quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

De guerreiro a bombeiro

De estilingue a vidraça

Frases

- "O primeiro degrau para a sabedoria é a humildade."

- "Tenho medo do homem de um só livro."

- "Para aqueles que tem fé, nenhuma explicação é necessária. Para aqueles sem fé, nenhuma explicação é possível."
São Tomás de Aquino (1225-1274)




Vida vivida
Lida relida
Morte consorte
Sorte com sorte

ESTA REPÚBLICA

É certo que a República vai torta;
Ninguém nega a duríssima verdade.
Da pátria o seio a corrupção invade
E a lei, de há muito tempo, é letra morta.

A quem sinta altivez, força e vontade
Ficou trancada do Poder a porta:
Mas felizmente a vida nos conforta
De esperança, uma dúbia claridade.

Porque (ninguém se iluda), "isto" que assim
A pobre Pátria fere, ultraja e explora,
Jamais o sonho foi de Benjamin.

Os motivos do mal não são mistério:
— É que a gentinha que governa agora
É o rebotalho que sobrou do Império.
Manuel Bastos Tigre (Recife, 12 de março de 1882 — Rio de Janeiro, 1 de agosto de 1957) foi um bibliotecário, jornalista, poeta, compositor, humorista e destacado publicitário brasileiro.

Steve Jobs: De incendiário a bombeiro
João Luís de Almeida Machado
- 15/02/2016



De estilingue a vidraça
13/05/2016 0:00
Críticos das políticas adotadas pela presidente afastada assumem cargos no novo governo e agora poderão aplicar as receitas que recomendavam
A equipe que chegará com Henrique Meirelles ao Ministério da Fazenda do governo de Michel Temer é formada por estilingues da política econômica da presidente afastada Dilma Rousseff. Entre os que agora vão se tornar vidraça, há nomes assíduos no debate econômico pela imprensa, identificados com críticas recorrentes à condução da economia pelo governo afastado. Alguns deles, coerentemente, participaram da elaboração de programas econômicos patrocinados por partidos até ontem oposicionistas.
É possível localizar, no segundo escalão da Fazenda, compreensivelmente, um peso inédito de especialistas em finanças públicas, dada a prioridade do novo governo ao ajuste fiscal. Menos pela presença do economista Mansueto Almeida Jr. à frente do Tesouro Nacional, afinal um lugar reservado para quem tem intimidade com as contas públicas, caso do economista licenciado do Ipea. Nesse sentido, é mais significativa a indicação do consultor do Senado Marcos Mendes para a Secretaria de Política Econômica da Fazenda.
Ocupado normalmente por macroeconomistas, desta vez o posto está sendo entregue a um técnico focado em questões fiscais e gestão pública. De perfil liberal, Mendes é um dos editores do site “Brasil — economia e governo”, que se propõe, em parceria com o Instituto Fernand Braudel, a disseminar análises que “ajudassem os eleitores a entender as escolhas feitas pelo setor público na gerência da economia”.
Mendes terá a missão de reunir informações e produzir análises que sirvam de base para a definição de políticas pela Fazenda e um modo curioso, mas efetivo de resumir suas ideias pode ser encontrado na identificação que deu a si mesmo, na assinatura do artigo “Uma fábula da produtividade”, publicado no jornal “O Estado de S. Paulo”, em setembro do ano passado: "Marcos Mendes tem graduação, mestrado e doutorado em Economia, custeados pelos contribuintes, em universidades públicas. Não se anuncia como ‘economista’, pois não é filiado ao Conselho Regional de Economia e não quer ser processado por isso. É servidor público bem remunerado.”
Uma outra ponta da política econômica foi amarrada com a indicação para a presidência do Banco Central de um economista vindo do mercado e que já ocupou cargo na diretoria da instituição. Ilan Goldfajn, o escolhido, é economista-chefe do Itaú Unibanco, o maior banco privado brasileiro, e foi diretor do Banco Central, na equipe de Arminio Fraga, na fase final do segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ligado aos economistas da PUC-Rio que formularam e executaram o Plano Real, comunga de uma linha de pensamento econômico ortodoxa. Em relação à política de juros, talvez seja possível posicioná-lo num ponto médio entre “falcões" e “pombos”.
Há uma semana, ao analisar os termos da ata da reunião de fins de abril do Comitê de Política Monetária (Copom), Goldfajn concluiu ser possível iniciar em agosto um ciclo de cortes na taxa básicas de juros, com uma redução de 0,5 ponto percentual a cada uma das três reuniões até o fim do ano. Na “revisão de cenário” publicada na semana passada, já considerando o afastamento de Dilma, continuou projetando queda de 4% no PIB deste ano, mas melhorou a previsão para 2017, de expansão de 0,3% para 1%. Também melhorou a estimativa do resultado fiscal primário do ano que vem, que baixou de um déficit de 2,1% do PIB para 1% do PIB, e previu que a inflação fecharia 2016 com alta de 6,9%, mas chegaria na borda do centro da meta em 2017, com elevação, no fim do ano, de 5%.
Crescem, de fato, os sinais de que, por uma dessas ironias do destino e da natureza do fenômeno econômico, o governo Temer se beneficiará de uma recuperação cíclica da economia, depois de concluídas as correções empreendidas, aos trancos e barrancos, pela presidente afastada. Os novos responsáveis pela política econômica começam a aplicar as receitas que recomendavam àqueles que criticavam com a possível sorte de colher os primeiros resultados positivos por gravidade.
José Paulo Kupfer é jornalista

De incendiário a bombeiro
FREI BENTO DOMINGUES, O.P. 
26/01/2003 - 00:00


No próximo dia 28 é a festa de S. Tomás de Aquino (1225-1274). Com santo Alberto Magno, seu mestre e amigo, ambos dominicanos, desenhou e executou um dos projectos mais arrojados e geniais na história da teologia do Ocidente: inculturar a fé cristã na difamada razão aristotélica, enfrentando o desafio dos filósofos judeus e muçulmanos.A tentativa foi condenada e recondenada em Paris e em Oxford pelos respectivos bispos e canonizada quando já começava a ser preciso ir muito mais long...



Odebrecht emprestou verba à ‘Carta Capital’ a pedido de Mantega
Financiamentos no valor de R$ 3,5 milhões foram feitos pelo departamento de propinas da empreiteira
por Guilherme Amado
13/12/2016 4:30 / Atualizado 13/12/2016 7:11

O jornalista Mino Carta no Sem Censura, da TV Brasil

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BRASÍLIA — A Construtora Norberto Odebrecht fez dois empréstimos para a Editora Confiança, responsável pela revista “Carta Capital”, no valor total de R$ 3,5 milhões, entre 2007 e 2009, a pedido do então ministro da Fazenda, Guido Mantega. A operação foi feita pelo Setor de Operações Estruturadas, o departamento da empreiteira que geria as propinas pagas. As informações constam de um dos anexos da delação premiada do executivo Paulo Cesena, que presidia até o mês passado a Odebrecht Transport, mas foi, antes disso, diretor financeiro da construtora.
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Cerca de 85% do empréstimo já teriam sido quitados pela editora, de acordo com Cesena, por meio de eventos que tiveram o patrocínio da Odebrecht.
Cesena disse que recebeu a ordem de fazer um aporte de recursos para a Editora Confiança, em 2007, diretamente de Marcelo Odebrecht, então presidente da holding e atualmente preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e também delator da Lava-Jato
“Marcelo Odebrecht me chamou para uma reunião em sua sala, no escritório em São Paulo, e me informou que a companhia faria um aporte de recursos para apoiar financeiramente a revista ‘Carta Capital’, a qual passava por dificuldades financeiras. Marcelo me narrou que esse apoio era um pedido de Guido Mantega, então ministro da Fazenda”, afirmou Cesena à Lava-Jato.
Em seguida, o delator disse ter entendido que se tratava de algo de interesse do PT.
“Entendi que esse aporte financeiro tinha por finalidade atender a uma solicitação do governo federal/Partido dos Trabalhadores, pois essa revista era editada por pessoas ligadas ao partido”, afirmou.
Marcelo Odebrecht também pediu a Cesena que contribuísse com a revista para que eles organizassem suas finanças e concebessem um plano de negócios sustentável. Marcelo temia que pudessem vir novos pedidos de dinheiro.
O presidente da holding teria orientado Cesena a procurar o jornalista Mino Carta, diretor de redação da publicação, e o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, consultor editorial da “Carta”, para que fosse negociado o apoio financeiro.
A primeira reunião, no segundo semestre de 2007, ocorreu na sede da editora, na capital paulista. Cesena disse terem participado do encontro Mino Carta, Belluzzo e a diretora administrativa da editora, Manuela Carta. Nessa conversa, Cesena afirmou terem sido mencionados apenas pontos relacionados ao plano de negócios da revista e iniciativas para aumentar as vendas.
Nos encontros posteriores, apenas com Manuela, Cesena comunicou-lhe que o empréstimo seria de R$ 3 milhões, por meio de um mútuo (empréstimo feito entre duas pessoas jurídicas), a ser pago em três anos, e que seriam cobrados juros à taxa de Certificado de Depósito Interbancário (CDI), acrescidos de 2% ao ano.
Cesena afirmou que a operação foi feita por meio do Setor de Operações Estruturadas, comandado por Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, também delator na Lava-Jato. Embora tenha afirmado que não saberia detalhar, Cesena disse ter a informação de que “a operação e o pagamento à ‘Carta Capital’ se deu na forma de mútuo oriundo do caixa dois da Construtora Norberto Odebrecht”.
O segundo empréstimo teria ocorrido em 2009, solicitado por Belluzzo, desta vez no valor de R$ 500 mil. Novamente, após receber autorização de Marcelo Odebrecht, o apoio financeiro foi feito por meio do departamento da propina.
A Editora Confiança já teria honrado R$ 3 milhões da dívida, por meio de patrocínios que a Odebrecht deu a eventos da “Carta Capital” de 2010 a 2012.
“Em uma das reuniões que tive com Manuela Carta, a mesma apresentou-me o planejamento de eventos que a editora iria promover e questionou-me acerca do interesse em patrociná-los e que usaria esses recursos para amortizar o mútuo”.
Entre as provas, Cesena entregou e-mails, planilhas demonstrando a alocação de recursos e notas fiscais mostrando o patrocínio aos eventos da “Carta”.
Manuela Carta diz que o delator se expressou mal e que não houve empréstimo, mas um acordo de publicidade que previa um adiantamento de verbas. Segundo ela, tudo já foi quitado, com páginas de publicidade e o patrocínio da Odebrecht a eventos. Ela citou o apoio da empreiteira aos encontros chamados “Diálogos Capitais” e “Fórum Brasil”, e a um encontro com a presença do economista Paul Krugman.
— Temos tudo contabilizado — disse Manuela.
Belluzzo diz que procurou Marcelo Odebrecht e que foi firmado um acordo financeiro:
— Estávamos numa situação difícil e fizemos um mútuo que carregamos no nosso balanço por muito tempo, porque a revista estava precisando de financiamento. Está tudo no balanço da empresa, não tem nada escondido — disse ele.
Depois, segundo ele, foi negociado que o pagamento seria feito por meio de páginas de publicidade na revista. Manuela e Beluzzo negam a participação de Mantega na operação e dizem que não sabiam que o dinheiro havia saído do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.
(Colaborou Marco Grillo)



Nota de esclarecimento
CartaCapital: A verdade sobre o dinheiro da Odebrecht
por Manuela Carta — publicado 13/12/2016 12h57
Embora as informações pertinentes tenham sido prestadas ao jornal O Globo, as distorções na reportagem “Odebrecht ‘emprestou’ verba a CartaCapital”, publicada na edição desta terça-feira 13, exigem novos esclarecimentos:
1. Em 2007 e 2009, a Odebrecht fez um adiantamento de publicidade no valor total de 3,5 milhões de reais a CartaCapital, uma operação normal no mercado. Naquele momento, a revista procurou vários anunciantes em busca de um reforço de caixa. O adiantamento foi negociado diretamente com a empresa por Mino Carta e Luiz Gonzaga Belluzzo, sócios da Editora Confiança, que edita a revista CartaCapital. Não houve interferência de ninguém a nosso favor.
2. O adiantamento foi pago da forma tradicional: por meio de anúncios e patrocínios de eventos. A Odebrecht chancelou vários de nossos seminários regulares intitulados “Diálogos Capitais”, bem como patrocinou a premiação “As Empresas Mais Admiradas no Brasil” em 2009, 2011, 2012, 2013 e 2014. Em 2013, figurou entre os patrocinadores do “Fórum Brasil”, que trouxe o economista Dani Rodrik. No ano seguinte, também patrocinou o mesmo evento, cujo principal palestrante foi Paul Krugman, Nobel de Economia. A editora possui os registros e notas fiscais dos anúncios publicados e eventos realizados.
3. Uma das maiores empresas do País, a Odebrecht  regularmente anuncia e patrocina eventos em diversos veículos, entre eles, o próprio O Globo. CartaCapital não sabe e não tem obrigação de saber de onde vieram os recursos do adiantamento da verba de publicidade. Não existe carimbo em dinheiro e trata-se de má-fé acreditar que o investimento na revista saiu de “um departamento de propina” e o aplicado nos demais meios de comunicação tem origem lícita. Além disso, o investimento publicitário da empreiteira deu-se quando não havia nenhum sinal do envolvimento da empresa nas ilicitudes apontadas pela Operação Lava Jato. Lembremos que outros meios de comunicação receberam verbas da Odebrecht em 2016, quando os fatos eram sobejamente conhecidos, nem por isso esses veículos podem ser acusados de conivência com qualquer tipo de atitude da empresa ou de defender este ou aquele interesse.
4. Desconfiamos que o vazamento dessa citação distorcida a CartaCapital esteja relacionado ao fato de não termos abdicado do dever jornalístico de apontar os erros e abusos da Operação Lava Jato, além da nossa conhecida postura crítica em relação aos meios de comunicação, em grande medida responsáveis, no nosso entender, pelo clima de caça às bruxas reinante no Brasil. Nossa lisura e transparência, reforçadas semanalmente ao longo dos últimos 22 anos, não serão abaladas por essa classe de ilações.
*Manuela Carta é publisher de CartaCapital



Glossário

publishernoun [ C ]
 UK ​ /ˈpʌb.lɪ.ʃər/ US ​ /ˈpʌb.lɪ.ʃɚ/
B2 an organization that publishes text or music
an employee of a publishing company who has responsibility for deciding what is published
Exemplos
Janet edited books for a variety of publishers.
He sent the 400-page manuscript to his publisher.
Thesaurus: sinônimos e palavras relacionadas
(Definição de "publisher" do Cambridge Advanced Learner's Dictionary & Thesaurus © Cambridge University Press)



1. Publisher
Significado de Publisher Por Dicionário inFormal (SP) em 06-10-2015

1. Pessoa que torna uma obra impressa disponível para o público; editor.
2. Aquele responsável pelas áreas editorial e comercial.
Porque publisher, voltando ao modelo americano, nunca tem responsabilidade editorial. Ela ou ele são os responsáveis pela área comercial.


Os fundamentos históricos e teórico-­metodológicos do Serviço Social brasileiro na contemporaneidade                                 
Maria Carmelita Yazbek 
 Professora da Faculdade de Serviço Social da UNLP/Argentina e da PUC/SP

 • de idéias e conteúdos doutrinários do pensamento social da Igreja Católica, em  seu processo de institucionalização no Brasil;  

Os  referenciais  orientadores  do  pensamento  e  da  ação  do  emergente  Serviço  Social  tem  sua  fonte  na  Doutrina  Social  da  Igreja,  no  ideário  francobelga  de  ação social e no pensamento de São Tomás de Aquino (séc. XII): o tomismo e o neotomismo  (retomada  em  fins  do  século  XIX  do  pensamento  tomista  por  Jacques  Maritain  na França e pelo Cardeal Mercier na Bélgica tendo tendo em vista "aplicálo" às necessidades de  nosso tempo). 

Glossário
Tomismo  referência ao pensamento  filosófico de São Tomás de Aquino (1225) um  teólogo  dominicano  que  escreveu  obra  filosófica  caracterizada  por  uma  perspectiva  humanista e metafísica do ser que vai marcar o pensamento da Igreja Católica a partir do século XIII. Merece destaque na obra de S. Tomás  a Súmula Teológica.
  Neotomismo  retomada do pensamento de São Tomás  a partir do papa Leão XII em  1879  na  Doutrina  Social  da  Igreja  e  de  pensadores  franco  belgas  como  Jacques  Maritain  na  França  e  do  Cardeal  Mercier  na  Bélgica. Buscavam  nesta  filosofia  diretrizes para a abordagem da questão social.




São Tomás de Aquino
Por Willyans Maciel
Mestre em Filosofia (UFPR, 2013)
Bacharel em Filosofia (UFPR, 2010)
Um dos principais filósofos do período conhecido como escolástica, Tomás de Aquino foi um filósofo da idade média proponente da teologia natural, disciplina dedicada a provar a existência de Deus ou de seus atributos por modos puramente filosóficos, e originador do tomismo, uma tentativa de conciliar as posições e métodos de Aristóteles com o cristianismo, adotado como a principal corrente filosófica oficial da Igreja Católica. Diversos aspectos da filosofia ocidental floresceram como respostas a posicionamentos de Aquino, com influência na ética, teoria politica e metafísica.
Diferente de seus antecessores, Tomás de Aquino foi mais ligado à filosofia de Aristóteles do que a Platão e o platonismo, colocando a escolástica em uma nova fase, com maior enfase no uso da razão e ampliando o uso das novas fontes aristotélicas, novas transcrições e traduções dos escritos de Aristóteles, especialmente acerca de metafísica e epistemologia. Aquino promoveu, acompanhado por Alberto Magnus, uma síntese da doutrina cristã e da teoria aristotélica, ajudando a definir o que seria a filosofia da igreja Católica. Defendeu a razão e argumentação como base da filosofia, rejeitou o platonismo e agostinianismo, posições que dominaram os primeiros anos da escolástica.
Embora tenha defendido que o conhecimento da verdade é facultado ao homem pela graça divina, Aquino defendeu que há muitas coisas que os humanos podem conhecer, sem a necessidade de intervenção da divindade. Aquelas coisas que se pode aprender pelos sentidos, seriam passíveis de conhecimento por ser esta a característica humana. Aquino compara os humanos com a água, que não tem o poder de aquecer a si mesma, mas quando exposta ao fogo aquece-se, da mesma maneira, o humanos não teriam o poder de revelar a verdade a si mesmos, mas quando expostos aquelas coisa feitas para serem conhecidas pelos sentidos, inteligíveis, são capazes de conhece-las.
No campo da ética, defendeu que a razão de cada pessoa dita que esta aja de maneira virtuosa, pois são prescritos pela lei natural. Por outro lado, aceita que nem todos os atos virtuosos sejam contidos na lei natural, quando consideramos o ato em si mesmo, como ele aparece no contexto. Esta lei natural seria, segundo ele, identificada com os princípios primeiros da ação humana. Definiu ainda, baseado na Ética a Nicômaco, de Aristóteles, quatro virtudes cardinais a prudência, temperança justiça e coragem. Virtudes estas naturais e inerentes a todos. Por outro lado, definiu um outro conjunto de três virtudes que seriam sobrenaturais, as quais chamou "virtudes teológicas", seriam elas a fé, esperança e caridade.
Na teoria da guerra justa que Agostinho de Hipona desenvolvera séculos antes, definiu ainda os três condições para uma guerra justa. Aquino não apresentou conclusões diferentes daquelas apresentadas por Agostinho, mas procurou definir os critérios de modo mais claro e objetivo. Embora defende-se o pacifismo filosófico, a posição de que as pessoas deveriam evitar a guerra tanto quanto possível, acreditava que as pessoas deveriam aderir a guerra, se esta fosse necessária para manter a paz no longo prazo. Em primeiro lugar deve-se analisar se a guerra é levada a cabo por uma boa causa, caso seu objetivo seja o poder ou a riqueza, a adesão a tal guerra deve ser rejeitada. Em seguida, verificar se a guerra foi declarada por uma autoridade legítima. Por ultimo, em meio a violência, característica da guerra, a paz como motivação central deve ser o objetivo a todo o tempo.
Aquino dedicou-se ainda a apontar o que considerou erros de interpretação do comentador Averróis, importante pensador islâmico, permitindo a incorporação da filosofia de Aristóteles. O aristotelianismo cristão promovido a partir de seu trabalho seria criticado posteriormente por Maquiavel e discutido por diversos filósofos modernos e contemporâneos.
Referências bibliográficas:
ALARCÓN, E.; FAITANIN, P. "Atualidade do tomismo". Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2008.
Faitanin, Paulo. A Sabedoria do Amor: iniciação à filosofia de Santo Tomás de Aquino [Love’s philosophy: initiation to Saint Thomas Aquinas’ philosophy] Instituto Aquinate. 2008.
HIRSCHBERGER, Johannes. História da Filosofia na Idade Média. Trad. Alexandre Correia. São Paulo: Herder, 1966.
McGrath, Alister. 1998. Historical Theology: An Introduction to the History of Christian Thought. Oxford: Blackwell Publishers. Chapter 1 'The Patristic Period, c. 100-451.



Tomás de Aquino
Frei católico
Biografia de Tomás de Aquino
Tomás de Aquino (1225-1274) foi um frei católico, filósofo e teólogo italiano da Idade Média, da Ordem Dominicana Foi santificado pelo Papa João XXII. É o autor da “Suma Teológica” onde faz uma clara exposição dos princípios do catolicismo.
Tomás de Aquino (1225-1274) nasceu no castelo de Roccasecca, em Aquino, na região do Lácio, no sul da Itália. Sua família, de origem lombardo-normanda, se destacou a serviço do imperador da Alemanha, Frederico II, também rei da Sicília.
Dos 5 aos 10 anos, Tomás de Aquino fez seus estudos com os monges da vizinha cidade de Monte Cassino. Em 1239, foi enviado para Nápoles, onde estudou as artes liberais, conjunto de disciplinas de iniciação ao conhecimento filosófico e teológico.
Em 1240, tornou-se discípulo do Santo Aberto Magno. Em 1252, formou-se em Teologia. Na Itália, foi nomeado professor na cúria pontifical de Roma. Reestruturou o ensino na Universidade de Nápoles. Foi professor na Universidade de Paris.
Tomás de Aquino tem importância fundamental para o pensamento filosófico e teológico do ocidente. Em sua obra principal, a “Suma Teológica”, expôs através de questões, os assuntos mais relevantes sobre a fé e o conhecimento filosófico. Na obra, mostra a relação entre o cristianismo e a filosofia clássica grega, tendo as ideias de Aristóteles como fundamento. O conjunto de livros é uma das obras centrais da literatura ocidental, além de ser o sustentáculo do Tomismo, corrente filosófica que tem as teorias de Tomás de Aquino como substrato.
O Tomismo foi um dos argumentos usados pela igreja católica para reafirmar a fé cristã, principalmente na Contra Reforma, que tinha a intenção de combater o protestantismo na Europa. Tomás de Aquino foi considerado doutor da igreja católica e príncipe da escolástica.
Tomás de Aquino não estudou diretamente os temas sociológicos , mas ao tratar da sociedade como elemento necessário ao aperfeiçoamento da personalidade humana, examinou detidamente a sua origem e finalidade, suas características, suas formas principais, suas relações com os indivíduos etc. Em 1273, em viagem ao Concílio Ecumênico de Lion, na França, adoeceu gravemente, sendo recolhido ao Mosteiro de Fossanova.
Tomás de Aquino faleceu em Fossanova, na Itália, no dia 7 de março de 1274. Foi santificado pelo Papa João XXII, em 1323.



ENVELHECER...

Entra pela velhice com cuidado,
Pé ante pé, sem provocar rumores
Que despertem lembranças do passado,
Sonhos de glórias, ilusões de amores.

Do que tiveres no pomar plantado,
Apanha os frutos e recolhe as flores;
Mas lavra, ainda, e planta o teu eirado,
Que outros virão colher quando te fores.

Não te seja a velhice enfermidade.
Alimenta no espírito a saúde,
Luta contra as tibiezas da vontade.

Que a neve caia, o teu ardor não mude.
Mantém-te jovem, pouco importa a idade;
Tem cada idade a sua juventude!...


ENVELHECER... (II)

Boa noite, velhice, vens tão cedo!
Não esperava, agora, a tua vinda.
Eu tão despreocupado estava, ainda,
Levando a vida como num brinquedo...

Tens tão meigo sorriso e um ar tão ledo;
Nos teus cabelos como a prata é linda!
Ao meu teto, velhice, sê bem-vinda!
Fica à vontade. Não me fazes medo.

E ela assim me falou, em tom amigo:
— Estranha me supões, mas, em verdade,
Há muito tempo que, ao teu lado, eu sigo.

Mas, da vida na estúrdia alacridade,
Não me viste viver, seguir contigo...
Eu sou, amigo, a tua mocidade.


VITA BREVIS

"A vida — dizes tu — tão curta é a vida!
Setenta anos... oitenta... e é a morte, é o nada!
Não vale a pena tão penosa lida
Para tão breve e rápida jornada"...

É que medes a vida mal medida,
Aos teus cinco sentidos limitada,
Entre um tálamo e um túmulo vivida,
Pela ambição e o egoísmo partilhada.

Mas vive além da tua natureza,
Foge à matéria e o espírito exercita
Em ações de Bondade e de Beleza;

Belo e útil faze quanto em ti palpita
E sentirás, com glória e com surpresa,
Como a vida é imortal, indefinida...

Bastos Tigre


Se é bayer é bom! Rsrs


Jingle - Chopp em Garrafa / Chopp da Brahma (1935)

Publicado em 4 de mar de 2012
Chopp da Brahma
Marcha
Primeiro disco de propaganda gravado no Brasil. (1935)
autores: Ary Barroso e Bastos Tigre.

O Brahma Chopp em garrafa,
querido em todo o Brasil
corre longe a banca abafa .....bis
é igualzinho ao do barril.

Quando o tempo está abafado
o que o tempo desabafa
é o Brahma Chopp gelado...bis
de barril ou de garrafa

Chopp em garrfa tem justa fama
é o mesmo chopp ... bis
Chopp da Brahma

Desde maio até janeiro
e de fevereiro a abril
chopp da Brahma é o primeiro ....bis
de garrafa ou de barril

Quem o contrario proclama,
diz uma coisa imbecil
inveja do Chopp Brahma.... bis
de garrafa ou de barril.

Na época do lançamento desta marchinha o chopp engarrafado era uma novidade e para promover as vendas do novo produto a Cervejaria Brahma encomendou esta peça publicitária.
Cantores mais famosos foram convidados para gravá-la , mas coube ao então desconhecido Orlando Silva a proeza de lançá-la ao público.
Categoria
Animais
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ORLANDO SILVA - MUSICAL (Programa na TV)

Publicado em 9 de mai de 2014
Programa "Só pra lembrar" apresentado por Albino Pinheiro
Orlando Silva o cantor das multidões
Coletânea de vídeos
Categoria
Música
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MORTE E VIDA SEVERINA

O meu nome é Severino,
como não tenho outro da pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria.
Como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.

Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.

Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos:é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da Serra da Costela,
limites da Paraíba.

Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos
já finados,Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.


Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).

De JOÃO CABRAL DE MELO NETO

Referências


http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=2718
https://www.publico.pt/espaco-publico/jornal/de-incendiario-a-bombeiro-197561
http://oglobo.globo.com/brasil/odebrecht-emprestou-verba-carta-capital-pedido-de-mantega-20635961
http://www.cartacapital.com.br/politica/cartacapital-a-verdade-sobre-o-dinheiro-da-odebrecht
http://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/Publisher
http://www.dicionarioinformal.com.br/publisher/
http://cressrn.org.br/files/arquivos/ZxJ9du2bNS66joo4oU0y.pdf
http://www.infoescola.com/biografias/sao-tomas-de-aquino/
https://www.ebiografia.com/tomas_de_aquino/


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