Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 23 de agosto de 2021
A HARMONIA DE LIRA
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Presidente da Câmara se manifesta a favor da harmonia entre os poderes
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Record News
Arthur Lira se referiu a um baile em que todos os convidados podem dançar sem atrapalhar os outros.
*** ***https://www.youtube.com/watch?v=g-a6WHGk3Mk *** ***
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MENDACIDADES
21 DE AGOSTO DE 2021.
Um arruaceiro na Presidência
O Estado de S. Paulo
Fiel a seu histórico, Jair Bolsonaro cumpriu as piores expectativas. Incapaz de escutar quem quer que seja, protocolou na sexta-feira passada um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Com o ato drástico, o presidente da República tentou simular fortaleza. No entanto, a realidade é a oposta. Em razão de suas próprias ações e omissões – o pedido de sexta-feira foi mais um entre muitos atos de irresponsabilidade –, Jair Bolsonaro nunca esteve tão fraco e tão isolado.
O pedido de impeachment é tacanho nos fundamentos e nos objetivos. Pelo teor da peça, seria crime de responsabilidade proferir decisão judicial que desagrade ao presidente da República. Em vez de recorrer judicialmente da decisão, como se faz num Estado Democrático de Direito, Jair Bolsonaro preferiu acusar um ministro do STF injustamente.
Em nota, o Supremo expôs o abismo entre o pedido protocolado por Jair Bolsonaro e a Constituição. “O Estado Democrático de Direito não tolera que um magistrado seja acusado por suas decisões, uma vez que devem ser questionadas nas vias recursais próprias, obedecido o devido processo legal”, diz a nota do Supremo, corroborada pelos 11 ministros.
A rigor, a ameaça de Jair Bolsonaro é pífia. Bem se sabe que o tal pedido não tem como prosperar. “Não antevejo fundamentos para impeachment de ministro do Supremo”, disse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Aqui fica evidente o real objetivo do pedido. Não é, nem nunca foi, tirar Alexandre de Moraes do STF. A finalidade é promover a arruaça no País.
Tão logo o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes foi protocolado no Senado, as redes bolsonaristas começaram a difundir novas ameaças. “Ou abrem o impeachment ou paramos o País”, diziam as mensagens, explicitando o nível de loucura e de desespero do bolsonarismo.
O presidente da República e seus seguidores atuam como se fossem opositores violentos do governo, ameaçando parar o País. Em vez de governar, o bolsonarismo imita o PT em tempos do governo Fernando Henrique. À vista desse comportamento, entende-se por que mais de 60% dos brasileiros afirmam que não votarão de jeito nenhum em Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
O bolsonarismo é caso a ser estudado. No meio de uma pandemia, com inflação em alta, emprego em baixa, nível de confiança caindo, investimentos em compasso de espera, o presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores tentam instigar medo no País, para que o Senado remova indevidamente um ministro do Supremo em razão de suas decisões judiciais.
É assim que o governo deseja promover a retomada econômica? É assim que se deseja melhorar a situação de tantas famílias vivendo na pobreza e extrema pobreza, por força da pandemia e da crise econômica?
Para piorar, as mensagens convocando para atos a favor de Jair Bolsonaro no dia 7 de setembro – mensagens quase sempre apócrifas, mas nunca desmentidas ou rejeitadas pelo presidente da República – são rigorosamente criminosas, incitando a violência contra instituições e autoridades. O que ali se vê não é exercício da liberdade de pensamento e de expressão, e sim prática ostensiva de crimes contra a liberdade e contra o regime democrático.
Além disso, as mensagens de convocação para os atos do 7 de Setembro utilizam de forma abusiva e mendaz o bom nome das Forças Armadas. O espírito militar propaga a ordem e a civilidade, e não o caos ou a intimidação.
Talvez Jair Bolsonaro veja o inviável e frágil pedido de impeachment de Alexandre de Moraes como um gesto de esperteza. Ainda que de maneira torpe, teria agitado as hordas bolsonaristas. Trata-se de um não pequeno engano. A irresponsabilidade de sexta-feira não ficará impune. Ao protocolar a acusação, Jair Bolsonaro conseguiu isolar-se politicamente em grau inédito. Além disso, reiterou uma faceta especialmente nefasta de seu comportamento. Quando se trata de livrar os seus familiares e amigos do alcance da Justiça – afinal, essa é a causa de sua desavença com Alexandre de Moraes –, não tem limites.
Além disso, as mensagens de convocação para os atos do 7 de Setembro utilizam de forma abusiva e mendaz o bom nome das Forças Armadas. O espírito militar propaga a ordem e a civilidade, e não o caos ou a intimidação.
O Estado de S. Paulo.
Fonte:
Um arruaceiro na Presidência - domingo, 22 de agosto de 2021
O Estado de S. Paulo
EDITORIAIS
*** *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/08/o-que-midia-pensa-editoriais-opinioes_22.html#more *** ***
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Significado de Mendacidade
substantivo feminino
Particularidade, característica ou estado do que é mendaz; deslealdade ou falsidade.
Tendência para contar mentiras; que é falso e mentiroso; em que há enganação ou trapaça; traição ou perfídia.
Etimologia (origem da palavra mendacidade). Do latim mendacitas.atis.
Sinônimos de Mendacidade
Mendacidade é sinônimo de: perfídia, deslealdade, falsidade, traição, mentira, aleive
Antônimos de Mendacidade
Mendacidade é o contrário de: franqueza, sinceridade, fidelidade
Definição de Mendacidade
Classe gramatical: substantivo feminino
Separação silábica: men-da-ci-da-de
Plural: mendacidades
*** *** https://www.dicio.com.br/mendacidade/ *** ***
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Nunca um presidente deu controle de tantas verbas, ofereceu tantos cargos ao Centrão.
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Pedro Doria 🇧🇷😷💉
@pedrodoria
·
7 h
Nunca um presidente deu controle de tantas verbas, ofereceu tantos cargos ao Centrão.
E, assim, o Centrão mantem o Brasil com inflação galopante, dólar a 5, gasolina a 7, sem vacina ou máscara, e condenado a Bolsonaro por mais um ano e meio.
Bolsonaro oferece mais quatro ministérios ao Centrão, que não deve deixá-lo antes de abril | Lauro...
Jair Bolsonaro botou nas mãos de Ciro Nogueira uma guloseima apetitosa.Ofereceu mais quatro ministérios para o Centrão — ainda sem definição de quais seriam exatamente. Dois irão para o Senado esc...
blogs.oglobo.globo.com
*** *** https://twitter.com/pedrodoria/status/1429459765357432837?s=27 *** ***
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[Sobre o matrimônio]
Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vós estar sozinho.
As cordas de lira estão separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.
Khalil Gibran
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BERNARDICES
14 DE FEVEREIRO DE 1864.
Infelizmente até hoje, apesar de terem sido publicados 165 números
da Semana Ilustrada, há algumas pessoas neste nosso belo Rio de
Janeiro que ainda não entenderam o pensamento que preside à
marcha deste jornal.
A Semana Ilustrada não pretende ofender pessoa alguma, nem matar
interesses e lucros alheios. É um jornal puramente humorístico, que até agora tem sabido guardar imparcialidade, preferindo proteger a
atacar qualquer empresa, associação ou negociação particular.
Alguns gaiatos, talvez com a idéia de guerrear a Semana, espalharam
que o último número atacara a empresa dos bailes mascarados do
Teatro Lírico, para fazer-lhe mal, distrair-lhe a concorrência, e assim
vingar-se não sei de que parvoíce. Ora, pelo amor de Deus! É preciso
não conhecer a Semana Ilustrada!
Saibam, portanto, todos que sou amigo de um dos arrematantes
desses bailes; que o tópico do artigo, que se diz ser contrário aos
ditos bailes, foi escrito pelo Menino Diabo, que apenas pretendeu
pregar um susto de Carnaval, tanto aos empresários como aos
máscaras; que, finalmente, de cabeça bem alta, posso dizer, Urbi et
Orbi, que nunca pretendi, não pretendo e não hei de pretender
arrematar os bailes mascarados do Teatro Lírico. Não apareçam,
portanto, apoplexias de medo.
É necessário que os meus leitores vejam sempre a Semana com os
melhores olhos deste mundo, e que a entendam como deve ser
entendida, e não como meia dúzia de crianças a quer por aí soletrar.
Estou superior a todas essas intriguinhas, mas não desejo que amigos
meus se possam ofender, acreditando que sou capaz de molestar o
menor mosquito, por inveja, ciúme, ódio, vingança ou... nem sei o
quê.
Dr. Semana.
Fonte:
CRÔNICAS DO DR. SEMANA - 1861-1864
MACHADO DE ASSIS
VIDA E OBRA
*** *** https://www.machadodeassis.ufsc.br/obras/cronicas/CRONICA,%20Comentarios%20da%20Semana,%201861.htm *** ***
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Significado de Bernardice
substantivo feminino
Asneira, tolice, disparate.
Sinônimos de Bernardice
Bernardice é sinônimo de: parvoíce, asneira, dislate, tolice
*** *** https://www.dicio.com.br/bernardice/#:~:text=Significado%20de%20Bernardice,feminino%20Asneira%2C%20tolice%2C%20disparate. *** ***
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Lira comemora vitória na Câmara com festa para 300 pessoas no Lago Sul
Festa para cerca de 300 pessoas foi até a madrugada desta terça-feira (2/2)
CB
Correio Braziliense
postado em 02/02/2021 08:30
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(crédito: Sérgio Lima/AFP)
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(crédito: Sérgio Lima/AFP)
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O novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), resolveu comemorar a vitória em primeiro turno promovendo uma festa para 300 pessoas em sua casa no Lago Sul.
Apoiado pelo Palácio do Planalto, o líder do Centrão venceu a disputa contra Baleia Rossi (MDB-SP) na noite de segunda-feira (1/2), por 302 votos a 154.
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Arthur Lira comemora vitória em festa com 300 pessoas
3 de fev. de 2021
*** *** https://www.youtube.com/watch?v=Tcw1m-F2ATc *** ***
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Samuel Pancher
@SamPancher
A festa em comemoração à eleição de Arthur Lira como presidente da Câmara se estendeu até a madrugada no Lago Sul, em Brasília.
Nas imagens, vários deputados reunidos. É possível ver apenas 1 usando máscara.
5:38 AM · 2 de fev de 2021
*** *** https://twitter.com/SamPancher/status/1356522352868286465?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1356522352868286465%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.correiobraziliense.com.br%2Fpolitica%2F2021%2F02%2F4904125-lira-comemora-vitoria-na-camara-com-festa-para-300-pessoas-no-lago-sul.html *** ***
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A comemoração com aliados, incluindo ministros do governo Bolsonaro, foi até a madrugada desta terça-feira (2/2). Ao contrário do que recomenda as autoridades sanitárias, a maioria dos convidados estava sem máscara facial e não respeitaram o distanciamento social. Os registros da festa foram feitos pelo repórter fotográfico Dida Sampaio, do Estadão.
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*** *** https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/02/4904125-lira-comemora-vitoria-na-camara-com-festa-para-300-pessoas-no-lago-sul.html *** ***
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FEVEREIRO DE 1861
105
A HARMONIA
Médium – Sr. Alfred Didier
Vistes muitas vezes, em certas regiões, particularmente
na Provença, as ruínas de grandes castelos; um torreão que por
vezes se eleva em meio a imensa solidão, com seus lúgubres e
sombrios destroços, transportam-nos a uma época em que a fé
talvez fosse ignorante, mas em que a arte e a poesia se haviam
elevado com essa mesma fé tão inocente e tão pura. Vedes que
estamos em plena Idade Média. Muitas vezes não pensastes que ao
redor desses muros desmantelados o elegante capricho de uma
castelã tenha feito vibrar cordas harmoniosas, então chamadas de
harpa de Éolo? Ah, que pena! Tão rápidos como o vento que os
fazia vibrar, desapareceram torreões, castelãs e harmonias! Aquela
harpa de Éolo embalava o pensamento dos trovadores e das damas.
Eram ouvidas com recolhimento religioso.
Tudo acaba sobre a vossa Terra. Aí raramente desce a
poesia do Céu, para logo alçar vôo. Nos outros mundos, ao
contrário, a harmonia é eterna, e o que a imaginação humana pode
inventar não iguala essa constante poesia, que está não somente no
coração dos Espíritos puros, mas, também, em toda a Natureza.
Réné de Provence
Allan Kardec
Fonte:
REVISTA ESPÍRITA
Jornal de Estudos Psicológicos
*** *** https://www.febnet.org.br/ba/file/Downlivros/revistaespirita/Revista1861.pdf *** ***
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Ex-presidentes consultam generais sobre risco de golpe no País
AUGUST 22, 2021
Os ataques do presidente Jair Bolsonaro à democracia e a ameaça de não aceitar as eleições de 2022 sem a adoção do voto impresso levaram cinco ex-presidente da República a procurar contatos com militares para saber a disposição dos quartéis. Emissários ouviram de generais da reserva e da ativa a garantia de que as eleições vão acontecer e de que o vencedor – seja quem for – tomará posse.
Os generais foram indagados sobre as constantes aparições de Bolsonaro em solenidades militares das Forças Armadas e em formaturas de cadetes e sargentos. Eles explicaram aos seus interlocutores que não podem impedir a presença do presidente nesses eventos, mas que ela não será suficiente para romper a hierarquia. Ou seja, afastaram a hipótese de Bolsonaro contar com insubordinação nas Forças.
Embaixadores estrangeiros relatam ameaças de ruptura no Brasil
Embaixadores estrangeiros relatam ameaças de ruptura no Brasil
Os chefes militares, porém, externaram preocupação de que o presidente e seus aliados tentem fazer isso – e tenham sucesso – com as Polícias Militares. O risco de rompimento da cadeia de comando nas PMs é monitorado pelas Forças Armadas. Os ex-presidentes que se mobilizaram para contatar os militares são Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, José Sarney e Fernando Collor.
Todos receberam as mesmas informações de seus contatos. Peças-chave nessa articulação são os ex-ministros da Defesa, Nelson Jobim, Raul Jungmann e Aldo Rebelo. Também participa dessa movimento o professor de filosofia Denis Lerrer Rosenfield, que é amigo de Temer e mantém boas relações com generais, como o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Sérgio Etchegoyen e com o vice-presidente Hamilton Mourão. Pelos menos seis generais da ativa e da reserva forneceram os relatos sobre a situação do Exército.
“Antes de mais nada, essa não é uma discussão boa para o País, uma discussão que tem como agenda o envolvimento de militares na política. Não é um bom sinal”, disse o ex-ministro Aldo Rebelo. Segundo ele, “a boa notícia dentro da má notícia é que os militares não estão interessados em desempenhar um protagonismo na desorientação que estamos atravessando”. Aldo diz ser consultado quase diariamente. “Acompanho esse tema há muito tempo. E converso com os ex-presidentes.”
Dos ex-presidentes, um manteve contatos diretos com militares. Trata-se de Fernando Henrique Cardoso. O tucano ouviu que não há hipótese de o Exército embarcar em uma aventura. O estabelecimento militar estaria se descolando do chamado “partido militar”, os oficiais que se uniram para fazer política com Bolsonaro. Há, porém, desconforto com a postura dos comandantes da Marinha, almirante Almir Garnier, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior.
Quem recebeu mais informações foram os interlocutores de Temer. “Não há possibilidade de o Exército participar de uma ruptura. Nossos generais são constitucionalistas”, disse Rosenfield. Temer, FHC e Sarney vão participar no dia 15 de um debate com o tema Crise Institucional e a Democracia, que será mediado pelo ex-ministro Jobim. Seus partidos – MDB e PSDB –, além do DEM e do Cidadania, articulam uma chapa única para as eleições em 2022.
Jobim é também interlocutor de Lula com os militares. O petista recebeu o mesmo diagnóstico de seus colegas. Sabe que existem resistências ao seu nome entre os representantes das Forças Armadas. Primeiro, em razão da Comissão Nacional da Verdade (CNV), patrocinada pelo governo de Dilma Rousseff (PT) – única excluída das conversas. Os generais afirmam que a CNV deixou marcas em todos os graus da oficialidade. Eles ainda têm reservas a Lula em razão das ações na Justiça contra o ex-presidente. Anteontem Lula jantou com José Sarney, no Maranhão.
A posição de Lula nas pesquisas é apontada por militares aos interlocutores dos ex-presidentes como uma das razões para a manutenção de parte do apoio na caserna a Bolsonaro. Há entre os generais muitos que sonham ou com a candidatura de Mourão à Presidência ou a consolidação de uma alternativa a Lula e a Bolsonaro em 2022.
Jungmann afirmou que é preciso lembrar que o cenário atual é completado pelo fato de Bolsonaro assediar as Forças Armadas, “fazendo bullying de forma contínua”. Ele citou as demissões dos comandantes militares em março, a falta de punição ao general Eduardo Pazuello, a resposta dos comandantes das Forças ao senador Omar Aziz (PSD-AM), a entrevista do brigadeiro Baptista Junior ao jornal O Globo, a revelação pelo Estadão das ameaças do ministro Walter Braga Netto às eleições e o desfile de tanques da Marinha em Brasília no dia da votação do PEC do voto impresso como os componentes do cenário que fizeram aumentar os temores do mundo político. “O presidente – por atos, falas e narrativas – vem traçando um cenário de conflito para 2022. Corteja de maneira inadequada as PMs, ataca o Supremo. Mas é um erro pensar que o Exército pode ser usado em um golpe.”
Além dos ex-presidentes, os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), receberam o mesmo relato. Leite esteve com o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e com o comandante militar do Sul, Valério Stumpf. A agenda pública previa tratar da instalação de uma escola de sargentos no Estado. Na conversa, Paulo Sérgio reafirmou a Leite seu “compromisso e o do Exército com a legalidade e com o respeito à Constituição”.
Há duas semanas, o general João Camilo Pires de Campos, secretário da Segurança de São Paulo e interlocutor de Doria, disse ao Estadão que o Exército não vai participar de aventuras. “Não vai. Não vai. É o Exército profissional que todos conhecemos e admiramos.”
A reportagem conversou com três oficiais generais, dois deles citados pelos interlocutores dos ex-presidentes. Um lembrou à reportagem que a sua geração de generais teve como instrutores os oficiais que participaram da deposição de João Goulart, em 1964, e pagou o preço do apoio à ditadura sem ter sido a responsável pelo regime.
De acordo com sua análise, toda vez que se fala em golpe, as pessoas esquecem de responder o que é um golpe, o que é necessário para fazê-lo e quais as suas consequências. Não existem no País, segundo ele, as condições internas e externas que levaram à ruptura institucional de 1964. Não há apoio do empresariado, da Igreja e da imprensa a uma ruptura. E, sem apoio popular, nada seria possível. Desde a redemocratização, o País viveu inúmeras crises sem retrocesso. Os generais lamentam o envenenamento do ambiente político do País e um deles reclamou do que chamou de erro: isolar os militares, o que pode jogá-los no colo de Bolsonaro.
Para Aldo Rebelo, a disputa eleitoral de 2022 é um problema que os civis devem resolver. “Não são os militares que vão resolver problemas criados pelos civis. Eles já são responsáveis por muita coisa importante.”
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Harmonia do Samba - Ai Ai Ai (Samba de Roda) | DVD Ao Vivo Em Brasília
AI AI AI (SAMBA DE RODA)
Xanddy/Fagner Ferreira/Rodrigo Piscini/Robson Ribeiro
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*** *** https://www.youtube.com/watch?v=QAkOMcKyx-Q *** ***
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