Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 30 de setembro de 2024
"The Only Patriotic Choice for President"
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Why Are Billionaires Rallying Behind Trump?
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"The Only Patriotic Choice for President
The Editorial Board ⋮ ⋮ 30/09/2024
Credit...Damon Winter/The New York Times
By The Editorial Board
The editorial board is a group of opinion journalists whose views are informed by expertise, research,
debate and certain longstandingvalues. It is separate from the newsroom.
Sept. 30, 2024
It is hard to imagine a candidate more unworthy to serve as president of the United States than Donald
Trump. He has proved himself morally unfit for an office that asks its occupant to put the good of the
nation above self-interest. He has proved himself temperamentally unfit for a role that requires the very
qualities — wisdom, honesty, empathy, courage, restraint, humility, discipline — that he most lacks.
Those disqualifying characteristics are compounded by everything else that limits his ability to fulfill the
duties of the president: his many criminal charges, his advancing age, his fundamental lack of interest in
policy and his increasingly bizarre cast of associates.
This unequivocal, dispiriting truth — Donald Trump is not fit to be president — should be enough for any
voter who cares about the health of our country and the stability of our democracy to deny him reelection.
2/2
For this reason, regardless of any political disagreements voters might have with her, Kamala Harris is
the only patriotic choice for president.
Most presidential elections are, at their core, about two different visions of America that emerge from
competing policies and principles. This one is about something more foundational. It is about whether we
invite into the highest office in the land a man who has revealed, unmistakably, that he will degrade the
values, defy the norms and dismantle the institutions that have made our country strong.
As a dedicated public servant who has demonstrated care, competence and an unwavering commitment
to the Constitution, Ms. Harris stands alone in this race. She may not be the perfect candidate for every
voter, especially those who are frustrated and angry about our government’s failures to fix what’s broken
— from our immigration system to public schools to housing costs to gun violence. Yet we urge
Americans to contrast Ms. Harris’s record with her opponent’s."
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Fight Song
Rachel Platten
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"O Único Escolha Patriótica para Presidente
The Editorial Board ⋮ ⋮ 30/09/2024
Crédito...Damon Winter/The New York Times
Por The Editorial Board
O editorial board é um grupo de jornalistas de opinião cujas opiniões são informadas por expertise, pesquisa, debate e certos valores de longa data. É separado da redação.
30 de setembro de 2024
É difícil imaginar um candidato menos digno de servir como presidente dos Estados Unidos do que Donald Trump. Ele se mostrou moralmente inapto para um cargo que exige que seu ocupante coloque o bem da nação acima dos interesses pessoais. Ele se mostrou temperamentalmente inapto para um papel que requer as próprias qualidades — sabedoria, honestidade, empatia, coragem, moderação, humildade, disciplina — que ele mais carece.
Essas características desqualificadoras são agravadas por tudo o mais que limita sua capacidade de cumprir os deveres de presidente: suas inúmeras acusações criminais, sua idade avançada, sua falta fundamental de interesse em políticas públicas e seu elenco cada vez mais bizarro de associados.
Essa verdade inequívoca e desanimadora — Donald Trump não é apto para ser presidente — deveria ser suficiente para qualquer eleitor que se preocupa com a saúde do nosso país e a estabilidade de nossa democracia para lhe negar a reeleição.
Por essa razão, independentemente de qualquer desacordo político que os eleitores possam ter com ela, Kamala Harris é a única escolha patriótica para presidente.
A maioria das eleições presidenciais, em sua essência, trata de duas visões diferentes da América que emergem de políticas e princípios concorrentes. Esta trata de algo mais fundamental. Trata-se de saber se convidamos para o mais alto cargo do país um homem que revelou, de forma inconfundível, que degradará os valores, desrespeitará as normas e desmantelará as instituições que tornaram nosso país forte.
Como uma servidora pública dedicada que demonstrou cuidado, competência e um compromisso inabalável com a Constituição, a Sra. Harris se destaca nesta corrida. Ela pode não ser a candidata perfeita para todos os eleitores, especialmente aqueles que estão frustrados e irritados com as falhas do nosso governo em consertar o que está quebrado — desde nosso sistema de imigração até escolas públicas, custos de moradia e violência armada. No entanto, pedimos aos americanos que contrastem o histórico da Sra. Harris com o de seu oponente."
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What`s Going On
Marvin Gaye
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CNN instant poll: Kamala Harris ran away with it
A survey of debate watchers showed a clear victor.
Steven Shepard
Steven Shepard
09/11/2024, 12:26am ET
A majority of voters who watched Tuesday’s debate picked Kamala Harris as the winner, according to an instant CNN/SSRS survey.
In the poll, 63 percent of those who watched the debate — a group that is not representative of the electorate as a whole — said Harris won. Just 37 percent said Donald Trump won the debate.
Harris’ apparent victory is notable because the same group of voters went into the debate with mixed expectations. Asked before the debate whom they thought would win, 50 percent predicted Harris, and 50 percent chose Trump.
The flash survey was conducted Tuesday night by text message with voters recruited ahead of time who agreed to be surveyed after the debate was over. The margin of error for the poll — which does not reflect the electorate as a whole — is plus or minus 5.3 percentage points.
The results diverge sharply from the June debate between Trump and President Joe Biden. A flash poll conducted immediately following that debate showed two-in-three voters who watched it picked Trump as the winner, with just one-third calling Biden the winner.
Lead Art: Vice President Kamala Harris makes a surprise appearance at a Harris-Walz Debate Watch Party at Cherry Street Pier after her debate with Republican Presidential nominee Donald Trump in Philadelphia, on Sept. 10, 2024. | Jamie Kelter Davis for POLITICO
https://www.politico.com/live-updates/2024/09/10/trump-harris-presidential-debate-tonight/cnn-flash-poll-harris-won-00178566
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Harris won the debate — and it wasn't close
Our takeaways from the Harris-Trump debate.
POLITICO Staff
09/11/2024, 12:33am ET
Lead Art: People watch the ABC News Presidential Debate during a Harris-Walz Debate Watch Party at Cherry Street Pier in Philadelphia, on Sept. 10, 2024. | Jamie Kelter Davis for POLITICO
DAS CADEIRAS
"Ela mexe co'as cadeiras pra cá.
Ela mexe co'as cadeiras pra lá.
Ela mexe com o juízo
Do homem que vai trabalhar"
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Eu e a Brisa
Márcia
Letra
Tradução
Significado
Ah! se a juventude que esta brisa canta
Ficasse aqui comigo mais um pouco
Eu poderia esquecer a dor
De ser tão só pra ser um sonho
Daí então, quem sabe alguém chegasse
Buscando um sonho em forma de desejo
Felicidade então pra nós seria
E, depois que a tarde nos trouxesse a lua
Se o amor chegasse eu não resistiria
E a madrugada acalentaria a nossa paz
Fica, oh brisa fica pois talvez quem sabe
O inesperado faça uma surpresa
E traga alguém que queira te escutar
E junto a mim, queira ficar
Composição: Johnny Alf.
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Aqui está a imagem inspirada na música de Dorival Caymmi, capturando a atmosfera lúdica e maliciosa da letra, juntamente com a metáfora do jogo das cadeiras. A mulher balança seus quadris enquanto os homens, atraídos por seu charme, competem pela única cadeira. A imagem mistura a sensualidade e a competição da música com cores vibrantes e tropicais.
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O texto convida à reflexão sobre a necessidade de uma política mais ética e democrática, onde o respeito mútuo e o diálogo sejam privilegiados em vez da competição feroz e da violência. Essa transformação é essencial para avançar em direção a uma sociedade mais justa e igualitária.
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Roberto DaMatta - O jogo das cadeiras
O Globo
Veja o que acontece quando se deixa ‘todo mundo’ disputar uma Prefeitura tão importante quanto a de São Paulo
Lembra-se do jogo das cadeiras? Um certo número de cadeiras era disputado por um grupo que as rodeava ao som de uma melodia, interrompida, obrigando os jogadores a buscar uma delas. Em cada rodada, porém, uma cadeira era subtraída, promovendo competição porque, ao sair uma, alguém perdia o lugar para se sentar e deixava o jogo. No final, sobrava um vencedor, dono de uma cadeira!
Um furioso “debate” corrompeu o papel das cadeiras. Se elas serviam para se sentar e simbolizar vitória e poder, no antidebate foram usadas para eliminar competidores. Foi mais uma inovação nacional para esse desacerto político e cultural que a polarização sustenta, criando anjos e demônios, ao arrepio da vida democrática em que esquerda e direita concordam em discordar.
Um compromisso cada vez mais difícil de honrar, porque, para isso, será preciso tirar da esfera política a marca de Caim da corrupção, da mentira, do sectarismo e da malandragem...
O lamentável episódio expressa a força e a profundidade — mas, de modo algum, a perpetuidade — daquilo que nós, antropólogos sociais, chamamos de cultura ou estilo de vida.
A insólita cadeirada desnuda as formidáveis dificuldades que uma sociedade hierárquica enfrenta nas tentativas de viver democraticamente o processo eleitoral. Dificuldades que compartilha com o esporte, o trânsito, a fila e o mercado ideal da concorrência livre e igualitária. Veja o que acontece — parece dizer o barão que mora dentro de nós “brancos letrados e politizados” — quando se deixa “todo mundo” disputar uma Prefeitura tão importante quanto a de São Paulo. Só poderia dar em violência essa disputa realizada num sistema mapeado por compadrios pessoais e ideológicos, por nomes de família e celebrizações que aristocratizam. Veja o desastre que é ouvir reacionários, provocadores hiperindividualistas agressivos e revolucionários bem de vida. É uma ofensa, ousadia ou maluquice...
Como tenho reiterado neste espaço, é carregado competir numa estrutura de posicionamentos profundamente assentados por cor, gênero, idade, “aparência” e relacionamentos, como é rotineiro desde os tempos aristocráticos da escravidão. Naquela época, cada um “sabia o seu lugar”, e a mentalidade hierárquica não se confrontava com a dinâmica da igualdade democrática, cada vez mais presente e desejada, na esfera pública.
A moldura igualitária e livre do processo eleitoral detona o particularismo do “você sabe com está falando?” — concretizado numa selvagem cadeirada destinada a “acabar com o jogo”. O gesto segue o protocolo dos embates nacionais, quando estes transformam a cadeira em tacape e provam quem seria mais ou menos “homem” (ou seja: melhor e superior). Nele, a violência se legitima como elemento necessário para liquidar com o abusado “bate-boca” expressivo de uma igualdade ainda penosa de viver. A cadeirada, além disso, concretiza um personalismo que troca problemas e questões públicas cruciais por um machismo de mesa de bilhar.
E não pense o leitor que isso é simplesmente “falta de educação política”. É muito mais, pois ameaças verbais revelam o poder mágico das palavras, como acontece nas pragas, rezas, xingamentos e nas promessas dos “rituais de feitiçaria”. Desafios verbais de virilidade têm tanta potência quanto os tiros que mataram em pleno Congresso Nacional, que legitimaram tentativas de assassinato de opositores, promoveram um suicídio de honra de um presidente da República ou que simplesmente sufocaram a liberdade nos “golpes”. Essas dimensões culturais mostram como a esfera política precisa abandonar a mendacidade, a corrupção e os privilégios das mordomias.
O episódio, reitero, exibe nossa aversão às práticas democráticas. É precisamente esse hiperpersonalismo relacional que deve ser reconhecido e, em seguida, substituído por projetos, programas, inovações e menos sectarismo político, em favor das cidades, dos estados e do Brasil.
Modernizar é ser capaz de dizer “não” aos particularismos das cadeiradas para jogar o jogo da igualdade, esse avatar da democracia. É ser capaz de dizer “não” a si mesmo, para ter uma vida pública orquestrada pelo bom senso e pelas normas da cidadania.
Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:01:00
Um comentário:
ADEMAR AMANCIO disse...
Muito bom o artigo!
28/9/24 13:06
https://gilvanmelo.blogspot.com/2024/09/roberto-damatta-o-jogo-das-cadeiras.html
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'Como diz o professor e colunista deste jornal Marco Aurélio Nogueira, a política “solicita uma concessão difícil de ser feita: ela pede que os indivíduos e os grupos saiam de si mesmos, moderem-se, ultrapassem-se”.'
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Marcelo de Azevedo Granato - Marçal é sintoma de uma sociedade sem esperança
O Estado de S. Paulo
Onde um personagem com essas características pode florescer, se não num ambiente de desesperança na vida comunitária e na ação conjunta dos cidadãos, ou seja, na política?
O entusiasmo em torno da figura de Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo quando da redação deste texto, tem algo de paradoxal. Afinal, é um entusiasmo que parece florescer não na esperança, mas na desesperança dos seus adeptos quanto à ação política.
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O texto publicado no Estado de S. Paulo faz uma análise crítica da candidatura de Pablo Marçal à Prefeitura de São Paulo, observando que ele é um sintoma de uma sociedade marcada pela desesperança na política e na ação comunitária. Marçal, assim como Bolsonaro, adota uma postura "antissistema", mas diferentemente de Bolsonaro, que tem longa trajetória política, Marçal é um fenômeno digital, sem vínculos com a política institucional.
Sua candidatura se baseia em propostas que ele próprio classifica como "sonhos" e não em um programa de governo estruturado. Ele prega o empreendedorismo individual, tratando a política como uma competição entre vencedores e perdedores, ao invés de um esforço coletivo em busca do bem comum.
O autor argumenta que a popularidade de Marçal reflete um ambiente de frustração com os políticos e com o sistema, levando a um “voto punição”, que visa penalizar o establishment sem foco em melhorias concretas. Além disso, critica a aversão disseminada à política, sugerindo que os eleitores também têm responsabilidade pelo fracasso da democracia representativa ao elegerem políticos sem acompanhar seus mandatos.
O texto conclui que a política, em sua essência, requer concessões, empatia e uma mentalidade ampliada que leve em conta a diversidade e o bem-estar comum — características que, segundo o autor, Marçal não possui.
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Lula e Bolsonaro não nos levam a outro nível, diz Marçal, pré-candidato do Pros | JORNAL DA CNN
CNN Brasil
16 de jun. de 2022 #CNNnasEleições #CNNBrasil
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (16), o pré-candidato à Presidência da República Pablo Marçal (PROS) fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Lula (PT), concorrentes na disputa pelo Planalto. #CNNBrasil #CNNnasEleições
https://www.youtube.com/watch?v=uKlV26FUJ_0
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Eleições 2024
Debate UOL/Folha para prefeito ao vivo: veja horário e onde assistir
Do UOL, em São Paulo
30/09/2024 07h00
Atualizada em
30/09/2024 09h34
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Quatro candidatos à Prefeitura de São Paulo devem participar do debate UOL/Folha que acontece nesta segunda-feira (30), a partir das 10h (de Brasília). A transmissão poderá ser acompanhada ao vivo pelo player de vídeo acima, pela home do UOL, no canal do UOL no YouTube e redes sociais de UOL e Folha.
Ao vivo: acompanhe a transmissão em tempo real do debate UOL/ Folha para prefeito de SP
Como será o debate
Quatro candidatos estão convidados: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB). Os nomes são os mais bem colocados numericamente nas recentes pesquisas divulgadas pelo Datafolha.
Debate será no formato banco de tempo. Cada candidato terá o total de 15 minutos para falar nos quatro blocos do encontro. Dois segmentos terão perguntas entre os candidatos e dois com perguntas dos jornalistas do UOL e da Folha. As perguntas feitas pelos candidatos devem acontecer em no máximo 20 segundos que não serão descontados do banco de tempo. Ao final do debate, cada candidato terá 1 minuto extra para considerações finais.
Formato prioriza livre debate. Cada candidato poderá se manifestar em qualquer resposta, mesmo que a pergunta não tenha sido dirigida a ele. Para isso, deverá sinalizar com a mão que gostaria de fazê-lo. Quando começar a falar, seu tempo passará a ser descontado. O cronômetro travará novamente quando ele encerrar sua fala. Não serão permitidas interrupções durante a fala de outro candidato.
Fabíola Cidral será a mediadora. As jornalistas Raquel Landim e Thais Bilenky, do UOL, e Júlia Barbon e Ana Luiza Albuquerque, da Folha, serão as entrevistadoras.
Debate UOL/Folha -- Prefeitura de São Paulo
Data e hora: 30 de setembro de 2024, às 10h (de Brasília)
Local: estúdio do UOL, em São Paulo (SP)
Transmissão: homepage do UOL, canal do UOL no YouTube e redes sociais de UOL e Folha.
https://www.blogger.com/blog/post/edit/8761611736633123803/4870019386670583485
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Debate com candidatos à Prefeitura de São Paulo #DebateNaRECORD
Jornal da Record
Transmitido ao vivo em 28 de set. de 2024 #6 nos vídeos Em alta
A RECORD promove neste sábado (28), a partir das 20h40, o debate eleitoral com os principais candidatos à Prefeitura da cidade de São Paulo.
Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB) e Ricardo Nunes (MDB) apresentam suas propostas e planos de governo. A mediação é do jornalista Eduardo Ribeiro.
Assista ao vivo na tela da RECORD, no Portal R7, no PlayPlus e nas plataformas digitais
#DebateNaRECORD #OVotoNaRECORD #Eleições2024
https://www.youtube.com/live/fUJoAXUb-UY?app=desktop
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O texto convida à reflexão sobre a necessidade de uma política mais ética e democrática, onde o respeito mútuo e o diálogo sejam privilegiados em vez da competição feroz e da violência. Essa transformação é essencial para avançar em direção a uma sociedade mais justa e igualitária.
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A Vizinha do Lado
Dorival Caymmi
Letra
Tradução
Significado
A vizinha quando passa
Com seu vestido grená
Todo mundo diz que é boa
Mas como a vizinha não há
Ela mexe co'as cadeiras pra cá.
Ela mexe co'as cadeiras pra lá.
Ele mexe com o juízo
Do homem que vai trabalhar
Há um bocado de gente
Na mesma situação
Todo mundo gosta dela
Na mesma doce ilusão
A vizinha quando passa
Que não liga pra ninguém
Todo mundo fica louco
E o seu vizinho também
A vizinha quando passa
Com seu vestido grená
Todo mundo diz que é boa
Mas como a vizinha não há
Ela mexe co'as cadeiras pra cá.
Ela mexe co'as cadeiras pra lá.
Ele mexe com o juízo
Do homem que vai trabalhar
Ela mexe co'as cadeiras pra cá.
Ela mexe co'as cadeiras pra lá.
Ele mexe com o juízo
Do homem que vai trabalhar
Há um bocado de gente
Na mesma situação
Todo mundo gosta dela
Na mesma doce ilusão
A vizinha quando passa
Que não liga pra ninguém
Todo mundo fica louco
E o seu vizinho também
Composição: Dorival Caymmi.
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Eu e a Brisa - Márcia
Alberto Nogueira
30 de jul. de 2019 #Márcia #JohnnyAlf
Bem Vindos !! 🎧 Este vídeo é apenas para fins de divulgação e entretenimento (Sem fins lucrativos).
Ah! se a juventude que esta brisa canta
Ficasse aqui comigo mais um pouco
Eu poderia esquecer a dor
De ser tão só pra ser um sonho
Daí então, quem sabe alguém chegasse
Buscando um sonho em forma de desejo
Felicidade então pra nós seria
E, depois que a tarde nos trouxesse a lua
Se o amor chegasse eu não resistiria
E a madrugada acalentaria a nossa paz
Fica, oh brisa fica pois talvez quem sabe
O inesperado faça uma surpresa
E traga alguém que queira te escutar
E junto a mim, queira ficar
E, depois que a tarde nos trouxesse a lua
Se o amor chegasse eu não resistiria
E a madrugada acalentaria a nossa paz
Fica, oh brisa fica pois talvez quem sabe
O inesperado faça uma surpresa
E traga alguém que queira te escutar
E junto a mim, queira ficar
Composição: Johnny Alf
Márcia Elizabeth Barbosa Machado de Souza (São Paulo, 25 de novembro de 1943), mais conhecida simplesmente como #Márcia, é uma cantora brasileira, suas gravações de "Ronda" (Paulo Vanzolini) e "Eu e a Brisa" (Johnny Alf) são seus maiores sucessos.
Em 1968, "Eu e a Brisa" seria o carro-chefe de seu primeiro disco, lançado pela gravadora Odeon e que tinha também "Pra Machucar Meu Coração" (Ary Barroso) e "Aula de Matemática" (Tom Jobim e Marino Pinto), entre outras. Nesse mesmo ano, lançou o "Show/Recital", com Baden Powell e os Originais do Samba.
Em 1970, gravou o compacto duplo que tinha "E Lá Se Vão Meus Anéis" (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro), "Minha" (Francis Hime e Ruy Guerra), "Eu e o Crepúsculo" (Johnny Alf) e "Fé Manhã" (Baden Powell e Paulo César Pinheiro).
Em 1972, fez shows em Portugal, com Baden Powell e Vinícius de Morais. No ano seguinte, além de lançar o álbum "Rimas", com músicas de Noel Rosa ("Ilustre Visita") e Assis Valente ("Fez Bobagem"), apresentou-se ainda no Expo-Som 73, com Leny Andrade, Simone e Ari Vilela, show gravado ao vivo e foi lançado em disco.
Em 1974, veio o espetáculo "O importante é que a nossa emoção sobreviva", com Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro, que também gerou um disco, gravado durante a longa temporada do Teatro Oficina e o segundo volume, dois anos depois.
Em 1977, gravou outro de seus maiores sucessos, "Ronda", de Paulo Vanzolini.
Nos anos 80 e os anos 90, voltou a se apresentar com a dupla Gudin e Pinheiro, e gravou vários álbuns.
#JohnnyAlf, nome artístico de Alfredo José da Silva (Rio de Janeiro, 19 de maio de 1929 — Santo André, 4 de março de 2010), foi um compositor, cantor e pianista brasileiro.
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sábado, 28 de setembro de 2024
DEMOCRACIA: DISTRAÍDA E DESLIGADA
e-DEMOCRACY
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Aqui está a imagem que capta o momento de Cartola e Dona Zica em 1964, pouco antes de seu casamento, inspirado no samba "Nós Dois". Ela captura o amor e a simplicidade que envolviam o casal.
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Aqui está a imagem inspirada na expressão "e-Democracy", retratando um ambiente futurístico onde cidadãos interagem virtualmente através da tecnologia para participar da democracia digital.
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Ando Meio Desligado
Os Mutantes
Letra
Tradução
Significado
Ando meio desligado
Eu nem sinto meus pés no chão
Olho e não vejo nada
Eu só penso se você me quer
Eu nem vejo a hora de lhe dizer
Aquilo tudo que eu decorei
E depois o beijo que eu já sonhei
Você vai sentir, mas, por favor
Não leve a mal
Eu só quero que você me queira
Não leve a mal
Ando meio desligado
Eu nem sinto meus pés no chão
Olho e não vejo nada
Eu só penso se você me quer
Eu não vejo a hora de lhe dizer
Aquilo tudo que eu decorei
E depois do beijo que eu já sonhei
Você vai sentir, mas, por favor
Não leve a mal
Eu só quero que você me queira
Não leve a mal
Eu não vejo a hora de lhe dizer
Aquilo tudo que eu decorei
E depois do beijo que eu já sonhei
Você vai sentir, mas, por favor
Não leve a mal
Eu só quero que você me queira
Não leve a mal
Ando meio desligado
Eu nem sinto meus pés no chão
Olho e não vejo nada
Eu só penso se você me quer
Não leve a mal
Não leve a mal
Ó, meu Brasil
Composição: Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sergio Dias.
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sábado, 28 de setembro de 2024
Marco Aurélio Nogueira - Como se reconhece um democrata?
O Estado de S. Paulo
Ele se move pelas sendas complicadas da razão, recusando a manipulação das emoções que políticos e governantes fazem regularmente, sobretudo em períodos eleitorais
Estamos sendo invadidos por falsos democratas. Pessoas brutais, grosseiras e violentas, não há quem rejeite a qualificação, ainda que seja para rebaixá-la, simplificá-la e distorcê-la. “Ser democrata” é hoje uma autoatribuição generalizada.
O indivíduo democrata não se reduz a uma ou outra “virtude”. Defender a liberdade de expressão, por exemplo, tornou-se uma barafunda de significados, que flutuam nos interstícios de redes e organizações. Em nome dela, praticam-se barbaridades inomináveis. Embora a ideia seja preciosa para os direitos que devem prevalecer numa democracia, ela precisa ser bem compreendida, o que somente acontece quando vinculada a outras ideias.
Ninguém nasce democrata. Crianças e adolescentes podem ter um senso mais agudo de justiça e compartilhamento, podem ser generosos com os outros, mas nem por isso são desde logo democráticos. É verdade, porém, que quanto mais bem formadas (na família, na escola, nos grupos de vizinhança), maior será sua predisposição para abraçar a democracia. Como se costuma dizer, abraçar a democracia é uma construção socialmente determinada.
Antes de tudo, um democrata é alguém capaz de pensar para além de si próprio, ou seja, levar em conta o conjunto da vida social, seus ritmos e suas particularidades. Não precisa ser um “igualitarista”, mas deve considerar com generosidade as disparidades socioeconômicas, culturais e educacionais que separam os membros de uma sociedade. Precisa também assimilar os sinais do tempo e as mudanças epocais.
Esse modo de pensar significa pensar com a própria cabeça. Repetindo a máxima usada pelo filósofo Edgar Morin, é melhor ter a cabeça bem-feita do que a cabeça cheia, ideia particularmente importante hoje, dada a quantidade de mentiras e desinformações que nos atazanam a vida. Daí que um democrata é alguém politicamente educado, capaz de separar o joio do trigo, “ler” corretamente os fatos, assimilar os carecimentos dos demais membros da sociedade, enxergar os outros.
Isso o habilita a compreender criticamente a complexidade inerente à política, que não existe para atender de imediato a todas as expectativas e que, além do mais, tem sinuosidades e ambiguidades difíceis de serem entendidas. Ela sempre está associada à luta pelo poder, mas não se reduz a isso.
Um indivíduo civicamente “mal-educado” enxerga a política por um ângulo torto, rejeitando-a sempre que seus desejos não são atendidos. Ele também não aceita a necessidade do Estado, vendo-o tão somente como uma estrutura de poder tirânico, e não como um agente de organização e prestação de serviços. Termina, assim, por glorificar o mercado, o empreendedorismo, a privatização indiscriminada, a ausência de regulações.
O democrata é, portanto, alguém que se move pelas sendas complicadas da razão, recusando a manipulação das emoções que políticos e governantes fazem regularmente, sobretudo em períodos eleitorais. Ele também mantém no primeiro plano a transparência e a responsabilidade no trato das coisas públicas, sendo adversário de todas as formas de corrupção e malfeitos.
O democrata pode ser inflamado e defender suas ideias a ferro e fogo. Mas sua natureza é mais a serenidade, como argumentou certa vez Norberto Bobbio, no sentido de sempre tender para a ponderação, o diálogo e a argumentação, atitudes com as quais busca convencer, persuadir e dissuadir os que dele divergem.
Ser democrata não é ser de esquerda. Há vertentes de esquerda que não aceitam os procedimentos democráticos, estigmatizando-os como a expressão de formas “burguesas” de democracia. Mesmo quando privilegiam o social, tais vertentes tendem a ser voluntaristas, confiando na vontade “justa” das lideranças populares ou dos governantes que se apresentam como seus representantes. A esquerda se distingue por dar maior atenção ao progresso social, para cuja consecução a democracia é essencial.
Muitos conservadores seguem a democracia política como ideia. Liberais são democratas, sobretudo no campo dos procedimentos e da defesa das regras do jogo, dos direitos humanos e de políticas justas. Claro, há liberais e liberais, assim como as pessoas de esquerda não seguem a mesma cartilha. Mesmo à direita pode-se ter certa gradação e algumas inflexões democráticas.
Onde a democracia não viceja é no terreno da extrema direita, porque, nele, são plantados venenos e toxinas que se voltam para a destruição da democracia e a captura dos indivíduos mediante artifícios que fogem da razão, que exploram os egoísmos, as emoções à flor da pele, o ódio, a insatisfação, o medo e a insegurança. A extrema direita pode mobilizar a pátria, o nacionalismo, falar em proteção, questionar o sistema, mas será sempre uma postulação autoritária e antidemocrática.
Democratas não temem conflitos e lutas sociais. Querem-se partícipes delas. Sua diferença específica repousa no fato de que trabalham para dar às lutas um sentido gerador de consensos que, se bem organizados, podem pressionar os governos para que ajam em benefício de todos. Esse é seu maior trunfo.
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O artigo de Marco Aurélio Nogueira, publicado em O Estado de S. Paulo, reflete sobre o que caracteriza um verdadeiro democrata, em contraste com falsos democratas que, em tempos atuais, utilizam o rótulo de forma distorcida. Ele argumenta que ser democrata não é uma virtude simples ou isolada, como a defesa da liberdade de expressão, mas uma construção social e cultural que envolve empatia, racionalidade e capacidade de enxergar a complexidade da vida social e política.
Nogueira aponta que o democrata é alguém que pensa para além de si próprio, considerando as desigualdades da sociedade e rejeitando a manipulação emocional frequentemente utilizada por políticos, principalmente durante períodos eleitorais. Ele também enfatiza a importância de estar politicamente educado e preparado para enfrentar a complexidade da política com uma mente crítica e independente, capaz de separar fatos de desinformação.
O texto também diferencia democratas de ideologias que rejeitam os procedimentos democráticos. Embora existam democratas tanto na esquerda quanto na direita, Nogueira ressalta que a extrema direita é intrinsecamente antidemocrática, pois promove emoções negativas como medo e ódio, recorrendo a artifícios que enfraquecem a democracia.
Em resumo, o autor defende que ser democrata é um compromisso com o diálogo, a transparência e a justiça social, enfrentando conflitos sociais sem medo, mas com o objetivo de gerar consensos e trabalhar para o bem comum.
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sábado, 28 de setembro de 2024
Marco Aurélio Nogueira - Como se reconhece um democrata?
O Estado de S. Paulo
Ele se move pelas sendas complicadas da razão, recusando a manipulação das emoções que políticos e governantes fazem regularmente, sobretudo em períodos eleitorais
Estamos sendo invadidos por falsos democratas. Pessoas brutais, grosseiras e violentas, não há quem rejeite a qualificação, ainda que seja para rebaixá-la, simplificá-la e distorcê-la. “Ser democrata” é hoje uma autoatribuição generalizada.
O indivíduo democrata não se reduz a uma ou outra “virtude”. Defender a liberdade de expressão, por exemplo, tornou-se uma barafunda de significados, que flutuam nos interstícios de redes e organizações. Em nome dela, praticam-se barbaridades inomináveis. Embora a ideia seja preciosa para os direitos que devem prevalecer numa democracia, ela precisa ser bem compreendida, o que somente acontece quando vinculada a outras ideias.
Ninguém nasce democrata. Crianças e adolescentes podem ter um senso mais agudo de justiça e compartilhamento, podem ser generosos com os outros, mas nem por isso são desde logo democráticos. É verdade, porém, que quanto mais bem formadas (na família, na escola, nos grupos de vizinhança), maior será sua predisposição para abraçar a democracia. Como se costuma dizer, abraçar a democracia é uma construção socialmente determinada.
Antes de tudo, um democrata é alguém capaz de pensar para além de si próprio, ou seja, levar em conta o conjunto da vida social, seus ritmos e suas particularidades. Não precisa ser um “igualitarista”, mas deve considerar com generosidade as disparidades socioeconômicas, culturais e educacionais que separam os membros de uma sociedade. Precisa também assimilar os sinais do tempo e as mudanças epocais.
Esse modo de pensar significa pensar com a própria cabeça. Repetindo a máxima usada pelo filósofo Edgar Morin, é melhor ter a cabeça bem-feita do que a cabeça cheia, ideia particularmente importante hoje, dada a quantidade de mentiras e desinformações que nos atazanam a vida. Daí que um democrata é alguém politicamente educado, capaz de separar o joio do trigo, “ler” corretamente os fatos, assimilar os carecimentos dos demais membros da sociedade, enxergar os outros.
Isso o habilita a compreender criticamente a complexidade inerente à política, que não existe para atender de imediato a todas as expectativas e que, além do mais, tem sinuosidades e ambiguidades difíceis de serem entendidas. Ela sempre está associada à luta pelo poder, mas não se reduz a isso.
Um indivíduo civicamente “mal-educado” enxerga a política por um ângulo torto, rejeitando-a sempre que seus desejos não são atendidos. Ele também não aceita a necessidade do Estado, vendo-o tão somente como uma estrutura de poder tirânico, e não como um agente de organização e prestação de serviços. Termina, assim, por glorificar o mercado, o empreendedorismo, a privatização indiscriminada, a ausência de regulações.
O democrata é, portanto, alguém que se move pelas sendas complicadas da razão, recusando a manipulação das emoções que políticos e governantes fazem regularmente, sobretudo em períodos eleitorais. Ele também mantém no primeiro plano a transparência e a responsabilidade no trato das coisas públicas, sendo adversário de todas as formas de corrupção e malfeitos.
O democrata pode ser inflamado e defender suas ideias a ferro e fogo. Mas sua natureza é mais a serenidade, como argumentou certa vez Norberto Bobbio, no sentido de sempre tender para a ponderação, o diálogo e a argumentação, atitudes com as quais busca convencer, persuadir e dissuadir os que dele divergem.
Ser democrata não é ser de esquerda. Há vertentes de esquerda que não aceitam os procedimentos democráticos, estigmatizando-os como a expressão de formas “burguesas” de democracia. Mesmo quando privilegiam o social, tais vertentes tendem a ser voluntaristas, confiando na vontade “justa” das lideranças populares ou dos governantes que se apresentam como seus representantes. A esquerda se distingue por dar maior atenção ao progresso social, para cuja consecução a democracia é essencial.
Muitos conservadores seguem a democracia política como ideia. Liberais são democratas, sobretudo no campo dos procedimentos e da defesa das regras do jogo, dos direitos humanos e de políticas justas. Claro, há liberais e liberais, assim como as pessoas de esquerda não seguem a mesma cartilha. Mesmo à direita pode-se ter certa gradação e algumas inflexões democráticas.
Onde a democracia não viceja é no terreno da extrema direita, porque, nele, são plantados venenos e toxinas que se voltam para a destruição da democracia e a captura dos indivíduos mediante artifícios que fogem da razão, que exploram os egoísmos, as emoções à flor da pele, o ódio, a insatisfação, o medo e a insegurança. A extrema direita pode mobilizar a pátria, o nacionalismo, falar em proteção, questionar o sistema, mas será sempre uma postulação autoritária e antidemocrática.
Democratas não temem conflitos e lutas sociais. Querem-se partícipes delas. Sua diferença específica repousa no fato de que trabalham para dar às lutas um sentido gerador de consensos que, se bem organizados, podem pressionar os governos para que ajam em benefício de todos. Esse é seu maior trunfo."
O ChatGPT disse:
ChatGPT
O artigo de Marco Aurélio Nogueira, publicado em O Estado de S. Paulo, reflete sobre o que caracteriza um verdadeiro democrata, em contraste com falsos democratas que, em tempos atuais, utilizam o rótulo de forma distorcida. Ele argumenta que ser democrata não é uma virtude simples ou isolada, como a defesa da liberdade de expressão, mas uma construção social e cultural que envolve empatia, racionalidade e capacidade de enxergar a complexidade da vida social e política.
Nogueira aponta que o democrata é alguém que pensa para além de si próprio, considerando as desigualdades da sociedade e rejeitando a manipulação emocional frequentemente utilizada por políticos, principalmente durante períodos eleitorais. Ele também enfatiza a importância de estar politicamente educado e preparado para enfrentar a complexidade da política com uma mente crítica e independente, capaz de separar fatos de desinformação.
O texto também diferencia democratas de ideologias que rejeitam os procedimentos democráticos. Embora existam democratas tanto na esquerda quanto na direita, Nogueira ressalta que a extrema direita é intrinsecamente antidemocrática, pois promove emoções negativas como medo e ódio, recorrendo a artifícios que enfraquecem a democracia.
Em resumo, o autor defende que ser democrata é um compromisso com o diálogo, a transparência e a justiça social, enfrentando conflitos sociais sem medo, mas com o objetivo de gerar consensos e trabalhar para o bem comum.
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Natureza Distraída
Toquinho
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Letra
Tradução
Significado
Como as plantas somos seres vivos
Como as plantas temos que crescer
Como elas, precisamos de muito carinho
De Sol, de amor, de ar pra sobreviver
Quando a natureza distraída
Fere a flor ou um embrião
O ser humano, mais que as flores
Precisa na vida
De muito afeto e toda compreensão
Composição: Elifas Andreatto / Toquinho.
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sábado, 28 de setembro de 2024
José Casado - Distraídos
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Revista Veja
Propostas para as capitais mostram políticos sem rumo na saúde pública
Em Sucupira, o mais importante projeto do prefeito Odorico Paraguaçu era conseguir um morto para inaugurar o cemitério acabado. Em Fortaleza, a principal proposta de saúde pública do candidato a prefeito Eduardo Girão é construir um cemitério caiado para animais domésticos futuramente mortos.
Girão é senador do Partido Novo. Adquiriu o estranho hábito de carregar no bolso do paletó a reprodução em plástico de um feto, que costuma exibir nas horrendas encenações da sua campanha antiaborto no Senado.
Há anos, saúde pública é problema prioritário para sete em cada dez eleitores em todas as regiões. Nesta temporada eleitoral, no entanto, candidatos a prefeito resolveram tratar essa realidade de forma distraída, com platitudes, vulgaridades e muita marquetagem.
Pesquisadores de universidades do Rio e de São Paulo analisaram programas de saúde apresentados em 26 capitais por 69 candidatos de catorze partidos. Constataram que todos são a favor do Sistema Único de Saúde. Isso não significa nada, até porque ainda não se tem notícia de alguém que tenha sido eleito fazendo campanha contra a luz elétrica, a água encanada, o desenvolvimento social e econômico.
No entanto, vale lembrar: na maior cidade do país há pelo menos um candidato contra a vacina obrigatória. Ricardo Nunes, prefeito do MDB que tenta a reeleição, adotou modernas referências do atraso como Jair Bolsonaro, autodeclarado adversário da vacina contra a covid-19 na pandemia com mais de 700 000 mortos. Essa forma de manipulação política impulsionou uma revolta contra a vacina antivaríola no Rio de 120 anos atrás. Resultado: faltou espaço nos cemitérios cariocas. O prefeito Nunes não quer vacina obrigatória, mas demonstra interesse em apostar o dinheiro dos impostos municipais em certas miragens científicas, como as “vacinas contra vícios em drogas”.
Setembro está terminando com 1 563 cidades (28% do total) sem estoque de alguns tipos de vacinas, em muitos casos há mais de noventa dias, informa a Confederação Nacional de Municípios. São as fragilidades da vida real que realçam o pauperismo dos programas para a saúde pública dos principais candidatos a prefeito das capitais, mostra a equipe de pesquisadores coordenada pelos professores Ligia Bahia (UFRJ) e Mario Scheffer (USP). Eles se perdem numa coletânea de concepções vagas, jargões e ideias fragmentadas.
Exemplo: no atendimento básico, ou atenção primária, no jargão médico, prevalece a lógica dos negócios em contratos de construção civil e de prestação de serviços. Há um padrão de promessas de novos postos de saúde, reformas, horário estendido e acessórios, como “emprego de mototáxi” e “distribuição de uniformes” para agentes comunitários.
Existem exceções, claro. Ao analisar ideias sobre atendimento especializado para consultas, exames ou cirurgias, os pesquisadores identificaram propostas mais objetivas no programa do candidato à reeleição no Rio, Eduardo Paes, prefeito do PSD, baseadas na reorganização iniciada nos centros e policlínicas da cidade.
Mas o atendimento a distância, via internet, virou moda entre candidatos a prefeito. Sobram projetos “poupa tempo”, “na hora” e “agiliza”. Promete-se “saúde digital” na atenção básica em Palmas (PL) e Teresina (PT); “tele-especialidades” em Rio Branco (MDB); tratamento por “videoconferência” em João Pessoa (PT); “telepsicologia” em Fortaleza (União Brasil); “medicina bioeletrônica” em Campo Grande (PP); “inteligência artificial” em Florianópolis (PSOL); e, até mesmo, uma espécie de milagre digital em Belo Horizonte (PSD): “O usuário do SUS-BH terá em mãos uma ferramenta que nenhum usuário de plano de saúde suplementar possui hoje”.
Proliferam promessas com o orçamento alheio. O combalido caixa do Ministério da Saúde seria responsável, por exemplo, por uma fatia dos programas de saúde municipal em Manaus (Cidadania) e em João Pessoa (PP). Em Fortaleza, o senador Girão (Novo) anuncia uma enigmática “cidade dos autistas”, com recursos da “cota” de emendas mantida pela oligarquia parlamentar no orçamento da União.
O vício da marquetagem nos programas para a saúde nas capitais mostra uma elite política sem bússola diante de um dos mais relevantes problemas nacionais. Em certo sentido, os atuais candidatos a prefeito das capitais ecoam o lendário Odorico Paraguaçu, criatura impagável do escritor Dias Gomes. Nas campanhas em Sucupira, ele sempre mandava estender uma faixa no palanque: “Vote num homem sério e ganhe o seu cemitério”.
Publicado em VEJA de 27 de setembro de 2024, edição nº 2912
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O artigo de José Casado, publicado na Revista Veja, faz uma crítica contundente à falta de seriedade e rumo nas propostas dos candidatos a prefeito em relação à saúde pública nas capitais brasileiras. Ele compara a realidade das campanhas eleitorais com a fictícia Sucupira, do personagem Odorico Paraguaçu, onde a preocupação maior era inaugurar um cemitério, o que reflete o absurdo e a superficialidade de algumas das propostas atuais.
Casado destaca como os candidatos tratam a saúde pública de forma distraída, com ideias vagas e populistas. Um exemplo disso é Eduardo Girão, que, ao invés de focar em soluções reais para a saúde, promove iniciativas como a construção de um cemitério para animais. Outro caso citado é o de Ricardo Nunes, candidato em São Paulo, que se posiciona contra a obrigatoriedade da vacina, seguindo o exemplo de Jair Bolsonaro durante a pandemia de COVID-19, o que remete à revolta contra a vacina antivaríola no Rio de Janeiro há mais de um século.
A análise de programas de saúde em 26 capitais, conduzida por pesquisadores da UFRJ e USP, revela uma carência de propostas sólidas. Muitos candidatos apostam em ideias como "telemedicina" e "inteligência artificial", sem, no entanto, considerar as limitações financeiras e estruturais para implementá-las. Além disso, a dependência de recursos federais e a falta de planejamento concreto reforçam o vazio dessas promessas.
Casado conclui que a elite política atual, assim como Odorico Paraguaçu, está perdida e sem uma bússola para lidar com a saúde pública, um dos problemas mais graves do país. As promessas superficiais e irreais refletem um descompasso com as verdadeiras necessidades da população.
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Inteligência Artificial e a Democracia | com Fernando Filgueiras & Rafael Sampaio | 237
Fora da Política Não há Salvação
17 de ago. de 2024 ✪ Prioridade para membros em 16 de agosto de 2024 #AnálisePolítica #PolíticaBrasileira #Política
A inteligência artificial se tornou um dos temas – senão o tema – mais discutidos da atualidade.
Tornou-se objeto de debate o seu emprego na pesquisa científica, na produção artística, na publicidade, na segurança e, claro, na política.
Um dos aspectos mais debatidos da interação entre a IA e a política é o uso dessa ferramenta nas campanhas eleitorais, muitas vezes de forma desleal, fabricando imagens e sons que possam ser usados para iludir os eleitores e prejudicar os adversários.
Mas esse não é o único elemento relevante do uso da IA na política. A formulação de políticas públicas, a vigilância do Estado sobre os cidadãos, as relações de poder entre as Big Techs, as pessoas comuns e os governos, tudo isso constitui problemas de natureza política.
Como regular essa nova tecnologia, cada vez mais avançada e capaz de produzir efeitos ainda desconhecidos em seu alcance e consequências? Como evitar que a inteligência artificial seja usada para distorcer a competição política e afetar resultados eleitorais? Como regular essa ferramenta sem, com isso, prejudicar seu potencial positivo e cercear a liberdade?
Para discutir tais temas este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe dois cientistas políticos cujas pesquisas têm-se voltado ao assunto.
Um é Fernando Filgueiras, professor da Universidade Federal de Goiás (UFGO) e pesquisador do INCT Qualigov. Ele é coautor, ao lado de Ricardo Fabrino Mendonça e Virgílio Almeida, do livro "Algorithmic Institutionalism: the changing rules of social + political life", publicado pela Oxford University Press.
O outro é Rafael Sampaio, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pesquisador do INCT Democracia Digital.
As músicas deste episódio são "Deep State" do Vans in Japan, e "Desert Drive" de Everet Almond.
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Meio-Dia em Brasília: E aí, Xandão? Vai liberar o X ou não? - 27/09
O Antagonista
Transmitido ao vivo em 27 de set. de 2024
A rede social de Elon Musk já entregou todos os documentos solicitados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Quando os brasileiros poderão voltar a usar o X?
Esse é o destaque do Meio-Dia em Brasília desta sexta-feira, 27, que trata também das últimas pesquisas sobre a corrida pela Prefeitura de São Paulo e das novidades de Crusoé.
Meio-dia em Brasília traz as principais informações da manhã e os debates que vão agitar o dia na capital federal e do mundo.
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VERDADE
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os dois meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram a um lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em duas metades,
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
As duas eram totalmente belas.
Mas carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
Carlos Drummond de Andrade
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Poesia | Verdade, de Carlos Drummond de Andrade
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Nós dois – Cartola
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"Músicas que falam sobre casamento e sugestão de música (para refletir sobre o casamento, rs!) para a Entrada do Noivo ou para o Pré-cerimônia
“Está chegando o momento de irmos pro altar, nós dois” (Cartola)
Quem me apresentou esta música foi um casal muito, muito querido, Norah e Marco. Eles tiveram muito bom gosto e escolheram músicas incríveis para a cerimônia que aconteceu em Juquehy no último ano (ainda preciso postar aqui). Achei a canção especial e compartilho com vocês.
Na ocasião, ela não se encaixou em nenhum momento da celebração, mas achamos por bem tocá-la antes da cerimônia começar, pois criava o clima que os noivos imaginaram e tinha tudo a ver com eles.
Considerado o maior sambista da história da música popular brasileira, Cartola (1908-1980) deixou para nós um bocado de maravilhosos sambas, canções, além da preciosa Verde-Rosa ‘Estação Primeira de Mangueira’, da qual foi um dos fundadores.
“Nós dois”, nasceu do relacionamento de Cartola com D. Zica, que ele conhecera na década de 50 e com quem passaria o resto de sua vida. Ao lado de D. Zica, Cartola abriu o Zicartola, restaurante que veio a ser ponto de encontro de sambistas e artistas da bossa nova, no Rio de Janeiro. A música foi escrita na véspera de seu casamento com ela, em 1964. Pela letra, fica evidente o desejo de Cartola de deixar bem claro (rs!) como deve ser a vida do casal após o ‘altar’: “Só nós dois, apenas dois, eternamente”.
Foto: Allie Lindsay
Foto: Allie Lindsay
https://musicaparacasar.com/nos-dois-cartola/
A música faz parte do terceiro álbum de estúdio do sambista, “Verde que te quero rosa”, lançado em 1977.
O que acharam? Acho lindo! E ainda estou esperando um casal me fazer cantar só sambas na cerimônia (rs!). Combina muito com casamentos ao ar livre ou na praia e, principalmente, combina se os noivos amarem samba (neste caso, não importa nem o lugar) 😉 !
PARA OUVIR
Aqui está um áudio do nosso ensaio com Voz (Lorenza Pozza), Violão (Yuri Prado) e Violino (Mariana Pilatos) para este samba tão charmoso e amoroso."
EM FAMÍLIA
"Não é fácil de se viver com alguém que a gente feriu."
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O Americano Tranquilo - Graham Greene.pdf
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Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus. – Paulo. (1ª Epístola a Timóteo, 5:4.)
A luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra. Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas? Esta é indagação lógica que se estende a todos os discípulos sinceros do Cristianismo.
Bom pregador e mau servidor são dois títulos que se não coadunam.
O apóstolo aconselha o exercício da piedade no centro das atividades domésticas, entretanto, não alude à piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas àquela que conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por eliminá-las, aguardando a decisão divina a seu tempo.
Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos, espiritualmente, entre os que se lhes agregaram ao círculo pessoal, através dos laços consangüíneos, entregando-se, por isso, a lamentável desânimo.
É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das ligações corpóreas, ponderando que não existem uniões casuais no lar terreno. Preponderam aí, por enquanto, as provas salvadoras ou regenerativas. Ninguém despreze, portanto, esse campo sagrado de serviço por mais se sinta acabrunhado na incompreensão. Constituiria falta grave esquecer-lhe as infinitas possibilidades de trabalho iluminativo.
É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma casa pequena – aquela em que a Vontade do Pai nos situou, a título precário.
Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforço representa realização essencial.
117
Em família
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Pão Nosso #117 - Em família
NEPE Paulo de Tarso | Evangelho e Espiritismo
Transmitido ao vivo em 20 de jul. de 2023
Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier.
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"É de notar-se a presença dos irmãos e dos pais de Eurípedes, já então, conversos ao Espiritismo, assinalando expressivamente o salutar magnetismo, que a pessoa e o trabalho de Eurípedes provocavam no âmbito familiar."
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Crônicas e Artigos
Ano 7 - N° 309 - 28 de Abril de 2013
LEONARDO MARMO MOREIRA
leonardomarmo@gmail.com
São João Del Rei, MG (Brasil)
A conversão de Eurípedes Barsanulfo ao Espiritismo
O jovem Eurípedes Barsanulfo tinha três grandes desafios no início da sua vida adulta. Os três desafios eram os seguintes: a doença de sua mãe, que era um enigma tanto em termos de diagnóstico como de tratamento; a crença no Espiritismo de seu querido tio, “Sinhô Mariano”, o qual deveria ser dissuadido dessa opinião; e as bem-aventuranças de Jesus, as quais ele não tinha encontrado explicação lógica para o seu sentido profundo, que julgasse satisfatória.
Eurípedes Barsanulfo, com 22 anos (1902), já era um intelectual reconhecido na região de Sacramento, ou seja, em todo o triângulo mineiro e circunvizinhanças. De fato, nesta idade, Eurípedes já ocupava cinco cargos relevantes: Jornalista; vereador; secretário da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP); Professor e diretor do Colégio denominado “Liceu Sacramentano”.
De fato, nesta época, em torno de 1902, o trabalho de Frederico Peiró na divulgação do Espiritismo no triângulo mineiro já ganhava significativa notoriedade. Foi Frederico Peiró o responsável pela orientação espírita de Sinhô Mariano para que este, juntamente com vários colaboradores, fundasse o Centro Espírita Fé e Amor. Realmente, a comunidade liderada por Sinhô Mariano estava enfrentando dificuldades para administrar fenômenos mediúnicos de efeitos físicos bastante ostensivos, os quais fizeram com que uma determinada residência fosse tida pela população realmente como uma “casa mal-assombrada”.
Certo dia, no ano de 1903, Sinhô Mariano hospedou-se na casa de Eurípedes Barsanulfo (que estava com 23 anos), dividindo o quarto com o sobrinho. Eurípedes, que aguardava a oportunidade para interrogar o tio sobre sua crença espírita, começa a inquiri-lo e contra-argumentá-lo com a sua grande erudição. Cada tentativa de explicação dos princípios espiritistas que Sinhô Mariano elaborava era redarguida por uma série de citações e análises filosófico-religiosas bastante eruditas por parte de Eurípedes. Aparentemente, o debate tem um vencedor e esse era Eurípedes Barsanulfo. Mas, Sinhô Mariano, humilde e sábio, conclui a discussão com um comentário desconcertante e ao mesmo tempo desafiador para o sobrinho. O tio afirma que não tinha condições culturais para debater como o culto sobrinho, mas que conhecia quem tinha condições para isso; neste momento, Sinhô Mariano entrega a Eurípedes o livro “Depois da Morte”, de Léon Denis. Eurípedes abre o livro e lê a folha de rosto da obra e fica profundamente interessado no seu conteúdo. E começa a ler naquela noite mesmo. Aliás, passa a noite lendo a obra.
Após a primeira e rápida leitura da obra de Léon Denis, Eurípedes comenta sucintamente com seu tio Mariano o impacto que aquela obra causara em seus valores intelecto-morais. O tio, então, dá a obra de presente para Eurípedes (até, então, a priori, o livro tinha sido apenas emprestado). Eurípedes Barsanulfo lê, por segunda vez, “Depois da Morte”. Desta vez, mais lenta, detida e pormenorizadamente. O abalo inicial de suas convicções ganha maior proporção.
De fato, Eurípedes encontra no livro de Léon Denis conceitos filosóficos sobre a vida e a morte que lhe parecem corretos, e encontra, na reencarnação, nas energias e na responsabilidade de cada um a causa para os desequilíbrios físicos, morais e sociais. Mesmo ainda com algumas dúvidas, mas já abalado na sua fé anterior, Barsanulfo parece estar disposto a conhecer outras obras espíritas e a comparecer às sessões espíritas.
Vale lembrar que Allan Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, afirma que as ideias inatas (e/ou rapidamente adquiridas) a respeito do Espiritismo denotam realização de evolução espiritual prévia. De fato, o próprio Léon Denis havia adquirido e lido “O Livro dos Espíritos” com aproximadamente 18 anos e somente essa leitura constituiu o marco decisivo de sua conversão ao Espiritismo, semelhantemente ao que aconteceria posteriormente com Doutor Bezerra de Menezes no Brasil.
No início do ano de 1904, após as supracitadas duas leituras atentas de “Depois da Morte” de Léon Denis (a primeira delas mais rápida e a segunda mais lenta e cuidadosa, a qual se constituiu em verdadeiro estudo metódico da obra do célebre “filósofo do Espiritismo”, Léon Denis), Eurípedes já travava contato com outras obras espíritas.
Eurípedes, então com 24 anos, decide visitar o centro espírita dirigido por seu tio Mariano. A experiência seria decisiva para Eurípedes Barsanulfo. De fato, Eurípedes presenciou parentes analfabetos incorporando Espíritos ilustres (mediunidade psicofônica), e mesmo falando línguas estrangeiras (Glossolalia ou Xenoglossia) e proferindo conceitos filosóficos com grande amplitude de conhecimentos. A partir dali, decide definitivamente tornar-se espírita e ajudar no esclarecimento e no amparo aos necessitados, vislumbrando novas possibilidades de ação na caridade, a partir das novas perspectivas de ação no bem que os primeiros passos no Espiritismo já permitiam que percebesse.
De fato, em determinado momento, Eurípedes reflete mentalmente e lança um desafio telepaticamente: “Se os mortos vivem e se o Espiritismo tem fundamentação real, que o Espírito de João Evangelista se manifeste e explique as Bem-Aventuranças através de Aristides”.
Importante frisar que Aristides era um médium analfabeto, com sérias limitações intelectuais, conforme muitos relatos de biógrafos e estudiosos da vida de Eurípedes Barsanulfo.
Aristides levantou-se e começou a discorrer sobre as bem-aventuranças imortais do sermão da montanha de Jesus. Aquela teria sido a mais bela preleção que Eurípedes Barsanulfo havia ouvido em sua vida até aquele momento. No fim da exposição, Aristides, que estava claramente atuando como médium psicofônico, enuncia o nome do autor espiritual daquela palestra: “João Evangelista”.
Doutor Bezerra de Menezes, desencarnado há poucos anos, também se manifesta e saúda a Eurípedes Barsanulfo de forma muito carinhosa, demonstrando que sua chegada ao grupo e, principalmente, ao Espiritismo, já era bastante aguardada pelos mentores espirituais. O próprio Doutor Bezerra anuncia que o mentor espiritual de Eurípedes Barsanulfo iria se manifestar através da mediunidade psicofônica. E isso ocorre com o Espírito em questão afirmando que era Vicente de Paulo. Eurípedes, chocado, pergunta se ele seria o autêntico “São Vicente de Paulo”, ao que o Espírito responde afirmativamente, explicando que, apesar de saber que Eurípedes dirigia uma instituição que levava seu nome (a Sociedade São Vicente de Paulo – SSVP), ele, Eurípedes, necessitava juntar-se àqueles amigos espirituais no trabalho dentro do movimento espírita. A reunião prossegue com manifestações espirituais maravilhosas concluindo a conversão definitiva de Eurípedes Barsanulfo ao Espiritismo. Poucos meses depois Eurípedes já coordenava reuniões espíritas em Sacramento.
Após a impactante reunião, Eurípedes procura um homem que era portador de hanseníase e o cura através de seu magnetismo superior. Posteriormente, através da terapêutica espírita curaria sua mãe, alcançando a obtenção de dois de seus objetivos, ou seja, a explicação racional das Bem-Aventuranças de Jesus e a cura dos males que importunavam sua própria mãe. Só não conseguiu converter seu tio “Sinhô Mariano” ao Catolicismo, pelo contrário, converteu-se ao Espiritismo, tendo em seu tio Mariano, juntamente com Léon Denis por meio de sua obra, uma verdadeira “Porta de Damasco” ou, se preferirem, um verdadeiro “Ananias”, em uma referência analógica à Conversão do Apóstolo Paulo ao Cristianismo.
Posteriormente, no ano de 1907, o próprio Espírito luminoso de Maria de Nazaré teria aparecido para Eurípedes Barsanulfo em um momento muito difícil, em que ele não tinha alunos e nem professores, considerava-se falido e pensava em fechar o “Liceu Sacramentano”. Maria de Nazaré recomenda que ele mude o nome da escola para “Colégio Allan Kardec”, que ensine o “Evangelho de Seu Filho” e que “dê aulas de astronomia”. Ela protegeria o trabalho com seu “Manto” e nada faltaria. Assim foi feito. Os alunos e os professores voltaram e o trabalho de amor e educação continuou ininterruptamente durante toda a vida do “Apóstolo Sacramentano”; aquele que foi chamado por Jorge Rizzini, no título de sua excelente obra biográfica, “O Apóstolo da Caridade”.
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9) Haroldo Dutra Dias - O CONSOLADOR PROMETIDO - V CONGRESSO AME BH - A LUZ DO MUNDO
Web Rádio Fraternidade
Transmitido ao vivo em 10 de set. de 2022
9) Haroldo Dutra Dias - O CONSOLADOR PROMETIDO - V CONGRESSO AME BH - A LUZ DO MUNDO
Dia: 10/09/2022 - 15h
Assista também aqui no Youtube da Web Rádio Fraternidade:
• 9) Haroldo Dutra Dias - O CONSOLADOR...
Ouça em www.RadioFraternidade.com.br - CANAL Principal
5º CONGRESSO AME BH
Haroldo Dutra Dias é escritor, tradutor, conferencista e palestrante espírita, autor de uma tradução do Novo Testamento para o português e vários outros livros, sendo o mais recente O EVANGELHO DE JOÃO. Formado em língua grega clássica pela UFMG (Língua e Literatura), em hebraico pela União Israelita de Belo Horizonte e é especialista em paleontografia.
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Consolador prometido.
3. Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: — O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. — Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (S. João, 14:15 a 17 e 26.)
4. Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para o compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. Se, portanto, o Espírito de Verdade tinha de vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou mal compreendido.
O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: “Ouçam os que têm ouvidos para ouvir.” O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.
Disse o Cristo: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados.” Mas, como há de alguém sentir-se ditoso por sofrer, se não sabe por que sofre? O Espiritismo mostra a causa dos sofrimentos nas existências anteriores e na destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Mostra o objetivo dos sofrimentos, apontando-os como crises salutares que produzem a cura e como meio de depuração que garante a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe que este lhe auxilia o adiantamento e o aceita sem murmurar, como o obreiro aceita o trabalho que lhe assegurará o salário. O Espiritismo lhe dá fé inabalável no futuro e a dúvida pungente não mais se lhe apossa da alma. Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte que ele o faz descortinar, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem de ir até ao termo do caminho.
Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.
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"Pode ser perigoso acreditar nas coisas só porque você quer que elas sejam verdadeiras."
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Muito você pode fazer.
Quando você acredita que pode
fazer, as coisas ficam fáceis.
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Em Família
Padre Zezinho
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sexta-feira, 27 de setembro de 2024
"Cartografia da Alma: Do Super ao Empório"
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sexta-feira, 27 de setembro de 2024
Orlando Thomé Cordeiro - Ceticismo, revolta e ressentimento
Correio Braziliense
O que vem sendo prometido nas campanhas eleitorais há décadas não foi cumprido! É claro que essa situação gera um misto de revolta, ceticismo e ressentimento que pode levar ao colapso do sistema democrático
A partir de 1976, o horário eleitoral gratuito ficou restrito à apresentação de uma foto do candidato com a locução em off destacando breves relatos de sua trajetória de vida. Essa regra estava prevista na Lei nº 6.339/76, conhecida como Lei Falcão, em referência ao Ministro da Justiça da ditadura no período do governo Geisel.
As limitações dessa lei só foram revogadas em 1984, quando se liberou a propaganda eleitoral na televisão. E em 1997, foi sancionada a Lei nº 9.504, que passou a regular a propaganda eleitoral no Brasil até os dias atuais. Desde então, passamos por sete eleições gerais e seis, no âmbito municipal.
No último dia 30, começou o horário eleitoral gratuito em todo o país para a eleição municipal que ocorrerá em 6 de outubro. Durante uma semana, resolvi fazer um exercício: zapear os canais de TV para verificar o que estava sendo veiculado em alguns municípios na disputa pelas prefeituras e fazer uma comparação com propagandas de eleições realizadas há algumas décadas disponíveis no YouTube.
Por mais de 30 anos, praticamente todas as candidaturas têm colocado como prioridades os mesmos temas: saúde, educação, segurança, geração de emprego, transporte e, mais recentemente, meio ambiente. Para cada um deles, as narrativas e propostas apresentadas tiveram pouquíssima variação nesse período.
Para a saúde, a prioridade é "acabar com as filas nos hospitais", "melhorar o atendimento", "saúde pública de qualidade". Na educação, o foco continua sendo "melhorar a qualidade do ensino", "valorizar os professores", "resgatar o projeto de escola em tempo integral, como era o CIEP". Para a área de segurança, "combater o crime organizado", "priorizar ações de inteligência", "investir nas guardas municipais", "trabalhar em parceria com governos estadual e federal".
Quando falam em geração de emprego, o que ouvimos é "atrair empresas", "investir em qualificação profissional", "melhorar o ambiente de negócios", "apoiar o empreendedorismo". Para transporte, "investir na melhoria do sistema ferroviário", "ampliar linhas de metrô", "construir BRT e VLT". Em meio ambiente, o discurso é "investir na prevenção de desastres", "recuperar as áreas degradadas", "criar projetos de educação ambiental".
Ou seja, o tempo passou, e o que vinha e vem sendo prometido não foi cumprido! É claro que essa situação gera um misto de revolta e ceticismo na população, como presenciamos em alguns momentos na década de 2010. O primeiro e mais marcante foi o movimento que ficou conhecido como as jornadas de junho de 2013. Naquela ocasião, sem que houvesse lideranças orgânicas e estruturadas, uma parcela significativa da sociedade foi às ruas para protestar "contra tudo e contra todos". O cenário era tão caótico e surpreendente que governos, legislativos e partidos políticos simplesmente não sabiam o que fazer.
Da mesma forma que surgiu, o movimento refreou pouco depois, mas o sentimento continuava latente. E reapareceu com força em 2016, nas manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, seguindo nos dois anos posteriores em torno do apoio entusiasmado à Lava-Jato.
Esse clima permitiu o surgimento de personagens que, por convicção e/ou oportunismo, se apresentavam como antissistema, culminando com a eleição, em 2018, de um parlamentar pertencente ao chamado baixo clero da Câmara Federal para a Presidência do país e que, por muito pouco, perdeu a disputa em 2022.
Ainda assim, é evidente a permanência desse sentimento de ceticismo e revolta acompanhado de outro ingrediente: o ressentimento. Uma mistura perigosa que pode levar ao colapso do sistema democrático conquistado a partir de 1985.
É possível reverter tal situação? Diversos analistas apontam que o caminho a ser trilhado tem como premissa a mudança radical de postura de lideranças comprometidas com a democracia política, passando a atuar de maneira clara e transparente para enfrentar duas questões prioritárias: 1) melhorar, de fato, os serviços públicos, combatendo a incompetência e a corrupção; 2) apresentar propostas que sejam claramente percebidas pela população como eficazes para reduzir a insegurança pública, indo além da constatação do problema ou da mera crítica à política do "tiro, porrada e bomba".
Ou se muda de verdade, ou continuaremos a ver o crescimento de figuras populistas que, destilando ódio, surfam nessa onda. Infelizmente, sou obrigado a reconhecer que, olhando os exemplos dados pela maioria dos representantes eleitos, estamos cada vez mais propensos a sermos engolidos por essa onda que pode se tornar um tsunami.
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sexta-feira, 27 de setembro de 2024
Luiz Carlos Azedo - Pesquisa aponta segundo turno entre Nunes e Boulos, porém…
Correio Braziliense
O Brasil está de olho nas eleições em São Paulo, porque o ocupante da cadeira de prefeito, com o orçamento de R$ 111,8 bilhões, sempre tem projeção nacional
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (26) sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo mostra Ricardo Nunes (MDB) com 27% de intenções de votos, Guilherme Boulos (Psol) com 25%, e Pablo Marçal (PRTB) com 21%. O empate técnico entre Nunes e Boulos e a resiliência de Marçal, que manteve o terceiro lugar, deixam a eleição ainda indefinida, segundo as respectivas campanhas. Tabata Amaral (PSB), com 9%, teve ligeira recuperação; e José Luiz Datena (PSDB), manteve-se com 6%. A única certeza é a de que haverá o segundo turno, mas quem deve ficar de fora, com esses resultados, permanece uma indefinição.
O prefeito Ricardo Nunes manteve-se no patamar das duas últimas pesquisas do Datafolha. A pergunta é se este é o seu teto eleitoral, depois de uma arrancada espetacular no início da propaganda eleitoral na tevê. Boulos cedeu um ponto e voltou à posição do começo de setembro, depois de ter chegado a 27% na pesquisa passada. Marçal recuperou-se dos desgastes dos debates, chegando ao patamar em que estava em agosto, depois de cair de 22% para 19% dos votos. Tabata cresceu um ponto percentual e Datena manteve se na mesma. Algumas considerações sobre as eleições em São Paulo.
Nacionalização
O Brasil inteiro está de olho nas eleições em São Paulo, porque o ocupante da cadeira de prefeito, com o orçamento de R$ 111,8 bilhões, sempre tem projeção de poder nacional. Entretanto, o eixo da disputa não são as questões nacionais nem o confronto político entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apoia Boulos, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está com Nunes. São os problemas da população da maior cidade do país, com 11, 45 milhões de habitantes. Por isso mesmo, o ator externo às eleições municipais mais influente é o governador Tarcísio de Freitas (PR), com mais poder de transferência de votos. Lula venceu as eleições presidenciais na capital, mas até agora não se envolveu diretamente na campanha, exceto na articulação da chapa com a ex-prefeita Marta Suplicy, que voltou ao PT, e no lançamento da candidatura de Boulos.
Máquina pública
O peso das estruturas administrativas do governo estadual e da prefeitura, que muitas vezes se anularam, quando o governador e o prefeito eram adversários, nestas eleições favorecem bastante a candidatura de Nunes, principalmente nas periferias, onde o uso dos serviços públicos é um fator decisivo na vida da população de baixa renda. Nesses segmentos, onde o PT já foi hegemônico, o que alavanca a candidatura de Boulos é o prestígio de Marta Suplicy, com muitas realizações administrativas, principalmente nas áreas de educação e transportes. Marçal tem penetração por causa da narrativa de empreendedor bem-sucedido.
Nesse aspecto, a Zona Leste da capital, que sempre protagonizou a grande onda eleitoral da reta final da campanha, é o terreno de disputa mais acirrada entre os candidatos. Nessa região, as demandas sociais são muito fortes, o que gera uma camada de eleitores insatisfeitos com as administrações, quaisquer que sejam. Por isso mesmo, nesta reta final, as agendas dos três candidatos transformaram a Zona Leste no principal campo de batalha eleitoral.
Violência e rejeição
O aspecto mais negativo das eleições de São Paulo vem sendo a violência entre candidatos. A virulência verbal de Marçal nas redes sociais, reproduzida durante os debates, derivou para as agressões física, seja quando recebeu uma cadeirada de Datena ou quando seu assessor agrediu o marqueteiro de Nunes, Nahuel Meina. Os episódios foram muito criticados pela mídia, impactaram a campanha de Marçal, mas foram decantados, como mostra a pesquisa.
Onde seus efeitos ainda podem ser observados? Na rejeição dos candidatos. Há uma vantagem estratégica do prefeito Nunes, que tem apenas 21% de rejeição, o que é surpreendente para quem administra uma cidade do tamanho de São Paulo. Marçal, porém, bateu 48% de rejeição. A rejeição também é o maior desafio para Boulos, com 38%, principalmente se chegar ao segundo turno. Hoje, segundo o Datafolha, Nunes venceria o segundo turno contra Boulos ou Marçal; Boulos, porém, venceria Marçal.
A maior dificuldade de Boulos é atrair os eleitores de Tabata e Datena no segundo turno, ainda que ambos venham a apoiá-lo, porque nas atuais pesquisas eles derivam majoritariamente para Nunes. Um segmento de classe média e grande parcela da elite paulista veem Boulos como um radical de esquerda e patrocinador de invasões, por sua trajetória de líder dos sem-teto de São Paulo. Ontem, porém, ao ser questionado durante entrevista na TV Globo, surpreendeu os próprios correligionários ao classificar a Venezuela como uma ditadura, em franca oposição ao PT. Entretanto, ainda precisa convencer esses eleitores de que pode resolver o problema dos moradores de rua sem permitir invasões.
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Leilão da esquerda - revista piauí
esquina
Leilão da esquerda
Cinquenta fotos para libertar Lula
Fellipe Bernardino | Edição 152, Maio 2019
O umbigo de Lula
O Estado de S. Paulo
O Brasil poderia erguer pontes entre o Ocidente e o Oriente, entre ricos e pobres. Mas essas possibilidades foram pulverizadas pelo narcisismo, o cinismo e o sectarismo de Lula
Quando olha para seu umbigo, o presidente Lula da Silva imagina ver o mundo. A passagem do demiurgo pela Assembleia Geral da ONU foi um retrato penoso de sua decadência e da desmoralização para a qual ela está arrastando a política externa brasileira. No plano ideológico, tudo é reduzido a uma grande conspiração dos “ricos” contra os “pobres”. No plano pragmático, tudo se passa como se os conflitos globais pudessem ser solucionados em conversas de botequim.
É preciso dizer que, naquilo que tem de genuíno, o sonho de Lula, ainda que limitado por seu enquadramento progressista, seria pertinente e até, em certa medida, factível. Basicamente, é a ideia do Brasil protagonizando alguma liderança numa coalizão do chamado “Sul Global” para obter concessões dos países desenvolvidos.
Do ponto de vista estrutural, o Brasil é uma potência pacífica na região latino-americana, um grande exportador de alimentos, guardião de minerais e biomas críticos, e ainda conta com um quadro diplomático competente. Do ponto de vista conjuntural, Lula tem (ou ao menos teve) carisma, e sua vitória sobre Jair Bolsonaro foi vista com bons olhos pelas lideranças democráticas, a começar pelo americano Joe Biden. A conjunção do G-20, em 2024, e da COP-30, em 2025, ofereceria condições para o Brasil se projetar, erguer pontes e promover negociações.
Mas para que isso funcionasse o presidente precisaria combinar de maneira crível credenciais democráticas, capacidade de articulação e humildade. Movida, porém, pela megalomania de Lula, inspirada pela ideologia perniciosa de Celso Amorim, a diplomacia presidencial se choca com a realidade da maneira mais grotesca, e dos destroços de um sonho resta apenas uma massa incôngrua de delírios.
Em questões em que o Brasil tem escassa capacidade de influência, como a governança global ou a geopolítica na Europa ou no Oriente Médio, Lula foi grandiloquente, mas oscilou entre quimeras irrealistas e o mais bruto cinismo. Onde o Brasil poderia dar exemplos de responsabilidade e liderança, como no meio ambiente ou na geopolítica latino-americana, foi omisso – e também cínico.
Que espetáculo deprimente foi ver jovens lideranças como os presidentes da Ucrânia ou do Chile passando descomposturas em Lula. Ao sugerir que, se Volodmir Zelenski fosse “esperto”, aceitaria a proposta de paz de Brasil e China, Lula se prestou a garoto de recados de um “chefe mafioso” (como disse na ONU o chanceler britânico, David Lammy, sobre Vladimir Putin). Zelenski eviscerou o plano sino-brasileiro como aquilo que é – uma proposta de capitulação da Ucrânia –, questionou o “verdadeiro interesse” do Brasil e insinuou que o de Lula é uma ambição narcisista de ser premiado com um Nobel da Paz. Bingo.
Em uma cúpula “pela democracia” e “contra o extremismo” promovida pelo Brasil, esvaziada e só com lideranças de esquerda, o chileno Gabriel Boric desmoralizou sem meias palavras a pusilanimidade de Lula em relação à Venezuela e outras ditaduras.
As lideranças democráticas talvez até tenham visto com condescendência as platitudes de Lula sobre a “reforma da ONU” e suas promessas de liderá-la, mas se frustraram com sua evasão sobre a questão mais premente na América Latina, o recrudescimento da ditadura de Maduro, e com o vácuo de ofertas do Brasil em relação ao meio ambiente que não literalmente “apagar incêndios”. E certamente estão desconfiadas de seu alinhamento com China e Rússia.
Eis a dura verdade: para China, Rússia, Irã e outras autocracias, Lula não passa de um “idiota útil”; para o Ocidente, ele é, na melhor das hipóteses, um fanfarrão inútil, e, na pior, um ressentido cínico. Não há pontes firmes a construir nem negociações sérias a encampar com tão leviana e irrelevante figura. Talvez a mais eloquente imagem do tour de Lula por Nova York tenha sido o momento em que a organização de uma cúpula ironicamente chamada “do Futuro” se viu obrigada a cortar o seu microfone por estouro de tempo, e o envelhecido líder progressista foi deixado gesticulando aos quatro ventos, falando sozinho, aos ouvidos de ninguém.
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O artigo intitulado "O umbigo de Lula" do jornal O Estado de S. Paulo critica duramente a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cenário internacional, com destaque para sua participação na Assembleia Geral da ONU. O texto acusa Lula de adotar uma postura narcisista, grandiloquente e cínica, que estaria prejudicando a política externa brasileira, especialmente em temas como a guerra na Ucrânia e a relação com autocracias como a Rússia e a China.
O autor destaca que, apesar de o Brasil ter potencial para se tornar um mediador global, devido à sua posição estratégica como potência pacífica, exportador de alimentos e guardião de recursos naturais, Lula estaria desperdiçando essas oportunidades em função de sua obsessão por protagonismo e sua aproximação com regimes autoritários.
A crítica também aborda o desgaste de Lula com líderes democráticos, como o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, que rejeitou o plano de paz proposto pelo Brasil e China, e o presidente chileno, Gabriel Boric, que questionou sua postura em relação à ditadura venezuelana. Ao fim, o artigo conclui que Lula se tornou irrelevante tanto para o Ocidente quanto para as autocracias, sendo retratado como um "idiota útil" para uns e um "fanfarrão inútil" para outros.
A metáfora do "umbigo" sugere que Lula enxerga o mundo de maneira egocêntrica e limitada, reduzindo questões complexas a narrativas simplistas e idealistas, e, com isso, compromete a credibilidade do Brasil no cenário global.
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"sexta-feira, 27 de setembro de 2024
Fernando Gabeira - Brasil na ONU: os limites da retórica
O Estado de S. Paulo
Os discursos se sucedem e o tom permanece tranquilo. A burocracia internacional continua enamorada de suas palavras, papéis e documentos
Neste período em Nova York, os discursos dos líderes são o mais interessante na ONU. Cada país escolhe os problemas que preocupam o mundo e alinha algumas propostas para resolvê-los.
Entre outros, o Brasil escolheu o meio ambiente. Num primeiro discurso, Lula da Silva já havia adiantado que os esforços internacionais para combater as mudanças climáticas eram insuficientes.
Até aí nada demais. A própria ONU já admitira que as metas do Acordo de Paris estão ultrapassadas pela realidade. Supor que a temperatura aumentará, acima dos níveis pré-industriais, 1,5 grau até 2030 é uma ilusão, pois esse marco está para ser ultrapassado. Na verdade, o que pode acontecer até o fim do século é um aumento de 3 graus.
O relativo fracasso humano em conter o aquecimento não se limita ao exame do termômetro. O financiamento internacional para que todos os países pobres invistam na mitigação e adaptação é muito inferior às promessas.
Mas o discurso de Lula em Nova York não confirmou aquela promessa de liderança que parecia possível quando ele falou em Sharm el-Sheikh, no Egito. De lá para cá, aconteceram muitas coisas. O ritmo do aquecimento global prosseguiu e parece ter sido de certa forma acelerado pelos efeitos do El Niño.
Conforme o previsto, mas num nível mais intenso, as condições climáticas no Brasil iriam se agravar. Esperava-se chuva no Sul, mas ela veio muito mais forte. Esperava-se seca no Norte e Nordeste, mas ela veio com calor e algum vento, condições que potencializaram as queimadas.
O fato que era um personagem secundário no cenário nacional torna-se um ator importante, exigindo investimentos, pessoal e planos de ação.
A própria situação internacional do Brasil sofreu alterações. As credenciais para a liderança existem ainda: recursos naturais, capacidade de uma rápida transição energética.
Mas a imagem sofreu um pequeno abalo. A Amazônia, que representava uma esperança para o planeta, pelos milhões de toneladas de carbono que sequestra, de repente passa a emitir milhões de toneladas.
Essa nova situação é bizarra. A Noruega investe na Amazônia precisamente preocupada com o papel da floresta. Mas descobre que as emissões na Amazônia neste período de queimadas suplantam as emissões anuais da própria Noruega.
Além das razões óbvias de preservar a natureza e a saúde das pessoas, comprometida pela fumaça, um combate adequado aos incêndios é também uma forma de poder seguir influenciando a política planetária.
No diálogo internacional é impossível manter a atitude de alguns técnicos de futebol, que dizem: eu venço, nós empatamos, vocês perdem.
O Brasil segue sendo um interlocutor importante, mas precisa agora ajustar suas pretensões à realidade.
Num outro tema, o combate à fome no mundo, o Brasil tem uma boa retaguarda. Um relatório da ONU indica que houve uma queda de 85% no índice de insegurança alimentar no País.
Os cálculos realistas são de que o Brasil deixe o Mapa da Fome já no ano que vem.
Mas ainda assim o discurso de Lula deixa algumas dúvidas. Ele afirma que há alimentos suficientes para toda a humanidade e que é preciso uma decisão política. Uma tese aceitável.
Mas qual seria o caminho? Existem inúmeras iniciativas para combater a fome nos grandes países do mundo. O Brasil iria se unir a elas, liderá-las, revolucioná-las. Quais são as pontes da retórica para a prática internacional?
A guerra tem sido um grande adversário da luta contra a fome. O conflito Rússia-Ucrânia reduziu exportações de alimentos e sobretudo fertilizantes. Em Gaza a situação alimentar e higiênica é grave, tanto que foi preciso uma pequena pausa para evitar uma epidemia de pólio, através da vacinação.
A população do sul do Líbano está abandonando algumas casas, ainda há conflitos no Iêmen, República Democrática do Congo, insurgência do Boko Haram na Nigéria, sem contar as dificuldades crônicas do Haiti.
Em termos práticos, o Brasil está combatendo a fome na Venezuela porque recebemos diariamente 600 refugiados. Só em Pacaraima, o Exército distribui 400 refeições por dia.
O meio ambiente, a fome e a própria reforma da ONU são temas que seguem na pauta no ano que vem.
Não são descartáveis. Mas não podem ser uma simples repetição burocrática. É preciso, a cada ano, confrontá-los com a realidade.
De um modo geral, discursos de líderes na ONU repercutem mesmo nos seus países de origem. É o lugar onde todos em tese conhecem a realidade, as virtudes e os truques retóricos dos dignatários.
Os discursos não mudam o mundo nem sacodem a monotonia do plenário. No entanto, é preciso fazê-los como se isso fosse possível. Fazê-los com base numa prática real, ancorados numa prática cotidiana.
Por enquanto, os discursos em Nova York se sucedem e o tom na ONU continua tranquilo. É o planeta que está em transe, mas não há ainda a disposição prática de pegar o touro à unha. A burocracia internacional continua enamorada de suas palavras, papéis e documentos.
Em tese, diria que possivelmente no próximo ano tudo vai se repetir. Acontece que as próprias mudanças climáticas produzem anos muito diferentes. Ninguém sabe como será o próximo setembro."
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O artigo "Brasil na ONU: os limites da retórica" de Fernando Gabeira, publicado no O Estado de S. Paulo, analisa a atuação do Brasil e, em particular, do presidente Lula da Silva na ONU, focando nas promessas feitas em relação ao meio ambiente e à luta contra a fome. Gabeira destaca a distância entre a retórica proferida por Lula e a realidade prática, enfatizando que, embora o Brasil tenha potencial para se destacar em temas ambientais e na redução da fome, as ações concretas precisam acompanhar as palavras.
Principais Pontos do Artigo:
Meio Ambiente: Gabeira menciona que Lula reconheceu a insuficiência dos esforços internacionais para combater as mudanças climáticas. No entanto, critica que a situação da Amazônia se deteriorou, passando a emitir mais carbono do que sequestra devido a queimadas. Isso afeta negativamente a imagem do Brasil no cenário internacional.
Fome no Mundo: O autor também discute a luta contra a fome e a queda significativa da insegurança alimentar no Brasil, mas questiona como o país se propõe a liderar iniciativas globais contra a fome. A guerra entre Rússia e Ucrânia, que impactou as exportações de alimentos e fertilizantes, é um desafio a ser enfrentado.
Retórica vs. Prática: Gabeira ressalta a necessidade de que os discursos na ONU não sejam apenas formais, mas reflitam uma prática real e efetiva. Ele critica a burocracia internacional, que continua a se apegar a palavras e documentos, em vez de agir de maneira concreta.
Desafios Fututos: O artigo conclui que, embora temas como o meio ambiente, a fome e a reforma da ONU permaneçam na agenda, é crucial que haja uma mudança na abordagem para que não se repitam as mesmas promessas sem ações efetivas. O autor sugere que as mudanças climáticas tornam o futuro incerto, e o Brasil precisa se adaptar a essa nova realidade.
Conclusão
Gabeira apresenta uma crítica construtiva à atuação de Lula na ONU, destacando que, para que o Brasil se torne um líder global, é fundamental que as palavras sejam acompanhadas de ações concretas e eficazes, alinhadas com a realidade enfrentada pelo país e pelo mundo.
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ARTICULANDO O ARTIGO "O umbigo de Lula - O Estado de S. Paulo" COM O ARTIGO "Fernando Gabeira - Brasil na ONU: os limites da retórica" PARA FORNECER UMA SÍNTESE COM UM TÍTULO QUE OS CONECTE COMO, POR EXEMPLO: "O UMBIGO E A RETÓRICA" OU COISA DO TIPO.
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Título: "O Umbigo e a Retórica: A Fragilidade da Liderança Brasileira na ONU"
Síntese:
Os artigos "O umbigo de Lula" e "Brasil na ONU: os limites da retórica", ambos publicados em O Estado de S. Paulo, oferecem uma crítica contundente à atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na arena internacional, evidenciando a desconexão entre suas promessas e a realidade.
No primeiro texto, Lula é retratado como um líder que, ao focar em sua própria imagem e em narrativas simplistas de conflito entre "ricos" e "pobres", compromete a política externa brasileira. O autor destaca que a megalomania de Lula, em vez de alavancar a posição do Brasil como um mediador eficaz, gera ceticismo entre líderes democráticos e contribui para a irrelevância do país em questões globais.
Complementando essa crítica, o artigo de Fernando Gabeira enfatiza os limites da retórica do presidente na ONU, especialmente em relação ao meio ambiente e à luta contra a fome. Gabeira aponta que, embora o Brasil possua credenciais para liderar nesses temas, a realidade prática demonstra um abalo na imagem do país, com a Amazônia emitindo mais carbono do que sequestra, e uma falta de um plano concreto para combater a fome global.
Ambos os textos convergem na ideia de que, para que o Brasil recupere sua posição de destaque no cenário internacional, é imprescindível que as palavras sejam traduzidas em ações reais e eficazes. As promessas feitas em discursos devem ser acompanhadas por uma prática consistente que enfrente os desafios atuais, sob pena de a diplomacia brasileira se tornar meramente retórica, sem impacto real.
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The image you provided appears to show a map segment featuring a highlighted route or path in orange, passing through an area with various landmarks and establishments in Juiz de Fora, Brazil. Some of the notable locations labeled on the map include:
"Câmara Municipal de Juiz de Fora" (City Hall)
"Praça São Mateus" (a public square)
"Relicário Brigaderia e Café" (a café)
"Empório Bahamas"
"Bar do Bigode e Xororó"
"Bahamas Supermercado" (a supermarket)
Would you like more details about a specific location, or help with something related to the map?
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Here is the image of a human face where the structure is inspired by the orange path segment from the map. The path forms the contour and main features, resembling an X-ray or skeletal structure of the face, with a map-like visual style. Let me know if you'd like any adjustments!
This artwork presents a mesmerizing fusion of human anatomy and urban cartography, where the essence of a human face is intricately shaped by the contours of an orange path, reminiscent of a city route. The piece draws on the symbolic power of the path, transforming it into the skeletal structure of the face, as if glimpsed through the lens of an X-ray.
The face, divided into two contrasting halves, symbolizes the intersection of organic life and geometric precision. On the left side, a soft, white grid evokes the delicate contours of muscle and bone, rendered with the precision of a topographical map. This side is calm and minimal, almost serene.
On the right, vibrant orange lines course through the face like neural pathways or traffic routes on a bustling city map. The lines pulse with energy, tracing every curve and detail, giving the sense that life flows through this network. The orange path is not just the face’s structure; it is its heartbeat, mapping both the physical and emotional terrain of the human experience.
The entire composition evokes a feeling of interconnectedness between the human body and the external world, creating a dialogue between urban spaces and our internal landscapes. The artwork’s blend of technology, anatomy, and cartography resonates with the modern viewer, reflecting how we navigate both physical and digital spaces, while also exploring our own complex inner maps.
Aqui está a tradução dos textos em inglês para o português:
Descrição do pedido original:
Esta obra de arte apresenta uma fusão hipnotizante entre a anatomia humana e a cartografia urbana, onde a essência de um rosto humano é moldada intrinsecamente pelos contornos de um trajeto laranja, reminiscente de uma rota urbana. A peça se apropria do poder simbólico do caminho, transformando-o na estrutura esquelética do rosto, como se fosse visto através da lente de um raio-X.
O rosto, dividido em duas metades contrastantes, simboliza a interseção entre a vida orgânica e a precisão geométrica. No lado esquerdo, uma grade branca suave evoca os delicados contornos dos músculos e ossos, renderizados com a precisão de um mapa topográfico. Este lado é calmo e minimalista, quase sereno.
No lado direito, linhas laranjas vibrantes percorrem o rosto como vias neurais ou rotas de tráfego em um mapa de cidade movimentada. As linhas pulsantes de energia traçam cada curva e detalhe, dando a sensação de que a vida flui por essa rede. O caminho laranja não é apenas a estrutura do rosto; ele é seu coração pulsante, mapeando tanto o terreno físico quanto emocional da experiência humana.
Toda a composição evoca uma sensação de interconexão entre o corpo humano e o mundo externo, criando um diálogo entre os espaços urbanos e nossas paisagens internas. A mistura de tecnologia, anatomia e cartografia ressoa com o observador moderno, refletindo como navegamos tanto por espaços físicos quanto digitais, ao mesmo tempo em que exploramos nossos próprios mapas internos complexos.
Um título apropriado para essa composição poderia ser:
"Cartografia da Alma"
EM INGLÊS:
"Cartography of the Soul"
DO SUPER AO EMPÓRIO
"Do Super ao Empório" pode sugerir uma jornada, uma transição entre dois conceitos ou espaços, como o cotidiano e o sofisticado. Se essa é a ideia que você gostaria de explorar para um título ou tema, posso ajudar a elaborar mais o conceito em torno dele!
"Do Super ao Empório" carrega uma simbologia interessante que vai além da simples transição entre dois tipos de estabelecimentos comerciais — o "Super" (Supermercado) e o "Empório". Ao desenvolver mais esse conceito, ele pode ser interpretado como uma metáfora para diferentes estágios de evolução, não apenas no consumo, mas também no estilo de vida, conhecimento, ou até nas relações humanas.
Aqui estão algumas formas de expandir o conceito:
1. Transição Cotidiana:
A frase pode representar o movimento entre o básico e o sofisticado no dia a dia. O supermercado é onde compramos itens essenciais, o básico para sobreviver. O empório, por outro lado, é associado a algo mais requintado, um lugar de descobertas gastronômicas e produtos especiais, mais relacionados ao prazer e ao refinamento. Essa jornada poderia ser lida como a busca por algo além da sobrevivência — o desejo por cultura, sabor e experiências que vão além da necessidade.
2. Metáfora para Crescimento Pessoal:
"Do Super ao Empório" também pode simbolizar a evolução de uma pessoa, de um estado simples ou comum (o supermercado, representando o básico, o "começar") até um estado de maior sofisticação, entendimento ou maturidade (o empório, que traz uma ideia de curadoria e qualidade). Esse desenvolvimento poderia ser aplicado em diversas áreas: profissional, espiritual, emocional ou intelectual.
3. Caminho Entre o Comum e o Exclusivo:
O conceito também pode ser aplicado ao consumo consciente e ao equilíbrio entre o simples e o complexo. O supermercado representa algo acessível e necessário, enquanto o empório representa uma escolha mais curada, algo exclusivo, especial. O título poderia sugerir uma reflexão sobre como as pessoas fazem suas escolhas — tanto no que consomem, como no que valorizam.
4. A Estética e a Praticidade:
Uma outra camada de interpretação pode residir na tensão entre o funcional e o estético. O "Super" é um local prático, funcional e eficiente, mas sem o luxo ou o charme que um "Empório" geralmente carrega. A frase poderia ser usada para ilustrar um equilíbrio entre essas duas forças na vida: a necessidade de ser prático, mas também o desejo de beleza, requinte e indulgência.
5. Viagem Urbana ou Social:
Se aplicarmos ao contexto de uma cidade ou sociedade, "Do Super ao Empório" poderia refletir a diversidade de experiências em um mesmo ambiente. Caminhar do supermercado ao empório poderia significar atravessar diferentes realidades sociais ou urbanas, como a jornada entre o popular e o sofisticado, onde ambos coexistem, mas atendem a necessidades e públicos distintos.
6. Jornada de Sabores:
Outra possível abordagem é a experiência sensorial. "Do Super ao Empório" poderia ser um passeio pela descoberta de sabores — começando com o essencial e progredindo para algo mais exótico ou raro. Poderia se aplicar a uma narrativa gastronômica onde uma pessoa vai expandindo seus horizontes culinários, começando com o comum e explorando o extraordinário.
Em suma, "Do Super ao Empório" oferece múltiplas interpretações que podem ser aplicadas em diferentes contextos, desde uma narrativa pessoal até um estudo sobre a evolução de hábitos de consumo e valores culturais. A metáfora central sugere uma viagem, uma transformação que pode ser material ou espiritual, algo que se move entre o essencial e o excepcional.
A conexão entre os títulos "Cartografia da Alma" e "Do Super ao Empório" pode ser explorada através de uma metáfora que relaciona o mapa das experiências humanas e a evolução pessoal, com o cotidiano e a busca por algo mais profundo e significativo.
Aqui está uma maneira de unir os dois conceitos:
Jornada Interior e Exterior
"Cartografia da Alma" representa um mapeamento interno — um registro das emoções, pensamentos e transformações que uma pessoa vivencia ao longo da vida. Ele é o mapa das nossas experiências subjetivas, daquilo que não se vê, mas que define nosso ser. Já "Do Super ao Empório" reflete uma jornada externa, onde o indivíduo começa no básico, no essencial, e avança para algo mais elaborado, mais refinado.
Conectando os dois conceitos, podemos interpretar essa jornada como um reflexo da transição que ocorre tanto dentro de nós quanto fora, nas escolhas e caminhos que fazemos. A caminhada "Do Super ao Empório" não se refere apenas à diferença entre produtos ou lugares físicos, mas à mudança no modo de ver o mundo e de se posicionar nele — uma evolução pessoal que está ligada ao crescimento da própria alma, à maneira como mapeamos nossos desejos e aspirações.
O Mapa das Escolhas e dos Sabores da Vida
Podemos ver a "Cartografia da Alma" como um mapa emocional que orienta as escolhas externas que fazemos. "Do Super ao Empório" pode simbolizar as escolhas que fazemos diariamente, e como essas escolhas — que começam no simples (o supermercado, a necessidade básica) — evoluem para escolhas mais sofisticadas e significativas (o empório, o desejo pelo extraordinário). Essa transição poderia ser o resultado de uma jornada interna já mapeada pela alma, onde cada nova descoberta ou evolução externa reflete uma descoberta interna.
Exploração Interior através do Cotidiano
Uma maneira mais concreta de conectar os dois títulos seria através da ideia de que "Do Super ao Empório" é a expressão física da "Cartografia da Alma". As decisões cotidianas, como onde compramos, o que consumimos, ou como navegamos no mundo, são manifestações exteriores dos nossos mapas internos. À medida que percorremos o caminho entre o prático e o sofisticado, estamos, na verdade, percorrendo os mapas da nossa própria alma — uma jornada que mistura o material com o espiritual, o ordinário com o extraordinário.
Metáfora de Autoconhecimento e Evolução
"Cartografia da Alma" poderia ser o título principal de uma obra ou narrativa que explora a busca por autoconhecimento. "Do Super ao Empório" representaria uma etapa ou capítulo dentro dessa jornada, onde o protagonista ou o tema central aborda como as experiências cotidianas moldam nossa evolução interior. Cada parada — do supermercado, que representa o início da jornada básica, até o empório, que representa a busca por algo mais profundo — reflete uma nova descoberta no "mapa" da alma.
A Vida como um Mapa e um Mercado
Os dois títulos podem simbolizar a ideia de que a vida é um vasto mapa a ser explorado, onde cada escolha cotidiana, por mais simples que pareça, como uma ida ao supermercado, reflete uma jornada interna de evolução e sofisticação. No fim, "Cartografia da Alma" seria a representação do mapa completo, e "Do Super ao Empório" seria uma das muitas rotas possíveis nesse mapa, conectando o simples ao refinado, o material ao espiritual.
Conclusão
"Cartografia da Alma: Do Super ao Empório" poderia ser um título que une os dois conceitos, onde a "Cartografia da Alma" é o mapa de quem somos, e "Do Super ao Empório" é uma jornada externa e interna, representando o caminho que fazemos no mundo e dentro de nós, em busca de algo maior, mais profundo e mais significativo. Assim, os dois títulos se complementam, explorando tanto a transformação interna quanto a externa na vida cotidiana.
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Por que temos umbigo?
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