Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 20 de agosto de 2024
"A QUESTÃO JUDAICA"
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Espinosa, Deus e a teoria do conhecimento - Aula com Clóvis de Barros Filho | Casa do Saber
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Édipo e os comunistas [fragmento de “A insustentável leveza do ser”, de Milan Kundera]
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"E ele dizia consigo mesmo que a questão fundamental não era: sabiam ou não sabiam? Mas: alguém é inocente apenas por não saber? um imbecil sentado no trono estaria isento de toda responsabilidade pelo simples fato de ser imbecil?"
Esse trecho faz uma reflexão profunda sobre a responsabilidade moral e ética das pessoas, especialmente aquelas em posições de poder. A questão central levantada é se a ignorância, seja por falta de conhecimento ou por limitações intelectuais, absolve alguém de suas responsabilidades, especialmente em situações de grande impacto, como ocupar um cargo de liderança.
A passagem sugere que não é suficiente considerar apenas se alguém tem conhecimento ou não sobre uma determinada questão (sabem ou não sabem?), mas também questiona se a falta de saber ou a incapacidade de compreender exime a pessoa de responsabilidade (alguém é inocente apenas por não saber?). A metáfora do "imbecil sentado no trono" enfatiza que a incompetência ou ignorância, por si só, não justificam uma isenção de responsabilidade. A pessoa, mesmo sendo imbecil, ao ocupar uma posição de poder, continua tendo responsabilidades pelas decisões e suas consequências.
Portanto, a reflexão aponta para a ideia de que a responsabilidade moral e ética vai além do conhecimento ou da inteligência de um indivíduo. Independentemente dessas condições, quem exerce poder ou influência tem que ser responsabilizado pelos seus atos, pois suas ações (ou omissões) têm impacto sobre os outros.
Você disse:
"Para Karl Marx, Bolívar era um idiota."
O ChatGPT disse:
ChatGPT
Essa frase refere-se a uma crítica que Karl Marx fez a Simón Bolívar, o líder revolucionário sul-americano que desempenhou um papel crucial na libertação de várias colônias espanholas na América do Sul. Marx expressou uma opinião extremamente negativa sobre Bolívar em um artigo escrito em 1858 para a New American Cyclopaedia.
No artigo, Marx descreve Bolívar de maneira pejorativa, criticando sua liderança e caráter. Marx retratou Bolívar como um caudilho incompetente e autoritário, atribuindo a ele características de fraqueza e covardia. Marx chegou a chamá-lo de "o maior dos canalhas", o que reflete o desprezo que ele tinha por Bolívar. Para Marx, Bolívar não era o herói revolucionário que muitos viam, mas sim um personagem reacionário e tirânico.
É importante observar que a visão de Marx sobre Bolívar não é amplamente compartilhada e é considerada por muitos como uma leitura parcial e excessivamente negativa da complexidade do papel histórico de Bolívar. Bolívar é amplamente reverenciado como um dos grandes libertadores da América Latina e, para muitos, sua contribuição para a independência de várias nações sul-americanas o coloca como uma figura histórica de grande importância.
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A frase "Para Karl Marx, Bolívar era um idiota" simplifica e reduz uma crítica mais elaborada de Marx, mas captura o tom severo e desdenhoso que Marx usou para descrever Bolívar.
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A informação sobre Karl Marx expressando um pensamento antissemita em "A Questão Judaica" e a comparação com "Mein Kampf" de Adolf Hitler, conforme mencionada na entrevista de Boris Casoy, deve ser abordada com cautela e precisão histórica.
"A Questão Judaica" (Zur Judenfrage) é um ensaio escrito por Karl Marx em 1843. Nesse texto, Marx responde às ideias do filósofo alemão Bruno Bauer, que argumentava que os judeus só poderiam ser emancipados politicamente se abandonassem sua identidade religiosa. Marx critica Bauer e discute as relações entre emancipação política e religiosa, mas o texto é complexo e contém passagens que podem ser interpretadas como hostis em relação aos judeus. No entanto, é crucial considerar o contexto e o objetivo do ensaio.
Marx, que era de ascendência judaica, utilizou uma linguagem e conceitos que refletem os preconceitos e as ideias do século XIX. Algumas interpretações sugerem que ele perpetuou estereótipos sobre os judeus, enquanto outras argumentam que seu principal foco era uma crítica ao capitalismo e à religião em geral, não ao judaísmo especificamente.
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Boris Casoy fala sobre Silvio Santos: "mente inteligentíssima"
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Rádio BandNews FM
17 de ago. de 2024
"Definir o Silvio Santos é uma tarefa impossível". Boris Casoy prestou sua homenagem a Silvio Santos, que morreu neste sábado (17) aos 93 anos de idade.
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Essa comparação feita por Boris Casoy pode ser uma interpretação pessoal ou uma leitura crítica que não reflete necessariamente o consenso acadêmico. É importante abordar tais afirmações com cuidado, levando em conta o contexto histórico, as intenções dos autores, e as diferentes interpretações ao longo do tempo.
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A escolha de Sofia Capa comum – 5 outubro 2010
Edição Português por William Styron (Autor), Vera Neves Pedroso (Tradutor)
Com três milhões de exemplares vendidos, 47 semanas nas listas de best-sellers do Times e vencedor do National Book Award de 1980, A escolha de Sofia mostra, em sua patética grandeza, com perfeito domínio do tempo na narrativa e um texto denso e envolvente, o drama de uma mulher corroída pela culpa, que nenhuma felicidade consegue desviar do puro e simples aniquilamento, e para quem a única possibilidade de vida é uma ligação alucinante e destrutiva. Para além das cercas eletrificadas e das câmaras de gás, o campo de concentração de Auschwitz continuava a fazer vítimas. A escolha de Sofia com roteiro, produção e direção de Alan J. Pakula, teve versão cinematográfica de grande êxito: eleito melhor filme de 1983 pela Associação de Críticos de Nova York e Los Angeles e ganhador do Globo de Ouro da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, deu à atriz Meryl Streep o segundo Oscar de sua carreira.
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Resenha: A Escolha de Sofia | Na Toca Tem
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William Styron, autor de A Escolha de Sofia (Sophie's Choice), aborda a questão judaica de maneira profundamente humanizada e trágica, explorando as consequências do Holocausto e o impacto devastador do antissemitismo no plano individual e coletivo. A obra narra a história de Sophie Zawistowska, uma sobrevivente polonesa do campo de concentração de Auschwitz, que é assombrada por uma escolha imposta a ela pelos nazistas: decidir qual de seus filhos viveria e qual morreria. O romance mergulha nas profundezas do sofrimento humano, revelando as implicações psicológicas, emocionais e morais do antissemitismo e da violência extrema.
A Questão Judaica em A Escolha de Sofia
Styron apresenta o antissemitismo como uma força desumanizadora que não apenas extermina fisicamente, mas também destrói o espírito humano. O Holocausto é retratado como o ponto culminante de séculos de preconceito e ódio contra os judeus, e a experiência de Sophie simboliza a destruição das vidas e das almas que resultaram desse ódio. O romance mostra como a ideologia nazista, que culminou no genocídio de milhões de judeus, se baseava em uma visão perversa da humanidade, onde a vida humana era reduzida a escolhas monstruosas.
Karl Marx e A Questão Judaica
Karl Marx, em seu ensaio A Questão Judaica (Zur Judenfrage), abordou a questão da emancipação dos judeus no contexto da emancipação política e religiosa na Alemanha do século XIX. Marx critica a religião e, em particular, o que ele via como a influência do judaísmo na sociedade capitalista. Sua análise é muitas vezes lida como uma crítica ao capitalismo em geral, mas contém passagens que refletem estereótipos negativos sobre os judeus, associando-os à avareza e ao comércio.
Embora o ensaio de Marx seja complexo e multifacetado, ele não se concentra no antissemitismo de maneira explícita, mas sim na crítica da religião e na natureza do Estado. Ainda assim, alguns estudiosos apontam que Marx perpetuou certos preconceitos da época, mesmo que de forma indireta, e que seu texto pode ser interpretado como tendo elementos de antissemitismo.
Bóris Casoy e a Interpretação de A Questão Judaica
Boris Casoy, em sua entrevista em 20 de agosto de 2024, parece fazer uma crítica severa à visão de Marx sobre os judeus, sugerindo que A Questão Judaica contém elementos que podem ser comparados ao antissemitismo de Mein Kampf, de Adolf Hitler. Essa interpretação é bastante controversa, pois coloca Marx em uma posição muito próxima de uma ideologia que é responsável por um dos maiores crimes da humanidade, o Holocausto.
Casoy, ao destacar essa visão, parece querer chamar a atenção para o fato de que certos elementos do pensamento de Marx podem ser vistos como problemáticos ou até perigosos, especialmente se interpretados fora de seu contexto histórico. No entanto, essa comparação com Hitler pode ser vista como exagerada, pois ignora as diferenças fundamentais entre as intenções e o contexto dos dois autores.
Correlação e Reflexão
Enquanto Styron em A Escolha de Sofia se concentra na devastação causada pelo antissemitismo, Marx, em A Questão Judaica, está mais interessado em uma crítica ao capitalismo e à religião, ainda que utilizando alguns estereótipos problemáticos sobre os judeus. A interpretação de Casoy sobre Marx levanta uma discussão sobre como lidamos com textos históricos que contêm elementos que hoje consideramos inaceitáveis.
A obra de Styron, ao humanizar o sofrimento dos judeus, contrasta fortemente com a abordagem mais teórica e crítica de Marx. Enquanto Styron nos confronta com a realidade brutal do antissemitismo, Marx oferece uma análise crítica que, embora não isenta de problemas, não se alinha diretamente com o ódio racial extremo que caracteriza o nazismo.
A reflexão sobre essas abordagens revela a importância de contextualizar as ideias históricas e de ser cauteloso ao comparar diferentes formas de pensamento, especialmente quando estas podem ser usadas para justificar ideologias perigosas.
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Spinoza: O brilhantismo do filósofo polidor de lentes
Marcelo Pereira Rodrigues
8 de Novembro de 2020
Baruch de Spinoza (1632-1677) foi a discrição em pessoa. De saúde frágil, falecido aos 44 anos, no pouco tempo em que esteve na Terra fez a diferença. E quanta diferença! Intelectual da mais alta estirpe, pensador nato, pertencia à comunidade judaica ortodoxa de Amsterdão (Países Baixos), cidade onde nasceu, e é certo que a sua liberdade de expressão e de pensamento não foi bem aceite pela ordem religiosa, que o expulsou da sinagoga com a excomunhão humilhante daqueles que detêm o poder e não aceitam refutações. Spinoza declinou trabalhos como professor para se dedicar ao ofício de pensador. Como se a tarefa de filósofo não se adequasse às normas e ordens vigentes, de escolas e universidades.
Mas filosofia apenas não enche a barriga, e enquanto filosofava o nosso personagem polia lentes. Era assim que ganhava a vida. Sabem estes filósofos e intelectuais que escrevem sobre Ética? Alguns mais para parecerem éticos, vivendo muitas das vezes fora da órbita dos seus ensinamentos? Pois vou lhes contar uma história: aposentado por invalidez, Spinoza chegou a se dirigir à seção do governo para pedir a revisão dos seus rendimentos. De forma discreta, sugeriu que o Estado diminuísse o seu benefício, pois não gastava mensalmente aquele montante. Pois bem, está aí um filósofo que pode escrever sobre Ética. Neste eu confio.
Vamos elucidar um pouco as ideias deste pensador? Ele está inserido no período da Filosofia Moderna, sofrendo a forte influência de René Descartes (1596-1650), de quem já tratamos aqui. Observem que já existia um rompimento com o ensinamento oriundo da Patrística e Escolástica da Idade Média. Quando Descartes elenca o “Deus Razão” para guiar a existência do Homem, um dos traços característicos do Antropocentrismo, e quando ele diferencia razão e emoção, pois bem, Spinoza capta bem essa visão e avança nela, também influenciado pelas ideias de Giordano Bruno (1548-1600).
Giordano Bruno
O panteísmo (tudo é Deus) de Bruno é admitido por Spinoza, e é essa conceção que o faz ser expulso da comunidade judaica, uma vez que a sua visão de Deus contrasta em muito com a visão do Deus judaico cristão. Penso que o Deus de Spinoza avança para contrastar o Deus da infantilidade a que muitas pessoas ainda hoje cultuam na nossa atualidade.
O Deus que a maioria de nós conhece: aquele ao qual dirigimos as nossas preces, no entendimento de que ele nos vigia e nos pune quando necessário, por vezes um Deus bonachão que sempre vem ao nosso socorro e que se nos comportarmos bem ganharemos um presente no dia de Natal. Pode parecer típico de crianças desarrazoadas nestas condutas, mas acreditem, acaba sendo a prática de muitos adultos ditos inteligentes.
Pois bem, esse Deus para Spinoza não existe. Deus para ele é a própria Natureza, aquilo que observamos na ordem cósmica e quando observo uma árvore, um rio, um animal no pasto, etc. Somos constituídos da mesma substância e aqui é importante este realce: substância daquilo que somos feitos (somos feitos de quê? E Deus, é feito de quê?). Pois bem, somos feitos da mesma coisa, não há diferenciação entre as nossas substâncias e isso coaduna com a visão de Bruno e expande a ideia panteísta.
Enquanto escrevo este texto, olho para a janela e observo frondosas árvores e a chuva que cai fina. “Marcelo, seja bem-vindo à unidade”. Tudo e todos são uma e a mesma coisa! Brilhante isso. Para aqueles que quiserem aprofundar mais, sugiro estudar a distinção entre a natureza naturans e a natureza naturata. Deixo-lhes como lição de casa, mas podem acreditar, é simples e eficiente a distinção.
Certamente muitos não repararam naquele homem frágil e meio curvado, um mero polidor de lentes, e que bem poderia angariar mais prestígio em vida sendo professor, mas cabe aqui uma distinção: como ele não admitia a intercalação entre os ofícios de filósofo e professor, fechou-se em si mesmo para pensar o seu pensamento, dando livre curso aos seus estudos e não tendo que se adequar às regras do Magistério. Futuramente, Immanuel Kant (1724-1804) abordaria essa dicotomia com o uso privado da razão e o uso público da mesma.
Immanuel Kant
Na sua solidão outorgada, Spinoza vivia em companhia de gatos e preocupado com a liberdade de ir e vir dos bichanos, fez uma abertura na parede de sua casa para não impedir esse movimento. Escrevo sobre liberdade para aventar à ideia proposta por ele, pois como somos fagulhas de Deus e portanto, somos todos Deuses, devemos exercitar essa liberdade de pensar com a nossa própria cabeça, não nos moldarmos a regras impostas por instituições (está aí o motivo justo de ele não querer pertencer a uma instituição) e propor dessa forma a separação entre a Religião e o Estado, pois devemos contextualizar que naquele período havia ainda a ideia do Poder Divino auferido pelos monarcas.
Um filósofo por vezes impenetrável, mas para aqueles que se dedicarem ao estudo, obterão satisfação advinda de uma mente tão lúcida e límpida, um homem de compleição física frágil, mas uma mente privilegiada que demarcou o seu nome na História da Filosofia como um dos marcos expondo as suas teses. E para os ignorantes que o condenaram na sinagoga, apenas devido ao facto de ele não professar um Deus que não era um Deus deles, vale a constatação: enquanto o polidor de lentes figura nos anais da Filosofia, da turba não sei nem os nomes. O anonimato sempre acomete aos medíocres e covardes.
Algumas conceções sobre este Deus libertador de Spinoza: “Deus é o Ente absolutamente infinito”; “Deus não é um Ser”; “Deus é o produtor de si mesmo, mas Deus não é Criador”; “Em Deus, potência é igual ao ato” (lembram-se de Aristóteles?)”; “Deus não possui vontade”; “Deus não é aquele que fica nos apontando e nos julgando”.
A guisa de exposição acerca da intolerância religiosa, transcrevo aqui a Carta de Excomunhão a Spinoza feita pela sinagoga, e depois de lê-la, fico a imaginar se terei eu também uma parcela da maldição concedida a ele, a partir do momento em que exalto a sua filosofia? Ora bolas, por vezes a ignorância é bastante divertida. Cito a Excomunhão:
“Os senhores do Mahamad fazem saber a vossas mercês: como há dias que, tendo notícia das más opiniões de Baruch de Espinosa, procuraram por diferentes caminhos e promessas retirá-lo dos seus maus caminhos; e que, não podendo remediá-lo, antes, pelo contrário, tendo a cada dia maiores notícias das horrendas heresias que praticava e ensinava, e das enormes obras que praticava; tendo disso muitas testemunhas fidedignas que depuseram e testemunharam tudo em presença de dito Espinosa, de que ficou convencido, o qual tendo tudo examinado em presença dos Senhores Hahamín, deliberaram com o seu parecer que dito Espinosa seja excomungado e apartado de toda nação de Israel como atualmente o põe em herém, com o Herém seguinte:
Com a sentença dos Anjos, com dito dos Santos, com o consentimento do Deus Bendito e o consentimento de todo este Kahal Kados, diante dos Santos Sepharin, estes, com seiscentos e treze parceiros que estão escritos neles, nós excomungamos, apartamos, amaldiçoamos e praguejamos a Baruch de Espinosa, como o herém que excomungou Josué a Jericó, com a maldição que maldisse Elias aos moços, e com todas as maldições que estão escritas na Lei.
Maldito seja de dia e maldito seja de noite, maldito seja em seu deitar e maldito seja em seu levantar, maldito ele em seu sair e maldito ele em seu entrar; não queira Adonai perdoar a ele, que então semeie o furor de Adonai e seu zelo neste homem e caia nele todas as maldições escritas no livro desta Lei. E vós, os apegados com Adonai, vosso Deus, sejais atento todos vós hoje. Advertindo que ninguém lhe pode falar oralmente nem por escrito, nem lhe fazer nenhum favor, nem estar com ele debaixo do mesmo teto, nem junto com ele a menos de quatro côvados (três palmos, isto é, 0,66m; cúbito), nem ler papel algum feito ou escrito por ele.“
Marcelo Pereira Rodrigues
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Resumir o texto.
Identificar e explicar as principais ideias.
Fazer uma análise crítica.
Correlacionar com o artigo de Azedo
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terça-feira, 20 de agosto de 2024
Luiz Carlos Azedo - Diga-me com quem andas, que te direi se vou contigo
Correio Braziliense
As relações entre o presidente Lula e Nícolas Maduro, que acaba de forjar sua reeleição para continuar no poder na Venezuela, seriam um prato feito para o Barão de Itararé
O provérbio que intitula a coluna tem inspiração bíblica, mas é de autoria do humorista Fernando Apparício de Brinkerhoff Torelly, autodeclarado Barão de Itararé, uma referência à cidade paulista que foi palco de batalhas em 1893 (Revolta da Armada), 1930 (Revolução de 1930) e 1932 (Revolução Constitucionalista). A segunda diz-se que não houve, mas há controvérsias: tropas de Getúlio Vargas e Washington Luiz teriam se enfrentado de verdade.
Gaúcho do Rio Grande, a 317km de Porto Alegre (RS), Torelly nasceu em 29 de janeiro de 1895. Seu pai, João da Silva, era brasileiro, e sua mãe, Maria Amélia, uruguaia. Não tinha completado dois anos quando a mãe, então com 18, tirou a própria vida. Órfão de mãe, foi adotado pelos jesuítas de São Leopoldo. No Colégio Nossa Senhora da Conceição criou seu primeiro jornal de humor, o Capim Seco, escrito à mão.
Aos 17 anos, se matriculou na Escola de Medicina e Farmácia de Porto Alegre, mas não levou a sério a anatomia e virou jornalista. Trabalhou em jornais e revistas de Porto Alegre e interior. Aos 30 anos, foi bater às portas do jornal O Globo, no Rio de Janeiro, a capital do país. Se ofereceu a Irineu Marinho, seu fundador, para fazer qualquer coisa, de “varredor à diretor da redação”. Sua primeira crônica foi publicada na versão matutina do jornal, em 10 de agosto de 1925.
Com a morte de Irineu Marinho, Torelly migrou para as páginas do jornal A Manhã, de Mário Rodrigues (1885-1930), pai dos jornalistas Mário Filho (1908-1966) e Nelson Rodrigues (1912-1980). Batizada de Amanhã Tem Mais…, a coluna diária fez enorme sucesso. Tanto que resolveu criar seu próprio jornal, o semanário A Manha, que circulou de 1927 até 1959. Morreu no dia 27 de novembro de 1971, aos 76 anos, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, de “arteriosclerose cerebral, seguida de coma diabético”.
As relações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Venezuela, Nícolas Maduro, que acaba de forjar sua reeleição para continuar no poder por mais seis anos, seriam um prato feito para o Barão de Itararé. A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo, porém, sua população vive na miséria. As declarações atrapalhadas de Lula sobre a crise política no vizinho e seu aliado tóxico seriam motivos de piadas. Alimentariam aforismos, provérbios e trocadilhos de Torelly. Diria que o ditador venezuelano não cairá de maduro.
Labirinto
Lula está num labirinto diplomático, como Teseu da mitologia grega diante do Minotauro. Desde que a cúpula petista decidiu reconhecer a vitória de Maduro, a crise da Venezuela transformou a política externa num divisor de águas da política interna, não mais com a extrema direita, porém, entre o governo Lula e o chamado “centro democrático”.
Pode-se imaginar que a questão não tem importância porque o povo está preocupado com as agruras do dia a dia. Ou os políticos com as emendas ao Orçamento da União. Entretanto, para a opinião pública, Lula contemporiza com Maduro. Deixasse o Itamaraty seguir o roteiro da nossa diplomacia tradicional, independente e pragmática, não haveria tanta polêmica. Entretanto, falaram mais alto os laços ideológicos e a solidariedade pessoal quando estava preso.
Na diplomacia, as palavras são escolhidas com cuidado, mais ainda as ambíguas. De improviso, Lula disse três besteiras que o colocaram numa saia justa: que a situação da Venezuela era normal, quando a oposição estava sendo duramente reprimida; que Edmundo Gonzales deveria recorrer à Justiça, caso sua vitória não fosse reconhecida por Maduro; e que deveria haver um acordo para a realização de novas eleições ou formação de um governo de coalizão, o que nem Maduro nem a oposição aceitam.
Uma decisão ambígua de Lula abriu a porta do labirinto: aguardar a divulgação das atas de votação das eleições, o que Maduro se recusa a fazer, porque perdeu a disputa de lavada. O que o parecia ser uma manobra para ganhar tempo e reconhecer a vitória de Maduro, virou tábua de salvação para Lula, porque as atas verdadeiras nunca aparecerão. Isso abre a possibilidade de um rompimento político pessoal, mas não parece ser essa a determinação de Lula.
A questão central é subestimar a centralidade da democracia na definição de regime bolivariano, que Lula já chamou de “democracia relativa” e, agora, diz que é um regime “desagradável”. Grosso modo, desde a chegada ao poder de Hugo Chávez, o governo venezuelano tem um viés bonapartista, por se colocar acima das classes e ser sustentado por militares, embora tenha gozado inicialmente de grande apoio popular.
Com Maduro, a Venezuela derivou para um regime “iliberal”, no qual as eleições presidenciais legitimavam seu autoritarismo; sem isso, agora, se torna uma ditadura aberta, com características fascistas, porque não respeita a vontade das urnas e recorre ao terror de Estado para se manter no poder, com sequestros, prisões e assassinatos. Mais ou menos o mesmo caminho da Nicarágua, que expulsou o embaixador brasileiro e, ontem, proibiu de existir cerca de 1.500 organizações não-governamentais existentes no país.
Tivesse deixado o caso por conta do Itamaraty, haveria uma saída diplomática para o Brasil sem grande desgaste político interno. Agora, para evitá-lo, Lula precisa romper com Maduro. Mas “quem não muda de caminho é trem”, diria o Barão de Itararé."
Resumo do Texto sobre Spinoza
O texto aborda a vida e o pensamento do filósofo Baruch de Spinoza (1632-1677). Spinoza, de saúde frágil, viveu uma vida discreta como polidor de lentes em Amsterdã, recusando-se a seguir uma carreira acadêmica formal. Excomungado pela comunidade judaica por suas ideias heréticas, ele defendeu uma visão panteísta de Deus, identificando-o com a própria Natureza. Spinoza argumentou que Deus não é um ser consciente que julga os humanos, mas uma substância infinita que abrange toda a realidade. O texto também menciona a integridade ética de Spinoza, destacando um episódio em que ele pediu a redução de seu benefício estatal por considerá-lo excessivo. Por fim, o autor critica a intolerância religiosa que Spinoza enfrentou e exalta sua importância na história da filosofia.
Principais Ideias
Discrição e Independência: Spinoza viveu uma vida simples e modesta, recusando a carreira de professor para manter sua independência filosófica.
Panteísmo: A filosofia de Spinoza identifica Deus com a Natureza, em contraste com a visão tradicional de um Deus pessoal que interage com o mundo.
Ética Pessoal: Spinoza é destacado por sua ética pessoal, exemplificada por sua honestidade ao pedir a redução de seu benefício estatal.
Intolerância Religiosa: Spinoza foi excomungado pela comunidade judaica por suas ideias, mas o autor considera que essa intolerância não diminuiu sua contribuição à filosofia.
Análise Crítica
O texto apresenta uma visão bastante favorável de Spinoza, enfatizando sua integridade e originalidade filosófica. A exaltação do filósofo como um "polidor de lentes" que transcendeu sua condição modesta para se tornar um marco na história da filosofia é eficaz para destacar sua importância. No entanto, a crítica à intolerância religiosa, embora válida, poderia ter explorado mais as consequências sociais e filosóficas dessa exclusão na vida de Spinoza. O texto também poderia ter abordado as complexidades e dificuldades de compreender a filosofia de Spinoza, o que tornaria a análise mais equilibrada.
Correlação com o Artigo de Luiz Carlos Azedo
O artigo de Luiz Carlos Azedo aborda a relação entre o presidente Lula e Nicolás Maduro, destacando o dilema diplomático em que Lula se encontra. A correlação com o texto sobre Spinoza pode ser feita a partir da ideia de independência de pensamento e ética. Assim como Spinoza recusou a submissão às normas religiosas para preservar sua liberdade intelectual, Lula enfrenta um desafio de manter sua autonomia política e diplomática em relação ao regime autoritário de Maduro.
Além disso, a crítica à intolerância religiosa sofrida por Spinoza pode ser vista como um paralelo à intolerância política que Lula pode enfrentar tanto no cenário internacional quanto no doméstico, ao se alinhar ou se distanciar de Maduro. Ambos os textos, embora em contextos diferentes, exploram as tensões entre ética e pragmatismo em situações de poder. No caso de Spinoza, essa tensão se manifestou na filosofia e na religião; no caso de Lula, na política externa e nas relações diplomáticas.
O uso de figuras históricas, como Spinoza e o Barão de Itararé, em ambos os textos, serve para ilustrar como indivíduos e nações lidam com os dilemas morais e as complexidades do poder. Enquanto Spinoza escolheu a integridade pessoal acima de compromissos, Lula enfrenta a difícil escolha entre a solidariedade ideológica e as exigências da diplomacia moderna.
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Quadro Recanto Caipira Nº 62 (História da dupla Alvarenga e Ranchinho)
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Sandra Cristina Peripato (Recanto Caipira)
17 de jul. de 2017
Quadro Recanto Caipira Nº 62, apresentado por Sandra Cristina Peripato, no Programa Menino da Porteira, de Fabricio Ceolin na Rádio Jacuí FM de Sobradinho/RS - 16/07/2017
História da dupla Alvarenga e Ranchinho
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"Eu fui no Tororó" - Canção da guerra do Paraguai - 1956.
João Miguel Arantes
14 de mai. de 2022 ITORORÓ
"Eu fui no Tororó" - Canção da guerra do Paraguai.
Você sabia que a cantiga "Fui no Tororó" era uma música de grito de guerra, pelas tropas brasileiras na guerra do Paraguai? Na verdade não é ao tororó e sim a batalha ao Itororó.
"Fui no Tororó, beber água não achei" trazia implícita a mensagem de que a água estava tingida de sangue que ninguém a bebia. E de estupros: "Achei foi a morena" (indígena brasileira) que no Tororó deixei. /Aproveita minha gente/Que uma noite não é nada/Quem não dormir agora/Dormirá de madrugada".
Lançamento: 1956.
Intérprete: Coro Misto.
Nº da matriz: CBO-451/2
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