Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 28 de setembro de 2024
EM FAMÍLIA
"Não é fácil de se viver com alguém que a gente feriu."
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O Americano Tranquilo - Graham Greene.pdf
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Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus. – Paulo. (1ª Epístola a Timóteo, 5:4.)
A luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra. Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas? Esta é indagação lógica que se estende a todos os discípulos sinceros do Cristianismo.
Bom pregador e mau servidor são dois títulos que se não coadunam.
O apóstolo aconselha o exercício da piedade no centro das atividades domésticas, entretanto, não alude à piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas àquela que conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por eliminá-las, aguardando a decisão divina a seu tempo.
Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos, espiritualmente, entre os que se lhes agregaram ao círculo pessoal, através dos laços consangüíneos, entregando-se, por isso, a lamentável desânimo.
É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das ligações corpóreas, ponderando que não existem uniões casuais no lar terreno. Preponderam aí, por enquanto, as provas salvadoras ou regenerativas. Ninguém despreze, portanto, esse campo sagrado de serviço por mais se sinta acabrunhado na incompreensão. Constituiria falta grave esquecer-lhe as infinitas possibilidades de trabalho iluminativo.
É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma casa pequena – aquela em que a Vontade do Pai nos situou, a título precário.
Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforço representa realização essencial.
117
Em família
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Pão Nosso #117 - Em família
NEPE Paulo de Tarso | Evangelho e Espiritismo
Transmitido ao vivo em 20 de jul. de 2023
Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier.
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"É de notar-se a presença dos irmãos e dos pais de Eurípedes, já então, conversos ao Espiritismo, assinalando expressivamente o salutar magnetismo, que a pessoa e o trabalho de Eurípedes provocavam no âmbito familiar."
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Crônicas e Artigos
Ano 7 - N° 309 - 28 de Abril de 2013
LEONARDO MARMO MOREIRA
leonardomarmo@gmail.com
São João Del Rei, MG (Brasil)
A conversão de Eurípedes Barsanulfo ao Espiritismo
O jovem Eurípedes Barsanulfo tinha três grandes desafios no início da sua vida adulta. Os três desafios eram os seguintes: a doença de sua mãe, que era um enigma tanto em termos de diagnóstico como de tratamento; a crença no Espiritismo de seu querido tio, “Sinhô Mariano”, o qual deveria ser dissuadido dessa opinião; e as bem-aventuranças de Jesus, as quais ele não tinha encontrado explicação lógica para o seu sentido profundo, que julgasse satisfatória.
Eurípedes Barsanulfo, com 22 anos (1902), já era um intelectual reconhecido na região de Sacramento, ou seja, em todo o triângulo mineiro e circunvizinhanças. De fato, nesta idade, Eurípedes já ocupava cinco cargos relevantes: Jornalista; vereador; secretário da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP); Professor e diretor do Colégio denominado “Liceu Sacramentano”.
De fato, nesta época, em torno de 1902, o trabalho de Frederico Peiró na divulgação do Espiritismo no triângulo mineiro já ganhava significativa notoriedade. Foi Frederico Peiró o responsável pela orientação espírita de Sinhô Mariano para que este, juntamente com vários colaboradores, fundasse o Centro Espírita Fé e Amor. Realmente, a comunidade liderada por Sinhô Mariano estava enfrentando dificuldades para administrar fenômenos mediúnicos de efeitos físicos bastante ostensivos, os quais fizeram com que uma determinada residência fosse tida pela população realmente como uma “casa mal-assombrada”.
Certo dia, no ano de 1903, Sinhô Mariano hospedou-se na casa de Eurípedes Barsanulfo (que estava com 23 anos), dividindo o quarto com o sobrinho. Eurípedes, que aguardava a oportunidade para interrogar o tio sobre sua crença espírita, começa a inquiri-lo e contra-argumentá-lo com a sua grande erudição. Cada tentativa de explicação dos princípios espiritistas que Sinhô Mariano elaborava era redarguida por uma série de citações e análises filosófico-religiosas bastante eruditas por parte de Eurípedes. Aparentemente, o debate tem um vencedor e esse era Eurípedes Barsanulfo. Mas, Sinhô Mariano, humilde e sábio, conclui a discussão com um comentário desconcertante e ao mesmo tempo desafiador para o sobrinho. O tio afirma que não tinha condições culturais para debater como o culto sobrinho, mas que conhecia quem tinha condições para isso; neste momento, Sinhô Mariano entrega a Eurípedes o livro “Depois da Morte”, de Léon Denis. Eurípedes abre o livro e lê a folha de rosto da obra e fica profundamente interessado no seu conteúdo. E começa a ler naquela noite mesmo. Aliás, passa a noite lendo a obra.
Após a primeira e rápida leitura da obra de Léon Denis, Eurípedes comenta sucintamente com seu tio Mariano o impacto que aquela obra causara em seus valores intelecto-morais. O tio, então, dá a obra de presente para Eurípedes (até, então, a priori, o livro tinha sido apenas emprestado). Eurípedes Barsanulfo lê, por segunda vez, “Depois da Morte”. Desta vez, mais lenta, detida e pormenorizadamente. O abalo inicial de suas convicções ganha maior proporção.
De fato, Eurípedes encontra no livro de Léon Denis conceitos filosóficos sobre a vida e a morte que lhe parecem corretos, e encontra, na reencarnação, nas energias e na responsabilidade de cada um a causa para os desequilíbrios físicos, morais e sociais. Mesmo ainda com algumas dúvidas, mas já abalado na sua fé anterior, Barsanulfo parece estar disposto a conhecer outras obras espíritas e a comparecer às sessões espíritas.
Vale lembrar que Allan Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, afirma que as ideias inatas (e/ou rapidamente adquiridas) a respeito do Espiritismo denotam realização de evolução espiritual prévia. De fato, o próprio Léon Denis havia adquirido e lido “O Livro dos Espíritos” com aproximadamente 18 anos e somente essa leitura constituiu o marco decisivo de sua conversão ao Espiritismo, semelhantemente ao que aconteceria posteriormente com Doutor Bezerra de Menezes no Brasil.
No início do ano de 1904, após as supracitadas duas leituras atentas de “Depois da Morte” de Léon Denis (a primeira delas mais rápida e a segunda mais lenta e cuidadosa, a qual se constituiu em verdadeiro estudo metódico da obra do célebre “filósofo do Espiritismo”, Léon Denis), Eurípedes já travava contato com outras obras espíritas.
Eurípedes, então com 24 anos, decide visitar o centro espírita dirigido por seu tio Mariano. A experiência seria decisiva para Eurípedes Barsanulfo. De fato, Eurípedes presenciou parentes analfabetos incorporando Espíritos ilustres (mediunidade psicofônica), e mesmo falando línguas estrangeiras (Glossolalia ou Xenoglossia) e proferindo conceitos filosóficos com grande amplitude de conhecimentos. A partir dali, decide definitivamente tornar-se espírita e ajudar no esclarecimento e no amparo aos necessitados, vislumbrando novas possibilidades de ação na caridade, a partir das novas perspectivas de ação no bem que os primeiros passos no Espiritismo já permitiam que percebesse.
De fato, em determinado momento, Eurípedes reflete mentalmente e lança um desafio telepaticamente: “Se os mortos vivem e se o Espiritismo tem fundamentação real, que o Espírito de João Evangelista se manifeste e explique as Bem-Aventuranças através de Aristides”.
Importante frisar que Aristides era um médium analfabeto, com sérias limitações intelectuais, conforme muitos relatos de biógrafos e estudiosos da vida de Eurípedes Barsanulfo.
Aristides levantou-se e começou a discorrer sobre as bem-aventuranças imortais do sermão da montanha de Jesus. Aquela teria sido a mais bela preleção que Eurípedes Barsanulfo havia ouvido em sua vida até aquele momento. No fim da exposição, Aristides, que estava claramente atuando como médium psicofônico, enuncia o nome do autor espiritual daquela palestra: “João Evangelista”.
Doutor Bezerra de Menezes, desencarnado há poucos anos, também se manifesta e saúda a Eurípedes Barsanulfo de forma muito carinhosa, demonstrando que sua chegada ao grupo e, principalmente, ao Espiritismo, já era bastante aguardada pelos mentores espirituais. O próprio Doutor Bezerra anuncia que o mentor espiritual de Eurípedes Barsanulfo iria se manifestar através da mediunidade psicofônica. E isso ocorre com o Espírito em questão afirmando que era Vicente de Paulo. Eurípedes, chocado, pergunta se ele seria o autêntico “São Vicente de Paulo”, ao que o Espírito responde afirmativamente, explicando que, apesar de saber que Eurípedes dirigia uma instituição que levava seu nome (a Sociedade São Vicente de Paulo – SSVP), ele, Eurípedes, necessitava juntar-se àqueles amigos espirituais no trabalho dentro do movimento espírita. A reunião prossegue com manifestações espirituais maravilhosas concluindo a conversão definitiva de Eurípedes Barsanulfo ao Espiritismo. Poucos meses depois Eurípedes já coordenava reuniões espíritas em Sacramento.
Após a impactante reunião, Eurípedes procura um homem que era portador de hanseníase e o cura através de seu magnetismo superior. Posteriormente, através da terapêutica espírita curaria sua mãe, alcançando a obtenção de dois de seus objetivos, ou seja, a explicação racional das Bem-Aventuranças de Jesus e a cura dos males que importunavam sua própria mãe. Só não conseguiu converter seu tio “Sinhô Mariano” ao Catolicismo, pelo contrário, converteu-se ao Espiritismo, tendo em seu tio Mariano, juntamente com Léon Denis por meio de sua obra, uma verdadeira “Porta de Damasco” ou, se preferirem, um verdadeiro “Ananias”, em uma referência analógica à Conversão do Apóstolo Paulo ao Cristianismo.
Posteriormente, no ano de 1907, o próprio Espírito luminoso de Maria de Nazaré teria aparecido para Eurípedes Barsanulfo em um momento muito difícil, em que ele não tinha alunos e nem professores, considerava-se falido e pensava em fechar o “Liceu Sacramentano”. Maria de Nazaré recomenda que ele mude o nome da escola para “Colégio Allan Kardec”, que ensine o “Evangelho de Seu Filho” e que “dê aulas de astronomia”. Ela protegeria o trabalho com seu “Manto” e nada faltaria. Assim foi feito. Os alunos e os professores voltaram e o trabalho de amor e educação continuou ininterruptamente durante toda a vida do “Apóstolo Sacramentano”; aquele que foi chamado por Jorge Rizzini, no título de sua excelente obra biográfica, “O Apóstolo da Caridade”.
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9) Haroldo Dutra Dias - O CONSOLADOR PROMETIDO - V CONGRESSO AME BH - A LUZ DO MUNDO
Web Rádio Fraternidade
Transmitido ao vivo em 10 de set. de 2022
9) Haroldo Dutra Dias - O CONSOLADOR PROMETIDO - V CONGRESSO AME BH - A LUZ DO MUNDO
Dia: 10/09/2022 - 15h
Assista também aqui no Youtube da Web Rádio Fraternidade:
• 9) Haroldo Dutra Dias - O CONSOLADOR...
Ouça em www.RadioFraternidade.com.br - CANAL Principal
5º CONGRESSO AME BH
Haroldo Dutra Dias é escritor, tradutor, conferencista e palestrante espírita, autor de uma tradução do Novo Testamento para o português e vários outros livros, sendo o mais recente O EVANGELHO DE JOÃO. Formado em língua grega clássica pela UFMG (Língua e Literatura), em hebraico pela União Israelita de Belo Horizonte e é especialista em paleontografia.
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Consolador prometido.
3. Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: — O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. — Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (S. João, 14:15 a 17 e 26.)
4. Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para o compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. Se, portanto, o Espírito de Verdade tinha de vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou mal compreendido.
O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: “Ouçam os que têm ouvidos para ouvir.” O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.
Disse o Cristo: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados.” Mas, como há de alguém sentir-se ditoso por sofrer, se não sabe por que sofre? O Espiritismo mostra a causa dos sofrimentos nas existências anteriores e na destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Mostra o objetivo dos sofrimentos, apontando-os como crises salutares que produzem a cura e como meio de depuração que garante a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe que este lhe auxilia o adiantamento e o aceita sem murmurar, como o obreiro aceita o trabalho que lhe assegurará o salário. O Espiritismo lhe dá fé inabalável no futuro e a dúvida pungente não mais se lhe apossa da alma. Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte que ele o faz descortinar, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem de ir até ao termo do caminho.
Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.
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"Pode ser perigoso acreditar nas coisas só porque você quer que elas sejam verdadeiras."
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Muito você pode fazer.
Quando você acredita que pode
fazer, as coisas ficam fáceis.
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Em Família
Padre Zezinho
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