Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 14 de março de 2023
14 DE MARÇO NÃO MORRE
ASSASSINATO DE MARIELLE FRANCO
LEANDRO REZENDE
CNN BRASIL
14/03/2O23
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Marielle Franco / Assassinato
14 de março de 2018, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
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Luiz Carlos Azedo - Diamantes são eternos, mas não são para sempre
Correio Braziliense
Bolsonaro está enrolado com joias sauditas desde quando a Receita Federal apreendeu um conjunto reluzente de diamantes avaliado em R$ 16 milhões na Alfândega de Guarulhos
A passagem à tecnologia da informação, que viria a se consumar décadas depois, é o pano de fundo do filme Os Diamantes são Eternos (Diamonds Are Forever), estrelado por Sean Connery, o James Bond de maior sucesso da série 007 em todos os tempos. Em 1971, o famoso agente de espionagem britânico entra em ação contra seu velho inimigo Ernst Blofeld (Charles Gray), líder da organização Spectre, que ameaça o mundo com uma arma nuclear espacial cujos componentes principais são dezenas de diamantes roubados.
Entretanto, apesar das cenas de ação eletrizantes, é um dos piores filmes da série, porque o roteiro não consegue resolver a conexão entre as novas tecnologias e o clima de guerra fria da época, ao juntar contrabando de armas e de diamantes na rota África do Sul, Holanda e Estados Unidos. Locações, fotografia e filmagem garantem as sequências e os planos, mas o contexto é completamente distópico. Além disso, a misoginia e o racismo presentes no filme seriam inadmissíveis nos dias de hoje. O melhor do filme é título, cuja tradução literal seria “Diamantes são para sempre”.
Não é o caso dos diamantes que o ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou de presente na Arábia Saudita, não se sabe direito de quem e por quê. Ontem, a defesa de Bolsonaro anunciou que o ex-presidente da República vai entregar, ao Tribunal de Contas da União (TCU) o conjunto de joias que levou para casa. Assim, se antecipou ao julgamento da Corte sobre a destinação dos luxuosos relógio, abotoaduras, anel, caneta e uma mosbaha (rosário árabe) masculinos estimados em quase R$ 500 mil sob sua guarda, como fiel depositário, por decisão do ministro do TCU Augusto Nardes — decisão contestada pelo Ministério Público.
Bolsonaro está enrolado com joias sauditas desde quando a Receita Federal apreendeu um conjunto reluzente de diamantes avaliado em R$ 16 milhões na Alfândega de Guarulhos, que um assessor do então ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, trazia na bagagem sem declarar. Ambos chegavam de uma missão na Arábia Saudita, na qual o ex-ministro havia recebido a “encomenda” destinada à primeira-dama Michele Bolsonaro. Houve quatro tentativas de liberar as joias, todas na base da carteirada, a última, três dias antes de Bolsonaro encerrar o mandato. Numa das tentativas, o ex-ministro de Minas e Energia, acionado para tentar liberar os itens, afirmou que os presentes eram para Michelle. Apesar das tentativas das autoridades em nome da Presidência, os fiscais da Receita não liberaram as joias.
Bento Albuquerque e Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor do ex-ministro, vão depor sobre o caso, hoje, à Polícia Federal. O episódio das joias destinadas à Michele Bolsonaro foi documentado em vídeos tanto no dia da apreensão quanto na última tentativa de retirada das joias. Os presentes dados a Bolsonaro, que foram entregues pelo ex-ministro, passaram despercebidos pela alfândega. O novo advogado de Bolsonaro, Paulo Amador Cunha Bueno, especialista em crimes tributários, quer que as peças fiquem sob a guarda do TCU até que o destino final — seja acervo privado ou patrimônio da União — fique definido. Bolsonaro argumenta que o presente “especialíssimo” não é patrimônio público.
Desconstrução
Nos Estados Unidos, Bolsonaro vive uma espécie de inferno astral, desde o fracasso da tentativa de golpe em 8 de janeiro. Como é comum acontecer com os políticos quando estão no exterior, perdeu completamente o contato com a realidade política do país e não deu a devida importância ao impacto que os diamantes apreendidos teriam para sua imagem do ponto de vista ético. Desde o escândalo das “rachadinhas”, que estourou no começo de seu governo, é a primeira vez que o ex-presidente aparece diretamente envolvido num escândalo patrimonialista. Agora, se movimenta para tirar o corpo fora e deixar seu ex-ministro naufragar na tormenta. Mas já é muito tarde, o noticiário intenso sobre o valor das joias arrancou das mãos do bolsonarismo a bandeira da ética, que vem sendo empunhada contra o PT.
Michele Bolsonaro também tirou o corpo fora, disse que sequer sabia da existência dos presentes. Considerada como o segundo ativo eleitoral mais importante do PL, o presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, manobra para que a ex-primeira-dama tenha sua imagem desvinculada do escândalo, o que não tem muita chance de dar certo, porque as joias apreendidas só poderiam ser para ela. Ontem, Michele surpreendeu a cúpula do PL ao anunciar que viaja para Orlando nesta semana, com objetivo de encontrar Bolsonaro na Flórida. O regresso de Bolsonaro estava previsto para amanhã, mas foi adiado.
A história dos diamantes continua muito mal contada e parece roteiro de cinema. Entretanto, está sendo de muita serventia para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfrenta uma maré de indicadores negativos: desmatamento, inflação, desarticulação da base. O escândalo das joias desconstrói a imagem de austeridade e honestidade cultivada por Bolsonaro como presidente da República. E que foi um dos fatores da grande votação que teve na eleição.
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Leandro Resende: 1.000 dias da morte de Marielle Franco | CNN 360º
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CNN Brasil
8 de dez. de 2020 #CNNBrasil
Um crime que não acabou. Essa é a avaliação de quem, de alguma forma, teve a vida impactada pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, que completa 1.000 dias nesta terça-feira (8). A CNN refez parte do que aconteceu nos últimos 32 meses a partir de relatos de policiais, investigadores, parentes das vítimas e dos acusados, advogados e documentos anexados à investigação original e as outras que se desdobraram a partir dela. #CNNBrasil
Leia mais: https://cnnbr.tv/2LkjdOk
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AO VIVO: VISÃO CNN - 14/03/2023
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CNN Brasil
Transmissão iniciada há 91 minutos #CNNBrasil
Assista AO VIVO ao Visão CNN desta terça-feira, 14 de março de 2023. #CNNBrasil
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Leônidas da Silva: o diamante negro, comunista e católico praticante
Daniel Dutra
Artilheiro do Brasil na Copa do Mundo de 1938 e inventor do gol de bicicleta, Leônidas da Silva ficou marcado também, por sua afirmação fora de campo como comunista e católico.
Jogador de duas copas do mundo, tendo sido artilheiro em 1938, Leônidas da Silva foi goleador por onde passou. Pela seleção brasileira, possui a marca exclusiva de 37 gols em 37 jogos. Por clubes, atuou por: Vasco, Flamengo, Botafogo, São Cristóvão, Syrio Libanez, Bonsucesso e Peñarol. Mas se consagrou mesmo no São Paulo.
Plástico e criativo, foi o inventor do gol de bicicleta, uma das jogadas mais bonitas do futebol mundial até hoje. Na época, acabou tornando-se um ídolo do país e ganhou o apelido de Diamante Negro. Se aproveitando da popularidade do jogador, a empresa Lacta criou um chocolate com o nome de Diamante Negro, popular até hoje.
Mas além das quatro-linhas, Leônidas ficou marcado por declarações e afirmações sobre seus ideais. Nas eleições de 1945, os jogadores da seleção, concentrados em Caxambu (MG), votaram para as eleições presidenciais em urnas improvisadas. E foi justamente o voto do Diamante Negro que chamou atenção da mídia.
Leônidas da Silva: “antes de tudo, do povo!”
Leônidas da Silva. Crédito: Reprodução/Tribuna Popular
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Leônidas da Silva declarando voto ao Fiúza. Crédito: Reprodução/Tribuna Popular
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No dia 4 de dezembro de 1945, todos os 32 jogadores do Brasil votaram para presidente. Leônidas da Silva, votou no comunista Yedo Fiúza, candidato do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Indagado pelo motivo do voto, Leônidas declarou: “Votei no Fiúza porque sou um homem do povo”.
Enquanto isso, outros jogadores da seleção justificaram que não votaram em Fiúza por serem católicos. O que novamente, sobrou para Leônidas, que também era católico. Por isso, alguns jornalistas colocaram o craque contra a parede perguntando se não havia contradição em ser católico e comunista.
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“Sou comunista sim senhor. Sou do povo, nasci do povo e me fiz entre o povo, como pois, ficar separado do povo? Se sou católico? Sim, sou católico e pratico a religião. Não vejo incompatibilidade entre uma coisa e outra. Para aceitar os princípios do comunismo não tive que renegar a fé da minha infância. Comunismo não é fascismo e por isso, respeita a liberdade de cada um. O mais é mentira e disso posso dar testemunho com meu próprio caso. Minha fé religiosa não entra em choque com minhas convicções políticas.” – Leônidas da Silva ao declarar seu voto no PCB ao Tribuna Popular em 1945.
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Essa declaração de apoio ao PCB ocorreu um ano antes do partido ser considerado novamente como “ilegal”. Fiúza terminou as eleições de 1945 em terceiro lugar. O vencedor, foi Eurico Gaspar Dutra, do PSD (Partido Social Democrático). Contradições à parte, o governo deu início a 19 anos de democracia entre a Ditadura de Vargas e a Ditadura Militar.
1913-2004
Leônidas da Silva, natural do Rio de Janeiro, faleceu em São Paulo, onde mais se destacou. Em decorrência de um mal de Alzheimer, nos deixou em 2004 aos 91 anos. Elegante e de voz tranquila, declarou ao jornalista Orlando Brito: “Como vês, meu jovem, fiz de tudo no mundo do futebol. Inclusive ser fã do príncipe Garrincha e do rei Pelé.”
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Concertos Candlelight
Desfrute de uma série de concertos iluminados sob a luz de velas e realizados por músicos ao vivo em alguns dos lugares mais sublimes de São Paulo.
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