“EU PAGO O PREÇO QUE FOR PELA
LIBERDADE DE EXPRESSÃO DA MINHA ALMA.” ZIZI POSSI
Zizi Possi - Sobre Todas as Coisas
Tudo se transformou
Palavras/Tudo se transformou - Zizi
Possi no Tom Jazz (21/08/10)
ZIZI POSSI - "Flor do
sol" - EP "O mar me leva"
ZIZI POSSI
PUBLICADO
EM 04/06/16 - 03h00
LUCAS SIMÕES
Em
entrevista ao Magazine, Zizi Possi conta sobre mais um projeto para levar
aos palcos neste ano. Além de dois shows mantidos ao mesmo tempo, “Piano e
Voz”, com a carreira repaginada em formato acústico, e “Na Sala”, no qual Zizi
entoa apenas canções que marcam sua memória afetiva, a cantora vai estrear um
espetáculo mais teatral, dirigido pelo irmão, José Possi Neto, e baseado em seu
período de depressão.
Como
o show “Piano e Voz” alimenta sua carreira hoje? Ele te instiga a coisas novas,
mesmo sendo baseado em rever boa parte de sua trajetória?
Eu olho a minha carreira quando estou no palco, quando passo as músicas, claro. Mas o mais importante é que esse show me dá a liberdade de firmar minhas próprias percepções e amadurecê-las ainda hoje. O (pianista) Jether vai escrevendo tudo bonitinho, vamos incluindo canções. Eu vou pedindo um acorde aqui, outro ali. E aí a gente vai ver como é que fica. Ás vezes, uma coisa que soa muito bem num instrumento acaba não soando no outro. É isso o que eu percebo com o tempo de carreira. Bossa nova, por exemplo, eu gosto no violão, no piano eu não sou muito fã. Porque as possibilidades rítmicas do piano te oferecem universos diferentes da bossa nova. Isso é uma coisa minha, pessoal. Mas é claro que eu não sou a dona da verdade. Eu gosto sempre de testar o que canto. Recentemente, com o show “Na Sala”, tenho cantado coisas como Bee Gees, Vicente Celestino, Rita Pavone. Não há estilo, gênero, filtros. Canto canções que marcaram a minha vida, minha infância e adolescência.
Eu olho a minha carreira quando estou no palco, quando passo as músicas, claro. Mas o mais importante é que esse show me dá a liberdade de firmar minhas próprias percepções e amadurecê-las ainda hoje. O (pianista) Jether vai escrevendo tudo bonitinho, vamos incluindo canções. Eu vou pedindo um acorde aqui, outro ali. E aí a gente vai ver como é que fica. Ás vezes, uma coisa que soa muito bem num instrumento acaba não soando no outro. É isso o que eu percebo com o tempo de carreira. Bossa nova, por exemplo, eu gosto no violão, no piano eu não sou muito fã. Porque as possibilidades rítmicas do piano te oferecem universos diferentes da bossa nova. Isso é uma coisa minha, pessoal. Mas é claro que eu não sou a dona da verdade. Eu gosto sempre de testar o que canto. Recentemente, com o show “Na Sala”, tenho cantado coisas como Bee Gees, Vicente Celestino, Rita Pavone. Não há estilo, gênero, filtros. Canto canções que marcaram a minha vida, minha infância e adolescência.
Você
prepara um espetáculo dirigido por seu irmão, José Possi Neto, que aborda de
alguma forma um período difícil para você, certo?
É um espetáculo que tem a ver com música eletroacústica, projeção, ensaios com atrizes e direção. É uma coisa grande. Tudo partiu de um momento meu, uma depressão muito profunda, e o que me salvou foi escrever. E aí, um belo dia, meu irmão, José Possi Neto, perguntou o que eu estava fazendo. Eu estava lendo Nietzsche sem parar. Comecei a escrever, esbarrei com Nietzsche. Musicalmente tenho tudo na cabeça. E pretendo levar para 15 cidades, levar ao menos até as capitais.
É um espetáculo que tem a ver com música eletroacústica, projeção, ensaios com atrizes e direção. É uma coisa grande. Tudo partiu de um momento meu, uma depressão muito profunda, e o que me salvou foi escrever. E aí, um belo dia, meu irmão, José Possi Neto, perguntou o que eu estava fazendo. Eu estava lendo Nietzsche sem parar. Comecei a escrever, esbarrei com Nietzsche. Musicalmente tenho tudo na cabeça. E pretendo levar para 15 cidades, levar ao menos até as capitais.
Quais
influências você teve das mornas de Cabo Verde para gravar o EP “O Mar Me
Leva”?
O processo do EP não foi tão profundo a ponto de eu absorver as mornas, esse gênero tão bonito. Eu me apaixonei por uma música, “Olhos Fechados”, que a cantora Mayra Andrade canta. O Zeca Baleiro falou que tinha uma amiga que falava o “crioulo do povo” (língua difundida junto ao português oficial) para traduzir. Aí o Zeca não só me mandou a tradução, como uma versão feita por ele – e logo depois sugeriu que eu gravasse essa junto de outras três à minha escolha. Eu fiquei chocada porque as mornas são muito tristes, muito, e eu não queria cantar nada nostálgico. Por isso, fiz versões fortes, firmes, mas não de saudade. E foi maravilhoso.
O processo do EP não foi tão profundo a ponto de eu absorver as mornas, esse gênero tão bonito. Eu me apaixonei por uma música, “Olhos Fechados”, que a cantora Mayra Andrade canta. O Zeca Baleiro falou que tinha uma amiga que falava o “crioulo do povo” (língua difundida junto ao português oficial) para traduzir. Aí o Zeca não só me mandou a tradução, como uma versão feita por ele – e logo depois sugeriu que eu gravasse essa junto de outras três à minha escolha. Eu fiquei chocada porque as mornas são muito tristes, muito, e eu não queria cantar nada nostálgico. Por isso, fiz versões fortes, firmes, mas não de saudade. E foi maravilhoso.
ZIZI POSSI
Cantora
traz show acústico ao Palácio das Artes, remontando fases da carreira e
incluindo versos da música cabo-verdiana
Sobre Todas As Coisas- 1991- Zizi
Possi (Completo)
Zizi Possi Sobre Todas As Coisas -
Som do Vinil Canal Brasil
Artista: Mayra Andrade
Álbum:
Stória, stória... (2009)
Música: Odjus fitchádu
Português
translation
Olhos
fechados
Hoje
olhei para o céu
o
que vi foram estrelas
que
me disseram que ias mas não voltavas, meu amor
Pedi
aos anjos de Deus
para
virem buscar uma mulher
que
não quer levar a vida sem o teu amor
teu
amor...
Rainha
desamparada
procuro
o caminho
com
a espada e a força da saudade e da dor
Com
alma livre no tempo
quero
viver com os olhos fechados
para
ter-te comigo,
comigo...
Hoje
olhei para o céu
o
que vi foram estrelas
que
me disseram que ias mas não voltavas, meu amor
Pedi
aos anjos de Deus
para
virem buscar uma mulher
que
não quer levar a vida sem o teu amor
teu
amor...
Rainha
desamparada
procuro
o caminho
com
a espada e a força da saudade e da dor
Com
alma livre no tempo
quero
viver com os olhos fechados
para
ter-te comigo,
comigo...
teu
amor...
Cabo
Verde
Odjus
fitchádu
Oji
ta djobi pa seu
kel
ki-m odja foi strélas
ta
fl a-m ma-u bai pa-u ka bem más krê-tcheu
Pidi
ánjus di Deus
pa
bem buska um mudjer
ki
ka krê leba se vida sem bu amor
bu
amor…
Raínha
na dizampáru
m-sta
djobi kaminhu
ku
spáda i fórsa di sodádi i dor
Ku
álma livri na témpu
m-krê
vivi ku odjus fitchádu
pa-m
tenê-u djuntu ku mi,
ku
mi...
Oji
ta djobi pa seu
kel
ki-m odja foi strélas
ta
fl a-m ma-u bai pa-u ka bem más krê-tcheu
Pidi
ánjus di Deus
pa
bem buska um mudjer
ki
ka krê leba se vida sem bu amor
bu
amor…
Raínha
na dizampáru
m-sta
djobi kaminhu
ku
spáda i fórsa di sodádi i dor
Ku
álma livri na témpu
m-krê
vivi ku odjus fitchádu
pa-m
tenê-u djuntu ku mi,
ku
mi...
bu
amor...
letra:
mayra andrade
música: idan raichel
música: idan raichel
a
letra pertence à canção segundo a versão do álbum, pode não coincidir com a do
vídeo
Copyright:
Nenhum comentário:
Postar um comentário