sábado, 31 de agosto de 2024

NO PARAÍSO

--------------- Sem Pecado e Sem Juízo Baby do Brasil ----------- Dia após dia Começo a encontrar Mais de mil maneiras De amar Aqui nessa cidade O pôr do sol E a paisagem Vem beijar luar Doar felicidade Tudo azul Adão e eva E o paraíso Tudo azul Sem pecado E sem juízo Tudo azul Adão e eva E o paraíso Tudo azul Sem pecado E sem juízo E todo dia livre Dois passarinhos Cantar Pra esse amor Superstar Sempre com Tudo azul Adão e eva E o paraíso Tudo azul Sem pecado E sem juízo E todo dia livre Dois passarinhos Cantar Pra esse amor Superstar Sempre feliz Composição: Baby Consuelo / Pepeu Gomes. _________________________________________________________________________________________________________ ------------- GILBERTO GIL - Vamos Fugir [Clipe Oficial] #ViajandoComOsGil Gilberto Gil Estreou em 7 de jul. de 2023 O single "Vamos Fugir" faz parte da trilha sonora de "Viajando com os Gil", reality original do @PrimeVideoBR que dá continuidade ao "Em casa com os Gil". Depois de acompanhar a preparação da famí­lia, chegou a vez de embarcar para Europa e conferir a turnê Nós A Gente. Letra: Vamos fugir Deste lugar, baby Vamos fugir Tô cansado de esperar Que você me carregue Vamos fugir Proutro lugar, baby Vamos fugir Pronde quer que você vá Que você me carregue Pois diga que irá Irajá, Irajá Pronde eu só veja você Você veja a mim só Marajó, Marajó Qualquer outro lugar comum Outro lugar qualquer Guaporé, Guaporé Qualquer outro lugar ao sol Outro lugar ao sul Céu azul, céu azul Onde haja só meu corpo nu Junto ao seu corpo nu Vamos fugir Proutro lugar, baby Vamos fugir Pronde haja um tobogã Onde a gente escorregue Todo dia de manhã Flores que a gente regue Uma banda de maçã Outra banda de reggae © Gege Edições Musicais Sobre Vamos Fugir: “Uma versão para o reggae ‘Gimme your love’, que eu fiz originariamente em inglês e que assim gravei na Jamaica, sobre uma música do Liminha. E que também já veio com a fôrma pronta na qual eu tive que ir encaixando as palavras. Quando chegamos aqui, achamos que era interessante a canção sair em português, porque afinal era para um disco brasileiro; foi aí que eu fiz a versão dela. Aqui temos de novo um par romântico, um casal fugindo. A construção poética, no plano sonoro, é forjada a partir de uma associação, empregando palavras que contenham o fonema ‘reggae’ [‘carregue’, ‘escorrege’, ‘regue’].” _________________________________________________________________________________________________________ ----------- -------------- Guerra Santa Gilberto Gil ------------
------------ *Reze por seu filho... Hoje é a jornada de oração pelos Filhos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mãe Santíssima, em tuas mãos coloco meus Filhos (♥️Dizer os seus nomes), protegei-os, livrai-os de todo o mal, inveja, pessoas ruins e de todo o perigo. Guie os nossos filhos em suas escolhas. Conceda-Ihes a saúde e guie-os sempre, pelo bom caminho. Em tuas mãos, coloco todas as nossas necessidades, para que as remedies.🙏🏻 Que tu, como nossa Mãe, bem conheces o nosso Amor! Abençoada e eterna, seja a tua pureza, pois só um Deus se recria em tão grandiosa beleza. À ti celestial Princesa, Virgem Sagrada Maria, eu te ofereço neste dia, alma, vida e coração. Olhe, para nós com compaixão, não nos deixe, Mãe e dai-nos a sua santa benção 🙏🏻🙏🏻🙏🏻, que a recebamos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
----------- "É sempres o mesmo, aonde quer que se vá: não são os governantes mais poderosos que têm as populações mais felizes". -----------
---------- O que é o princípio do in dubio pro reo? A expressão latina “in dubio pro reo” significa “na dúvida, a favor do réu” (em tradução livre). Assim, o princípio do “in dubio pro reo” adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro expressa que, havendo dúvida no processo penal, por falta de provas, a interpretação do Juiz deve ser em favor do acusado. -----------
----------- As 11 melhores frases de O Americano Tranquilo, de Graham Greene Luiz Antonio Ribeiro4 de julho de 20170 “Eis a era patente das novas invenções Para matar os corpos e salvar as almas, tudo disseminado com a melhor das intenções.” Lord Byron O Americano Tranquilo, de Graham Greene, conta a história de Thomas, um jornalista inglês enviado para a guerra colonial no Vietnã e sua vida no país devastado entre as guerras locais e a presença de países europeus – como a França colonizadora – ou os Estados Unidos. Uma vez no país, ele passa a ter um relacionamento com Phuong, uma bela e quieta moça local, além de uma grande amizade com Pyle, um americano com envolvimentos políticos estranhos e serviços secretos desconhecidos. Os três, juntos, vivem um triângulo amoroso, repleto de reviravoltas, principalmente após, logo no começo do livro, eles serem avisados que Pyle havia sido encontrado morto. Quem poderá saber o que aconteceu com ele? O Americano Tranquilo é um dos grandes clássicos da literatura inglesa do século XX. O NotaTerapia separou as melhores frases da obra. Confira: Mataram-no porque era inocente demais para viver. Era jovem, ignorante, tolo e se envolveu. Não fazia que uma ideia, tanto quanto qualquer um de vocês, do que se trata a coisa toda, e lhe deram dinheiro. A inocência sempre clama surdamente por proteção quando seria muito mais sábio de nossa parte nos resguardarmos dela: a inocência é como um leproso mudo que perdeu a sineta, bagando pelo mundo sem pretender fazer mal algum. A morte era o único valor absoluto em meu mundo. Perca-se a vida e nada mais haverá para ser perdido, por todo o sempre. Eu invejava pessoas capazes de acreditar em Deus, e desconfiava delas. Sentia que mantinham a coragem graças a uma fábula do imutável e do permanente. A morte era uma certeza muito maior do que Deus e com a morte não haveria mais a possibilidade de amor perecível. O pesadelo de um futuro de tédio e indiferença se ergueria. Jamais poderia ter sido um pacifista. É sempre a mesma coisa, aonde quer que a gente vá – os soberanos mais poderosos nunca governam as populações mais felizes. “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”. Também desviei os olhos; não queríamos ser lembrados de quão pouco contávamos, quão rápido, fácil e anonimamente vinha a morte. Ainda que minha razão aspirasse ao estado de morto, eu tinha medo do ato como uma virgem. Gostaria que a morte viesse com o devido aviso, para que eu pudesse me preparar. Para quê? Não sei, nem como, exceto dando uma olhada em torno para o pouco que estaria deixando. Grande parte da guerra é ficar sentado e não fazer nada, à espera de alguma outra pessoa. Sem garantira do tempo que lhe resta, não parece valer a pena iniciar nem ao menos um curso de pensamentos, que seja. Como custa dinheiro, pensei, à medida que a dor cedia, matar os poucos seres humanos – matar cavalos sai muito mais barato. Eu me conheço e sei da profundidade do meu egoísmo. Não me sinto à vontade com o sofrimento alheio, chegue isso ao meu conhecimento pela visão, audição ou tato. Às vezes, o inocente confunde isso com altruísmo, quando tudo que estou fazendo é sacrificar um bem menor – nesse caso, protelando os cuidados com meus ferimentos – em nome de um bem muito maior, a paz de espírito quando tiver de pensar apenas em mim mesmo. As lembranças felizes são as piores e tentei recordar as infelizes. Eu tinha prática. Já vivera tudo aquilo antes. Sabia ser capaz de fazer o que fosse necessário, mas estava muito mais velho – sentia que me restava pouca energia para reconstruir. “De que adianta? Sempre será inocente, não se pode culpar gente inocente, são sempre os menos culpados. Tudo que se pode fazer é controlá-los ou eliminá-los. A inocência é uma espécie de insanidade.” “Mais cedo ou mais tarde”, disse Heng, e me lembrei da conversa com o capitão Trouin na casa de ópio, “a pessoa tem que escolher um lado. Se quer manter sua humanidade.” Edição: Biblioteca Azul, 2016 Tradução: Cássio de Arantes Leite
----------- Veja o que diz a lei: Código de Processo Penal – Decreto-lei nº 3.689/1974 Título XII Da Sentença Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: (...) VII – não existir prova suficiente para a condenação. ------------- E respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. – (Lucas, 23:43.) ------------- ------------- À primeira vista, parece que Jesus se inclinou para o chamado bom ladrão, através da simpatia particular. Mas, não é assim. O Mestre, nessa lição do Calvário, renovou a definição de paraíso. Noutra passagem, Ele mesmo asseverou que o Reino Divino não surge com aparências exteriores. Inicia-se, desenvolve-se e consolida-se, em resplendores eternos, no imo do coração. Naquela hora de sacrifício culminante, o bom ladrão rendeu-se incondicionalmente a Jesus-Cristo. O leitor do Evangelho não se informa, com respeito aos porfiados trabalhos e às responsabilidades novas que lhe pesariam nos ombros, de modo a cimentar a união com o Salvador, todavia, convence-se de que daquele momento em diante o ex-malfeitor penetrará o céu. O símbolo é formoso e profundo e dá idéia da infinita extensão da Divina Misericórdia. Podemos apresentar-nos com volumosa bagagem de débitos do passado escuro, ante a verdade; mas desde o instante em que nos rendemos aos desígnios do Senhor, aceitando sinceramente o dever da própria regeneração, avançamos para região espiritual diferente, onde todo jugo é suave e todo fardo é leve. Chegado a essa altura, o espírito endividado não permanecerá em falsa atitude beatífica, reconhecendo, acima de tudo, que, com Jesus, o sofrimento é retificação e as cruzes são claridades imortais. Eis o motivo pelo qual o bom ladrão, naquela mesma hora, ingressou nas excelsitudes do paraíso. 81 No paraíso _________________________________________________________________________________________________________ -----------
----------- Eurípedes - O homem e a missão Capa comum – 7 janeiro 2019 Edição Português por Corina Novelino (Autor) “Uma vida marcantemente apostolar, como a de Eurípedes Barsanulfo, merece ser evocada nas suas linhas soberbas, em que o Missionário se impõe de maneira fulgurante. Trazer a lume episódios do dia-a-dia, iluminados pela constante do Bem, da Verdade, da Justiça, da Lógica e da Ordem – eis o dever inadiável e imperioso dos que conheceram de perto a obra missionária de Eurípedes.” Do Prefácio da Autora. _________________________________________________________________________________________________________ ------------ "Como se pode depreender, Eurípedes iniciou muito jovem a sua missão junto aos sofredores e os Sábios Desígnios Divinos amparavam no campo material, indicando-lhes os caminhos do futuro que se lhe delineavam nos horizontes singulares de Servo de Jesus." OS PRIMÓRDIOS pp. 91-92 _________________________________________________________________________________________________________ ------------ ------------- Será lícito abreviar a vida de um doente que sofra sem esperança de cura? 28. Um homem está agonizante, presa de cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é desesperador. Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústias, apressando-se-lhe o fim? Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir o homem até à borda do fosso, para daí o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar ideias diversas das que tinha? Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira. A iência não se terá enganado nunca em suas previsões? Sei bem haver casos que se podem, com razão, considerar desesperadores; mas, se não há nenhuma esperança fundada de um regresso definitivo à vida e à saúde, existe a possibilidade, atestada por inúmeros exemplos, de o doente, no momento mesmo de exalar o último suspiro, reanimar-se e recobrar por alguns instantes as faculdades! Pois bem: essa hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe de grande importância. Desconheceis as reflexões que seu Espírito poderá fazer nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento. O materialista, que apenas vê o corpo e em nenhuma conta tem a alma, é inapto a compreender essas coisas; o espírita, porém, que já sabe o que se passa no além-túmulo, conhece o valor de um último pensamento. Minorai os derradeiros sofrimentos, quanto o puderdes; mas, guardai-vos de abreviar a vida, ainda que de um minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro. S. Luís. Paris, 1860. _________________________________________________________________________________________________________ --------
------------ Quanto mais fé, menos sofrimento. Nada derruba quem tem poderosa fé em Deus e em si mesmo. _________________________________________________________________________________________________________ -----------
------------ CO-FUNDADORES DO OBSERVATÓRIO EVANGÉLICO ---------- “O mercado de trabalho tradicional está cada vez mais difícil, e as pessoas estão buscando alternativas fora dos métodos convencionais”, explica Vinicius do Valle, cientista político, doutor pela USP e co-fundador com Juliano Spyer do Observatório Evangélico. “É muito difícil fazer uma faculdade e, mesmo que faça, isso não quer dizer passe livre para ascensão social. O que mais vemos, mesmo na classe média escolarizada, são jovens pulando de trabalho intermitente em trabalho intermitente. Estão tendo menos filhos porque não têm tempo. Não dá para baixar a energia do mercado de trabalho para ter filho.” É com este público que Pablo fala. ---------- -------------- Juliano Spyer | Provoca | 05/09/2023 Provoca 32.293 visualizações Estreou em 5 de set. de 2023 #Provoca #TVCultura #Cristianismo Nesta terça-feira (5), o #Provoca recebe Juliano Spyer, um renomado antropólogo digital, escritor e educador, autor do livro 'Povo de Deus', finalista do Prêmio Jabuti em 2021. No bate-papo com Marcelo Tas, Spyer explora seus estudos em redes sociais e cristianismo evangélico. Tas provoca o antropólogo ao questionar se o crescimento evangélico supera a importância da internet, à qual Spyer responde que, embora seja um fenômeno massivo, não supera a internet. Spyer também aborda as mudanças no mundo digital, destacando como nos sentimos mais conectados e, paradoxalmente, distantes do que está acontecendo. #TVCultura #JulianoSpyer #Antropologia #Cristianismo ---------- Juliano Spyer Doutor em antropologia pela UCL, Juliano fez pesquisa de campo durante 18 meses em um bairro pobre na periferia de Salvador. Um dos resultados desse estudo é o livro Povo de Deus, quem são os evangélicos e por que eles importam (Geração 2020), finalista do Prêmio Jabuti em 2021. Ele escreve uma coluna semanal na Folha Online sobre cristianismo evangélico. Este Observatório é a maneira como ele leva adiante a tarefa de ampliar o conhecimento da sociedade sobre esse fenômeno. Siga-o no por este site, Twitter e/ou no Instagram. -----------
----------- Edição de Sábado: Com quem Pablo fala? Newsletter 01/09/24 • 7:00 Por Pedro Doria Há um novo brasileiro na rua. Se antes a salvação católica servia de consolo para a dureza da vida, isto mudou. No mundo da Teologia da Prosperidade, ascensão social é mostra de bênção divina. Quem não a conquista é porque não foi abençoado. Quem não a conquista tem raiva. No mundo das redes, nos celulares, a propaganda é constante. E não é como aquela propaganda antiga, distante, das TVs e do rádio. É uma propaganda que se impõe, precisamente individualizada, que atiça aquilo que cada um deseja mais avidamente. Esse novo brasileiro quer prosperar com todas suas forças. Quase sempre, não consegue. E se ressente. É com ele que fala Pablo Marçal. É ele que a esquerda tradicional não consegue mais atingir. “O mercado de trabalho tradicional está cada vez mais difícil, e as pessoas estão buscando alternativas fora dos métodos convencionais”, explica Vinicius do Valle, cientista político, doutor pela USP e co-fundador com Juliano Spyer do Observatório Evangélico. “É muito difícil fazer uma faculdade e, mesmo que faça, isso não quer dizer passe livre para ascensão social. O que mais vemos, mesmo na classe média escolarizada, são jovens pulando de trabalho intermitente em trabalho intermitente. Estão tendo menos filhos porque não têm tempo. Não dá para baixar a energia do mercado de trabalho para ter filho.” É com este público que Pablo fala. Para esse pedaço da sociedade, Pablo Marçal não é um picareta. É um guru. Quase um pastor. Alguém que fala sua língua e, do jeito que fala, incentiva. Estimula, dá a energia para o crescimento nas portas que parecem existir: o aplicativo, ser influenciador, com sorte viralizar. Abrir um negócio de fazer algo em casa para vender nas redes. Aplicar para um curso online de autoajuda. É um mundo onde as bets seduzem. Onde até OnlyFans pode ser um caminho. O importante é crescer e escapar de onde está. Há um brasileiro novo que quer crescer, mas o país lhes vira as costas. Em geral, políticos tradicionais não o compreendem. Nem políticos tradicionais, nem as elites culturais. “Quem está nas universidades, no jornalismo, não entende Pablo Marçal e o vê simplesmente como um picareta”, sugere Vinicius. “Mas ele não é isso. Ele é uma das figuras mais representativas desse mundo da internet e da nova dinâmica do trabalho.” Leia a seguir sua entrevista ao Meio, que também está disponível para assistir em vídeo. Para quem o Pablo está falando? Ele emerge de um mundo que é fruto da precarização do mercado de trabalho e de uma mudança religiosa no Brasil. Quem não está nesse mundo, quem está num ambiente mais tradicional, nas universidades, no jornalismo, não entende Pablo Marçal e o vê simplesmente como um picareta. Mas ele não é isso. Ele é uma das figuras mais representativas desse mundo da internet e da nova dinâmica do trabalho. É como se estivéssemos vendo Henry Ford surgir como candidato nos Estados Unidos no começo do século 20. As pessoas estão desesperadas por saídas. Não é à toa que as bets tomam conta de uma parte considerável da economia brasileira, que tantos tentem se tornar influenciadores, sonham em viralizar no TikTok ou no Instagram. Pablo dialoga com essa nova economia, mais intermitente, mais conectada, onde a formação necessária não vem das grandes universidades. A esquerda, que ainda tem uma perspectiva marxista, enxerga o “empreendedor” como o patrão, o dono dos meios de produção. Mas o que significa ser empreendedor para essa nova classe média ascendente? Marçal usa muito essa palavra e ela obviamente ecoa. Existem muitos níveis de empreendedorismo. Uma coisa é quem tem capital e está realmente abrindo um empreendimento que vai disputar mercado. Mas há um “empreendedorismo” que poderíamos colocar entre aspas, um jeito de as classes populares se virarem nesse mundo. E as classes médias também acabam assumindo esse papel, no sentido de representarem a si mesmas, de pensarem sua carreira como uma empresa, de construírem uma marca pessoal. Nas classes populares, isso é vendido como uma ideologia: você é um empreendedor quando está inscrito em um aplicativo, quando sua remuneração depende exclusivamente de você, quando monta um pequeno negócio, vende um hot dog, um doce, ou cria um Instagram para anunciar algum produto que faz em casa. Estamos falando de precarização do trabalho. Algumas dessas pessoas acabam assumindo esse ethos de empreendedor, se vendo como empresas, estando à frente de um negócio que, às vezes, é apenas o trabalho delas. A pessoa se vê como empresária, mas não consegue crescer. Às vezes, tem raiva por não conseguir. Mas em que isso é diferente da ascensão de uma burguesia como aconteceu nos séculos 18, 19 e 20 em tantos países do mundo? Isso não é, de certa forma, uma revolução burguesa? Pessoas que eram pobres, melhoram um pouco de vida e assumem uma postura de que devem trabalhar e crescer? O fenômeno não é o mesmo? É uma boa pergunta, até porque a precarização do trabalho sempre existiu. Mas acho que há uma diferença: estamos passando por uma transformação religiosa no Brasil. A ideia de prosperidade está no centro da visão evangélica. Antes, se você estava em uma condição de pobreza, o foco, do ponto de vista religioso, era a salvação. As pessoas olhavam para si mesmas sem considerar a prosperidade material. Com a teologia da prosperidade, o quanto você possui é visto como reflexo de quão abençoado é, se está sendo fiel a Jesus. Se não tem prosperidade, algo está errado. Isso gera uma busca intensa pela prosperidade, uma pressa e uma raiva quando não ela chega na velocidade desejada. Há outra diferença. Hoje, as pessoas estão imersas no universo da publicidade, já que estão no celular o tempo todo. Seus desejos estão sendo constantemente atiçados. Antes, a pessoa via uma propaganda ao ligar a TV, e essa propaganda não tinha muito a ver com seus gostos ou estilo de vida. Agora, a propaganda é muito direcionada. Se você gosta de carros, vai aparecer um carro que chama sua atenção; se você gosta de instrumentos musicais, uma guitarra que é o seu sonho. As pessoas são sugadas para esse mundo de consumo e mercadoria, e seus desejos são ativados constantemente. Os jovens, especialmente, não sabem como era antes. Para eles, isso é natural, e seus desejos são constantemente estimulados em todos os aplicativos que usam e em suas interações sociais. Isso traz uma mudança significativa, pois gera um desejo de pressa na ascensão social. As pessoas não têm mais a paciência de entrar em um trabalho e planejar sua carreira ao longo de décadas. Elas querem resultados agora, e é aí que Pablo Marçal entra em cena. Sua primeira afirmação é de que ele não é picareta no universo de onde vem. O motivo pelo qual muitos o veem como vigarista é a percepção de que é muito hábil com as palavras mas vende sonhos que é incapaz de entregar. Para o público dele, no entanto, que papel ele ocupa? Como se fosse um pastor? Está dando força, inspirando as pessoas a se moverem? Em certo sentido, sim. Parte dos que o caracterizam como picareta o fazem por preconceito, porque ele não passou pelas instituições que legitimam o percurso de uma sociabilidade das classes médias altas e elites no Brasil. Ele vem de Goiânia, é evangélico. Fala de um jeito que é o oposto de uma linguagem acadêmica. Veja, não estou dizendo que ele nunca tenha cometido erro, mas existe também preconceito contra ele. O que ele vende não é diferente do que encontramos em livros de autoajuda e vemos na maioria dos influenciadores das redes sociais. Vende sonhos, disciplina, a ideia de que, se você tiver a mentalidade certa, vai prosperar. É um exímio comunicador, mas seu estilo de comunicação é popular. Ele é muito rápido de raciocínio, dobra entrevistadores. E, claro, abusa do fair play que existe nos debates políticos. Ele interrompe os outros, e isso nos soa agressivo. Mas é muito comum na comunicação das classes populares. Não é percebido como problema por quem está dentro desse mundo. Na entrevista que concedeu ao podcast Flow, ele cita clichês os mais banais. Não há ciência, nenhuma base para muitas de suas afirmações. Mas, ao entrevistador, bate como profundo. Como uma fonte de sabedoria. Isso é sinal de uma sociedade partida? Estamos falando duas línguas muito diferentes? Uma parte do Brasil se tornou incapaz de compreender a maneira de se comunicar da outra? Não acho que nos tornamos incapazes de nos comunicar, mas as pontes de entendimento estão ficando mais estreitas. Por isso, os esforços de quem quer viver numa sociedade democrática devem ser direcionados para alargar essas pontes. A entrevista no Flow, de todas as exibições recentes dele, é onde dá para entender melhor o estilo de pensamento do Pablo e o que ele propõe, se é que dá para tirar algo concreto. O Igor (Coelho, âncora do podcast) iniciou com uma postura de considerar Pablo meio esquisito, talvez até desonesto, mas acaba sendo convencido ao longo da entrevista. O Pablo tem essa habilidade de prender a atenção com uma história, em geral tendo ele como personagem, sobre como ele foi habilidoso em determinado negócio. Não responde, mas conta uma história e prende a pessoa. Dá a impressão: “como ele é visionário!” Ele se vale do senso comum. Sabe aquela ideia do ditado popular? É isso. E, com essa linguagem, consegue inspirar pessoas por meio de chavões que refletem sabedoria popular. Ele se coloca como um pastor, como um guru. Defina, no universo do Pablo, o que querem dizer direita e esquerda. Quando ele fala de direita e esquerda, percebemos que sua visão é pouco estruturada. Ele elogia a política da China, o que é contraditório. Se propõe a construir casas populares, plantar milhões de árvores, o que poderia ser considerado uma política de esquerda. O discurso dele não é reacionário, como o do Bolsonaro. O que tem é um traço libertário, embora ao mesmo tempo fale de um Estado presente na vida das pessoas. É uma figura confusa ideologicamente. Exatamente. Ele é anti-esquerda no sentido de ser anti-coletivista, acreditando que o indivíduo, com uma mentalidade empreendedora, deve prosperar. Mas acredita em algum apoio do Estado. Não uma intervenção pesada, mas um suporte para o indivíduo se desenvolver. Ele mistura elementos de cristianismo, teologia da prosperidade e uma disciplina que remete a uma ética empresarial, onde cada pessoa é responsável por sua trajetória rumo à prosperidade. Isso se reflete na forma como ele vê a sociedade? Claro. Marçal acredita que é possível tirar pessoas da Cracolândia e transformá-las em empreendedores, ou tirar pessoas das ruas e fazê-las prosperar por conta própria. Ele quer transformar a sociedade em um conjunto de indivíduos buscando progresso material e ascensão social a partir de uma mentalidade correta. Como você vê a comparação entre ele e Bolsonaro? Ele é menos radical? Em certo sentido, se você for pegar o veio autoritário, sim. Mas ele está propondo uma colonização do Estado pelo mundo empresarial, o que é mais radical do que Bolsonaro. E, ainda assim, ele não se identifica completamente com o anarco-capitalismo de figuras como Javier Milei, pois Marçal está mais ligado ao mundo dos produtos digitais e da educação fora das instituições tradicionais. Ele fala para uma fatia de mercado que vê na internet e nos cursos online um caminho. Você não precisa fazer uma faculdade, faz um curso para cada habilidade que precisar ter para o mercado lhe dar atenção. É como falávamos. É o universo das bets, dos influenciadores, da economia da atenção. Até do OnlyFans. Até OnlyFans? Sim, porque plataformas como OnlyFans oferecem a jovens, especialmente mulheres, uma maneira de se sustentar e alcançar ascensão social, algo que muitos outros caminhos não oferecem mais. O mercado de trabalho tradicional está cada vez mais difícil, e as pessoas estão buscando alternativas fora dos métodos convencionais. Essa geração mais jovem vê os caminhos tradicionais fechados. É muito difícil fazer uma faculdade e, mesmo que faça, não quer dizer passe livre para ascensão social. O que mais vemos, mesmo na classe média escolarizada, são jovens pulando de trabalho intermitente em trabalho intermitente. Estão tendo menos filhos porque não têm tempo. Não dá para baixar a energia do mercado de trabalho para ter filho. Aquele caminho tradicional de vou estudar, entrar numa empresa, seguir carreira? É um universo cada vez mais restrito. Para nós, que estamos dentro destes códigos tradicionais, que pensamos a partir desses códigos, olhamos e achamos que há algo de errado com Marçal. Ele só pode ser um grande picareta, não é? Para quem está fora, não. Para aqueles que não veem mais sentido em buscar ascensão por meios convencionais, ele oferece uma disciplina e um mindset que, para muitos, parecem ser o único caminho para algum tipo de sucesso. Ele dialoga com os sonhos dessas pessoas, oferecendo esperança onde muitos já a perderam. O que acontece se a candidatura dele é cassada? Quando entrevistamos pessoas das classes populares que flertam com esse tipo de política populista, percebemos que o sistema é visto como algo muito forte, que impede as pessoas que poderiam promover mudanças de chegar ao poder. Essa ideia de perseguição é extremamente eficaz para conquistar mais seguidores para esses líderes. É uma estratégia amplamente utilizada em vários contextos, especialmente dentro de igrejas evangélicas. A narrativa é de que “precisamos nos mobilizar para garantir nossa visão e nossa forma de vida”. Bolsonaro o usou esse discurso o tempo todo, e Marçal também o faz. Ele diz: “Os jornalistas vêm cinco, seis contra mim. Eu só apanho.” Mas a mensagem é que o sistema não quer permitir que ele faça a mudança que as pessoas precisam. Não adianta simplesmente tentar retirar os direitos políticos de cada líder populista que surge. O problema é mais profundo. Precisamos estabelecer pontes para dialogar com as pessoas. O ideal seria que essas candidaturas, que representam ameaças democráticas e não apresentam propostas concretas, não tivessem o apelo popular que têm. Não adianta apenas tentar controlar essas lideranças e achar que o problema está resolvido se ainda existe um anseio popular. Isso não significa que qualquer crime possa ser cometido sem punição. Não é isso. Mas é preciso que a punição seja proporcional. Por exemplo, Guilherme Boulos fez um ato com Lula que funcionou como uma campanha antecipada. O TSE aplicou uma multa, o que foi a medida correta. Da mesma forma, Pablo Marçal deve receber uma punição proporcional. Cassar a candidatura de alguém deveria ser uma medida extremamente rara. 🖕”Com quem Pablo fala?”, Meio, 31.08.2024 _________________________________________________________________________________________________________ ----------
------------ O americano tranquilo Capa comum – 1 junho 2016 Edição Português por Graham Greene (Autor) O Americano Tranquilo (1956), lançamento da Biblioteca Azul, que publica, até 2017, nova edição de alguns títulos do autor inglês. Duas vezes adaptado para o cinema, o livro, de 1955, é ambientado na Indochina às voltas com a guerra entre os anos 1946 e 1954. Narrador da história, o cético repórter britânico Thomas Fowler, correspondente de guerra em Saigon, desenvolve uma reflexão moral sobre a inutilidade dos conceitos do bem e do mal em meio a um conflito que viria a se transformar na Guerra do Vietnã. No triângulo amoroso do romance, Fowler enxerga na personalidade de um agente secreto dos Estados Unidos, Alden Pyle, o contraponto perfeito às observações que faz dos bastidores da vida social e política. Pyle, o “americano tranquilo”, é um jovem idealista enviado em uma missão misteriosa à Indochina durante o confronto entre tropas coloniais francesas e guerrilheiros comunistas. Ele se apaixona por Phuong, amante vietnamita de Fowler, cuja mulher mora em Londres. “Talvez estivesse estudando o sexo, assim como estudara o Oriente, na teoria. E a palavra-chave era casamento. Pyle acreditava no envolvimento”, afirma o narrador, Fowler, em um trecho do livro. _________________________________________________________________________________________________________ ---------- --------------- Território de Deus Suellen Lima Logo abaixo de nós, achava-se de pé, sentada ou deitada, toda a população de Phat Diem. Católicos, budistas, pagãos, todos eles tinham reunido o que possuiam de mais valioso - um fogão, um lampião, um espelho, um guarda-roupa, algumas esteiras, um quadro sagrado - e seguido para o recinto da Catedral. Ali, do Norte, o frio era intenso quando caía a noite - e a Catedral já estava repleta: não havia mais abrigo; até mesmo os degraus da escada que conduzia ao campanário estavam ocupados, e era cada vez maior a multidão qe cruzava os portões, carregando seus filhos e objetos domésticos. Acreditavam, qualquer que fosse a sua relligião, que ali estariam a salvo. Enquanto observávamos, um jovem em uniforme vietnamita, carregando um fuzi, abriu caminho em meio da multidão: foi detido por um sacerdote, que lhe tirou o fuzil. - Aqui somos neutros - explicou o padre, a meu lado. - Este é território de Deus. "É uma estranha e pobre população a que Deus tem em seu reino", pensei. "Uma população amedrontada, gelada, faminta." - Não sei como é que vamos alimentar toda essa gente - disse o sacerdote. "Era de supor que um grande Rei se saísse melhor daquela empresa." Mas, logo refleti: "É sempres o mesmo, aonde quer que se vá: não são os governantes mais poderosos que têm as populações mais felizes".

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

É PRECISO CANTAR

"A gente tropeça nas pedras pequenas porque as grandes a gente logo enxerga." ------------- Opinião do dia – Eric Hobsbawm* (Importância da política) -------------
--------------- Biografia mostra como Eric Hobsbawm conquistou grande número de leitores Estilo literário envolvente tornou historiador popular; leia entrevista com Richard Evans, autor do livro Ubiratan Brasil _________________________________________________________________________________________________________ ----------- “Permitam-me dizer, para concluir, porque escolhi, neste capítulo, concentrar-me em Gramsci como teórico político. Não foi só por ele ser um teórico invulgarmente interessante e admirável. Em, decerto, porque ele oferece uma receita para a forma como os partidos e os Estados devem organizar-se. Como Maquiavel, ele é um teórico de como as sociedades deveriam ser fundadas ou transformadas, não de pormenores constitucionais e muito menos das trivialidades de que se ocupam os jornalistas políticos. Foi porque, entre os teóricos marxistas, foi ele quem percebeu com maior clarividência a importância da política como uma dimensão especial da sociedade e porque ele compreendeu que a política envolve mis do que o poder. Isso é de enorme importância prática, e não menos para os socialistas.” Eric Hobsbawm (1917-2012), “Como Mudar o Mundo”, p. 300 – Companhia das Letras, 2011 _________________________________________________________________________________________________________ -------------- Canto Chorado Noite Ilustrada - Tema ------------- O que dá pra rir dá pra chorar Questão só de peso e medida Problema de hora e lugar Mas tudo são coisas da vida O que dá pra rir dá pra chorar O que dá pra rir dá pra chorar No jogo se perde ou se ganha Caminho que leva, que traz Trazendo a alegria tamanha Levando, levou minha paz Tem gente que ri da desgraça Duvido que ria da sua Se alguém se escorrega onde passa Tem riso do povo na rua Alegre é lugar de chegada É triste com gente partindo Tem sempre o adeus da amada O riso chorado mais lindo Eu posso cantar meu lamento Também sei chorar de alegria As velas no mar querem vento No porto é melhor calmaria Só mesmo a palavra sofrência Em dicionário não tem Mistura de dor, paciência Que riso que é canto também Define o Nordeste que canta O canto chorado da vida Reclamam no sul chuva tanta Errou de lugar na caída O que dá pra rir dá pra chorar Composição: Billy Blanco. ----------- Canto Chorado · Noite Ilustrada É Preciso Cantar ℗ R.A.Music Released on: 1989-08-01 Music Publisher: Euterpe Composer, Lyricist: William Blanco de Abrunhosa Trindade _________________________________________________________________________________________________________ ------------
-------------- _________________________________________________________________________________________________________ "Há 60% em um momento e 60% na taxa de variação entre dois momentos. É uma questão de momentum. Se o candidato, em um próximo momento, cair para 0%, a taxa de variação também será de 60%, mas com viés de baixa. Ainda assim, continua sendo 60%. Delfim Netto, ou outro economista, já afirmou que, no campo da estatística, espremendo os números, eles dizem o que o espremedor quiser que digam." _________________________________________________________________________________________________________ ------------- O que se está discutindo parece ser uma análise sobre a volatilidade ou a "questão de momentum" em pesquisas eleitorais e como os números podem ser manipulados para contar uma narrativa específica. Vamos quebrar essa ideia em partes: 1. Taxa de Variação e Momentum 60% em um momento vs. 60% na taxa de variação: Isso indica que a porcentagem mencionada pode se referir tanto ao valor absoluto em um ponto específico no tempo quanto à mudança percentual entre dois momentos. Por exemplo, se um candidato tem 60% das intenções de voto em um momento e, depois, cai para 0%, a taxa de variação pode ser de 60% de queda, mas isso não significa necessariamente que o "60%" inicial permaneça no próximo momento. Questão de Momentum: Na linguagem da física, o momentum é a quantidade de movimento de um objeto, o que pode ser adaptado para política, representando o "impulso" ou a tendência que um candidato tem em sua popularidade. Se um candidato tem um forte momentum (positivamente ou negativamente), isso influencia suas chances futuras, mesmo que os números absolutos possam flutuar. 2. Manipulação de Estatísticas Delfim Netto ou outro economista: Delfim Netto, economista brasileiro conhecido por sua atuação durante a ditadura militar, é famoso por frases irônicas sobre estatísticas, sugerindo que os números podem ser manipulados ou interpretados de maneira a favorecer uma narrativa específica. A ideia é que, dependendo de como os dados são apresentados, é possível direcionar a interpretação pública. "Espremendo os números": Essa metáfora sugere que, ao manipular ou forçar os dados, é possível fazer com que eles "digam" qualquer coisa que o analista queira. Isso levanta a questão da confiabilidade e integridade na interpretação dos dados estatísticos, especialmente em contextos como pesquisas eleitorais, onde a percepção pública pode ser influenciada por como as informações são apresentadas. 3. Aplicação Prática Se um candidato mostra 60% de intenções de voto, mas o contexto esconde que houve uma queda significativa em um curto período (indicando um momentum negativo), a apresentação isolada do número pode ser enganosa. Da mesma forma, a estabilidade em 60% pode mascarar uma falta de crescimento ou uma iminente queda abrupta. No campo da política, entender a taxa de variação e o momentum é crucial para prever o futuro desempenho de um candidato. Uma queda para 0%, como mencionada, com uma taxa de variação constante de 60%, indicaria uma tendência negativa forte, o que pode ser mais importante do que o número absoluto em um dado momento. Resumo Em resumo, está a se falar sobre a importância de analisar não apenas os números absolutos, mas também a dinâmica por trás deles (taxas de variação, momentum) e como esses números podem ser apresentados de forma a influenciar a percepção pública, muitas vezes de maneira manipulativa. Isso reflete a crítica frequente à manipulação estatística, especialmente em contextos políticos. _________________________________________________________________________________________________________ -------------
------------- Pulso O ritmo da opinião pública Quaest confirma ascensão de Marçal (19%), que tem empate com Boulos (22%) e Nunes (19%) em SP Candidato do PRTB tinha 13% das intenções de voto no fim de julho; pesquisa contratada pela Globo mostra Datena (12%), Tabata (8%) e Marina (3%) no segundo pelotão Por Nicolas Iory — São Paulo 28/08/2024 15h07 Atualizado há um dia _________________________________________________________________________________________________________ ------------ Nova pesquisa realizada pela Quaest em São Paulo mostra o empresário Pablo Marçal (PRTB) tecnicamente empatado na liderança com Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), considerando a margem de erro estimada em três pontos percentuais para mais ou menos. O ex-coach tem 19% das intenções de voto, contra 22% do deputado federal, e 19% do candidato à reeleição. O resultado do levantamento, contratado pela TV Globo e realizado entre domingo e terça-feira, corrobora o avanço de Marçal na corrida eleitoral paulistana que havia sido apontado também na semana passada pelo Datafolha. O candidato do PRTB tinha 12% das menções na sondagem anterior da Quaest, realizada no fim de julho, no cenário com todos os candidatos, e 13% em um cenário sem o deputado Kim Kataguiri (União Brasil) e candidatos de partidos nanicos. Já Nunes marcava 20% (21% no cenário sem Kim), enquanto Boulos registrou 19% naquela sondagem. ----------
----------- O apresentador José Luiz Datena (PSDB), que também tinha 19% das menções em julho, agora recuou para 12%. A deputada federal Tabata Amaral (PSB) passou de 5% para 8%, enquanto Marina Helena (Novo) se manteve com 3%. Bebeto Haddad (DC) marcou 2%, enquanto João Pimenta (PCO), Ricardo Senese (UP) e Altino Prazeres (PSTU) não pontuaram. São 7% os eleitores que declaram a intenção de votar em branco ou nulo (contra 9% da pesquisa anterior), e outros 8% se declaram indecisos — o mesmo percentual de julho. Os resultados da nova pesquisa mostram que os ajustes feitos pelas campanhas, em especial a de Nunes, em reação às primeiras indicações de que Marçal estava em ascensão não frearam o avanço do ex-coach junto ao eleitorado mais à direita. Marçal era escolhido há um mês por 27% dos eleitores que dizem ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno de 2022, percentual que agora passou para 39%. Já Nunes, que é oficialmente apoiado pelo ex-mandatário, oscilou de 35% da preferência desse grupo para 33%. O ex-presidente e seus filhos saíram em socorro ao candidato à reeleição nos últimos dias na tentativa de impedir que Marçal se aproprie de parte do eleitorado bolsonarista que Nunes pretende atrair. Em sabatina da GloboNews, o prefeito disse que o eleitor saberá associá-lo a Bolsonaro conforme o ex-chefe do Executivo comece a aparecer em seu programa eleitoral no rádio e na TV. _________________________________________________________________________________________________________ ---------- ------------ Pesquisa Quaest: Boulos, Nunes e Marçal estão tecnicamente empatados | CNN PRIME TIME CNN Brasil 28 de ago. de 2024 #CNNBrasil Uma pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (28) mostra 3 candidatos tecnicamente empatados na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 22% das intenções de voto, Ricardo Nunes (MDB) tem 19% e Pablo Marçal (PRTB) também tem 19%. A pesquisa foi registrada no TSE sob o protocolo SP-08379/2024. A pesquisa ouviu 1200 pessoas entre os dias 25 e 27 de agosto #CNNBrasil ----------- _________________________________________________________________________________________________________ "Quaest confirma a ascensão de Tamata (60%), que está empatada com Marçal (58,33%). A candidata do PSB tinha 5% das intenções de voto no fim de julho; pesquisa contratada pela Globo mostra Boulos (15,78%) no segundo pelotão. Disritmia: versão Martiniana de Pulso." _________________________________________________________________________________________________________ ------------ O texto mistura informações sobre uma pesquisa eleitoral com referências culturais, possivelmente de uma obra ou contexto específico. Vamos separar e interpretar as partes distintas. Pesquisa Eleitoral Tamata (60%) e Marçal (58,33%): A pesquisa sugere que Tamata lidera com 60% das intenções de voto, seguida de Marçal com 58,33%. A proximidade entre os dois candidatos indica uma disputa acirrada. Candidata do PSB: É mencionado que uma candidata do PSB (Partido Socialista Brasileiro) tinha apenas 5% das intenções de voto no final de julho, mas agora parece ter crescido significativamente. Pesquisa contratada pela Globo: Essa pesquisa específica foi contratada pela Globo e mostra que Boulos está com 15,78% das intenções de voto, situando-se no "segundo pelotão", ou seja, ele está entre os candidatos com menor chance de vencer. Referências Culturais "Disritmia, versão Martiniana de Pulso": Isso parece ser uma referência a uma obra ou conceito artístico-cultural. "Disritmia" pode estar relacionado à música, indicando uma irregularidade no ritmo, e "versão Martiniana de Pulso" pode se referir a uma adaptação ou interpretação de um conceito existente ("Pulso") feita por alguém chamado "Martiniana". Interpretação Geral O texto está relatando os resultados de uma pesquisa eleitoral e, em seguida, faz uma referência a uma obra cultural ou artística que usa metáforas ou simbolismos para comentar sobre a situação. Por exemplo, a "disritmia" sugere que a situação política ou eleitoral está desordenada ou caótica, e a "versão Martiniana de Pulso" poderia simbolizar uma nova interpretação ou resposta a esse cenário. _________________________________________________________________________________________________________ ------------ --------------- Disritmia Martinho da Vila ----------- Letra Tradução Significado Eu quero me esconder debaixo dessa sua saia Pra fugir do mundo Pretendo também me embrenhar no emaranhado Desses seus cabelos Preciso transfundir seu sangue Pro meu coração, que é tão vagabundo Me deixa te trazer num dengo pra num cafuné Fazer os meus apelos Me deixa te trazer num dengo pra num cafuné Fazer os meus apelos Eu quero ser exorcizado pela água benta Desse olhar infindo Que bom é ser fotografado, mas pelas retinas Desses olhos lindos Me deixe hipnotizado pra acabar de vez Com essa disritmia Vem logo, vem curar seu nego Que chegou de porre lá da boemia Vem logo, vem curar seu nego Que chegou de porre lá da boemia Eu quero ser exorcizado pela água benta Desse olhar infindo Que bom é ser fotografado, mas pelas retinas Desses olhos lindos Me deixe hipnotizado pra acabar de vez Com essa disritmia Vem logo, vem curar seu nego Que chegou de porre lá da boemia Vem logo, vem curar seu nego Que chegou de porre lá da boemia Vem logo, vem curar seu nego Que chegou de porre lá da boemia Vem logo, vem curar seu nego Que chegou de porre lá da boemia Vem logo, vem curar seu nego Que chegou de porre lá da boemia Vem logo, vem curar seu nego Que chegou de porre lá da boemia Composição: Martinho da Vila. _________________________________________________________________________________________________________ -----------
------------- _________________________________________________________________________________________________________ O artigo de Merval Pereira discute a questão do voto nulo no contexto eleitoral brasileiro. Ele critica a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que considera votos nulos como inexistentes, e argumenta que essa postura desqualifica uma forma legítima de protesto por parte do eleitor. Merval menciona o episódio em que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, inicialmente indicou que anularia seu voto em uma possível disputa entre Guilherme Boulos e Pablo Marçal, mas recuou após críticas de Carlos Bolsonaro. O artigo ressalta que a exclusão dos votos nulos e brancos da contagem final favorece quem lidera a corrida eleitoral, ao reduzir o número de votos necessários para vencer. Merval defende que o voto nulo é uma expressão válida de insatisfação e que ignorá-lo é um desrespeito à democracia. _________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------ quinta-feira, 29 de agosto de 2024 Merval Pereira - O voto inválido O Globo O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), numa jurisprudência do século passado, considera que votos nulos não existem, “é como se nunca tivessem sido dados” O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, voltou atrás na inclinação de anular seu voto no caso de segundo turno na capital paulista entre o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, e o coach Pablo Marçal, do PRTB. Ele anunciara a tendência numa entrevista, e Carlos, filho de Bolsonaro, indignou-se. Foi às redes sociais para afirmar que “não há voto nulo contra a esquerda”. Tarcísio logo retratou-se, dizendo que, embora apoie o atual prefeito, Ricardo Nunes, e tenha dúvidas sobre propostas de Marçal, votará nele no caso de a disputa ser contra Boulos. Sobretudo, a reação de Carlos e o recuo de Tarcísio sugerem que os bolsonaristas de maneira geral estão liberados para votar em Marçal ainda no primeiro turno, o que deverá enfraquecer o apoio a Nunes. Por que o voto nulo não se transforma em instrumento efetivo de protesto do eleitor? Porque a Constituição Federal de 1988 e a Lei das Eleições consideram como votos válidos somente os nominais e de legenda, determinando a exclusão de brancos e nulos para os cargos de prefeito, governador, presidente e vice-presidente. Isso significa que tanto os votos em branco quanto os nulos não são considerados no cálculo final das urnas. São inválidos e descartados na contagem eleitoral. Por esse critério, votar em branco ou anular o voto ajuda quem estiver na frente na corrida eleitoral, pois reduz a quantidade de votos válidos necessários para alcançar a vitória. Com mais razão ainda no caso atual de São Paulo, onde três candidatos estão praticamente empatados. Ou no do Rio de Janeiro, onde o atual prefeito aparece como favorito para vencer no primeiro turno. Quanto mais votos inválidos, de menos votos ele necessitará para confirmar as previsões das pesquisas eleitorais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), numa jurisprudência do século passado, considera que votos nulos não existem, “é como se nunca tivessem sido dados”. Já escrevi que essa interpretação mais parece uma alienação dos especialistas em lei eleitoral que uma decisão com base técnica. Ignorar o recado que as urnas enviaram a nossos políticos, considerando que os votos nulos nunca existiram, é um reflexo na legislação oficial da leniência com que tratamos nossas mazelas político-partidárias. Os votos em branco eram considerados válidos até a Constituição de 1988, quando também entraram na lista dos não votos, que não influem no resultado das eleições. O historiador José Murilo de Carvalho, falecido recentemente, definia assim a questão: — É um desrespeito à democracia desqualificar o voto nulo. A partir das urnas eletrônicas, o voto em branco, embora não válido, tem uma tecla só dele. O nulo exige que o eleitor digite um número que não está registrado e o confirme. É preciso, pois, ter uma informação que não está dada na urna eleitoral para confirmar um voto nulo. Quando se digita um número inexistente, a urna informa que a escolha está errada. Mesmo assim, e com um barulho diferente que revela seu voto, você tem de confirmar o erro para anulá-lo, demonstrando toda a sua intenção. A decisão dos constituintes de excluir nulos e brancos dos votos válidos vai de encontro ao desejo do eleitor, já que, como temos a obrigatoriedade de comparecer às urnas, quem escolhe essa maneira de votar revela sua insatisfação com a situação política, ou pelo menos com os candidatos apresentados. A abstenção pode ter inúmeras razões além do descontentamento do eleitor, mas a decisão de anular o voto, ou de votar em branco, é inequivocamente um protesto. Não validar os votos nulos e em branco é retirar do eleitor o direito de expressar seu pensamento na urna. Especialmente o que anula o voto, pois não há tecla específica para o ato. _________________________________________________________________________________________________________ ----------- -------------- Marcha da Quarta-Feira de Cinzas Carlos Lyra --------------- Letra Tradução Significado Acabou nosso carnaval, ninguém ouve cantar canções Ninguém passa mais brincando feliz E nos corações saudades e cinzas foi o que restou Pelas ruas o que se vê é uma gente que nem se vê Que nem se sorri, se beija e se abraça E sai caminhando, dançando E cantando cantigas de amor E no entanto é preciso cantar Mais que nunca é preciso cantar É preciso cantar e alegrar a cidade A tristeza que a gente tem qualquer dia vai se acabar Todos vão sorrir, voltou a esperança É o povo que dança, contente da vida feliz a cantar Porque são tão tantas coisas azuis Há tão grandes promessas deluz Tanto amor para amar que a gente nem sabe Quem me dera viver pra ver e brincar outros carnavais Com a beleza dos velhos carnavais Que marchas tão lindas Composição: Carlos Lyra / Vinícius de Moraes. ________________________________________________________________________________________________________ ------------ -------------- Jornal da Cultura | 29/08/2024 -------------- Jornalismo TV Cultura Transmissão ao vivo realizada há 3 horas #JornaldaCultura #JC No Jornal da Cultura desta quinta-feira (29), você vai ver: Alexandre de Moraes manda bloquear contas da empresa Starlink, de Elon Musk, no Brasil; Governo Federal tem 15 dias para reforçar combate ao fogo no Amazonas e no Pantanal; indicado a presidência do Banco Central terá que passar por uma sabatina antes de assumir e Europa não reconhece vitória de Nicolás Maduro na Venezuela. _________________________________________________________________________________________________________

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

COMPANHEIROS DE VIAGEM

----------- WW - 28/08/2024 CNN Brasil Transmissão ao vivo realizada há 11 horas #CNNBrasil Assista ao WW desta quarta-feira, 28 de agosto de 2024 #CNNBrasil ----------- IEPfD | Por que a Democracia Brasileira não Morreu- debate com Marcus André Melo IEPfD Transmitido ao vivo em 27 de ago. de 2024 O que as manifestações de julho de 2013 têm de relevância para compreendermos o desencadeamento dos processos políticos que nos trouxeram até os dias de hoje? E o impeachment de Dilma, quais fatos e forças políticas atuaram para a deposição de uma presidente eleita? E a Operação Lava Jato, com a revelação de um poderoso esquema de corrupção, traço secular e resiliente da nossa elite política? E a prisão de Lula? E o pesadelo autoritário de Bolsonaro? Todos esses capítulos recentes da nossa história são o objeto de estudo de Marcus André Melo e Carlos Pereira, que resultou em um livro de leitura obrigatória para quem deseja ter uma visão mais clara, através das lentes da ciência política, bem distintas e distantes do olhar movido pelas emoções do momento, muitas vezes distorcido pela força das paixões ideológicas. Será nessa terça-feira, dia 27 de agosto às 19h00 em nosso canal no YouTube. Teremos como debatedores o cientista político Marco Aurélio Nogueira, Luiz Sérgio Henriques e Elimar Pinheiro do Nascimento. Palestrante – Marcus André Melo, cientista político, colunista da Folha de São Paulo. Foi professor visitante da Universidade de Yale. Debatedores: Marco Aurélio Nogueira, cientista político e colunista do Estadão Luiz Sérgio Henriques – ensaísta, tradutor e colunista do Estadão Elimar Pinheiro do Nascimento – sociólogo. É vice-presidente do IEPfD . Saudações e até lá. João Rego – presidente IEPfD Conhecimento para a Ação Democrática _________________________________________________________________________________________________________ ------------ ---------------- A longa arte de Tom Jobim | Ep. 2: Orfeu da Conceição, Tom e Vinicius revista piauí 28 de ago. de 2024 Segunda videoaula da série que celebra a obra de um dos maiores artistas do país nos trinta anos de sua morte. Neste episódio, Arthur Nestrovski fala sobre a parceria entre Tom Jobim e Vinicius de Moraes, que começou em "Orfeu da Conceição" e mudou o rumo da canção brasileira moderna. Orfeu da Conceição tem como inspiração o mito grego de Orfeu, um jovem tocador de lira que, diante do falecimento da amada Eurídice, decide buscá-la no reino dos mortos. Na versão brasileira, seu enredo teve como cenário os morros cariocas e os atores eram majoritariamente negros. A produção estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro com cenografia de Oscar Niemeyer. Mais uma vez acompanhado pela cantora Paula Morelenbaum, o violonista e compositor Arthur Nestrovski passeia pelo cancioneiro do espetáculo, esmiuçando canções como "Se todos fossem iguais a você", "A felicidade", "Lamento no morro" e "Modinha". São as primeiras colaborações de uma amizade que foi transformadora para a música popular brasileira. A série foi gravada em São Paulo, na Associação Cultural Cachuera, e tem produção da piauí, coprodução da Jobim Music e patrocínio da Natura. A direção é de Renato Terra, responsável por documentários musicais como "Uma noite em 67" e "Narciso em férias", além das séries sobre Nara Leão e Tim Maia. _________________________________________________________________________________________________________

terça-feira, 27 de agosto de 2024

LIMINAR SUBLINHADA

Que outro valor mais alto se alevanta. ----------
----------- Há quatro anos, a canonização de Madre Teresa de Calcutá - Vatican News ------------ ---------- Arvo Pärt- Spiegel im Spiegel Performed by Jürgen Kruse (Piano) and Benjamin Hudson (viola) --------- "O Milagre da Compaixão: Quando a Calma Desarma a Hostilidade" -----------
----------- Bartolomé Esteban Perez MURILLO (1617/1618–1682) Bartolomé Esteban Murillo foi um dos maiores artistas do Barroco espanhol. Nasceu em Sevilha, na Espanha, onde passou a maior parte da sua vida. ----------- "Na serenidade do espírito, a compaixão desarma o mundo." A história de Madre Teresa de Calcutá e o comerciante que escarrou em seu rosto é um relato poderoso que exemplifica o domínio do autocontrole, a compaixão e a aplicação prática da ética em situações desafiadoras. A História Conta-se que Madre Teresa, enquanto caminhava pelas ruas de Calcutá com uma criança faminta em seus braços, entrou em uma loja para pedir comida. Quando pediu algo para a criança, o comerciante, em um ato de desdém, cuspiu em seu rosto. Madre Teresa, sem perder a calma, limpou o rosto e, com serenidade, disse ao comerciante: "Isso foi para mim. Agora, o que você pode dar para essa criança?" O Pedido e a Reação do Comerciante O pedido de Madre Teresa após o gesto agressivo do comerciante foi inesperado e desconcertante. Em vez de reagir com raiva ou indignação, ela manteve o foco na necessidade da criança, separando a ofensa pessoal da urgência da situação. O comerciante, impressionado pela resposta calma e pela dedicação de Madre Teresa, sentiu-se envergonhado e acabou atendendo ao pedido, oferecendo alimento para a criança. Ensinos e Lições Esta história ensina valiosas lições sobre como manter o sangue frio e utilizar a ética da responsabilidade em vez da ética da convicção: Manter o Sangue Frio: Madre Teresa não permitiu que a ofensa pessoal afetasse seu propósito. Ela manteve a calma, demonstrando autocontrole e foco na missão maior — cuidar dos necessitados. Ética da Responsabilidade vs. Ética da Convicção: Ética da Convicção: Essa ética estaria mais relacionada a uma reação imediata e emocional, talvez uma resposta indignada ou a recusa em continuar a conversa com alguém que a desrespeitou. Ética da Responsabilidade: Madre Teresa escolheu agir de acordo com a ética da responsabilidade, que prioriza as consequências das ações. Ela sabia que sua reação poderia influenciar diretamente o bem-estar da criança, então manteve o foco na solução do problema, em vez de se deter na ofensa pessoal. Moral da História: A moral dessa história é que, em momentos de conflito ou provocação, é importante manter a serenidade e focar no que realmente importa — o bem-estar dos outros. Ao agir com compaixão e responsabilidade, mesmo diante da adversidade, é possível transformar situações negativas em oportunidades de fazer o bem. Essa abordagem não apenas resolve problemas imediatos, mas também pode transformar corações e atitudes, como aconteceu com o comerciante. Madre Teresa nos ensina que a verdadeira força está em manter a paz interior e agir com amor, mesmo diante da hostilidade. É um poderoso exemplo de como a ética da responsabilidade pode ser mais eficaz na resolução de problemas reais e imediatos do que a simples adesão a uma reação emocional ou princípios rígidos que não consideram o contexto e as necessidades do momento. _________________________________________________________________________________________________________ ----------- ------------ Igor Gadelha Boulos apaga vídeo com hino nacional em linguagem neutra após polêmica Após críticas nas redes sociais, campanha de Guilherme Boulos apagou vídeo de comício em que hino nacional foi executado em linguagem neutra Igor GadelhaGustavo Zucchi 27/08/2024 13:34, atualizado 27/08/2024 14:05 ------------ Pablo Marçal não foi censurado. A Justiça Eleitoral não decidiu tirá-lo das redes. A decisão é muito clara. Suspendeu os perfis oficiais porque foram turbinados com caixa dois. Mas Pablo pode criar outros perfis. Como, aliás, ele criou. E tem mais coisa nessa bagunça, hein? -----------
---------- terça-feira, 27 de agosto de 2024 Pedro Doria - Não se cala Marçal O Globo Seus seguidores criaram perfis próprios, em nome do candidato, para distribuir seu conteúdo Pablo Marçal nos deu uma aula, neste fim de semana, pela qual deveríamos ser gratos. A Justiça Eleitoral de São Paulo concedeu uma liminar pedindo a suspensão temporária de seus perfis no Instagram, no X, no TikTok, no YouTube, no Discord, além de seu site oficial. O candidato à Prefeitura paulistana entrou, imediatamente, em modo de ação. Criou novos perfis em todas as redes, que já acumulavam milhões de seguidores no domingo. Esses novos perfis estão livres para uso. Não bastasse isso, seus seguidores criaram perfis próprios, em nome do candidato, para distribuir seu conteúdo. Mas esse movimento de Marçal estava autorizado pelas decisões do tribunal. Ele foi denunciado por pagar para que acompanhem suas lives, as entrevistas que faz, os debates de que participa e para que produzam cortes, vídeos curtos, às vezes com truques de edição, outras não, que tenham a capacidade de viralizar. Esses vídeos não precisam ser publicados nos perfis de Marçal. Em geral, nem são. Mas é um concurso: alguns são selecionados para o perfil oficial, e os escolhidos são premiados com um pagamento. Os outros, não. Na avaliação do TRE houve, nessa ação, abuso de poder econômico, e isso a lei não permite. A Justiça decidiu, portanto, que os perfis oficiais não podem ser usados durante a campanha por terem acumulado seguidores ao se beneficiar disso. A decisão parece partir do princípio de que o ganho do candidato foi em seguidores e de que, ao impedi-lo de usar aqueles perfis, o problema foi neutralizado. Mas ele não foi banido, tampouco proibido de se manifestar pelas redes. Foi autorizado a criar novos perfis — e os criou. Todos os que assistiram aos muitos vídeos que Marçal divulgou ao longo do fim de semana tiveram, porém, outra impressão. Acreditam que ele foi censurado. Perseguido pelo sistema. Não bastasse isso, a premissa em que o tribunal se baseou é falha. O que faz um vídeo viralizar não está necessariamente relacionado a ter origem num perfil com muitos seguidores. Em algumas redes, como o TikTok, a relação é até bastante baixa. O ponto é o seguinte: o TRE-SP identificou o que considerou abuso na prática de motivar seguidores a participar de um concurso de cortes com promessa de pagamento. A sanção imposta compensa o desvio? Há muito estudo sobre o que os americanos chamam de deplatforming: tirar a plataforma digital de atores políticos, tirar os perfis de certas redes. Os perfis do ex-presidente Donald Trump no Facebook, no Instagram e no então Twitter foram suspensos em janeiro de 2020, logo após a invasão do Capitólio. Ele ainda estava na Casa Branca, e a decisão partiu das próprias empresas. Trump ficou mais de três anos sem os perfis da Meta, o do X foi devolvido pouco depois de Elon Musk comprar a companhia. Não importa. Ele nem voltou ao X, embora possa voltar quando quiser. Não importa porque todas as redes continuam com uma imensa quantidade de conteúdo trumpista, e ele segue com altíssimas chances de chegar à Casa Branca novamente. Não fez diferença. Será uma eleição difícil para ambos os candidatos, mas não ter perfis oficiais parece ter tido efeito irrelevante na capacidade de Trump se comunicar pelas mídias sociais. Os estudos apontam para resultados que não são óbvios. Sim, tirar das redes os responsáveis por desinformação diminui o problema. Mas tirar políticos com o perfil de Marçal, Jair Bolsonaro ou Trump das grandes redes tem efeitos mais ambíguos. O resultado, em geral, é animar mais seus seguidores. Provocar migração para outros perfis ou atiçar o crescimento de comunidades em ambientes digitais mais difíceis de controlar, onde a desinformação é pior. Há indícios de que aumenta a radicalização do movimento, aglutina mais o grupo. Consolida mais opiniões. Essa é a história que a extrema direita conta no mundo. Já tratamos disso aqui. É uma história de perseguição: “Nós representamos o povo e combatemos uma máquina que impede o país de dar certo”. Uma máquina que opera nas entranhas do Estado, representando interesses obscuros, e bloqueia a ascensão do povo. Bolsonaro conta essa história, Nikolas Ferreira, Trump. Todos. Quando a Justiça tira os perfis do ar, confirma para os eleitores e para os que simpatizam com os candidatos do autoritarismo que essa máquina existe e de fato os persegue. Pode parecer contraintuitivo, mas a decisão do TRE-SP poderá servir de propaganda para Marçal. _________________________________________________________________________________________________________ ---------- ------------- _________________________________________________________________________________________________________ "É... Depois desse vídeo... Está bem claro o que vai acontecer com o criminoso Pablo Marçal. Ou esse cara foge, ou vcs sabem qual será o seu destino." https://x.com/felipeneto/status/1828022736569938147?t=pw6A1PDb3BgORIg3dBxizw&s=08 _________________________________________________________________________________________________________ ----------- ------------ A deputada Tabata Amaral (PSB), candidata à prefeitura de São Paulo, lançou suspeitas sobre o adversário Pablo Marçal (PRTB) e prometeu "desmascarar" o candidato em debate no próximo domingo (1º). Em entrevista ao UOL News, o professor Fernando Neisser, que leciona Direito Eleitoral na FGV-SP, fala sobre a decisão da Justiça Eleitoral que suspendeu contas de redes sociais do candidato Pablo Marçal, que disputa a Prefeitura de São Paulo. ------------ É possível frear o fenômeno Pablo Marçal? Esse é o destaque do Meio-Dia em Brasília desta terça-feira, 27, que trata também do pacote anti-STF no Congresso Nacional e da promessa de Lula sobre a disputa pelo comando da Câmara. Assista: ----------- ---------- Hino é cantado em linguagem neutra em comício de Boulos com Lula Intérprete declamou “filhes”; oposição diz que houve desrespeito aos símbolos nacionais... Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/poder-eleicoes/hino-e-cantado-em-linguagem-neutra-em-comicio-de-boulos-com-lula/) ----------
----------- “Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandre e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta. No célebre poema “Os Lusíadas”, Camões narra a viagem em que Vasco da Gama descobre o caminho marítimo para as Índias. Na terceira estrofe, os versos inflamados “Cesse tudo que a Musa antiga canta/ Que outro valor mais alto se alevanta” referem-se à superioridade dos feitos portugueses sobre todos os outros cantados na Antiguidade, ajudados pela Musa, entidade mitológica que inspirava escritores. Significam que tudo que foi escrito antes deveria ser esquecido porque agora ele iria falar de algo realmente importante. Quantas vezes, no decorrer da vida efervescente, somos atingidos por algum fato inesperado, uma surpresa sem precedentes ou alguma notícia que abala nossa estrutura! Seja o que for que esteja nos ocupando ou preocupando nesse momento, as prioridades mudam, de supetão. Para tudo!!! O preparo da comida, ou do relatório, ou do conserto, ou seja lá o que for – tão urgente e necessário – deixa de ter a menor importância. A prioridade agora é outra! Tudo perde a vez diante do fato novo… De repente, todas as coisas parecem irrelevantes. Deixamos de comer, podemos não concluir um trabalho sem a menor culpa, pois temos algo muito mais importante para cuidar. O resto é … o resto! Entretanto uma recomendação extremamente prioritária nos foi dada há muito mais tempo: “ Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.” (Mateus 6:33) “Cesse tudo o que a Musa antiga canta/ Que outro valor mais alto se alevanta.” Qual é esse valor mais alto? – O reino de Deus e a sua justiça. E o que essa Musa antiga anda cantarolando em nossos ouvidos? Ansiedade, pressa, materialismo, consumismo, vantagens, status, projeção social? Ah, de se buscássemos a prioridade… Qual é a prioridade mesmo??? ------------ ------------ As Armas E Os Barões Assinalados · José Cid · António Pinto Basto Camões, As Descobertas... E Nós ℗ 1992 Universal Music Portugal, S.A. Released on: 1992-01-01 Associated Performer, Vocals, Studio Personnel, Mixer, Producer: José Cid Associated Performer, Drums: Francisco Cardoso Associated Performer, Guitar: Francisco Martins Associated Performer, Guitar: Joao Veiga Associated Performer, Guitar: Pedro Caldeira Cabral Associated Performer, Guitar: José Luís Nobre Costa Author: Luís Vaz De Camões Composer: José Cid _________________________________________________________________________________________________________ Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.31 de jul. de 2024 ------------ Art 300 do CPC [+ Jurisprudência Atualizada] Novo CPC
Contudo, indefiro, neste momento dos seguintes pedidos: Por fim, destaco que não se está, nesta decisão, a se tolher a criação de perfis para propaganda eleitoral do candidato requerido, mas apenas suspender aqueles que buscaram a monetização dos "cortes" por meio de terceiros interessados. Em suma, neste juízo de cognição sumária, vislumbro, por ora, a presença do requisito previsto no art. 300 do CPC, referente à probabilidade do direito de ampla disseminação de conteúdos em redes sociais com a ‘#prefeitomarçal’ por meio de remuneração paga por fonte vedada em período de propaganda antecipada efetuada por meio de um aplicativo/sistema de corte de conteúdos favoráveis ao candidato Pablo Marçal. Nesse sentido, para coibir flagrante desequilíbrio na disputa eleitoral e estancar dano decorrente da perpetuação do "campeonato", defiro o pedido liminar, sob pena de imposição de multa diária no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), para : a) que seja determinada a suspensão temporária dos perfis oficiais até então utilizados pelo requerido Pablo nas redes sociais ‘instagram’, ‘youtube’, ‘tiktok’, ‘site’ e ‘x’ (antigo twitter) até o final das eleições: 1) Instagram - @pablomarcal1 2) YOUTUBE - https://www.youtube.com/@pablomarcall 3) TIKTOK - https://www.tiktok.com/@pablomarcal1 4) SITE: https://pablomarcal.com.br/ 5) X: @pablomarcal - https://x.com/pablomarcal?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor b) que seja proibido que o candidato Pablo Henrique Costa Marçal, pessoalmente ou por interpostas pessoas (tanto pessoas naturais, quanto pessoas jurídicas) remunere os "cortadores" de seus conteúdos com a vinculação de Pablo Marçal à candidatura a Prefeito de São Paulo até o final das eleições; c) que seja suspensa de imediato as atividades ligadas ao candidato na plataforma ‘Discord’ (a comunidade que o candidato mantém naquela plataforma) a fim de impedir que haja a remuneração a pessoas que divulgam conteúdo do candidato até o final das eleições, devendo ser intimado o requerido Pablo Marçal para cumprir essa obrigação de não fazer. Após, conclusos. Informo que esta decisão valerá como ofício aos candidatos requeridos, bem como às redes sociais ‘instagram’, ‘youtube’, ‘tiktok’, ‘site’ e ‘x’ (antigo twitter). Os requeridos poderão ter acesso aos documentos que instruíram a inicial por meio de consulta ao Processo Judicial Eletrônico (PJE). São Paulo, 23 de agosto de 2024. https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/08/2024_AIJE_LIMINAR_MAR%C3%87AL_0601153-47.2024.6.26.0001.pdf _________________________________________________________________________________________________________ Cármen Lúcia destrava ação que pode derrubar candidatura de Marçal Processo é movido por Aldineia Fidelix, viúva de Levy Fidelix, que alega que o atual presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, desrespeitou um acordo feito em fevereiro Início Política O registro de candidatura de Marçal já foi alvo de três impugnações na Justiça Eleitoral desde o início do mês - (crédito: Reprodução/Redes Sociais)x O registro de candidatura de Marçal já foi alvo de três impugnações na Justiça Eleitoral desde o início do mês - (crédito: Reprodução/Redes Sociais) A presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TSE), ministra Cármen Lúcia, destravou uma ação que pode derrubar a candidatura de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo. O processo, movido por Aldineia Fidelix, viúva de Levy Fidelix, morto em 2021, alega que o atual presidente do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Leonardo Avalanche, desrespeitou um acordo feito em fevereiro deste ano para pacificar o partido. Leia também: Como fragilidade de Dilma e Bolsonaro abriu caminho para crise das emendas bilionárias O acordo concedia a concessão da vice-presidência nacional da agremiação, seis cargos na comissão executiva nacional e outros no diretório nacional, além da garantia do comando político de cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Roraima e Rio Grande do Norte. As informações são do jornal O Globo. Na época, o PRTB passava por uma guerra interna, incluindo trocas de acusações e disputa de poder. Foi quando o então presidente do TSE, Alexandre de Moraes, designou uma pessoa para convocar uma nova eleição com o objetivo de definir o presidente, diretório nacional, comissão executiva e delegados do partido. O indicado para liderar o processo foi o ex-secretário-geral do TSE, Luciano Fuck. Leia também: Itamaraty desencoraja viagens para Líbano e Israel e pede "contenção de tensões" Aldineia alega que, no acordo, ficou definido que ela iria comandar o diretório do partido em São Paulo, o que não ocorreu. Por isso, ela pede a anulação dos atos de Leonardo Avalanche que desrespeitaram o acordo, o que afetaria a candidatura de Marçal, que foi chancelada por uma comissão alinhada a Avalanche. Com isso, o TSE dá prazo de três dias para que o presidente do PRTB se manifeste sobre o recurso da viúva de Levy Fidelix. Leia também: Lula e Marina fazem reunião de emergência no Ibama para discutir queimadas O registro de candidatura de Marçal já foi alvo de três impugnações na Justiça Eleitoral desde o início do mês. As ações alegam que o coach não respeitou o estatuto do partido, que exige seis meses de filiação antes de confirmar um candidato em convenção partidária. No caso dele, foi filiado ao PTRB em 5 de abril e foi confirmado como candidato em 4 de agosto, ou seja, apenas quatro meses depois. Saiba Mais Política Lula diz que privatização da Eletrobras foi 'crime lesa-pátria' Política Defesa de Tagliaferro pede que Moraes seja afastado de inquérito Política Governo amplia vale gás e lança o "Gás para Todos" Política Tabata desafia Marçal: "Sei que você está com medo de ser preso" Política Lula recebe atletas olímpicos no Planalto; veja lista de homenageados Política Lula elogia atletas e diz que sonha com Brasil como potência olímpica Tags eleições Pablo Marçal São Paulo _________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ Malu Gaspar Análises e informações exclusivas sobre política e economia Cármen Lúcia destrava ação que pode derrubar candidatura de Pablo Marçal no TSE Ministra do TSE pede manifestação do presidente do PRTB e do Ministério Público Eleitoral sobre caso que expõe guerra interna do partido Por Rafael Moraes Moura — Brasília 26/08/2024 14h03 Atualizado há 21 horas
------------- O candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal — Foto: Maria Isabel Oliveira/O Globo ------------- A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, destravou uma ação que pode provocar um “efeito dominó” no PRTB e implodir a candidatura de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo. O caso estava parado havia 20 dias no gabinete da ministra. Bastidores: Os episódios que fizeram os Bolsonaro partir para cima de Pablo Marçal Leia também: Pablo Marçal tem recorde de doações de pessoas físicas entre candidatos nas capitais A ação, assinada por três ex-ministros do TSE – Sérgio Banhos, Carlos Eduardo Caputo Bastos e Carlos Horbach – é movida pela administradora de empresas Aldineia Fidelix, viúva de Levy Fidelix. O ex-marido dela, morto em 2021, disputou duas vezes a presidência da República e se notabilizou pela defesa do aerotrem e por declarações de cunho homofóbico. Na ação, Aldineia alega que o atual presidente nacional do PRTB, Leonardo

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

TALVEZ

"Para encurtar a fábula, Malina, ainda por cima militar multicondecorado por feitos na 2.ª Guerra, estendeu a Fidel a parte da mão que lhe restava. Não era menos bravo do que o outro, “apenas” tinha visão diferente da política e dos seus procedimentos, segundo o relato de Carlos Marchi no primeiro volume sobre os cem anos do Partidão (Longa Jornada Até a Democracia, Brasília, 2022)." ------------ Vitória ganha ou ilusão perdida? --------- ----------- Jogo Sem Vitória Milionário e José Rico ________________________________________________________________________________________________________ -------------- "Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o sabiá." ----------- -------------- _________________________________________________________________________________________________________ 1 – A expressão é mesmo esta: «tomar a nuvem por Juno». 2 – O significado pode ser iludir-se; supor que algo é melhor do que realmente é; tomar os desejos por realidade, ou interpretar erradamente um sinal ou um acontecimento. _________________________________________________________________________________________________________ ----------------
----------- Ao reunir os textos escritos para O Estado de S. Paulo, Luiz Sérgio nos oferece uma oportunidade para pensar no país em que vivemos e na época histórica de que não podemos fugir. Os textos recobrem um período emblemático de oito anos, contados a partir de 2010. Passam, portanto, por um trajeto acidentado, no qual não só a velocidade aumentou como também se sucederam alguns “acidentes de percurso” que, superpostos e entrelaçados, fizeram o país chegar ao enigmático ano de 2018. SOBRE O AUTOR: Luiz Sérgio Henriques, ensaísta e tradutor, foi dos responsáveis pela mais recente edição das Obras de Antonio Gramsci, em 10 volumes (Ed. Civilização Brasileira). Preparou, em particular, as “Cartas do cárcere”. Em colaboração com Giuseppe Vacca, coordenou o livro “Gramsci no seu tempo” (Fundação Astrojildo Pereira). Dirige nesta Fundação a coleção Brasil & Itália, com duas dezenas de livros publicados. Há 10 anos é colaborador regular do Estado de S. Paulo. _________________________________________________________________________________________________________ -----------
--------------- Luiz Sérgio Henriques - Uma fábula da esquerda O Estado de S. Paulo Olhando os efeitos em torno de nós, mais certo é incluir aventuras como a de Chávez e Maduro entre as que desgraçadamente desonraram o conceito de socialismo Por mais equivocado que seja falar da existência de uma só esquerda, no singular, certamente há um fundo comum de casos e histórias ao qual se pode recorrer para iluminar escolhas que diferentes agrupamentos fizeram ao longo do tempo. Uma dessas histórias, ocorrida ainda no início dos anos 1990 e guardada desde então no fundo do baú, tem como personagens ninguém menos do que Fidel Castro, ícone da vertente revolucionária, e Salomão Malina, o último secretário do PCB, expoente da “moderação na adversidade” e da defesa de mudanças graduais, inclusive para a saída negociada de regimes de exceção. Malina tinha a mão direita semiamputada por causa de um incidente na clandestinidade, em que vivera durante parte considerável da vida. Era a mão que usava para incomodar opinadores politicamente inconvenientes, tal como Fidel em visita ao Brasil. As intervenções do eterno combatente tinham como alvo o reformismo, afinal malogrado, de Mikhail Gorbachev – e os reformistas em geral. O interlocutor que visivelmente preferia era o petista Luiz Inácio Lula da Silva, como se um e outro não se dessem conta do abismo intransponível entre o mito cubano e a realidade brasileira. Para encurtar a fábula, Malina, ainda por cima militar multicondecorado por feitos na 2.ª Guerra, estendeu a Fidel a parte da mão que lhe restava. Não era menos bravo do que o outro, “apenas” tinha visão diferente da política e dos seus procedimentos, segundo o relato de Carlos Marchi no primeiro volume sobre os cem anos do Partidão (Longa Jornada Até a Democracia, Brasília, 2022). Nos anos que se seguiram, a Fidel juntou-se o venezuelano Hugo Chávez, incendiando a imaginação pouco realista de parte da esquerda latino-americana e até global. A tentativa era a de atualizar o paradigma revolucionário dos anos 60 do século 20, retirando-o do contexto exclusivamente militarista e inserindo-o na perspectiva de aprofundamento da democracia “burguesa”. De fato, houve por algum tempo a percepção de que a “revolução bolivariana”, sustentada na renda petrolífera particularmente propícia, podia se espalhar, se não em todos, pelo menos nos países mais pobres e desiguais do continente, a exemplo da Bolívia e do Equador. Pouco qualificada, a tática de aprofundamento democrático encontraria seu desenho mais definitivo na sistemática convocação de assembleias constituintes logo em seguida à eleição de um presidente de vocação autoritária. Tratava-se, para o novo ocupante do Executivo, de paulatinamente submeter as instâncias do Legislativo e do Judiciário ao seu arbítrio, cancelando a separação dos Poderes e esvaziando as agências de controle republicano. Para efetivar a agenda maximalista, um item indispensável para os novos donos do poder era a aprovação do mecanismo de reeleições sucessivas, sem limitação de nenhum tipo. E, como em todos os casos de “revolução pelo alto”, a cargo de condottieri carismáticos, punham-se em ação mecanismos de controle social que vinculavam diretamente homem providencial e massas fanatizadas. Os testemunhos mais isentos de que dispomos dão conta de que, no vazio de representação assim criado, implantou-se a fantasia da democracia direta – e implantou-se, contraditoriamente, de cima para baixo. O pluralismo natural da sociedade, nervo da vida política, passaria a ser substituído pelo simulacro das polarizações dilaceradoras, recurso antipolítico por excelência. Os sucessivos confrontos eleitorais, travados num campo crescentemente desigual, teriam a marca da manipulação plebiscitária em que desde sempre se especializaram os autoritários. Diante dessa suposta intensificação dos confrontos, só os deliberadamente cegos, que sempre os há, puderam repetidamente afirmar, por exemplo, que na Venezuela chavista e regimes congêneres existia “democracia até demais”. A ambição revolucionária dos bolivarianos esteve presente, ainda, no rótulo imaginado pelo sociólogo alemão Heinz Dieterich. Com o experimento chavista, radicalizado por Nicolás Maduro, estaríamos diante do “socialismo do século 21″. O eixo das grandes transformações se deslocaria para a América Latina, suposição que uma vez mais tomava a nuvem por Juno. Mais certo teria sido inserir toda a ala extrema da onda rosa daquele início de século no “momento populista” que, à direita e à esquerda, se mostraria sistematicamente incapaz de recombinar os elementos de liberalismo e de democracia que, juntos, constituem o núcleo político das boas sociedades modernas. Olhando os efeitos em torno de nós, aqui e agora, mais certo ainda é incluir aventuras como a de Chávez e Maduro entre as que desgraçadamente desonraram o conceito de socialismo, longe de reconstruí-lo e torná-lo uma alternativa, entre outras, para tratar os problemas que nos assediam. Instaurado o caos e dada a impossibilidade de nele viver indefinidamente, a coisa a fazer é evocar a figura ideal dos adeptos da moderação e das soluções pacíficas, isolando o tirano e sua claque para que possa prevalecer, ao fim e ao cabo, a vontade da maioria." _________________________________________________________________________________________________________ ------------- Naquele Clube do Bolinha Planaltino, uma Luluzinha estilizada Pantaneiramente de Carmim. --------------
---------- Emendas Pix no debate entre os três poderes da República. Pablo Marçal e a esculhambação na eleição de São Paulo. A posição de Lula diante do impasse que se aprofunda na Venezuela. Ouça o #ForodeTeresina: https://piaui.co/3SZmouN Com @fernandobarros , @anaclaracosta e @NPTO 11:06 AM · 23 de ago de 2024 https://noticias.uol.com.br/colunas/carolina-brigido/2024/08/21/vim-atrapalhar-o-clube-do-bolinha-disse-carmen-em-reuniao-com-15-homens.htm _________________________________________________________________________________________________________ --------------
----------- domingo, 25 de agosto de 2024 Luiz Carlos Azedo - Dubiedade enfraquece a liderança de Lula Correio Braziliense Ser intérprete do sentimento visceralmente comprometido com a ordem democrática que lhe garantiu a vitória no segundo turno é o maior ativo político de que Lula dispõe A plena inserção do Brasil no ocidente democrático é uma conquista que está para completar 40 anos, pois seu ponto de clivagem é a eleição de Tancredo Neves, em 1985, num colégio eleitoral criado pelo regime militar com objetivo de institucionalizar seu modelo autoritário. Naquele momento, conservadores, liberais, social-democratas, trabalhistas e comunistas se aliaram para restabelecer a ordem democrática. Coube ao ex-presidente José Sarney, que assumira o poder com a morte de Tancredo, convocar uma Constituinte e garantir as liberdades para possibilitar a transição política bem-sucedida que resultou na democracia de massas que temos hoje — com eleições diretas, livres e limpas em todos os níveis. No Brasil, a esquerda estava fraturada em relação à eleição de Tancredo Neves, como de resto ocorrera durante todo o regime militar. Uma parte minoritária ainda acreditava na possibilidade de a derrota dos militares se confundir com uma revolução socialista e via com desconfiança a candidatura de Tancredo Neves. Essa visão ainda era hegemônica no Partido dos Trabalhadores, que expulsou os três deputados que votaram a favor da eleição de Tancredo: Aírton Soares (SP), Bete Mendes (SP) e José Eudes (RJ). Líder máximo do PT, Lula disputaria todas as eleições presidenciais (venceria em 2002 e 2006), com exceção das de 2010, quando deixou o poder, e de 2018, quando foi impedido de concorrer contra Jair Bolsonaro, que foi eleito presidente da República. Naquela ocasião, tudo indicava que a alternância de poder e o direito ao dissenso, características de um regime democrático pleno, estavam consolidados e que o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro seria uma inflexão pendular, que se acomodaria às contingências ditadas pelo establishment político conservador e pelas elites econômicas do país. Isso parecia se comprovar nas eleições de 2022, quando Lula voltou ao poder, mas não foi o que ocorreu. O velho golpismo que marca nossa história republicana ainda estava vivo e encarnado no projeto autoritário de Bolsonaro, que militarizou seu governo e, mais tarde, após perder as eleições, tentaria dar um golpe de Estado, o que quase se consumou em 8 de janeiro de 2023. Falou mais alto o sentimento de universalidade democrática, que predominou nas demais instituições políticas do país. Não só no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso Nacional, mas também nas próprias Forças Armadas, onde prevaleceram o respeito à Constituição, à hierarquia e à disciplina. O governo Lula, eleito por estreita margem e fruto de uma frente de esquerda que hegemonizou o campo da oposição, beneficiou-se do apoio de setores social-democratas, social-liberais, liberais e conservadores comprometidos com a democracia no segundo turno, ainda que a maior parte dos eleitores desses segmentos tenha sido abduzida pela polarização direita versus esquerda. Ativo político Graças a isso, foi possível barrar o projeto autoritário de Bolsonaro. Ser intérprete do sentimento visceralmente comprometido com a ordem democrática que caracteriza esses setores é o maior ativo político de que Lula dispõe. Tanto do ponto de vista da política nacional, como no âmbito das relações internacionais. Entretanto, a posição da cúpula do PT, de claro apoio à transformação do regime bolivariano de Nicolás Maduro numa ditadura, mostra uma visão instrumental da democracia. E a dubiedade com que o presidente Lula se conduziu-se nesta crise venezuelana parece endossar essa visão. Na sexta-feira, o governo brasileiro não assinou o comunicado que refuta o resultado eleitoral na Venezuela, a pretexto de não concordar com o tom e com o teor do texto. O comunicado é assinado por Estados Unidos, União Europeia e mais 10 países da América Latina (Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai), além da OEA (Organização dos Estados Americanos). O texto afirma o que Lula, Celso Amorim e até o PT também sabem: a eleição na Venezuela foi fraudada. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE, a Justiça eleitoral do país), já havia declarado a vitória de Maduro. Agora, o TSJ respaldou a decisão. Porém, o verdadeiro vencedor da eleição foi o oposicionista Edmundo González, que divulgou as cópias das atas da maioria das seções eleitorais. O Brasil alega que ainda dialoga com Maduro e a oposição venezuelana e, por isso, não endossou o documento, mas de que adianta? Maduro não recuará, a Venezuela ingressa num novo eixo geopolítico, na órbita da Rússia, a China, Cuba, Coreia do Norte e Irã. Descolou-se do ocidente democrático. A posição do PT e as relações históricas de Lula com Maduro põem um ponto de interrogação nas verdadeiras intenções do petista. À luz da nossa tradição diplomática, o Brasil não deve romper relações com a Venezuela, mas reconhecer a vitória do ditador venezuelano é outra história. Maduro segue a trilha de Daniel Ortega, outro aliado histórico de Lula e do PT, mas que expulsou o embaixador brasileiro, o que também deverá ocorrer na Venezuela se Lula não legitimar a vitória do presidente venezuelano. Não reconhecer nem refutar o resultado eleitoral é uma ambiguidade que fragiliza a autoridade de Lula, interna e externamente. Não se tapa o sol com peneira. _________________________________________________________________________________________________________ --------------- Poesia | Talvez, de Pablo Neruda _________________________________________________________________________________________________________ -----------
------------ _________________________________________________________________________________________________________ GANHA OU PERDIDA? Bom Dia! _________________________________________________________________________________________________________ ----------- domingo, 25 de agosto de 2024 Ligia Bahia – Primeira opinião de médicos O Globo Há possibilidade de um perigoso retorno a um charlatanismo, desta vez oficializado por autoridades públicas O resultado das eleições polarizadas, no início do mês, para uma das mais importantes entidades do país, o Conselho Federal de Medicina (CFM), afeta as boas práticas médicas ao renovar a presença de lideranças bolsonaristas na direção. Não é apenas uma recaída na batalha da cloroquina. A vinculação político-partidária e religiosa de médicos é relevante em duas dimensões. A primeira é a influência da categoria na sociedade, e a segunda é como esses posicionamentos alteram o modo de se relacionar com os pacientes. Médicos, desde sempre, estiveram envolvidos com política e em polos opostos do espectro partidário. Estudos mostram que a maioria se identifica mais com uma determinada vertente ideológica. Grupos e entidades médicas também propõem, apoiam ou criticam políticas de saúde, nacionais ou locais, e doam tempo ou recursos para campanhas políticas. São fatos. A segunda questão — se as tendências políticas de um médico repercutem sobre o tipo e qualidade do atendimento — não tem resposta tão direta. Pesquisas internacionais baseadas em situações politicamente divergentes não foram conclusivas, embora tenham sido registradas nuances no grau de preocupação em relação a aborto, maconha e armas de fogo entre os médicos mais e menos tradicionalistas, respectivamente. Um par de frases que entrou para a história da medicina resume uma prática exemplar. O então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, ferido à bala em 1981, em meio às luzes intensas e à equipe do centro cirúrgico, sussurrou entre piada e temor: — Por favor, me digam que vocês todos são republicanos. O cirurgião responsável pelo atendimento, um declarado democrata, respondeu: — Hoje somos todos do seu partido. Em emergências, não é possível recorrer à segunda opinião. Tecnologias de inteligência artificial são bem-vindas, mas não substituem a “primeira opinião”, a emitida com rigor pelas competências científicas, técnicas e humanistas dos médicos. A medicina científica se afirmou quando foram fechadas faculdades com currículos variados, descoladas de centros de pesquisas, e pelo combate aos praticantes de curas mágico-religiosas. A proliferação de escolas médicas privadas — com currículos no mínimo insuficientes para estudantes brasileiros, inclusive em países como Paraguai e Bolívia, com preços menores — e dirigentes do CFM que recusam as melhores experiências e evidências nos conduzem ao ponto inicial dos esforços realizados para trazer a medicina à modernidade. Um perigoso retorno a um charlatanismo, desta vez oficializado por autoridades públicas, imbricado com interesses econômicos e políticos, que envolvem desde grandes grupos econômicos a eleições locais. O cenário delineado pelo aumento contínuo no número de médicos — de mais de 200% nas matrículas entre 2002 e 2024, a maior parcela com péssima formação — não é passageiro. Caracteriza-se por alto rendimento econômico e eleitoral. Enquanto o CFM fez da recusa ao Mais Médicos uma bandeira de “luta”, governos, inclusive de Bolsonaro, seguiram de modo discreto ou tipo outdoor, contratando em volumes maiores ou menores médicos sem revalidação de diplomas. Alocar médicos em locais remotos e até em municípios grandes com renda elevada conta com apoio de população, prefeitos, vereadores. Governos não deveriam estimular a má formação de profissionais de saúde, e o CFM falha em sua atribuição de contribuir para políticas de saúde para toda a população. Interseção entre medicina e partidarismo político é em si mais um risco à saúde. Requer compreensão, reflexão e ação. Uma só medicina, a favor dos pacientes, com suas diversas convicções e aflições, é vital para a saúde. _________________________________________________________________________________________________________ ----------- ------------------ Justiça da Venezuela ratifica vitória | BandNews TV Band Jornalismo há 3 dias _________________________________________________________________________________________________________ --------------- Mundo Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela valida reeleição de Maduro Perícia técnica foi solicitada pelo chavista dias após as eleições em meio à crise instaurada com sua vitória nas urnas Por O Globo com agências internacionais — Caracas 22/08/2024 13h34 Atualizado há 3 dias Facebook Twitter Whatsapp A presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (TSJ), Caryslia Rodriguez, faz uma declaração do Supremo Tribunal da Venezuela sobre os resultados da eleição presidencial do país A presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (TSJ), Caryslia Rodriguez, faz uma declaração do Supremo Tribunal da Venezuela sobre os resultados da eleição presidencial do país — Foto: FEDERICO PARRA/AFP RESUMO Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você LEIA AQUI O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano, controlado pelo governo, validou nesta quinta-feira a reeleição do presidente Nicolás Maduro, em conclusão à perícia técnica solicitada pelo chavista poucos dias após as eleições presidenciais no país, cujo resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que anunciou sua vitória, foi amplamente contestado pela oposição e parte da comunidade internacional. A decisão não está sujeita a recurso. Análise: Afinal, a Venezuela é uma ditadura ou não? Pacote legislativo: Parlamento da Venezuela adia votação de lei 'antifascismo', e Maduro promete assinar texto que mira ONGs 'em breve' "Com base nos resultados obtidos nos processos de perícia podemos concluir que os boletins emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral a respeito das eleições presidencial de 2024 estão respaldados pelas atas de escrutínio emitidas por cada uma das maquinas de votação empregadas no processo eleitoral e, assim mesmo, essas atas mantêm plena coincidência com os registros das bases de dados dos centros nacionais de totalização", leu a presidente do tribunal, Caryslia Beatriz Rodríguez, sem, porém, apresentar as atas. E continuou: — Esta câmara declara, com base na análise pericial realizada, e com base no relatório elaborado por especialistas nacionais e internacionais, certifica de forma inquestionável o material eleitoral pericial e valida os resultados da eleição presidencial de 28 de julho de 2024, emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral, onde o cidadão Nicolás Maduro Moros foi eleito presidente da República Bolivariana da Venezuela para o período constitucional 2025-2031. Assim se decide. O CNE proclamou Maduro presidente com 51,9% dos votos com base em 80% das urnas apuradas e sob os questionamentos da oposição, liderada por María Corina Machado, que reivindica a vitória do ex-diplomata Edmundo González Urrutia. Os opositores criaram um portal para divulgar as atas a que alegam ter acesso (80%, segundo a líder opositora em artigo ao Wall Street Journal) e que mostram, segundo afirmam, uma vitória acachapante de González Urrutia sobre Maduro, com 67%. Eleições na Venezuela Pessoas fazem fila em uma seção eleitoral em Caracas durante a eleição presidencial venezuelana em 28 de julho de 2024. — Foto: Juan BARRETO / AFP Membros da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) fazem fila em uma seção eleitoral durante a eleição presidencial venezuelana — Foto: Yuri CORTEZ / AFP 7 fotos Uma mulher vota durante a eleição presidencial venezuelana, em Caracas, em 28 de julho de 2024. — Foto: Yuri CORTEZ / AFP Venezuelaanos vão as urnas para escolher novo presidente O resultado também sacudiu o país em protestos, que resultaram na detenção de mais de 2,4 mil pessoas, segundo estimativas da ONU, e 27 mortes, segundo o procurador-geral Tarek William Saab, em atualização dos números nesta quinta. Saab afirmou que 70% dessas mortes (17) ocorreram somente no dia 29, um dia depois das eleições. O procurador-geral responsabiliza a oposição pelas mortes. Saab declarou ainda que o Ministério Público está pronto para “avançar, aprofundar estas investigações” contra María Corina e González Urrutia, apontados como supostos autores de um ataque hacker contra o sistema de transmissão de votos, e que enviará a decisão do TSJ ao órgão para que se junte à investigação criminal contra eles, uma vez que os documentos que a oposição defende como prova da sua vitória podem ser "supostamente falsos ou forjados ". 'Não substituirá soberania popular' González Urrutia se manifestou sobre a sentença poucos minutos após seu anúncio, classificando-a como "Nula". A afirmação, feita em uma publicação no X, foi seguida pelo 5º artigo da Constituição venezuelana "A soberania popular reside intransferivelmente no povo". Os juristas concordam que esse procedimento foi inadequado, argumentando que a Suprema Corte assume poderes que correspondem ao CNE. Guerra às redes: Rede X segue suspensa na Venezuela após término de prazo de dez dias ordenado por Maduro Horas antes do pronunciamento do TSJ, González Urrutia afirmou que "nenhuma sentença substituirá a soberania popular", seguido de um mapa (sem fonte) que mostra as porcentagens de votos conquistados pelo ex-diplomata nos estados, incluindo redutos chavistas, contabilizando ao todo 67,14% dos votos. "Nós, os venezuelanos, não estão dispostos a renunciar à nossa liberdade nem o nosso direito à mudar em paz para viver melhor", concluiu no X. O ex-diplomata foi declarado em desacato no último dia 10 por não comparecer ao tribunal quando solicitado e por não apresentar as provas solicitadas após as eleições presidenciais de 28 de julho. Durante o pronunciamento, a presidente do tribunal voltou a declarar o opositor em desacato, o que "acarreta sanções previstas no ordenamento jurídico vigente". O Conselho de Direitos Humanos da ONU também se manifestou antes da emissão da decisão, alertando "sobre a falta de independência e imparcialidade de ambas instituições", referindo-se aqui tanto ao TSJ, quanto ao CNE. A publicação foi compartilhada por María Corina, que agradeceu o conselho por sua "firme e inequívoca posição". "Não há manobra que possa conferir um pingo de legitimidade a Nicolás Maduro, face ao Golpe de Estado contra a Constituição que pretendem perpetrar. O povo falou. A soberania popular se respeita", afirmou. Machado e González Urrutia já haviam anunciado na quarta-feira, em uma carta endossada pela coalizão de oposição Plataforma Unitária, que considerariam “ineficaz e nula e sem efeito” uma possível sentença que “poderia validar a fraude eleitoral que se pretende impor”. O ministro das Relações Exteriores venezuelano, como esperado, reagiu positivamente à decisão. Yván Gil argumentou que a sentença "encerra um capítulo de 28 de julho" e voltou a denunciar "o golpe de "Estado originado no exterior, está claro e descrito como o processo eleitoral foi realizado", acusação feita por Maduro frente às contestações da oposição. O atual presidente do Chile, Gabriel Boric, foi contrário à continuidade de Maduro no poder. Segundo o chefe de estado, a "ditadura da Venezuela não é a esquerda". Ele aponta que "não há dúvida de que estamos diante de uma ditadura que falsifica eleições" e compara o cenário político venezuelano com o da Síria pós-guerra. "Hoje o TSJ da Venezuela termina de consolidar a fraude. O regime de Maduro obviamente recebe com entusiasmo sua sentença, que será marcada pela infâmia. Não há dúvida de que estamos diante de uma ditadura que falsifica eleições, reprime aqueles que pensam de forma diferente e é indiferente ao maior exílio do mundo, comparável apenas ao da Síria como resultado da guerra", escreveu o presidente do Chile. (Com AFP e El País) __________________________________________________________________________________________________________