No
Brasil, os índios ocupam o último lugar na escala social. São os mais
invisíveis dos invisíveis, os mais discriminados entre os discriminados, os
mais ultrajados entre os ultrajados. Estão mortos, antes mesmo de morrer. Luiz
Ruffato
Suas Memórias
do cárcere pertencem ao reduzido rol de obras que atravessarão os tempos
porque a arte da escrita reforçou imensamente a pungência intrínseca aos
episódios e às circunstâncias expostas pelo autor e por ele padecidas. Jacob
Gorener
Jacob Gorender
Print version ISSN 0103-4014
On-line version ISSN 1806-9592
On-line version ISSN 1806-9592
Estud.
av. vol.9 no.23 São Paulo Jan./Apr. 1995
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40141995000100021
HISTÓRIA
E LITERATURA
Após
ter dirigido a política brasileira durante 13 anos, o PT está se convertendo em
um partido minoritário e até marginal
Ao
EL PAÍS, presidenta afastada chama Michel Temer e aliados de "horda de
hunos"
Petista,
falando no Alvorada, volta a acenar com plebiscito sobre novas eleições
Brasilia 24 JUN
2016 - 11:42 BRT
O
Brasil, país racista e preconceituoso, sempre demonstrou profundo desprezo
pelos povos indígenas
Estamos
em face do colapso do sistema partidário, atingido falência representativa e
renúncia a qualquer ordem de opção ideológica ou programática
por Roberto Amaral — publicado 15/07/2016
11h50, última modificação 15/07/2016 11h59
Senhor
Hermes Lima,
Nascido
na Bahia, estava à vossa espera nesta Casa a Cadeira que parece especialmente
reservada aos vossos conterrâneos. Patrocinada por Castro Alves, foi um de seus
ocupantes Euclides da Cunha, filho de baiano, ao qual sucedeu Afrânio Peixoto,
representante característico da poliforme inteligência de vossa terra. A
Afrânio substituiu Afonso Pena Júnior, mineiro ilustre, cujo magnífico perfil,
como homem e escritor, acabais de traçar com mestria, e ele frequentemente
declarava dever grande parte da felicidade de sua vida ao seu matrimônio com
uma baiana.
A
partir do diálogo que Silviano Santiago estabelece com Graciliano Ramos, um dos
mais célebres escritores brasileiros, este artigo trabalha em paralelo tanto o
livro de Santiago, Em Liberdade, escrito às vésperas do final da ditadura
militar brasileira (1964-1985), como o de Ramos, Memórias do Cárcere. Através
de um mergulho em ambos os textos, perseguimos a constante hesitação de
Graciliano Ramos em rememorar seu tempo de prisão durante a ditadura do Estado
Novo (1937-1945). Nesta hesitação, relembramos os compromissos assumidos pelo
Partido Comunista brasileiro, especialmente em relação aos processos de
transformação social e das mazelas estruturais do capitalismo em tempos de
ditadura e de Guerra Fria.
Mal
estar de escrever: memórias de cárcere em tempos de ditadura e de Guerra Fria
Elizabeth Cancelli 1
Começamos
oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e
Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda
nos podemos mexer. (Graciliano Ramos)
1 A autora é professora do Departamento de
História da Universidade de São Paulo (USP). Esta pesquisa contou com
financiamento do CNPq e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo.
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