Medo de Assombração no Senado
“investigados
não podem se esconder debaixo da saia da mulher com foro privilegiado”.
MEDO
DA SOMBRA
Publicado:
25 de junho de 2016 às 00:00 - Atualizado às 03:26
DEFESA DA IMUNIDADE DO
"LAR" É FEITA DE OLHO NO PRÓPRIO FUTURO. FOTO: MARCOS OLIVEIRA/SENADO
Políticos
de vários partidos temem virar “Gleisi Hoffmann amanhã”, por isso protestam
contra o mandado de busca no apartamento da senadora do PT-PR, cujo marido
Paulo Bernardo foi preso acusado de roubar tomadores de empréstimos
consignados. Eles acham que a imunidade da senadora, garantida por lei, é
estendida ao cônjuge investigado por corrupção. Não é. O juiz federal Paulo
Bueno Azevedo teve o cuidado de ordenar que nada da senadora fosse
apreendido. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário
do Poder.
Se
a moda pega, investigados poderiam esconder provas de suas malfeitorias na casa
de deputados e senadores amigos.
Conhecido
criminalista lembrou a esta coluna que “investigados não podem se esconder
debaixo da saia da mulher com foro privilegiado”.
Enquanto
alegam que Paulo Bueno Azevedo é só um juiz federal de 1ª instância, políticos
petistas não explicam o roubo investigado.
Moka dá tirada em Gleisi e até ela
ri
Publicado
em 16 de jun de 2016
Senadora
Gleisi Hoffmann (PT-PR) pede a palavra para informar a demissão de Henrique
Alves do Ministério do Turismo e é rebatida pelo senador Waldemir Moka
(PMDB-MS) que explica: nesse governo os ministros se demitem, não ficam se
escondendo embaixo da saia.
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Caso Gleisi Hoffmann - Senadores
comentam a prisão de Paulo Bernardo
Publicado
em 24 de jun de 2016
Caso
Gleisi Hoffmann. Senadores comentam a prisão de Paulo Bernardo e a repercussão
na comissão de impeachment.
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Ana Amélia fala sobre o marido de Gleisi,
Paulo Bernardo
Daljoni lima
busnello
Publicado
em 24 de jun de 2016
Ana
Amélia Lemos comenta a prisão do marido de Gleisi Hoffmann,Paulo Bernardo.
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ÁLBUM DE FAMÍLIA
Gleisi
Helena Hoffmann nasceu em Curitiba, em 6 de setembro de 1965, pelas mãos do Dr.
Moysés Paciornik. Viveu sua infância e adolescência na Vila Lindóia. Filha de
Júlio Hoffmann e Getúlia Adga, Gleisi tem três irmãos: Bertoldo Paulo, Juliano
Leônidas e Francis Mari, todos curitibanos.
O
nome Gleisi foi escolhido pela mãe, em homenagem à ex-atriz e princesa de
Mônaco, Grace Kelly. “Só que quando meu pai foi me registrar, achou que a
pronuncia Greici estivesse errada e registrou o nome Gleisi”, conta,
Seu
Júlio era representante comercial e, hoje, já aposentado, cuida do sítio que
era de seus pais no município de Mafra (SC). Dona Gêge, como é mais conhecida a
mãe de Gleisi, é cabeleireira e mantém um pequeno salão em atividade até hoje
na Vila Guaíra. “O dinheiro nunca sobrou lá em casa, mas meus pais primaram por
nossa Educação”, destaca. Por isso, Gleisi formou-se em Direito. O irmão
Bertoldo é engenheiro; Juliano, veterinário; e Francis, administradora de
empresas.
Casou-se,
pela primeira vez, em 1990, com o jornalista Neilor Toscan. A união durou seis
anos, até os dois decidirem seguir caminhos diferentes. Não tiveram filhos.
Hoje, Gleisi é casada com o bancário Paulo Bernardo, atual Ministro do Planejamento
do Governo Lula. É mãe de João Augusto (6) e Gabriela Sofia (2).
MILITÂNCIA
ESTUDANTIL E FORMAÇÃO ACADÊMICA
Gleisi
sempre foi uma aluna dedicada. E foi no Movimento Estudantil que iniciou sua
militância política. Aluna dos colégios Nossa Senhora da Esperança e Nossa
Senhora Medianeira no Ensino Médio (antigo 2º Grau), Gleisi foi uma das
reorganizadoras do Grêmio Estudantil, logo no início da redemocratização do
Brasil.
“Eu
queria mesmo é ser freira. Mas a sede do convento da Congregação do Colégio
Nossa Senhora da Esperança, à qual meu colégio pertencia, era em Novo Hamburgo
e meu pai não deixou eu ir sozinha para o Rio Grande do Sul. Fui estudar no
Medianeira e fui estimulada pelo próprio colégio a pensar politicamente.
Entendi que a visão cristã de igualdade e fraternidade poderia se materializar
por meio da ação política”, conta.
Depois
de formada no 2º. Grau, Gleisi retornou aos bancos escolares secundaristas. Na
época, era integrante da Umesc – União Metropolitana dos Estudantes
Secundaristas – e foi organizar o Grêmio Estudantil do Cefet-PR.
“Ao
invés de prestar vestibular, fiz concurso para Eletrotécnica no Cefet. Passei,
entrei no grêmio e ajudei a organizar o primeiro movimento da escola, que era
contra o uso dos jalecos. Nessa época, eu também era dirigente da UBES – União
Brasileira dos Estudantes Secundaristas. Fiquei um ano e meio fazendo
eletrotécnica, mas não era a minha praia”, conta.
Quando
seu mandato na direção da UBES terminou, Gleisi decidiu cuidar da sua formação
e prestou vestibular para Direito. Formou-se pela Faculdade de Direito de
Curitiba em 1989.
Mais
tarde, em decorrência de sua dedicação a assuntos técnicos no PT, fez cursos de
especialização em Gestão de Organizações Públicas e Finanças Públicas na
Associação Brasileira de Orçamento Público (ABOP), na Escola Superior
Administração Fazendária (ESAF) e no Fundo Monetário Internacional.
MILITÂNCIA
PARTIDÁRIA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Gleisi
iniciou sua militância política filiando-se ao PCdoB, ainda na juventude, quando
estava no movimento estudantil. Já na faculdade, precisou começar a trabalhar
para pagar seus estudos. Primeiro, atuou como Assessora Parlamentar na
Assembléia Legislativa do Paraná. Em 1988, quando o atual diretor geral da
Itaipu Binacional, Jorge Samek, foi eleito para seu primeiro mandato como
vereador de Curitiba, Gleisi foi convidada para assessorá-lo na Câmara
Municipal.
“O
Samek era do MDB e eu o conhecia bem, pois o PCdoB atuou durante muitos anos de
forma clandestina, dentro do MDB. Já no primeiro ano do seu mandato, o Samek
ingressou no PT e me convidou para também entrar no partido. Filiei-me ao PT em
1989 e nunca mais deixei o partido”, destaca.
Naquele
período, os movimentos de esquerda estavam se firmando no país. O PT nasceu
dessa ebulição. “O PT tinha gente que atuou dentro do MDB, do PCdoB, do
Partidão, de correntes de esquerda, revolucionários, além do pessoal da AP
(Ação Popular), ligada à Igreja Católica. Quando o Lula apresentou a proposta
do PT, muita gente foi para o novo partido porque viu no PT um partido
diferente da esquerda tradicional, um partido mais adequado à realidade
brasileira. O PT, por exemplo, nunca defendeu a luta armada, sempre defendeu a
construção democrática do socialismo”, explica Gleisi.
Na
Câmara Municipal de Curitiba, Gleisi começou a se especializar em Orçamento
Público. “O PT precisava entender sobre o Orçamento de Curitiba para poder
estabelecer seus debates políticos a respeito das prioridades de investimentos
na cidade. Por isso, comecei a estudar o orçamento”, revela.
Como
Assessora Parlamentar na Câmara de Curitiba, além da área orçamentária, Gleisi
trabalhou junto aos movimentos populares e associações de bairros e participou
ativamente da construção da Lei Orgânica de Curitiba.
No
PT, Gleisi foi Secretária Estadual de Mulheres, membro do Diretório Nacional do
Partido e é a atual presidente estadual do Partido no Paraná.
Em
1993, Gleisi recebeu um convite para trabalhar em Brasília. Como Assessora
Parlamentar no Congresso Nacional, participou da equipe de técnicos da Comissão
de Orçamento e também colaborou com a equipe do Instituto de Cidadania, no
projeto do governo Paralelo, comandado por Lula.
Em
1999, foi convidada a integrar o governo do Mato Grosso do Sul. No primeiro
mandato do governador Zeca do PT, assumiu a Secretaria Extraordinária de
Reestruturação Administrativa.
Em
2001, com a eleição do prefeito Nedson Michelete, voltou para o Paraná e assumiu
a Secretaria de Gestão Pública da Prefeitura de Londrina, onde permaneceu por
apenas oito meses.
Com
a eleição do presidente Lula, em 2002, Gleisi foi convidada para trabalhar na
Equipe de Transição do Governo. Atuou junto com os ministros Antônio Palocci e
Dilma Roussef no Grupo de Trabalho de Orçamento.
Em
2003, atendendo a convite do presidente Lula e do diretor geral da Itaipu
Binacional, Jorge Samek, assumiu a Diretoria Executiva Financeira da empresa.
Gleisi foi a primeira mulher a assumir um cargo de direção em 30 anos de
atividades da Itaipu.
Depois
de mais de três anos de trabalho na Itaipu, deixou o cargo para disputar as
eleições ao Senado Federal pelo PT, em 2006. Conquistou o apoio de 2.299.088
eleitores, obtendo 45,14% dos votos.
EXPERIÊNCIA
NO EXECUTIVO
Como
secretária de Reestruturação Administrativa do Mato Grosso do Sul e secretária
de Gestão Pública de Londrina, Gleisi adquiriu boa experiência no Poder
Executivo.
No
Mato Grosso do Sul, Gleisi coordenou uma ampla reforma administrativa, com
redução no número de secretarias e de cargos em comissão, além de organizar o
sistema de Previdência dos servidores estaduais.
Em
Londrina, iniciou a discussão do Plano de Carreira para os servidores municipais
e implantou o Pregão Eletrônico para as compras de governo, o que gerou uma
economia de 30% nos gastos da prefeitura. “A passagem pelo município de
Londrina foi muito importante para conhecer o processo de gestão de uma
prefeitura”, destaca.
O
LEGADO PARA ITAIPU
“A
melhor experiência profissional da minha vida.” É assim que Gleisi resume sua
passagem pela Diretoria Executiva Financeira da Itaipu Binacional. Ela era a
responsável por um orçamento anual superior a US$ 3 bilhões, o dobro do
orçamento da Prefeitura Municipal de Curitiba, executado em três moedas
diferentes: Real, Guarani e Dólar.
Junto
com a Diretoria de Planejamento Estratégico da empresa, Gleisi remodelou o
sistema financeiro da empresa, com a implantação de um sistema de gestão integrada
com o Paraguai (SAP). A reestruturação gerencial foi acompanhada pela
modernização dos equipamentos, especialmente os da área de TI.
Além
da área Financeira, Gleisi abraçou o setor de Responsabilidade Social da Itaipu
Binacional. “Por ser a única mulher na Diretoria, passaram para mim essa
atribuição, começando pelo hospital da usina, em Foz do Iguaçu. A orientação da
Diretoria era para avaliar os gastos com o hospital. Acabei propondo a
ampliação dos serviços e, conseqüentemente, dos investimentos, sendo este
trabalho o principal em termos de responsabilidade social”, lembra.
O
Hospital Ministro Costa Cavalcanti foi construído pela Itaipu para atender seus
trabalhadores durante a construção da barragem. Depois, o hospital passou a
atender a comunidade de maneira limitada. Gleisi coordenou um processo de
planejamento estratégico para o hospital e que ampliou seu atendimento, levando
para lá serviços de alta complexidade e abrindo o hospital cada vez mais para a
comunidade.
Hoje,
o hospital garante o pronto-atendimento e o atendimento de alta complexidade
para toda a região de Foz do Iguaçu, como cirurgia cardíaca e oncologia. Possui
200 leitos para internamento, 120 para usuários do SUS e 80 para particulares e
convênios.
A
partir do hospital, Gleisi comandou outras transformações na área da Saúde, com
reflexos no Paraguai. “Criamos o Grupo de Trabalho ‘Saúde na Fronteira’.
Fizemos muitas campanhas de vacinação e combate a doenças, como dengue, pólio e
raiva. O impacto disso na fronteira foi muito importante. Hoje, o Governo do
Paraguai estuda a implantação de um sistema de atendimento à saúde semelhante
ao nosso SUS”, comemora Gleisi.
Outro
trabalho importante realizado por Gleisi na Itaipu foi a criação da rede de
combate à prostituição infantil. A Itaipu assumiu uma campanha de
conscientização na região, com divulgação nas rádios, TVs e jornais,
distribuição de folhetos em três idiomas (Português, Guarani e Espanhol),
financiamento de peças de teatro para as escolas e criação de um fórum com a
participação do Ministério Público e das prefeituras. Desse trabalho nasceu a
estruturação de um serviço de apoio às vítimas de abuso sexual e a criação da
primeira Delegacia da Criança e do Adolescente em Foz, o Nucria, que atende
toda a região.
Gleisi
também atuou especificamente na questão da mulher, com foco interno e externo.
A ação externa nasceu do movimento de atendimento à vítima de violência.
“Percebemos que as mulheres maltratadas não tinham apoio e acolhimento. Onde
havia violência contra a mulher, também tinha abuso e violência contra as
crianças. Implantamos uma Casa Abrigo para essas mulheres, que é mantida até
hoje pela Itaipu”, destaca.
Internamente,
Gleisi instituiu na Itaipu uma Política de Igualdade de Gêneros. As mulheres
trabalhadoras da binacional ganharam direitos que, mais tarde, foram
reivindicados também pelos homens trabalhadores da empresa, como o direito de
participarem das festas comemorativas ao Dia das Mães e Dia dos Pais nas
escolas dos filhos ou acompanhá-los em consultas médicas no horário do
expediente. A partir do trabalho de equidade de gêneros, Itaipu teve a
iniciativa de organizar as mulheres do setor elétrico brasileiro, envolvendo a
ministra Dilma Roussef.
HOJE
Por
sua experiência profissional e administrativa, Gleisi Hoffmann é muito
requisitada para fazer palestras e/ou consultoria. Mas sua principal atividade
é a Política, por decisão após a eleição do Senado. “Acredito que os milhões de
votos que tive em minha primeira eleição apontaram qual deveria ser a minha
missão de vida. É por meio da política que devo servir à comunidade e fazer
tudo o que posso para ajudar a melhorar o mundo em que vivo”.
Gleisi
preside o PT no Paraná e é a pré-candidata do partido à Prefeitura Municipal de
Curitiba. Tem estudado assuntos relativos à cidade e se reunido com todos os
setores da sociedade, especialmente nos bairros e municípios da Região
Metropolitana, para dialogar e debater sobre os problemas e soluções para a
Grande Curitiba.
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