EU
SOU um
pobre homem do Caminho Novo das Minas dos Matos Gerais. Se não exatamente da
picada de Garcia Rodrigues, ao menos da variante aberta pelo velho Halfeld e
que, na sua travessia pelo arraial do Paraibuna, tomou o nome de Rua Principal
e ficou sendo denominada a Rua Direita da Cidade do Juiz de Fora. Nasci nessa
rua, número 179, em frente à Mecânica, no sobrado onde reinava minha avó
materna. E nas duas direções apontadas por essa que é hoje a Avenida Rio Branco
hesitou a minha vida. A direção de Milheiros e Mariano Procópio. A da Rua
Espírito Santo e do Alto dos Passos (Nava; 1978, p. 13).
HISTÓRIA fio
a fio
CAPÍTULO I – O TEAR
CULTURA
29
de maio de 2016
O
juiz-forano e memória afetiva relacionada aos panos: Tribuna resgata, em três
capítulos, história da cidade através dos tecidos
POR
MAURO
MORAIS
Repórter
Companhia de Fiação e Tecelagem Santa Cruz, rua Lery Santos, em janeiro de 1964 (arquivo do Blog Maria do Resguardo).
Companhia de Fiação e Tecelagem Santa Cruz, rua Lery Santos, em janeiro de 1964 (arquivo do Blog Maria do Resguardo).
Companhia de Fiação e Tecelagem Santa Cruz, na Rua São Sebastião, em 1964. A Cia de Fiação e Tecelagem Santa Cruz foi fundada em 1918, com entrada principal na rua São Sebastião e que até hoje está preservada. Já esta entrada (da foto) foi demolida para a construção da entrada ( pela praçaP do Santa Cruz Shopping.
Fiação e Tecelagem Industrial Mineira, Av. dos Andradas, em janeiro de 1964 (arquivo do Blog Maria do Rosário)
Companhia de Fiação e Tecelagem
Industrial Mineira, posteriormente Ferreira Guimarães, na Av. dos Andradas em
1964
Av. Getúlio Vargas, fábrica Bernardo Mascarenhas, início do século XX ( arquivo de Xixa M. Carelli)
Av. Getúlio Vargas, fábrica Bernardo Mascarenhas, início do século XX ( arquivo de Xixa M. Carelli)
Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas em 1926, com vista da Praça Antônio Carlos
Das peças aos retalhos
Um retrato na parede
HISTÓRIA
fio a fio
CAPÍTULO II – O TECIDO
CULTURA
31
de maio de 2016
Lojas
de tecidos, concentradas na Marechal Deodoro, ajudam a contar sobre a cidade,
suas tradições e seus imigrantes
POR
MAURO
MORAIS
Repórter
À frente da Normandi, Mônica e
Liliane Bara presenciam o domínio dos tecidos importados
Pais e filhos entre panos
A medida da sensibilidade
PERFIL/Rogério
Belo
Rogério Belo é um dos únicos que
criam modelos em lojas de tecidos
HISTÓRIA
fio a fio
CAPÍTULO III – A COSTURA
CULTURA
1
de junho de 2016
Anteriormente
dominado pelos italianos, ofício da costura resiste na cidade
POR
MAURO
MORAIS
Repórter
Pesponto: futuro
Por
UOL
Por
Redação
Terra
Por
Wikipedia
Juiz de fora
História da Cidade
O
Juiz de Fora era um magistrado do tempo colonial nomeado pela Coroa Portuguesa
para atuar onde não havia juiz de direito. Daí a explicação para o nome da
cidade: um Juiz de Fora esteve de passagem na região e hospedou-se por algum
tempo numa fazenda, onde nas proximidades nasceria o povoado denominado Santo
Antônio do Paraibuna. Em1865, passa, então, a se chamar Juiz de Fora. Com
550.710 habitantes, de acordo com a estimativa do IBGE para 2014, o município
possui uma área territorial de 1.435,664 Km² .
Vista panorâmica de Juiz de Fora
Fonte: Prefeitura de Juiz de Fora
Aniversário de Juiz de Fora é
celebrado com apresentações musicais
Compositora Bia Bedran faz show no
aniversário de Juiz de Fora
Cristina
Ribeiro Villaça*
RESUMO
Leitura
da obra memorialística de Pedro Nava abordando o diálogo entre ficção e
história. Privilegiando o papel da memória como possibilidade de reconstrução
do passado, a escrita naveana insere-se no corpus literário do século XX,
conferindo ao gênero memorialístico, o status de literatura. A partir do pacto
esquecer/lembrar, enfoque do caráter fragmentário de tal construção discursiva.
Vanda
Arantes do Vale-
UFJF
EU
SOU um pobre homem do Caminho Novo das Minas dos Matos Gerais. Se não
exatamente da picada de Garcia Rodrigues, ao menos da variante aberta pelo
velho Halfeld e que, na sua travessia pelo arraial do Paraibuna, tomou o nome
de Rua Principal e ficou sendo denominada a Rua Direita da Cidade do Juiz de
Fora. Nasci nessa rua, número 179, em frente à Mecânica, no sobrado onde
reinava minha avó materna. E nas duas direções apontadas por essa que é hoje a
Avenida Rio Branco hesitou a minha vida. A direção de Milheiros e Mariano
Procópio. A da Rua Espírito Santo e do Alto dos Passos (Nava; 1978, p. 13).
Este
parágrafo inicia a obra de Pedro Nava (1903-1984). Pertence ao primeiro livro
de Memórias – Baú de ossos – lançado em 1972. Parafraseia Eça de Qeiróz que em
Carta a Pinheiro Chagas diz: “Eu sou um pobre homem da Povoa de Varzim”, texto
que é Epígrafe do Capítulo I – Setentrião. Seguiram-se outros livros de
Memórias: Balão cativo (1973), Chão de ferro (1976), Beira – mar (1978), Galo
das trevas (1981) e O círio perfeito (1983). Escrevia Cera das almas quando
suicidou-se, no Rio de Janeiro aos 81 anos incompletos em 1984i[1] .
ILMA
DE CASTRO BARROS E SALGADO
Doutorado
em Letras (Literatura Comparada) – UERJ
Da roça do dito Simão Pereira se
vai à de Matias Barbosa, e daí à roça de Antônio de Araújo, e desta à roça do
capitão José de Souza, donde se passa à roça do alcaide-mor Tomé Correia [...]
e desta à de Manuel de Araújo. E em todas essas jornadas se vai sempre pela
vizinhança do Paraibuna.
antonil, “Roteiro”
aquela
brisa do vale do Paraibuna trouxe uma nuvem do pólen do Registro de Matias
Barbosa, outra de Santo Antônio da Boiada. Elas caíram sobre as flores da roça
do alcaide-mor – que frutificaram Botanágua, Milheiros, Outra-Banda, Alto dos
Passos – Juiz de Fora.
imagens
de Minas
JUIZ
DE FORA – Manchester Mineira
DATILOSCRITO
A IMPORTÂNCIA DA PÁGINA DIREITA
Edina
Regina P. Panichi (UEL)
Eu
escrevo, geralmente, uma só vez, a máquina. Escrevo em folha dupla, quer dizer,
folha de papel almaço. Coloco o ponto que se dobrou para a direita, de modo
que, quando eu abro aquelas duas folhas de papel, na minha direita há uma folha
em branco. Quando faço substitui- ções, acréscimos e, de certa forma, quando eu
acho uma frase muito ruim, aquela eu tiro fora do texto, escrevo separado.
Geralmente a escrevo a mão, a lápis e procuro corrigir, ver onde é que está o
‘enguiço’ ali.
Ilustração da página direita dos
datiloscritos de Pedro Nava
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