não imito, rapaz. Tenho a voz parecida. O que eu vou fazer?; E eu: ;Pediram para eu falar com você;. E ele perguntou: ;Mas você acha?; ;Eu também acho;, respondi. ;Na verdade, eu não iria falar com você, mas o pessoal me elegeu;. Ele perguntou o que deveria fazer e eu o aconselhei a tentar mudar o jeito de cantar ou partir para outra. Roberto ficou triste, mas agradeceu a franqueza. Ele sumiu. Quando voltou, já estava nas tardes de domingo da televisão com a onda do rock. Eu comecei a ver e fui gostando muito dele. E o pessoal da bossa nova, os seus colegas? Eles achavam ridículas essas musiquinhas. E eu ficava na moita, sem dizer que gostava... Aquelas roupas de rock, casacos de couro com muito metal, muito adereço. E nós nem pensávamos em roupa. Comecei a gostar deles, mas não podia falar para a turma. ;Como é que você gosta do Roberto Carlos, Martinha, ;você é o tijolinho que falta na minha construção;?; Aí a imprensa aproveita essa dissidência e provocava um, provocava outro. Ronaldo Bôscoli dizia: ;Essas letras eu faço 100 por dia;. Aí juntou o Erasmo, Roberto e Imperial e foram fazer uma matéria para a Manchete. ;Nós estamos muito preocupados com a bossa nova, que não nos quer;. Aí eu pensei: somos muito babacas mesmo. Eles estavam pouco se importando com a gente. Eu lembro que fiz um show com a Cláudia, e estavam na plateia Gal, Bethânia, Caetano... Era 1966. Acabou e todo mundo foi dançar. E o que tocou? ;Meu calhambeque, bibi;. Todo mundo dançando e eu sentado na cadeira. Eu não podia, o pessoal ia ver. Mas eu estava doido pra dançar. As letras românticas eram uma característica comum. Eles vinham pelo caminho de Elvis Presley, mas esse discurso queridinho não era um elemento do rock. Se formos falar em termos de letras, o rock não era a inspiração deles. Pode ser que essa coisa mais doce seja uma coisa da época. Realmente era um clima muito romântico. Você vê ;o amor, o sorriso e a flor;, tinha muita poesia e delicadeza. Não é que eles tenham pegado isso da bossa nova, mas a bossa entrou nesse clima da época e eles também. Só que as músicas foram muito diferentes. Você dirigiu o disco em que Nara Leão gravou apenas Roberto e Erasmo. Nara se separou do Ronaldo Bôscoli e disse que ia largar a bossa nova. Foi aí que ela descobriu o samba, outros ritmos, e começou a ir na contramão das coisas. De repente, ela disse para mim: ;Eu tô com vontade de gravar um disco inteiro com músicas do Roberto e do Erasmo, o que você acha?;. Eu disse que ia ser algo importante para a gente se juntar. Porque, na verdade, todo mundo se adorava e ficava essa bobagem. Ela fez um disco que se chama E que tudo mais vá pro inferno (1978), com a levada um pouco mais bossa do que rock. Acabou a rivalidade. ******************************************************************************* *** O Portão Roberto Carlos Eu cheguei em frente ao portão Meu cachorro me sorriu latindo Minhas malas coloquei no chão Eu voltei Tudo estava igual como era antes Quase nada se modificou Acho que só eu mesmo mudei E voltei Eu voltei agora pra ficar Porque aqui, aqui é meu lugar Eu voltei pras coisas que eu deixei Eu voltei Fui abrindo a porta devagar Mas deixei a luz entrar primeiro Todo o meu passado iluminei E entrei Meu retrato ainda na parede Meio amarelado pelo tempo Como a perguntar por onde andei E eu falei Onde andei não deu para ficar Porque aqui, aqui é meu lugar Eu voltei pras coisas que eu deixei Eu voltei Sem saber depois de tanto tempo Se havia alguém à minha espera Passos indecisos caminhei E parei Quando vi que dois braços abertos Me abraçaram como antigamente Tanto quis dizer e não falei E chorei Eu voltei agora pra ficar Porque aqui, aqui é meu lugar Eu voltei pras coisas que eu deixei Eu voltei Eu voltei agora pra ficar Porque aqui, aqui é meu lugar Eu voltei pras coisas que eu deixei Eu voltei Eu parei em frente ao portão Meu cachorro me sorriu latindo Composição: Erasmo Carlos / Roberto Carlos. ****************************************************** *** A Volta (Primera Fila - En Vivo) Roberto Carlos *** Estou guardando O que há de bom em mim Para lhe dar Quando você chegar Toda ternura E todo meu amor Estou guardando para lhe dar... E toda vez Que você me beijar A minha vida Quero lhe entregar Em cada beijo Certo ficarei Que você não Vai me deixar... Grande demais Foi sempre o nosso amor Mas o destino Quis nos separar E agora que está perto O dia de você chegar O que há de bom Vou lhe entregar... Só vejo a hora De você chegar Para todo o meu amor Poder mostrar Mas quando eu De perto te olhar Não sei se vou Poder falar... Grande demais Foi sempre o nosso amor Mas o destino Quis nos separar E agora que está perto O dia de você chegar O que há de bom Vou lhe entregar... Só vejo a hora De você chegar Prá todo o meu amor Poder mostrar Mas quando eu De perto te olhar Não sei se vou Poder falar... compositores: Erasmo Esteves, Roberto Carlos Braga *************************************************************** *** A Volta Erasmo Carlos ********************************** *** A Volta - Os Vips (Lp 1966) Versão Original!!! *** Alvaro Jr. há 7 meses (editado) Curiosamente nessa música de Roberto Carlos o saudoso Márcio fez a primeira voz mais aguda e o Ronald a segunda mais baixa...normalmente era ao contrário. Grande acompanhamento dos Jordans e essa era a música que terminava o show deles...Muitas saudades de estar com eles nos shows... Descanse em paz amigo Márcio... ***

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