Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 30 de setembro de 2024
DAS CADEIRAS
"Ela mexe co'as cadeiras pra cá.
Ela mexe co'as cadeiras pra lá.
Ela mexe com o juízo
Do homem que vai trabalhar"
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Eu e a Brisa
Márcia
Letra
Tradução
Significado
Ah! se a juventude que esta brisa canta
Ficasse aqui comigo mais um pouco
Eu poderia esquecer a dor
De ser tão só pra ser um sonho
Daí então, quem sabe alguém chegasse
Buscando um sonho em forma de desejo
Felicidade então pra nós seria
E, depois que a tarde nos trouxesse a lua
Se o amor chegasse eu não resistiria
E a madrugada acalentaria a nossa paz
Fica, oh brisa fica pois talvez quem sabe
O inesperado faça uma surpresa
E traga alguém que queira te escutar
E junto a mim, queira ficar
Composição: Johnny Alf.
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Aqui está a imagem inspirada na música de Dorival Caymmi, capturando a atmosfera lúdica e maliciosa da letra, juntamente com a metáfora do jogo das cadeiras. A mulher balança seus quadris enquanto os homens, atraídos por seu charme, competem pela única cadeira. A imagem mistura a sensualidade e a competição da música com cores vibrantes e tropicais.
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O texto convida à reflexão sobre a necessidade de uma política mais ética e democrática, onde o respeito mútuo e o diálogo sejam privilegiados em vez da competição feroz e da violência. Essa transformação é essencial para avançar em direção a uma sociedade mais justa e igualitária.
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Roberto DaMatta - O jogo das cadeiras
O Globo
Veja o que acontece quando se deixa ‘todo mundo’ disputar uma Prefeitura tão importante quanto a de São Paulo
Lembra-se do jogo das cadeiras? Um certo número de cadeiras era disputado por um grupo que as rodeava ao som de uma melodia, interrompida, obrigando os jogadores a buscar uma delas. Em cada rodada, porém, uma cadeira era subtraída, promovendo competição porque, ao sair uma, alguém perdia o lugar para se sentar e deixava o jogo. No final, sobrava um vencedor, dono de uma cadeira!
Um furioso “debate” corrompeu o papel das cadeiras. Se elas serviam para se sentar e simbolizar vitória e poder, no antidebate foram usadas para eliminar competidores. Foi mais uma inovação nacional para esse desacerto político e cultural que a polarização sustenta, criando anjos e demônios, ao arrepio da vida democrática em que esquerda e direita concordam em discordar.
Um compromisso cada vez mais difícil de honrar, porque, para isso, será preciso tirar da esfera política a marca de Caim da corrupção, da mentira, do sectarismo e da malandragem...
O lamentável episódio expressa a força e a profundidade — mas, de modo algum, a perpetuidade — daquilo que nós, antropólogos sociais, chamamos de cultura ou estilo de vida.
A insólita cadeirada desnuda as formidáveis dificuldades que uma sociedade hierárquica enfrenta nas tentativas de viver democraticamente o processo eleitoral. Dificuldades que compartilha com o esporte, o trânsito, a fila e o mercado ideal da concorrência livre e igualitária. Veja o que acontece — parece dizer o barão que mora dentro de nós “brancos letrados e politizados” — quando se deixa “todo mundo” disputar uma Prefeitura tão importante quanto a de São Paulo. Só poderia dar em violência essa disputa realizada num sistema mapeado por compadrios pessoais e ideológicos, por nomes de família e celebrizações que aristocratizam. Veja o desastre que é ouvir reacionários, provocadores hiperindividualistas agressivos e revolucionários bem de vida. É uma ofensa, ousadia ou maluquice...
Como tenho reiterado neste espaço, é carregado competir numa estrutura de posicionamentos profundamente assentados por cor, gênero, idade, “aparência” e relacionamentos, como é rotineiro desde os tempos aristocráticos da escravidão. Naquela época, cada um “sabia o seu lugar”, e a mentalidade hierárquica não se confrontava com a dinâmica da igualdade democrática, cada vez mais presente e desejada, na esfera pública.
A moldura igualitária e livre do processo eleitoral detona o particularismo do “você sabe com está falando?” — concretizado numa selvagem cadeirada destinada a “acabar com o jogo”. O gesto segue o protocolo dos embates nacionais, quando estes transformam a cadeira em tacape e provam quem seria mais ou menos “homem” (ou seja: melhor e superior). Nele, a violência se legitima como elemento necessário para liquidar com o abusado “bate-boca” expressivo de uma igualdade ainda penosa de viver. A cadeirada, além disso, concretiza um personalismo que troca problemas e questões públicas cruciais por um machismo de mesa de bilhar.
E não pense o leitor que isso é simplesmente “falta de educação política”. É muito mais, pois ameaças verbais revelam o poder mágico das palavras, como acontece nas pragas, rezas, xingamentos e nas promessas dos “rituais de feitiçaria”. Desafios verbais de virilidade têm tanta potência quanto os tiros que mataram em pleno Congresso Nacional, que legitimaram tentativas de assassinato de opositores, promoveram um suicídio de honra de um presidente da República ou que simplesmente sufocaram a liberdade nos “golpes”. Essas dimensões culturais mostram como a esfera política precisa abandonar a mendacidade, a corrupção e os privilégios das mordomias.
O episódio, reitero, exibe nossa aversão às práticas democráticas. É precisamente esse hiperpersonalismo relacional que deve ser reconhecido e, em seguida, substituído por projetos, programas, inovações e menos sectarismo político, em favor das cidades, dos estados e do Brasil.
Modernizar é ser capaz de dizer “não” aos particularismos das cadeiradas para jogar o jogo da igualdade, esse avatar da democracia. É ser capaz de dizer “não” a si mesmo, para ter uma vida pública orquestrada pelo bom senso e pelas normas da cidadania.
Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:01:00
Um comentário:
ADEMAR AMANCIO disse...
Muito bom o artigo!
28/9/24 13:06
https://gilvanmelo.blogspot.com/2024/09/roberto-damatta-o-jogo-das-cadeiras.html
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'Como diz o professor e colunista deste jornal Marco Aurélio Nogueira, a política “solicita uma concessão difícil de ser feita: ela pede que os indivíduos e os grupos saiam de si mesmos, moderem-se, ultrapassem-se”.'
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Marcelo de Azevedo Granato - Marçal é sintoma de uma sociedade sem esperança
O Estado de S. Paulo
Onde um personagem com essas características pode florescer, se não num ambiente de desesperança na vida comunitária e na ação conjunta dos cidadãos, ou seja, na política?
O entusiasmo em torno da figura de Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo quando da redação deste texto, tem algo de paradoxal. Afinal, é um entusiasmo que parece florescer não na esperança, mas na desesperança dos seus adeptos quanto à ação política.
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O texto publicado no Estado de S. Paulo faz uma análise crítica da candidatura de Pablo Marçal à Prefeitura de São Paulo, observando que ele é um sintoma de uma sociedade marcada pela desesperança na política e na ação comunitária. Marçal, assim como Bolsonaro, adota uma postura "antissistema", mas diferentemente de Bolsonaro, que tem longa trajetória política, Marçal é um fenômeno digital, sem vínculos com a política institucional.
Sua candidatura se baseia em propostas que ele próprio classifica como "sonhos" e não em um programa de governo estruturado. Ele prega o empreendedorismo individual, tratando a política como uma competição entre vencedores e perdedores, ao invés de um esforço coletivo em busca do bem comum.
O autor argumenta que a popularidade de Marçal reflete um ambiente de frustração com os políticos e com o sistema, levando a um “voto punição”, que visa penalizar o establishment sem foco em melhorias concretas. Além disso, critica a aversão disseminada à política, sugerindo que os eleitores também têm responsabilidade pelo fracasso da democracia representativa ao elegerem políticos sem acompanhar seus mandatos.
O texto conclui que a política, em sua essência, requer concessões, empatia e uma mentalidade ampliada que leve em conta a diversidade e o bem-estar comum — características que, segundo o autor, Marçal não possui.
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Lula e Bolsonaro não nos levam a outro nível, diz Marçal, pré-candidato do Pros | JORNAL DA CNN
CNN Brasil
16 de jun. de 2022 #CNNnasEleições #CNNBrasil
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (16), o pré-candidato à Presidência da República Pablo Marçal (PROS) fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Lula (PT), concorrentes na disputa pelo Planalto. #CNNBrasil #CNNnasEleições
https://www.youtube.com/watch?v=uKlV26FUJ_0
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Eleições 2024
Debate UOL/Folha para prefeito ao vivo: veja horário e onde assistir
Do UOL, em São Paulo
30/09/2024 07h00
Atualizada em
30/09/2024 09h34
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Quatro candidatos à Prefeitura de São Paulo devem participar do debate UOL/Folha que acontece nesta segunda-feira (30), a partir das 10h (de Brasília). A transmissão poderá ser acompanhada ao vivo pelo player de vídeo acima, pela home do UOL, no canal do UOL no YouTube e redes sociais de UOL e Folha.
Ao vivo: acompanhe a transmissão em tempo real do debate UOL/ Folha para prefeito de SP
Como será o debate
Quatro candidatos estão convidados: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB). Os nomes são os mais bem colocados numericamente nas recentes pesquisas divulgadas pelo Datafolha.
Debate será no formato banco de tempo. Cada candidato terá o total de 15 minutos para falar nos quatro blocos do encontro. Dois segmentos terão perguntas entre os candidatos e dois com perguntas dos jornalistas do UOL e da Folha. As perguntas feitas pelos candidatos devem acontecer em no máximo 20 segundos que não serão descontados do banco de tempo. Ao final do debate, cada candidato terá 1 minuto extra para considerações finais.
Formato prioriza livre debate. Cada candidato poderá se manifestar em qualquer resposta, mesmo que a pergunta não tenha sido dirigida a ele. Para isso, deverá sinalizar com a mão que gostaria de fazê-lo. Quando começar a falar, seu tempo passará a ser descontado. O cronômetro travará novamente quando ele encerrar sua fala. Não serão permitidas interrupções durante a fala de outro candidato.
Fabíola Cidral será a mediadora. As jornalistas Raquel Landim e Thais Bilenky, do UOL, e Júlia Barbon e Ana Luiza Albuquerque, da Folha, serão as entrevistadoras.
Debate UOL/Folha -- Prefeitura de São Paulo
Data e hora: 30 de setembro de 2024, às 10h (de Brasília)
Local: estúdio do UOL, em São Paulo (SP)
Transmissão: homepage do UOL, canal do UOL no YouTube e redes sociais de UOL e Folha.
https://www.blogger.com/blog/post/edit/8761611736633123803/4870019386670583485
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Debate com candidatos à Prefeitura de São Paulo #DebateNaRECORD
Jornal da Record
Transmitido ao vivo em 28 de set. de 2024 #6 nos vídeos Em alta
A RECORD promove neste sábado (28), a partir das 20h40, o debate eleitoral com os principais candidatos à Prefeitura da cidade de São Paulo.
Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB) e Ricardo Nunes (MDB) apresentam suas propostas e planos de governo. A mediação é do jornalista Eduardo Ribeiro.
Assista ao vivo na tela da RECORD, no Portal R7, no PlayPlus e nas plataformas digitais
#DebateNaRECORD #OVotoNaRECORD #Eleições2024
https://www.youtube.com/live/fUJoAXUb-UY?app=desktop
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O texto convida à reflexão sobre a necessidade de uma política mais ética e democrática, onde o respeito mútuo e o diálogo sejam privilegiados em vez da competição feroz e da violência. Essa transformação é essencial para avançar em direção a uma sociedade mais justa e igualitária.
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A Vizinha do Lado
Dorival Caymmi
Letra
Tradução
Significado
A vizinha quando passa
Com seu vestido grená
Todo mundo diz que é boa
Mas como a vizinha não há
Ela mexe co'as cadeiras pra cá.
Ela mexe co'as cadeiras pra lá.
Ele mexe com o juízo
Do homem que vai trabalhar
Há um bocado de gente
Na mesma situação
Todo mundo gosta dela
Na mesma doce ilusão
A vizinha quando passa
Que não liga pra ninguém
Todo mundo fica louco
E o seu vizinho também
A vizinha quando passa
Com seu vestido grená
Todo mundo diz que é boa
Mas como a vizinha não há
Ela mexe co'as cadeiras pra cá.
Ela mexe co'as cadeiras pra lá.
Ele mexe com o juízo
Do homem que vai trabalhar
Ela mexe co'as cadeiras pra cá.
Ela mexe co'as cadeiras pra lá.
Ele mexe com o juízo
Do homem que vai trabalhar
Há um bocado de gente
Na mesma situação
Todo mundo gosta dela
Na mesma doce ilusão
A vizinha quando passa
Que não liga pra ninguém
Todo mundo fica louco
E o seu vizinho também
Composição: Dorival Caymmi.
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Eu e a Brisa - Márcia
Alberto Nogueira
30 de jul. de 2019 #Márcia #JohnnyAlf
Bem Vindos !! 🎧 Este vídeo é apenas para fins de divulgação e entretenimento (Sem fins lucrativos).
Ah! se a juventude que esta brisa canta
Ficasse aqui comigo mais um pouco
Eu poderia esquecer a dor
De ser tão só pra ser um sonho
Daí então, quem sabe alguém chegasse
Buscando um sonho em forma de desejo
Felicidade então pra nós seria
E, depois que a tarde nos trouxesse a lua
Se o amor chegasse eu não resistiria
E a madrugada acalentaria a nossa paz
Fica, oh brisa fica pois talvez quem sabe
O inesperado faça uma surpresa
E traga alguém que queira te escutar
E junto a mim, queira ficar
E, depois que a tarde nos trouxesse a lua
Se o amor chegasse eu não resistiria
E a madrugada acalentaria a nossa paz
Fica, oh brisa fica pois talvez quem sabe
O inesperado faça uma surpresa
E traga alguém que queira te escutar
E junto a mim, queira ficar
Composição: Johnny Alf
Márcia Elizabeth Barbosa Machado de Souza (São Paulo, 25 de novembro de 1943), mais conhecida simplesmente como #Márcia, é uma cantora brasileira, suas gravações de "Ronda" (Paulo Vanzolini) e "Eu e a Brisa" (Johnny Alf) são seus maiores sucessos.
Em 1968, "Eu e a Brisa" seria o carro-chefe de seu primeiro disco, lançado pela gravadora Odeon e que tinha também "Pra Machucar Meu Coração" (Ary Barroso) e "Aula de Matemática" (Tom Jobim e Marino Pinto), entre outras. Nesse mesmo ano, lançou o "Show/Recital", com Baden Powell e os Originais do Samba.
Em 1970, gravou o compacto duplo que tinha "E Lá Se Vão Meus Anéis" (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro), "Minha" (Francis Hime e Ruy Guerra), "Eu e o Crepúsculo" (Johnny Alf) e "Fé Manhã" (Baden Powell e Paulo César Pinheiro).
Em 1972, fez shows em Portugal, com Baden Powell e Vinícius de Morais. No ano seguinte, além de lançar o álbum "Rimas", com músicas de Noel Rosa ("Ilustre Visita") e Assis Valente ("Fez Bobagem"), apresentou-se ainda no Expo-Som 73, com Leny Andrade, Simone e Ari Vilela, show gravado ao vivo e foi lançado em disco.
Em 1974, veio o espetáculo "O importante é que a nossa emoção sobreviva", com Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro, que também gerou um disco, gravado durante a longa temporada do Teatro Oficina e o segundo volume, dois anos depois.
Em 1977, gravou outro de seus maiores sucessos, "Ronda", de Paulo Vanzolini.
Nos anos 80 e os anos 90, voltou a se apresentar com a dupla Gudin e Pinheiro, e gravou vários álbuns.
#JohnnyAlf, nome artístico de Alfredo José da Silva (Rio de Janeiro, 19 de maio de 1929 — Santo André, 4 de março de 2010), foi um compositor, cantor e pianista brasileiro.
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