De estilingue a vidraça
Frases
-
"O primeiro degrau para a sabedoria é a humildade."
- "Tenho medo do homem de um só livro."
- "Para aqueles que tem fé, nenhuma explicação é necessária. Para aqueles sem fé, nenhuma explicação é possível."
São Tomás de Aquino (1225-1274)
Vida
vivida
Lida
relida
Morte
consorte
Sorte
com sorte
ESTA REPÚBLICA
É
certo que a República vai torta;
Ninguém
nega a duríssima verdade.
Da
pátria o seio a corrupção invade
E
a lei, de há muito tempo, é letra morta.
A
quem sinta altivez, força e vontade
Ficou
trancada do Poder a porta:
Mas
felizmente a vida nos conforta
De
esperança, uma dúbia claridade.
Porque
(ninguém se iluda), "isto" que assim
A
pobre Pátria fere, ultraja e explora,
Jamais
o sonho foi de Benjamin.
Os
motivos do mal não são mistério:
—
É que a gentinha que governa agora
É
o rebotalho que sobrou do Império.
Manuel Bastos Tigre
(Recife, 12 de março de 1882 — Rio de Janeiro, 1 de agosto de 1957) foi um bibliotecário,
jornalista, poeta, compositor, humorista e destacado publicitário brasileiro.
Steve Jobs: De incendiário a
bombeiro
João Luís de Almeida Machado
João Luís de Almeida Machado
- 15/02/2016
De estilingue a vidraça
13/05/2016
0:00
Críticos
das políticas adotadas pela presidente afastada assumem cargos no novo governo
e agora poderão aplicar as receitas que recomendavam
A
equipe que chegará com Henrique Meirelles ao Ministério da Fazenda do governo
de Michel Temer é formada por estilingues da política econômica da presidente
afastada Dilma Rousseff. Entre os que agora vão se tornar vidraça, há nomes
assíduos no debate econômico pela imprensa, identificados com críticas
recorrentes à condução da economia pelo governo afastado. Alguns deles,
coerentemente, participaram da elaboração de programas econômicos patrocinados
por partidos até ontem oposicionistas.
É
possível localizar, no segundo escalão da Fazenda, compreensivelmente, um peso
inédito de especialistas em finanças públicas, dada a prioridade do novo
governo ao ajuste fiscal. Menos pela presença do economista Mansueto Almeida
Jr. à frente do Tesouro Nacional, afinal um lugar reservado para quem tem
intimidade com as contas públicas, caso do economista licenciado do Ipea. Nesse
sentido, é mais significativa a indicação do consultor do Senado Marcos Mendes
para a Secretaria de Política Econômica da Fazenda.
Ocupado
normalmente por macroeconomistas, desta vez o posto está sendo entregue a um
técnico focado em questões fiscais e gestão pública. De perfil liberal, Mendes
é um dos editores do site “Brasil — economia e governo”, que se propõe, em
parceria com o Instituto Fernand Braudel, a disseminar análises que “ajudassem
os eleitores a entender as escolhas feitas pelo setor público na gerência da
economia”.
Mendes
terá a missão de reunir informações e produzir análises que sirvam de base para
a definição de políticas pela Fazenda e um modo curioso, mas efetivo de resumir
suas ideias pode ser encontrado na identificação que deu a si mesmo, na
assinatura do artigo “Uma fábula da produtividade”, publicado no jornal “O
Estado de S. Paulo”, em setembro do ano passado: "Marcos Mendes tem
graduação, mestrado e doutorado em Economia, custeados pelos contribuintes, em
universidades públicas. Não se anuncia como ‘economista’, pois não é filiado ao
Conselho Regional de Economia e não quer ser processado por isso. É servidor
público bem remunerado.”
Uma
outra ponta da política econômica foi amarrada com a indicação para a
presidência do Banco Central de um economista vindo do mercado e que já ocupou
cargo na diretoria da instituição. Ilan Goldfajn, o escolhido, é
economista-chefe do Itaú Unibanco, o maior banco privado brasileiro, e foi
diretor do Banco Central, na equipe de Arminio Fraga, na fase final do segundo
mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ligado aos economistas da
PUC-Rio que formularam e executaram o Plano Real, comunga de uma linha de
pensamento econômico ortodoxa. Em relação à política de juros, talvez seja
possível posicioná-lo num ponto médio entre “falcões" e “pombos”.
Há
uma semana, ao analisar os termos da ata da reunião de fins de abril do Comitê
de Política Monetária (Copom), Goldfajn concluiu ser possível iniciar em agosto
um ciclo de cortes na taxa básicas de juros, com uma redução de 0,5 ponto
percentual a cada uma das três reuniões até o fim do ano. Na “revisão de
cenário” publicada na semana passada, já considerando o afastamento de Dilma,
continuou projetando queda de 4% no PIB deste ano, mas melhorou a previsão para
2017, de expansão de 0,3% para 1%. Também melhorou a estimativa do resultado
fiscal primário do ano que vem, que baixou de um déficit de 2,1% do PIB para 1%
do PIB, e previu que a inflação fecharia 2016 com alta de 6,9%, mas chegaria na
borda do centro da meta em 2017, com elevação, no fim do ano, de 5%.
Crescem,
de fato, os sinais de que, por uma dessas ironias do destino e da natureza do
fenômeno econômico, o governo Temer se beneficiará de uma recuperação cíclica
da economia, depois de concluídas as correções empreendidas, aos trancos e
barrancos, pela presidente afastada. Os novos responsáveis pela política
econômica começam a aplicar as receitas que recomendavam àqueles que criticavam
com a possível sorte de colher os primeiros resultados positivos por gravidade.
José Paulo Kupfer
é jornalista
De incendiário a bombeiro
FREI BENTO DOMINGUES, O.P.
26/01/2003
- 00:00
No
próximo dia 28 é a festa de S. Tomás de Aquino (1225-1274). Com santo Alberto
Magno, seu mestre e amigo, ambos dominicanos, desenhou e executou um dos
projectos mais arrojados e geniais na história da teologia do Ocidente:
inculturar a fé cristã na difamada razão aristotélica, enfrentando o desafio
dos filósofos judeus e muçulmanos.A tentativa foi condenada e recondenada em
Paris e em Oxford pelos respectivos bispos e canonizada quando já começava a
ser preciso ir muito mais long...
Odebrecht emprestou verba à ‘Carta
Capital’ a pedido de Mantega
Financiamentos
no valor de R$ 3,5 milhões foram feitos pelo departamento de propinas da
empreiteira
por Guilherme Amado
13/12/2016
4:30 / Atualizado 13/12/2016 7:11
O jornalista Mino Carta no Sem
Censura, da TV Brasil
ÚLTIMAS
DE BRASIL
Janot
pede que STF devolva à primeira instância investigação por obstrução à
Lava-Jato 25/01/2017 11:34
Dona
Marisa continua sob cuidados intensivos após AVC25/01/2017 10:58
Cotados
a vaga de Teori Zavascki no Supremo chegam a 1525/01/2017 10:54
Após
cumprir pena do mensalão, Roberto Jefferson tem dificuldade para retirar
passaporte 25/01/2017 10:36
BRASÍLIA
— A Construtora Norberto Odebrecht fez dois empréstimos para a Editora
Confiança, responsável pela revista “Carta Capital”, no valor total de R$ 3,5
milhões, entre 2007 e 2009, a pedido do então ministro da Fazenda, Guido
Mantega. A operação foi feita pelo Setor de Operações Estruturadas, o
departamento da empreiteira que geria as propinas pagas. As informações constam
de um dos anexos da delação premiada do executivo Paulo Cesena, que presidia
até o mês passado a Odebrecht Transport, mas foi, antes disso, diretor
financeiro da construtora.
Veja
também
Em
delação, ex-diretor da Odebrecht descreve em detalhes locais de encontros com
políticos
Marcelo
Odebrecht presta primeiro depoimento de sua delação premiada
PF
indicia Lula, Palocci, Marisa Letícia e mais quatro na Lava-Jato
Cerca
de 85% do empréstimo já teriam sido quitados pela editora, de acordo com
Cesena, por meio de eventos que tiveram o patrocínio da Odebrecht.
Cesena
disse que recebeu a ordem de fazer um aporte de recursos para a Editora
Confiança, em 2007, diretamente de Marcelo Odebrecht, então presidente da holding e
atualmente preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e também
delator da Lava-Jato
“Marcelo
Odebrecht me chamou para uma reunião em sua sala, no escritório em São Paulo, e
me informou que a companhia faria um aporte de recursos para apoiar
financeiramente a revista ‘Carta Capital’, a qual passava por dificuldades
financeiras. Marcelo me narrou que esse apoio era um pedido de Guido Mantega,
então ministro da Fazenda”, afirmou Cesena à Lava-Jato.
Em
seguida, o delator disse ter entendido que se tratava de algo de interesse do
PT.
“Entendi
que esse aporte financeiro tinha por finalidade atender a uma solicitação do
governo federal/Partido dos Trabalhadores, pois essa revista era editada por
pessoas ligadas ao partido”, afirmou.
Marcelo
Odebrecht também pediu a Cesena que contribuísse com a revista para que eles
organizassem suas finanças e concebessem um plano de negócios sustentável.
Marcelo temia que pudessem vir novos pedidos de dinheiro.
O
presidente da holding teria orientado Cesena a procurar o jornalista
Mino Carta, diretor de redação da publicação, e o economista Luiz Gonzaga
Belluzzo, consultor editorial da “Carta”, para que fosse negociado o apoio
financeiro.
A
primeira reunião, no segundo semestre de 2007, ocorreu na sede da editora, na
capital paulista. Cesena disse terem participado do encontro Mino Carta,
Belluzzo e a diretora administrativa da editora, Manuela Carta. Nessa conversa,
Cesena afirmou terem sido mencionados apenas pontos relacionados ao plano de
negócios da revista e iniciativas para aumentar as vendas.
Nos
encontros posteriores, apenas com Manuela, Cesena comunicou-lhe que o
empréstimo seria de R$ 3 milhões, por meio de um mútuo (empréstimo feito entre
duas pessoas jurídicas), a ser pago em três anos, e que seriam cobrados juros à
taxa de Certificado de Depósito Interbancário (CDI), acrescidos de 2% ao ano.
Cesena
afirmou que a operação foi feita por meio do Setor de Operações Estruturadas,
comandado por Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, também delator na
Lava-Jato. Embora tenha afirmado que não saberia detalhar, Cesena disse ter a
informação de que “a operação e o pagamento à ‘Carta Capital’ se deu na forma
de mútuo oriundo do caixa dois da Construtora Norberto Odebrecht”.
O
segundo empréstimo teria ocorrido em 2009, solicitado por Belluzzo, desta vez
no valor de R$ 500 mil. Novamente, após receber autorização de Marcelo
Odebrecht, o apoio financeiro foi feito por meio do departamento da propina.
A
Editora Confiança já teria honrado R$ 3 milhões da dívida, por meio de
patrocínios que a Odebrecht deu a eventos da “Carta Capital” de 2010 a 2012.
“Em
uma das reuniões que tive com Manuela Carta, a mesma apresentou-me o
planejamento de eventos que a editora iria promover e questionou-me acerca do
interesse em patrociná-los e que usaria esses recursos para amortizar o mútuo”.
Entre
as provas, Cesena entregou e-mails, planilhas demonstrando a alocação de
recursos e notas fiscais mostrando o patrocínio aos eventos da “Carta”.
Manuela
Carta diz que o delator se expressou mal e que não houve empréstimo, mas um
acordo de publicidade que previa um adiantamento de verbas. Segundo ela, tudo
já foi quitado, com páginas de publicidade e o patrocínio da Odebrecht a
eventos. Ela citou o apoio da empreiteira aos encontros chamados “Diálogos
Capitais” e “Fórum Brasil”, e a um encontro com a presença do economista Paul
Krugman.
—
Temos tudo contabilizado — disse Manuela.
Belluzzo
diz que procurou Marcelo Odebrecht e que foi firmado um acordo financeiro:
—
Estávamos numa situação difícil e fizemos um mútuo que carregamos no nosso
balanço por muito tempo, porque a revista estava precisando de financiamento.
Está tudo no balanço da empresa, não tem nada escondido — disse ele.
Depois,
segundo ele, foi negociado que o pagamento seria feito por meio de páginas de
publicidade na revista. Manuela e Beluzzo negam a participação de Mantega na
operação e dizem que não sabiam que o dinheiro havia saído do Setor de
Operações Estruturadas da Odebrecht.
(Colaborou
Marco Grillo)
Nota de esclarecimento
CartaCapital:
A verdade sobre o dinheiro da Odebrecht
por
Manuela Carta — publicado 13/12/2016 12h57
Embora
as informações pertinentes tenham sido prestadas ao jornal O Globo, as
distorções na reportagem “Odebrecht ‘emprestou’ verba a CartaCapital”,
publicada na edição desta terça-feira 13, exigem novos esclarecimentos:
1.
Em 2007 e 2009, a Odebrecht fez um adiantamento de publicidade no valor total
de 3,5 milhões de reais a CartaCapital, uma operação normal no mercado.
Naquele momento, a revista procurou vários anunciantes em busca de um reforço
de caixa. O adiantamento foi negociado diretamente com a empresa por Mino Carta
e Luiz Gonzaga Belluzzo, sócios da Editora Confiança, que edita a revista CartaCapital.
Não houve interferência de ninguém a nosso favor.
2.
O adiantamento foi pago da forma tradicional: por meio de anúncios e
patrocínios de eventos. A Odebrecht chancelou vários de nossos seminários
regulares intitulados “Diálogos Capitais”, bem como patrocinou a premiação “As
Empresas Mais Admiradas no Brasil” em 2009, 2011, 2012, 2013 e 2014. Em 2013,
figurou entre os patrocinadores do “Fórum Brasil”, que trouxe o economista Dani
Rodrik. No ano seguinte, também patrocinou o mesmo evento, cujo principal
palestrante foi Paul Krugman, Nobel de Economia. A editora possui os registros
e notas fiscais dos anúncios publicados e eventos realizados.
3.
Uma das maiores empresas do País, a Odebrecht regularmente anuncia e
patrocina eventos em diversos veículos, entre eles, o próprio O Globo. CartaCapital não
sabe e não tem obrigação de saber de onde vieram os recursos do adiantamento da
verba de publicidade. Não existe carimbo em dinheiro e trata-se de má-fé
acreditar que o investimento na revista saiu de “um departamento de propina” e
o aplicado nos demais meios de comunicação tem origem lícita. Além disso, o
investimento publicitário da empreiteira deu-se quando não havia nenhum sinal
do envolvimento da empresa nas ilicitudes apontadas pela Operação Lava Jato.
Lembremos que outros meios de comunicação receberam verbas da Odebrecht em
2016, quando os fatos eram sobejamente conhecidos, nem por isso esses veículos
podem ser acusados de conivência com qualquer tipo de atitude da empresa ou de
defender este ou aquele interesse.
4.
Desconfiamos que o vazamento dessa citação distorcida a CartaCapital esteja
relacionado ao fato de não termos abdicado do dever jornalístico de apontar os
erros e abusos da Operação Lava Jato, além da nossa conhecida postura crítica
em relação aos meios de comunicação, em grande medida responsáveis, no nosso
entender, pelo clima de caça às bruxas reinante no Brasil. Nossa lisura e
transparência, reforçadas semanalmente ao longo dos últimos 22 anos, não serão
abaladas por essa classe de ilações.
*Manuela Carta é publisher de CartaCapital
Glossário
publishernoun [ C ]
UK /ˈpʌb.lɪ.ʃər/ US /ˈpʌb.lɪ.ʃɚ/
B2 an organization that publishes text or music
an employee of a publishing company who has responsibility for deciding what is published
Exemplos
Janet
edited books for a variety of publishers.
He
sent the 400-page manuscript to his publisher.
Thesaurus:
sinônimos e palavras relacionadas
(Definição
de "publisher" do Cambridge Advanced Learner's Dictionary &
Thesaurus © Cambridge University Press)
1. Publisher
Significado
de Publisher Por Dicionário inFormal (SP) em 06-10-2015
1.
Pessoa que torna uma obra impressa disponível para o público; editor.
2. Aquele responsável pelas áreas editorial e comercial.
2. Aquele responsável pelas áreas editorial e comercial.
Porque publisher,
voltando ao modelo americano, nunca tem responsabilidade editorial. Ela ou ele
são os responsáveis pela área comercial.
Os
fundamentos históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social brasileiro na
contemporaneidade
Maria Carmelita Yazbek
Professora da Faculdade de Serviço Social da UNLP/Argentina e da PUC/SP
•
de idéias e conteúdos doutrinários do pensamento social da Igreja Católica, em seu processo de institucionalização no Brasil;
Os
referenciais orientadores do pensamento e
da ação do emergente Serviço Social
tem sua fonte na Doutrina Social da
Igreja, no ideário franco‐belga
de ação social e no pensamento de São Tomás de Aquino (séc. XII): o tomismo e o neotomismo
(retomada em fins do século XIX do
pensamento tomista por Jacques Maritain na França e pelo Cardeal Mercier na Bélgica tendo tendo em vista "aplicá‐lo" às necessidades de
nosso tempo).
Glossário
Tomismo
‐ referência ao pensamento
filosófico de São Tomás de Aquino (1225) um
teólogo dominicano que escreveu obra
filosófica caracterizada por uma perspectiva humanista e metafísica do ser que vai marcar o pensamento da Igreja Católica a partir do século XIII. Merece destaque na obra de S. Tomás a Súmula Teológica.
Neotomismo ‐ retomada do pensamento de São Tomás a partir do papa Leão XII em
1879 na Doutrina Social da Igreja e
de pensadores franco belgas como Jacques Maritain na França e do Cardeal
Mercier na Bélgica. Buscavam nesta
filosofia diretrizes para a abordagem da questão social.
São Tomás de Aquino
Por Willyans Maciel
Mestre
em Filosofia (UFPR, 2013)
Bacharel em Filosofia (UFPR, 2010)
Bacharel em Filosofia (UFPR, 2010)
Um
dos principais filósofos do período conhecido como escolástica, Tomás de Aquino foi um filósofo
da idade média proponente da teologia natural, disciplina dedicada a provar a
existência de Deus ou de seus atributos por modos puramente filosóficos, e
originador do tomismo, uma tentativa de conciliar as
posições e métodos de Aristóteles com o cristianismo, adotado como a
principal corrente filosófica oficial da Igreja Católica. Diversos aspectos da
filosofia ocidental floresceram como respostas a posicionamentos de Aquino, com
influência na ética, teoria politica e metafísica.
Diferente
de seus antecessores, Tomás de Aquino foi mais ligado à filosofia de
Aristóteles do que a Platão e o platonismo, colocando a
escolástica em uma nova fase, com maior enfase no uso da razão e ampliando o
uso das novas fontes aristotélicas, novas transcrições e traduções dos escritos
de Aristóteles, especialmente acerca de metafísica e epistemologia. Aquino promoveu, acompanhado
por Alberto Magnus, uma síntese da doutrina cristã e da teoria aristotélica,
ajudando a definir o que seria a filosofia da igreja Católica. Defendeu a razão
e argumentação como base da filosofia, rejeitou o platonismo e agostinianismo,
posições que dominaram os primeiros anos da escolástica.
Embora
tenha defendido que o conhecimento da verdade é facultado ao homem pela graça
divina, Aquino defendeu que há muitas coisas que os humanos podem conhecer, sem
a necessidade de intervenção da divindade. Aquelas coisas que se pode aprender
pelos sentidos, seriam passíveis de conhecimento por ser esta a característica
humana. Aquino compara os humanos com a água, que não tem o poder de aquecer a
si mesma, mas quando exposta ao fogo aquece-se, da mesma maneira, o humanos não
teriam o poder de revelar a verdade a si mesmos, mas quando expostos aquelas
coisa feitas para serem conhecidas pelos sentidos, inteligíveis, são capazes de
conhece-las.
No
campo da ética, defendeu que a razão de cada pessoa dita que esta aja de
maneira virtuosa, pois são prescritos pela lei natural. Por outro lado, aceita
que nem todos os atos virtuosos sejam contidos na lei natural, quando
consideramos o ato em si mesmo, como ele aparece no contexto. Esta lei natural
seria, segundo ele, identificada com os princípios primeiros da ação humana.
Definiu ainda, baseado na Ética a Nicômaco, de Aristóteles, quatro virtudes
cardinais a prudência, temperança justiça e coragem. Virtudes estas naturais e
inerentes a todos. Por outro lado, definiu um outro conjunto de três virtudes
que seriam sobrenaturais, as quais chamou "virtudes teológicas",
seriam elas a fé, esperança e caridade.
Na
teoria da guerra justa que Agostinho de Hipona desenvolvera séculos antes,
definiu ainda os três condições para uma guerra justa. Aquino não apresentou
conclusões diferentes daquelas apresentadas por Agostinho, mas procurou definir
os critérios de modo mais claro e objetivo. Embora defende-se o pacifismo
filosófico, a posição de que as pessoas deveriam evitar a guerra tanto quanto
possível, acreditava que as pessoas deveriam aderir a guerra, se esta fosse
necessária para manter a paz no longo prazo. Em primeiro lugar deve-se analisar
se a guerra é levada a cabo por uma boa causa, caso seu objetivo seja o poder
ou a riqueza, a adesão a tal guerra deve ser rejeitada. Em seguida, verificar
se a guerra foi declarada por uma autoridade legítima. Por ultimo, em meio a
violência, característica da guerra, a paz como motivação central deve ser o
objetivo a todo o tempo.
Aquino
dedicou-se ainda a apontar o que considerou erros de interpretação do
comentador Averróis, importante pensador islâmico, permitindo a incorporação da
filosofia de Aristóteles. O aristotelianismo cristão promovido a partir de seu
trabalho seria criticado posteriormente por Maquiavel e discutido por diversos
filósofos modernos e contemporâneos.
Referências bibliográficas:
ALARCÓN, E.; FAITANIN, P. "Atualidade do tomismo". Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2008.
ALARCÓN, E.; FAITANIN, P. "Atualidade do tomismo". Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2008.
Faitanin,
Paulo. A Sabedoria do Amor: iniciação à filosofia de Santo Tomás de Aquino [Love’s
philosophy: initiation to Saint Thomas Aquinas’ philosophy] Instituto Aquinate.
2008.
HIRSCHBERGER,
Johannes. História da Filosofia na Idade Média. Trad. Alexandre Correia. São
Paulo: Herder, 1966.
McGrath,
Alister. 1998. Historical Theology: An Introduction to the History of
Christian Thought. Oxford: Blackwell Publishers. Chapter 1 'The Patristic
Period, c. 100-451.
Tomás de Aquino
Frei
católico
Biografia de Tomás de Aquino
Tomás
de Aquino (1225-1274) foi um frei católico, filósofo e teólogo italiano da
Idade Média, da Ordem Dominicana Foi santificado pelo Papa João XXII. É o autor
da “Suma Teológica” onde faz uma clara exposição dos princípios do catolicismo.
Tomás
de Aquino (1225-1274) nasceu no castelo de Roccasecca, em Aquino, na região do
Lácio, no sul da Itália. Sua família, de origem lombardo-normanda, se destacou
a serviço do imperador da Alemanha, Frederico II, também rei da Sicília.
Dos
5 aos 10 anos, Tomás de Aquino fez seus estudos com os monges da vizinha cidade
de Monte Cassino. Em 1239, foi enviado para Nápoles, onde estudou as artes
liberais, conjunto de disciplinas de iniciação ao conhecimento filosófico e
teológico.
Em
1240, tornou-se discípulo do Santo Aberto Magno. Em 1252, formou-se em
Teologia. Na Itália, foi nomeado professor na cúria pontifical de Roma.
Reestruturou o ensino na Universidade de Nápoles. Foi professor na Universidade
de Paris.
Tomás
de Aquino tem importância fundamental para o pensamento filosófico e teológico
do ocidente. Em sua obra principal, a “Suma Teológica”, expôs através de
questões, os assuntos mais relevantes sobre a fé e o conhecimento filosófico.
Na obra, mostra a relação entre o cristianismo e a filosofia clássica grega,
tendo as ideias de Aristóteles como fundamento. O conjunto de livros é uma das
obras centrais da literatura ocidental, além de ser o sustentáculo do Tomismo,
corrente filosófica que tem as teorias de Tomás de Aquino como substrato.
O
Tomismo foi um dos argumentos usados pela igreja católica para reafirmar a fé
cristã, principalmente na Contra Reforma, que tinha a intenção de combater o
protestantismo na Europa. Tomás de Aquino foi considerado doutor da igreja
católica e príncipe da escolástica.
Tomás
de Aquino não estudou diretamente os temas sociológicos , mas ao tratar da
sociedade como elemento necessário ao aperfeiçoamento da personalidade humana,
examinou detidamente a sua origem e finalidade, suas características, suas
formas principais, suas relações com os indivíduos etc. Em 1273, em viagem ao
Concílio Ecumênico de Lion, na França, adoeceu gravemente, sendo recolhido ao
Mosteiro de Fossanova.
Tomás
de Aquino faleceu em Fossanova, na Itália, no dia 7 de março de 1274. Foi
santificado pelo Papa João XXII, em 1323.
ENVELHECER...
Entra
pela velhice com cuidado,
Pé
ante pé, sem provocar rumores
Que
despertem lembranças do passado,
Sonhos
de glórias, ilusões de amores.
Do
que tiveres no pomar plantado,
Apanha
os frutos e recolhe as flores;
Mas
lavra, ainda, e planta o teu eirado,
Que
outros virão colher quando te fores.
Não
te seja a velhice enfermidade.
Alimenta
no espírito a saúde,
Luta
contra as tibiezas da vontade.
Que
a neve caia, o teu ardor não mude.
Mantém-te
jovem, pouco importa a idade;
Tem
cada idade a sua juventude!...
ENVELHECER... (II)
Boa
noite, velhice, vens tão cedo!
Não
esperava, agora, a tua vinda.
Eu
tão despreocupado estava, ainda,
Levando
a vida como num brinquedo...
Tens
tão meigo sorriso e um ar tão ledo;
Nos
teus cabelos como a prata é linda!
Ao
meu teto, velhice, sê bem-vinda!
Fica
à vontade. Não me fazes medo.
E
ela assim me falou, em tom amigo:
—
Estranha me supões, mas, em verdade,
Há
muito tempo que, ao teu lado, eu sigo.
Mas,
da vida na estúrdia alacridade,
Não
me viste viver, seguir contigo...
Eu
sou, amigo, a tua mocidade.
VITA BREVIS
"A
vida — dizes tu — tão curta é a vida!
Setenta
anos... oitenta... e é a morte, é o nada!
Não
vale a pena tão penosa lida
Para
tão breve e rápida jornada"...
É
que medes a vida mal medida,
Aos
teus cinco sentidos limitada,
Entre
um tálamo e um túmulo vivida,
Pela
ambição e o egoísmo partilhada.
Mas
vive além da tua natureza,
Foge
à matéria e o espírito exercita
Em
ações de Bondade e de Beleza;
Belo
e útil faze quanto em ti palpita
E
sentirás, com glória e com surpresa,
Como
a vida é imortal, indefinida...
Bastos Tigre
Se é bayer é bom! Rsrs
Jingle - Chopp em Garrafa / Chopp
da Brahma (1935)
Publicado
em 4 de mar de 2012
Chopp
da Brahma
Marcha
Primeiro disco de propaganda gravado no Brasil. (1935)
autores: Ary Barroso e Bastos Tigre.
O Brahma Chopp em garrafa,
querido em todo o Brasil
corre longe a banca abafa .....bis
é igualzinho ao do barril.
Quando o tempo está abafado
o que o tempo desabafa
é o Brahma Chopp gelado...bis
de barril ou de garrafa
Chopp em garrfa tem justa fama
é o mesmo chopp ... bis
Chopp da Brahma
Desde maio até janeiro
e de fevereiro a abril
chopp da Brahma é o primeiro ....bis
de garrafa ou de barril
Quem o contrario proclama,
diz uma coisa imbecil
inveja do Chopp Brahma.... bis
de garrafa ou de barril.
Na época do lançamento desta marchinha o chopp engarrafado era uma novidade e para promover as vendas do novo produto a Cervejaria Brahma encomendou esta peça publicitária.
Cantores mais famosos foram convidados para gravá-la , mas coube ao então desconhecido Orlando Silva a proeza de lançá-la ao público.
Marcha
Primeiro disco de propaganda gravado no Brasil. (1935)
autores: Ary Barroso e Bastos Tigre.
O Brahma Chopp em garrafa,
querido em todo o Brasil
corre longe a banca abafa .....bis
é igualzinho ao do barril.
Quando o tempo está abafado
o que o tempo desabafa
é o Brahma Chopp gelado...bis
de barril ou de garrafa
Chopp em garrfa tem justa fama
é o mesmo chopp ... bis
Chopp da Brahma
Desde maio até janeiro
e de fevereiro a abril
chopp da Brahma é o primeiro ....bis
de garrafa ou de barril
Quem o contrario proclama,
diz uma coisa imbecil
inveja do Chopp Brahma.... bis
de garrafa ou de barril.
Na época do lançamento desta marchinha o chopp engarrafado era uma novidade e para promover as vendas do novo produto a Cervejaria Brahma encomendou esta peça publicitária.
Cantores mais famosos foram convidados para gravá-la , mas coube ao então desconhecido Orlando Silva a proeza de lançá-la ao público.
Categoria
Animais
Licença
Licença
padrão do YouTube
ORLANDO SILVA - MUSICAL (Programa
na TV)
Publicado
em 9 de mai de 2014
Programa
"Só pra lembrar" apresentado por Albino Pinheiro
Orlando Silva o cantor das multidões
Coletânea de vídeos
Orlando Silva o cantor das multidões
Coletânea de vídeos
Categoria
Música
Licença
Licença
padrão do YouTube
MORTE E VIDA SEVERINA
O
meu nome é Severino,
como não tenho outro da pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria.
Como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos:é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da Serra da Costela,
limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos
já finados,Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
De JOÃO CABRAL DE MELO NETO
como não tenho outro da pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria.
Como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos:é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da Serra da Costela,
limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos
já finados,Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
De JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Referências
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=2718
https://www.publico.pt/espaco-publico/jornal/de-incendiario-a-bombeiro-197561
http://oglobo.globo.com/brasil/odebrecht-emprestou-verba-carta-capital-pedido-de-mantega-20635961
http://www.cartacapital.com.br/politica/cartacapital-a-verdade-sobre-o-dinheiro-da-odebrecht
http://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/Publisher
http://www.dicionarioinformal.com.br/publisher/
http://cressrn.org.br/files/arquivos/ZxJ9du2bNS66joo4oU0y.pdf
http://www.infoescola.com/biografias/sao-tomas-de-aquino/
https://www.ebiografia.com/tomas_de_aquino/
Nenhum comentário:
Postar um comentário